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Em sua busca pelo conhecimento, Descartes adotou uma postura cética diante de
todas as questões da vida, desconfiava até mesmo de sua sombra. Ele duvidava
mesmo de seu próprio pensamento, tendo em consciência que aqueles pensamentos
seriam pensados a partir de uma memória de vivência. Ele argumentava que a mente e
o corpo são duas partes distintas da nossa realidade: a mente sendo uma substância
imaterial e inconsistente, e o corpo sendo uma ferramenta controlada pela mente para
nos permitir perceber o mundo por meio dos sentidos.
Para Descartes, a consciência influencia o corpo por meio de vontades e desejos. Ele
encorajava a suspensão de todas as crenças pré-concebidas, a fim de buscar a verdade
até encontrar um questionamento impossível de duvidar, como a idéia que todo o
humano tem a sua individualidade. Em seguida, ele procurava examinar a clareza das
ideias, buscando a coerência absoluta da razão, eliminando todas as dúvidas,
tornando-as inquestionáveis.
Dentro do método cartesiano, a relação entre mente e corpo ganha destaque quando
o corpo cria um ambiente que proporciona prazer. Por exemplo, estar em contato com
alguém que admiramos ou alcançar um desejo constante traz uma sensação de
conforto e bem-estar. Nesse contexto, a mente desempenha um papel fundamental,
comandando e criando situações para buscar a felicidade.
A partir dessas concepções, percebemos que o corpo influencia a mente por meio das
sensações, e a mente influencia o corpo por meio da vontade. Além disso, a mente
tem a capacidade de criar momentos de fantasia, idealizações e sonhos, que emergem
do subconsciente para o consciente, independentemente da memória. Essas
idealizações podem envolver objetivos inalcançáveis, relacionamentos futuros ou até
mesmo a ideia de riqueza que ilude a maior parte do senso comum.