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O direito à diferença na reprodução do urbano

COSTA, Carmem Lúcia

Professora do Departamento de Geografia – UFG/Catalão

Programa de Pós-Graduação em Geografia – UFG/Catalão

Dialogus – Estudos Interdisciplinares em Gênero, Cultura e Trabalho/CNPq/UFG

Programa de Pós-Graduação em Geografia – UFJF

clcgeo@gmail.com

Introdução

O presente artigo é produto de reflexões agrupadas em um projeto de pós-


doutorado apresentado em 2014 e tem como objetivo investigar o direito à diferença,
com enfoque nas mulheres trabalhadoras, na reprodução do urbano. O trabalho está em
fase de aplicação de questionários e realização de entrevistas, sendo as mesmas
realizadas com trabalhadoras na cidade de Catalão no sudeste de Goiás.
O espaço urbano na modernidade tem como características a “homogeneidade –
fragmentação – hierarquização” (Lefebvre, 2000). Desta forma, as estratégias no nível
global são elaboradas de acordo com uma estratégia de classe que planifica, uniformiza,
programa o nível misto, as formas urbanas, o espaço; que fragmenta o espaço e
hierarquiza as relações sociais. Para Harvey, “o prazer, o lazer, a sedução e a vida
erótica são trazidos para o âmbito do poder do dinheiro e da produção de mercadorias.”
(1992:99), ou seja, a programação fragmenta o ser e suas relações que passam a ser
mediadas pela mercadoria e, neste sentido, hierarquiza a partir da propriedade privada
das riquezas produzidas pelo trabalho humano.
Acreditamos que nesta linha de raciocínio a diferença tem um papel
fundamental, pois se coloca como resposta ao processo de homogeneização, de
programação do espaço, do habitar. A hegemonia não é completa. Há o que persiste
pela diferença e Lefebvre (1992:92) nos mostra que,

A afirmação das diferenças pode retomar (seletivamente, ou seja, no


curso de uma verificação crítica de tal coerência e de sua autenticidade)
as particularidades étnicas, linguísticas, locais e regionais, mas num
outro plano, aquele em que as diferenças são percebidas e concebidas
como tais, isto é, nas suas relações, e não mais isoladamente, como as
particularidades.

No contexto da (re)produção, então a dialética se mostra. A todo o momento


vemos regras serem transgredidas, novos projetos de homem e mulher em construção,
um novo espaço que está sendo produzido pela luta contra uma estratégia que não é a da
logica da vida. Neste sentido, observamos a luta dos diferentes no sentido de produzir
um espaço onde a diferença não seja elemento de produção de desigualdades e nem de
injustiças. Um “burburinho” (Santos, 2006) que está acontecendo mostrando que nem
tudo está dentro da “ordem”. Daí a importância das dimensões na produção do urbano,
como a simbólica e a da própria produção do espaço que embora pareça estar todo
programado, Lefebvre lembra que,

Entretanto, as forças fervilham neste espaço. A racionalidade do Estado,


das técnicas, dos planos e programas, suscita a contestação. A violência
subversiva replica à violência do poder. Guerras e revoluções, fracassos
e vitórias, confrontos e distúrbios, o mundo moderno corresponde à
visão de Nietzche. A normalidade estatista impõe também a sua
perpétua transgressão. O tempo? O negativo? Eles surgem
explosivamente. Sua negatividade nova, trágica, se manifesta: a
violência incessante. As forças fervilhantes destampam a panela: o
Estado e seu espaço. As diferenças jamais disserem sua última palavra.
Vencidas, elas sobrevivem. Elas se batem, às vezes ferozmente, para se
afirmar e se transformar na adversidade.

Partindo destas reflexões nossa análise vai mostrar como o Estado e o capital
elaboram e efetuam a representação do espaço e como este movimento alcança a vida
cotidiana e o papel da diferença na produção de adversidades. Para tal, tomamos como
objeto a industrialização da cidade de Catalão no interior de Goiás e as transformações e
persistências, principalmente na vida cotidiana das trabalhadoras de empresas
prestadoras de serviços, entendendo o feminino como diferença.

- Industrialização e terceirização.

De acordo com Harvey (1992) o mundo do capital atravessa uma crise no ano de
1973 que leva a uma reestruturação da produção e das relações de trabalho. De acordo
com o autor “Havia problemas de rigidez nos mercados, na alocação e nos contratos de
trabalho.” (1992:135) Uma das estratégias adotadas para superar a crise é a
desconcentração industrial em busca de novos nichos de mercado onde a força de
trabalho estivesse menos organizada e fosse mais barata, mesmo que menos qualificada.
As inovações comerciais, tecnológicas e organizacionais são elementos de
fundamental importância em um momento em que as relações precisam se flexibilizar,
inclusive espacialmente, procurando, assim saída para as crises. É importante lembrar
que o desenvolvimento tecnológico teve um importante papel neste processo permitindo
a fragmentação e articulação destes novos espaços de produção.
Um exemplo é a desconcentração industrial, que no Brasil alcança territórios
como o Estado de Goiás, que adotou políticas de estímulo à formação de mão de obra
(em parceria com o capital privado através do Sistema SESI e SENAI), construção de
distritos industriais com terrenos amplos e baratos em praticamente todas as cidades
goianas, adoção de incentivos fiscais as indústrias que se estabelecem nestas cidades,
construção de casas populares em grande número e a baixo custo para trabalhadores
(sobre isso ver: COSTA, 1998), investimentos em infraestrutura como rodovias, entre
outras ações. Harvey argumenta que:

Abrem-se necessariamente novos espaços quando os capitalistas


procuram novos mercados, novas fontes de matérias-primas, uma nova
força de trabalho e locais com novos e mais lucrativos para operações
de produção. O impulso da realocação para locais mais vantajosos (o
movimento geográfico do capital e do trabalho) revoluciona
periodicamente a divisão territorial e internacional do trabalho,
acrescentando à insegurança uma dimensão geográfica vital.”
(1992:103).
Também faz parte desta ordem a programação do mundo do trabalho que, com a
revolução industrial, estabelece cada vez mais horários rígidos, ritmos mecanizados,
cargas horárias de trabalho extensas. Com objetivo de reproduzir o capital em escala
cada vez mais ampliada, o sistema capitalista estabelece diretrizes para a classe
trabalhadora, de forma a manter os altos índices de ganhos e lucros. No século XX após
duas grandes crises – 1973 e 2008 – o capital reestrutura a produção para conseguir
superar os limites impostos pela crise. Reestrutura a vida também, os valores, os gostos,
os gestos, os símbolos, o consumo, os significantes, o feminino e o masculino dentro de
um projeto de modernidade, de um discurso de transformação que tudo quer alcançar.
Uma das estratégias adotadas neste novo contexto é a terceirização. Esta prática
consiste em demitir uma parte da mão-de-obra em determinadas atividades de uma
fábrica e, depois, as mesmas atividades passam a ser feitas por outra empresa, um
exemplo é a área de limpeza. Várias empresas prestadoras de serviços são abertas, para
oferecer oportunidade a empreendedores – outra estratégia -, e contratar a mão de obra
demita da indústria e que agora faz o mesmo serviço, na mesma fábrica onde trabalhava,
só o seu vínculo empregatício é outro, sem relações com a indústria. Um exemplo são
empresas prestadoras de serviços na área da limpeza e alimentação, que contratam em
grande número mulheres, para fazerem no espaço produtivo atividades “prolongadas”
do espaço privado. Aumentam também os subcontratação e contratos temporários, que
também absorve grande número de mulheres como trabalhadoras em funções mal
remuneradas e com alta carga horária de trabalho.
É neste contexto que Catalão, no sudeste goiano, recebeu indústrias no ramo de
mineração - com a exploração de nióbio e fosfato – na década de (19)70; a cidade,
também, possui a uma boa infraestrutura de transportes, estando presente em seu espaço
a BR 050 (que liga São Paulo a Brasília) e a Ferrovia Atlântico Norte que liga a região
ao porto de Santos em SP. A proximidade com Uberlândia, grande centro atacadista e o
avanço do agronegócio e a partir da década de (19)90, deu um forte impulso na
economia local. A cidade recebeu, também, montadoras de veículos – a MMC Motors -,
de máquinas agrícolas – a John Deere, além de algumas “misturadoras”, que produzem
adubos, como a Adubos Araguaia. O processo de industrialização na cidade, rápido,
alcançou e transformou a paisagem e a vida cotidiana dos moradores (ver Costa: 2010),
movimentou também o setor terciário e a prestação de serviços, fazendo da cidade um
polo na região do sudeste goiano. Com a industrialização a cidade “explode”; a
diversidade “explode”.
Outra mudança ocorrida no processo de reestruturação produtiva promovida pela
chegada destas indústrias é o crescimento do mercado de prestação de serviços, as
empresas terceirizadas. O processo de terceirização é uma estratégia adotada
principalmente para “enxugar” setores de grandes indústrias como o de limpeza,
vigilância, alimentação, manutenção de áreas externas, divulgação dos produtos da
indústria, atendimento ao consumidor, entre outras funções. A terceirização também é
uma solução para economizar espaço – cada vez mais raro – como, por exemplo, em
indústrias automobilísticas onde o fornecimento de pneus e outras peças são
terceirizados, economizando espaço dentro da fábrica, como acontece com a Mitsubshi
Motors em Catalão, seguindo a filosofia do 5S, estratégia do toyotismo que procura
minimizar os espaços, estoques e gastos com manutenção.
Harvey (2001) alerta ainda que, há uma redução do emprego regular em favor do
crescente uso do trabalho em tempo parcial, temporário ou subcontrato. Ainda este autor
nos revela um elemento importante para a nossa discussão, afirmando que:

Embora seja verdade que a queda do poder sindical reduziu o singular


poder dos trabalhadores brancos do sexo masculino nos mercados do
setor monopolista, não é verdade que os excluídos desses mercados de
trabalho – negros, mulheres, minorias étnicas de todo tipo – tenham
adquirido uma súbita paridade. (...) Mesmo que algumas mulheres e
algumas minorias tenham tido acesso a posições mais privilegiadas, as
novas condições de mercado de trabalho de maneira geral reacentuaram
a vulnerabilidade dos grupos desprivilegiados. ( 1992:145).

A terceirização é baseada exatamente nesta “inclusão” de grupos


desprivilegiados em condições de extrema precarização, como as mulheres que ocupam
os cargos com salários mais baixos nas empresas terceiras que prestam serviços que
representam um prolongamento de atividades realizadas no espaço da reprodução como
o cuidar, o limpar, o cozinhar, o servir. Desta forma, as empresas terceiras que prestam
serviços nestas áreas possuem mão-de-obra predominantemente feminina, mas não é só:
também no “chão de fábrica” da MMC Motors, por exemplo, há um grande número de
mulheres, assim como na área de serviços ligados à área de contabilidade e secretariado,
outra função tradicionalmente ocupada por mulheres. Nas mineradoras da cidade as
mulheres estão mais concentradas em empresas terceiras e nos serviços de secretárias.
Também é grande na cidade de Catalão, a inserção de mulheres em empregos de tempo
parcial e a subcontratação, principalmente no setor de produção de lingerie e modinha,
forte setor da economia local, assim como no comércio.

- Terceirização e gênero: as mulheres “ganham” o mercado de trabalho

Mais mulheres trabalhando significa alterações nas relações de gênero, nas


relações de poder, subordinação e submissão. Para Harvey, “as relações de gênero
também se tornaram muito mais complicadas ao mesmo em tempo que o recurso à força
de trabalho feminino passou por ampla disseminação.” (1992:179) Hoje já não é mais
possível a manutenção da dominação masculina sem a sua contestação; as mulheres e o
movimento feminista já obtiveram grandes conquistas e avanços embora ainda seja
grande o número de mulheres em situação de extrema miséria no mundo e os casos de
violência doméstica.
Nogueira (2006:31) lembra ainda que “... apesar do aumento da inserção da
mulher no espaço produtivo, as chamadas tarefas domésticas ainda estão reservadas
para ela” e este trabalho em jornada dupla, tripla, alcança e torna, também, a vida
cotidiana precarizada, como observamos em nossas pesquisas, onde as trabalhadoras
têm pouco ou quase nenhum tempo destinado ao lazer ou à qualificação, sacrificando-se
entre o mundo do trabalho e o espaço do lar com os cuidados e as tarefas rotineiras.
Como lembra Hirata (2011:14) “É nesse sentido que a precarização do trabalho e
precarização familiar são indissociáveis.”

Antunes (2009) entende que a divisão sexual do trabalho operada pelo


capitalismo no espaço industrial, cujas atividades desenvolvidas sejam baseadas em
capital intensivo é preenchida pelo trabalho masculino e as atividades de menor
qualificação de trabalho intensivo são destinadas às mulheres. Dados do IBGE mostram
que a PEA hoje já é composta, em sua maioria – 51.8% - por mulheres, sendo que mais
de 50% são chefes de família e destas a maioria absoluta – 65% são negras. Desta
forma, entendemos que a questão da menor remuneração é histórica, embora Souza-
Lobo mostre os números crescentes da inserção da mulher no mercado de trabalho a
partir da década de 1970, os salários continuam ainda menores, uma vez que os cargos
ocupados são os de menor remuneração. A autora acrescenta ainda que,

Os dados ilustram a importância da feminização do mercado de


trabalho e mostram que nestes últimos anos, ricas e pobres,
casadas, solteiras, separadas e viúvas, universitárias ou apenas
escolarizadas, as brasileiras saíram de casa. (...) o que indica
que a necessidade não é a única explicação para o ingresso das
mulheres no mercado de trabalho.

Ainda de acordo com dados do IPEA a grande maioria das mulheres no Brasil
está empregada nos ramos de serviços domésticos – sendo que cerca de 70% destas não
possuem carteira assinada e os direitos garantidos -, comércio, educação, saúde e
serviços sociais. É grande também o número de mulheres e travestis na prostituição,
mercado que movimenta muito dinheiro, principalmente no setor de turismo.
De acordo com o estudo Igualdade de gênero e raça no trabalho, publicado pela
OIT em 2010, após 2008 se intensificou a desvantagem das mulheres em relação aos
homens no que ser refere ao acesso a empregos formais, uso e controle dos recursos,
taxas de rendimentos e proteção social em todo o mundo. Ainda segundo a OIT, no
Brasil, essa precarização evidenciou-se no aumento do número de mulheres que
trabalham sem remuneração e sem carteira assinada, apesar do crescimento da
formalização do trabalho no país. Esta realidade precariza a vida das trabalhadoras,
levando-nos a questionar sobre a emancipação feminina pelo trabalho.
Nos dias atuais ainda são muitos os desafios na luta pelo direito à diferença e o
respeito à diversidade, também no mundo do trabalho. Hirata (2011) em estudo
realizado sobre as condições da trabalhadora na sociedade atual no Brasil, na França e
no Japão, ressalta que ainda, as mulheres, ganham menos que os homens, trabalham em
cargos com pouco reconhecimento, sem muitas expectativas de ascensão profissional e
sem o respeito aos direitos conquistados. A autora argumenta, ainda, que quando
cruzamos estes dados com os dados referentes a renda e etnia observamos que a maioria
de mulheres pobres são negras e chefes de família.

Hirata (2011:14) argumenta, ainda, que,

Do ponto de vista das transformações da divisão sexual do


trabalho, pode se dizer que tal processo é bastante importante,
porque aponta para uma diversidade muito grande de formas de
trabalho no momento atual. O processo de globalização tornou
mais nítida a diversidade, pois justamente nesse processo as
desigualdades entre os sexos, entre classes sociais e entre raças
aparecem de uma maneira mais visível. Elas são dimensões
importantes a serem analisadas em relação com os movimentos
de precarização, pois apontam para um movimento simultâneo
de concentração de riqueza e aumento da pobreza.

Neste sentido, observamos que, mesmo após anos de luta pela emancipação e
pelo direito à inserção no mercado de trabalho, estes elementos tornam-se centrais no
movimento de precarização cuja uma das dimensões é a feminização do mundo do
trabalho, colocando milhares de mulheres em todo o mundo em situação de miséria, de
abandono, de sem teto, de chefe de famílias sem emprego ou em empregos parciais,
ainda mais precarizados.

Ainda de acordo com a autora, “o aumento do emprego feminino a partir dos


anos noventa é acompanhado do crescimento simultâneo do emprego vulnerável e
precário, uma das características principais da globalização numa perspectiva de
gênero.” (HIRATA, 2011:14). Ou seja, entramos no mundo do trabalho, mas as regras
ainda são as da exclusão, privação, dominação, exploração e precarização,
principalmente para as mulheres em todo o mundo.

Será que estas mulheres querem sair da miséria do cotidiano, fugir da


cotidianidade? Ainda tenho ressalvas quanto a questão da necessidade do trabalho, de
trabalhar, pois mesmo sendo uma “vontade” da mulher a emancipação pelo trabalho,
esta pode ser uma necessidade construída por estratégias que entendem a importância
desta mão-de-obra no mercado capitalista. Desta forma, a ordem simbólica (Lefebvre:
1991) atravessa os níveis, alcançando a vida cotidiana e reprogramando-a em função de
interesses distantes. Souza-Lobo (1991:282) acrescenta que,
Há igualdade de direitos entre mulheres e homens trabalhadores (as)?
Parece que não. Isto porque, no quadro dominante da violência social e
de desigualdades, vimos que as mulheres ainda ganham menos, e são
menos qualificadas. Mas, mais ainda, para serem trabalhadoras, têm que
deixar de serem mulheres. Isto é, as trabalhadoras são controladas na
sua sexualidade,nas sua vida privada, para terem acesso ao direito ao
trabalho reconhecido pelos mesmos defensores das liberdades privadas
e do direito à vida, que, no entanto negam às trabalhadoras.

- Considerações Finais
Neste sentido entendemos que a luta deve basear-se na denúncia das condições
em que estas trabalhadoras são inseridas no mundo do trabalho – sem o direito à
diferença – que possibilite pensar políticas públicas que atendam às suas
especificidades, como creches em horários mais flexíveis, mas vagas em escolas de
tempo integral, mas transporte de qualidade para as mulheres que têm um percurso
diferente a ser percorrido nas cidades, mas educação, mais condições dignas de
trabalho, ou seja, uma luta que alcança todas as identidades de gênero, portanto uma
luta social válida e não apenas discurso de minoria. A luta pelo urbano. É necessária a
construção de um projeto que perpasse pela produção de um urbano onde estas
diferenças sejam elementos de construção de igualdade e não de desigualdades, como
vem acontecendo.
O lugar da mulher – e de outras identidades - no urbano e no mundo do trabalho
precisa, então de mais pesquisas, de mais elaboração e acreditamos que a diferença
entendida como o resíduo, o que permanece, o que não foi totalmente cooptado na vida
cotidiana é fonte de elementos que nos auxiliem na construção deste projeto. Faz-se
necessário, também, (re)pensarmos as relações de gênero diante da nova realidade de
trabalhadoras que alcançam a “emancipação” através da inserção no mundo do trabalho
no espaço público e privado, as novas necessidades impostas e as novas lutas a serem
travadas na busca de um espaço que contemple diferentes necessidades.
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