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renato@ohms

De: "geraldo" <geraldo@ohms.com.br>


Para: "renato Morais - Ohms" <renato@ohms.com.br>
Enviada em: sábado, 11 de junho de 2005 07:58
Assunto: Fw: Remoção de captores radioativos

----- Original Message -----


From: Luis Eduardo
To: geraldo@ohms.com.br
Sent: Thursday, June 09, 2005 4:42 PM
Subject: Remoção de captores radioativos

Remanejamento aleatório de captores radioativos


de instalações de sistemas de pára-raios.
Autor: Luís Eduardo de Oliveira
Diretor Técnico da Assessotec

Desde a descoberta do raio X, em 1895, e da Radioatividade em 1896 e, principalmente, após a segunda


guerra mundial, o emprego das radia ções encontra-se em contínuo crescimento, com aplicações na
agricultura, nas atividades aeroespaciais, nas indústrias e na produ ção de energia el étrica etc.

Apesar da produção da maior parte dos materiais radioativos ter -se iniciado neste século, o homem já é
submetido à radiação há milênios. Desde seu nascimento até sua morte, o homem está sendo exposto à
ação das radia ções.

Estas são constituídas de radiação cósmica, radiação da crosta terrestre (Urânio e Thório) e radia ções de
elementos radioativos dissolvidos na água e no ar, provocando uma dose média, de l mSv* por ano.
Podemos, portanto, admitir que essa dose de radiação pode provocar danos ao ser humano, contudo, de
forma insignificante.

É verdade, por outro lado, que uma dose muito elevada, cerca de 7 Sievert no corpo todo pode provocar a
morte do indiv íduo exposto.

* Sievert - é a unidade de medida de grandeza de dose equivalente de radiação que é absorvida pelo
homem. (Sv)

O problema está em se determinar qual a quantidade de radiação que pode ser recebida pelo homem, de
forma que ele possa utilizá-la sem sofrer seus efeitos maléficos. O mesmo tipo de raciocínio aplica-se a
outros elementos tóxicos que podem ser manuseados, desde que em quantidade compat íveis com a
preservação da saúde humana.

Sendo assim, é importante o conhecimento sobre a radioatividade para se avaliarem perigos e fazer
"normas e portarias", de uso a fim, para que os homens possam desfrutar de seus benefícios ensejados
pela correta utilização das radia ções.

As radiaçõe s são emitidas espontaneamente por elementos chamados radionuclídeos que podem ser
naturais, quando encontrados normalmente na natureza, e artificiais quando produzidos pelo homem.

Os tipos principais de radiações divididos pela física nuclear são: alfa, beta e gama .

A primeira radiação alfa, transmitida pelas partículas de mesmo nome, constituídas por um grupo que
possui dois prótons (subpartícula do átomo, de carga positiva), e dois nêutrons (subpartícula sem carga
el étrica), é considerada pesada e tem por sua baixa intensidade pequena penetra ção no ar, podendo ser
detida por materiais como uma folha de papel, chapa de madeira, a pr ópria água, que é mais pesada que
sua emissão e até mesmo a pele humana pode detê-la, além de outras condições não relevantes à matéria.

As radia ções beta nada mais são do que el étrons acelerados a altas velocidades. Este tipo de partícula é
emitido, por exemplo, pelo C ésio-137 que causou o acidente nuclear de Goiânia em 1987, quando v árias
pessoas entraram em contato direto com esta fonte de radioterapia, que é um forte e perigoso emissor de
partículas, com grande poder de penetra ção nos materiais.

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As radia ções gama são ondas eletromagnéticas semelhantes à luz, mas com poder de se propagar no
espaço e não são constitu ídas de partículas de massa. A luz vis ível, o infravermelho, o ultravioleta ou os
raios X são exemplos desse tipo de radiação, que em algumas freqüências são prejudiciais à saúde.

Surgimento dos captores radioativos.

O captor radioativo, erroneamente chamado de p ára-raios*, foi idealizado em 1914, pelo físico h úngaro
Szillard, e que foi colaborador do casal Curie. Propôs a colocação de fontes radioativas em um terminal
(captor) convencional, do tipo Franklin, pois naquela época entendia-se que a radiação ionizava o ar,
deixando-o bom condutor de eletricidade.

* Pára-raios: o sistema de proteção contra descargas


el étricas atmosféricas. Referimo-nos ao conjunto constituído
por um ou mais captores, fios captores, condutores de
descidas e tomadas de terra (aterramento).

Em 1932, o professor belga G. P. Capart construiu o primeiro captor ionizante, usando fonte de Rádio (Ra-
226), contudo, não passou a produzi-lo, em escala comercial, dada às dificuldades da época na obtenção
do R ádio-226.

A partir de 1947, iniciou-se a produção, na Bélgica, de captores radioativos (ionizantes), de R ádio-226, em


larga escala comercial, tendo, inclusive, sido instalados, por um per íodo, também em nosso país algumas
unidades.

Com o advento dos reatores nucleares, outros radiois ótopos mais econômicos e seguros, puderam ser
produzidos e, a partir de 1966, o R ádio-226 foi substitu ído pelo Amer ício-24l.

Captores radioativos contendo fontes de Amerício-24l.

O material radioativo, Amerício (Am-241), que foi largamente utilizado pelos fabricantes nacionais, na
construção dos impróprios captores radioativos e, posteriormente, instalados aleatoriamente nos sistemas
de pára-raios, tinha por finalidade o seguinte:

O Am-241 emite dois tipos de radia ções: a radiação alfa e a gama.

Seu princ ípio de funcionamento estava baseado na considerada proposta dada como segura e adequada,
que era a radiação alfa, a qual por suas características, de baixo poder de penetração e alto poder de
ionização específico, servia como importante fonte de íons, os quais deveriam facilitar o contato inicial com
o raio.

Do ponto de vista teórico, este fenômeno poderia ser perfeitamente aceit ável, concluindo-se até que a
existência de íons facilitaria esta atração inicial do raio, para este ponto, já que passaria a existir um
campo elétrico intenso, onde com a aproximação de uma nuvem de tempestade pudesse ser exercida uma
força el étrica sobre os íons com capacidade de alinh á-los, independente dos deslocamentos das massas de
ar e, com isto, captar estas correntes elétricas indesejáveis, para que fossem dissipadas no solo.

Portanto, tal fato, olhado por este teórico ponto de vista não foi corretamente analisado, e assim, estes
captores acabaram sendo colocados no mercado até de maneira imprudente, já que desde o início de sua
fabricação no pa ís, os seus fabricantes já estavam cientes da exist ência de uma série de inconveniências.

Uma partícula alfa do Am-241, se não tivesse qualquer implicação quanto a sua instalação, exposta ao
tempo, provocaria no seu alcance de 5 cm no ar, aproximadamente 150.000 ionizações, criando, portanto,
150.000 elétrons livres e 150.000 íons positivos. Assim, cada captor radioativo poderia produzir em um
ambiente ideal, como um laborat ório, se instalado no captor 5 fontes de Amerício, com 10 mm cada, que
corresponde a uma atividade de 18,5 x 107 , ou seja, 185.000.000 de Becquerel, como eram construídos
pelos fabricantes, para uma suposta abrang ência de 100 metros de raio de a ção, de 10 trilhões de pares de
íons por segundo. E foi nesse poder de ionização que se baseavam seus fabricantes como um meio seguro
de vendas e suas diversas aplica ções que, muitas vezes, alegavam ser mais econ ômico e seguro.

Explicamos que a medida de quantidade de material radioativo faz-se através de número de emissões por
segundo, e a unidade é o Becquerel, correspondendo a 1 desintegra ção por segundo. (Bq)

Este número de desintegrações varia com o tempo, de acordo com o tipo de material radioativo e, essa
variação típica de cada elemento, é caracterizada por uma constante chamada meia vida, e esta atividade
é reduzida com o tempo, de forma sucessiva. Neste caso, a vida média de uma fonte de Amerício, disposta
em ambientes e condições normais, seria de um pouco mais de quatrocentos anos.

As fontes empregadas nos captores foram produzidas através do processamento de corte de uma fita
metálica em cujo cerne era laminado um briquete do Óxido de Amer ício.

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A- Cobertura: liga de ouro paládio de 0,0002 ~ mm.


B- Camada Ativa: Óxido de Amer ício e ouro de ~ 0,002 mm.
C- Apoio: ouro de ~ 0,001 mm.
D- Suporte: liga de 0,20 mm ~ 0,25 mm.

* Esta fita metálica é produzida pela The Radiochemical Centre, Inglaterra.

Outros aspectos dos captores radioativos.

As fitas de Amerício, Am-241, empregadas na construção destes inexpressíveis captores radioativos, são
constituídos por uma matriz de prata ou paládio, onde o material é disperso e coberto por uma finíssima
camada de ouro, que foram fornecidas pela firma inglesa, "The Armersham Radiochemical Center", a qual
assegurava a vedação das fontes desde que a cobertura de ouro não viesse sofrer agress ões, seja por
objetos pontiagudos, abras ões ou por ambientes que contivessem elementos corrosivos. Al ém de rigorosos
testes feitos por essa empresa fornecedora, tais fontes radioativas deveriam ser submetidas a outros
testes pelos respectivos fabricantes, de acordo com as recomenda ções feitas pelo órgão nacional
competente, Comiss ão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e por outras regras dispostas nas
"Especificações referentes a opera ções de fabricações, instalações e substituições dos pára-raios
radioativos", Projeto-20:02.01-002 - Agosto/1982.

Notamos já que, neste ano de 1982, fatos inconvenientes n ão foram denunciados e, com isto, conseguiram
instalar-se no país mais de 130.000 unidades deste impressionante e inexpressivo sistema de proteção.

Como nem sempre ditas recomenda ções e regras foram observadas, isto visto por aspectos de prote ção
radiológica e seu uso, e por saber que mesmo tendo ci ência destes fatos e de outros que puderam ser
levantados através de testes feitos em laborat órios e, ainda, que grande parte dos neg ócios eram
realizados pela falta de conhecimento de muitos daqueles que adquiriram tais sistemas, veio, de forma
prudente, a CNEN, após uma série de pedidos, feitos pela própria ASSESSOTEC e por outros profissionais
e empresas especializadas, através de elogiável Resolução nº4, de abril de 1989, proibir a fabricação,
comercialização e, portanto, a instalação destes impr óprios sistemas de proteção no país, tornando-se
desde então necessário que fossem substitu ídos, já que a alegada proteção não se justificava.

Portarias e normas para a substituição de sistemas de proteçã o constituídos por captores


radioativos.

A situação imposta pelos órgãos locais, que trataram do assunto da remo ção destes captores radioativos,
através de portarias que consideramos relevantes sob o ponto de vista de seguran ça patrimonial e,
especialmente pessoal, deveria ser analisada de forma mais consistente, pois, como é de nosso
conhecimento, o próprio órgão responsável pelo emprego desses materiais radioativos, a CNEN (Comissão
Nacional de Energia Nuclear), em 1989, através de seu Diretor do Departamento de Instalações de
Materiais Nucleares, havia se pronunciado, comunicando que as instala ções com captores radioativos que
estivessem em bom estado de conservação, poderiam permanecer instalados, sob o ponto de vista de
radioproteção, até que viessem a ser substituídos por outros dispositivos mais seguros, que realmente
oferecessem prote ção às áreas e edificações em que estes se encontravam instalados.

Informou-se também, que tais dispositivos, nestas condi ções, não oferecem risco de radiação externa às
pessoas uma vez que contêm quantidades pequenas de material radioativo neles fixados.

No entanto, aqueles que estivessem mal instalados, sujeitos a quedas, contendo acess órios de sustentação
destes captores em precárias condi ções (mastros, bases de apoio, conjuntos de contraventagens, etc.)
estes, sim, é que deveriam ter sido retirados de imediato, logo após a data desta publicação, da Resolu ção
nº 04, de 19 de abril de 1989, e encaminhados a CNEN, IPEN, CTDN ou IEN.

* CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear - Rio de Janeiro - RJ.


* IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - São Paulo - SP. (Cidade Universit ária.
* CTDN - Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - Belo Horizonte - MG.
* IEN - Instituto de Engenharia Nuclear - Rio de Janeiro - RJ.

O fato é que nem sempre foram observadas e obedecidas pelos órgãos competentes, ou at é mesmo pelas
empresas seguradoras e outros respons áveis, às determinações consubstanciadas em normas técnicas
aplic áveis a implantações, revisões e vistorias de sistemas de proteções de estruturas contra os efeitos
decorrentes de descargas elétricas atmosféricas.

Resoluçã o n° 4 de 19 de abril de 1989 da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

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A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), usando das atribui ções
que lhe confere o artigo 1°, inciso I, da Lei n° 6.189, de 16 de dezembro de
1974, o artigo 141 do Decreto n° 51.726, de 19 de fevereiro de 1974, o
artigo 141 do Decreto n° 51.726 de 19 de fevereiro de 1963, e o artigo 21,
inciso I e V do Decreto n ° 75.569, de 7 de abril de 1975, por decis ão de sua
Comissão Deliberativa, na 534ª Sessão, realizada em 19 de abril de 1989,

Considerando que o comércio de substâncias radioativas constitui


monopólio da União, instituído pela Lei n° 4.118 de 27 de agosto de 1962,
o artigo 1 ° inciso II, in fine;

Considerando que esse monopólio é exercido pela CNEN na qualidade de


órgão superior de orientação, planejamento, supervis ão e fiscalização,

Considerando que compete a CNEN baixar normas gerais sobre substâncias


radioativas;

Considerando que a CNEN cabe, ainda, registrar as pessoas que utilizem


substâncias radioativas, bem como receber e depositar rejeitos radioativos;

Considerando a proliferação do uso de substâncias radioativas em pára-


raios;

Considerando que não está tecnicamente comprovada a maior eficácia de


pára-raios radioativos em relação aos convencionais e que, portanto, o
"princípio da justificação" previsto na Norma CNEN-NE-3.01 - "Diretrizes
Básicas de Radioproteção" não está demonstrado;

Considerando a necessidade de dar destino adequado ao material radioativo


dos pára-raios desativados,

Resolve:

1 - Suspender, a partir da vigência desta Resolução, a concessão de


autorização para utiliza ção de material radioativo em p ára-raios.

2 - O material radioativo remanescente dos pára-raios desativados devem


ser imediatamente recolhidos a CNEN.

3 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica ção.

Procedimento para acondicionamento e encaminhamento de captores radioativos.

A CNEN autoriza desde 19 de março de 1992, através do Certificado BR/006/XT, Ver.(01), Emissão 002,
página 01 de 02 páginas, sob o ponto de vista de radioprote ção, o transporte de captores radioativos
contendo fitas de Amer ício, AM-241, para qual deve obedecer ao que segue:

1 - Descriçã o da embalagem.

A embalagem a ser utilizada para o acondicionamento do captor deve ser metálica, robusta, com
capacidade mínima de 38 litros (0,36m de di âmetro por 0,43m de altura), devendo o sistema de
fechamento garantir a vedação em condições normais de transporte.

2 - Conteúdo radioativo autorizado.

Cada embalagem deverá conter apenas um captor com fitas de Amer ício, Am-241, afixadas ao mesmo,
estando a atividade m áxima restringida a 0,185 GBq (5mCi) por embalagem.

3 - Acondicionamento.

3.1 - O dispositivo contido em saco plástico, deve ser mantido no centro da embalagem;

3.2 - O espaço vazio entre o saco plástico e a superfície interna da


embalagem, incluindo fundo e tampa, deve ser preenchido com material
absorvente de choque;

3.3 - Um rótulo com o dizer "Material Radioativo", deve ser fixado no


interior do embalado, em local vis ível para que seja visto quando da
abertura da embalagem.

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4 - Condiçõ es necessárias para realizaçã o do transporte.

4.1 - O transporte do embalado poderá ser efetuado por qualquer meio


excetuando-se correios, devendo ser utilizada a documentação de
transporte pertinente;

4.2 - O presente certificado não exime o expedidor do cumprimento de


Normas e Regulamentos aplic áveis, em vigência no país;

4.3 - A exportação de embalados acima descritos s’poderá ser realizada mediante


autorização prévia da Ger ência de Instalações Nucleares e Radiativas.

Nota: As condições expostas neste Certificado expiram em 22-8-1988.

Referência: Norma - CNEN-NE 5.01 Transporte de Materiais Radioativos, publicado no DOU de 01 -8-
1988.

Prote ção Radiológica.

As normas básicas de prote ção radiológica são aquelas que estabelecem valores máximos permissíveis de
radiações e princípios fundamentais com o intuito de proteger os trabalhadores e as popula ções locais
contra os riscos de radiações. Os máximos permissíveis foram determinados após muitos estudos sobre a
influência da radia ção no corpo humano. De acordo com as normas nacionais e internacionais, vigentes à
época, a dose acumulada que podia ser recebida por um profissional com idade "N", medida em anos, era
dada por:

D= 5 x (N-18) rem*

Por exemplo, se um profissional tiver 27 anos poder á ter acumulado uma dose de:

D= 5 x (27-18) rem

D= 5 x (9) rem

D= 45 rem

* rem: Roentgen Equivalent Man era a unidade usada para medir a


radiação no corpo humano, e eqüivale a 0,01 Sievert.

Pode-se notar pela fórmula que menores de 18 anos não podem trabalhar com radioatividade. Nota-se,
também, que a dose deve ser acumulada num ritmo m áximo de 5 rems por ano, ou, levando-se em conta
que um ano tem 50 semanas (2 semanas de f érias), tem-se 0,1 rem/semana ou 100 mrem/semana, ou,
ainda, considerando -se 40 horas de trabalho por semana, tem -se 2,5 mrem/h.

Os números de 100 mrem/semana e 2,5 mrem/h, não são chamados máximos permissíveis e, sim, limites
derivados de trabalho. Significa que esses valores podem ser ultrapassados, mas os 5 rem/ano não. Os
limites de trabalho podem ser ultrapassados desde que a dose acumulada em 3 meses consecutivos não
seja superior a 3 rems.

Todos os limites aqui mencionados são válidos para radia ções externas, isto é, aquelas emitidas por uma
fonte e que atinge o ser humano, como para exposições internas. Este tipo de exposição é a dose de
radiação que recebemos a partir do material radioativo que é ingerido pelo organismo. Neste caso, os
limites máximos são estabelecidos em termos de atividade máxima, tanto para a água que bebemos, os
alimentos, como pelo próprio ar que respiramos.

Quanto ao elemento radioativo, Amerício-241, nas proporções em que foram instaladas estas fontes nos
captores, sob o ponto de vista de exposições externa a partícula alfa não apresenta nenhum risco, já que
seu alcance é de 5 cm no ar e de 0,60 mm no corpo humano e não atinge nenhuma estrutura
radiosensível. A radiação gama do Am-241, por sua vez, não traria problemas nas condições e locais onde
foram instaladas, já que é de baixa energia e seu limite de penetra ção é pequeno, por ser emitida em
pequenas quantidades.

Em relat ório emitido pelo Instituto de Energia Atômica, mostra que a uma distância de 30 cm a exposi ção é
de 0,26 mrem/h. Essa exposição provocaria em uma pessoa que pudesse ficar 40 horas por semana e 50
semanas por ano a uma dist ância de 30 cm deste captor de Amerício-241, uma dose de 520 mrem no ano,
o que estaria ainda at é bem abaixo do máximo permissível. (5.000 mrem* por ano).

* Milirem - antiga unidade de medida de grandeza de dose equivalente de radiação que é absorvida pelo
homem.

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Obs.: Dose equivalente - 100 mrem = 1mSv.

Conclusão.

Pode-se dizer que as atuais exig ências decorrentes de portarias adversas, antecedendo, quem sabe, a
impossibilidade do não cumprimento das recomenda ções impostas pela pr ópria CNEN, têm feito com que
instalações de uso público, empresas, condomínios e particulares se submetam às referidas exig ências,
efetuando de forma muitas vezes aleat ória, sem qualquer critério, a simples troca destes captores
radioativos por outros do tipo convencional, uma vez que os ditos captores já estão atuando como tal,
pagando-se por tais substituições altos preços, para que continuem, mesmo sem estes inócuos captores,
desprovidos de uma segura e correta proteção contra os efeitos decorrentes de raios.

Enfim, soluções referentes aos possíveis riscos vistos por aspectos de danos pessoais, materiais,
patrimoniais e outros quaisquer, devem ser analisados de forma que possam ser dadas solu ções corretas,
para que estes sistemas de prote ção sejam substituídos nas ocasiões oportunas de novas implanta ções por
conjuntos de proteções que realmente possam atender de uma forma mais conveniente as exig ências
cabíveis, à segurança de instalações e principalmente dos seres vivos.

Todas as solicitações que possam envolver atividades relativas à segurança de patrimônios e pessoas
devem ser corretamente analisadas, afim de que realmente seja respeitada a dignidade do ser humano, e
desta forma possam ser produzidos benefícios claros para a sociedade.

As informa ções relativas aos procedimentos e serviços que constituirão o processo de remoção,
acondicionamento e encaminhamento dos captores radioativos ao CNEN, assim como, a elabora ção de
novos projetos de adequação de sistemas de proteção, os quais substituirão os atuais sistemas de proteção
constituídos pelos captores radioativos, poderão ser esclarecidos junto ao Setor T écnico da ASSESSOTEC,
mediante consulta atrav és do tel/fax (19) 3876.2883, pelo celular (19) 8122.6378 ou através do e -mail:
assessotec@assessotec.com.br

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