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Manual Operacional das Atividades do Caixa Aqui Negocial – CCA

– Análise de Risco de Crédito e Identificação da Renda

SUMÁRIO DA NORMA

1 OBJETIVO,2
2 ORIENTAÇÕES GERAIS,2
3 PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO,2
4 CADASTRO,3
5 PROPOSTA DE FINANCIAMENTO,4
6 RESTRIÇÕES CADASTRAIS,4
7 COMPROVAÇÃO DE RENDA,4
7.1 PROCEDIMENTOS GERAIS,4
7.2 DOCUMENTOS DE COMPROVAÇÃO DE RENDA,4
7.3 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A CONSTATAÇÃO DE RENDA COMPROVADA ,4
7.3.1 CONTRACHEQUE, HOLLERITH, COMPROVANTE MENSAL DE RENDA (ASSALARIADOS) ,4
7.3.2 CARTEIRA DE TRABALHO (CTPS),4
7.3.3 DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA (DIRPF),4
7.3.4 EXTRATO DE FGTS,4
7.3.5 EXTRATO DE RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DO INSS,4
7.3.6 CONTRIBUIÇÃO AO INSS,4
7.3.7 EXTRATO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA,4
7.3.8 AUXÍLIOS DOENÇA, MATERNIDADE E ACIDENTE.,4
7.3.9 DECLARAÇÃO DE EMPREGADOR,4
7.3.10 DECLARAÇÃO DE ÓRGÃO PREVIDENCIÁRIO,4
7.3.11 DECLARAÇÃO DE SINDICATO/COOPERATIVA/ASSOCIAÇÃO,4
7.3.12 CONTRATO DE ALUGUEL (RENDIMENTO),4
7.3.13 CONTRATO DE ESTÁGIO,4
7.3.14 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS,4
7.3.15 NOTAS FISCAIS DE VENDAS (SOMENTE PARA ATIVIDADE RURAL),4
7.3.16 PENSÃO JUDICIAL/ALIMENTÍCIA,4
7.4 RENDIMENTOS SEM COMPROVAÇÃO,4
8 CAPACIDADE DE PAGAMENTO,4
9 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO,4
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS,4
11 ANEXOS,4
11.1 ANEXO I – DEFINIÇÕES,4
11.1.1 CONCEITOS RELACIONADOS A CADASTRAMENTO E RISCO DE CRÉDITO,4
11.2 ANEXO II - ALTERAÇÕES EM RELAÇÃO À VERSÃO ANTERIOR,4

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– Análise de Risco de Crédito e Identificação da Renda

1 OBJETIVO
1.1 Auxiliar na identificação e na inclusão das informações no sistema de avaliação de risco para
contratação de crédito no âmbito de atendimento dos Correspondentes CAIXA Aqui.

2 ORIENTAÇÕES GERAIS
2.1 Os procedimentos e dicas aqui apresentadas ajudarão a atingir o resultado mais adequado para cada
cliente avaliado.
2.1.1 Para tanto, iremos tratar dos passos mais importantes do processo de avaliação de risco de crédito,
com atenção especial para a identificação de renda.
2.2 A análise de risco de crédito tem o propósito de identificar o perfil do tomador individual ou do grupo
familiar, a fim de aprovar o crédito adequado às suas condições, considerando as informações econômicas,
financeiras e demográficas, o tamanho do grupo familiar e a capacidade de pagamento.
2.3 A proposta de crédito a ser analisada considera as condições do cliente para o crédito pretendido, o
impacto que esse compromisso terá nas suas economias e o perfil das condições para cumprir os prazos de
pagamentos.
2.3.1 Deste modo, as informações de renda devem ser identificadas corretamente, a fim de que os clientes
possam obter o financiamento de acordo com sua capacidade de pagamento.
2.3.2 Portanto, a identificação da renda tem um papel muito importante neste processo, pois, é
uma das informações utilizadas para a definição da capacidade de pagamento de cada cliente.
2.4 A correta identificação e a qualificação das informações de renda do proponente influenciam
diretamente na obtenção dos valores de crédito mais adequados para os clientes.
2.5 É necessário identificar as características da atividade exercida pelo proponente verificando:
a) o tipo de rendimento;
b) a ocupação; e
c) o documento mais adequado para essas características.
2.5.1 Essas informações quando analisadas em conjunto pelo sistema de risco de crédito vão caracterizar
o perfil de renda do cliente.

3 PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO

3.1 ORIENTAÇÕES GERAIS


3.1.1 É necessário que o CCA identifique situações suspeitas de lavagem de dinheiro a exemplo de:
a) resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de relacionamento ou para a
atualização cadastral, oferecimento de informação falsa ou prestação de informação de difícil ou
onerosa verificação;
b) abertura, movimentação de contas ou realização de operações por detentor de procuração ou de
qualquer outro tipo de mandato;
c) informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas físicas, sem demonstração da
existência de relação familiar ou comercial;
d) incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informados com o padrão apresentado por
proponentes com o mesmo perfil.

3.2 O QUE FAZER


3.2.1 Em caso de suspeita de lavagem de dinheiro em alguma transação operacional, financeira ou produto
CAIXA o CCA deverá comunicar o fato à agência de relacionamento, por meio da caixa postal, utilizando o
formulário Comunicação de Suspeita de Lavagem de Dinheiro.

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3.3 SIGILO E DISCRIÇÃO


3.3.1 As informações que envolvem a suspeita de lavagem de dinheiro deverão ser tratadas de modo
sigiloso e com a máxima discrição que o assunto requer, de forma a não expor indevidamente a imagem da
CAIXA, do CCA e de seus clientes, portanto:
a) não deixe o cliente perceber que você suspeita da existência de indícios de lavagem de dinheiro em
suas transações;
b) jamais diga ao cliente que suas operações serão comunicadas para a CAIXA como suspeitas de
lavagem de dinheiro;
c) não é preciso ter certeza de que se trata de lavagem de dinheiro para fazer a comunicação, porque o
papel investigativo não nos cabe nesse processo.

3.4 SANÇÕES E PENALIDADES


3.4.1 Na hipótese do CCA deixar de observar a legislação em vigor, relativa à prevenção e combate aos
crimes de lavagem de dinheiro, estará sujeita às seguintes sanções e penalidades:
a) Esfera Penal:
 3 a 10 anos de reclusão e multa – previstas na Lei 9.613/98, alterada pela Lei 12.683/2012;
 Crime Inafiançável;
 Crime sem Benefício de Liberdade Provisória.
b) Esfera Administrativa:
 Rescisão contratual.

4 CADASTRO
4.1 A análise de crédito se inicia na obtenção das informações do proponente que são transcritas para a
ficha cadastro.
4.1.1 Essas informações são de grande importância para a avaliação de risco de crédito do proponente,
logo, antes de solicitar a avaliação, confira todas as informações cadastrais do proponente:
a) dados pessoais e de endereço (nome, número do RG, escolaridade, estado civil, etc.);
b) dados patrimoniais e de crédito (bens, veículos, cheque especial e cartão de crédito de outros
bancos/lojas);
c) dados econômicos (rendas, despesas, compromissos financeiros em outras instituições ou lojas);
d) identificação dos participantes do financiamento com todos os dados cadastrais.
4.2 A qualidade das informações é imprescindível ao resultado eficiente da análise de risco de crédito.
4.2.1 Portanto, orientamos que a coleta de informações do proponente e a transcrição ao cadastro sejam
feitas de forma completa e de acordo com as orientações da CAIXA.
4.3 As informações cadastrais devem ser confirmadas antes da avaliação do cliente, pois caso elas
sejam alteradas poderá ocorrer impedimento de uma nova avaliação.
4.4 Na análise de risco de crédito são verificadas as informações cadastrais e de renda.
4.4.1 Portanto, devem estar devidamente preenchidas todas as informações dos clientes:
a) renda comprovada e não comprovada;
b) tipo de documento de comprovação de renda;
c) documentos complementares da renda não comprovada; e
d) informações de compromissos.
4.4.2 A ausência de informações importantes ou a incoerência entre as informações cadastrais e o perfil do
cliente influenciam diretamente os resultados da avaliação e os valores aprovados.
4.4.3 Esses resultados são inalteráveis.

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4.4.4 Lembre-se de:


a) preencher a ficha cadastro utilizando somente informações já qualificadas sobre o proponente;
b) não utilizar a avaliação de risco de crédito para simulação da proposta de financiamento;
c) conferir as informações cadastrais antes de solicitar a avaliação dos clientes.

5 PROPOSTA DE FINANCIAMENTO
5.1 A proposta de financiamento é definida pelas seguintes informações:
a) modalidade;
b) origem de recursos;
c) valor do imóvel;
d) valor do financiamento;
e) valor de recursos próprios;
f) valor de recursos da conta vinculada ao FGTS do cliente, se for o caso;
g) valor do subsídio, se for o caso;
h) prazo da operação de crédito
i) taxa de juros; e
j) sistema de amortização.
5.2 A origem do recurso financeiro, SBPE ou FGTS, influencia na prestação, devido à diferença entre as
taxas de juros relacionadas a cada uma dessas origens de recursos.
5.2.1 As taxas de juros podem ser reduzidas a depender do relacionamento do cliente com a CAIXA,
determinado pela contratação de produtos específicos.
5.2.2 Caso a origem de recursos seja FGTS, a operação pode contar com subsídio concedido pelo
conselho curador do FGTS, o qual reduzirá o valor a ser financiado, e conseqüentemente reduzirá o valor da
prestação.
5.2.3 O valor do financiamento deve estar dentro da quota estabelecida, conforme a modalidade do
financiamento e o sistema de amortização (SAC ou SFA/TP).
5.2.3.1 O sistema de amortização, SAC ou SFA/TP, influencia na prestação, devido à diferença entre as
formas de amortização de cada sistema.
5.3 Os valores do imóvel e do financiamento, o prazo da operação, o sistema de amortização, a
modalidade do financiamento e a origem de recursos determinam o valor da prestação necessária, que deve
se limitar ao comprometimento máximo da renda ou à disponibilidade financeira obtida no resultado da
avaliação, que varia de acordo com o perfil dos tomadores.
5.4 A disponibilidade de contratar operação de crédito varia de acordo com a renda e, por sua vez, o
valor de financiamento depende da prestação.
5.4.1 Os valores aprovados são limitados pela prestação máxima que o tomador ou grupo familiar poderá
assumir, ou seja, a proposta de crédito é limitada pela renda do proponente ao crédito.
5.5 Utilize o simulador específico para identificar uma proposta adequada aos proponentes.
5.5.1 Observe principalmente a prestação necessária e o percentual máximo de financiamento (cota), que
varia de acordo com a origem de recursos utilizada.
5.5.2 Estas verificações devem ser feitas antes de solicitar a avaliação de risco de crédito.
5.6 Os valores simulados são bastante razoáveis para identificação de uma proposta adequada aos
proponentes, porém são somente indicativos.
5.6.1 Não existe garantia de que a proposta será aprovada para esses valores.

6 RESTRIÇÕES CADASTRAIS
6.1 O processo de análise de risco envolve a verificação da existência de restrições para os clientes
avaliados.

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6.2 São identificados atrasos nas operações de crédito com a CAIXA, os quais impedem a contratação
de novos créditos na instituição.
6.2.1 Além disso, as restrições externas nos cadastros do SERASA, SCPC e CADIN também são
analisadas para efeito de impedimento da aprovação do crédito pleiteado.
6.2.1.1 Ou seja, caso seja identificada alguma restrição para o proponente durante a avaliação, o crédito não
será aprovado.
6.2.2 Após a regularização da pendência, uma nova avaliação poderá ser solicitada e, caso a antiga
restrição tenha sido a única pendência (e não exista nova restrição), o crédito poderá ser aprovado.

7 COMPROVAÇÃO DE RENDA

7.1 PROCEDIMENTOS GERAIS

7.1.1 PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPROVAÇÃO DE RENDA NA CAIXA


7.1.1.1 Verificar se o documento apresentado é de até dois meses anteriores ao mês da avaliação de risco
de crédito, salvo a declaração de imposto de renda que deve ser do último ano calendário.
7.1.1.2 Identificar e obter a renda de acordo com documento apresentado para comprovação da mesma.
7.1.1.3 As informações de Renda Bruta e Renda Líquida são preenchidas nos respectivos campos da Ficha
Cadastro.
7.1.1.3.1 Caso o documento utilizado para a comprovação de renda não discrimine as informações de
Renda Bruta e Líquida, os campos são preenchidos com valores iguais à renda bruta.
7.1.1.4 Selecionar a atividade/ocupação do cliente.
7.1.1.5 Guardar cópia ou original do comprovante de renda.
7.1.1.6 Preferir documentos como:
a) contracheque;
b) declaração de imposto de renda;
c) extrato de FGTS; e
d) extrato de benefício previdenciário.

7.2 DOCUMENTOS DE COMPROVAÇÃO DE RENDA


7.2.1 Documentos utilizados para comprovação de renda na CAIXA:
a) Contracheque;
b) Carteira de Trabalho;
c) Declaração de Imposto de Renda;
d) Extrato de FGTS;
e) Extrato de Benefício do INSS;
f) Contribuição ao INSS;
g) Extrato de aplicação financeira;
h) Auxílios doença, maternidade e acidente;
i) Declaração do Empregador;
j) Declaração de Órgão Previdenciário;
k) Declaração de Associação;
l) Contrato de Aluguel;
m) Contrato de Estágio;

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n) Contrato de prestação de serviços;


o) Notas fiscais de vendas;
p) Pensão judicial/alimentícia.

7.3 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A CONSTATAÇÃO DE RENDA COMPROVADA

7.3.1 CONTRACHEQUE, HOLLERITH, COMPROVANTE MENSAL DE RENDA (ASSALARIADOS)


7.3.1.1 O contracheque (hollerith) ou comprovante de rendimento mensal são utilizados por trabalhadores
assalariados, dos quais se incluem os:
a) empregados de empresas públicas e privadas sob o regime de CLT;
b) empregados de associações;
c) empregados de cooperativas;
d) empregados de condomínios ou de outras instituições do gênero;
e) servidores públicos;
f) ocupantes de cargos comissionados ou que exerçam função gratificada;
g) bolsistas (estudantes, estagiários, formação técnica ou profissional); ou
h) trabalhadores no exterior.

7.3.1.2 UTILIZAÇÃO
7.3.1.2.1 São obtidas do contracheque e transcritas para a ficha cadastro as informações de:
a) renda bruta;
b) renda líquida; e
c) imposto de renda retido mensalmente.
7.3.1.2.2 Caso haja, no comprovante de rendimentos, mais de um lançamento relacionado ao imposto
de renda, deve-se utilizar somente a informação de imposto de renda referente aos ganhos mensais, ou seja,
outros descontos de imposto de renda como os relacionados ao 13° salário (gratificação de natal) devem ser
desconsiderados.
7.3.1.2.2.1 Participação nos lucros e outros descontos aplicados separadamente do salário não devem
ser considerados ou somados ao imposto aplicado aos ganhos mensais.
7.3.1.2.3 Não é necessário analisar separadamente cada crédito entre os constantes no documento
para fins de apurar a renda.
7.3.1.2.4 As três informações: renda bruta, renda líquida e imposto de renda retido, são essenciais.
7.3.1.2.4.1 Não deixe de preencher o imposto de renda retido.
7.3.1.2.4.2 Não faça deduções ou somas aos valores de renda constantes no contracheque ao
transcrever para o cadastro do cliente.
7.3.1.2.5 Nos casos em que a fonte pagadora divide os pagamentos de um mesmo mês em dois ou
mais contracheques, os valores de renda bruta, renda líquida e do imposto de renda retido são somados com
o propósito de compor os ganhos totais mensais a serem transcritos para a ficha cadastro.
7.3.1.2.6 Entende-se por comprovante mensal de renda os seguintes documentos:
 extrato de conta bancária da CAIXA que comprova o crédito mensal de rendimento, (neste caso, o salário
recebido é preenchido diretamente nos campos de renda bruta e líquida);
 declaração emitida por instituições públicas de posse em cargo ou função pública de servidores efetivos
que foram recentemente empossados.
7.3.1.2.7 O Contracheque, hollerith ou Comprovante Mensal de Renda usado para comprovação de
renda, só será válido se for de até dois meses anteriores ao mês corrente da avaliação.

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7.3.1.2.8 No caso de comprovação de pró-labore, deve ser utilizado o último documento anterior à
avaliação.

7.3.1.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.1.3.1 Sempre solicite informações sobre o vínculo de trabalho, tempo de atividade e fonte
pagadora, especialmente nos casos em que o contracheque for do tipo adquirido em papelarias (modelo
verde);
7.3.1.3.2 Perceba se o contracheque traz adequadamente as informações da fonte pagadora e
atividade.
7.3.1.3.2.1 Identifique os impostos e contribuições lançados e verifique se estão coerentes às rendas
apresentadas.
7.3.1.3.3 Não receba documentos que contenham rasuras ou alterações.
7.3.1.3.4 O Extrato de FGTS deverá ser solicitado ao proponente para complementar ou confirmar as
informações de renda apresentadas (somente quando o proponente receber créditos no FGTS).
7.3.1.3.5 Muitas fontes pagadoras (do serviço privado ou público) disponibilizam sites para
autenticação dos comprovantes de pagamentos fornecidos, a exemplo dos servidores públicos federais por
meio da página http://www.siapenet.gov.br .

7.3.2 CARTEIRA DE TRABALHO (CTPS)


7.3.2.1 É o documento oficial de registro dos vínculos profissionais dos trabalhadores brasileiros.

7.3.2.2 UTILIZAÇÃO
7.3.2.2.1 Obtém-se da CTPS a informação atualizada de renda bruta no campo contrato de trabalho ou
atualização.
7.3.2.2.2 Utilizado exclusivamente para rendimentos assalariados.
7.3.2.2.3 Para empregada doméstica, é aceita a CTPS atualizada ou carnê do INSS com recolhimento
em dia.

7.3.2.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.2.3.1 O contracheque poderá ser solicitado ao cliente para comprovar a situação atual de renda.
7.3.2.3.2 Poderá substituir a CTPS pelo Contracheque quando se verificar:
a) rasuras;
b) atualizações dúbias recentemente realizadas; e
c) documentos novos (primeiros registros).
7.3.2.3.3 Se o rendimento apresentado for baseado na hora trabalhada e não constar o número de
horas trabalhadas pelo cliente, o documento não pode ser aceito para comprovação de renda.

7.3.3 DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA (DIRPF)


7.3.3.1 Documento enviado à Receita Federal para o ajuste dos valores de contribuição do imposto de
Renda anual.
7.3.3.2 Obrigatório para as pessoas que recebem qualquer tipo de rendimento acima do limite de isenção
definido pela Receita Federal.

7.3.3.3 UTILIZAÇÃO
7.3.3.3.1 Utiliza-se a Declaração (e o respectivo recibo) entregue à Receita Federal referente ao último
ano calendário, durante o período de entrega da Declaração de imposto de Renda.
7.3.3.3.1.1 Nos meses de março e abril, poderá ser aceita a Declaração imediatamente anterior ao
último ano calendário.

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7.3.3.3.1.2 Após iniciado o período de entrega da declaração referente ao último ano-calendário, é


permitido solicitar a declaração mais atual, pois a declaração atualizada torna a informação de rendimentos
mais confiável no processo de avaliação e definição dos limites de crédito concedidos.
7.3.3.3.2 A Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física é aceita somente quando atender as
regras de obrigatoriedade de Declaração da Receita Federal Brasileira, de acordo com a legislação vigente.
7.3.3.3.3 A informação de renda é obtida considerando os rendimentos relacionados à atividade
desempenhada pelo tomador de crédito ou ganhos financeiros constantes na Declaração.
7.3.3.3.4 Os rendimentos recebidos de pessoa jurídica são obtidos no campo “Rendimentos
Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica pelo Titular”, coluna REND. RECEBIDOS DE PES. JURÍDICA.
7.3.3.3.5 Os rendimentos recebidos de pessoa física são obtidos no campo “Rendimentos Tributáveis
Recebidos de Pessoa Física e do Exterior pelo Titular”, coluna “Pessoa Física”.
7.3.3.3.5.1 Se houver dedução por meio do livro-caixa esse valor deve ser deduzido da renda recebida.
7.3.3.3.6 Os rendimentos de cônjuges ou dependentes devem ser separados do declarante principal
para fins de identificação da renda individual no cadastro.
7.3.3.3.7 São excluídos os ganhos esporádicos que não são considerados rendimentos (ex.: apólices e
prêmios de seguros, indenizações, heranças, doações e similares).
7.3.3.3.8 Os autônomos e profissionais liberais podem cadastrar a fonte pagadora com o CPF do
cliente, desde que sejam enquadrados em pelo menos uma das seguintes situações:
a) possuam renda exclusivamente de PF;
b) possuam mais de uma fonte pagadora PJ e utilizem dedução em livro-caixa; ou
c) utilizem a dedução por livro-caixa.
7.3.3.3.9 Identificadas as deduções por meio dos registros do livro-caixa na declaração de imposto de
renda, a renda é obtida pela diferença entre os rendimentos e as deduções registradas em livro-caixa.
7.3.3.3.10 Nos demais casos, a exemplo de existirem várias fontes PJ identificadas na declaração (sem
utilização de dedução por livro-caixa), as fontes pagadoras devem ser, obrigatoriamente, aquelas constantes
da declaração.
7.3.3.3.10.1 Ou seja, todas as rendas devem ser cadastradas separadamente com as respectivas
ocupações e fontes pagadoras.
7.3.3.3.11 Os rendimentos anuais da atividade rural são cadastrados no CPF do proponente e obtidos
diretamente pela soma dos campos:
a) “resultado tributável da atividade rural”; e
b) “resultado não tributável da atividade rural”.
7.3.3.3.12 Os rendimentos de ganho de capital são obtidos nos campos:
a) “ganhos de capital na alienação de bens e/ou direitos”;
b) “ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda
estrangeira”; e
c) “ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira em espécie”.
7.3.3.3.12.1 A fonte pagadora deve ser cadastrada em casos de ganho de capital.
7.3.3.3.12.2 Não são considerados para rendimentos de ganho de capital:
a) “lucro na alienação de bens e/ou direitos de pequeno valor ou do único imóvel”;
b) “lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial”; e
c) “redução do ganho de capital”.
7.3.3.3.12.3 Nesse caso é exigido, no mínimo, a apresentação das três últimas Declarações de Imposto
de Renda para a identificação da existência contínua do rendimento.
7.3.3.3.12.4 Sendo cadastrado o rendimento obtido na última Declaração apresentada com o respectivo
protocolo de entrega (primeira página) para comprovação dos rendimentos.
7.3.3.3.13 Os rendimentos recebidos de aplicação financeira são obtidos diretamente nos campos:

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 “Rendimentos de Aplicações Financeiras”;


 “Ganhos Líquidos em Renda Variável”; e
 “Rendimentos de cadernetas de poupança e letras hipotecárias”.
7.3.3.3.14 Rendimentos identificados em seus respectivos campos na Declaração:
a) aluguéis;
b) rendimentos de sócios (exceto pró-labore, aluguéis e serviços prestados);
c) parcela isenta de proventos de aposentadoria;
d) pensão;
e) proventos de aposentadoria por moléstia grave ou aposentadoria/reforma por acidente em serviço;
f) recebimentos no exterior;
g) rendimentos recebidos pelo transporte de cargas em veículo próprio locado, ou adquirido com reservas
de domínio ou alienação fiduciária; e
h) rendimentos recebidos pelo transporte de passageiros em veículo próprio locado, ou adquirido com
reservas de domínio ou alienação fiduciária.
7.3.3.3.15 Os rendimentos de distribuição de lucros são obtidos diretamente do campo “Lucros e
dividendos recebidos pelo titular e pelos dependentes”, considerando somente os rendimentos do titular.
7.3.3.3.16 Todos os rendimentos identificados são divididos por 12 para cadastramento na ficha
cadastro, mesmo que haja rendimentos variados.
7.3.3.3.16.1 Caso seja identificado que os rendimentos não correspondem ao ano em apuração os
mesmos não serão considerados para fins de apuração de renda.
7.3.3.3.17 Campos que não devem ser considerados como renda:
a) capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado;
b) prêmio de seguro restituído em qualquer caso;
c) pecúlio recebido de entidades de previdência, provada em decorrência de morte ou invalidez
permanente;
d) indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de PDV, por acidente de trabalho ou
FGTS;
e) transferências patrimoniais:
 doações;
 heranças;
 meações; e
 dissolução da sociedade conjugal ou unidade familiar;
f) imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-calendário;
g) parcela isenta correspondente à atividade rural; e
h) “Outros”.

7.3.3.4 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.3.4.1 Identifique se o recibo de entrega à Receita Federal acompanha a Declaração, inclusive se o
recibo é referente à Declaração apresentada.
7.3.3.4.2 Esclarecemos que a 2ª folha do recibo da Declaração não deve ser exigida, tendo em vista
que a informação contida neste documento é de uso pessoal do proponente.
7.3.3.4.3 Não aceite Declarações que não atendam os critérios de obrigatoriedade apresentados pela
Receita Federal (isenção, atividade rural, imóveis, etc.).
7.3.3.4.4 Os rendimentos de ocupações diferentes provenientes da mesma fonte pagadora devem ser
cadastrados separadamente.

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7.3.4 EXTRATO DE FGTS


7.3.4.1 Documento que contém o registro dos depósitos de FGTS do trabalhador.

7.3.4.2 UTILIZAÇÃO
7.3.4.2.1 Obtém-se o valor da renda bruta diretamente pelo valor da base de cálculo do FGTS ou pela
multiplicação do valor de recolhimento por 12,5 e transcreve-se diretamente para a ficha cadastro.

7.3.4.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.4.3.1 O extrato do FGTS utilizado para a comprovação de renda pode ser o obtido na agência pelo
próprio proponente, ou pelo extrato recebido em casa ou emitido via internet.

7.3.5 EXTRATO DE RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DO INSS


7.3.5.1 Documento que contém o registro dos benefícios do INSS de aposentados e pensionistas.

7.3.5.2 UTILIZAÇÃO
7.3.5.2.1 O extrato é obtido por meio de consulta ao endereço
https://www8.dataprev.gov.br/SipaINSS/pages/hiscre/hiscreInicio.xhtml .
7.3.5.2.2 A renda mensal é estabelecida de acordo com o valor do benefício constante no extrato.
7.3.5.2.3 A validade deste documento é de 2 meses.

7.3.5.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.5.3.1 As informações de Renda Bruta e Renda Liquida são preenchidas nos respectivos campos da
Ficha Cadastro.
7.3.5.3.1.1 Caso o documento utilizado para a comprovação de renda não discrimine as informações de
Renda Bruta e Líquida, os campos são preenchidos com valores iguais à renda bruta.
7.3.5.3.1.2 Caso não seja possível diferenciar os valores de renda bruta e líquida, o preenchimento
deverá repetir a informação de renda bruta.

7.3.6 CONTRIBUIÇÃO AO INSS


7.3.6.1 Os comprovantes de recolhimento de valores ao INSS são utilizados por trabalhadores autônomos,
inclusive os domésticos (sem registro em carteira), inscritos facultativamente na previdência social.

7.3.6.2 UTILIZAÇÃO
7.3.6.2.1 O rendimento é obtido diretamente pelo salário base de contribuição e transcrito para a ficha
cadastro, exceto Empreendedor Individual e os contribuintes individuais e facultativos.

7.3.7 EXTRATO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA


7.3.7.1 São considerados renda os rendimentos brutos provenientes de aplicações financeiras, inclusive
poupança na CAIXA e em outras instituições.

7.3.7.2 UTILIZAÇÃO
7.3.7.2.1 Os rendimentos de poupança ou de aplicação financeira realizados na CAIXA serão válidos
desde que existentes há pelo menos três meses.
7.3.7.2.2 Os rendimentos de poupança ou de aplicação financeira realizados em outros bancos serão
válidos desde que existentes há pelo menos seis meses.
7.3.7.2.3 O proponente que apresentar rendimentos de aplicação financeira deverá ser o primeiro
titular da conta.

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7.3.7.2.4 A renda é obtida pela média aritmética dos rendimentos dos últimos três meses, tanto para
rendimentos de aplicações financeiras na CAIXA como em outras instituições financeiras, de acordo com os
extratos apresentados, e preenchida na ficha cadastro do cliente.
7.3.7.2.5 A fonte pagadora é identificada com o CPF do cliente e a ocupação Capitalista recebendo
rendimentos de aplicação.

7.3.7.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.7.3.1 Os rendimentos são obtidos pelos créditos de juros e correções decorrentes do capital
investido.
7.3.7.3.2 O valor principal (ou valor investido) não faz parte dos rendimentos do cliente.
7.3.7.3.3 Quando o extrato da aplicação financeira traz informações dos rendimentos ou valores de
forma acumulada, o rendimento mensal é constatado pela diferença dos valores acumulados.

7.3.8 AUXÍLIOS DOENÇA, MATERNIDADE E ACIDENTE.


7.3.8.1 Os auxílios doença, maternidade e acidente recebidos pelo trabalhador contribuinte da previdência,
afastado temporariamente da sua atividade, são considerados como renda comprovada.

7.3.8.2 UTILIZAÇÃO
7.3.8.2.1 No caso dos autônomos, a fonte pagadora é identificada com o CPF do proponente,
enquanto que para os assalariados a fonte pagadora é a PJ (CNPJ) ou PF com a qual o trabalhador possui
vínculo.
7.3.8.2.2 O auxilio acidente é preenchido com a fonte pagadora que paga o benefício.
7.3.8.2.3 Os rendimentos do auxílio são transcritos para a ficha cadastro do cliente.
7.3.8.2.4 O extrato referente ao auxílio pode ser obtido por meio de consulta ao endereço
http://www.previdencia.gov.br .

7.3.9 DECLARAÇÃO DE EMPREGADOR


7.3.9.1 A declaração do empregador é aceita para comprovar a renda dos servidores públicos recém
empossados, desde que o cliente não possua qualquer outro documento.

7.3.9.2 UTILIZAÇÃO
7.3.9.2.1 Comprova rendimentos de assalariados somente quando o contracheque não está disponível
devido ao recente vínculo de trabalho, especialmente em convocação para o setor público.
7.3.9.2.2 Documento deve ser timbrado pela fonte pagadora (identificação do empregador).
7.3.9.2.3 O documento deve apresentar renda mensal, identificação da fonte pagadora, data
de início do vínculo e dados pessoais do trabalhador (RG, CPF).
7.3.9.2.4 Os rendimentos são obtidos de acordo com valores constantes na declaração.

7.3.9.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.9.3.1 O documento não é válido para:
a) comprovação de renda de atividades informais;
b) substituir a comprovação total ou parcial da renda assalariada sem registro;
c) comprovar parte da renda sem registro.

7.3.10 DECLARAÇÃO DE ÓRGÃO PREVIDENCIÁRIO


7.3.10.1 A declaração de órgão previdenciário é uma opção de documento alternativo para
aposentados e pensionistas.

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7.3.10.2 UTILIZAÇÃO
7.3.10.2.1 Documento deve ser timbrado pela fonte pagadora (identificação do pagador).
7.3.10.2.2 O documento deve apresentar renda mensal, identificação da fonte pagadora e dados
pessoais do trabalhador (RG, CPF).
7.3.10.2.3 Os rendimentos são obtidos de acordo com valores constantes na declaração e transcritos
para a ficha cadastro.

7.3.11 DECLARAÇÃO DE SINDICATO/COOPERATIVA/ASSOCIAÇÃO


7.3.11.1 Documentação utilizada para comprovação de renda para Trabalhador Rural ou Trabalhador
autônomo.

7.3.11.2 UTILIZAÇÃO
7.3.11.2.1 Documento timbrado pela fonte pagadora (identificação do pagador).
7.3.11.2.2 O documento deve apresentar renda mensal, identificação da fonte pagadora, data de início
do vínculo e dados pessoais do trabalhador (RG, CPF).
7.3.11.2.3 O cliente deve possuir vínculo mínimo de seis meses com o pagador.
7.3.11.2.4 Apresentar em uma única Declaração, os rendimentos líquidos (ou obtido pela diferença
entre receitas e despesas) dos últimos três meses.
7.3.11.2.5 O rendimento médio dos últimos três meses obtido na Declaração será transcrito para a ficha
cadastro.
7.3.11.2.5.1 No caso de atividade rural utilizar os valores líquidos recebidos nos últimos 12 meses, sem
ressalvas.

7.3.11.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.11.3.1 Este documento só é válido para comprovar rendimentos de até cinco salários mínimos.

7.3.12 CONTRATO DE ALUGUEL (RENDIMENTO)


7.3.12.1 Os aluguéis recebidos pela locação de imóveis são considerados renda.
7.3.12.1.1 Para tanto, deve ser apresentado o contrato de locação ou arrendamento, acompanhado dos
três últimos comprovantes de recebimento e verificado o valor médio mensal do aluguel para cadastro do
rendimento.

7.3.12.2 UTILIZAÇÃO
7.3.12.2.1 Obtém-se o Contrato de Aluguel no qual o proponente é locador mais os três últimos
comprovantes de recebimento do aluguel.
7.3.12.2.2 A renda é obtida pela média aritmética dos rendimentos dos últimos três meses, de acordo
com os extratos apresentados, e preenchido na ficha cadastro do cliente.
7.3.12.2.3 A fonte pagadora é identificada com o CPF do cliente e a ocupação do proprietário do imóvel,
recebendo rendimento de aluguel.

7.3.13 CONTRATO DE ESTÁGIO


7.3.13.1 Contrato de Estágio é aceito para os casos de bolsas e estudos científicos patrocinados.

7.3.13.2 UTILIZAÇÃO
7.3.13.2.1 O proponente apresenta o Contrato de Estágio vigente, o último comprovante de recebimento
da bolsa e o recibo da instituição a que está vinculado o bolsista ou o extrato da conta bancária
demonstrando o crédito.
7.3.13.2.2 O rendimento é cadastrado pelo valor mensal da bolsa ou auxílio recebido pelo estágio ou
pelos estudos científicos.
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7.3.13.2.3 O valor mensal da bolsa/remuneração que consta no contrato é transcrito para a Ficha
Cadastro.

7.3.14 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


7.3.14.1 O contrato de prestação de serviços, acompanhado dos comprovantes de recebimento dos
últimos seis meses, é o documento de comprovação de renda.
7.3.14.1.1 O contrato deve estar registrado em cartório e com firma reconhecida dos seus participantes.
7.3.14.2 O comprovante de ISS descontado na fonte, fornecido pela firma locadora dos serviços,
também é documento de comprovação de renda.

7.3.14.3 UTILIZAÇÃO
7.3.14.3.1 Obtém-se o Contrato de Prestação de Serviços, com firma reconhecida dos envolvidos no
contrato e o respectivo comprovante dos recebimentos.
7.3.14.3.2 Os comprovantes de recebimentos são:
a) recibos de pagamento;
b) comprovantes de depósito;
c) comprovantes de transferências;
d) documentos de crédito (DOC); ou
e) boletos bancários.
7.3.14.3.3 É necessário vínculo mínimo de seis meses de prestação do serviço.
7.3.14.3.4 A renda mensal corresponde diretamente ao valor bruto do contrato dividido pelo prazo de
execução em meses.
7.3.14.3.5 O contrato apresentado deve estar vigente à época da avaliação do proponente.

7.3.15 NOTAS FISCAIS DE VENDAS (SOMENTE PARA ATIVIDADE RURAL)


7.3.15.1 As notas fiscais de vendas de mercadorias ou produtos são comprovantes de renda
exclusivos para a atividade rural.

7.3.15.2 UTILIZAÇÃO
7.3.15.2.1 São obtidas as notas fiscais de vendas de até 12 meses anteriores ao mês corrente da
avaliação de crédito.
7.3.15.2.2 O valor médio mensal das vendas é obtido pela média aritmética dos valores de venda dos
últimos 12 meses.
7.3.15.2.3 Os rendimentos* correspondem a 30% do valor médio mensal.
7.3.15.2.4 Os rendimentos são transcritos para a ficha cadastro.
7.3.15.2.5 As notas fiscais somente são aceitas para valores de renda mensal até o limite de cinco
salários mínimos, observado o limite de isenção para Declaração de Imposto de Renda de Produtor Rural.
7.3.15.2.5.1 Rendas mensais superiores a cinco salários mínimos devem ser comprovadas por
Declaração de Imposto de Renda.

7.3.15.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.15.3.1 Este documento só é válido para comprovação de rendimentos para atividade rural.

7.3.16 PENSÃO JUDICIAL/ALIMENTÍCIA


7.3.16.1 Os documentos que comprovam o recebimento de pensão alimentícia são aceitos para
comprovação da renda do proponente.

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7.3.16.2 UTILIZAÇÃO
7.3.16.2.1 Obtém-se a sentença da pensão judicial/alimentícia e o último comprovante de recebimento.
7.3.16.2.2 A renda mensal é obtida diretamente do valor da sentença judicial que estabeleceu a pensão.

7.3.16.3 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.3.16.3.1 A pensão somente pode ser aceita quando o proponente for o próprio beneficiário dos
rendimentos.
7.3.16.3.2 A pensão em benefício de pessoa menor ou civilmente incapaz não poderá ser utilizada em
benefício de terceiros, ainda que sejam os pais ou outros familiares.

7.4 RENDIMENTOS SEM COMPROVAÇÃO


7.4.1 É obrigatória a utilização de documentação complementar para os proponentes que possuem
rendimentos provenientes de atividades que não possuem documentos capazes de comprovar sua renda.
7.4.1.1 É opcional para aqueles que possuam cheque especial ou cartão de crédito da CAIXA, a fim de
constatar o perfil de consumo do proponente.
7.4.1.1.1 Neste caso são utilizados:
a) despesas básicas: contas de água, luz, telefone;
b) segurança: boletos de seguro, plano de saúde, consórcio ou previdência privada;
c) entretenimento: assinatura de jornal e revista, internet e comprovante de TV a cabo;
d) relacionamento bancário fora da CAIXA: fatura de cartão de crédito, extrato de conta corrente com
cheque especial.
7.4.2 A utilização dos documentos complementares serve para indicar o perfil de consumo do proponente,
não sendo necessário o julgamento dos valores representados nos documentos.
7.4.3 O valor da renda não comprovada leva em consideração a renda global do proponente e é constatada
de acordo com as características da atividade exercida e o perfil socioeconômico.

7.4.4 PROCEDIMENTOS GERAIS PARA DOCUMENTOS COMPLEMENTARES


7.4.4.1 O documento complementar apresentado deve ser em nome do titular.
7.4.4.2 São solicitados os documentos complementares dos últimos três meses.
7.4.4.3 O documento complementar mais atual deve ser de até dois meses do mês corrente da avaliação de
crédito.
7.4.4.4 Guarda-se a cópia ou original do documento complementar apresentado.
7.4.4.5 Assinala-se no cadastro da renda não comprovada o respectivo grupo a que pertence o documento
complementar.
7.4.4.6 Preenche os valores relacionados aos documentos complementares apresentados.
7.4.4.7 Para proponentes que possuam cheque especial ou cartão de crédito da CAIXA, a verificação desse
relacionamento é efetuada de forma automática, sendo opcional a apresentação de documentos para sua
comprovação.

7.4.4.8 CUIDADOS ESSENCIAIS


7.4.4.9 Os rendimentos sem comprovação são caracterizados pelo baixo volume monetário, sendo aceitos
como alternativa para o público que não tem acesso a uma ocupação formal .
7.4.4.10 Antes de avaliar um proponente com renda não comprovada, tente identificar se a renda
pode ser comprovada com algum dos documentos permitidos pela CAIXA listados no item 7.2.1 .
7.4.4.11 Somente são aceitas faturas que comprovam a utilização regular do serviço, com
identificação do titular e respectivo endereço.
7.4.4.12 Não são aceitos comprovantes de pagamentos de serviços pré-pagos.

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7.4.4.13 No bloco "segurança", os comprovantes de pagamento mensal são considerados em nome do


proponente, inclusive os produtos de fidelização da CAIXA.
7.4.4.14 Os extratos de conta corrente com cheque especial apresentados, devem ser de meses
consecutivos, com tempo mínimo de existência da conta corrente de 06 meses e período mínimo de
movimentação bancária de 03 meses.
7.4.4.14.1 Não são aceitos extratos:
a) quando não houve movimentação bancária por um período igual ou maior que 30 dias nos últimos 03
meses;
b) quando em algum dos meses a movimentação bancária ficou restrita a apenas 01 saque ou depósito; e
c) quando houve alteração de titular.

8 CAPACIDADE DE PAGAMENTO
8.1 A capacidade de pagamento do proponente é calculada considerando as informações de renda e as
características socioeconômicas do tomador ou do grupo familiar.
8.1.1 Para tanto é necessário que as informações sobre a renda, a ocupação/atividade, as informações
patrimoniais, as despesas e os compromissos financeiros estejam qualificados, pois tais informações
influenciam a definição do perfil do proponente como tomador de crédito.
8.1.2 A partir dessas informações o sistema de risco de crédito efetua os cálculos para encontrar a
Capacidade de Pagamento adequada para cada proponente.
8.1.3 Além disso, a prestação máxima que um cliente pode assumir está limitada a 30% do valor de sua
renda, ou da renda do grupo familiar.
8.1.3.1 Porém em alguns casos esse limite pode ser menor, a depender das características do proponente e
de seu perfil de risco.

9 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
9.1 Ao final do processo de Análise de Risco de Crédito, o sistema pode apresentar os seguintes
resultados:
 Aprovado;
 Condicionado;
 Reprovado.
9.2 Para as avaliações aprovadas, o processo de concessão de crédito segue normalmente, afinal, os
dados da proposta bem como o perfil do proponente estão de acordo com os valores solicitados.
9.3 O prazo de validade das avaliações é de 60 dias, salvo para as modalidades:
 “Unidade Residencial de Empreendimento”; e
 “Unidade Comercial de Empreendimento”, ambas têm validade de 90 dias.
9.4 Para as avaliações cujo resultado foi condicionado, são necessários ajustes na proposta para que a
proposta seja aprovada.
9.4.1 Esses ajustes dizem respeito aos valores da proposta, como:
 valor do imóvel;
 valor do financiamento;
 prazo do financiamento solicitado.
9.4.2 Neste caso, aconselha-se efetuar nova simulação com o objetivo de adequar a proposta ao valor de
prestação máxima calculada para o proponente, disponível no campo “Valor da prestação Possível”.
9.4.3 Após verificar os novos valores no simulador de financiamento, deve-se efetuar nova avaliação com
valores adequados ao valor de prestação indicado para o proponente.

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9.5 O resultado Reprovado significa que o proponente apresenta perfil de risco de crédito inadequado
para a contratação de crédito junto à CAIXA, que impossibilita a aprovação do seu cadastro em curto espaço
de tempo.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
10.1 Esperamos que essa cartilha tenha mostrado a necessidade de realizar um processo de
análise de crédito com qualidade e a importância da identificação da renda .
10.2 O processo de análise de crédito verifica o perfil de risco de crédito do proponente, identificando a
probabilidade de ser um mau ou bom pagador.
10.3 A identificação correta da renda garante a disponibilização de valores compatíveis com a capacidade
de pagamento do proponente.
10.4 Os conceitos aqui demonstrados visam garantir a qualidade dos créditos concedidos, assegurando
boas condições de retorno do capital investido.

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11 ANEXOS

11.1 ANEXO I – DEFINIÇÕES

11.1.1 CONCEITOS RELACIONADOS A CADASTRAMENTO E RISCO DE CRÉDITO

 CADIN - Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal;


 CCA - Correspondente CAIXA AQUI – empresa contratada como Correspondente CAIXA AQUI para atender
aos clientes na recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas e de cartão de crédito,
empréstimos, financiamentos, produtos da CAIXA Seguros (LAR ou LAR+) e credenciamento REDE e
CIELO;
 Cliente - considerado, para dispensa ou não do pagamento da taxa de cadastro, o proponente que possua
na data da pesquisa cadastral, produtos CAIXA que necessitaram de avaliação de risco ou que abra conta
corrente na CAIXA;
 CLT – Consolidação das Leis do Trabalho;
 Condomínio - área existente na malha urbana com acesso por arruamento em área pública onde os lotes ou
unidades e seus acessos internos estão em área privada, estando sujeito ao regulamento de normas
firmadas na convenção do condomínio, aprovado por meio de legislação pública;
 Conta corrente - conta de operação 001, aberta em nome da pessoa física proponente ao financiamento, se
for o caso;
 Contracheque - documento que especifica o ordenado bruto de um empregado ou funcionário com as
deduções de impostos, contribuições previdenciárias, e acréscimos como comissões, gratificações, salário-
família etc., servindo também como autorização para o recebimento de valor líquido;
 CTPS: Carteira de Trabalho e Previdência Social;
 FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
 PF: Pessoa Física;
 PJ: Pessoa Jurídica;
 Promitente Comprador: participante de uma promessa de compra e venda;
 Proponente: pessoa que pleiteia a concessão de um crédito;
 Quota: percentual definido como limite máximo para a concessão de financiamento em relação ao valor
total do imóvel;
 RG - Registro Geral, documento emitido para confirmar a identificação das pessoas, no qual são
registrados os dados pessoais, como nome, data de nascimento, sexo, filiação, impressão digital, foto e
assinatura, que vão reconhecer o cidadão;
 SAC – Sistema de Amortização Constante;
 SBPE: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo;
 SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito;
 SERASA – SERASA S/A: Empresa de informações de crédito;
 SFA/TP – Sistema Frances de Amortização ou Tabela Price;
 Tomador - aquele que toma um empréstimo.

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11.2 ANEXO II - ALTERAÇÕES EM RELAÇÃO À VERSÃO ANTERIOR

EXCLUSÕES:

8.2 OUTRAS FORMAS DE CALCULAR A CAPACIDADE FINANCEIRA DO TOMADOR DE CRÉDITO.


8.2.1 PELOS PAGAMENTOS FEITOS À CONSTRUTORA POR IMÓVEL EM CONSTRUÇÃO OU NA PLANTA
8.2.1.1. Neste caso, são solicitados:

a) Contrato de promessa de compra e venda;


b) Certidão de regularidade dos pagamentos emitida pela construtora;
c) Contrato com prazo mínimo de 12 meses; e
d) Seis últimos comprovantes de pagamentos mensais regulares (excluindo-se os pagamentos de parcelas
intermediárias e similares).

8.2.1.1.1. Os valores dos seis pagamentos são registrados na ficha cadastro no campo específico.
8.2.1.2 O contrato de promessa de compra e venda deve conter a identificação do imóvel, o período do financiamento,
as condições de ajuste, o preço e a forma de pagamento, além de firmas reconhecidas das assinaturas.
8.2.1.3. Nos comprovantes de pagamentos devem estar devidamente caracterizados a construtora e o promitente
comprador, sendo que o vencimento da última parcela deve ter ocorrido há menos de 30 dias.
8.2.1.4 O contrato de promessa de compra e venda e a certidão de regularidade dos pagamentos devem estar
assinados por representantes da construtora aptos para tal, conforme determinado no contrato social da construtora ou
em procuração pública delegando tal competência.
8.2.2 PELO VALOR ATUAL DE ALUGUEL CONTRATADO (VÁLIDO SOMENTE PARA A OPÇÃO DE CRÉDITO NA
MODALIDADE DE IMÓVEL NA PLANTA)
8.2.2.1. Neste caso, são solicitados:
a) Contrato de aluguel vigente;
b) 12 últimos comprovantes de pagamento; e
c) certidão emitida pelo locador em favor do locatório em que conste a regularidade dos pagamentos de aluguel e
condomínios.
8.2.2.1.1 O valor do aluguel é preenchido na ficha cadastro no campo específico do grupo de despesas do cliente
tomador que é locatário no contrato.
8.2.2.2 Esta situação está relacionada à comprovação da capacidade de pagamento, por isso, será utilizada pelo
locatário.
8.2.2.3 O Contrato de Aluguel também pode ser utilizado como comprovante de rendimentos, pelo locador, o qual
possui rendimentos de aluguel.
8.2.2.3.1 Neste caso, as regras estão no item 7.3.12 – Contrato de Aluguel (Rendimento).
8.2.2.4 O contrato de locação de imóvel residencial deve conter o proponente como locatário, identificação do imóvel,
período de locação e valor do aluguel.
8.2.2.5 As partes envolvidas, locador e locatário, devem estar devidamente caracterizadas nos comprovantes de
pagamentos.
8.2.3 Essas duas outras formas de cálculo da capacidade de pagamento, apresentadas a partir do item 8.2, não
descartam a necessidade de comprovação de renda por parte dos proponentes participantes.

43.062 v002 SICAQ

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MO 43062 002

SEMPRE QUE FOR NOTAS DE PRODUTOR RURAL, QUANDO FOR FAZER CADASTRO COLOCAR A
REFERENCIA DO MÊS O MÊS DE REFERENCIA DA AVALIAÇÃO DE RISCO.

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