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PORTO VELHO - RO
Novembro/2018
1. INTRODUÇÃO
Adsorção Química
A adsorção química, quimissorção ou adsorção ativa ocorre quando há uma interação
química entre a molécula do meio e a do sólido. Neste caso, as forças de ligação são
de natureza covalente ou até iônica. Ocorre uma ligação química entre a molécula do
meio e a do sólido, o que altera a estrutura eletrônica da molécula quimissorvida,
tornando-a extremamente reativa. Ao contrário da adsorção física, as temperaturas
deste processo são altas, porém é necessário que a reação seja conduzida numa faixa
de temperatura na qual a quimissorção dos reagentes é apreciável (FOGLER, 2002).
Adsorção Física
Também conhecida como fisissorção. Neste tipo de adsorção a interação entre as
moléculas do meio e do sólido é fraca, com ligações do tipo intermoleculares, baseadas
em forças de Van der Walls e/ou de interações eletrostáticas, como as de dipolo.
Normalmente, a adsorção física ocorre a baixas temperaturas, rapidamente e é
reversível. Ela é invariavelmente exotérmica, e o que pode ser provado pela
termodinâmica. A molécula no meio possui movimentos de rotação, translação e
vibração, porém, quando ela é adsorvida, ela acaba ficando “presa” no sólido, fazendo
com que o movimento de translação dela seja limitado a somente o movimento da
molécula sobre o sólido e também perde liberdade de rotação, diminuindo assim o grau
de desorganização de meio (RUTHVEN, 1984).
1.2Tipos de Isotermas
Isoterma de Freundlich
O modelo proposto por Freundlich foi um dos primeiros a equacionar a relação entre a
quantidade de material adsorvido e a concentração do material na solução em um modelo
com características empíricas. Este modelo empírico pode ser aplicado a sistemas não
ideais, em superfícies heterogêneas e adsorção em multicamada (CIOLA, 1981; MCKAY,
1996).
O modelo considera o sólido heterogêneo, ao passo que aplica uma distribuição
exponencial para caracterizar os vários tipos de sítios de adsorção, os quais possuem
diferentes energias adsortivas (FREUNDLICH, 1906 apud FEBRIANTO, 2009).
A equação da isoterma de Freundlich assume a forma:
A equação acima pode ser expressa na forma linearizada, tomando logaritmo de cada
lado, tornando-a:
Em que:
Isoterma de Langmuir
A equação modelo de Langmuir é uma das equações mais utilizadas para
representação de processos de adsorção. Essa, por sua vez, apresenta os seguintes
pressupostos:
Existe um número definido de sítios.
Os sítios têm energia equivalente e as moléculas adsorvidas não
interagem umas com as outras.
A adsorção ocorre em uma monocamada.
Cada sítio pode comportar apenas uma molécula adsorvida.
A equação, representa a isoterma de Langmuir (LANGMUIR I,
1916):
Em que:
q: quantidade do soluto adsorvido por grama de adsorvente no equilíbrio (mg
g-1);
qmax: capacidade máxima de adsorção (mg g-1);
Formas de isotermas
Carvão ativo
Dentre os vários adsorventes existentes no mercado, o experimento de interesse
utiliza o carvão ativo. Para compreender o fenômeno da adsorção é necessário
conhecer as propriedades físico-químicas do material adsorvente, no caso carvão
ativo.
As propriedades físicas do carvão ativo dependem dele estar sendo utilizado na forma
de carvão ativo em pó (CAP), utilizado quando se tem fase líquida, ou na forma
granular, utilizado para o adsorbato na fase gasosa. Para o CAP as propriedades
mais importantes são filtrabilidade e densidade, enquanto na forma granular são a
dureza e o tamanho das partículas. Logo, as propriedades do carvão ativo vão
influenciar a taxa e a capacidade de adsorção sendo necessário levá-las em conta na
escolha do carvão e na concretização do projeto dos equipamentos.
A distribuição de tamanhos de poros e as atividades químicas superficiais dos
diversos tipos de carvão são bastantes dependentes de sua origem (coque de
petróleo, carvão vegetal, carvão betuminoso, lignita, entre outros). O carvão ativo
pode apresentar caráter ácido ou básico, relacionado com a oxidação na sua
superfície. Este caráter é dependente das condições de manufatura do carvão e da
temperatura na qual se processa a oxidação. Um carvão ácido apresenta
comportamento ácido, ou seja, adsorve quantidades apreciáveis de bases, tendo
pouca afinidade por ácidos, enquanto que o carvão básico apresenta comportamento
oposto ao carvão ácido.
2. OBJETIVO
2.1. Determinar a relação existente entre a quantidade de ácido acético adsorvido
pelo carvão vegetal.
2.2. Determinar a concentração de equilíbrio do ácido na fase aquosa.
3. METODOLOGIA
3.1. MATERIAL
Carvão Fenolftaleína
3.2. PROCEDIMENTO
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Com a titulação do filtrado, obteve-se a concentração real do ácido acético que não foi
adsorvido ao carvão ativado. Efetuou-se o cálculo de médias das soluções estoque e
média das soluções dos corpos. Conforme a tabela 2 abaixo:
Tabela 2: média das soluções estoque e média das soluções do carvão ativado.
Vol. Vol.
gasto de gasto de Vol.gasto
NaOH - NaOH - Vol.gasto Vol.gasto Média Vol. de de NaOH Média Médias
Sol. Sol. Média de NaOH de NaOH dos NaOH - - dos vol.-
Estoque - Estoque dos vol. - -Solução -Solução vols.- Solução Solução vol.- soluções
1º 2º (Sol. A -1º A -2º solução B -1º B -2º solução AeB
duplicata) duplicata Estoque) duplicata duplicata A duplicata duplicata B M=Ma+MB
33,1 33,1 33,1 6,5 6,5 6,5 6,55 6,6 6,575 6,5375
32,2 32,2 32,2 10,2 10,3 10,25 10,2 10,2 10,2 10,225
28,1 28,1 28,1 13,8 13,9 13,85 13,8 14,0 13,9 13,875
25,5 25,5 25,5 17,3 17,5 17,4 17,7 17,8 17,75 17,575
23,5 23,5 23,5 21,4 21,6 21,5 21,3 21,5 21,4 21,45
19,3 19,3 19,3 25 25 25 24,5 24,6 24,55 24,775
15,3 15,3 15,3 28,3 28,4 28,35 28,5 28,7 28,6 28,475
11,7 11,7 11,7 32,2 32,3 32,25 32,4 32,5 32,45 32,425
7,8 7,8 7,8 35,8 35,7 35,75 35,3 35,8 35,55 35,65
Passo 1:
Primeiramente foi feito a média das médias para achar o número de mol.
Conc. (NAOH) x Média(A + B)
𝑛º =
V
0,1049 x 6,95
𝑛º =
100
𝑛º = 0,00729055mols
Passo 2:
𝑛º
𝐶𝑒𝑞 =
𝑉
0,00729055
𝐶𝑒𝑞 =
0,1
𝐶𝑒𝑞 = 0,0729055Mol/L
Passo 3:
0,1049x8,2
𝑛º =
100
𝑛º =0,0086018 mols
Passo 4:
0,0086018
𝐶𝑖 =
0,1
𝐶𝑖 = 0,086018Mol/L
Passo 5:
𝐶0 − 𝐶𝑒𝑞 x V
𝑞=
m
𝑞 = 0,00131125
Freundlich Langmuir
Y= -2,56942 + 0,23178x
R2= 0,76004
1
b=
n
1
0,23178 =
n
1 = n. 0,23178
n = 4,31
a = −log a
𝑎 = 𝐴𝑛𝑡𝑖𝑙𝑜𝑔
𝑎 = − log ( − 2,56942)
𝑎 = 2,69𝑥 10−3
Gráfico2: Isotermas de adsorção de Langmuir
𝑦 = 12,65934 + 463,54193𝑥
R2 = 0,98151
Dados:
b= 463,54193
qm=?
1
𝑏=
𝑞𝑚
463,54193=1⁄𝑞𝑚
1
= qm
463,54193
2,157302 𝑒 10−3 = 𝑞𝑚
Calculou-se a constante a.
Dados:
a= 12,65934
K=?
1
a=
kqm
1
12,65934 =
𝑘.( 2,157302𝑒10−3
1 = 2,7255e10−2 . k
1
k=
2,7255e10−2
k =36,69
Calculou-se para ver se o modelo de Langmuir era favorável. No qual foi confirmado
com o valor obtido de 0,93. Abaixo segue a tabela que indica a relação entre o valor de
RL e a possibilidade de adsorção.
A determinação da isoterma de adsorção é uma etapa importante no estudo da adsorção
utilizando esse adsorvente, para descrever o equilíbrio entre o processo de adsorção do ácido
acético sobre o carvão ativado. As Equações de Langmuir e Freundlich, e os dados
apresentados na Tabela 3 e 4, foram úteis para a construção das isotermas, como se pode ver
no Gráfico 1 e 2.. No Gráfico 1, a Isoterma de adsorção de Freundlich para adsorção de ácido
acético em carvão ativado teve o (R2 =0,76004). No modelo de Langmuir, o gráfico 2
apresentou um (R2 =0,98151).
5. CONCLUSÃO