Você está na página 1de 21

Sorção: termo em inglês que é divido em duas classes, sendo elas a adsorção e a absorção,

onde certos componentes de uma fase fluida, chamados de solutos, são seletivamente
transferidos para uma partícula rígida estática insolúvel no fluido.
Adsorção: Processo que usa sólidos especiais chamados
adsorventes para “remover” (separar) substâncias de líquidos ou
gases. É a adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma
superfície sólida (o adsorvente); o grau de adsorção depende da
temperatura, da pressão e da área da superfície – os sólidos
porosos como o carvão ativado são ótimos adsorventes.
o Definição IUPAC (1972) – Adsorção é o enriquecimento
da superfície ou empobrecimento de um ou mais
compostos de uma fase numa camada interfacial.
o Adsorção ocorre também nas interfaces gás líquido, assim como nas líquido-líquido.
Absorção: O material transferido de uma fase para a outra (exemplo de um líquido)
interpenetra a segunda fase para formar uma solução.
Dessorção: Processo inverso da adsorção, ou seja, é a remoção do soluto adsorvido na
superfície do sólido para uma fase sólida.

FENÔMENO FÍSICO FENÔMENO FÍSICO E QUÍMICO


Diferença entre adsorção e absorção: As duas são operações de transferência de massa, mas a
absorção é um fenômeno de preenchimento total dos poros, então é ocupado todo o volume
(Preenchimento interno dos vazios), enquanto a adsorção é um fenômeno superficial, que
primeiro preenche a superfície para depois preencher os poros.

Soluto sorvido

Fase Sólida fixa


Consistem na retenção do soluto presente na fase fluida na interface das duas fases, ou seja, na
superfície do sólido. No caso de sistemas líquidos, dois modos de aplicação do adsorvente podem
ser utilizados.
1. Percolação: O adsorvente granular é mantido fixo (estático) sob a forma de um leito poroso
através do qual passa líquido a tratar. (Processo contínuo, onde o fluido passa através de
um vaso contendo o adsorvente até que se atinja o “break-point”.)
2. Filtração de contato: Consiste em dispersar o adsorvente finamente dividido no líquido a
tratar, promovendo simultaneamente uma agitação intensa da suspensão, seguido de uma
filtração para recuperar o adsorvente. (Processo batelada, onde o fluido é geralmente um
líquido. Este é colocado em contato e agitação com o adsorvente finamente dividido por
um tempo e depois filtrado.)

A adsorção é muito utilizada em análises, para separar misturas difíceis de fracionar por
destilação, extração ou cristalização, pois permite a recuperação de soluto a partir de
soluções de extrema diluição, superando desta forma a eficiência de qualquer outra
operação unitária de transferência de massa.
Regeneração da fase sólida: Fundamental para que todos os processos de sorção sejam
viáveis.
O princípio da adsorção pode ser utilizado para separar uma substância de uma fase ou acumular/
aumentar a concentração de uma determinada substância sobre uma superfície de um outro
composto.
Material concentrado, é o soluto

Fase que adsorve

A adsorção de tensoativos na interface líquido-fluido provoca grandes alterações


na tensão superficial

Interface Sólido – Fluido: As moléculas são atraídas para a zona interfacial por existirem
na superfície forças atrativas não compensadas.
• Forças intermoleculares
o Pontes de hidrogênio;
o Momentos dipolares;
o Forças de London: polarização devido a flutuação da densidade
eletrônica nas moléculas – é uma força de Van der Waals que
varia com r-6 (distância intermolecular)
→ A princípio todo líquido na sua interface faz adsorção.]
Também chamada fisissorção, onde as moléculas do adsorvente e

do adsorvato interagem por interações de van der Waals, que apesar de serem interações de longo
alcance, são fracas e não formam ligações químicas. Uma molécula fisicamente adsorvida retém
sua identidade.

Também chamada quimissorção, é específica e é empregada

na separação de misturas. Nela as moléculas (ou átomos) unem-se à superfície do adsorvente


através da formação de ligações químicas (geralmente covalentes) e tendem a se acomodarem em
sítios que propiciem o maior número de coordenação possível com o substrato. Uma molécula
quimicamente adsorvida pode ser decomposta em virtude de forças de valência dos átomos da
superfície e é a existência de fragmentos moleculares adsorvidos que responde, em parte, pelo
efeito catalítico das superfícies sólidas.
Muitos sólidos são capazes de adsorver espécies de gases e líquidos. Entretanto, só alguns são
suficientemente seletivos e aptos a serem adsorventes comerciais.
Característica mais importante para desempenhar estas funções é a alta área superficial
específica (área superficial por volume), o que é obtido para adsorventes manufaturados
com estruturas de microporos. Assim, o tamanho dos poros e sua distribuição é uma
propriedade importante para caracterizar o poder de adsorção do adsorvente.
• Microporos: São menores que 20 Å
• Mesoporos : Tem tamanho de 20 a 500 Å
• Macroporos: Superiores a 500 Å

Outras características:
• Eficiência
• Seletividade
• Resistência mecânica
• Perda de Carga
• Custo
• Densidade
Principais adsorventes: Carvão ativado, Sílica gel, Alumina ativada e Peneiras moleculares
Carvão ativado: é um material de carbono com uma porosidade bastante desenvolvida, com
capacidade de coletar seletivamente substâncias no interior dos seus poros (microporos). Este tipo
de carvão é obtido a partir da queima controlada com baixo teor de oxigênio de certas madeiras
(orginalmente da queima da cortiça), a uma temperatura de 800ºC a 1000ºC, tomando-se o
cuidado de evitar que ocorra a queima total do material de forma a manter sua porosidade.
Zeólitas e peneira molecular a base de carvão podem ser concebidas especificamente com
um tamanho de poros e uma distribuição de tamanho de poros de maneira a atuar para
um separação específica.
Zeólitas:
• São alumino-silicatos cristalinos formados pela conexão de tetraedros de SiO4 e AlO4-cuja
carga é compensada pela presença de metais alcalinos.
• Contém cavidades na forma de canais e celas que estão ocupadas pelos cátions e por água.
• São conhecidos mais de 100 tipos
• Vantagem: Podem ser feitos por medida para determinadas aplicações na biotecnologia,
indústria petroquímica, indústria farmacêutica e na área do ambiente.
• Desvantagens: Pode-se apontar a sua fraca resistência mecânica e instabilidade na presença
de soluções ácidas.

Principais usos de Zeólitas:


• Trocador iônico – na remoção da dureza da água (Ca2+ Mg2+) de águas industriais e
residenciais.
• Remoção de metais pesados • Purificação de gases
• Armazenamento de metais rejeitos • Remoção de água e CO2
radioativos • Separação de isômeros (peneira
• Remoção de NH4 + molecular)
• Separação de gases • Catalisadores

Limitações do uso de zeólitas:


• Apresentam somente microporos
• Baixa resistência térmica e mecânica
O equilíbrio é expresso na quantidade de soluto adsorvido por quantidade de adsorvente
(normalmente expressas em massas) (x ou w) em função da concentração de soluto em solução
(c), à temperatura constante.
Sistema gasoso: quando se expõe um sólido finamente dividido a uma pressão moderada de um
gás, geralmente a pressão do gás decresce, indicando que parte das moléculas do gás foram
adsorvidas na superfície do sólido.
Sistema líquido: Expondo uma solução de um corante (ou de uma tinta) ao sólido, a intensidade
da coloração da solução decresce acentuadamente.
Quanto mais finamente dividido estiver o sólido, maior será a sua eficiência em
adsorver as moléculas presentes no meio

Medida a Temperatura constante do volume adsorvido


(Vads) na superfície em função da Pressão do gás adsorvido.
[𝑽𝒂𝒅𝒔 = 𝒇(𝑷)]𝑻=𝒄𝒕𝒆
No gráfico: Mesmo para uma pressão 0 ele consegue
adsorver uma certa quantidade, e conforme vai aumentando a pressão, mais nitrogênio é
adicionado a superfície, até que se satura e atinge um equilíbrio, sendo assim, não conseguindo
adsorver mais nada.
Têm-se alguns momentos da adsorção, onde nos 50 primeiros ml/g acontece naturalmente, então
essa seria a superfície interparticular, e o restante (50 até 500) dentro dos poros, na superfície do
interior dos poros.

Consiste em colocar em contato com a solução de concentração conhecida diferentes massas de


adsorvente até atingir o equilíbrio. Após a separação do sobrenadante por filtração, avalia-se
quantitativamente a quantidade de soluto adsorvido e a concentração de equilíbrio em solução.
As isotermas de adsorção mostram a relação de equilíbrio
entre a concentração na fase fluida e a concentração nas
partículas adsorventes em uma determinada temperatura e
podem apresentar-se de várias formas, fornecendo
informações importantes sobre o mecanismo de adsorção.
Isotermas convexas: São favoráveis pois grandes quantidades
adsorvidas podem ser obtidas com baixas concentrações de
soluto.
Isoterma linear: Passa pela origem e a quantidade adsorvida é
proporcional à concentração do fluido.

A quantidade de substância adsorvida na superfície decresce com o aumento da


temperatura, já que todos os processos de adsorção são exotérmicos.
Gases: A concentração é normalmente dada em %molar ou pressão parcial.
Líquidos: A concentração é frequentemente expressa em unidades de massa, como ppm por ex.

OBS: Intraparticular – macroporos


Pelo formato da curva é possível classificar se é reversível ou irreversível e a família de poros.
Proposto para descrever a adsorção de gases em sólidos. Supõe que:
a) A superfície do sólido é uniforme e contêm um número de sítios equivalentes, cada qual
pode ser ocupado por uma única molécula do adsorvato.
b) O equilíbrio dinâmico existe entre o gás, a pressão P, e a camada de adsorção a uma
determinada temperatura
c) Molécula de adsorvato de uma fase gasosa estão continuamente colidindo com a
superfície. Se o impacto for em um sítio de adsorção livre então haverá formação de uma
ligação. Se o impacto for com um sítio ocupado então as moléculas serão refletidas de
volta para a fase gasosa.
d) Uma vez adsorvida, a molécula estará localizada, ou seja, a barreira de ativação para
migrar para um sítio adjacente é maior que kT, e a entalpia de adsorção por sítio
permanece constante independente da cobertura.

A adsorção completa-se quando todos os sítios forem ocupados, correspondendo a uma


monocamada de adsorvato.

A adsorção é um processo reversível

Também pode ser escrito como:

S é a posição vazia na superfície do sólido (sítio ativo)


AS representa a molécula adsorvida
ka e kd são as constantes de velocidade para as etapas de adsorção e dessorção, respectivamente.
𝒙𝑨𝑺 𝒌𝒂 𝜭 xAS é a fração das posições na superfície que estão ocupadas
𝑲= = =
𝒙𝑺 . 𝑷 𝒌𝒅 (𝟏 − 𝜭). 𝑷
xS é a fração das posições livres
(1-ϴ): fração da superfície que
P é a pressão do gás A
está livre.

𝐾.𝑃
Para P tendendo a zero, tem-se: =0
1+𝐾.𝑃
𝐾.𝑃
Para valores muito baixo de K.P (K.P <<<1), tem-se: = 𝐾. 𝑃
1+𝐾.𝑃
𝐾.𝑃
Para valores muito alto de P (P≈ ∞) tem-se a unidade: =1
1+𝐾.𝑃

A isoterma de Langmuir só se aplica à adsorção em monocamadas, porque considera


que a adsorção só ocorre enquanto houver sítios de adsorção livres sobre a superfície
do adsorvente.
ADSORÇÃO EM SOLUÇÕES: A isoterma continua válida, devendo substituir o termo da
pressão do gás P pela concentração de soluto no líquido C e reescrever o termo ϴ para
concentração e não mais fração do número de sítios ocupados.
A expressão de Langmuir para líquidos:
𝑵 𝑲. 𝑪 𝑪 𝟏 𝑪
𝜭= = → = +
𝑵𝒎 𝟏 + 𝑲. 𝑪 𝑵 𝑲. 𝑵𝒎 𝑵𝒎

Adsorção do soluto de uma solução binária diluída em termos mássicos:


𝑽
𝑿= (𝑪 − 𝑪)
𝒎 𝟎
Correlação utilizada para sistemas diluídos (líquidos), admitindo-se uma distribuição logarítmica
de sítios ativos, que constitui um tratamento válido quando não existe interação apreciável
entre as moléculas de adsorvato.
𝟏
𝑪 = 𝒌. 𝑿𝒏 𝒐𝒖 𝑿 = 𝒌. 𝑪𝒏 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒏 < 𝟏
𝒙 𝟏
𝐥𝐨𝐠 𝑿 = 𝐥𝐨𝐠 ( ) = 𝐥𝐨𝐠 𝑲 + ( ) 𝒍𝒐𝒈𝑪
𝒎 𝒏

Adsorções físicas de ácido em carvão, n tem valores entre 0,1 e 1,0 e é uma função que
depende da natureza do sistema.

Quando a adsorção medida por (X/m), é dada em função da concentração a uma


temperatura fixa, tem-se uma isoterma de adsorção.

Para calcular as constantes K e n é necessário fazer um gráfico de log (X/m)


versus log (C)

Outra maneira de expressar a isoterma de


Freundlich é mudando a unidade de
concentração empregada, de C para Y,
expressa em gramas de soluto por grama de
solvente.
𝑌 = 𝑘. 𝑋 𝑛
É aplicada quando a adsorção ocorre em multicamadas, quando nem a isoterma de Freundlich e
nem a isoterma de Lagmuir podem ser aplicadas adequadamente.
𝟏 𝒄−𝟏 𝑷 𝟏
= ( )+
𝑷 𝒗𝒎 𝒄 𝑷𝟎 𝒗𝒎 𝒄
𝒗 [( 𝟎 ) − 𝟏]
𝑷
Adsorção Contínua em Estágios por Filtração de Contato

Podemos fazer um balanço de massa para a quantidade de soluto removida do solvente e retida
pelo sólido da seguinte maneira:
L – fase líquida ou fluida Os dados iniciais devem ser
fornecidos, o dado do equilíbrio que é
S – sólido
a incógnita do processo
𝑳𝑺 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 ) = 𝑺𝑺 (𝑿𝟏 − 𝑿𝟎 )

Para adsorvente puro e equilíbrio segundo isoterma de Freundlich:


𝟏
𝒀 𝒏
𝒀 = 𝒌. 𝑿𝒏 𝒐𝒖 𝑿=( )
𝒌
Supondo que o adsorvente alimentado está totalmente livre de soluto:
𝑆𝑆 (𝑌0 − 𝑌1 ) 𝑋0=0 (𝑌0 − 𝑌1 )
= →
𝐿𝑆 (𝑋1 − 𝑋0 ) 𝑋1
𝑺𝑺 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 )
= 𝟏
𝑳𝑺
𝒀𝟏 𝒏
( )
𝒌

O X é diferente para
cada modelo utilizado,
deve ser adaptado.
O ponto de equilíbrio é
algum ponto na curva
Segue o mesmo desenvolvimento matemático de um estágio, com a diferença que agora se tem
duas equações de balanço de massa para o soluto retido:
𝑳𝑺 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 ) = 𝑺𝑺𝟏 (𝑿𝟏 − 𝑿𝟎 )
𝑳𝑺 (𝒀𝟏 − 𝒀𝟐 ) = 𝑺𝑺𝟐 (𝑿𝟐 − 𝑿𝟎 )
A razão entre os estágios pode ser obtida pela regra do inverso do braço da alavanca, e se a
concentração inicial de adsorvato no adsorvente for zero (X0=0), tem-se:
𝑺𝑺𝟏 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 ) 𝑿𝟎 =𝟎 𝑺𝑺𝟏 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 )
= → =
𝑳𝑺 (𝑿𝟏 − 𝑿𝟎 ) 𝑳𝑺 𝑿𝟏
𝑺𝑺𝟐 (𝒀𝟏 − 𝒀𝟐 ) 𝑿𝟎 =𝟎 𝑺𝑺𝟐 (𝒀𝟏 − 𝒀𝟐 )
= → =
𝑳𝑺 (𝑿𝟐 − 𝑿𝟎 ) 𝑳𝑺 𝑿𝟐
Utilizando Freundlich para descrever
o comportamento da isoterma de
adsorção do sistema na condição de
equilíbrio de saída de cada estágio,
tem-se:
𝑺𝑺𝟏 (𝒀𝟎 − 𝒀𝟏 )
= 𝟏
𝑳𝑺
𝒀𝟏 𝒏
( )
𝒌
𝒆
𝑺𝑺𝟐 (𝒀𝟏 − 𝒀𝟐 )
= 𝟏
𝑳𝑺
𝒀𝟐 𝒏
( )
𝒌

Quantidade total de adsorvente utilizado:


𝑆𝑆2 + 𝑆𝑆1 (𝑌0 − 𝑌1 ) (𝑌1 − 𝑌2 ) 1 (𝑌0 − 𝑌1 ) (𝑌1 − 𝑌2 )
= 1 + 1 = 𝑘 𝑛
1 + 1
𝐿𝑆
𝑌1 𝑛 𝑌2 𝑛 𝑌1 𝑛 𝑌2 𝑛
( ) ( )
𝑘 𝑘
Quantidade mínima de adsorvente que pode ser utilizada no processo:
𝑆 +𝑆
𝑑( 𝑆2 𝑆1
𝐿𝑆
Basta fazer = 0, o que reduz a expressão à:
𝑑𝑌1
1
𝑌1 𝑛 1 𝑌0 1
( ) − =1−
𝑌2 𝑛 𝑌1 𝑛
A concentração da fase fluida e da fase sólida muda com o tempo e com a posição do leito.

Equação diferencial para leito fixo de comprimento Z:

Condições de contorno:
Transporte Externo: Transporte Interno:
𝑑𝑁𝑖 2 𝑐𝑖 2  𝑐𝑖 𝑋
Equação geral: 𝑛𝑖 = = 𝑘𝑐 𝐴(𝑐𝑏 − 𝑐𝑠 ) Equação geral: 𝐷𝑎𝑖 ( + )=
𝑑𝑡  𝑟2 𝑟 𝑟 𝑡
𝑘𝑐 𝐷𝑝 𝑑𝑐
Simplificando: 𝑁𝑆ℎ = Difusão no poro de comprimento z: 𝑛𝑖 = 𝐷𝑎𝑖 𝐴 𝑑𝑧𝑖
𝐷𝑎𝑖

Dai: coeficiente de difusão Lei de Henry se a adsorção for linear: 𝑋𝑖 = 𝐾𝑖 𝑐𝑖

A concentração da fase fluida e da fase sólida muda com o tempo e com a posição do
leito.
No início, a maioria da transferência de massa ocorre próximo da alimentação, no
primeiro contato entre o fluido e o adsorvente.
Curva de adsorção de adsorção de um leito fixo com base na concentração de saída da solução
(CF) e na quantidade de efluente coletado (Vout).
Ao entrar: o soluto C0 é adsorvido
rapidamente e antes de sair, todo o soluto
já teria sido removido.
A concentração da solução que sai do
leito em termos de soluto será igual a zero
(CF=0).
Instante t1 (caso a): a parte superior
da coluna se encontra saturada e a absorção
ocorre numa região conhecida como zona
de adsorção.
ZONA DE ADSORÇÃO: A
concentração observada na saída do leito
decresce rapidamente desde c0 até um valor
ca, praticamente próximo de zero.
Instante t2: Começa a observar uma
quantidade diferente de zero na saída da
coluna: cb ≠0.
Ponto de quebra (breakpoint): quando a zona de adsorção atinge o fundo do leito no
instante tc, onde a concentração de saída atinge um valor considerado (cc~0,05).
Alguns autores definem como o tempo em que começa a se detectar soluto na saída
da coluna, quando se atinge a saturação parcial do leito.

Ponto de exaustão (breakpoint): a concentração de soluto na corrente de saída do leito


só tende a aumentar exponencialmente, até praticamente se igualar com o da entrada,
quando a coluna estiver totalmente saturada, que é o que ocorrem que no instante td,
quando a concentração (cd~0,95). Alguns autores definem como tempo de exaustão,
como o tempo em que a concentração de saída é praticamente igual a concentração
de entrada, quando o leito está totalmente saturado, também chamado de tempos de
ruptura leito (daí o termo tr)

Curva de ruptura de um leito fixo em termos de seu comprimento ao invés do tempo, ou


ainda em termo da razão de concentração de saída e de entrada
Se o sólido (adsorvente) não contiver adsorvato no início do processo, a concentração
de soluto no fluido cairá exponencialmente com a distância, chegando a zero antes do
término do comprimento total do leito.
Depois de algum tempo → o sólido no início da coluna estará saturado, sendo o
soluto adsorvido numa posição mais interna da coluna.
O comportamento da curva do gradiente de concentração deixará de ser exponencial.

Até a saturação completa do leito podemos observar 3 comportamentos distintos na curva de


ruptura (“breakthrough curve”):
→ Leve aumento na concentração até um valor de 0,05 a 0,10 na concentração adimensional
c/c0 (no gráfico cout/cfeed), definindo o ponto de quebra.
→ Aumento súbito até 0,90 a 0,95
→ Saturação mais lenta do leito em valores acima de 0,95, definindo o ponto de exaustão.
A quantidade de soluto que é
adsorvida entre o ponto de quebra (tb) e o
ponto de exaustão (te) é menor que a
quantidade total de soluto já adsorvida antes
do ponto de quebra, por isso, este é o ponto
onde se deve interromper a alimentação de
soluto no leito.
Ponto de saturação ideal do leito (ts,
t* ou tideal): tempo em que a concentração
c/c0= c/cF= 0,50. Indica, em termos da área
retangular da curva de absorção, a saturação
teórica do leito de adsorção.

Se o fluxo de fluido do leito fosse do tipo pistonado e a adsorção instantaneamente


atingisse a condição de equilíbrio do adsorvente (Wsat), a coluna estaria
completamente saturada no tempo ideal de saturação.
Wsat: Obtido a partir de um ensaio experimental de um leito existente até o tempo de saturação
ideal e posterior quantificação da condição do adsorvente ( ou da porção inicial do leito em
tempos menores). Outra maneira mais simples é através das isotermas de equilíbrio na condição
da alimentação (cF).
𝐿𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙
𝑄𝐹 . 𝑐𝐹 . 𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝑊𝑠𝑎𝑡 . 𝑚𝑠 . ( )
𝐿𝐵

O comprimento total do leito (LB) é dividido em duas porções:


1. LES
2. LUB
Quando houver saturação
Les=lideal : comprimento da seção de equilíbrio total do leito (no tempo de
𝑄𝐹 . 𝑐𝐹 . 𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 esgotamento)
𝐿𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝐿𝐸𝑆 = ( ) 𝐿𝐵
𝑊𝑠𝑎𝑡 . 𝑚𝑠
lub : comprimento do leito não utilizado
𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 − 𝑡𝑏
𝐿𝑈𝐵 = 𝐿𝐵 − 𝐿𝐸𝑆 = 𝐿𝐵
𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙
Tempo de saturação ideal
𝑐
𝑡𝑒( →1)
𝑐0 𝑐
𝑡𝑠 = 𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = ∫ (1 − ) 𝑑𝑡
0 𝑐0
Os comprimentos característicos do leito (LES e LB) são proporcionais aos tempos
característicos, tb e tideal.

𝑑2
𝑄𝐹 . 𝑐𝐹 . 𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝑊𝑠𝑎𝑡 . (𝜌𝐵 . 𝜋. ) 𝐿𝐵
4
𝑑2
𝑄𝐹 . 𝑐𝐹 . 𝑡𝑏 = 𝑊𝑠𝑎𝑡 . (𝜌𝐵 . 𝜋. ) 𝐿𝐸𝑆
4

Quando se desconhece a área da coluna, ou esta é uma variável, pode-se trabalhar


com vazão de fluido por unidade de área: fluxo (F):
𝑄
𝐹= = 𝑢𝐹 𝐶𝐹
𝐴

Quantidade necessária para saturar a coluna


𝑢𝐹 . 𝑐𝐹 . 𝑡𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝜌𝐵 . 𝐿𝐵 . 𝑊𝑠𝑎𝑡

Dependendo do tipo de isoterma, o processo de adsorção pode ter diferentes tempos de


resposta (diferentes comportamentos para a “breakthrough curve”), o que muda o
comprimento do leito (reator)

Você também pode gostar