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DEVANEIO POÉTICO DE BACHELARD: UMA ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DE

ENCANTO DAS ÁGUAS DE MARLI WALKER

Rosilda Vaz de Souza [1]


rosilvaz@hotmail.com (mailto:rosilvaz@hotmail.com)
Elizete Alves Ferreira [2]
elizeteferreira@bol.com.br (mailto:elizeteferreira@bol.com.br) (mailto:elizeteferreira@bol.com.br)
Luciana Maria Warmling [3]
Luma133@hotmail.com (mailto:Luma133@hotmail.com)

RESUMO: Este artigo busca apresentar uma análise fenomenológica da imaginação poética sobre a obra ‘Águas de
Encantação’ da poetisa Marli Walker, especificamente da poesia ‘Encanto das águas’ com recortes discursivos de
trechos do poema com fundamentação teórica baseada nas obras do filósofo francês Gaston Bachelard, Bataille, entre
outros autores, cujas teorias harmonizam com o poema de Walker.

Palavras-chave: Imaginação. Encanto das águas. Bachelard.

Introdução

Pretende-se, com a análise do poema ‘Encanto das Águas’ da poetisa Marli Walker, manifestar os elementos
fenomenológicos, os quais são considerados materiais de devaneios, imaginações poéticas direcionadas ao leitor. O
corpus que será analisado fenomenologicamente volta-se para o objeto “água” bem como a topoanálise do ambiente:
concha, pérola, espelho d’ água.
A pesquisa ampara-se em nível bibliográfico. Para a definição e conceituação de fenomenologia baseou-se
nos teóricos Eagleton (2006) e Zolin e Bonnici (2005). Para as análises do poema, dos objetos utilizou-se o
Dicionário de Símbolos de Chevalier (2016), Bachelard, Georges Bataille entre outros. Os dados da pesquisa, bem
como os objetos analisados fenomenologicamente, confirmam que a concha lugar da intimidade, como espaço do
devaneio. A fenomenologia preza pela estrutura profunda da mente e a manifestação interpretativa sobre determinado
objeto materializado.
Costuma-se dizer que, cada leitor, sente um poema de um modo particular, sob o mesmo ponto de vista
trata-se de uma análise poética baseada nos teóricos já citados e de acordo com minha compreensão em todas as
parcialidades da imaginação percebidas no poema ‘Encanto das Águas’.
Pensando no conjunto de informações e com o intuito de explorar a arte poética revelada, a abordagem
metodológica deste trabalho divide-se em cinco tópicos:
No primeiro abordará um breve o conceito de fenomenologia de acordo com Husserl e Eagleton;
No segundo tópico apresenta-se a biografia da poetisa Marli Walker. As informações registradas foram feitas
através pesquisas na internet (Google) e na própria obra ‘Águas de Encantação’.
É registrado no terceiro tópico uma descrição do livro da autora Walker e a relação harmônica dos devaneios
poéticos com as obras de Bachelard.
O poema apresenta “lugares/objetos” considerados, segundo Bachelard, fenômenos de inúmeros devaneios.
Portanto, neste quarto tópico, são relacionados esses “lugares/objetos” e suas simbologias baseado em pesquisas
eletrônicas e no livro de Imagens e Símbolos de Eliade (1979).
Já na quinta parte apresenta-se a análise fenomenológica do poema ‘Encanto das águas’ da poetisa Walker.
A análise deu-se com recortes discursivos de trechos do poema, cujos comentários foram acrescidos com aportes
teóricos de Bachelard, Bataille e entre outros autores.

1. Conceituando fenomenologia

Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que mostra - e logos explicação, estudo).
Surgiu no começo do século XX, pelo alemão Edmund Husserl (1859-1938).
A fenomenologia é a ciência dos fenômenos puros. O próprio texto é reduzido a uma pura materialização da
consciência do autor: todos os seus aspectos estilísticos e semânticos são percebidos como partes orgânicas de um
todo complexo, do qual a essência unificadora é a mente do autor. (EAGLETON, 2006, p. 90).

2. Biografia da poetisa mato-grossense Marli Walker

Marli Walker nasceu e viveu a infância e adolescência em Santa Catarina na pequena Vila de Bom Jesus
D’Oeste. Aos dezoito anos veio para Mato Grosso. Morou em Santa Carmem, Vera, Cláudia e fixou residência em
Sinop ainda na década de 1980. Amadureceu e cresceu junto com a cidade, em relação a qual desenvolveu um
profundo sentimento de pertença e, por isso, considera este o seu lugar no mundo. Mestre em estudos literários e
culturais e doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso lecionou no Ensino
Médio da CNEC/ Escola Cenecista Santa Elisabete e do Ensino Superior, curso de Letras, na UNEMAT/ Sinop,
campus pelo qual se graduou e especializou. Atualmente dirige a FACENOP, Faculdade Cenecista de Sinop. A
poetisa é sócia fundadora da ASCL Academia Sinopense de Ciências e Letras onde ocupa a vice-presidência.

3. Descrição da obra ‘Águas de Encantação’

Segundo Mattos (2009) a obra poética apresenta uma lírica afirmativa, feminina, erótica, ao mesmo tempo
maleável e poderosa, encantadora e desafiadora.
A obra é ilustrada pela artista plástica Mari Bueno. As imagens são incorporadas com cores e formas que
harmonizam e dialogam com cada poema expressando um encantamento ao leitor/observador.
‘Águas de Encantação’ é composta por cinquenta e quatro poemas, distribuídos em cento e cinquenta e três
páginas e publicado no ano de dois mil e nove (2009), todos marcantes por vozes femininas. Em dezoito poemas o
elemento água é explícito e faz uma relação harmoniosa com as teorias do filósofo francês Gaston Bachelard que
prima o conceito de imaginação através dos elementos da natureza como fontes poéticas inesgotáveis. No caso desta
obra, o elemento água irá fluir e refluir entre a subjetividade da autora e a natureza sensorial que a envolve,
impregnada de seu desejo e de seu dizer desse desejo.
Na obra poética Águas de Encantação, assim como na obra A Água e os Sonhos de Bachelard a simbologia
do elemento água apresenta várias interpretações exprimindo muitos sentimentos, desejos e imaginações criadoras de
devaneios poéticos. Em conformidade, Mattos (2009) afirma que os signos marcantes da voz feminina: a água, os
sonhos, a química das minúcias, a consciência da mutabilidade com seus ciclos de cheias e vazantes. E as águas
como é descrita desta obra a ser analisada continuam fluindo nos poemas, cujos alguns são curtos considerados
enxutos, mas líquidos, segundo a poetisa Marli Walker.

4. Simbologia dos objetos identificados no poema

Conforme Bachelard, a fantasia artística, que é imaginação formal combinada com a imaginação material,
desdobra ao nosso olhar atributos próprios da matéria viva, inconsciente, corpórea. Sob o mesmo ponto de vista
estudar o objeto “espelho” para Bachelard (1989) é preciso compreender a utilidade psicológica do espelho das
águas: a água serve para naturalizar a nossa imagem, para devolver um pouco de inocência e de naturalidade ao
orgulho da nossa contemplação íntima.
Os espelhos são objetos demasiado civilizados, demasiado manejáveis, demasiado geométricos; são
instrumentos de sonho evidentes demais para adaptar-se por si mesmos à vida onírica rica e densa que é um alimento
inesgotável para a imaginação material.
Na topoanálise da concha, Bachelard discorre sobre a imaginação, trabalha também, além da dialética do
pequeno e do grande, a dialética do ser livre e do ser acorrentado: e o que não se pode esperar de um ser libertado!
No dicionário de símbolos, (CHEVALIER 1906) a concha é considerada um dos oito emblemas de boa sorte
do budismo chinês a concha é utilizada nas alegorias da realeza e como signo de viagem próspera. Este sentido
favorável procede de achar-se a concha associada às águas, como fonte de fertilidade. As conchas, segundo Eliade
(1979), têm relação com a lua e com órgão sexual da mulher. Tudo o que precede explica que a concha seja, nos
sonhos, uma expressão da libido. Toda concha pode conter uma pérola, afirma, Chevalier (1906). E para Bachelard
(1993) a concha vazia, como ninho vazio, sugere devaneios de refúgio.
Para a fenomenologia toda imagem é um excesso de imaginação, portanto a pérola segundo Eliade (1979)
está relacionada à vida e a fertilidade, embora tenha muitos significados para cada cultura. A pérola citada no poema
‘Encanto das Águas’ vai despertar devaneios poéticos para seus leitores.
Gaston Bachelard, fenomenologicamente apresenta o espelho como um simples reflexo, mostrando que a
água é o “espelho das vozes”, de Narciso e do “espelho velado”. Mas em A poética do espaço e A poética do
devaneio, o espelho está voltado para o interior do ser humano. O sonhador vai além da superfície, vai à profundeza
do seu ser, mirando-se em sua obra poética. Eis por que a criação artística duplica a obra e o seu criador.
A água para Bachelard (1989) é uma substância de devaneio ambivalente. É uma realidade poética completa
que dessedenta o homem e sacia a sede da terra. É um órgão do mundo, um alimento dos fenômenos corredios, o
elemento vegetante, lustrante, o corpo das lágrimas. Para os devaneios, todos os líquidos são águas; tudo o que ecoa
participa da natureza água, diria um filósofo. No sentido psicanalítico, toda água é um leite. Na mente pré-científica
numerosos traços dos mesmos devaneios caracteriza a água como sendo uma cola universal.
Na Poética do espaço, Bachelard reúne essas alegorias e símbolos sintetizantes de devaneios dos poderes da
matéria. Fenomenologicamente nunca reuniremos devaneios suficientes para a compreensão de cada objeto.

5. Análise do poema ‘Encanto das Águas’

Um gesto suave desabotoa


A face escondida...

(Serei eu?)

Neste primeiro momento somos levados a imaginar a uma vontade do eu lírico em expor algum desejo
enclausurado, ‘a beleza da mulher desejável anunciando suas partes animais’ (BATAILLE, 1987, p. 94) conotando
uma sensualidade a ser revelada que a assusta e coloca em dúvida seu verdadeiro “eu” diante do devaneio.
A descrição que Bachelard (1989) faz dos devaneios poéticos é com um olhar fenomenológico de uma
experiência individual que mostra caráter construtivo do devaneio poético.
O devaneio idealiza ao mesmo tempo o seu objeto e o sonhador. E, quando o devaneio vive numa dualística do
masculino e do feminino, a idealização é a um tempo concreta e sem limite. Para nos conhecermos duplamente
como ente real e como ente idealizante, cumpre-nos escutar os nossos devaneios. (BACHELARD, 1996, p. 54)

Ao iniciar os próximos versos, a poetisa expressa uma lírica que busca a natureza. O contato com elemento
água é uma das possibilidades de desfrutar a intensidade dos sentidos, possibilitando libertar a imaginação poética do
devaneio. Pôr-se à vontade aos devaneios e as realizações subjetivas de seus desejos ocultos.
Mergulho no espelho d’água
A primeira dúvida
Ouço o silêncio úmido
Que mistura
Alma e água
Lavo a última culpa
Na sede
Dos meus pecados
E no abandono molhado
Do momento
Cintilante de espumas
Massageio meu desejo
Nas metáforas mornas
Do verso de areia
E me perco em ti...

(Serás tu?)
O mergulho no espelho d’água é uma magia enquanto fonte de revelação do ser faz parte do imaginário
poético de Marli Walker.

De início, é preciso compreender a utilidade psicológica do espelho das águas: a água serve para naturalizar a
nossa imagem, para devolver um pouco de inocência e de naturalidade ao orgulho da nossa contemplação íntima.
Os espelhos são objetos demasiado civilizados, demasiado manejáveis, demasiado geométricos; são instrumentos
de sonho evidentes demais para adaptar-se por si mesmos à vida onírica. (Bachelard 1989, p. 23-24).

A partir do segundo verso da segunda estrofe, o sujeito poético revela uma indecisão entre o prazer da “alma
e água” (carnal/ casual), preocupada, talvez, com que os “outros” irão imaginar, no entanto seu desejo excede sua
vontade de satisfazer seus devaneios.
Depois “lavo a última culpa na sede dos pecados”, nesse momento há uma ambiguidade que é subentendida
da seguinte forma: primeiro “Na sede dos meus pecados”, o lado profano do eu lírico fala mais alto e deixa-se levar
pelo desejo de querer saciar sua sede, seu prazer carnal. Por outro ângulo, imagina-se alguém se lavando, como se
lavar a “última culpa” fosse tirar a culpa de seu devaneio, trazer a pureza, o renovo, devolvendo a tranquilidade
novamente. Segundo Bachelard (1989, p. 143) afirma que “a água se oferece, pois como um símbolo natural para a
pureza; ela dá sentidos precisos a uma psicologia prolixa da purificação”.
Nos próximos versos: “momento cintilante de espumas,” “massageio meu desejo,” “versos de areia”,
Walker apresentam imagens do devaneio, imagens essas compostas de metáforas cheias de inspirações poéticas em
seus versos revelando um momento intenso de excitação do eu poético “saciando um desejo mais forte”, “desejo de
viver nos limites do possível e do impossível, com uma intensidade sempre maior” segundo Bataille (1987, p. 155).
A imaginação material para Bachelard (1989, p. 103) sempre tem a necessidade de combinação de unir dois
elementos, não mais do que dois, “as verdadeiras imagens do devaneio, são unitárias ou binárias” semelhantemente
Walker enriquece sua poesia da mesma forma. “Naturalmente, entre poetas, o cunho direto da combinação será ainda
mais decisivo; súbitas metáforas, de espantosa ousadia e fulgurante beleza, provam a força da imagem original,”
Bachelard (1989, p. 105).
Conforme obra A Poética do Devaneio de BACHELARD (1988, P. 12) apresenta: “uma fenomenologia das
imagens criantes” tecendo o enredo em cada verso conforme a imaginação de cada leitor, da mesma forma afirma
que:

Fenomenologia que tende a restituir, mesmo num leitor modesto, a ação inovadora da linguagem poética. De um
modo mais geral, compreende-se também todo o interesse que há, acreditamos nós, em determinar uma
fenomenologia do imaginário onde a imaginação é colocada no seu lugar, no primeiro lugar, como princípio de
excitação direta do devir psíquico.

Contrastando com a obra O Erotismo, a terceira estrofe remete a uma imagem do eu lírico feminino, a
imagem de sensualidade de uma mulher desejável anunciando e revelando um aspecto animal, forças imaginantes
escavam o fundo do ser, elucidando:

A imagem da mulher desejável, que se nos oferece como tal, seria insípida – ela não provocaria o desejo – se ela
não anunciasse, ou não revelasse, ao mesmo tempo, um aspecto animal secreto, de uma enorme sugestão. A beleza
da mulher desejável anuncia suas partes pudendas: justamente suas partes pilosas, suas partes animais, o instinto
inscreve em nós o desejo dessas partes. Mas, para além do instinto sexual, o desejo erótico responde a outros
componentes. A beleza negadora da animalidade, que desperta o desejo, vai dar na exasperação do desejo, na
exaltação das partes animais. BATAILLE (1987, p. 94).
Saio de mim
Para te enredar
Junto à minha concha
E espraiar-me inteira
Nas horas morenas
Do teu silêncio
Que me fazem perolar...
E juntos

(Seremos nós?)

A imagem poética na terceira estrofe, também remete um devaneio sexual representado pela concha e pela
formação da pérola.
A concha é citada na obra A Poética do Espaço de Bachelard, simbolizando um lugar que serve de devaneios
para o refúgio. Segundo Bachelard (1993), devemos exercitar o devaneio de habitar esses lugares inabitáveis, por
isso, a imagem da concha simboliza o local de refúgio de vertebrados e invertebrados, um habitar de intimidade.
Dessa forma, Marli Walker exercita a “[...] dialética do pequeno e do grande Miniatura e da Imensidão”. A imagem
do pequeno/miniatura é simbolizada pela concha, silêncio, pérola, gotas, oásis. Já o grande/ imensidão é simbolizada
pelas horas, inteira, nossas águas e fertilidade.
Esse poema também apresenta tessituras do devaneio sexual de dois amantes apaixonados, principalmente,
pelo fato do narrador se enredar junto ao seu amante em sua concha, e juntos perolar.
O substantivo pérola, mais especificamente ‘perolar’, é inserido pela autora para afirmar a penetração de
corpos estranhos que até então estavam secos representados pelo oásis, se encontram na concha e resulta a formação
da pérola, ou seja, a fertilidade.
Pode-se dizer que o encontro dos amantes acontece no período noturno, uma vez que é afirmado pelo quinto
verso “horas morenas”. Bachelard (1989) a noite é apreendida pela imaginação material e é personificada, é uma
deusa a quem nada resiste que envolve tudo, que oculta tudo.

Por outro lado, a água e a noite, ganham doçura, adquirem perfume, e a noite passa a ser representada por uma
água leve. Entretanto, a água possui uma força de ligação, uma espécie de união universal. Portanto, “a imaginação
material participa da vida de todas as substâncias.” (BACHELARD, 1989, p.114).

Encantamos nossas águas


Mansas
Caudalosas
Silenciosas
E no oásis pleno
De fertilidade
Derramamos
Gotas cristalinas
De poesia e prazer...
Na estrofe há uma relação do sujeito poético com a água e, esse elemento está associado a um tipo de
intimidade, já que as diversas águas potencializam diferentes interpretações simbólicas. No penúltimo verso “gotas
cristalinas” a água cria imagens de intimidade relacionadas ao ápice do prazer sexual. Finalizando com reticências
para criar novos devaneios.

Considerações Finais

Numa perspectiva fenomenológica a pesquisa foi realizada a partir das contribuições epistemológicas e
metodológicas de Gaston Bachelard, Georges Bataille com o objetivo de apresentar a analise do poema Encanto das
Águas da poetisa Marli Walker.
Na análise da poesia Encanto das Águas utilizou-se das formas de representação e busca de um estado, de
um sentimento, de uma emoção, vivida ou representada que o poema inspira e o leitor extrai da imaginação, do eu
poético configurado no desenvolvimento da poesia.
Desse modo, pode-se dizer que é através da poesia o canal de expressões de devaneios, imaginações
poéticas capazes de tocar a alma humana. Podemos compreender que Bachelard explora o devaneio poético através
da imaginação correlacionando aos elementos da natureza, no caso desta obra é citado o elemento “Água” associado
de forma harmoniosa na poesia Encanto das Águas da poetisa Marli Walker.
Bachelard em sua obra “A Água e os Sonhos”, este elemento é considerada vida e morte, matéria prima dos
sonhos, elemento de purificação, fontes poéticas inesgotáveis, um elemento caracterizado feminino, sedutora,
delicada e envolvente como se mostra na última estrofe fazendo refletir um mundo no qual a imaginação se abre às
metáforas citadas na poesia.
Buscou apresentar a topoanálise de algumas imagens concretas citadas no poema para melhor compreender
a utilidade psicológica emitida ao seu leitor dos devaneios poéticos emergidos de cada estrofe.
Estudar sobre fenomenologia e perceber a importante contribuição dos demais conteúdos vistos nos
encontros de cada aula foram de suma importância para eu registrar nessas folhas a minha compreensão sobre o
poema Encantação das Águas. Além de perceber e ter consciência da riqueza de conteúdos - aprendizagem no qual o
professor a disciplina proporcionam.

Referências bibliográficas

BACHELARD, Gaston, 1884-1962. A poética do devaneio / Gaston Bachelard; [tradução Antônio de Pádua
Danesi.] - São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.

BATAILLE, Georges. O erotismo / Georges Bataille; tradução de Antonio Carlos Viana. — Porto Alegre: L&PM,
1987.

CHEVALIER, Jean, 1906- Dicionário de Símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores,
números) / Jean Chevalier, Alain Gheerbrant, com a colaboração de: André Barbault...[ET AL.]. – 19ª Ed. – Rio de
Janeiro: José Olympio, 2005.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura : uma introdução / Terry Eagleton tradução Waltensir Outra. - 6" ed. -
São Paulo: Martins Fontes, 2006.

TANTA, TINTA EDITORA. Biografia de Marli Walker. Disponível em:

<https://carliniecaniato.com.br/produtos-autor/marli-walker/>. Acesso em: 08 dezembro 2018.

WALKER, Marli. Águas de encantação./ Marli Walker. Sinop/Cáceres-MT: Editora Unemat: 2009.

[1] Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Educação
Especial e Inclusiva pela Facinter. Acadêmica da 6ª fase. do curso de Licenciatura Plena em Letras, pela
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT/Sinop).

[2] (/revista/../C:%5C%5Cisci%5C%5Ceditora%C3%A7%C3%A3o%5C%5Crevista-cient%C3%ADfica%5C%5Crevista-final-
03%5C%5Cartigos%5C%5C01-Jorge%20----------------------.docx#_ftnref2) Formada em Pedagogia pela Universidade
Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Psicopedagogia Institucional pelo ICE- Instituto Cuiabano
de Educação; Alfabetização e Educação Infantil pelo ICE- Instituto Cuiabano de Educação. Trabalho na Escola
Municipal Selvino Damian Preve na cidade de Santa Carmem-MT nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
[3] Formada em Pedagogia pela Faculdade FAF (Faculdades de Alta Floresta), especialização em Psicopedagogia
Clínica e Institucional pela AVEC (Associação Varzeagrandense de Ensino e Cultura). Formada em Direito pela
FASIP ( Faculdades de Sinop). Trabalho na Escola Municipal Selvino Damian Preve na cidade de Santa Carmem-
MT nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

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