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Adsorção

Operações Unitárias II
Licenciatura em Engenharia Alimentar
Instituto Superior de Agronomia
Universidade de Lisboa

Suzana Ferreira-Dias
Adsorção

A adsorção é um fenómeno de superfície que envolve a


transferência de massa de um soluto (adsorvato) de um
fluido até à superfície de partículas sólidas (adsorvente) ou
em interfases de fluidos, onde a adsorção ocorre até se
atingir o equilíbrio termodinâmico (Doran, 1995).

A interacção entre a superfície do adsorvente e as espécies


adsorvidas pode ser física ou química

Doran, P.M. (1995) Bioprocess Engineering Principles,


Academic Press, London, pp. 234-235.
Adsorção
Requisitos dos Adsorventes:

▪ Ser inerte;

▪ Apresentar resistência mecânica e química;

▪ Apresentar uma elevada superfície específica (área superficial por


unidade de volume) o que é conseguido se o sólido apresentar uma
rede fina de poros;

▪ Apresentar elevada afinidade para o soluto

▪ Apresentar elevada selectividade

▪ Facilmente reutilizável;

▪ Baixo custo.
Adsorção
Adsorventes mais comuns :

▪ Carvões activados (em pó ou granulados): material microcristalino


obtido da decomposição térmica da madeira e carvão; áreas
superficiais de 300 a 1200 m2/g; diâmetro de poro médio de 10 a
60Å; adsorção de moléculas orgânicas.
▪ Terras activadas: as argilas comerciais vão desde a
montmorilonite neutra (duas camadas de sílica e uma camada
central de alumina) até argilas fortemente activadas com ácidos.
▪ Gel de sílica (“silica gel”): obtido por tratamento ácido de uma
solução de silicato de Na e secagem; áreas superficiais de 600 a 800
m2/g; diâmetro de poro médio de 20 a 50 Å; desidratação de gases e
líquidos.
▪ Alumina activada: activação de óxido de alumínio hidratado por
aquecimento até remoção da água; áreas superficiais de 200 a 500
m2/g; diâmetro de poro médio de 20 a 140 Å; desidratação de gases
e líquidos.
Adsorção
Adsorventes mais comuns:

▪ Peneiros moleculares zeólitos: aluminossilicatos porosos


cristalinos com uma rede cristalina de poros uniformes; diâmetro de
poro de 3 a 10 Å; desidratação e separação de hidrocarbonetos, de
misturas e outras aplicações.

▪ Polímeros ou resinas sintéticas: polimerização de monómeros


de estireno, divinilbenzeno ou acrilamida; são dos adsorventes mais
utilizados na adsorção de moléculas biológicas apolares ou
relativamente polares em soluções aquosas.

Geankoplis, C.J. (1986), Transport Processes and Unit


Operations, 3ª Edição, Prentice-Hall International, Inc.
Adsorção
Tipos de ligações adsorvente-adsorvato:

▪ Adsorção química (quimiossorção) (e.g. ácido esteárico de


soluções de benzeno em metais em pó)

▪ Pontes de hidrogénio (fisissorção) (e.g.alcoóis de cadeia longa


de soluções de hidrocarbonetos em superfícies de óxidos)

▪ Ligações hidrofóbicas (e.g. associação de cadeias de


hidrocarbonetos para “escaparem” de meios aquosos)

▪ Forças de van der Waals (fisissorção).

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from


Solution at the Solid/Liquid Interface, Academic Press,
Orlando.
Adsorção
Cinética da adsorção (pseudo-primeira ordem):

dC
= −(k d − k r )(C − Ceq ) = −k (C − Ceq )
dt
C, Ceq = concentrações de soluto (e.g., mg/L) na fase fluida, no
instante t e no equilíbrio, respectivamente.

Kd, kr = consts. da reacção directa e inversa, respectivamente.

k= constante global da adsorção.

Experimental 30 mg/L
AO7 concentration

Experimental 834 mg/L

AO7 concentration
30 764
Predicted 564 Predicted
(mg/L)

20

(mg/L)
Confidence limit 99% 364 Confidence limit 99%
10
164
0 -36
0 50 100 150 0 100 200 300
Time (min) Time (min)

Fig. 2 – Kinetic studies of adsorption of AO7 for different initial concentrations


in bulk solutions and at constant SBG concentration (3.75%, m/v).

Silva, J.P., Sousa, S., Rodrigues, J., Antunes, H., Porter, J.J., Gonçalves, I., Ferreira-
Dias, S. (2004) Sep. Purif. Technol., 40: 309-315
Adsorção
Cinética da adsorção (pseudo-primeira ordem):

Tempo de contacto necessário para adsorver 50 % do


material inicial, t50:

Ln2
t 50 =
k

Fuerhacker, M., Dürauer, A., Jungbauer, A. (2001) Adsorption Isotherms of 17β-Estradiol on


Granular Activated Carbon (GAC), Chemosphere, 44: 1573.
Adsorção
Estudo do mecanismo da adsorção:

▪ Velocidade de adsorção

▪ Forma da isotérmica de adsorção

▪ Significado do patamar observado nalgumas isotérmicas

▪ Extensão da adsorção do solvente

▪ Adsorção em mono ou multicamada

▪ Orientação das moléculas adsorvidas

▪ Efeito da temperatura

▪ Natureza da interacção adsorvente/adsorvato

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from


Solution at the Solid/Liquid Interface, Academic Press,
Orlando.
Adsorção
A adsorção é o resultado de forças electroestáticas, de van
der Waals, forças reactivas ou outras forças de ligação
entre átomos, iões ou moléculas.

O equilíbrio da adsorção é a propriedade mais importante


da interacção adsorvato-adsorvente

ISOTÉRMICAS DE ADSORÇÃO

Modelos teóricos e empíricos


que pretendem descrever a
adsorção reversível
q vs. Ceq
Adsorção
Modelos de Isotérmicas mais Comuns

Linear:
q = k.Ceq (1)

Freundlich:
q = kF.Ceqn (2)

Langmuir:
q = qmax.Ceq/(kL + Ceq) (3)

q = concentração no equilíbrio de adsorvato no adsorvente (e.g. unidades: kg


soluto/kg adsorvente ou kg soluto/m3 adsorvente)
qmax = concentração máxima de de adsorvato no adsorvente (corresponde à
cobertura completa em monocamada de todos os locais de adsorção disponíveis
no adsorvente)
Ceq = concentração no equilíbrio do soluto na fase fluida (e.g. unidades: kg.m-3)
kF = constante de Freundlich
kL = constante de Langmuir
n e kF = constantes características de um sistema particular de adsorção; as suas
unidades dependem das unidades em que são expressos q e de C.
Adsorção
Isotérmica de Freundlich (modelo empírico):

kF  capacidade total de adsorção

q = kF.Cn
n  (1/eficiência)
n  (1/energia da adsorção)

adsorção favorável: n < 1


adsorção desfavorável: n > 1

Roig, M.G. (1993), Sorption processes, In: Recovery


Processes for Biological Materials (J.F. Kennedy,
J.M.S. Cabral, eds.), John Willey & Sons, Chichester,
pp. 369-414.
Adsorção
Isotérmica de Freundlich (modelo empírico):

O uso generalizado do modelo de


Freundlich em muitos processos
industriais de adsorção explica-se
porque:

(i) na prática, a equação descreve


de forma adequada a adsorção
não linear numa estreita gama
de concentrações de adsorvato;
Limitação do modelo:
(ii) a equação é facilmente
utilizada;
ausência de limite na
(iii) o modelo descreve os processos
capacidade de adsorção.
de adsorção em locais na
superfície de adsorção
Teoricamente,
heterogéneos.
a quantidade de soluto
adsorvido tende para
infinito à medida que a
concentração de soluto na
Suzuki, M. (1990) Adsorption Engineering, Elsevier
Science Publishers, Amsterdam, pp. 32-62 solução aumenta.
Adsorção
Isotérmica de Langmuir (modelo teórico):

Pressupostos teóricos:
(i) as moléculas são adsorvidas em C
q = qmax
monocamada à superfície do kL + C
adsorvente,
(ii) cada local de adsorção é equivalente
em termos de energia de adsorção,
(iii) não se observam interacções entre
moléculas de adsorvato adjacentes
(Doran, 1995).

Excepções:
na maioria dos sistemas,
experimentais, há pelo menos uma
destas condições que não se verifica
(interacções entre moléculas
adsorvidas tem levado ao
estabelecimento de outras isotérmicas
de adsorção).
Adsorção

10 A
9
8
7
q (mg/g)

6 Data
5
4 Freundlich
3
2 Langmuir
1
0
0 4 8 12 16
C (mg/L)

12
B

9
Fig. 4 – Adsorption
q (mg/g)

Langmuir and
6 Data
Freundlich
3 Langmuir Freundlich isotherms
of SBG-AO7 system at
0
20 ºC (A) and 30 ºC
0 3 6 9 12
(B).
C (mg/L)

Silva, J.P., Sousa, S., Rodrigues, J., Antunes, H., Porter, J.J., Gonçalves, I.,
Ferreira-Dias, S. (2004) Adsorption of Acid Orange 7 dye in aqueous
solutions by spent brewery grains, Sep. Purif. Technol., 40: 309-315
Adsorção
Factor de afinidade = q/Ceq

Calculado como o declive da região linear


da isotérmica q vs. Ceq

Freundlich Langmuir

Q = kF Ceqn Q = qmax C/ (kL + Ceq)

Temperature n kF qmáx kL K x 10-3 Adsorption

(ºC) (mg.g-1) (mg.L-1) (L/mole) affinity

factor

20 0.80 1.14 28.54 28.80 11.39 0.89

30 0.77 1.57 30.47 19.55 16.78 1.22

Silva, J.P., Sousa, S., Rodrigues, J., Antunes, H., Porter, J.J., Gonçalves, I., Ferreira-Dias, S. (2004) Adsorption of
Acid Orange 7 dye in aqueous solutions by spent brewery grains, Sep. Purif. Technol., 40: 309-315.
Adsorção
Tipos de Isotérmicas:

I- sólidos microporosos com superfícies externas


relativamente pequenas (e.g. carvões activados e
peneiros moleculares); q tende para limite; na
adsorção química, corresponde à monocamada
molecular adsorvida.
II & III- q tende para ; adsorção em multicamadas
sobrepostas em sólidos não porosos ou
macroporosos.
IV & V  II & III, quando os sólidos têm mesoporos (2-
50 nm), em que ocorre condensação capilar; q tende
para lim finito (enchimento completo dos capilares).
Histerese devido à condensação capilar (curvas de
adsorção e dessorção física não coincidem).
VI- em degraus: ocorre em superfícies uniformes não
porosas; adsorção camada a camada. A altura do
degrau corresponde à capacidade da monocamada
em cada camada adsorvida.

Figueiredo, J.L., Ramôa Ribeiro, F. (1988?) Catálise Heterogénea,


Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Adsorção
Classificação das Isotérmicas segundo Giles et al, 1960:

▪ 4 classes baseadas na forma inicial


da isotérmica:
▪ S- shaped isotherm;
▪ L- Langmuir;
▪ H- high affinity (adsorção muito
forte);
▪ C- constant partition
(adsorventes microporosos)

▪ 5 sub-grupos relacionados com o


comportamento a concentrações
elevadas.

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from Solution at the


Solid/Liquid Interface, Academic Press, Orlando.
Adsorção
Quimiossorção (Q):

▪ Ligação química adsorvente/adsorvato


▪ Camada monomolecular

Fisissorção (F):

Forças de van der Waals

Técnicas para identificação do


mecanismo de adsorção:

▪ Calores de adsorção
HºQ>>> HºF

▪Velocidade de adsorção:
Veloc Q aumenta com T
Adsorção

Cinética da adsorção:

▪ Difusão do soluto
▪ Do seio da solução até à superfície do adsorvente
▪ Através da camada limite
▪ Através da camada adsorvida à superfície
▪ Através do poro ou da estrutura polimérica.

Giles, C.H. (1983) Adsorption of dyes, In G.D. Parfitt and C.H. Rochester (Eds.), Adsorption
from Solution at the Solid/Liquid Interface, Academic Press, London, pp. 321-376.
Limitações Difusionais

Estudos difusionais:

A velocidade de adsorção é
expressa em função de t1/2

Ct Dt
=2
C 
Curva I: período de indução inicial causado
por uma barreira física (e.g. adsorção de
D= coeficiente de difusão corantes em fibras);
(lei de Fick) Curvas II & III: resultam da I, após remoção
t = tempo de contacto química ou mecânica da barreira física;
Curva III: formação rápida de uma camada
concentrada na superfície externa

Giles, C.H. (1983) Adsorption of dyes, In G.D. Parfitt and C.H. Rochester (Eds.), Adsorption
from Solution at the Solid/Liquid Interface, Academic Press, London, pp. 321-376.
Limitações Difusionais

Efeito da Velocidade de Agitação:

Quanto maior a agitação, menor o


troço da curva que é linear.

▪ Diminuição da espessura da camada


limite em volta do adsorvente.
▪ Intersecção com o eixo do tempo 
espessura da camada limite.

Velocidade de Ks Intersecção
agitação (rpm) (mg.g-1.min-0,5) (min0,5)

40 2,91 5,68
80 3,56 3,76
Ks= declive = parâmetro de velocidade 120 3,92 1,56
160 4,89 1,25

Chu, H.C., Chen, K.M. (2002) Process Biochemistry, 37: 1129-1134.


Limitações Difusionais
Efeito da Temperatura:

▪ Saturação após 2 h de contacto;


▪ A capacidade de adsorção diminui com a
temperatura - Reacção exotérmica.

−E 0,14

log K = +C 0,12 Arrhenius Plot


2,303 RT 0,1

Log K
0,08

0,06

0,04
K= const de velocidade
0,02
T= temperatura (K)
-1 0
Temperatura K (h ) R= 1,987 cal/mol.K 0,00315 0,0032 0,00325 0,0033 0,00335 0,0034 0,00345
(ºC)
E= energia de activação 1/T
20 1,11 (cal(mol)
30 1,27
40 1,3
E= 1,45 kcal/mol
Chu, H.C., Chen, K.M. (2002) Process Biochemistry, 37: 1129-1134.
Efeito da Temperatura na Adsorção

Em regra, para uma dada concentração inicial de soluto, o


nível de adsorção diminui com o aumento da temperatura
(Fisissorção- reversível).

Reacção Exotérmica

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from Solution at the


Solid/Liquid Interface, Academic Press, Orlando.
Cálculo dos Parâmetros
Termodinâmicos da Adsorção

• Energia livre de Gibbs para a adsorção (Gºads):

Gºads= - RT ln K

Onde,

• R = 8,314 J.mol-1.K-1
• T= temperatura absoluta (K)
• K= constante de equilíbrio de adsorção (L/mole)
K = 1/ kL
(kL = constante de Langmuir)

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from Solution at the


Solid/Liquid Interface, Academic Press, Orlando.
Cálculo dos Parâmetros
Termodinâmicos da Adsorção

• Energia livre de Gibbs para a adsorção (Gºads):

Gºads= - RT ln K

Gºads >0

Gºads <0 processo de adsorção física espontâneo

Parfitt, G.D., Rochester, C.H. (1983) Adsorption from Solution at the


Solid/Liquid Interface, Academic Press, Orlando.
Cálculo dos Parâmetros
Termodinâmicos da Adsorção
Eq Clausius-Clapeyron:

As variações de entalpia (Hº)


 T1T2  K 2
(calor de adsorção) e entropia H = − R
0
 ln
(Sº) que ocorrem durante a  T1 − T2  K1
adsorção podem também ser
estimadas através das equações
seguintes (Jain et al., 2004): H 0
− G 0
S 0 =
T
onde,
K1 e K2 são os valores das constantes de equilíbrio
de adsorção às temperaturas T1 e T2,
respectivamente.
Jain, A.K., Gupta, V.K., Jain, S., Suhas (2004), Removal of Chlorophenols using
Industrial Wastes, Environ. Sci. Technol., 38: 1195-1200
Cálculo dos Parâmetros
Termodinâmicos da Adsorção

Interpretação dos Resultados

 T1T2  K 2
Hº < 0 processo exotérmico H = − R
0
 ln
Hº >0 processo endotérmico  T1 − T2  K1

Sº < 0 fraca afinidade do adsorvente para o


soluto H 0
− G 0
S 0 =
Sº > 0 afinidade do adsorvente para o soluto T
Adsorção em Descontínuo

Aplicações: Adsorção de solutos de


▪ Relação de equilíbrio (isotérmica): soluções em quantidades relativamente
pequenas (Ind. Farmacêutica e alimentar)
q vs. Ceq

Isotérmica
▪ Balanço de massas: q vs. Ceq
Linear
qF M + cF S = qM + cS q vs. C
Valores finais do
equilíbrio

CF; C= concentrações na alimentação e final


qF; q= concentrações inicial do soluto
adsorvido e final, no equilíbrio.
M= massa de adsorvente
S= volume da solução de alimentação
Adsorção em Descontínuo

Cinética de adsorção de
Residual Compounds (%)

impurezas presentes em óleo de


100 Hydroperoxides
FOP
80
FFA bagaço de azeitona bruto em
miscela (30% de óleo em n-
60
40
hexano)
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Time (min)
Residual Compounds (%)

100
B
80

Fig. 3 Time-course of the adsorption of


60

40 free fatty acids (FFA),hydroperoxides and


final oxidation products (FOP) from the
20
miscella by the XAD-7 resin (slightly
0 polar, acrylic ester), after a pre-removal
0 2 4 6 8 10 12 14
step by adsorption on (A) activated
Time (min) earths or (B) activated powered carbon

Ferreira-Dias, S.; Monteiro, J.P., Ribeiro, M.H.L. (2002), The use of different adsorbents
for selective removal of compounds from olive residue oil miscella, European Food
Research and Technology, 214: 400-404
Residual chlorophylls (%)

Residual carotenoids (%)


100,0 Pow dered Carbon 100 Pow dered Carbon

80,0 Earths Earths


80

60,0 60

40,0 40

20,0 20

0,0 0
0 0,1 0,2 0,3 0 0,1 0,2 0,3
Mass of adsorbent/Mass of Oil (g/g) Mass of adsorbent/Mass of oil (g/g)
Residual hydroperoxides

100,0 Pow dered Carbon 100,0 Pow dered Carbon

Residual Fi nal Oxidation


Earths Earths
80,0 80,0

Products (%)
60,0
(%)

60,0

40,0 40,0

20,0
20,0
0,0
0,0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Mass of adsorbent/Mass of oil (g/g) Mass of adsorbent/Mass of oil (g/g)
Residual Free Fatty Acids

100,0

Estudos de optimização da razão


80,0

60,0
adsorvente/óleo para os vários grupos de
(%)

40,0 compostos presentes na miscela


20,0 Powdered Carbon óleo/hexano.
Earths
0,0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Mass of adsorbent/Mass of oil (g/g)
Ribeiro, M.H.L., Lourenço, P.A.S., Monteiro, J.P., Ferreira-Dias, S. (2001), Kinetics of
selective adsorption of impurities from a crude vegetable oil in hexane to activated earths
and carbons, Eur Food Res echnol, 213 (2) 132-138.
Estudos de adsorção em miscela
20
16
16 B
12 A
12
X/m

X/m
8
Data 8
4 Langmuir
Freundlich 4

0
0
0 1 2 3 4
0 0,5 1 1,5 2
Xe Xe

20 16

16 C 12
D

12

X/m
X/m

8
8
4
4

0 0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Xe Xe

Fig. 1- Adsorption isotherms (Freundlich and Langmuir models), at 30ºC, of green


pigments (chlorophylls and pheophytins) from the miscella to the (A) activated earths,
(B) activated powdered carbon, (C) activated 20-60 mesh carbon and (D) activated 8-20
mesh carbon.
Estudos de adsorção em miscela
16 18
16
14
12
A 14 B
12
10

X/ m
10
X/ m

8 8
6 Data 6
4 Langmuir 4
Freundlich 2
2
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3
Xe Xe

18 14
16 C 12 D
14
10
12
X/ m

X/ m
10
8 6
6
4
4
2 2
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 5
Xe Xe

Fig. 2- Adsorption isotherms (Freundlich and Langmuir models), at 30ºC, of carotenoids from the miscella to the
(A) activated earths, (B) activated powdered carbon, (C) activated 20-60 mesh carbon and (D) activated 8-20
mesh carbon.
Estudos de adsorção em miscela
16 18
16
14
A 14 B
12
12
10

X/ m
10
X/ m

8 8
6 Data 6
4 Langmuir 4
Freundlich
2 2
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3
Xe Xe

18 14
16 C 12 D
14
10
12
X/ m

X/ m
10
8 6
6
4
4
2 2
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 5
Xe Xe

Fig. 3- Adsorption isotherms (Freundlich and Langmuir models), at 30ºC, of free fatty acids
from the miscella to the (A) activated earths, (B) activated powdered carbon, (C) activated
20-60 mesh carbon and (D) activated 8-20 mesh carbon.
Table 1. Estimated parameters for Freundlich and Langmuir
isotherm models. (a) data not fitted to the model.
Freundlich Model Langmuir Model

q= kf.Cn q = qmax.C/ (k + C))

Compound Adsorbent kf n qmax k

Chlorophylls Activated earths 5.4 0.62 20.6 2.8

and Powdered carbon 13.7 0.39 19.1 0.31

Pheophytins Granulated carbon (a) (a) (a) (a)

(20-60 mesh)

Granulated carbon (a) (a) (a) (a)

(8-20 mesh)

Carotenoids Activated earths 4.9 0.74 35.9 6.5

Powdered carbon 9.8 0.46 20.1 0.92

Granulated carbon (a) (a) (a) (a)

(20-60 mesh)

Granulated carbon (a) (a) (a) (a)

(8-20 mesh)

Free Activated earths 0.98 1.7 (a) (a)

Fatty Acids Powdered carbon (a) (a) (a) (a)

Granulated carbon 1.9 0.90 9.8 4.3

(20-60 mesh)

Granulated carbon (a) (a) (a) (a)

(8-20 mesh)
Estudos de adsorção em miscela
Table 2.- Affinity factors for pigments, free fatty acids and
oxidation products, to the different adsorbents
Compounds

Adsorbent Chlorophylls Carotenoids Free fatty acids Hydroperoxides Final oxidation

products

Activated earths 8.7 5.0 0.49 2.3 1.3

Powdered carbon 16.1 12.7 0.46 8.9 4.7

Granular carbon 7.1 4.2 1.8 2.0 2.6

(20-60 mesh)

Granular carbon 1.7 0.73 0.37 1.2 1.0

(8-20 mesh)

Ribeiro, M.H.L., Lourenço, P.A.S., Monteiro, J.P., Ferreira-Dias, S. (2001), Kinetics of


selective adsorption of impurities from a crude vegetable oil in hexane to activated earths
and carbons, Eur Food Res echnol, 213 (2) 132-138.
Estudos de adsorção em miscela

Table 3.- Separation factors for pigments, free fatty acids (FFA), hydroperoxides
(HP) and oxidation products (FOP), achieved with the different adsorbents

Adsorbent Chlorophylls Chlorophylls Chlorophylls Chlorophylls Carotenoids Carotenoids Carotenoids HP HP FOP

Carotenoids FFA HP FOP FFA HP FOP FFA FOP FFA

Activated earths 1.7 17.8 3.8 6.7 10.2 2.2 3.8 4.7 1.8 2.5

Powdered carbon 1.3 35 1.8 3.4 27.6 1.4 2.7 19.4 1.9 10.2

Granular carbon 1.7 3.9 3.6 2.7 2.3 2.1 1.6 1.1 0.8 1.4

(20-60 mesh)

Granular carbon 2.3 2.3 1.4 1.7 2.0 0.6 0.7 3.2 1.2 2.7

(8-20 mesh)
Adsorção em Contínuo
Processo em estado não estacionário;

Resistência considerável à transferência de massa;

[soluto] na fase fluida e no adsorvente modifica-se


com o tempo e com a posição no leito fixo;

Zona de transferência de massa em forma de S;

t3: a coluna está praticamente saturada com soluto;


A [soluto]out mantém-se cerca de 0, até que o
início da zona de transferência de massa chega à
saída da coluna em t4.
Quando [soluto]= cb, estamos no ponto de rotura
(“break point”)= concentração máxima permitida no
“out flow”.

Em regra,
0.01< cb/c0<0.05
Adsorção em Contínuo

• A forma e largura da zona de transferência de massa depende da


– isotérmica,
– Caudal,
– Velocidade de transferência de massa para as partículas,
– Difusão nos poros das partículas

• Capacidade estequiométrica de uma coluna de leito fixo, se todo o leito


estiver em equilíbrio com a alimentação, é proporcional à área,
representada a tracejado, entre a curva e a recta a C/C0=1,0:

Onde,
tt= tempo equivalente à capacidade
total, ou estequiométrica, do leito.
Adsorção em Contínuo

Capacidade utilizável de uma coluna de leito fixo até ao tempo do “ponto de


rotura”, tb, é a área dada por:

Onde,
tu= tempo equivalente à capacidade utilizável ou o
tempo em que a concentração do efluente atinge o
máximo permitido.

Geralmente, tu ~ tb

tu/tt = fracção do leito utilizável ou comprimento


até ao “break point” (HB).

onde,

HT= comprimento total do leito


Adsorção em Contínuo

A secção da transferência de massa, HUNB, é dada por:

O valor de HUNB pode ser determinado numa coluna de laboratório. Em


seguida, calcula-se o comprimento do leito necessário para para se atingir uma
dada capacidade utilizável, HB, até ao ponto de rotura.

HB é directamente proporcional a tb.

O comprimento total do leito, HT, será dado por:


Adsorção em Contínuo

Curva de Saturação de Carvão 20-60 mesh


(Q= 0,65 ml/min)

1
0,9
0,8
0,7
0,6

C/C0
0,5
0,4
Pigmentos clorofilinos
0,3 (668nm)
0,2 Carotenos (450nm)
0,1
0
0 200 400 600 800 1000 1200
Tempo de Contacto (min)

Lourenço, P.A.S. (1997) Estudos de Adsorção de Impurezas Presentes em Óleo de Bagaço de Azeitona
Bruto- TFC em Engenharia Agro-Industrial, ISA, UTL.
Adsorção à Escala Industrial

Variáveis de Processo e Ciclos de Adsorção à Escala Industrial:

Ciclos em Sistema Descontínuo (“Batch”): 2 ou 3 leitos fixos em


paralelo, em que num se faz a adsorção enquanto nos outros se faz a
regeneração (sist. mais utilizado).

Sistema Contínuo
Adsorção à Escala Industrial

Métodos de regeneração do adsorvente:

Ciclos de alteração de temperatura- regeneração por aquecimento por


serpentina ou com um gás quente; arrefecimento do leito (processo que
leva algumas horas).

Ciclos de alteração de pressão- dessorção por redução da P a T constante;


purga do leito a P reduzida com uma pequena fracção do produto de
saída.

Ciclos de purga com gás inerte (processo rápido, alguns min).

Ciclos de deslocamento da purga- a T e a T mantêm-se constantes na


purga com gás inerte, mas usa-se um gás ou um líquido que é adsorvido
mais fortemente que o adsorvato, deslocando-o (processo rápido, alguns
min).
Adsorção à Escala Industrial

Métodos de regeneração do adsorvente:


Adsorção em Ciclos Descontínuos

AO7 AO7 Remoção


removido/Dreche removido/Ciclo remoção/ciclo Total Remoção cumulativa

Ciclo (mg/g) (mg) (%) (mg) (mg AO7/g Dreche)


1 1,13 22,66 94,40 22,66 1,13
2 1,05 21,04 87,65 43,69 2,18
3 0,95 19,07 79,46 62,76 3,14
4 0,87 17,36 72,34 80,13 4,01
5 0,81 16,15 67,27 96,27 4,81
6 0,73 14,64 61,01 110,91 5,55
7 0,70 14,06 58,58 124,97 6,25
8 0,65 12,93 53,88 137,90 6,90
9 0,64 12,77 53,23 150,68 7,53
10 0,61 12,27 51,14 162,95 8,15
11 0,61 12,10 50,42 175,05 8,75
12 0,60 12,04 50,16 187,09 9,35
13 0,60 12,04 50,16 199,13 9,96

12

Capacidade de adsorção
100
90

(mg AO7/g Dreche)


Remoção AO7 (%)

10
80
70 cumulativa 8
60
50 6
40
30 4
20
10 2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Ciclo de utilização sucessiva (nº) Ciclo de utilização sucessiva (nº)
Adsorção em Ciclos Descontínuos

70
60
Total de Naringina adsorvida

50
(mg/g de resina)

40
XAD-4 (Ensaio 1)
30
IRA-400 (Ensaio 1)
20 XAD-4 (Ensaio 2)

10 IRA-400 (Ensaio 2)

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Utilizações sucessivas (nº)

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