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2. Métodos Indiretos
• Massa Seca (Biomassa);
Determinado por filtração (á vácuo) de uma amostra de produto conhecido
através de uma membrana para que os microorganismos não passem. As
membranas são produzidas por polímeros.
Muito utilizada;
• Turbidez – Densidade óptica (600 nm);
Uma amostra com suspensão de microorganismos, a lâmpada do equipamento
emite um comprimento de onda [aproximadamente 600 nm] que vibra num único
plano. Assim as bactérias vão causar uma dispersão e através de uma foto
célula/detector você mede essa dispersão.
Quanta mais células você tiver menor vai ser a quantidade de luz emitida, fica
mais opaca. A leitura pode ser feita em tempo real;
A turbidez é o único método que se retorna o microorganismos;
• Constituintes celulares (ATP, DNA, NADH);
• Volume celular por centrifugação;
• Dosagem de elementos do meio de cultura (substrato, consumo de
O2, propriedades reológicas do meio de cultura, entre outros.
Massa Seca e Turbidez são as grandezas mais importantes;
➢ S: Substrato Limitante
O rx não representa o sistema. Por conta disso têm-se que calcular a velocidade
específica que é a velocidade instantânea dividida pelo crescimento celular X.
rx = dX/dt. Como X [g/L] então rx [g/L.h], assim μ [h-1]. A Velocidade específica
não tem a ver com a ordem da reação, sempre será tempo-1.
Velocidade Específica
Curva = f(t) permite a identificação dos diferentes estados fisiológicos em que
a célula se encontra durante o crescimento.
PONTO 1: Fase LAG: = 0 (dX/dt = 0)
PONTO 2: Fase ACELERAÇÃO: 0 < < máx
PONTO 3: Fase EXPONENCIAL: = máx = cte
PONTO 4: Fase REDUTORA: máx < < 0
PONTO 5: Fase ESTACIONÁRIA: = 0 (dX/dt = 0)
Com os pontos que conseguirmos obter a melhor reta, temos os pontos que
determinamos a fase exponencial. Ao perceber quais são as fases Lag e
Estacionária, nós não testamos, ou seja, não colocamos no gráfico para obter a
equação acima. Ao fazer o gráfico, percebe-se que alguns pontos também
estarão fora da reta e eles são eliminados (eles também fazem alteração de
concavidade, concavidade indo para baixo [situação redutora] ou para cima).
O R² desejável sempre vai ser 0,99 mais do que dois noves decimais significa
que eliminamos muitos pontos e não se pode fazer isso.
E tirando esses pontos, você consegue achar as demais fases: aceleração e
redutora. Nem sempre você verá todas as seis fases, precisa-se observar.
➢ Tempo de Geração
Exemplos:
Levedura em aerobiose a velocidade específica é 4 vezes maior do que em
anaerobiose.
Bactérias tem velocidade específica muito baixas
DIAUXIA: o fenômeno é caracterizado por dois ciclos de crescimento e, portanto,
duas fases exponenciais;
Cada ciclo corresponde ao uso de um dos substratos, e remente à formação de
enzimas específicas para o consumo de cada um dos substratos.
Normalmente a célula esgota o primeiro substrato, se adapta novamente e inicia-
se o consumo do outro substrato.
Pode ser referida como global ou parcial de acordo com o tempo de fermentação
definido (tempo total – produtividade global)
➢ Fator de Conversão (Y)
Fator de conversão não é constante, ele muda de acordo com a fase. A figura
acima demonstra o fator de conversão global.
O teórico, quando o gráfico passa por zero. Mas não é verdade, pois o
crescimento não começa por zero.
Esse mS é o coeficiente de manutenção celular. Energia para manutenção das
atividades do microrganismo não relacionadas à reprodução celular – energia
para manutenção (mS)
O fator de conversão global YX/S leva em conta o consumo total do substrato
0
SOMENTE PARA
CRESCIMENTO CELULAR
Não estruturado
Não-segregado
Hipóteses (Monod, 1949):
• Um único substrato limitante
• Relação semi-empírica
• Cinética de Michaelis-Menten é responsável pelo sistema
enzimático
• A quantidade de enzima não é limitante ao crescimento
• Baixa concentração de células
Linearização Lineweaver-Burk
Estrutura do biorreator
Classificação de bioprocessos
Bioprocesso submerso
A célula produtora se desenvolve em meio líquido e geralmente sob agitação,
quando é processo aeróbico, o oxigênio é inserido por meio de borbulhamento.
A maioria das fermentações industriais importantes ocorrem desta forma.
Suas principais vantagens são: operação em grandes volumes; distribuição
uniforme dos nutrientes; facilidade no controle do meio, podendo ser ajustado
para valores ótimos.; baixa contaminação e alto rendimento. Em relação as
desvantagens: elevado custo inicial e de manutenção; baixa concentração de
biomoléculas atingidas
Fermentação semi-sólida
Neste processo, os microrganismos crescem sobre ou dentro de uma matriz
sólida, e a presença de líquido é em quantidade ideal para que garanta o
crescimento mas não exceda a capacidade máxima de ligação entre líquido e
matriz. É comum se obter deste processo: enzimas, ácidos orgânicos, aromas e
bioerbicidas.
Dentre suas vantagens: utilização de menor estrutura; matérias-primas mais
baratas; obtenção de produto concentrado.
Tipos de biorreator
Células imobilizadas
Consiste na retenção/ligação do microrganismo em uma matriz sólida insolúvel.
Pode ser utilizado de forma contínua ou em batelada repetidas, usando o
microrganismo diversas vezes.
Há facilidade da separação de sólido-líquido, porém há restrição de transferência
de massa.
Membrana
É uma barreira que restringe a passagem do sólido (enzima, célula ou organela),
pode reter o biocatalisador. Na construção da membrana, ela pode ser polar ou
apolar, plana ou na forma de um capilar.
As principais forças motrizes: campo elétrico, diferença de concentração,
gradiente de pressão ou temperatura.
Para utilização industrial: 90% são de tanque agitado (STR), 7% tipo air-lift
(escala pequena a média), 3% são outros tipos.
Reator STR (stirred tank reactor) – reator agitado mecanicamente: são feitos
de aço carbono, possuem sistemas de agitação e aeração. O fundo e a tampa
torriesféricos são esterilizáveis, tem entrada para adição de inóculo, coleta de
amostras, possuem antiespumante e descarga/saída dos gases formados
durante a fermentação.
Coluna de bolhas: há um movimento aleatório do líquido no reator.
Air-lift: a movimentação do líquido é cíclica, bem definida e ocorre através de
dispositivos construídos para este propósito.
Transferência de oxigênio
Processos fermentativos
Processo contínuo
Esterilização em Bioprocessos
Definições:
→ Bactérias vegetativas
→ Bactérias Gram-negativas
→ Vírus lipídicos
Cápsula Bacteriana
Os principais são:
→ Sais quaternários de amônio
→ Fenol
→ Etanol 70%
→ Cloro 0,5 %
→ Formaldeído
→ Peróxido de Hidrogênio
Etanol 70%:
Agentes Gasosos
Pasteurização
É o tratamento térmico baseado na mudança de temperatura, causando um
choque térmico (geralmente 62°C por 30 min, seguido de resfriamento brusco)
para redução drástica do número de microrganismos viáveis.
→ Usado geralmente para alimentos, normalmente leite e derivados,
bebidas enlatadas e engarrafadas.
Esterilização de Ar
Aquecimento:
→ Esterilização de ar por calor seco: é utilizada para pequenas instalações,
como em laboratórios e escala piloto.
→ Em biorreatores industriais: são necessárias grandes vazões de ar.
Apresenta a dificuldade no aquecimento de grande volume de ar e sua
permanência em T elevadas.
Radiação:
Podem ser utilizadas diversas radiações, mas a melhor é a ultravioleta.
As radiações ultravioletas são utilizadas no interior de salas ou câmaras para
esterilização do ar circundante e de mesas, uma vez que o ar introduzido nestes
locais é previamente esterilizado por filtração.
→ Por possuir baixo poder de penetração e longos períodos de exposição,
não é o método mais viável.
Filtração:
A esterilização do ar por filtração é a solução mais adequada para a obtenção
de altas vazões de ar esterilizado, em virtude dos baixos custos envolvidos e de
filtros bastante confiáveis. Por esses motivos a filtração é utilizada em
praticamente todas as instalações industriais.
Os materiais filtrantes são: carvão, algodão, papel; substituídos por lã de vidro
(final década de 70 Início década de 1970 filtros de materiais sinterizados vidro,
metais (aço inoxidável) e materiais cerâmicos, filtros de membranas ou placas
porosas de materiais poliméricos nailon teflon ou ésteres de celulose)
→ Filtro de materiais fibrosos: filtros de lã de vidro.
Poros ou interstícios entre as fibras (por onde passa o ar) são de dimensões
maiores do que o diâmetro das fibras – fibras com diâmetro de 3 μm a 19m.
→ Fibras de Membramas:
Onde:
k = constante de destruição térmica dos microrganismos (min-1)
t = tempo de esterilização.
N = Número de microrganismos/esporos ao final da esterilização por um tempo
t, a T constantes.
N0 = Número de microrganismos/esporos na amostra antes da esterilização (t =
0).