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frentes, uma
para entrar na terra, para se tornarem camponeses proprietários, e em outra frente, lutam para
permanecerem na
terra como produtores de matérias-primas para a indústria e alimentos fundamentais à sociedade
brasileira
Assentamento
Acampamentos e assentamentos constituem-se em novas formas de luta de quem já lutou ou de
quem resolveu lutar pelo direito à terra livre e ao trabalho liberto. A terra que vai permitir aos
trabalhadores - donos do tempo que o capital roubou e construtores do território comunitário
e/ou coletivo que o espaço do capital não conseguiu reter à bala ou por pressão -
reporem-e/reproduzirem-se, no seio do território da reprodução geral capitalista. (137)
Reforma agrária
A reforma agrária constitui-se, portanto, em um conjunto de ações governamentais realizadas
pelos países capitalistas visando modificar a estrutura fundiária de uma região ou de um país
todo. Ela é feita através de mudanças na distribuição da propriedade e ou posse da terra e da
renda com vista a assegurar melhorias nos ganhos sociais, políticos, culturais, técnicos,
econômicos (crescimento da produção agrícola) e de reordenação do território. Este conjunto de
atos de governo deriva de ações coordenadas, resultantes de um programa mais ou menos
elaborado e que geralmente, exprime um conjunto de decisões governamentais ou a doutrina de
um texto legal (oliveira, 2007, p. 89)
“Isto significa que toda estratégia de apropriação na fronteira é uma estratégia de luta pelo
domínio do espaço por determinados grupos sociais.” (BECKER, 2015, p. 236).
MEDEIROS, Leonilde S. de. e LEITE, Sergio. Apresentação. In: Assentamentos Rurais: mudança
social e dinâmica regional. Rio de Janeiro. Maud, 2004.
Essa intervenção pública provoca uma reordenação de relações no poder local: assentar
significa reconhecer uma situação de conflito, determinados agentes sociais, demandas,
muitas das quais até então ignoradas, e, possivelmente, permite sua transformação em
direitos reconhecidos, o que implica introduzir uma mediação legal na disputa. (MEDEIROS e
LEITE, 2004, p.22).
Em se tratando de um processo de mudança desejada, a constni9ao do assentado exige sua
incorporação num processo de desnaturalização dos modos de vida anteriormente
consagrados e de percepção de que Integra, como ator concorrente, um campo de disputas
pela defini9ao da sociedade desejada segundo interesses específicos. Para tanto, e
fundamental a intervenção de mediadores externos, especialmente no initio do processo,
colaborando para a emergência dos mediadores constituídos entre os próprios trabalhadores
em processo de assentamento. (NEVES, 1999, p.5)
INTRODUÇÃO