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Gabinete
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM
INVESTIGADOR?
O Agente de Polícia Civil – APC com experiência sabe que nem sempre ele
terá os resultados esperados logo na primeira missão. Às vezes, serão necessários dias
ou até meses de investigação para chegar à solução do caso ou encontrar algo mais
concreto.
Diante desse cenário, ter paciência se faz não só necessário, mas obrigatório.
Afinal, não são raros os casos nos quais você terá que realizar o mesmo procedimento
mais de uma vez.
Quer um exemplo mais claro? Vamos lá! Suponha que você esteja seguindo
um veículo, mas o perde de vista. A partir disso, não há o que fazer. Será preciso
voltar para casa e esperar algum tempo para começar o processo novamente.
Portanto, é fundamental saber trabalhar com paciência, tendo em mente que
nem tudo sairá como planejado desde o primeiro momento. E isso não é motivo de
vergonha. Pelo contrário: é algo natural nesse universo.
O trabalho nesse ramo costuma ser bastante divergente. Em um dia, você pode
estar atuando em um caso de desaparecimento. Em outro, surge uma demanda para
espionagem industrial, por exemplo.
Esses tipos variados de serviço fazem com que seja necessário se reinventar de
tempos em tempos e ficar sempre a par de tendências que possam solucionar a
questão. Além do mais, cada situação exigirá do profissional uma técnica específica,
cabendo a ele estar por dentro de todas delas e saber utilizar a mais apropriada em
cada momento.
6. SEMPRE PROATIVO
O que é proatividade?
É a capacidade que uma pessoa tem de resolver
problemas de maneira autônoma e antecipada.
Uma pessoa proativa é aquela que tem a capacidade de
olhar os processos e enxergar formas de melhorá-los, ainda
que ninguém tenha apontado um caminho.
1. Cumprir mandados
2. Coletar provas
3. Apontar suspeitos
4. Efetuar prisões
5. Escoltar os presidiários
6. Elaborar relatórios sobre as investigações
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o Pergunta Frequentes
1. Cumprir mandados
A primeira função de um investigador da polícia civil que você deve conhecer é
o cumprimento de mandados. Porém, antes, vale a pena saber o que é um mandado e
por que eles são tão importantes nesse meio.
Segundo o dicionário Oxford, mandado é um substantivo que significa “aquilo
que é incumbido; encargo, missão”. Também é possível perceber que há outro
significado da palavra: “prescrição de uma origem superior, de uma autoridade”.
No meio policial (e de forma geral no Direito brasileiro), mandado é
uma ordem, geralmente formal e por escrito, que determina a realização de
uma ação por uma pessoa específica.
Por exemplo, quando há decisão de prisão em um processo, expede-se o
mandado de prisão. Dessa forma, esse documento é o ato formal que viabiliza o
cumprimento da prisão por uma pessoa.
No caso de um investigador da polícia civil, os mandados podem ser de diversas
naturezas. Ele é expedido pelo oficial superior e deve ser cumprido com diligência.
2. Coletar provas
Passando para uma atuação mais prática, uma das funções de um investigador da
polícia civil é coletar provas. Você deve imaginar que a atividade principal desse
profissional é investigar crimes, não é mesmo?
A ideia é encontrar determinadas informações, principalmente: a materialidade
do fato e os possíveis autores do mesmo. A materialidade é a prova da ocorrência de
um crime que deve ser investigado.
Pode parecer estranho, mas muitas vezes não há prova de ocorrência de um
crime, tendo em vista que esses fatos são determinados pelo Código Penal.
Portanto, o investigador da polícia civil tem a incumbência de coletar provas nos
locais de crimes ou em outros âmbitos. Com isso, ele consegue instruir um inquérito
policial, garantindo uma atuação mais eficiente.
Coletar provas na cena do crime é uma função do investigador de polícia
3. Apontar suspeitos
Muitas vezes, há provas da ocorrência de um crime (como um corpo no crime de
homicídio), mas não há ainda a definição da autoria. Ou seja, não há suspeitos de terem
cometido aquele crime que está sendo investigado.
Portanto, uma das funções de um investigador da polícia civil é apontar
suspeitos. No entanto, para considerar uma pessoa suspeita de um crime é preciso haver
indícios de que determinada pessoa (ou um grupo de pessoas) cometeu aquele crime.
Veja que na fase de investigação policial, é necessário indício, e não provas
cabais.Isso acontece porque o objetivo é instruir o inquérito policial e depois, notificar
o Ministério Público, que pode oferecer a denúncia. Se ela for aceita, abre-se um
processo penal que deverá produzir provas concretas para a condenação do acusado ou
gerar a absolvição.
4. Efetuar prisões
Você sabia que o investigador da polícia civil pode efetuar prisões? Via de regra,
uma pessoa só pode ser presa após esgotarem-se todos os recursos de uma sentença
condenatória determinada por um Juiz de Direito.
No entanto, existem exceções a essa regra. Primeiro, é possível efetuar
a prisão em flagrante. Ela é bastante conhecida: ocorre quando o policial (ou qualquer
outra pessoa) encontra alguém praticando um crime, ou que está em fuga. Aqui, a prisão
acontece para evitar que o crime seja cometido ou que o suspeito consiga fugir do local
e se ocultar.
Também há a prisão preventiva: ela ocorre em qualquer fase do inquérito
policial ou do processo penal. A função é garantir a ordem pública, a aplicação da lei
penal ou a instrução da investigação.
Por fim, também existe a prisão temporária. Ela é regida pela Lei n.º 7.960 de
1989, que traz situações específicas em que ela pode ocorrer. De qualquer forma, é
fundamental haver um mandado para o cumprimento de prisão, exceto no caso de
flagrante.
Um investigador de polícia pode fazer uma prisão em flagrante
5. Escoltar os presidiários
O investigador da polícia civil pode ter a função de escoltar presidiários. Ou
seja, o suspeito, acusado ou condenado já se encontra preso, mas precisa se deslocar
para outra localidade.
Existem diversos motivos para esses deslocamentos. É bastante comum que os
presidiários sejam intimados a ajudar na investigação criminal. Ou seja, o investigador
fará a escolta para colher o depoimento, esclarecer fatos sobre o crime ou outro motivo
relevante.
Essa não é uma função típica do investigador, mas pode ser fundamental para
que a investigação ocorra da melhor forma possível. Ainda, a escolta pode ajudar em
outras funções, como a colheita de provas e a instrução do próprio inquérito policial.
Mes
mo não sendo uma função típica, o investigador pode fazer a escolta de um prisioneiro
6. Elaborar relatórios sobre as investigações
Por fim, também existem funções mais burocráticas de um investigador da
polícia civil, mas que não deixam de ser relevantes para a carreira.
Uma delas é a elaboração de relatórios sobre as investigações. Vale saber que
um inquérito policial é um procedimento com fases determinadas por lei, com prazos a
serem cumpridos e regras fundamentais para o seu bom andamento.
Por esses motivos, o investigador pode ter que elaborar relatórios para as
autoridades superiores, inclusive para esclarecer qualquer dúvida sobre os
procedimentos adotados. A ideia é demonstrar o efetivo cumprimento da
legislação e, até mesmo, embasar pedidos como a prorrogação de prazos para finalizar a
investigação.
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