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3 Alinhamento de eixos horizontais – Método de cálculo


3 Alinhamento de eixos horizontais - método de cálculo.........................................1
3.1 Princípios de alinhamento com relógios comparadores....................................3
3.1.1 Sinais de relógios comparadores ..............................................................4
3.1.2 Vergamento em relógios comparadores....................................................5
3.1.2.1Efeito do vergamento sobre o processo de alinhamento.......................5
3.1.2.2Determinação do vergamento total........................................................5
3.1.2.3Correções considerando a flexão .........................................................6
3.1.3 Medição de afastamento horizontal usando relógios comparadores.........7
3.1.4 Medição de angularidade usando relógios comparadores........................9
3.1.5 Assegurando a precisão de leituras do relógios comparadores..............10
3.2 Método de alinhamento diâmetro - face..........................................................12
3.2.1 Visão geral do método de alinhamento diâmetro face ............................12
3.2.2 Visão geral do aparelho de medição diâmetro face................................12
3.2.2.1Montagem dos aparelhos de diâmetro face.........................................14
3.2.2.2Cuidados na montagem dos aparelhos de diâmetro face...................14
3.2.3 Dimensões de diâmetro face...................................................................15
3.2.3.1 A dimensão “A” ..................................................................................15
3.2.3.2 A dimensão “B” ..................................................................................15
3.2.3.3 A dimensão “C” ..................................................................................15
3.2.4 Procedimento de alinhamento diâmetro face..........................................16
3.2.4.1 Visão geral do processo de alinhamento............................................16
3.2.4.2 Obtenção de leituras ..........................................................................17
3.2.4.3 Medição de desalinhamento no plano vertical ...................................18
3.2.4.4 Interpretação dos dados de desalinhamento no plano vertical...........19
3.2.4.5 Medição de desalinhamento no plano horizontal ...............................20
3.2.4.6 Interpretação dos dados de desalinhamento no plano horizontal ......21
3.2.5 Cálculos diâmetro face............................................................................22
3.2.5.1 Cálculo de posição de pés dianteiros e traseiros................................22
3.2.5.2 Exemplos de cálculo de diâmetro face................................................23
3.2.5.3 Cuidados nos cálculos diâmetro face.................................................24
3.2.6 Gráfico diâmetro face...............................................................................25
3.2.6.1 Montagem do gráfico..........................................................................25
3.2.6.2 Plotagem de afastamento no plano horizontal ...................................27
3.2.6.3 Determinação da posição do eixo móvel............................................28
3.2.6.4 Cuidados nos gráficos de diâmetro face............................................29
3.2.7 Correções de diâmetro face.....................................................................30
3.2.7.1 Visão geral do processo de correção..................................................30
3.2.7.2 Introdução de correções nos planos verticais.....................................32
3.2.7.3 O processo de correções nos planos horizontais...............................33
3.2.7.4 Após a introdução de correções nos verticais e horizontais...............35
3.3 Método reverso e alinhamento .......................................................................36
3.3.1 Visão geral do método reverso de alinhamento ......................................36
3.3.2 Comparação com o método de diâmetro face ........................................37
3.3.3 Visão geral do aparelho do método reverso............................................37
3.3.3.1 Montagem do aparelho do método reverso.......................................38
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3.3.3.2Cuidados na montagem do aparelho do método reverso.........................38


3.3.4 Dimensões do método reverso................................................................40
3.3.5 Sinais do aparelho do método reverso....................................................41
3.3.6 Procedimento de alinhamento com o aparelho de relógio do método reverso
42
3.3.6.1 Visão geral do processo de alinhamento............................................42
3.3.6.2 Obtenção de leituras...........................................................................42
3.3.6.3 Medição de desalinhamento no plano vertical ...................................43
3.3.6.4 Interpretação dos dados de medição de desalinhamento no plano vertical
44
3.3.6.5 Medição de desalinhamento no plano horizontal................................45
3.3.6.6 Interpretação dos dados de desalinhamento no plano horizontal.......46
3.3.7 Cálculos do método reverso....................................................................47
3.3.7.1 Cálculo das posições dos pés dianteiros e traseiros..........................47
3.3.7.2 Exemplos de cálculo do método reverso ...........................................49
3.3.7.3 Cuidados nos cálculos do método reverso.........................................49
3.3.8 Gráficos do método reverso.....................................................................50
3.3.8.1 Preparo do gráfico...............................................................................50
3.3.8.2 Determinaçãp de afastamentos .........................................................52
3.3.8.3 Determinação da posição do eixo móvel............................................53
3.3.8.4 Cuidados com os gráficos do método reverso....................................54
3.3.9 Correções do método reverso.................................................................55
3.3.9.1 Visão geral do processo de correção..................................................55
3.3.9.2 Introdução de correção no plano vertical ...........................................57
3.3.9.3 O processo de correção no plano horizontal ......................................58
3.3.9.4Após a introdução de correções nos planos verticais e horizontais.....59
3.4 Método de alinhamento com o laser duplo.....................................................61
3.4.1 Projeção do eixo de rotação....................................................................61
3.4.2 Comparação com o método de relógios comparadores..........................62

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3.1 Princípios de alinhamento com relógios comparadores

Os relógios comparadores são instrumentos de medição projetados especificamente para


medir posições relativas. As principais partes de um relógio comparador são a face, ou o
mostrador, a caixa e a haste. A haste é a parte carregada por mola que pode ser baixada
para dentro da caixa, fazendo com que a agulha se mova na direção horária.

Figura 3.1 Relógio comparador.

Se não for aplicada nenhuma pressão, a haste estará totalmente estendida para fora da
caixa. O percurso total (de totalmente estendido a totalmente mergulhado) varia,
dependendo do modelo particular do relógio comparador. Para alinhamento de eixos,
usamos normalmente relógios comparadores com o percurso total de 0.250" - 0.300”.

A haste, quando pressionada, move a agulha na direção horária, e, quando solta, na


direção anti-horária. A face pode ser girada para a agulha apontar ao zero. A caixa é
segura por um grampo e uma tranca de segurança, que por sua vez são presos por um
calibre ou uma base magnética. A quantidade de opções de montagem é demasiadamente
numerosa para os fins da presente discussão. Os dois tipos de projeto de face são
balanceados e contínuos.

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3.1.1 Os sinais do relógio comparador

Com a haste colocada aproximadamente na posição intermediária, a face do relógio é


colocada para ler zero.

Figura 3.2 Os sinais do relógio comparador

A partir deste ponto zero de referencia, duas regras são aplicáveis:

 Com a haste movida para fora da caixa, a agulha percorre o sentido anti-horário,
fornecendo leituras NEGATIVAS.
 Com a haste movida para dentro da caixa a agulha se move no sentido horário,
fornecendo leituras POSITIVAS.

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Figura 3.3 Leitura positiva quando a haste se move para dentro da caixa, negativas
quando se move para fora da caixa.

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3.1.2 Vergamento do relógio comparador

O vergamento da barra do relógio comparador descreve uma flexão de equipamento usado


para apoiar o relógio, ou de uma outra parte que atravessa o acoplamento. A ação de fletir
ocorre em função da gravidade e não pode ser totalmente eliminada na maioria dos casos
de alinhamento. Várias tentativas foram feitas por fabricantes de aparelhos para minimizar
a magnitude do vergamento; contudo, nenhuma teve êxito na sua “eliminação” para todas
as situações de alinhamento, conseguindo apenas minimizá-la.
Os fatores que influenciam a magnitude do vergamento incluem:

 Peso do relógio comparador e de outras partes sobrepostas.


 Altura do aparelho de apoio para passar livre do acoplamento
 Extensão da(s) setas(s) do relógio
 A rigidez dos materiais do equipamento
 A geometria específica do arranjo do equipamento.

Em todos os casos de alinhamento, devem ser feitos esforços para minimizar a magnitude
do vergamento presente. Se não mantida no mínimo às vezes não será repetível e dessa
maneira poderá introduzir diferentes nos valores. Desde que a magnitude do vergamento
seja conhecida e consistente, poderá ser compensada durante o processo de alinhamento.

3.1.2.1 Efeito do vergamento sobre os processo de alinhamento

O vergamento da barra dos relógios comparadores ocorre em todos os tipos de leituras de


alinhamento; entretanto, o vergamento afeta apenas um tipo particular de leitura em quase
todas as tarefas de alinhamento. Este tipo é a leitura de afastamento horizontal, medido no
plano vertical. Excetuando umas poucas situações raras, o vergamento tem um efeito
desprezível sobre as leituras de afastamento horizontal no plano horizontal e sobre as
leituras de angularidades convencionais medidas na face do acoplamento.

3.1.2.2 Determinação da magnitude do vergamento.

No decorrer de cada tarefa de alinhamento, uma vez que os relógios tenham sido
instalados na máquina, a determinação da magnitude do vergamento torna-se necessária.
Para determinar a magnitude de vergamento, os aparelhos devem ser desmontados da
máquina e re-montados sobre um mandril rígido, tal como um pedaço de tubo de aço. É
importante notar que o montante de vergamento da barra do relógio comparador não pode
ser determinado das leituras tomadas em eixos rotativos. O motivo é que, na medida que
os aparelhos, montados na máquina, são girados na posição de 12:00 para 6:00, a leitura
tomada inclui uma combinação de vergamento e desalinhamento.

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Para determinar o vergamento, execute os seguintes passos:

1. Monte os aparelhos sobre a máquina, da mesma foram que seriam montados


durante a tarefa de alinhamento. Verifique o aperto, repetibilidade, etc.
2. Desmonte o aparelho do eixo e monte-o sobre um mandril rígido.
3. Posicione a haste do relógio na posição de 12:00 e coloque o mostrador no zero.

Figura 3.4 Determinação do vergamento da barra, zero na posição de 12 horas.

4. Gire o aparelho para a posição de 6:00 e leia a magnitude de vergamento.

Figura 3.5 Determinação do vergamento, leitura na posição de 6 horas.

3.1.2.3 Correção devida ao vergamento

Uma vez determinado o vergamento, devem ser devidamente eliminados os seus efeitos
adversos sobre todas as leituras de afastamento vertical. A maneira mais simples de
eliminar os efeitos do vergamento é o de incluí-lo na posição inicial de leitura.

 Para as leituras feitas normalmente com o mostrador zerado em 12:00 e girado para
6:00, coloque no mostrador o valor positivo do vergamento na posição de 12:00 horas.

 Para as leituras feitas normalmente com o mostrador zerado em 6:00 e girado para
12:00, coloque no mostrador o valor negativo do vergamento na posição de 6:00 horas.

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Com o valor “definido” conforme acima descrito, todos os valores de TIR estarão corretos;
não será necessária nenhuma outra compensação.
3.1.3 Medição de afastamento usando relógios comparadores

Para medir o afastamento usando relógios comparadores, fixa-se uma braçadeira num
eixo e instala-se o relógio para tocar no outro eixo. O mostrador é zerado na posição #1,
por exemplo 12:00.

Figura 3.6 Medição de afastamento , posição #1.

O mostrador é então girado em 180 graus, por exemplo para a posição de 6:00.

Figura 3.7 Medição de afastamento , posição #2.

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Quando as leituras de afastamento são obtidas dessa maneira, a leitura total do relógio
(TIR) é o dobro do afastamento . O TIR deverá ser dividido por 2 para obter o afastamento.
Com referência à ilustração abaixo, note que o afastamento entre os dois eixos é de 0.508
mm, mas o TIR é de 1.016 mm.

Figura 5.8 o afastamento é a metade de TIR (Total Indicator Reading – leitura total do
indicador).

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3.1.4 Medição de angularidade com relógios comparadores

Para medir a angularidade usando relógios comparadores fixa-se uma braçadeira num eixo
e instala-se o relógio para tocar na face do outro cubo de acoplamento do outro eixo. O
mostrador é zerado na posição #1, por exemplo 12:00.

Figura 3.9 Medição de angularidade, posição #1.

O mostrador é então girado em 180 graus, por exemplo para a posição de 6:00.

Figura 3.10 Medição de angularidade, posição #2.

Quando as leituras de angularidade são obtidas dessa maneira, o valor de angularidade é


igual ao total da leitura do indicador (TIR) dividido pelo diâmetro do círculo do indicador. Por
exemplo, se o TIR em 6:00 for de +0.254 mm e o diâmetro do relógio de 127 mm, o valor
da angularidade será de +0.002 mm/mm).

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3.1.5 Garantindo a precisão das leituras do relógio comparador

A importância de obtenção de leituras precisas não pode ser superenfatizada.


Independentemente da eficiência de qualquer processo de alinhamento, envolvendo
gráficos, cálculos ou computadores, a precisão atingida depende das leituras do relógio.
Com os aparelhos instalados corretamente, existem diversos cuidados a ser tomados para
garantir a precisão de todas as leituras. Entre eles estão os seguintes:

1. Fazer as leituras nas reais posições de relógio: 12:00, 3:00, 6:00, e 9:00.
Recomenda-se que, após a fixação dos aparelhos, seja usado um nível preciso para
estabelecer as verdadeiras posições de relógio. Uma vez determinadas as posições,
deve ser usado algum mecanismo, tal como as marcas no alojamento do rolamento
ou no eixo para garantir que as medidas sejam tirados nesses pontos.

2. Verificar todas as leituras quanto a repetitividade. Isso inclui checar que o mostrador
retorna a zero na primeira posição de medição, e reverificar todas as leituras quanto
a consistência.

3. Observar os relógios durante a rotação dos eixos para garantir que valores e sinais
corretos das leituras sejam determinadas e documentadas.

4. Eliminar erros devidos a reação do acoplamento. Isso pode ser alcançado por
aplicação de pressões opostas sobre os eixos quando estão sendo girados.

5. Se houver uma suspeita de erro, verificar a validade matemática das leituras. Isso é
feito somando as leituras de topo e da parte inferior e comparando a soma com a
das leituras laterais. Nas leituras válidas, as somas serão iguais.

Considere os seguintes conjuntos de leituras de afastamento :

Figura 3.11 Regra de validade. Topo + fundo = esquerda + direita.

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Conjunto “A”

Note que a soma de topo e do fundo, 0.000 + (+0.005), é igual a 0.005. A soma das
leituras laterais, -0.001 + (+0.006), também é igual a +0.005. Uma vez que as somas são
iguais, podemos concluir que as leituras são realmente válidas.

Conjunto “B”

Note que a soma de topo e do fundo, 0.000 + (-0.008), é igual a -0.008. A soma das
leituras laterais, -0.004 + (+0.004), é igual a +0.000. Uma vez que as somas NÃO são
iguais, podemos concluir que as leituras não são válidas.

Conjunto “C”

Note que a soma de topo e do fundo, 0.000 + (-0.027), é igual a -0.027. A soma das
leituras laterais,+0.005 + (-0.011), é igual a -0.006. Uma vez que as somas NÃO são
iguais, podemos concluir que as leituras não são válidas.

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3.2 O método de alinhamento diâmetro – face

3.2.1 Visão geral do método diâmetro – face


O método diâmetro – face é, reconhecidamente, o mais antigo método de alinhamento de
eixos. Empregam-se muitas diferentes variantes do método diâmetro-face, incluindo o de
régua e calibrador de lâmina, de diâmetro e face com um relógio, de diâmetro e face com
dois relógios, de diâmetro e face por tentativa e erro, etc. No presente treinamento iremos
enfocar o alinhamento de diâmetro e face com dois relógios comparadores e sobre a
determinação precisa da posição do eixo por meio de procedimentos de cálculos e gráficos.

Figura 3.12 Dois relógios comparadores são usados para determinar a posição relativa do
eixo móvel com respeito ao eixo estacionário.

Figura 3.13 O método diâmetro e Figure 3.14 O relógio mede a


face é usado para medir o afastamento angularidade ou a inclinação entre os
num plano ao longo do comprimento eixos.
dos eixos

A posição relativa do eixo móvel pode ser determinada usando as medições de


afastamento e a angularidade da instalação das máquinas e das suas dimensões, por meio
de cálculos ou de gráficos.
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3.2.2 Visão geral do aparelho de diâmetro e face

Uma variedade de aparelhos está disponível para a realização de alinhamento por meio de
diâmetro e face. Recomenda-se a seleção e o uso de pacotes comerciais projetados para
acomodar uma variedade de diâmetros de eixos. Os aparelhos devem incluir um sortimento
de varetas para vencer os vãos dos diversos comprimentos de acoplamentos. Para um
sortimento padrão de varetas podem ser previstos os valores de vergamento.

Para máquinas que têm um espaço suficiente entre as metades dos acoplamentos, os
aparelhos podem ser montados de tal maneira que os relógios comparadores estejam em
contato direto com o eixo. Em tal caso, o alinhamento poderá ser feito com os eixos
desacoplados.
.

Figura 3.15 Eixos desacoplados .

Quando as máquinas têm acoplamentos curtos, normalmente NÃO haverá espaço para montar os
aparelhos para tocar acoplamento. Em tais casos, o alinhamento por diâmetro e face poderá ser feito
com os eixos acoplados. Os relógios são freqüentemente montados para tocar na braçadeira, de
maneira similar a da ilustração abaixo.

Figura 3.16 Eixos acoplados, diâmetro Figura 3.17Eixos desacoplados, face

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3.2.2.1 Montagem dos aparelhos de diâmetro e face

Os procedimentos de montagem dos aparelhos dependem, obviamente, do tipo específico


do equipamento usado. Para os fins deste treinamento, vocês vão efetuar o alinhamento
com os eixos desacoplados e os relógios montados em contato direto com o diâmetro e a
face do acoplamento do eixo móvel.

Siga esses passos para montar os aparelhos:

1. Com o acoplamento aberto, monte a braçadeira no eixo estacionário ou no


acoplamento, como ilustrado abaixo:

Figura 3.18 Montagem dos artefatos

2. Passe a vareta pelo comprimento do acoplamento desde a braçadeira montada com


a haste de apoio do indicador.
3. Gire o artefato para 12:00.
4. Fixe o indicador de face com a haste centrada, para percursos positivos e negativos
iguais.
5. Fixe o indicador do diâmetro com a haste centrada, para percursos positivos e
negativos iguais

3.2.2.2 Cuidado na montagem de aparelhos


Independentemente dos equipamentos específicos que estejam sendo usados, devem ser
tomados os seguintes cuidados:
 Nunca fixe o aparelho na parte flexível do acoplamento.
 Maximize a distância de varredura do relógio indicador de face para a geometria da
máquina que está sendo alinhada. Se o indicador de face contatar diretamente a face de
acoplamento, garanta que a haste do indicador toque o acoplamento na proximidade da
parte externa do acoplamento.
 Assegure-se de que os aparelhos estão montados numa posição que permita a rotação.
É desejável ter 360 graus de rotação.
 Antes de efetuar as medições de alinhamento, determine o vergamento da barra do
indicador de diâmetro e garanta que as leituras do relógio comparador são válidas e
repetíveis.
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Dimensões de diâmetro e face

Para determinar com precisão a posição do eixo móvel empregando os procedimentos de


cálculo ou gráficos do método de diâmetro e face, devem ser determinados o diâmetro do
percurso do indicador de face e a posição relativa do indicador do diâmetro, bem como as
posições dos pés dianteiros e traseiros da máquina móvel.
Essas dimensões devem ser determinadas usando uma fita métrica padrão. Cada
dimensão deve ser determinada até o mais próximo 1/8” (1-2 mm).

Figura 3.19 Dimensões de diâmetro e face

3.2.2.3 A dimensão “A”


A dimensão “A” é o diâmetro do percurso do indicador (relógio) de face. Quando lida
diretamente na face do acoplamento, a dimensão “A” deverá ser um pouco menor do que o
diâmetro do acoplamento. Essa é a dimensão mais crítica e deve ser medida com muito
cuidado. Como já foi mencionado, deve-se tomar cuidado na montagem de aparelhos para
o alinhamento diâmetro e face para maximizar o diâmetro do percurso do indicador de
face, com base na geometria da máquina e no espaço disponível.

3.2.2.4 A dimensão “B”


A dimensão “B” é a distância do indicador de diâmetro ao centro do parafuso dianteiro. A
dimensão é medida paralelamente aos eixos. Muitas vezes, antes de medir essa dimensão,
o uso de um barbante ou de uma régua facilita a transferência da haste do indicador de
diâmetro para base da máquina, especialmente no caso de máquinas de grande tamanho.

3.2.2.5 A dimensão “C”


A dimensão “C” é a distância entre os parafusos dianteiros e traseiros. A dimensão é
medida paralelamente ao eixo.
.

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3.2.3 Procedimento do alinhamento diâmetro face


3.2.3.1 Visão geral do processo de medição
O processo de medição do diâmetro face consiste dos seguintes procedimentos:

 Medição e documentação das condições de desalinhamento encontradas.

 Medição das condições de desalinhamento no plano vertical.

 Medição das condições de desalinhamento no plano horizontal.

A obtenção de conjuntos de leituras é considerada em algumas instalações como opcional,


mas aqui é altamente recomendado. Para a maior parte de tarefas de alinhamento, é
desejável obter e documentar as leituras “como encontrado”, junto com as dimensões A, B,
e C. As leituras são usadas para uma variedade de finalidades:

 Documentar as condições de alinhamento antes da remoção das máquinas para


reparos.
 Determinar se a suspeita de desalinhamento é realista ou não.
 Apoiar e justificar as ações empreendidas perante os fornecedores, vendedores e
fabricantes de equipamentos.
 Preservação de arquivos de histórico do equipamento.
 Uma melhor comunicação entre as diferentes pessoas envolvidas com as tarefas de
alinhamento.

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3.2.3.2 Obtenção das leituras


Para obter um conjunto completo de leituras siga os passos abaixo:

1. Gire os relógios para 12:00.


2. Acerte o valor positivo de vergamento no indicador do diâmetro.
3. Coloque o mostrador do indicador de face no zero.
4. Registre o ajuste dos dois relógios em12:00.
5. Gire os mostradores para 3:00.
6. Determine e registre as leituras dos dois mostradores.
7. Gire os relógios para 6:00.
8. Determine e registre as leituras dos dois mostradores.
9. Gire os relógios para 9:00.
10. Determine e registre as leituras dos dois mostradores.
11. Gire os relógios para 12:00 e verifique que os dois mostradores retornaram aos
ajustes originais.

Para documentar os resultados, use um formato similar mostrado abaixo. Note que “DIF”
representa Dial Indicator on the Face (indicador de face) e ”DIR” representa Dial Indicator
on the Rim (indicador de diâmetro).

Figura 3.20 Documentação dos resultados.

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3.2.3.3 Medição do desalinhamento no plano vertical


Para medir o desalinhamento no plano vertical, siga os seguintes passos:

1. Gire os relógios para 6:00.

Figura 3.21 Medição de desalinhamento vertical, 6 :00 horas.

2. Ajuste o indicador de face para zero.

3. Ajuste o valor de vergamento para no indicador de diâmetro.

NOTA: Se, por exemplo, o valor de vergamento para o aparelho de diâmetro for
determinado como sendo -0,09, o mostrador seria ajustado para indicar - 9 na posição de
6:00 horas.

Figura 3.22 Ajuste do valor de vergamento

3. Gire os dois eixos (se possível) para 12:00.

Figura 3.23 Medição de desalinhamento no plano vertical, 12 horas.

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4. Registre os valores TIR dos relógios DIR e DIF.

3.2.3.4 Interpretação dos dados de desalinhamento vertical


Use as seguintes regras para determinar o afastamento e angularidade a partir da leitura
TIR em12:00:

 Afastamento do acoplamento = Indicador do diâmetro (DIR) TIR


2

 Angularidade do eixo = Indicador de face (DIF) TIR


Dimensão A

Considere a seguinte leitura total (TIR) de diâmetro e face 12:00

Figura 3.24 Exemplo, leituras TIR

1. A leitura TIR de diâmetro e face é de(-0.864 mm). O afastamento do acoplamento


é de (-0.432 mm), ou abaixo

2. O TIR do indicador de face é de (+0.610 mm). Dada a dimensão A de (101.6 mm), a


angularidade no plano vertical seria de (0.006 mm/mm) = (0.6 mm / 100 mm).

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3.2.3.5 Medição do desalinhamento no plano horizontal

O principal cuidado na medição e interpretação de desalinhamento horizontal é o


estabelecimento de direção de movimentação e posicionamento. Para os fins do presente
treinamento, todas as posições do relógio têm como a referência o posicionamento
mostrado abaixo, posicionado atrás da máquina móvel e na frente da máquina móvel.

Figura 3.25 Medição de desalinhamento no plano horizontal


Siga os passos abaixo para executar a medição de desalinhamento no plano horizontal:

1. Gire os relógios para 9:00.

Figura 3.26 Medição de desalinhamento horizontal, 9 horas

2. Ajuste ambos os relógios para zero.

3. Gire os dois eixos para 3:00.

Figura 3.27 Medição de desalinhamento no plano horizontal,, 3 horas.

4. Registre os valores TIR dos relógios DIF e DIR dial.

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3.2.3.6 Interpretação dos dados do desalinhamento no plano horizontal


Siga as seguintes regras para determinar o afastamento e angularidade a partir da leitura
TIR na posição de 3:00:

 Afastamento do acoplamento = TIR do indicador do diâmetro (DIR)


2

 Angularidade do eixo = TIR do indicador de face (DIF) TIR x 100 = mm / 100 mm


Dimensão A

Considere as seguintes leituras totais (TIR’s) de diâmetro e face na posição de 3:00

Figura 3.28 Exemplo, leituras horizontais.

1. A leitura TIR do indicador do diâmetro é de (+0.406 mm). O afastamento do


acoplamento é de (+0.203 mm), à direita.

2. A leitura TIR do indicador de face é de (-0.406 mm). Dada a dimensão A de 4


polegadas (101.6 mm), a angularidade no plano horizontal seria de
(-0.004 mm/mm) = (-0.4 mm/ 100mm).

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3.2.4 Cálculos de diâmetro e face

Muitas equações diferentes podem ser usadas para os vários cálculos de diâmetro e face.
A informação aqui apresentada aplica-se ao arranjo de diâmetro e face apresentada
anteriormente na Unidade. As equações apresentadas são usadas para calcular a posição
dos pés dianteiros e traseiros da máquina móvel a partir dos valores de afastamento DIR, e
a angularidade do eixo, conforme determinada pelo indicador de face (DIF). Os cálculos
aplicam-se aos planos vertical e horizontal. Contudo, normalmente são aplicados no plano
vertical. A correção de desalinhamento no plano horizontal, apresentada na seção 3.2.7.3,
pode ser efetuada sem a necessidade de cálculo matemático ou gráfico da posição exata
dos pés dianteiros e traseiros.

3.2.4.1 Cálculo das posições dos pés dianteiros e traseiros


Conforme mostrado nas seções anteriores e ilustrado abaixo, serão aplicadas as seguintes
configurações, dimensões e designações de afastamento.

Figura 3.29 Configuração e dimensões

A posição dos pés dianteiros da máquina móvel é determinada pela seguinte equação:

Figura 3.30 cálculo dos pés dianteiros

Aposição dos pés traseiros da máquina móvel é determinada pela seguinte equação:

Figura 3.31 Cálculo dos pés traseiros

onde:
 Face TIR = Leitura total do indicador da face
 Rim TIR = Leitura total do indicador do diâmetro
 A = o diâmetro do percurso do indicador da face
 B = a distância entre a haste do indicador do diâmetro e o centro dos parafusos dos pés
dianteiros da máquina móvel.
 C= a distância entre os centros dos parafusos dianteiros e traseiros da máquina móvel
24
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 Resultados positivos significam que o apoio está alto (vertical) ou à esquerda


(horizontal)
 Resultados negativos significam que o apoio está baixo (vertical) ou à direita (horizontal)

3.2.4.2 Exemplos de cálculo de diâmetro e face

Exemplo de dados
Com os seguintes dados de desalinhamento:

 O TIR do indicador do diâmetro (DIR) 12:00 é (+0.610 mm).


 O TIR do indicador da face (DIF) 12:00 é (+0.305 mm).
 A = 6 polegadas (152.4 mm)
 B = 7 polegadas (177.8 mm)
 C = 24 polegadas (609.6 mm)

Cálculo da posição dos pés dianteiros

Figura 3.32 Cálculo dos pés dianteiros.Os pés dianteiros estão altos (0.66 mm), devem ser
removidos os calços.

Cálculo da posição dos pés traseiros

Figura 3.33 Cálculo dos pés traseiros. Os pés traseiros estão altos (1.88 mm); devem ser
removidos os calços.

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3.2.4.3 Cuidados nos cálculos de diâmetro e face

1. Antes de efetuar os cálculos, assegure-se de que os valores de TIR’s dos relógios de


face e de diâmetro estão devidamente determinados.

2. Tenha cuidado para NÃO cometer erros matemáticos na subtração de valores


negativos.

3. Observe os parênteses nas equações. Execute primeiro as operações entre os


parênteses.

4. NÃO cometa erros na substituição de valores reais nas equações.

5. Assegure-se de que as dimensões A, B, e C são exatas e estão corretamente


introduzidas nas equações.

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3.2.5 Gráficos de diâmetro e face


Conforme discutido anteriormente, um dos meios de determinação da posição dos pés
dianteiros e traseiros da máquina móvel a partir das leituras TIR obtidas dos relógios DIF e
DIR são os cálculos de diâmetro e face. Um outro meio é a construção um gráfico em
escala. A principal vantagem dos métodos gráficos é representação visual das linhas de
centro dos eixos e das condições de desalinhamento.
As informações aqui apresentadas referem-se a configuração de diâmetro e face, onde os
dois relógios comparadores estão fixados na mesma posição em torno da circunferência.
Os procedimentos gráficos podem ser aplicados tanto para o desalinhamento no plano
vertical quanto horizontal. Entretanto, são usados principalmente ao plano vertical. Como já
foi dito, um desalinhamento no plano horizontal pode ser obtido sem o cálculo da posição
exata da posição dos pés dianteiros s traseiros.

3.2.5.1 Montagem do gráfico

Siga os passos abaixo para construir um gráfico em escala de diâmetro e face:

1. Use papel milimetrado com dez divisões entre as linhas escuras.

2. Vire o papel para que o lado mais comprido esteja na horizontal

3. Desenhe uma linha horizontal no centro da página.

 Essa linha representa a linha central do eixo da máquina estacionária é


desenhada no centro, dividindo a página. É bastante útil fazer a linha coincidir
com uma das linhas escuras.

4. Determine a escala de plotagem horizontal.

 Use sempre a maior escala possível. Meça a distância entre a haste do indicador
estacionário e o eixo dos pés traseiros da máquina móvel. O papel milimetrado
padrão mede 260 mm de largura. A maior escala horizontal será a distância da
máquina dividida pela largura da página. Anote a sua escala horizontal.

5. Desenhe uma linha vertical na extremidade esquerda da linha horizontal.

 Essa linha representa o ponto onde o indicador do diâmetro toca no eixo ou no


acoplamento e é denominada: DIR.

6. Desenhe uma segunda linha vertical representando o ponto ao longo do


comprimento do eixo onde estão os pés dianteiros da máquina móvel (FF).

7. Desenhe a terceira linha vertical representando o ponto ao longo do comprimento do


eixo onde estão os pés traseiros da máquina móvel (RF).
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Uma vez terminados os passos acima, o gráfico será parecido com o ilustrado abaixo.
Nesse exemplo, ambas as dimensões B e C medem 10 polegadas.

Figura 3.34 Montagem do gráfico.

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3.2.5.2 Plotagem de afastamentos


Tendo montado o gráfico, o próximo passo é a determinação dos pontos de afastamento .
Um representa o afastamento medido no plano do indicador do diâmetro (DIR). O outro
ponto é obtido da leitura do indicador de face (DIF) e da dimensão “A”. Siga os passos
abaixo para determinar os afastamentos:

1. Determine a escala vertical.

 A escala vertical tem normalmente a divisão de centésimos de milímetro (0.01).


Em casos de desalinhamento grave, onde o afastamento não caberia na página,
poderá ser necessária uma escala maior, tal com de 2 ou 3 centésimos por
divisão.

2. Determine o afastamento do indicador de diâmetro na linha DIR.

 Use como referência a linha horizontal representando o centro do eixo da


máquina estacionária. Todos os pontos acima dessa linha serão positivos (+) e
todos os pontos abaixo, negativos (-).

 Assegure-se de que o TIR do indicador do diâmetro aro é dividido por dois para
fornecer o valor do afastamento.

3. Determine o segundo ponto de afastamento usando a inclinação do eixo (TIR da


face / dimensão “A”).

 Determine esse segundo ponto, contando a partir do ponto de afastamento


DIR!

No exemplo abaixo, o afastamento DIR é –0.15 mm e a inclinação do eixo é de +0.11 mm


sobre a dimensão A de 120 mm.

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Figura 3.35 Plotagem

3.2.5.3 Determinação da posição do eixo móvel


Com os dois pontos plotados, execute os seguintes passos para determinar a posição do
eixo móvel:

1. Usando uma régua, trace uma linha pelos dois pontos de afastamento , estendendo-
a até os pés traseiros da máquina móvel.

2. Conte o número de quadrados no plano dos pés dianteiros e traseiros para


determinar a posição e as correções necessárias.

No exemplo abaixo, os pés dianteiros da máquina estão 0.06 mm abaixo do nível; será
necessário colocar calços. Os pés traseiros estão 0.03 acima do nível; será preciso
remover os calços debaixo de ambos os pés traseiros.

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Figura 3.36 Gráfico, posição de pés..

3.2.5.4 Cuidados com os gráficos de diâmetro e face

1. Assegure-se de que técnicas escalares adequadas sejam usadas.

2. Sempre reverifique a posição das linhas verticais que representam DIR, FF e RF.

3. Assegure-se de que estão devidamente determinados a partir dos TIR’s.

4. Assegure-se de que os afastamentos positivos estão determinados acima da linha


horizontal de referência e que os negativos estão determinados abaixo da linha.

5. Observe as seguintes regras ao interpretar o gráfico para determinar a posição dos


pés dianteiros e traseiros da máquina móvel no plano vertical:

 Se o eixo móvel estiver acima da linha de referência horizontal do eixo


estacionário, o eixo está alto demais.

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 Se o eixo móvel estiver abaixo da linha de referência horizontal do eixo


estacionário, o eixo está baixo demais

6. Ao interpretar o gráfico para determinar a posição os pés dianteiros e traseiros do


eixo móvel no plano horizontal, olhe para o gráfico como você olha a máquina, quer
dizer estando atrás da máquina móvel e olhando para a máquina estacionária.
Observe ainda as seguintes regras:

 Se o eixo móvel está acima da linha de referência do eixo estacionário, o eixo


está posicionado à direita.

 Se o eixo móvel está abaixo da linha de referência do eixo estacionário, o eixo


está posicionado à esquerda.

3.2.6 Correções do diâmetro e face


3.2.6.1 Visão geral do processo de correção
A correção de desalinhamento envolve um número de diferentes procedimentos. A
seqüência dos passos no processo corretivo varia um pouco conforme as condições
específicas de alinhamento da máquina.

Antes de corrigir o desalinhamento


Os seguintes procedimentos devem ser executados antes de corrigir o desalinhamento:
 Execute as verificações e correções de pré-alinhamento.
 Fixe os aparelhos do diâmetro e face.
 Corrija pé manco.
 Meça o desalinhamento.
 Determine as tolerâncias de alinhamento.
 Compare as condições de alinhamento com as tolerâncias especificadas.

Após a correção do desalinhamento


Após a correção do desalinhamento deverão ser executados os seguintes procedimentos.
 Medir novamente as condições de alinhamento.
 Comparar as condições de alinhamento com as tolerâncias especificadas.
 Documentar os resultados finais.

Perguntas freqüentes sobre o alinhamento

Quando chega o momento de efetivamente movimentar a máquina, ou seja SOLUCIONAR


O PROBLEMA, diversas perguntas são feitas freqüentemente:
 Devo começar pelo plano vertical ou o plano horizontal?
 Podem ser usados calços pré-cortados?
 Devo tirar uma nova série de medições após um movimento vertical ou horizontal?
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 Preciso usar relógios comparadores para monitorar os movimentos horizontais?


 È necessário usar os procedimentos de torque de aperto?
 O que mover primeiro: pés dianteiros ou traseiros?
Todas essas perguntas são válidas e serão respondidas nesta lição.

Determinação da seqüência de correções

A correção de desalinhamento envolve correções iniciais e finais. As correções iniciais são


feitas para minimizar a magnitude de desalinhamento e melhorar a precisão das medições
de alinhamento.

Antes de qualquer movimento, olhe para as posições horizontal e vertical da máquina


móvel. Normalmente o processo de alinhamento será iniciado fazendo-se correções iniciais
no plano onde o desalinhamento é pior, e fazendo depois as correções finais.

Fazer correções em Se Então


Tanto no plano vertical Desalinhamento  Fazer correções finais na
quanto horizontal em pés é de 0.5 mm ou vertical
dianteiros e traseiros menor  Fazer correções finais na
horizontal
Tanto no plano vertical Desalinhamento  Fazer correções iniciais na
quanto horizontal em pés é maior do que vertical e na horizontal.
dianteiros e traseiros 0.5 mm  Fazer correções finais na
vertical
 Fazer correções finais na
horizontal.
No plano vertical ou Desalinhamento  Fazer correções iniciais na
horizontal em pés é maior do que vertical ou na horizontal.
dianteiros e traseiros 0.5 mm  Fazer correções finais na
vertical
 Fazer correções finais na
horizontal.

Considere os seguintes conjuntos de dados.

Posição vertical pés dianteiros: +0.2 Posição horizontal pés dianteiros: -0.4
mm mm
Posição vertical pés traseiros: +0.5 Posição horizontal pés traseiros: -0.9
mm mm

Nesse exemplo, o desalinhamento no plano horizontal é o dobro do desalinhamento no


plano vertical.Portanto, será feito inicialmente um ajuste no plano horizontal, e depois serão
feitas as correções finais verticais e horizontais. Determine a posição vertical da máquina
móvel usando cálculos ou técnicas gráficas
.
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3.2.6.2 Introdução de correções verticais

Figura 3.37 Introdução de correções verticais.

 Valores positivos de todos os pés significam que a máquina móvel está posicionada
acima da linha de referência, e você terá que remover calços.

 Valores negativos significam que a máquina móvel está posicionada a baixo da linha de
referência, e você terá que colocar calços.

Dicas de correção vertical

1. Faça mudanças de calços nos pés dianteiros e traseiros, conforme a necessidade.


2. Sempre verifique a espessura de calços com um micrômero. Os calços pré cortados
nem sempre correspondem ao que está marcado; muitos fabricantes marcam os
calços com a espessura “nominal”.
3. Use procedimentos de aperto corretos e consistentes.
4. Ao fazer as mudanças de calços, verifique e tome precauções contra a criação de
um pé manco.

34
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3.2.6.3 Processo de correções horizontais


No método diâmetro face dois procedimentos diferentes são normalmente usados para a
Introdução de correções horizontais:

 Determinação de correções usando cálculos ou as técnicas gráficas e monitorando os


movimentos por meio de relógios comparadores posicionados nos pés da máquina.
 Monitoramento de movimentos por meio de relógios comparadores posicionados no
acoplamento.

Siga os passos abaixo para corrigir o desalinhamento horizontal monitorando movimentos


nos pés da máquina móvel:

1. Medir o desalinhamento horizontal usando os procedimentos detalhados na seção


3.2.4.
2. Determinar a posição horizontal da máquina móvel usando cálculos ou técnicas
gráficas detalhadas nas seções 3.2.5 e 3.2.6.
3. Assegure-se de que você está posicionado com a máquina móvel
à sua direita e a máquina estacionária à sua esquerda.
 Valores positivos de pés significam que a máquina móvel está afastada e deve,
portando, ser movida para mais perto de você.
 Valores negativos nos pés significam que a máquina móvel está próxima demais
e deve, portanto, ser afastada para mais longe de você.
4. Posicione os relógios comparadores junto aos pés dianteiros e traseiros.

Figura 3.38 Correções horizontais. Relógios nos pés.

5. Observando os relógios comparadores, mova os pés dianteiros e traseiros quanto


necessário.

35
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Execute os seguintes passos para corrigir o desalinhamento horizontal por meio de


monitoramento dos relógios comparadores montados nos acoplamentos:

1. Gire os relógios até 9:00 e zere-os.

2. Gire os eixos para 3:00.

3. Ajuste os relógios para a metade de seus valores.

4. Mova os pés dianteiros da máquina móvel observando enquanto o indicador de


diâmetro se move até o zero.

5. Mova os pés traseiros da máquina móvel observando enquanto o indicador da face


se move até o zero.

6. Repita os passos 4 & 5 até que ambos os relógios apontem a zero.

Figura 3.39 Correção horizontal. Monitoramento de relógios comparadores


montados no acoplamento..

Dicas de correção horizontal

1. Comece movimentando os pés onde o desalinhamento for maior.

2. Se não existir, se possível instale parafusos do tipo macaco.

3. Faça o alinhamento dos pés dianteiros e traseiros junto, eles são um time.

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4. Comece o aperto quando os pés estiverem próximos a 0.05 mm e verifique os


relógios. Use a seqüência de aperto apropriada, em cruz.

3.2.6.4 Após a introdução das correções verticais e horizontais

Tendo introduzido as correções verticais e horizontais finais, você deverá:

1. Obter novas medições .

2. Comparar os resultados com as tolerâncias especificadas

3. Repetir as correções até que os resultados estejam dentro das tolerâncias

4. Obter e documentar o conjunto final de medições.

5. Restaurar o equipamento em conformidade com os procedimentos da sua empresa.

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3.3 Método Reverso de Alinhamento

3.3.1 Visão geral de alinhamento método reverso

O método reverso é largamente reconhecido como o “método preferido” de alinhamento de


eixos.

Figura 3.40 Método reverso de alinhamento.

São usados dois relógios comparadores para medir a posição relativa do eixo móvel com
respeito ao eixo estacionário, em dois planos ao longo dos seus comprimentos.

Figure 3.41 O indicador estacionário Figure 3.42 O indicador móvel (DIM)


(DIS) mede o afastamento no plano mede o afastamento no plano ao
ao longo do eixo ou acoplamento longo do eixo ou acoplamento móvel.
estacionário.

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Com o uso de duas leituras ao longo do arranjo dos aparelhos, a posição relativa do eixo
móvel é determinada por meio de cálculos ou de gráficos. Ver as seções 3.3.6 e 3.3.7 para
procedimentos detalhados de cálculos e métodos gráficos do método reverso.

3.3.2 Comparação com o método de diâmetro e face

Quando o método diâmetro face é usado em máquinas cujos eixos têm na extremidade
uma oscilação axial igual ou superior a 0.025 mm, e especialmente em máquinas com
mancais lisos, erros são introduzidos nas leituras de face. Uma vez que o método reverso
não exige leituras de face, os erros de medição que ocorrem quando o método diâmetro
face é usado em presença de oscilação axial de extremidade do eixo são eliminados.

Figura 3.43 Comparação com o método de diâmetro e face

3.3.3 Visão geral do aparelho do método reverso

Uma grande variedade de dispositivos está disponível para a execução de alinhamento


pelo método reverso. Recomenda-se o uso de pacotes comerciais projetados para
acomodar uma variedade de diâmetros de eixos. Os dispositivos incluem um sortimento de
varetas para os diversos comprimentos de acoplamentos. Para um sortimento padrão de
varetas podem ser previstos os valores de vergamento.

Enquanto certos dispositivos foram projetados para permitir o alinhamento pelo diâmetro
com os eixos desacoplados, outros exigem que os eixos estejam acoplados durante o
processo de alinhamento.

Figura 3.44 Aparelhos, eixos desacoplados Figura 3.45 Aparelhos, eixos acoplados.

Muitos dispositivos permitem o alinhamento reverso com os relógios montados quer na


mesma posição em volta da circunferência do eixo (como mostrado acima) ou um oposto
ao outro em 180 graus, ou seja num arranjo cruzado de relógios.

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Figure 3.46 Aparelhos montados um oposto ao outro..

3.3.3.1 Montagem dos aparelhos do método reversos


Os procedimentos de montagem dos aparelhos dependem, obviamente, do tipo específico
do equipamento usado. Para os fins deste treinamento, vocês vão efetuar o alinhamento
com os eixos acoplados e os relógios montados na mesma posição ao redor da
circunferência.

Siga os passos abaixo para montar os aparelhos:

1. Com o acoplamento montado, fixe os suportes aos eixos ou cubos de acoplamento,


conforme ilustrado abaixo:

Figura 3.47 Montagem

2. Estenda a vareta pelo comprimento do acoplamento, de um suporte ao outro

3. Gire os suportes para 12:00.

4. Fixe os relógios com os êmbolos centralizados para percurso positivo e negativo


igual.

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3.3.3.1.1 Cuidados na montagem de dispositivos

Independentemente do tipo específico de equipamento sendo usado, devem ser tomados


os seguintes cuidados.

 Nunca fixe o aparelho na parte flexível do acoplamento.


 Maximize a distância entre os relógios de acordo com a geometria da máquina que está
sendo alinhada. Como regra geral, os êmbolos devem estar afastados um do outro em
no mínimo 100 mm.
 Assegure-se de que os aparelhos estejam montados numa posição onde será possível
a rotação. Uma rotação de 360 graus é desejável.
 Antes da obtenção das medições de alinhamento, determine o valor do vergamento e
assegure-se de que as leituras dos relógios comparadores são válidas e repetíveis.

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3.3.4 Dimensões do método reverso

As posições relativas dos relógios e dos pés dianteiros e traseiros deve ser determinada
para poder determinar com precisão a posição do eixo móvel com o emprego dos
procedimentos de cálculo ou gráficos do método reverso.

Essas dimensões devem ser determinadas com o emprego de uma fita métrica padrão.
Cada dimensão deve ser determinada até 1/8” (1-2mm) de tolerância.

Figura 3.48 Dimensões do método reverso..

A Dimensão “A”

A dimensão “A” é a distância entre os êmbolos dos relógios. A dimensão “A” é medida
paralelamente aos eixos. Essa é dimensão mais crítica e deve ser medida com muito
cuidado. Como já mencionado anteriormente, na instalação dos aparelhos para
alinhamento reverso devem ser tomados cuidados para maximizar a distância entre os
êmbolos dos relógios, com base na geometria da máquina e no espaço disponível.

A Dimensão “B”

A dimensão “B” é a distância entre o relógio do lado móvel e o centro dos parafusos dos
pés dianteiros. Essa dimensão é medida paralelamente aos eixos. Muitas vezes, antes de
medir essa dimensão, o uso de um barbante ou de uma régua facilita a transferência da
haste do indicador móvel para a base da máquina, especialmente no caso de máquinas de
grande tamanho.

A Dimensão “C”

A dimensão “C” é a distância entre os eixos de parafusos dos pés dianteiros e traseiros.
Essa dimensão é medida paralelamente ao eixo.

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3.3.5 Sinais dos relógios o método reverso

Ao executar medições do método diâmetro reverso é muito importante salientar que


diferentes arranjos afetam os sinais aritméticos das leituras de maneiras diferentes. Esse
efeito é causado pelo fato de que os dois relógios têm as mesmas direções de mais/menos
e que são montados como o nome do método indica, em reverso.

Os efeitos de diferentes arranjos estão mostrados abaixo.

 O arranjo mostrado na figura 3.49 não afeta os sinais das leituras dos relógios
comparadores (horizontalmente e verticalmente)

Figura 3.49 Sem efeito sobre os sinais aritméticos.

 Ao usar o arranjo da figura 3.50 zerando em12:00 ou 3:00 , o sinal do valor lido pelo
relógio móvel DIM tem que ser invertido.

 Ao usar o mesmo arranjo da figura 3.50, mas zerando em 6:00 ou 9:00 o sinal do valor
lido pelo relógio estacionário (DIS) tem que ser invertido.

Figura 3.50 Zerando em 12 ou 3. Mudar o sinal do DIM


Zerando em 6 ou 9. Mudar o sinal do DIS.

Os procedimentos de cálculo que seguem descrevem as duas situações do arranjo


mostrado na figura 3.50.
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3.3.6 Procedimento de alinhamento pelo método reverso


3.3.6.1 Visão geral do processo de medição

O processo reverso de medição consiste dos seguintes procedimentos:

 Medição e documentação das condições de desalinhamento encontradas.


 Medição das condições de desalinhamento no plano vertical e no plano horizontal.

A obtenção de conjuntos de leituras é considerado em algumas instalações como opcional,


mas aqui é altamente recomendado. Para a maior parte das tarefas de alinhamento, é
desejável obter e documentar as leituras, junto com as dimensões A, B, e C. As leituras
encontradas são usadas para uma variedade de finalidades:

 Documentar as condições de alinhamento antes da remoção das máquinas para


reparos.
 Determinar se a suspeita de desalinhamento é real ou não.
 Apoiar e justificar as ações empreendidas perante os fornecedores, vendedores e
fabricantes de equipamentos.
 Preservação de arquivos de histórico do equipamento.
 Uma melhor comunicação entre as diferentes pessoas envolvidas com as tarefas de
alinhamento.

3.3.6.2 Obtenção das leituras

Para obter um conjunto completo de leituras “como encontrado” siga os passos abaixo:

1. Gire os relógios para 12:00.


2. Acerte o valor positivo de vergamento nos dois relógios.
3. Registre as leituras dos dois relógios na posição de 12:00.
4. Gire os relógios para a posição de 3:00.
5. Determine e registre as leituras dos dois relógios.
6. Gire os relógios para a posição de 6:00.
7. Determine e registre as leituras dos dois relógios.
8. Gire os relógios para a posição de 9:00.
9. Determine e registre as leituras dos dois mostradores.
10. Gire os relógios para 12:00 e assegure-se de que os dois mostradores retornaram às
suas posições originais.

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Use um formato similar ao mostrado abaixo para documentar os resultados “como


encontrado”.

Figura 3.51 Documentação das leituras encontradas.

3.3.6.3 Medição do desalinhamento no plano vertical

Execute os passos abaixo para medir o desalinhamento vertical:

1. Gire os relógios para 12:00.

Figura 3.52

2. Ajuste o valor positivo de vergamento nos dois relógios.

NOTA: Por exemplo,se o valor de vergamento do aparelho for determinado em (-


0.254 mm), o mostrador deverá ser ajustado para ler (+0.254 mm) na posição
de 12:00.

Figura 3.53

3. Gire os dois eixos (se possível) para 6:00.


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Figura 3.54

4. Registre os valores TIR dos relógios DIS e DIM.

3.3.6.4 Interpretação dos dados do desalinhamento no plano vertical


Use os seguintes regras para determinar o afastamento no plano vertical a partir das
leituras TIR na posição de 6:00:

 Afastamento do lado estacionário = DIS TIR / 2


 Afastamento do lado móvel = DIM TIR/2 & inverta o sinal (+ para -) ou (- para+)
 Desalinhamento radial = (afastamento do lado estacionário + afastamento do lado móvel) /
2

Use a seguinte regra para determinar a angularidade no plano vertical a partir dos
afastamentos do diâmetro :

 Angularidade do eixo = (Afastamento do lado móvel - Afastamento do lado


estacionário) / dimensão A

Considere as seguintes leituras TIR dos relógios do diâmetro reverso na posição de 6:00:

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Figura 3.55 Exemplo

1. A leitura TIR do relógio estacionário é de (0.610 mm). O afastamento do lado


estacionário é de (0.305 mm).

2. A leitura TIR do relógio móvel é de (-0.889 mm). O afastamento do lado estacionário


é de +17.5 mils, ou uma altura de 17.5 mils (0.444 mm). (Lembre-se de que, para
determinar o afastamento é preciso mudar o sinal da leitura DIM.)

3. Desalinhamento radial é de (+ 12 + 17.5) / 2 = +14.75 mils, ou uma altura de 14.75


(0.375 mm).

4. Dada a dimensão A de 8 polegadas, (203.2 mm), a angularidade vertical seria


(17.5-12)/8 = +0.69 mils por polegada ((0.444-0.305) / 203.2=0.069 mm / 100 mm)

3.3.6.5 Medição de desalinhamento no plano horizontal


Um dos principais cuidados na medição e interpretação dos dados de desalinhamento no
plano horizontal é a determinação da direção. Para os fins do presente treinamento, todas
as posições do relógio têm como referência a figura mostrada abaixo, com o observador
posicionado atrás da máquina móvel e olhando para a máquina estacionária.

Figura 3.56 Medição de desalinhamento no plano horizontal

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Siga os passos abaixo para medir o desalinhamento horizontal:

1. Gire os relógios para a posição de 9:00.

Figura 3.57

2. Ajuste os dois relógios no zero.

3. Gire os dois eixos para a posição de 3:00.

Figura 3.58

4. Registre os valores das leituras TIR dos relógios DIS e DIM.

3.3.6.6 Interpretação dos dados de desalinhamento no plano horizontal


Siga as seguintes regras para determinar o afastamento horizontal a partir das leituras TIR
na posição de 3:00 :

 Afastamento do lado estacionário = DIS TIR / 2 & mudar o sinal (+ a -) o (- a +)


 Afastamento do lado móvel = DIM TIR/2
 Excentricidade do acoplamento= (Afastamento do lado estacionário + Afastamento do lado
móvel) / 2.

Siga a seguinte regra para determinar a angularidade horizontal a partir dos dois
afastamentos de relógios reversos:

 Angularidade do eixo= (Afastamento do lado móvel - Afastamento do lado estacionário),


(x100 = mm/100mm)/ dimensão A

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Considere as seguintes leituras TIR de relógios reversos na posição de 3:00

Figura 3.59 Leituras de relógios na posição de 3 horas.

1. O TIR do mostrador estacionário é de +34 mils (+0.864 mm). O afastamento do lado


estacionário é de -17 mils (-0.432 mm), ou 17 mils à esquerda. (Lembre-se de
trocar o sinal da leitura DIS para determinar o afastamento (ver seção 3.3.5).)

2. O TIR do mostrador móvel é de + 8 mils (0.203 mm). O afastamento do lado móvel


é de +4 mils (0.101 mm), ou 4 mils à direita.

3. A excentricidade vertical no centro do acoplamento é de (- 17 +-4) / 2 = (-0432 +


0.101)/2 = -0.165 mm), ou (0.165 mm) à esquerda.

6. Dada a dimensão A de 8 polegadas (203.2 mm), a angularidade horizontal seria


(4 – (-17) )/8 = (0.101-(-0.432)/ 203.2) = 0.263 mm /100 mm

3.3.7 Cálculos do método reverso


Muitas diferentes equações podem ser usadas para os cálculos de relógio reverso. A
informação aqui apresentada refere-se ao arranjo de relógios comparadores como o
mostrado abaixo. As equações apresentadas são usadas para calcular a posição dos pés
dianteiros e traseiros da máquina móvel a partir dos valores de afastamento DIS e DIM.
Os cálculos aplicam-se para desalinhamento no plano vertical e horizontal. Entretanto,
normalmente são usados primordialmente ao plano vertical. Como já mencionado
anteriormente, o desalinhamento no plano horizontal pode ser obtido sem um cálculo ou
gráfico preciso das posições dos pés dianteiros e traseiros.

3.3.7.1 Cálculo da posição dos pés dianteiros e traseiros.


Como mostrado anteriormente e ilustrado abaixo, serão aplicados o arranjo e as dimensões
e designações de afastamentos.

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Figura 3.60

A posição dos pés dianteiros da máquina móvel é determinada usando a seguinte equação:
Figura 3.61 Equação para os pés dianteiros

A posição dos pés traseiros da máquina móvel


é determinada usando a seguinte equação:
Figura 3.62 Equação para os pés traseiros

onde:
 M = afastamento no plano do mostrador móvel.
 S = afastamento no plano do mostrador estacionário.
 A = distância entre as hastes de relógio estacionário e móvel.
 B = distância entre a haste do relógio móvel e o centro dos parafusos de pés dianteiros
da máquina móvel.
 C= distância entre os centros de parafusos dos pés dianteiros e traseiros da máquina
móvel.
 Resultados positivos mostram que o pé está alto (vertical) ou à direita (horizontal.)
 Resultados negativos mostram que a o pé está baixo (vertical) ou à esquerda
(horizontal.)

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3.3.7.2 Exemplos de cálculo do método reverso

Exemplo de dados
São seguintes os dados de desalinhamento vertical:

 Afastamento do lado estacionário (S) é (0.305 mm), de altura


 Afastamento do lado móvel (M) é (0.444 mm), de altura
 A = 5 polegadas (127 mm), B = 7 polegadas (177.8 mm), C = 24 polegadas (609.6 mm)

Cálculos dos pés dianteiros

Figura 3.63 Os pés dianteiros estão posicionados a (0.64 mm) e estão


altos; será preciso remover calços.

Cálculo dos pés traseiros

Figura 3.64 Os pés traseiros estão posicionados a 51.6 mils (1.31 mm) alto demais; será
preciso remover calços.

3.3.7.3 Cuidados com os cálculos do método reverso

1. Antes de efetuar os cálculos, assegure-se de que os afastamentos dos relógios


estacionário e móvel estão devidamente determinados a partir de TIR’s
2. Tenha cuidados para Não cometer erros aritméticos ao subtrair números negativos.
3. Observe os parênteses nas equações. Execute primeiro as operações entre os
parênteses.

3. NÃO cometa erros humanos na substituição de valores reais nas equações.

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3.3.8 Os gráficos do método reverso

Conforme discutido anteriormente, um dos meios de determinação da posição dos pés


dianteiros e traseiros da máquina móvel a partir das leituras TIR obtidas dos relógios DIF e
DIR são os cálculos do método reverso. Um outro meio é a construção um gráfico em
escala. A principal vantagem dos métodos gráficos é representação visual das linhas de
centro dos eixos e das condições de desalinhamento.
As informações aqui apresentadas referem-se a configuração de relógios reversos, onde
os dois relógios comparadores estão fixados na mesma posição em torno da circunferência.
Os procedimentos gráficos podem ser aplicados tanto para o desalinhamento no plano
vertical quanto horizontal. Entretanto, são usados principalmente ao plano vertical. Como já
foi dito, um desalinhamento no plano horizontal pode ser obtido sem o cálculo matemático
ou gráfico da posição exata dos pés dianteiros s traseiros.

3.3.8.1 Montagem do gráfico


Siga os passos abaixo para construir um gráfico escalar de diâmetro e face:

1. Use papel milimetrado com dez divisões entre as linhas escuras.


2. Vire o papel para que o lado mais comprido esteja na horizontal
3. Desenhe uma linha horizontal no centro da página.
 Essa linha representa a linha central do eixo da máquina estacionária e é
desenhada no centro, dividindo a página. É bastante útil fazer a linha coincidir
com uma das linhas escuras.
4. Determine a escala de plotagem horizontal.
 Use sempre a maior escala possível. Meça a distância entre a haste do indicador
estacionário e o eixo dos pés traseiros da máquina móvel. O papel milimetrado
padrão mede 260 mm de largura. A maior escala horizontal será a distância da
máquina dividida pela largura da página. Anote a sua escala horizontal.

5. Desenhe uma linha vertical na extremidade esquerda da linha horizontal.


 Essa linha representa o ponto ao longo do comprimento da haste do indicador
estacionário e é denominada DIS.

6. Usando uma escala apropriada desenhe uma segunda linha vertical a direita da
primeira na linha horizontal.
 Essa linha representa o ponto ao logo do comprimento da haste do indicador
móvel e é denominado: DIM.
7 Desenhe uma terceira linha vertical representando o ponto ao longo dos pés dianteiros
da máquina móvel (FF).
8 Desenhe uma quarta linha vertical representando o ponto ao longo do comprimento dos
pés traseiros da máquina móvel (RF).

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Terminados os passos acima, o gráfico terá a aparência do gráfico mostrado abaixo. Nesse
exemplo, as dimensões A, B, e C são todas iguais a 100 mm.

Figura 3.65 Montagem do gráfico.

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3.3.8.2 Determinação do afastamentos


Após a montagem do gráfico, o próximo passo é a determinação do afastamentos nos
planos dos relógios no lado estacionário (DIS) e no lado móvel (DIM). Siga os seguintes
passos para determinar os afastamentos:

1. Determine a escala vertical

 A escala vertical é normalmente de um centésimo de mm (0.01) por divisão. Em


casos de desalinhamentos grosseiros, onde os afastamentos não caberiam na
página, poderá ser necessária a divisão de 0.02 mm por divisão.

2. Determine o afastamento do lado estacionário na linha DIS.

 Use como referência a linha horizontal que representa a linha central do eixo
estacionário. Todos os pontos acima dessa linha serão positivos (+) e os pontos
abaixo serão negativos (-).

3. Determine o afastamento do lado móvel na linha DIM.

No exemplo abaixo, o afastamento DIS é de –0.2 mm e o afastamento DIM é de –0.1 mm.

Figura 3.66 Montagem dos afastamentos.


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3.3.8.3 Determinação da posição do eixo móvel


Após a plotagem dos afastamentos dos eixos estacionário e móvel, use os seguintes
passos para determinar a posição do eixo móvel:

1. Usando uma régua ou um esquadro, desenhe uma linha entre os dois pontos de
afastamento, estendendo-a até os pés traseiros da máquina móvel.

2. Conte o número de quadrados no plano dos pés dianteiros e traseiros para


determinar a posição e as correções necessárias.

No exemplo abaixo, os pés dianteiros da máquina estão bem alinhados; não precisa mudar
nenhum calço. Os pés traseiros estão posicionados 0.1 mm e estão altos demais; precisará
remover os calços dos dois pés traseiros..

Figura 3.67 Determinação da posição do eixo móvel.

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3.3.8.4 Cuidados com os gráficos do método reverso

1. Assegure-se de que sejam consistentemente usadas as técnicas apropriadas de


estabelecimento de escalas vertical e horizontal.

2. Reverifique a posição das linhas verticais que representam DIS, DIM, FF, e RF.

3. Antes de determinar os pontos no gráfico, assegure-se de que os afastamentos dos


relógios estacionário e móvel estão corretamente determinados dos TIR’s

4. Assegure-se de que os afastamentos positivos são plotados acima da linha


horizontal de referência, e os afastamentos negativos são plotados abaixo da linha.

5. Observe as seguintes regras ao interpretar o gráfico para determinar as posições no


plano vertical dos pés dianteiros e traseiros do eixo móvel:

 Se o eixo móvel está acima da linha de referência do eixo estacionário, o eixo


está mais alto.

 Se o eixo móvel está abaixo da linha de referência do eixo estacionário, eixo mais
baixo.

6. Ao interpretar o gráfico para determinar a posição dos pés dianteiros e traseiros do


eixo móvel, olhe para o gráfico como olha para a máquina, ou seja posicionado atrás
da máquina móvel e olhando para a máquina estacionária. Siga também as
seguintes regras:

 Se o eixo móvel está acima da linha de referência do eixo estacionário, o eixo


está posicionado à direita.

 Se o eixo móvel está abaixo da linha de referência do eixo estacionário, o eixo


está posicionado à esquerda.

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3.3.9 Correções do método reverso


3.3.9.1 Visão geral do processo de correções.
Correções de desalinhamento envolvem diversos procedimentos. A seqüência dos passos
varia de acordo com as condições específicas de alinhamento da máquina.

Antes da correção de desalinhamento


Os seguintes procedimentos devem ser efetuados antes da correção de desalinhamento:

 Execute as verificações e correções de pré-alinhamento.


 Fixe os dispositivos reversos
 Corrija o pé manco.
 Meça o desalinhamento.
 Determine as tolerâncias de alinhamento.
 Compare as condições de alinhamento com as tolerâncias especificadas.

Após a correção de desalinhamento.


Os seguintes procedimentos devem ser efetuados após a correção de desalinhamento

 Medir de novo as condições de alinhamento.


 Comparar as condições de alinhamento com as tolerâncias especificadas
 Documentar os resultados finais.

Perguntas freqüentes sobre o alinhamento

Quando chega o momento de efetivamente movimentar a máquina, ou seja SOLUCIONAR


O PROBLEMA, diversas perguntas são feitas freqüentemente:

 Devo começar pelo plano vertical ou plano horizontal?


 Podem ser usados calços pré-cortados?
 Devo tirar uma nova série de medições após um movimento vertical ou horizontal?
 Preciso usar relógios comparadores para monitorar os movimentos horizontais?
 È necessário usar os procedimentos de torque de aperto?
 O que mover primeiro: pés dianteiros ou traseiros?

Todas essas perguntas são válidas e serão respondidas nesta lição .

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Determinação da seqüência das correções


Correções de desalinhamento envolvem correções iniciais e finais. As correções iniciais
são feitas para minimizar os valores de desalinhamento e aumentar a precisão das
medições de desalinhamento.

Antes de efetuar qualquer movimentação, olhe para as posições vertical e horizontal da


máquina móvel. Normalmente você iniciará o processo de correção fazendo as correções
no plano do pior desalinhamento, fazendo as correções finais posteriormente.

Fazer correções Se Então


Plano vertical e horizontal Desalinhamento  Faça correção vertical final.
nos pés dianteiros e é de 0.5 mm ou  Faça correção horizontal
traseiros menor final.
Plano vertical e horizontal Desalinhamento  Faça correções iniciais
nos pés dianteiros e é de 0.5 mm ou verticais e horizontais
traseiros maior  Faça correção vertical final.
 Faça correção horizontal
final.
Plano vertical ou Desalinhamento  Faça correções iniciais
horizontal pés dianteiros e é maior do que verticais e horizontais
traseiros 0.5 mm  Faça correção vertical final.
 Faça correção horizontal
final.

Considere os seguintes conjuntos de dados:.

Posição vertical pés dianteiros: +0.2 Posição horizontal pés dianteiros: -0.4
mm mm
Posição vertical pés traseiros: +0.5 Posição horizontal pés traseiros; -0.8
mm mm

Nesse exemplo, o desalinhamento horizontal é quase o dobro do desalinhamento vertical.


Portanto, será feito um ajuste inicial horizontal; depois, serão feitas as correções finais
verticais e horizontais.

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3.3.9.2 Introdução de correção vertical

Determine a posição vertical da máquina móvel, usando as técnicas de cálculo e/ou


gráficas.

Figura 3.68 Valores positivos dos pés significam que a máquina móvel está mais alta, e que
calços terão que ser removidos. Valores negativos significam que a máquina
móvel está mais baixa, e calços terão que ser colocados.

Dicas de correções verticais

1. Faça as trocas de calços dos pés dianteiros e traseiros conforme a necessidade.


2. Verifique a espessura dos calços com um micrômetro. Os calços pré-cortados nem
sempre estão de acordo com a marcação; vários fabricantes designam os calços
com espessuras “nominais”
3. Use procedimentos e técnicas de aperto corretos e consistentes.

4. Ao fazer trocas de calços, verifique e tome cuidado para evitar a criação de condição
de pé manco.

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3.3.9.3 O processo de correção Horizontal


Dois procedimentos são comumente usados para as correções horizontais:

 Determinação da correção usando as técnicas de cálculo ou gráficas, e monitorando os


movimentos com o emprego de relógios comparadores posicionados junto aos pés da
máquina.

 Monitoramento de movimentos usando relógios comparadores fixados no acoplamento.

Para corrigir o desalinhamento por meio de monitoramento de movimentos, execute os


seguintes passos:

1.Meça o desalinhamento horizontal usando os procedimentos descritos em 3.3.6.5

2. Determine a posição horizontal da máquina móvel usando as técnicas de cálculo ou


gráficas descritas em 3.37 & 3.38.

3. Assegure-se de que está posicionado tendo a máquina móvel à sua direita e a estacionária à
sua esquerda.
 Valores positivos dos pés indicam que a máquina móvel está afastada de você e
que deve ser movida na sua direção.
 Valores negativos indicam que a máquina móvel está próxima demais de você e
que deve ser afastada de você.

4. Posicione os relógios junto aos pés dianteiros e traseiros

5. Mova os pés dianteiros e traseiros conforme necessário enquanto está observando os


relógios.

Figure 3.69 Monitoramento de movimentos usando relógios posicionados junto


aos pés.

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Siga os passos abaixo para corrigir o desalinhamento horizontal por meio de


monitoramento de relógios comparadores fixados no acoplamento:

1. Gire os relógios até 9:00 e zere-os.

2. Gire os eixos para 3:00.

3. Ajuste os relógios para a metade dos seus valores.

4. Mova os pés dianteiros da máquina móvel enquanto o relógio móvel se move até o
zero.

5. Mova os pés traseiros da máquina móvel enquanto o relógio estacionário se move


até o zero.

6. Repita os passos 4 & 5 até que ambos os relógios leiam zero.

Figura 3.70 Monitoramento de movimentos usando relógios comparadores no acoplamento.

Dicas de correções horizontais

1. Comece a movimentação pelos pés onde o desalinhamento for maior

2. Se não existirem e se for possível, instale parafusos do tipo macaco.

3. Alinhe os pés dianteiros e traseiros juntos, eles são um time.

4. Quando os pés atingirem 0.05 mm, comece o aperto e vigie os relógios


comparadores. Use a seqüência de aperto em cruz.
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3.3.9.4 Após ter feito as correções verticais e horizontais


Tendo feito as correções verticais e horizontais finais, você deverá:

1. Obter novas medições.

2. Comparar os resultados com as tolerâncias especificadas.

3. Repetir as correções até que os resultados estejam dentro das tolerâncias.

4. Obter e documentar um conjunto final de medições.

5. Restaurar o equipamento em conformidade com os procedimentos da sua


empresa.

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3.4 O Método de alinhamento com laser duplo


3.4.1 Projeção do eixo de rotação

Como já foi mencionado nas seções anteriores, o alinhamento de eixos é usado para fazer
com que dois eixos rotativos sejam colineares. Para alcançar isso, são usados diversos
métodos de determinação de eixo de rotação de uma unidade e compará-lo com o outro.
Ao usar o método de laser duplo, um procedimento especial, denominado “conexidade” é
usado para projetar o eixo de rotação. O fato de que a luz emanada pelo laser cria uma
linha perfeitamente reta, sem vergamento, torna possível projetar o eixo de rotação de
qualquer objeto em rotação, mesmo vencendo longas distancias.

Ao fixar um laser a um objeto em rotação, o feixe do laser descreverá um cone. Quando o


“cone” for projetado num plano, o feixe descreverá um circulo cujo centro será o centro de
rotação naquele plano particular. A direção do eixo de rotação é determinada projetando-se
o centro de rotação em dois planos.

Figura 3.71
Principio de conexidade 1.
O centro do circulo é o
centro rotacional do eixo.

Ajustando o ângulo do feixe


laser emitido sobre o transmissor, o diâmetro do circulo projetado diminui, e finalmente cria
um ponto. A técnica de projeção do eixo de rotação pode ser usada para criar “pontos” com
diferentes distâncias do objeto em rotação para projetar o eixo de rotação.

Figura 3.72
Princípio de conexidade 2. O
eixo de rotação é
transformado num ponto
numa determinada distância
da extremidade do eixo.

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3.4.2 Comparação com o método de relógios comparadores

Empregando a técnica de projeção do eixo de rotação (princípio 1) os instrumentos de


alinhamento baseados em laser basicamente usam o mesmo método utilizado no
alinhamento com relógios comparadores. De fato, o método reverso usa exatamente o
mesmo princípio de determinação da posição do eixo móvel por meio da definição de
afastamento em dois planos. Enquanto o relógio mede o afastamento com uma agulha e
uma haste, a unidade de transmissor/detector (TD) de laser mede o afastamento
detectando o movimento de um feixe de laser num detector de eixo. Abaixo descreve-se a
relação entre o método reverso e o método que emprega usado com lasers duplos.
As ilustrações (3.73 & 3.74) comparam os dois métodos de medição de afastamento no
plano do lado estacionário do acoplamento, DIS ou TD-S:
Os desenhos são exagerados para mostrar os princípios de execução das leituras. No
exemplo podemos ver que o centro rotacional do eixo móvel está a +2.5 acima do eixo
estacionário. O afastamento é de +2.5 no plano do acoplamento estacionário (DIS / TD-S)

Figura 3.73
Método de relógios reversos. Medição de afastamento do lado estacionário, DIS.

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Figura 3.7Método de láser duplo. Medição de afastamento do lado estacionário, TD-S


No sistema de laser duplo o mesmo tipo de medição é efetuado simultaneamente no
segundo plano. Mudanças de sinais aritméticos não são necessárias, uma vez que a
direção mais/menos é invertida na unidade TD-M. Nas ilustrações abaixo a distância
(afastamento) entre os dois eixos de rotação no Segundo plano é de +4,80.

Figura 3.75 Método reverso. Medição de afastamento do lado móvel, DIM

Figura 3.76 Método de laser duplo. Medição de afastamento do lado móvel, TD-M.

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Tendo obtido os dois valores de afastamento em dois planos, é possível agora determinar a
posição do eixo de rotação da máquina móvel. Somando os valores das distâncias B e C
podemos usar o mesmo cálculo empregado no método reverso para determinar os valores
de correções para os pés. No alinhamento com laser esses cálculos são efetuados
rapidamente e de modo contínuo na unidade de processamento (display), tornando
possível a atualização de ajustes da máquina enquanto estão
sendo feitos (tempo real).

Figura 3.77 Equações

Figura 3.78 Exemplo, cálculo do pés.

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