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Normas Técnicas
As normas técnicas são diretrizes elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Essas normas estão relacionadas com o manuseio, acondicionamento, tratamento,
coleta e transporte de todos os resíduos que estão relacionados com a área da saúde.
Normas regulamentadoras
Posteriormente foram aprovadas mais 9 normas conforme pode ser observado a seguir:
Assim sendo, as políticas públicas vêm sendo trabalhadas no sentido de normatizar a segurança
e medicina do trabalho, os descartes de resíduos e a segurança do meio ambiente.
Toda pesquisa que envolve seres humanos e animais precisa ser submetida a um comitê de
ética em pesquisa (CEP), portanto todas as instituições que realizam pesquisas envolvendo seres
humanos e animais são obrigadas a terem um comitê de ética em pesquisa.
Nos casos em que a instituição não tem um comitê de ética em pesquisa, o pesquisador
deve encaminhar o projeto de pesquisa para outra instituição que possua o comitê de ética.
Todo comitê de ética em pesquisa deve ser formado por um colegiado com número não inferior
a sete membros, devendo ser composto por profissionais da área da saúde, exatas, sociais e
humanas, bem como um membro da sociedade, ao menos, que represente os usuários.
Todos os membros devem ter liberdade com relação a tomada de decisões no exercício de suas
funções, mantendo sempre caráter confidencial referente a todas as informações recebidas, não
podendo sofrer nenhum tipo de pressão por superiores hierárquicos ou ainda por indivíduos
interessados em uma determinada pesquisa, isentando-se de qualquer envolvimento financeiro
e conflito de interesse.
Todos os comitês de ética em pesquisa precisam estar registrados na comissão nacional de ética
em pesquisa, tendo como função o registro e a supervisão quanto ao funcionamento dos
comitês, podendo ainda cancelar os registros, elaborar as direretrizes referentes a acreditação
dos comitês de ética em pesquisa que estão registrados.
Todas as pesquisas com seres humanos precisam atender os princípios éticos, por exemplo:
Autonomia individual;
Direito à informação;
Consentimento esclarecido;
Privacidade;
Confidencialidade;
Os benefícios da pesquisa devem sempre ser maiores que todos os riscos;
A participação deve ser livre, voluntária e consciente, o indivíduo não pode
ser induzido a participar da pesquisa, não se pode trabalhar em pesquisas com
indivíduos que sejam dependentes dos próprios pesquisadores, funcionários do
laboratório, presidiários, visto que esses grupos constituem indivíduos que tendem a
apresentar grandes dificuldades em demonstrar a sua recusa quanto a participação na
pesquisa.
É necessário que também sejam tomados esses cuidados nas pesquisas com pacientes
hospitalizados, visto que na maioria dos casos essas pessoas estão vulneráveis e dependentes
dos profissionais da saúde.
Para participar da pesquisa o indivíduo não pode receber nenhuma remuneração, pois o
pagamento pode impedir a livre decisão do indivíduo em participar ou não da pesquisa.
Nos casos onde existe um gasto com a pesquisa o indivíduo avaliado deve ser reembolsado com
o transporte, alimentação, perda do dia de trabalho e etc.
O pagamento não pode e não deve ser padronizado, cada participante deverá ser reembolsado
conforme as suas despesas pessoais, que são decorrentes da sua participação na pesquisa.
É fundamental que fique claro ao pesquisado que ele tem o direito de revogar a sua decisão a
qualquer momento, sem que tenha prejuízos quanto a assistência que já vem recebendo.
Assim sendo, essa Comissão tem como finalidade deixar o mais transparente possível a ética no
uso de animais em pesquisas, divulgar anualmente os trabalhos, entre outras atribuições.
Resíduos sanitários e ambientais
Formação de resíduos
Até os dias atuais a destinação de um local apropriado para o despejo de todos os resíduos,
ainda é um grande problema. Um desses casos é o grande aumento da produção dos resíduos
não orgânicos, sem a decomposição natural, e devido à falta de locais para a disposição final.
Infelizmente o progresso em todo o mundo vem trazendo grandes danos ao meio ambiente,
entre eles:
Existem atualmente várias questões ambientais que podem ser observadas tanto no Brasil como
no mundo, devido em grande parte aos elevados níveis da degradação ambiental e dos agravos
a saúde do ser humano.
Essa importante ação de prevenção pode ser atingida através de processos que
são considerados ecologicamente corretos, com o objetivo de operarem no combate ao ciclo
contaminante dos resíduos dos serviços da saúde ao meio ambiente.
“No Brasil existe uma importante associação sem nenhum fim lucrativo, que representa todas
as empresas que trabalham com a prestação de serviços de limpeza urbana e manejo dos
resíduos sólidos, atuando de forma conjunta tanto para os setores públicos e privados como
realizando uma troca permanente de informações.” Esta associação chama-se Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). - visualizado em
29/09/19
Todos as organizações que produzem resíduos de serviços de saúde são regulamentadas por
meio da Resolução da Diretoria Colegiada da Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) n. 222/2018 e a Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
n. 358/2005.
Os estabelecimentos que produzem resíduos são:
Hospitais;
Clínicas medicas;
Laboratórios de análises clinicas;
Funerárias;
Farmácias;
Estabelecimentos de ensino e pesquisa;
Centros de controle de zoonoses;
Distribuidores de produtos farmacêuticos;
Importadores unidades moveis de atendimento à saúde;
Serviços de acupuntura;
Entre outros.
Substâncias perigosas
De acordo com a NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), existem
algumas substâncias e produtos de várias classes que são consideradas como perigosas, visto
que podem oferecer um risco potencial a todos os seres vivos como também ao meio ambiente.
Inflamabilidade;
Corrosividade;
Reatividade;
Toxicidade.
Infectantes;
Químicos;
Perfurocortantes;
Resíduos comuns.
Critérios técnicos;
Legislação ambiental;
Normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;
Entre outros.
Nos casos onde o local é constituído por mais de um serviço, por meio de alvarás sanitários
individualizados, nestes casos o plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde deve
ser único e precisam cobrir todos os serviços existentes, estando sob a responsabilidade técnica
da empresa.
Nos casos onde a formação do responsável não é compatível com todos os conhecimentos
necessários, é permitido a assessoria através de pessoas qualificadas para desempenharem esta
função.
Este cadastro só é emitido pelo órgão responsável pela limpeza urbana para a coleta e o
transporte dos resíduos. Esta documentação deve ser requerida junto aos órgãos públicos que
são responsáveis pela execução da coleta, transporte, tratamento ou disposição final dos
resíduos de serviços de saúde. Esta documentação deverá identificar se todas as orientações
dos órgãos de meio ambiente estão em conformidade.
As empresas que dispõem de registro dos medicamentos precisam manter atualizados junto a
ANVISA, através de uma lista com todos os produtos que em função do princípio ativo e a forma
farmacêutica, não oferecem riscos de manejo e disposição final.
É necessário que sejam informados o nome comercial, princípio ativo, forma farmacêutica e
o registro respectivo do produto. Esta lista deve ficar disponível no endereço eletrônico da
ANVISA para consulta dos geradores de resíduos. Devem também apresentar qual será a
maneira do atendimento as orientações e regulamentações federais, estaduais e municipais que
estão relacionadas com o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde.
Também é obrigatório a apresentação de todas as ações que devem ser tomadas no caso de
situações de emergência e acidentes, revendo as ações relacionadas com os processos
referentes a prevenção de saúde do trabalhador.
Tipos de resíduos
Grupo A
Os resíduos que fazem parte do grupo A estão envolvidos com uma possível presença
de agentes biológicos que apresentam maiores características de virulência ou concentração,
podendo apresentar um alto risco de infecção.
O grupo A é dividido em cinco subgrupos de resíduos que são: A1, A2, A3, A4 e A5. Através da
tabela a seguir você pode observar cada um dos subgrupos.
Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, descarte de
vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação
genética.
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20
A3
semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou
familiares.
A4 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue
ou líquidos corpóreos.
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais materiais
A5
resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais.
Grupo B
Os resíduos do grupo B são substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, de acordo com as suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade como por exemplo:
Grupo C
Grupo D
Este grupo compreende os resíduos que não possuem risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, sendo semelhante aos resíduos domiciliares como por exemplo:
Lâminas de barbear;
Agulhas;
Escalpes;
Ampolas de vidro;
Brocas;
Limas endodônticas;
Pontas diamantadas;
Lâminas de bisturi;
Lancetas;
Tubos capilares;
Micropipetas;
Lâminas e lamínulas;
Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório.
“O maior acidente envolvendo o descarte de resíduos dos serviços de saúde no Brasil ocorreu a
32 anos, com o césio 137, na cidade de Goiânia. Este acidente é considerado como o maior do
mundo ocorrido fora das usinas nucleares.”
Resolução nº 306
História;
Abrangência;
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde;
Responsabilidades;
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde;
Manejo de resíduos dos serviços de saúde;
Segurança Ocupacional.
Resolução nº 358
Esta resolução aborda sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde, este documento dividiu os resíduos em cinco grupos de risco: A, B, C, D e E, sendo
divididos em 32 artigos e 2 anexos, descrevendo cada grupo.
Este documento foi criado por meio da RDC n° 306/04 que possui todas as ações relacionadas
com o manejo dos resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS).
Este documento possui uma certa particularidade para cada grupo de resíduos e riscos
observados, apresentando os aspectos relacionados com:
Manejo;
Segregação;
Acondicionamento;
Identificação;
Transporte interno;
Armazenamento temporário;
Tratamento;
Armazenamento externo;
Disposição final do resíduo.
Todo o plano deve ser compatível com as normas locais que necessitam estar relacionadas com
a coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde.
Setores de limpeza;
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, assim como também, os departamentos
de Medicina do Trabalho e Segurança do Trabalho (SESMT).
Toda empresa geradora de resíduo é obrigada a manter uma cópia do plano de gerenciamento
de resíduos de serviço de saúde disponível para consulta sempre que for solicitado por uma
autoridade competente sanitária ou ambiental, assim como também pelos funcionários,
pacientes e clientes, bem como do público em geral.
Os órgãos de saúde e também do meio ambiente poderão solicitar uma avaliação do plano de
gerenciamento de resíduos de serviço de saúde antes de sua implantação.
Passos para a elaboração do plano para gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de
saúde
Existe uma sequência de passos que pode auxiliar na elaboração do plano de gerenciamento de
resíduos de serviço de saúde conforme pode ser observado:
1º Passo - Identificação do problema
Para esta atividade, é fundamental que existam reuniões com todos os setores da empresa,
assim como também conferências, oficinas dentre outras atividades.
Está relacionado com o estudo sobre a situação da empresa com relação aos resíduos sólidos
dos serviços de saúde, possibilitando a identificação das condições do estabelecimento, as
áreas críticas, assim como o fornecimento dos dados necessários para a implantação do plano
de gestão.
Deve ser realizado um levantamento das atividades desenvolvidas na empresa através de visitas
em todos os setores, sendo que o profissional que for realizar este levantamento deve ter
capacidade técnica para conseguir direcionar o melhor local de descarte dos tipos de resíduos,
bem como também, os detalhes sobre os tipos desses resíduos, e as condições específicas em
que são gerados.
Deve-se tomar alguns cuidados no momento da elaboração do relatório como por exemplo o
mesmo deve ser de fácil leitura, bastante sintético, possuir apenas as informações que são
consideradas essenciais, com argumentos bastante claros e pertinentes.
5º Passo - Definição de metas, objetivos, período de implantação e ações básicas
Está relacionado com toda a organização como também com a sistematização de informações e
ações que serão a base para a implantação do plano para gerenciar os resíduos provenientes
dos serviços de saúde. Não se pode esquecer que a principal finalidade do plano para gerenciar
os resíduos provenientes dos serviços de saúde é proporcionar todas as condições
necessárias para que haja uma total segurança do processo no manejo dos resíduos.
6º Passo - Elaboração do plano para gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de saúde
Neste momento deve ser realizado uma hierarquização de todos os problemas que foram
diagnosticados, verificando a gravidade ou urgência; quais são os custos de sua resolução
(financeiros, humanos e materiais); bem como qual será o prazo e o esforço necessário para que
isso aconteça.
Cada plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde é único, assim no plano deve ser
informado inicialmente os dados da empresa, caracterização dos aspectos ambientais como o
abastecimento de água, efluentes líquidos, emissões gasosas, tipos e quantidades de resíduos
gerados, segregação, tipos de acondicionamento, coleta e transporte sólido dos resíduos dos
serviços de saúde e roteiros de coleta.
Este item vai abranger todas as ações para a implementação do plano de gerenciamento de
resíduos de serviço de saúde, para que isso aconteça é indispensável que exista a
disponibilidade dos recursos financeiros; equipe técnica está capacitada e o comprometimento
de todos os funcionários, independente de qual é a posição do funcionário dentro da empresa.
8º Passo - Avaliação do plano para gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de saúde