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VOLUME XVI
IBITITÁ
BAHIA
Junho de 2013
PROGRAMA ERA
Firmado entre o Instituto Brasil e o Gruppo di Volontariato Civile
(GVC) dentro do PROGRAMA ERA (EuropeAid/132194/D/SER/Multi).
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PROGRAMA ERA
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Equipe Técnica
Coordenação Institucional: Giovanni Weber Scarascia
Coordenação de Estudos sobre Energias Renováveis:Denilson Ferreira
Coordenação de Estudos Socioeconômicos: Alex Macedo de Araújo
Coordenação de Tecnologia da Informação: Anderson Donizete Meira
Coordenação de Estudos sobre GEE: Ederson Zanetti
Coordenação Administrativa: Claudia Carvalho
Redação
Denilson Ferreira
Alex Macedo de Araújo
Fernanda Batista da Silva
Ederson A Zanetti
Revisão de Texto
Jacks de Mello Andrade Junior
Geoprocessamento
Anderson Donizete Meira
Equipe de Campo
Alex Macedo de Araújo
Henrique da Silva Prado
Rafael Salvador Borges
Antônio Carlos de Oliveira
Silvio Henrique Ferreira Junior
Edição
Denilson Ferreira
AXX
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Apresentação
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Metodologia
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Sumário
Apresentação............................................................................................................................4
Metodologia ...........................................................................................................................5
1. Introdução ......................................................................................................................19
Localização ..........................................................................................................................20
História ................................................................................................................................22
Clima ...................................................................................................................................25
Demografia ..........................................................................................................................28
Indicadores Econômicos......................................................................................................32
4. Análise ...........................................................................................................................47
Biomassa .............................................................................................................................47
Cana-de-Açúcar ..................................................................................................................48
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Oleaginosas ........................................................................................................................48
Energia Eólica......................................................................................................................54
Biomassa .............................................................................................................................64
Cana-de-Açúcar ..................................................................................................................64
Oleaginosas ........................................................................................................................64
6. Conclusão ......................................................................................................................75
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Lista de Figuras
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Figura 20. Gráfico da Média dos Ventos em Ibititá a 50 metros (m/s) ......................................56
Figura 22. Exemplo Coletor Solar utilizado para aquecimento de água em residências ...........68
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Lista de Tabelas
Tabela 5. Roteiro dos Trabalhos em Campo Realizados no Município de Ibititá em 2012 ......38
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Abreviaturas e Siglas
CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Britto
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SunData – Realiza o cálculo da radiação solar diária média mensal em qualquer ponto do
território nacional
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Resumo Executivo
Cana-de-açúcar
Oleaginosas
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Florestas Plantadas
Resíduos e Dejetos
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Energia Eólica
Energia Solar
O município de Ibititá possui grande potencial solar, que pode variar, considerando o
plano horizontal como referência, ao longo do ano, de 3,36 a 5,28 kWh / m2 / dia. Em relação
à aplicação da energia solar para o aquecimento, as estimativas indicam que a economia
corresponda a 40% no horário de pico. Mas as oportunidades nesse caso são muitas, seja
para o aquecimento de água, para aproveitamentos fotovoltaicos, como o bombeamento de
água em casos específicos de irrigação e operação de pivôs centrais, para a iluminação
pública, ou para atendimento da demanda de prédios públicos. Caberiam estudos de
viabilidade econômica, sobretudo considerando a Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL,
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Créditos de Carbono
Cerca de 215 mil tCO2eq / ano podem ser gerados com as matrizes identificadas e
algumas atividades selecionadas. Há possibilidade de incrementar esse potencial com o
plantio de espécies florestais diversificadas e o rastreamento dos produtos florestais
madeireiros originários destas. Foi considerado somente o potencial com os plantios atuais e
uma projeção para estabelecimento de sistemas silvipastoris nas pastagens do município no
Cenário I. Com o Cenário II, o total potencial de créditos é de 384 mil tCO2eq / ano, com
uma geração de renda de quase R$ 4 milhões / ano.
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1. Introdução
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Ibititá é uma pequena cidade do estado da Bahia, com quase 18 mil habitantes,
localizada no Centro Norte Baiano. Seu principal acesso ocorre através da rodovia BA-148, e
também é cortado pela BA-434.
Localização
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História
A ocupação inicial dessa região ocorreu em 1887, através dos irmãos Martiniano
Marques Dourado e Clemente Marque Dourado que, junto com alguns ex-escravos, como
Vitorino Rodrigues de Souza e Tibério, saíram do povoado de Vargem de Macaúbas, a fim de
encontrar terras férteis e fugir da seca que atingia o sertão.
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Do tupi: ibiti(ra): montanha e ita: de pedra ou atá: dura.
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Fonte: INSTITUTO
Fonte: INSTITUTO BRASIL / GVC / IBGE / GOOGLE
Relevo e Hidrografia
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cortado por um de seus afluentes, o rio Jacaré. Com altitude máxima de 782m, possui
grande potencial hidrelétrico, proveniente desse rio, que faz divisa em toda a sua parte leste
com o município de Canarana e Barro Alto. (ANA, 2013).
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Francisco, que, devido à sua grande extensão e complexidade de sua rede hidrográfica, foi
dividida em RPGAs (Regiões de Planejamento e Gestão das Águas) compostas por sub-
bacias de um ou mais de seus afluentes, visando à eficiência da gestão das águas, que, em
alguns casos, passou a ser compartilhada com outros estados.
Clima
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necessária a irrigação das lavouras nos meses de inverno e da primavera. (SEI, 2013;
Somar, 2013)
Corroborando com tais afirmações, ANA (2013) afirma que a Bacia Hidrográfica do
Rio Verde-Jacaré possui considerável regime pluviométrico, mas que ocorre de forma não
homogênea, com um período chuvoso, que vai de novembro a março, quando ocorrem
76,6% da precipitação. Os meses de dezembro, janeiro e março concentram 49% das
precipitações. No trimestre mais seco, que vai de junho a agosto, a precipitação cai
drasticamente a média anual para 22,4 mm.
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Demografia
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0 a 4 anos 1401
5 a 9 anos 1627
10 a 14 anos 1692
15 a 19 anos 1746
20 a 24 anos 1476
25 a 29 anos 1437
30 a 39 anos 2485
40 a 49 anos 2191
50 a 59 anos 1520
60 a 69 anos 1195
70 anos ou mais 1070
Total 17.840
Atividade econômica
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Milhares
50
40
30
20
10
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Indicadores Econômicos
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4%
23%
12%
61%
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Cabe aqui destacar que, nessa ocasião do trabalho de campo em Ibititá, foram
verificadas algumas dificuldades que, inevitavelmente, prejudicaram a obtenção de
informações relevantes em relação aos objetivos do Programa ERA. Essas dificuldades
derivaram, especialmente, do momento político que envolve a transição de governo, o que
significa a troca de autoridades, composição de governo, entre outros aspectos. Em função
disso, na medida do possível, algumas informações adicionais foram obtidas posteriormente,
através de contatos telefônicos.
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4. Análise
Biomassa
Cana-de-açúcar
• Etanol
• Bioeletricidade
• Outras aplicações energéticas
Fontes lipídicas
• Biodiesel
• Bioquerosene
• Outras aplicações energéticas
Florestas energéticas
• Carvão Vegetal
• Briquetes
• Peletes
• Lenha
Resíduos e Dejetos
• Biogás
• Bioeletricidade
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Cana-de-Açúcar
Segundo Heideier et al. (2009), o consumo médio de um automóvel com motor ciclo
Otto é de 1.347 litros de combustível por ano e, no caso de uma motocicleta, o consumo
médio é de 337 litros de combustível por ano. Dessa forma, se multiplicarmos os 744
automóveis pelos 1.347 litros médios anuais, e as 451 motocicletas pelos 337 litros médios
anuais, e somarmos os produtos, chegaremos ao total de 1,15 milhões de litros por ano. A
prefeitura de Ibititá consome, anualmente, 8.000 litros de diesel, 6.800 litros de gasolina e
650 litros de etanol.
Oleaginosas
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Florestas Plantadas
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O resultado de 443,3 tep corresponde ao total de 5,15 GWh de energia produzidos no ano.
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Quanto aos custos de geração, trata-se de algo mais difícil de ser obtido. A ANEEL
indica um custo de produção de eletricidade de R$ 101,75 por MWh para o caso do bagaço
de cana-de-açúcar, mas trata-se de valor médio dos resultados de comercialização em leilão,
ocasião em que as geradoras vendem às distribuidoras, e não um custo real de produção.
Mesmo com essa observação, e ainda que não se trate do caso específico da lenha, do
pellet, ou do carvão vegetal, é uma referência válida, que permite uma comparação com
valores de outras fontes.
Resíduos e Dejetos
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Bley Jr., Galinkin et. al (2009) afirmam que a geração de eletricidade a partir do
biogás depende de fatores como o grau de pureza do gás e a eficiência do biodigestor e ao
citar diversos autores, relatam que essa variação possui um range que vai desde 0,62 m³ por
kWh até 1,5 m³ por kWh. Caso se faça o exercício para Ibititá, utilizando-se o coeficiente de
conversão de 0,7 m³ por kWh, se vislumbraria a possibilidade de produção diária de
10.059kWh.
Energia Eólica
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7,1
8
6,1
7
5,1
6
4,7
0
dez/fev mar/mai jun/ago set/nov
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Energia Solar
Ângulo que fornece o maior valor médio diário anual de irradiação solar e;
Ângulo que fornece o maior valor mínimo diário anual de irradiação solar
incidente.
Os valores servem apenas para nortear os projetos quanto à extensão dos sistemas
fotovoltaicos, pois são produtos de médias históricas que podem variar de acordo com a
amostra.2
2
Os três conjuntos de valores mostram as radiações diárias médias mensais para as três inclinações: Latitude, Maior Média e
Maior Mínimo, sendo que se aplicam as seguintes observações: (1) os ângulos de inclinações são arredondados para valores
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Verifica-se que há grande potencial para geração de energia elétrica como térmica.
Os valores indicados de irradiação solar estão sujeitos aos rendimentos, de acordo com a
tecnologia utilizada. Segundo a Empresa de Planejamento Energético – EPE (2012), no caso
da geração de energia elétrica a partir de sistemas fotovoltaicos, a eficiência varia de acordo
com a tecnologia utilizada, entre 4 e 25%. O investimento necessário é da ordem de R$
8.000,00 / kW instalado e o custo de geração é da ordem de R$ 602,00 / MWh.
inteiros de graus, em função da precisão dos instrumentos de medição da inclinação usados para instalação de sistemas
fotovoltaicos em campo, chamados de goniômetro, que costumam apresentar erros da ordem de alguns graus; (2) o valor
mínimo de inclinação admitido é de 10°, pois o CEPEL não recomenda a instalação de painéis fotovoltaicos com inclinação
inferior a esta para evitar o acumulo de água e sujeira; (3) o ângulo de inclinação B, buscado por cada um dos critérios de
Latitude, Maior Média e Maior Mínimo, é calculado no intervalo de Latitude – 20 <= B <= Latitude + 20 com passos de 1 grau; as
orientações do módulos fotovoltaicos são também dadas, sendo admitidas somente orientação na direção Norte (indicado por
N) ou na direção Sul (indicado por S).” (CRESESB/CEPEL, 2000)
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Ângulo Inclinação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Delta
Plano Horizontal 0° N 4,81 4,67 5,06 4,22 3,64 3,36 3,86 4,86 4,72 4,89 5,28 4,94 4,53 1,92
Ângulo igual à latitude 20° N 4,53 4,52 5,07 4,4 3,93 3,69 4,23 5,19 4,81 4,78 4,99 4,61 4,56 1,51
Maior média anual 21° N 4,61 4,57 5,08 4,37 3,87 3,62 4,15 5,13 4,8 4,82 5,08 4,71 4,57 1,51
Maior mínimo mensal 13° N 3,98 4,12 4,84 4,44 4,12 3,95 4,52 5,37 4,69 4,41 4,4 4 4,4 1,43
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P = p.g.h.Q [W]
P = g.h.Q [kW].
Onde:
Q – vazão em [m3/s]
P = 10.10.10 = 1.000 kW
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Para os fins a que se propõe o Programa ERA, julgou-se, nesse contexto específico,
desconsiderar legislação envolvida, especialmente no que se refere ao uso múltiplo das
águas, estudos de impacto ambiental, hidrológicos, custo efetivo para instalação das turbinas
geradoras e conexão com o sistema de distribuição. Também se considerou, enquanto
opção mais adequada, a verificação a partir de PCHs a fio d’água, por apresentarem, entre
outras razões, a simplificação da dispensa de estudo de regularização de vazões. (MME,
2000).
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O Município de Ibititá, conforme já descrito neste trabalho, é cortado pelo rio Jacaré,
para o qual não se dispõe de estudos de vazões realizados pela Agência Nacional de Águas.
Quanto ao potencial de geração de energia, podemos realizar estimativas, adotando
10,8m3/s como vazão, a partir da média de 3m para a largura, 1,5m para a profundidade e
3m/s de velocidade. (MME, 2007).
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5. Plano Diretor
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Biomassa
Cana-de-açúcar
Oleaginosas
Como já citado, o município de Ibititá é produtor de milho, com 9,9 mil toneladas em
11 mil hectares, e mamona, com 9 mil toneladas em 15 mil hectares. A oleaginosa
amplamente utilizada no Brasil para a produção de biodiesel é a soja, o que impossibilita a
produção do biocombustível no município em escala competitiva.
Florestas Plantadas
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Resíduos e Dejetos
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cadeias produtivas das carnes, a verticalização contratual tem sido uma prática comum no
país. Em todos os casos, o fator mais relevante tem sido a possibilidade de certificar e
comercializar as emissões de gases de efeito estufa evitadas.
Em Ibititá, utiliza-se lixão, localizado nos limites da cidade. Vale lembrar que essa
prática será proibida a partir de 2014, de acordo com Lei 12.305/2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo as entrevistas com as autoridades locais, o
município já dispõe de projeto de implantação de aterro sanitário e usina de reciclagem em
parceria com cidades vizinhas, mas não está prevista a recuperação energética.
Segundo MME (2010), nessa condição de aterro sanitário, para cada 13,23 Kg de
lixo orgânico, é obtido 1 m³ de biogás, que, dado à elevada concentração de metano,
permitiria a geração de 7 kWh. E os projetos se aplicam, inclusive, a pequenos aterros,
sendo passível de certificação e de emissões evitadas no âmbito do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL – do Protocolo de Kyoto.
Energia Eólica
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Energia Solar
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Figura 22. Exemplo Coletor Solar utilizado para aquecimento de água em residências
Mas, as oportunidades nesse caso são muitas, seja para o aquecimento de água,
seja para aproveitamentos fotovoltaicos, como o bombeamento de água em casos
específicos de irrigação, seja para a iluminação pública, seja para atendimento da demanda
de prédios públicos. Atualmente, são gastos cerca de R$ 27.000,00 / mês somente com
iluminação pública, e a instalação de painéis solares na sede da prefeitura, escolas
municipais e outros prédios públicos poderia reduzir substancialmente este valor.
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PROGRAMA ERA
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(GVC) dentro do PROGRAMA ERA (EuropeAid/132194/D/SER/Multi).
Créditos de Carbono
Como resultados iniciais da avaliação dos dados primários e secundários, foi obtido
um cenário geral que classifica as possibilidades de atividades de projeto de créditos de
carbono, tendo em vista a percepção dos agentes locais e da configuração territorial. Os
resultados estão descritos na Tabela “Potencial de Geração de Créditos de Carbono em
Ibititá, Bahia”.
A tabela indica o setor, de acordo com a classificação do IPCC, que pode participar
de atividades de projeto de geração de créditos e, em seguida, uma breve descrição de
como o potencial foi identificado. Essa descrição aponta sucintamente qual a característica
apresentada no município que remete para o setor específico.
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Atividades de projeto que geram créditos podem ser de qualquer um dos tipos, ou ter uma
combinação de ambos, como acontece nos casos de reflorestamentos com fins industriais,
principalmente energéticos. Em seguida, há uma breve descrição de qual a atividade de
projeto que deve ser desenvolvida, para que sejam gerados créditos de carbono dentro do
setor identificado.
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Cerca de 215 mil tCO2eq / ano podem ser gerados com as matrizes identificadas e
algumas atividades selecionadas. Há possibilidade de incrementar esse potencial com o
plantio de espécies florestais diversificadas e o rastreamento dos produtos florestais
madeireiros originários destas. Foi considerado somente o potencial com os plantios atuais e
uma projeção para estabelecimento de sistemas silvipastoris nas pastagens do município no
Cenário I. No Cenário II, com a implantação dos reflorestamentos, os resultados estão na
tabela a seguir:
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Com o Cenário II o total potencial de créditos é de 384 mil tCO2eq / ano, com uma
geração de renda de quase R$ 4 milhões / ano.
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6. Conclusão
Esse despertar para as energias renováveis é mais que tempestivo, dada a recente
publicação da Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (482/2012),
que possibilita a uma residência, por exemplo, vender a energia excedente gerada por fontes
renováveis à rede elétrica. Sem dúvida, trata-se de um marco de grande relevância no
sentido da economia verde, do desenvolvimento sustentável, da geração distribuída e da
autonomia energética comunitária.
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MME. Série Energias Renováveis: Biomassa. Itajubá, MG: FAPEFE, 2007. 40p.
MME. Série Energias Renováveis: Microcentrais. Itajubá, MG: FAPEFE, 2007. 30p.