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Escola Naval
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br
Sistema de unidades
Um sistema de unidades, de acordo com a definição atual, é um conjunto consistente de unidades de
medida que contém um conjunto de unidades fundamentais de medida das quais se derivam todas as
outras unidades contidas no sistema. No passado as unidades utilizadas eram decididas pelos
governantes e não necessariamente possuíam uma relação direta e até poderiam mudar de valor com o
tempo e entre diferentes regiões de um mesmo país.
Uma das primeiras ferramentas inventadas pelo homem, devido a necessidade da construção de
habitações, confeção de vestes e troca de recursos, por exemplo. Para realizar estas medidas, partes do
corpo humano e elementos da natureza foram os primeiros instrumentos utilizados. Registros históricos
da Babilônia e do Egito antigo descrevem a utilização da mão, braço e dedo para medidas de
comprimento, e períodos solares e lunares para a medida de tempo. Para medidas de volume de
recipientes, o método utilizado era colocar sementes até o recipiente estar cheio e depois contar elas.
Para medir massa, eram utilizadas sementes ou pedras como padrão para a balança. O quilate, por
exemplo, é uma unidade de massa com valor de 200 mg até hoje utilizada e possui a sua origem na
semente de Alfarrobeira.
Cúbito padrão Egípcio presente no Liverpool World Museum. O cúbito era a distância entre o
cotovelo e a ponta do dedo médio
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Em 1670, o astrônomo francês Gabriel Mouton, que também era vigário da igreja de São Paulo em
Lyon, sugeriu a utilização de um sistema decimal semelhante a de Wilkins, porém baseado no
comprimento de um segundo de arco de longitude no equador e com prefixos denominando cada potência
de dez do comprimento, semelhante ao utilizado atualmente no SI. A proposta de Mouton contou com o
apoio de Jean Picard e Christiaan Huygens. Neste mesmo ano Gottfried Leibniz também fez propostas
semelhantes as de Mouton[4]. Embora tenham sido feitas outras propostas além destas, apenas cerca
de um século mais tarde é que algo foi feito, resultando no sistema métrico.
Sistema métrico
Em 5 de maio de 1789, Luís XVI convocou a assembleia dos estados gerais - que não ocorria desde
1614 - que desencadeou uma série de eventos que culminam na revolução francesa. Em 27 de junho do
mesmo ano, a Assembleia Nacional Constituinte Francesa pediu para Academia Francesa de Ciências
criar um padrão de medidas que fosse invariável, não sendo susceptível a corrupção. Em 4 de agosto,
três semanas após a tomada da Bastilha, a nobreza abriu mão de seus privilégios, incluindo o direito de
controlar as medidas locais.
Em 1790 foi formado pela assembleia o comitê responsável pela criação do novo padrão, tendo como
integrantes Jean-Charles de Borda, Joseph-Louis Lagrange, Pierre-Simon Laplace, Gaspard Monge e
Nicolas de Condorcet.
O sistema criado pela comissão foi definido utilizando a base decimal, onde os múltiplos de potencias
de dez da unidade possuindo prefixos e tendo como unidades fundamentais metro, grama e segundo,
onde tais quantidades foram definidas assim:
- O segundo sendo a unidade fundamental de tempo, valendo 1/86.400 do dia solar médio
- O metro, unidade fundamental de comprimento, definido sendo 1/10.000.000 a distância entre o polo
norte e a linha do Equador através do meridiano que passa entre Dunquerque e Barcelona.
- O grama, unidade fundamental de massa, ficou definida como a massa de um centímetro cúbico de
água a 4ºC.
Em 7 de abril de 1795, o governo da França revolucionária decretou que estas seriam as novas
unidades base do país.
Em 22 de junho de 1799 foi depositado, nos Arquivos da República em Paris, dois protótipos de platina
iridiada, que representam o metro e o quilograma, ainda hoje conservados no Bureau International des
Poids et Mesures (Escritório Internacional de Pesos e Medidas) na França.
Embora vários países tenham adotado o sistema métrico, a repetição da medição da distância entre o
polo norte e o equador se mostrava extremamente trabalhosa, e copiar o metro padrão francês também
não se mostrava uma boa opção, pois embora fosse possível copiar a medida, a barra padrão e as suas
cópias possuíam exatamente um metro e, sendo suscetíveis a desgaste com o uso, com o tempo
começaram a mostrar valores diferentes para o metro.
Para corrigir este problema, na conferência internacional de 1867 foi proposta a implementação de
uma barra internacional de metro padrão que fosse mais fácil de se copiar para outros países, e que
possuísse mais que um metro e com marcações indicando o tamanho de metro, com isso solucionando
o problema do desgaste.
Em 20 de maio de 1875 foi assinado por 17 países a Convenção do Metro. Este tratado definiu as
seguintes organizações para conduzirem as atividades internacionais relacionadas ao sistema uniforme
de medidas:
- Conférence Générale des Poids et mesures (CGPM), uma conferência intergovernamental de
delegados oficiais dos países membros e da autoridade suprema para todas as ações;
- Comité international des poids et mesures (CIPM), composta por cientistas e metrologistas, que
prepara e executa as decisões da CGPM e é responsável pela supervisão do Bureau Internacional de
Pesos e Medidas;
- Bureau International des Poids et mesures (BIPM), um laboratório permanente e centro mundial da
metrologia científica, as atividades que incluem o estabelecimento de normas de base e as escalas das
quantidades de capital físico e manutenção dos padrões protótipo internacional.
A nova barra de internacional de metro foi adotada em 1889, utilizando 90% de platina e 10% de irídio,
sendo escolhido devido a sua dureza, alto coeficiente de elasticidade e baixo coeficiente de expansão. A
barra foi feita possuindo uma seção reta em forma de "X" desenvolvida pelo físico Henri Tresca a fim de
minimizar os efeitos de esforço torcional durante as comparações.
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A barra de platina-irídio utilizada como protótipo do metro de 1889 a 1960
Atualmente, embora o Parlamento britânico tenha decidido pela adesão do país ao Sistema
Internacional de Unidades, a população inglesa continua utilizando o antigo sistema em seu dia-a-dia.
Nos Estados Unidos, o sistema métrico é oficialmente permitido desde 1866 e, em 1959, as unidades de
medidas tradicionais passam a ser definidas em função do Sistema Internacional de Unidades. Nos anos
60, o país inicia um movimento de conversão para o Sistema Internacional. A população, no entanto,
também tem resistido em abandonar as antigas medidas.
Principais grandezas:
O Sistema Internacional de Unidades (SI) é o mais aceito em todo o mundo. No entanto, ainda são
usadas unidades tradicionais de origem consuetudinária ou de sistemas anteriores à elaboração do SI.
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Comprimento
Metro (m), unidade SI: distância percorrida pela luz no vácuo em um intervalo de tempo igual a
1/299.792.458 s.
Unidades de comprimento tradicionais – Quilômetro (km): 1.000 m, palmo: 22 cm; braça: 2,2m; légua:
6 km; légua brasileira: 6,6 km.
Unidades de comprimento inglesas – Polegada (in): 2,54 cm ou 0,0254 m; pé (ft): 30,48 cm ou 0,3048
m; jarda (yd): 91,44 cm ou 0,9144 m; milha (mi): 1.609 m; milha náutica: 1.852 m.
Distâncias astronômicas – Ano-luz: distância percorrida pela luz no vácuo em 1 ano, igual a 9,46
trilhões de quilômetros ou 946 × 1010 km; parsec: 3,258 anos-luz ou 30,82 trilhões de quilômetros ou 3.
082 × 10¹o km; unidade astronômica (uA): distância média entre a Terra e o Sol igual a 150 milhões de
quilômetros ou 150 × 106 km.
Área
Metro quadrado (m²), unidade SI: área de um quadrado com lado igual a um metro.
Unidades de área tradicionais – Quilômetro quadrado (km²): 1.000.000 m²; hectare (ha): 10.000 m²;
alqueire mineiro: 48.400 m²; alqueire paulista: 24.200 m².
Unidades de área inglesas – Polegada quadrada: 6,4516 cm² ou 0,00064516 m²; pé quadrado: 929,03
cm² ou 0,092903 m².
Volume
Metro cúbico (m³), unidade SI: cubo com arestas iguais a um metro.
Unidade de volume tradicional – Litro (l): 0,001 m³.
Unidades de volume inglesas – Galão inglês: 4,546 l ou 0,004546 m³; galão norte-americano: 3,785 l
ou 0,003785 m³.
Ângulo Plano
Radiano (rad ou rd), unidade SI: ângulo plano entre dois raios de um círculo que forma um arco de
circunferência com o comprimento igual ao do raio.
Unidades de ângulo plano tradicionais – Grau (o): /180 rad; minuto (‘): /10. 800; segundo (“): /648. 000
rad; número : 3,1416
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Ângulo Sólido
Esterradiano (sr), unidade SI: ângulo sólido que, tendo o vértice no centro de uma esfera, leva a um
corte em sua superfície com área igual a de um quadrado com lados iguais ao raio da esfera.
Massa
Quilograma (kg), unidade SI: massa do protótipo internacional do quilograma, um padrão construído
com uma liga de platina e irídio.
Unidades de massa tradicionais – Quilate: 0,2 g ou 0,002 kg; tonelada métrica (t): 1.000 kg.
Unidades de massa inglesas – Libra ou pound (lb): 453,59 g ou 0,453 kg; tonelada inglesa: 1.016 kg;
tonelada norte-americana: 907 kg; onça (oz): 28,35 g ou 0,028 kg; onça troy: 31,10 g ou 0,031 kg.
Tempo
Segundo (s), unidade SI: tempo correspondente a 9.192. 631.770 ciclos de radiações emitidas entre
dois níveis de energia do átomo de césio 133.
Unidades de tempo tradicionais – Minuto (min): 60s; hora (h): 60min ou 3.600s; dia (d): 24h ou 1.440min
ou 86. 400s; ano sideral: 365d 6h 9min 9,5s; ano trópico: 365d 5h 48min 45,8s.
Velocidade
Metro por segundo (m/s), unidade SI: distância percorrida em um segundo. Unidades de velocidade
tradicionais – Quilômetro por hora (km/h): 1/3,6 m/s ou 0,27777 m/s.
Unidades de velocidade inglesas – Milha por hora (mi/h): 1,609 km/h ou 0,4469 m/s; nó (milha náutica
por hora): 1,852 km/h ou 0,5144 m/s.
Velocidade da luz – 299. 792. 458 m/s.
Velocidade Angular
Radiano por segundo (rad/s), unidade SI: velocidade de rotação de um corpo.
Unidade de velocidade angular tradicional – Rotação por minuto (rpm): p/30 rad/s
Aceleração
Metro por segundo ao quadrado (m/s²), unidade SI: constante de variação de velocidade.
Radiano por segundo ao quadrado (rad/s²), unidade SI: constante de variação de velocidade angular.
Frequência
Hertz (Hz), unidade SI: número de ciclos completos por segundo (Hz s-¹)
Força
Newton (N), unidade SI: força que imprime uma aceleração de 1 m/s² a uma massa de 1 kg (kgm/s²),
na direção da força.
Unidade de força tradicional – Quilograma-força (kgf): 9,8N.
Energia
Joule (J), unidade SI: energia necessária para uma força de 1N produzir um deslocamento de 1m (J
N/m).
Unidades de energia tradicionais – Watt-hora (Wh): 3. 600 J; quilowatt-hora (kWh): 3.600.000 J ou
3.600 kJ, eletrovolt (eV): 1,6021 × 10 J; caloria (cal): 4,1 J; quilocaloria (kcal): 4. 184 J.
Potência
Watt (W), unidade SI: potência necessária para exercer uma energia de 1 J durante um segundo (W
J/s). O fluxo de energia (elétrica, sonora, térmica ou luminosa) também é medido em watt.
Unidade de potência tradicional – Horse-power (HP) ou cavalo-vapor (cv): 735,5 W.
Intensidade Energética
Watt por esterradiano (W/sr), unidade SI: intensidade do fluxo de energia no interior de um ângulo
sólido igual a 1sr.
Pressão
Pascal (Pa), unidade SI: força constante de 1N sobre uma superfície plana de 1m² (Pa N/m²).
Unidades de pressão tradicionais – Milímetro de mercúrio (mmHg): 133,32 Pa; atmosfera (atm): 101.
325 Pa.
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Corrente Elétrica
Ampère (A), unidade SI: corrente elétrica constante capaz de produzir uma força igual a 2 × 10 N entre
dois condutores de comprimento infinito e seção transversal desprezível, situados no vácuo e com 1 m
de distância entre si.
Carga Elétrica
Coulomb (C), unidade SI: quantidade de eletricidade com intensidade constante de 1A que atravessa
a seção de um condutor durante 1s (C sA).
Unidade de carga elétrica tradicional Ampère-hora (Ah): 3.600 C.
Diferença De Potencial
Volt (V), unidade SI: tensão elétrica existente entre duas seções transversais de um condutor
percorrido por uma corrente constante de 1A, quando a freqüência dissipada entre as duas seções é igual
a 1W (V W/A).
Resistência Elétrica
Ohm ( ), unidade SI: resistência de um elemento de um circuito que, submetido a uma diferença de
potencial de 1V entre seus terminais, faz circular uma corrente constante de 1A ( V/A).
Capacitância Elétrica
Farad (F), unidade SI: capacitância de um elemento de um circuito que, ao ser carregado com uma
quantidade de eletricidade constante igual a 1C, apresenta uma tensão constante igual a 1V (F C/V).
Indutância Elétrica
Henry (H), unidade SI: indutância de um elemento passivo de um circuito em cujos terminais se induz
uma tensão constante de 1V quando percorrido por uma corrente que varia na razão de 1A por segundo
(H Vs/A ou Ws).
Temperatura
Kelvin (K), unidade SI: fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água,
que corresponde às condições de temperatura e pressão em que a água em estado líquido, o vapor de
água e o gelo estão em perfeito equilíbrio. O ponto zero da escala (0°K) é igual ao zero absoluto (-
273,15°C).
Unidades de temperatura tradicionais – Escala Celsius (°C): 0°C 273°K e 1°C 274°K; Escala Fahrenheit
(F): 0°F 255,33°K ou -17,77°C, 1°F 255,78°K ou -17,22°C.
Quantidade De Matéria
Mol (símbolo mol), unidade SI: quantidade de matéria de um sistema que reúne tantas entidades
elementares (partículas que devem ser especificadas) quanto o número de átomos contidos em 0,012 kg
de carbono.
Intensidade Luminosa
Candela (cd), unidade SI: intensidade luminosa emitida em uma determinada direção por uma fonte
de radiação monocromática com frequência igual a 540 × 10¹² Hz e com uma intensidade energética de
1/683 watt por esterradiano.
Fluxo Luminoso
Lúmem (lm), unidade SI: fluxo luminoso com intensidade de 1cd emitido no interior de um ângulo sólido
igual a 1sr (lm cd/sr).
Iluminamento
Lux (lx), unidade SI: iluminamento de uma superfície plana de 1 m² que recebe um fluxo luminoso
perpendicular de 1lm (lx lm/m²).
Informática
Bit: menor unidade de armazenamento de informações em computadores e sistemas informatizados.
Byte: é a unidade básica de memória de computadores, igual a 8 bits contíguos.
Kilobit (kbit): 1.024 bits de informação.
Kilobyte (kbyte): 1.024 bytes.
Megabytes: 1.048.576 bytes.
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A análise dimensional é uma ferramenta poderosa e simples para avaliar e deduzir relações físicas. A
similaridade é um conceito diretamente relacionado, que consiste basicamente na equivalência de
experimentos ou fenômenos que são, na realidade, diferentes. Naturalmente, os métodos são genéricos
e de ampla utilização. Não se limitam a área da Mecânica dos Fluidos. A inclusão da página no grupo
Fluidos deste site é apenas uma questão de conveniência, em razão do maior número de exemplos.
Escrita notação científica
Exemplos:
1) Escrever o número 2014 em potência de 10
201,4 . 101 20,14 . 10² 2,014 . 103, observa-se que colocar um número na base 10, é o mesmo
que o dividir por dez, ou escrever o mesmo na forma decimal acrescido de vírgula. Para cada divisão
aumenta-se o expoente.
A notação científica chega a sua parte final, quando a mantissa tem seu módulo compreendido entre:
1≤ a ≤10
No exemplo acima, a = 2,014, logo esta compreendido entre os valores acima.
Ao escrever uma unidade composta, não se deve misturar o nome com o símbolo da unidade.
Certo Errado
quilômetro por quilômetro/h;
km/h
hora km/hora
metro por
m/s metro/s; m/segundo
segundo
Símbolo de Unidade - As unidades do SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por
meio de símbolos.
Símbolo não é abreviatura - Símbolo não é abreviatura. É um sinal convencional e invariável utilizado
para facilitar e universalizar a escrita e a leitura de significados - no caso, as unidades SI; logo, jamais
deverá ser seguido de "ponto".
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Símbolo não admite plural
Símbolo não admite plural. Como sinal convencional e invariável que é, utilizado para facilitar e
universalizar a escrita e a leitura de significados, nunca será seguido de “s”.
Certo Errado
5 ms ou
cinco metros 5m
mts
dois
2 kg 2 kgs
quilogramas
oito horas 8h 8 hs
Representação
O resultado de uma medição deve ser representado com o valor numérico da medida, seguido de um
espaço de até um caractere e, em seguida, o símbolo da unidade em questão. Exemplo:
Para a unidade de temperatura grau Celsius, haverá um espaço de até um caractere entre o valor e a
unidade, porém não se porá espaço entre o símbolo do grau e a letra C para formar a unidade “grau
Celsius”. Exemplo:
Os símbolos das unidades de tempo hora (h), minuto (min) e segundo (s) são escritas com um espaço
entre o valor medido e o símbolo. Também há um espaço entre o símbolo da unidade de tempo e o valor
numérico seguinte. Exemplo:
Exceções
Para os símbolo da unidade de ângulo plano grau (°), minuto(') e segundo("), não deve haver espaço
entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver um espaço entre o símbolo da unidade e o próximo
valor numérico.
Conversão de unidades
Agora para realizar transformações de um número de uma unidade em um número de outra unidade
do mesmo sistema decimal, vamos observar abaixo.
Unidades de Comprimento
A unidade principal de comprimento é o metro, entretanto existem situações em que essa unidade
deixa de ser prática. Se queremos medir grandes extensões ela é muito pequena, por outro lado se
queremos medir extensões muito “pequenas”, a unidade metro é muito “grande”.
Os múltiplos e submúltiplos do metro são chamados de unidades secundárias de comprimento.
Na tabela abaixo vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o valor correspondente em
metro. Na tabela, cada unidade de comprimento corresponde a 10 vezes a unidade da comprimento
imediatamente inferior (à direita). Em consequência, cada unidade de comprimento corresponde a 1
décimo da unidade imediatamente superior (à esquerda).
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Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm dam m dm cm mm
1000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m
Regras Práticas:
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por
10. Ex.: 1 m = 10 dm
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 10.
Ex.: 1 m = 0,1 dam
- Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.
Ex.: 1 m = 100 cm
1 m = 0,001 km
Unidades de Área
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
1 × 106 m² 1 × 104 m² 1 × 102 m² 1 m² 1 × 10-2 m² 1 × 10-4 m² 1 × 10-6 m²
Regras Práticas:
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por
100. Ex.: 1 m² = 100 dm²
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 100.
Ex.: 1 m² = 0,01 dam²
- Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.
Unidades de Volume
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³
1 × 109 m³ 1 × 106 m³ 1 × 103 m³ 1 m³ 1 × 10-3 m³ 1 × 10-6 m³ 1 × 10-9 m³
Regras Práticas:
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por
1000. Ex.: 1 m³ = 1000 dm³
- Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por
1000. Ex.: 1 m³ = 0,001 dam³
- Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.
Litro
O litro(L) é uma medida de volume muito comum e que corresponde a 1 dm³.
1 litro = 1 dm³
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Ordem de grandeza
A ordem de grandeza de um número é a potência de dez mais próxima deste número. Ordem de
grandeza é uma forma de avaliação rápida, do intervalo de valores em que o resultado deverá ser
esperado. Para se determinar com facilidade a ordem de grandeza, deve-se escrever o número em
notação científica (isto é, na forma de produto N.10n) e verificar se N é maior ou menor que (10)1/2.
a) se N > 3,16 , a ordem de grandeza do número é 10n+1.
b) se N < 3,16, a ordem de grandeza do número é 10n.
onde (10)1/2 = 3,16
Exemplo 1 - Se formos medir a massa de um homem, é razoável esperarmos que a massa se encontre
mais próximo de 100 (102) kg do que de 10 (101) kg ou 1000 (103) kg.
Exemplo 2 - Qual a ordem de grandeza do número de segundos existentes em um século?
Solução: 1 hora = 60 x 60 = 3600 s
1 dia = 24 x 3600 = 86.400 = 8,64 x 104 s
1 ano = 365 x 8,64 x 104 = 3,1436 x 107 s
1 século = 100 x 3,1536 x 107 = 109 s
Algarismos significativos
Supondo que você realizou medidas com uma régua milimetrada determinando um espaço S, você
colocou duas casas decimais. É correto o que você fez? Sim, porque você considerou os algarismos
significativos. O que são os algarismos significativos? Quando você mediu o valor de S = 5,81 cm com a
régua milimetrada você teve certeza sobre os algarismos 5 e 8, que são os algarismos corretos (divisões
inteiras da régua), sendo o algarismo 1 avaliado denominado duvidoso. Consideramos algarismos
significativos de uma medida os algarismos corretos mais o primeiro duvidoso.
Sempre que apresentamos o resultado de uma medida, este será representado pelos algarismos
significativos. Veja que as duas medidas 5,81cm e 5,83m não são fundamentalmente diferentes, porque
diferem apenas no algarismo duvidoso.
Observação: Para as medidas de espaço obtidas a partir da trajetória do PUCK serão considerados
apenas os algarismos corretos: não há necessidade de considerar o algarismo duvidoso já que não
estamos calculando os desvios. Os zeros à esquerda não são considerados algarismos significativos com
no exemplo: 0,000123 contém apenas três algarismos significativos.
Adição e Subtração
Vamos supor que você queira fazer a seguinte adição: 250,657 + 0,0648 + 53,6 ?
Para tal veja qual parcela apresenta o menor número de algarismos significativos. No caso 53,6 que
apresenta apenas uma casa decimal. Esta parcela será mantida e as demais serão aproximadas para
uma casa decimal. Você tem que observar as regras de arredondamento que resumidamente são: Ao
abandonarmos algarismos em um número, o último algarismo mantido será acrescido de uma unidade
se o primeiro algarismo abandonado for superior a 5; quando o primeiro algarismo abandonado for inferior
a 5, o último algarismo permanece invariável, e quando o primeiro algarismo abandonado for exatamente
igual a 5, é indiferente acrescentar ou não uma unidade ao último algarismo mantido.
Multiplicação e Divisão
Vamos multiplicar 6,78 por 3,5 normalmente:
6,78 x 3,5 = 23,73
Aparece no produto algarismos que não são significativos. A seguinte regra é adotada:
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Verificar qual o fator que apresenta o menor número de algarismos significativos e apresentar no
resultado apenas a quantidade de algarismo igual a deste fator, observando as regras de arredon-
damento.
6,78 x 3,5 = 23,7
Observação: As regras para operar com algarismos significativos não são rígidas. Poderia ser mantido
perfeitamente um algarismo a mais no produto. Os dois resultados são aceitáveis: 6,78 x 3,5 = 23,73 ou
6,78 x 3,5 = 23,7.
Vetores
Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados os vetores: entes matemáticos abstratos
caracterizados por um módulo, por uma direção e por um sentido. Representação de um vetor –
Graficamente, um vetor é representado por um segmento orientado de reta:
Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.
No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude) mais uma referência (sua
unidade de medida);
No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude), de uma referência (sua
unidade de medida), de uma direção e de um sentido.
A partir dessa definição podemos, por exemplo, dizer que o comprimento, a quantidade de matéria e
a energia são grandezas físicas, enquanto as notas de uma prova, o preço de um objeto e a intensidade
de um sentimento não são.
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de unidade de
medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente definido, e é por meio de um
processo de comparação quantitativa (medição) com esse padrão unitário que se determina a magnitude
de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o tamanho unitário está contido na medida em que está
sendo feita. Podem, também, existir diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza
física; usa-se corriqueiramente a polegada como medida de comprimento em favor do oficial metro. A
união de determinadas unidades de medida dá origem a um sistema de medida.
Grandeza escalar - é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número ou
um número e uma unidade. A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada
quando conhecemos um número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg. A temperatura é uma
grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A temperatura da sala de aula é 27ºC. O volume é uma grandeza escalar porque fica
perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma unidade. O volume de uma caixa de
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leite é um litro. O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado
quando conhecemos um número e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas. O índice de refração
absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas por um
número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica
perfeitamente caracterizada.
Grandeza Vetorial - é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma
direção, um sentido, um número e uma unidade. O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é
uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o deslocamento entre a sua casa e a sua
escola precisamos conhecer direção (Leste-Oeste), um sentido (indo para Oeste), um número e uma
unidade (10 km).
Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe
sentido. Não esqueça que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao
segmento BA. Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um
segmento de reta orientado e pode ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.
Vetor Soma
João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.
João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.
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Nesta história, podemos considerar que os deslocamentos de Maria formam um conjunto de vetores e
o deslocamento de João representa o vetor soma do conjunto de vetores, isto é, vetor soma de um
conjunto de vetores é o vetor capaz de produzir o mesmo efeito que o conjunto dos vetores.
Método Gráfico
Devemos definir uma origem (ponto O). A seguir vamos transportar o vetor a→ de modo que sua
origem coincida com o ponto O.
Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do
vetor a→.
E assim, sucessivamente, até terminarem os vetores que devem ser somados. É como se você
estivesse encaixando os vetores.
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O vetor soma s→ é obtido ligando-se a origem (ponto O) à extremidade do último vetor.
Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.
Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.
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Procedendo de modo análogo podemos obter a projeção do vetor a→ sobre o eixo y (a→y). A figura
abaixo mostra as projeções do vetor a→ sobre o sistema de eixos coordenados.
Subtração
Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.
Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
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Cinemática Vetorial
Regra do Polígono – Para determinar a resultante dos vetores e , traçamos, como na figura acima,
os vetores de modo que a origem de um coincida com a extremidade do outro. O vetor que une a origem
de com a extremidade de é o resultante .
Regra do Paralelogramo – Os vetores são dispostos de modo que suas origens coincidam. Traçando-
se um paralelogramo, que tenha e como lados, a resultante será dada pela diagonal que parte da
origem comum dos dois vetores.
Questões
01. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – Júnior – CESGRANRIO) A chuva de vento ocorre quando
as gotas da água da chuva sofrem ação do vento enquanto caem. Em um determinado instante, uma das
gotas de uma chuva de vento possui componentes horizontal e vertical da sua velocidade iguais a 1,50
m/s e 2,00 m/s, respectivamente. Qual é, aproximadamente, em m/s, o módulo do vetor velocidade dessa
gota?
(A) 6,25
(B) 5,50
(C) 3,50
(D) 2,50
(E) 1,75
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02. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO/2015) Sultan Kosen, um turco de 31 anos que
mede 2,51 metros, está no livro dos recordes como o homem mais alto do mundo. A ordem de
grandeza, em cm, da altura de Sultan é:
(A) 100
(B) 101
(C) 10²
(D) 10³
04. (EEAR – Sargento Controlador de Tráfego Aéreo – FAB/2015) Dois vetores 𝐴⃗𝑒 𝐵 ⃗⃗ estão
representados a seguir. Assinale entre as alternativas aquela que melhor representa a resultante da
operação vetorial𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗
(A)
(B)
(C)
(D)
05. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Ao se fazer uma medida, do ponto de vista
científico, são necessárias regras de tal maneira que, em qualquer lugar do planeta, essa mesma
medida possa ser feita por outras pessoas, dentro dos mesmos critérios. Dentro desses critérios,
uma pessoa deve escrever o resultado da medida com todas as casas métricas que ela consegue
ler no aparelho, mais a primeira casa que ela consegue ainda avaliar. Por exemplo, ao usar uma
régua escolar, que é milimetrada, para fazer uma medida, uma pessoa poderia obter, do ponto de
vista de algarismos significativos (critérios científicos), a medida:
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(A) 9mm
(B) 9,50mm
(C) 12,6 cm.
(D) 12,60cm
07. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Qual dos itens abaixo está
representando corretamente uma resistência elétrica no SI?
(A) 6W
(B) 6
(C) 6Hz
(D) 6N
(E) 6T
08. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Existem sete unidades básicas
no sistema internacional de unidades (SI) e que geram as unidades derivadas de medida. Das
alternativas indicadas, a única que não é uma unidade do SI é
(A) metro
(B) ampère
(C) mol
(D) polegada
(E) grama
Respostas
01. Resposta: D.
V²=2²+1,5²
V²=4+2,25
V²=6,25
V=2,5 m/s
02. Resposta: C.
2,51 m=251 cm
Portanto, a ordem de grandeza é de 10².
03.Resposta: C.
04. Resposta: B.
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Temos que trocar o vetor B para virar –B.
05. Resposta: D.
Como tem que ser algarismos para a régua e um a mais que consegue identificar, ficamos com
12,60cm.
06. Resposta: B.
Tempo é em segundos
Comprimento: metro
Temperatura: ºC
Área: m²
07. Resposta: B.
A resistência elétrica é dada em ohm()
08. Resposta: D.
Polegada é uma unidade de medida de comprimento, mas não do SI que é o metro.
Referências Bibliográficas
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_unidades#Sistemas_de_unidades_naturais>
Conceitos
Ponto Material ou Partícula: é uma abstração feita para representar qualquer objeto que em virtude
do fenômeno tem dimensões desprezíveis, ou seja, dimensões tais que não afetam o estudo do
fenômeno. Por exemplo, no estudo dos movimentos da Terra, dada a distância que separa este corpo
dos demais, suas dimensões são desprezíveis e ela pode ser considerada um ponto material, porém caso
algum outro corpo se aproximasse da Terra, seria preciso abandonar esta aproximação e considerar o
tamanho da Terra e sua estrutura.
Corpo Extenso: quando o fenômeno estudado não puder prescindir das dimensões do objeto, este
será encarado como um corpo extenso.
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Móvel: é um ponto que em relação a um referencial, muda de posição com o passar do tempo.
Exemplo: Um ônibus andando numa rodovia. Você está viajando nele. Em relação ao ônibus, você está
em repouso, porém, se levarmos em conta um poste na estrada, você está em movimento, ou seja, você
é um móvel. O próprio poste passa a ser um móvel quando você é o referencial.
Referencial: é o local onde um observador fixa um sistema de referência para, a partir do qual, estudar
o movimento ou o repouso de objetos. É impossível afirmarmos se um ponto material está em movimento
ou em repouso sem antes adotarmos outro corpo qualquer como referencial. Dessa forma, um ponto
material estará em movimento em relação a um dado referencial se sua posição em relação a ele for
variável. Da mesma forma, se o ponto material permanecer com sua posição inalterada em relação a um
determinado referencial, então estará em repouso em relação a ele. Tomemos como exemplo o caso de
um elevador. Se você entrar em um elevador no andar térreo de um edifício e subir até o décimo andar,
durante o tempo em que o elevador se deslocar você estará em movimento em relação ao edifício, e ao
mesmo tempo o seu corpo estará em repouso em relação ao elevador, pois entre o térreo e décimo andar
sua posição será a mesma em relação a ele.
Movimento: quando um objeto se move de um lugar para o outro. Um corpo está em movimento
quando muda de posição em relação a um referencial ao longo do tempo.
Repouso: quando o corpo ou objeto não se move do lugar, ou seja, ele fica imóvel, ou seja, se, durante
certo intervalo de tempo, o corpo mantém sua posição constante em relação a um referencial, dizemos
que ele se encontra em repouso.
Fonte: fisicaevestibular.com.br
Perceba que nesse caso citado, a questão estar ou não em movimento depende do referencial
adotado.
Um caso que é muito comum e sempre utilizado para exemplificar o movimento e o repouso, é o ônibus.
Fonte: http://fisicapaidegua.com/
Para a senhora no ônibus, o passageiro da frente está em repouso, e para o homem sentado na moita,
o passageiro está em movimento.
Um ponto material está em repouso em relação a certo referencial se a sua posição não variar no
decorrer do tempo em relação a esse referencial.
Trajetória: é o caminho determinado por uma sucessão de pontos, por onde o móvel passa em relação
a certo referencial. Os rastros na neve deixados por um esquiador mostram o caminho percorrido por ele
durante a descida de uma montanha. Se considerarmos o esquiador como sendo um ponto material,
podemos dizer que a curva traçada na neve unindo suas sucessivas posições em relação a um dado
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referencial, recebe o nome de trajetória. O trilho de um trem é um exemplo claro de trajetória. A bola
chutada por um jogador de futebol ao bater uma falta pode seguir trajetórias diferentes, dependendo da
maneira que é chutada, às vezes indo reta no meio do gol, outras vezes sendo colocadinha no ângulo
através de uma curva.
Repare que a trajetória de um ponto material também depende de um referencial. Isso quer dizer que
um ponto material pode traçar uma trajetória reta e outra curva ao mesmo tempo? Sim. Veja o caso de
uma bomba sendo lançada de um avião. Para quem estiver no chão, olhando de longe, a trajetória da
bomba será um arco de parábola. Já para quem estiver dentro do avião, a trajetória será uma reta, isso
porque o avião segue acompanhando a caixa.
Espaço: é a distância, medida ao longo da trajetória, do ponto onde se encontra o móvel até a origem
(O), acrescido de um sinal de acordo com a orientação da trajetória.
Função Horária do Espaço: Durante o movimento de um ponto material, a sua posição varia com o
decorrer do tempo. A maneira como a posição varia com o tempo é a lei do movimento ou função horária.
s = f(t)
Sentido de Tráfego: quando o móvel caminha sentido da orientação da trajetória, seus espaços (s)
são crescentes no decorrer do tempo. Denominamos este sentido de tráfego progressivo.
Quando o móvel retrocede, caminhando contra a orientação da trajetória, seus espaços (s) são
decrescentes. Este sentido de tráfego é classificado como retrógrado.
Deslocamento Escalar: a grandeza física que indica, entre dois instantes, a variação de espaço do
móvel é denominada deslocamento escalar (∆𝑠).
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∆𝑠 = 𝑠2 − 𝑠1
A figura abaixo apresenta os espaços ocupados por um móvel numa trajetória em dois instantes
diferentes.
Pela figura anterior, temos que, no instante t1 = 3s, o móvel encontra-se na posição s1 = 4m, e, no
instante t2 = 6s, sua posição é s2 = 9m. Podemos afirmar que, entre os instantes 3s e 6s, o espaço do
móvel variou de 5m, ou seja, de 4 para 9m. Essa variação de espaço recebe o nome de deslocamento
escalar (∆𝑠). Quando o movimento for progressivo, o deslocamento escalar será positivo (∆𝑠 > 0). Quando
retrógrado, será negativo (∆𝑠 < 0).
Distância Percorrida (d): é a grandeza que nos informa quanto o móvel efetivamente percorreu entre
dois instantes. Quando o sentido de tráfego do móvel se mantém, seja progressivo ou retrógrado, a
distância percorrido coincide com o módulo do deslocamento escalar ocorrido. Na figura a seguir,
considerando-se o movimento como progressivo, a distância percorrida entre os instantes t1 e t2 foi de
5m. Ou seja: d = |∆𝑠| = |5m| = 5m.
Caso o sentido de tráfego entre t1 e t2 fosse retrógrado, como ilustra a figura abaixo, o deslocamento
escalar seria de -5m e a distância percorrida: d = |∆𝑠| = |-5m| = 5m.
Velocidade Escalar
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𝑠−𝑠0 ∆𝑠 ∆𝑠
𝑉𝑚 = = , como t0 é quase sempre zero temos: 𝑉𝑚 = .
𝑡−𝑡0 ∆𝑡 𝑡
[𝑚]
Sistema de unidades: 𝑉 =
[𝑠]
No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:
É considerada um limite da velocidade escalar média, quando o intervalo de tempo for zero. A
velocidade escalar instantânea é totalmente derivada do espaço, em relação ao tempo. Essa “derivação”
pode ser representada pela equação:
𝑑𝑠
𝑣=
𝑑𝑡
Existem também funções polinomiais, como por exemplo: s = atn + bt + c, e para essas funções temos:
𝑑𝑠
𝑣= = 𝑛𝑎𝑡 𝑛−1 + 𝑏
𝑑𝑡
Vejamos alguns exemplos:
𝑑𝑠
a) s = 8,0(km) + 3,0t(h) → 𝑣 = = 3,0𝑘𝑚/ℎ
𝑑𝑡
𝑑𝑠
b) s = 3,0 - 2,0t + 1,0t (CGS) → 𝑣 = 𝑑𝑡 = 2,0 + 2,0𝑡
2
𝑑𝑠
c) s = 3,0t3 - 2,0 (SI) → 𝑣 = 𝑑𝑡 = 9,0𝑡 2 (𝑆𝐼)
É chamado de velocidade escalar inicial (v0), quando a velocidade escalar instantânea no instante t é
igual a 0. Vejamos um exemplo:
A velocidade escalar instantânea possui um sinal que define o sentido do movimento ao longo da
trajetória. Vejamos os exemplos:
A velocidade escalar tende a zero, se caso o sentido do movimento estiver em ponto de inversão.
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Movimento Uniforme
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em um
movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme. Uma observação importante é que,
ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade instantânea deste corpo será igual à
velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em nenhum momento do percurso. A equação
horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
∆𝑠
𝑣 = 𝑣𝑚 =
∆𝑡
Isolando o ∆𝑠, teremos: ∆𝑠 = 𝑣. ∆𝑡
Então:
𝑠𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑠𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑣. ∆𝑡
Por exemplo: Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o som.
O eco do disparo é ouvido 2,5 segundos depois do momento do golpe. Considerando a velocidade do
som 340m/s, qual deve ser a distância entre o atirador e a parede?
∆𝑡 = 2,5s
vm = 340m/s
Aplicando a equação horária do espaço, teremos:
𝑠𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑠𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑣. ∆𝑡, mas o eco só será ouvido quando o som “ir e voltar” da parede.
Então
𝑠𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 2𝑠
340𝑚
2𝑠 = 0 + . 2,5𝑠
𝑠
2𝑠 = 850𝑚
850𝑚
𝑠= = 425𝑚
2
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.
Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.
Diagrama s x t
Existem diversas maneiras de se representar o deslocamento em função do tempo. Uma delas é por
meio de gráficos, chamados diagramas deslocamento versus tempo (s x t). No exemplo a seguir, temos
um diagrama que mostra um movimento retrógrado:
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Analisando o gráfico, é possível extrair dados que deverão ajudar na resolução dos problemas:
-
S 50m 20m
10m
T 0s 1s 2s
Sabemos então que a posição inicial será a posição s0 = 50m quando o tempo for igual a zero. Também
sabemos que a posição final s = -10m se dará quando t=2s. A partir daí, fica fácil utilizar a equação horária
do espaço e encontrar a velocidade do corpo:
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣∆𝑡
−60𝑚
=𝑣
2𝑠
−30m/s = v
A velocidade será numericamente igual à tangente do ângulo formado em relação à reta onde está
situada, desde que a trajetória seja retilínea uniforme.
Diagrama v x t
Em um movimento uniforme, a velocidade se mantém igual no decorrer do tempo. Portanto seu gráfico
é expresso por uma reta:
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Dado este diagrama, uma forma de determinar o deslocamento do móvel é calcular a área sob a reta
compreendida no intervalo de tempo considerado.
Velocidade Relativa
É a velocidade de um móvel relativa a outro. Por exemplo: Considere dois trens andando com
velocidades uniformes e que v1 ≠ v2. A velocidade relativa será dada se considerarmos que um dos trens
(trem 1) está parado e o outro (trem 2) está se deslocando. Ou seja, seu módulo será dado por v1 - v2.
Generalizando, podemos dizer que a velocidade relativa é a velocidade de um móvel em relação a outro
móvel referencial.
Consideremos duas partículas A e B movendo-se em uma mesma trajetória e com velocidades
escalares vA e vB, em duas situações distintas: movendo-se no mesmo sentido e em sentidos opostos. A
velocidade escalar que uma das partículas possui em relação à outra (tomada como referência) é
chamada de velocidade relativa (vREL) e o seu módulo é calculado como relataremos a seguir.
Se dois móveis, ao longo da mesma trajetória, mantiverem constantes suas velocidades escalares,
logo um em relação ao outro executará um movimento relativo uniforme, aproximando-se ou afastando-
se um do outro com velocidade relativa de módulo constante. Desta forma, podemos estabelecer a
seguinte expressão para este MU:
∆𝑠𝑅𝐸𝐿
𝑣𝑅𝐸𝐿 = (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ 0)
∆𝑡
Como os movimentos têm sentidos opostos, a velocidade relativa é dada em módulo por:
vREL = |vA| + |vB|
Tomando-se um dos corpos como referência, o outro irá até o encontro percorrer um deslocamento
relativo de módulo D0. O intervalo de tempo (∆𝑡) gasto até o encontro será calculado assim:
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∆𝑠𝑅𝐸𝐿 ∆𝑠𝑅𝐸𝐿 𝐷0
𝑣𝑅𝐸𝐿 = → ∆𝑡 = =
∆𝑡 𝑣𝑅𝐸𝐿 |𝑣𝐴 | + |𝑣𝐵 |
Aceleração Escalar
Ao observarmos os eventos que ocorrem no dia a dia notamos que é quase impossível que um
automóvel se mantenha com uma velocidade constante e mesmo para realizar as tarefas cotidianas
sempre se muda a velocidade ou constância que se realiza uma atividade. Exemplos:
Um automóvel freia diante de uma colisão iminente.
- Apertamos o passo para chegar a tempo ao trabalho.
Em situações deste tipo é necessário medir quão rápido foi esta mudança de velocidade, assim
representa-se esta mudança por a.
- Este corpo muda sua velocidade ao longo de um determinado tempo (t1), percorrido uma distância s.
𝑣 − 𝑣0 ∆𝑣
𝑎= , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 =
𝑡 − 𝑡0 ∆𝑡
Nota-se que para o (SI) de medidas a unidade de aceleração será dada por
𝑚
𝑚
[𝑎] = 𝑠
, onde [𝑎] =
𝑠 𝑠2
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∆𝑣
𝑎 = 𝑙𝑖𝑚
∆𝑡→0 ∆𝑡
∆𝑣(𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜)
𝑎 ≅ 𝑎𝑚 =
∆𝑡(𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜)
A aceleração escalar instantânea representa a aceleração do móvel num determinado instante (t) e,
mais precisamente, seu cálculo é feito através do processo de derivação, análogo ao ocorrido com a
velocidade escalar instantânea. A aceleração escalar instantânea de um móvel é obtida através da
derivada da função horária de sua velocidade escalar. Simbolicamente, isto é expresso assim:
𝑑𝑣
𝑎= (𝑙ê − 𝑠𝑒 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑣 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎 𝑡)
𝑑𝑡
Classificação
Sabemos que o velocímetro de um veículo indica o módulo de sua velocidade escalar instantânea.
Quando as suas indicações são crescentes, está ocorrendo um movimento variado do tipo acelerado.
Quando o velocímetro indica valores decrescentes, o movimento é classificado como retardado. De modo
geral, podemos detalhar esses casos assim:
a) O móvel se movimenta com uma velocidade escalar instantânea, cujo módulo aumenta em função
do tempo. O movimento é denominado acelerado.
Para que isto ocorra, a aceleração escalar instantânea deve ser no mesmo sentido da velocidade
escalar instantânea, ou seja, v e a possuem o mesmo sinal.
b) O móvel se movimenta com velocidade escalar instantânea cujo módulo diminui em função do
tempo. O movimento é denominado retardado.
Para que isto ocorra, a aceleração escalar instantânea deve ser no sentido oposto ao da velocidade
escalar instantânea, ou seja, v e a possuem sinais opostos.
c) O móvel se movimenta com velocidade escalar instantânea constante em função do tempo. O
movimento é denominado uniforme. Para que isto ocorra, a aceleração escalar instantânea deve ser
nula (a = 0).
Tanto o movimento acelerado quanto o retardado podem apresentar uma aceleração escalar
instantânea constante. Neste caso, o movimento recebe a denominação de uniformemente acelerado
ou retardado.
. 27
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As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente variado são:
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 -conhecida como sorvetão
2
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Torricelli
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡 - Vovô ateu
Aceleração Vetorial
∆𝑣
𝑎𝑡 = 𝑎 =
∆𝑡
Módulo de at: O módulo da aceleração tangencial é totalmente igual ao valor absoluto da aceleração.
Direção de at: A direção da aceleração tangencial é paralela à velocidade vetorial, isto é, tangente à
trajetória.
Se o movimento for acelerado, consequentemente o módulo da sua velocidade irá aumentar e sua
aceleração tangencial irá ter o mesmo sentido da velocidade vetorial. Vejamos:
. 28
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→Efeito at
Podemos dizer que a aceleração escalar y, tem uma relação direta com a variação da velocidade
escalar V, do módulo da velocidade vetorial V.
Propriedades:
- Quando falamos de movimento uniforme, podemos dizer que a velocidade vetorial apresenta um
módulo constante, e por isso sua aceleração tangencial é sempre nula, independente da sua trajetória.
- Quando falamos de movimento não uniforme, podemos dizer que a velocidade vetorial apresenta um
módulo variável, e por isso sua aceleração tangencial não será sempre nula.
- Sempre que um corpo ou um objeto estiver em repouso, sua aceleração tangencial será nula.
- No instante em que y = 0, a aceleração tangencial será nula, independente de o móvel estar em
repouso ou em movimento.
Importante: nos movimentos retilíneos, c é nula porque o móvel não muda de direção nesses
movimentos.
Sentido de acp: O sentido da aceleração centrípeta sempre será voltado para o centro da circunferência,
osculadora à trajetória, ou seja, direcionado para uma região convexa limitada pela curva.
Notação de acp: A função que podemos usar para representarmos a notação da aceleração centrípeta
é:
Efeito de acp: Quando falamos de trajetória retilínea, podemos considerar R ⇒ ∞ e acp= 0. Já quando
falamos que a trajetória é curva, podemos dizer que a velocidade vetorial varia em direção e sua
aceleração centrípeta nem sempre difere de zero.
Notas:
- Quando falamos de movimentos retilíneos, podemos dizer que a velocidade vetorial apresenta uma
direção constante, e com isso, sua aceleração centrípeta se torna constantemente nula.
- Sempre que o móvel estiver em repouso, sua aceleração centrípeta, será nula.
O deslocamento vetorial pode ser representado por d, esse deslocamento é definido entre dois
instantes t1 e t2, sendo o vetor P1 e P2, o vetor de origem P1 e extremidade P2. Vejamos:
. 29
1462868 E-book gerado especialmente para ANA CAROLINA MORAIS
Com isso, o deslocamento vetorial é definido como a diferença entre os vetores posição.
Pensando em uma trajetória arbitrária L, não retilínea e entre as posições P1 e P2, teremos:
Notas:
A velocidade vetorial média é considerada a razão entre o deslocamento vetorial d e o tempo gasto no
intervalo de tempo delta t deste deslocamento.
𝑑⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑉 𝑀 =
∆𝑡
. 30
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Orientação da Vm
Queda Livre
Quando perto da superfície da terra, ocorre a queda de corpos (pedra, por exemplo) de certas alturas,
onde a um crescimento de sua velocidade, caracterizando um movimento acelerado. Porém quando o
mesmo objeto ou corpo é lançado para cima a sua velocidade decresce gradualmente até se anular e
consequentemente voltar ao seu local de lançamento. Segundo Aristóteles, grande filósofo, que viveu
aproximadamente 300 anos a.C., acreditava que abandonando corpos leves e pesados de uma mesma
altura, seus tempos de queda não seriam iguais: os corpos mais pesados alcançariam o solo antes dos
mais leves.
Segundo Galileu, considerado como introdutor do método experimental chegou a seguinte conclusão:
“abandonados de uma mesma altura, um corpo leve e um corpo pesado caem simultaneamente, atingindo
o chão no mesmo instante”. Após essa afirmação Galileu passou a ser alvo de perseguição devido à
descrença do povo e também por considerá-lo como revolucionário. O ar exerce efeito retardador na
queda de qualquer objeto e que este efeito exerce maior influência sobre o movimento da Pedra. Porém
se retirarmos o ar, observa-se que os dois objetos caem na mesma hora e no mesmo instante, conforme
a figura representa, confirmando também as afirmações feitas por Galileu. Através desse fato concluímos
também que as experiências de Galileu, só têm coerência se forem feitas para os corpos em queda livre
no vácuo, e que o ar é desprezível para materiais mais pesados como algodão, pena ou uma folha de
papel.
Denomina-se então queda livre, para os corpos que não tem influência do ar, isto é, materiais pesados
e lançados no vácuo. Aceleração da Gravidade – Podemos considerar a aceleração da gravidade como
sendo o mesmo valor para todos os corpos que caem em queda livre, sendo representada pela letra g,
sendo também considerada como um movimento uniformemente acelerado, devido a sua aceleração
constante. Para se determinar o valor de g seguiram-se vários estudos chegando à conclusão de que o
seu valor é de 9,8 m/s², sendo que se o objeto for lançado para baixo a aceleração da gravidade é
considerada positiva (+ 9,8 m/s²), e quando o objeto for lançado para cima a aceleração da gravidade é
negativa (- 9,8 m/s²).
Podemos destacar dois tipos de movimentos verticais no vácuo: a queda livre e o lançamento na
vertical. A queda livre é o abandono de um corpo, a partir do repouso, no vácuo desconsiderando-se a
ação da resistência do ar; o lançamento na vertical diz respeito ao lançamento de um corpo para cima ou
para baixo, o qual, diferente da queda livre, apresentará velocidade inicial. Os corpos envolvidos nos
movimentos verticais estão sujeitos à aceleração da gravidade (g), suposta constante, cujo valor é: g =
9,80665 m/s2. Costuma-se adotar, para a realização de cálculos matemáticos, g = 10 m/s2. Como o valor
da aceleração é considerado constante, a queda livre e o lançamento vertical são considerados
movimentos retilíneos uniformemente variados (MRUV).
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Análise Matemática do Movimento Vertical
Estudando as características do movimento vertical, podemos dizer que na queda livre o módulo da
velocidade escalar aumenta no decorrer do movimento. Concluímos assim que o movimento, nesse caso,
é acelerado. Entretanto, no lançamento para cima, o módulo da velocidade escalar diminui, de modo que
o classificamos como retardado.
Uma importante propriedade do lançamento vertical para cima é o fato de a velocidade do móvel ir
decrescendo com o passar do tempo, tornando-se nula quando ele chega ao ponto mais alto da trajetória
(altura máxima). Nesse instante, o móvel muda de sentido, passando a cair em movimento acelerado.
Outras considerações que merecem atenção são os sinais da velocidade escalar e da aceleração escalar.
Se a orientação da trajetória é para cima, a aceleração escalar é negativa durante todo o movimento (g <
0). Portanto, o que determina se o corpo sobe ou desce é o sinal da velocidade escalar, que na subida é
positivo (v > 0) e na descida negativo (v < 0). Por outro lado, se a orientação da trajetória é para baixo, a
aceleração é positiva, e o valor da velocidade é negativo na subida (v < 0) e positivo na descida (v > 0).
Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O
sinal de g, como foi dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo
relação com a orientação da trajetória. Orientação para cima: g é negativo; orientação
para baixo: g é positivo
Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
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Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.
A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.
Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".
Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.
Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:
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-A projeção horizontal (x) do móvel descreve um Movimento Uniforme.
O vetor velocidade no eixo x se mantém constante, sem alterar a direção, sentido e o módulo.
-A projeção vertical (y) do móvel descreve um movimento uniformemente variado.
O vetor velocidade no eixo y mantém a direção e o sentido porém o módulo aumenta a medida que se
aproxima do solo.
Propriedades e Equações
Movimento da Circunferência
Uma vez que é preciso analisarmos propriedades angulares mais do que as lineares, no movimento
circular são introduzidas propriedades angulares como o deslocamento angular, a velocidade angular e
a aceleração angular e centrípeta. No caso do MCU existe ainda o período, que é propriedade também
utilizada no estudo dos movimentos periódicos. O deslocamento angular (indicado por ) se define de
modo similar ao deslocamento linear. Porém, ao invés de considerarmos um vetor deslocamento,
consideramos um ângulo de deslocamento. Há um ângulo de referência, adotado de acordo como
problema. O deslocamento angular não precisa se limitar a uma medida de circunferência ( ); para
quantificar as outras propriedades do movimento circular, será preciso muitas vezes um dado sobre o
deslocamento completo do móvel, independentemente de quantas vezes ele deu voltas em uma
circunferência. Se for expresso em radianos, temos a relação , onde R é o raio da
circunferência e s é o deslocamento linear.
Pegue-se a velocidade angular (indicada por ), por exemplo, que é a derivada do deslocamento
angular pelo intervalo de tempo que dura esse deslocamento:
A unidade é o radiano por segundo. Novamente há uma relação entre propriedades lineares e
angulares: , onde é a velocidade linear.
Por fim a aceleração angular (indicada por ), somente no MCUV, é definida como a derivada da
velocidade angular pelo intervalo tempo em que a velocidade varia:
A unidade é o radiano por segundo, ou radiano por segundo ao quadrado. A aceleração angular guarda
relação somente com a aceleração tangencial e não com a aceleração centrípeta: , onde é
a aceleração tangencial.
Como fica evidente pelas conversões, esses valores angulares não são mais do que maneiras de se
expressar as propriedades lineares de forma conveniente ao movimento circular. Uma vez quer a direção
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dos vectores deslocamento, velocidade e aceleração modifica-se a cada instante, é mais fácil trabalhar
com ângulos. Tal não é o caso da aceleração centrípeta, que não encontra nenhum correspondente no
movimento linear.
Surge a necessidade de uma força que produza essa aceleração centrípeta, força que é chamada
analogamente de força centrípeta, dirigida também ao centro da trajetória. A força centrípeta é aquela
que mantém o objeto em movimento circular, provocando a constante mudança da direção do vector
velocidade.
A aceleração centrípeta é proporcional ao quadrado da velocidade angular e ao raio da trajetória:
A função horária de posição para movimentos circulares, e usando propriedades angulares, assume a
forma:
,
onde é o deslocamento angular no início do movimento. É possível obter a velocidade angular a
qualquer instante , no MCUV, a partir da fórmula:
Para o MCU define-se período T como o intervalo de tempo gasto para que o móvel complete um
deslocamento angular em volta de uma circunferência completa ( ). Também define-se frequência
(indicada por f) como o número de vezes que essa volta é completada em determinado intervalo de tempo
(geralmente 1 segundo, o que leva a definir a unidade de frequência como ciclos por segundo ou hertz).
Assim, o período é o inverso da frequência:
Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
Muitos mecanismos utilizam a transmissão de um cilindro ou anel em movimento circular uniforme para
outro cilindro ou anel. É o caso típico de engrenagens e correias acopladas as polias. Nessa transmissão
é mantida sempre a velocidade linear, mas nem sempre a velocidade angular. A velocidade do elemento
movido em relação ao motor cresce em proporção inversa a seu tamanho. Se os dois elementos tiverem
o mesmo diâmetro, a velocidade angular será igual; no entanto, se o elemento movido for menor que o
motor, vai ter velocidade angular maior. Como a velocidade linear é mantida, e , então:
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
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Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.
𝑣𝐴 = 𝑣𝐵
𝑣𝐴 = 𝑣𝐵
𝜔𝐵 = 𝜔 𝑅
Guardando as fórmulas dessa maneira, os exercícios tornam mais fáceis de serem resolvidos.
Se o exercício pedir velocidade e temos velocidade angular e raio, devemos igualar as fórmulas 1 e 4,
e assim por diante.
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.
(A) 0,25 rpm.
(B) 2,50 rpm.
(C) 5,00 rpm.
(D) 25,0 rpm.
(E) 50,0 rpm.
Resolução
𝜔𝑟𝑜𝑑𝑎 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 𝑣𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
=
𝑟𝑟𝑜𝑑𝑎 𝑟𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
5 𝑣𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
=
0,35 0,035
vcatraca=0,5m/s
𝑣𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 = 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎
0,5 = 2𝜋𝑅𝑓
0,5 = 2 ∙ 3 ∙ 0,1 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎
0,5
𝑓= ℎ𝑧
0,6
0,5
∙ 60 = 50𝑟𝑝𝑚
0,6
Resposta: E.
Questões
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(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.
03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP/2013) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.
Use Π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.
04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a
uma altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a
aceleração da gravidade tem módulo g=10m/s 2. Num determinado instante o piloto recebe uma
ordem de soltar uma bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente.
Desprezando os efeitos da resistência do ar e supondo a superfície do solo plana , a distância
horizontal, em metros, entre o avião e o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual
a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.
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07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP/2014) Em um relatório da perícia, indicou-se
que o corpo da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s 2 e desprezando-se a ação
do ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma
velocidade, em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.
08. (PUC/RS/2014) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a
velocidade de um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.
09. (PUC/2015) O trem japonês de levitação magnética “Maglev" bateu seu próprio recorde
mundial de velocidade em 21 de abril de 2015, ao alcançar a incrível velocidade de 603 km/h (seu
recorde anterior era de 590 km/h). Avelocidade recorde foi alcançada numa via de testes de 42 km
de extensão, situada na Prefeitura de Yamanashi. A Central Japan Railway (empresa ferroviária
operadora do “Maglev") tem intenção de colocá-lo em funcionamento em 2027 entre a estação de
Shinagawa, ao sul de Tóquio, e a cidade de Nagoia, no centro do Japão, perfazendo um trajeto de
286 quilômetros. Considere uma situação hipotética em que o “Maglev" percorra a distância de
Shinagawa a Nagoia com a velocidade recorde obtida em 21 de abril de 2015, mantida sempre
constante. Então o tempo da viagem será de, aproximadamente
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Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.
02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s
03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
1440
𝑡2 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
. 40
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∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m
05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s
07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s
08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
𝑎= = = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
09. Resposta: B.
603km----1h
286km----x
X=0,47h
0,47x60=28,45 min
Dinâmica de partículas
O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação deste com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando
um jogador de tênis bate em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Quando
soltamos algum objeto a uma certa altura do solo e ele cai, é resultado da interação da terra com este
objeto. Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os Princípios de
dinâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que
conhecemos hoje.
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Leis De Newton
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.
Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.
Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:
Exemplos:
Resposta
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
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Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.
Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:
A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg.m/s² (quilograma
metro por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1O grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo,
em função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.
Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão
Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F = m.a
12 = 2a
a = 6 m/s²
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.
Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .
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Exemplo:
1. Dada a figura
Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
Resolução:
- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;
Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força F.
F=3a
F = 3 · 4 = 12 N
Exemplo:
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(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N
No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg(onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N
FORÇA PESO
P = mg
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N
FORÇA DE ATRITO
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
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É isto que caracteriza a força de atrito:
- Se opõe ao movimento;
- Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
- É proporcional à força normal de cada corpo;
- Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual
conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.
Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):
Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.
Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies
Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que
empurra a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa.
Ela anula o efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:
Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)
Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
. 46
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Então:
Fat = µest.N
Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat = µd.N
FORÇA ELÁSTICA
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que
a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada
Lei de Hooke:
F = K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola
e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos
N/cm; kgf/m, etc.
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
K.x = m.g
150x = 100
x = 0,66m
FORÇA CENTRÍPETA
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
Sabendo que:
𝑣2
acp =
𝑅
Ou
. 47
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acp = 2.R
Então:
𝑣2
Fcp = m.acp = m 𝑅
= m2.R
A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.
Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp= m 𝑅
202
Fcp= 800.
100
Fcp= 800.4
Fcp= 3200N
PLANO INCLINADO
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:
Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
P: Força peso = P = m.g
Px = P.sen
Py = P.cos
N = Normal = Py
Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat
Se estiver descendo: Px - Fat = m.a
Exemplo: Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem
atrito Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.
Px = m.a
m.g.sen = m.a
a = g.sen
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²
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SISTEMAS
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.
Corpos em contato
Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:
Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F B,A=mB.a
Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB = 3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F = (mA+mB).a
24 = (5+3).a
24
a= 8
a = 3m/s2
FB,A = mB.a
FB,A = 3.3
FB,A= FA,B= 9N
Blocos ligados por fio em superfície lisa
Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam
puxados por uma força F.
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Um dos corpos pendurados
Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente
para deslocar o conjunto.
TRABALHO
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R = 1 + 2 + 3 + .......... + N
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
= F.S
= m.a. S
= 5.1,5.100
= 750J
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Força não-paralela ao deslocamento
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:
FII=F cos
= FII.S
= F cos.S
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Então:
P = P. h
P = m.g. h
. 51
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POTÊNCIA
Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W =
1𝑠
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:
Pot M = 𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝑆 𝐹.𝑆
Pot = 𝐹. 𝑡 = 𝐹 v m
M=
𝑡
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:
Pméd = 𝑡(I)
= F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd = 𝑡
Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:
. 52
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Exemplo:
1. Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?
Pot M=
𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd = = = 36 𝑊
𝑡 10
ENERGIA MECÂNICA
- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica;
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S
v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎
Substituindo no cálculo do trabalho:
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R=Ec= Ec - Eci
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
10.0 10.(10)2
R = 2
-
2
−1000
R = 2
= -500 J
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.
Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.
Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A= 2
Então:
Fel = Eel = 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜
2
𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎
𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel = =
2 2
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Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final
Exemplo:
1. Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
2
mv2 inicial + mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final
1 1
2
m.0+m.10.3=2 mv2 final = mg.0
1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final
IMPULSO
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:
- Módulo: I = F. t
- Direção: a mesma do vetor F
- Sentido: o mesmo do vetor F
A = F.Δt = I
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Exemplo:
1. Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.
Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s
2. Dado o gráfico
Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.
Resolução:
A2 = A2 = = 30 N.s
A3 = A3 = = 12 N.s
F= =5N
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QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:
- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s
Exemplo:
Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:
Como vimos:
Então:
"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."
Exemplo:
1. Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg,
para que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?
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Questões
01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²
02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.
O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco
A. O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco
B exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N
03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.
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(A) 70
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87
05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200
07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que
um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.
Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N
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09. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –
CESGRANRIO). Três cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente, M1
, M2 e M3 , sendo M1 > M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo 1
apoiado sobre o plano, o cubo 2 apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a
face superior do cubo 2. O conjunto está em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3) g
(B) (M2 - M3) g
(C) (M2 + M3) g
(D) (M1 - M3) g
(E) (M2 + M1 - M3) g
10. Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar
uma mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão
na mola neste momento?
Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
02. Resposta: A.
𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²
03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²
04. Resposta: B.
T = Fat+Px
Px = Psen = 10.10.0,5 = 50N
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A tração é igual ao peso do bloco pendurado
T = mg = 8.10 = 80N
Substituindo na equação:
80 = Fat+50
Fat = 80-50 =30N
05. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N
06. Resposta: C.
07. Resposta: D.
Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5
08. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px = Fat
Fat = m.g.sen
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09. Resposta: C.
N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3) g
10. Resposta
𝐸 𝑀 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑀 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
1 1 1 1
𝑚𝑣2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚𝑣2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2
1 1 1 1
10. (12)2 + . 2000.0 = . 10.0 + . 2000. 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2
Gravitação
Aceleração Gravitacional
Segundo Galileu Galilei (1564-1642) se deixarmos cair objetos de pesos diferentes do alto de uma
torre, eles irão cair com a mesma velocidade. Isto é, cairão com a mesma aceleração, que é uma medida
da variação da velocidade em relação ao tempo que passa. Existe ao redor da terra uma região conhecida
como campo gravitacional, que atrai os corpos para o centro da Terra, essa atração ocorre por influência
de uma força conhecida como, força gravitacional.
Todos os corpos sofrem influência desta força, segundo Newton o peso dos corpos estão sempre no
sentido do centro da Terra. Quando o campo gravitacional age sobre os corpos faz com que eles sofram
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variação em sua velocidade, adquirindo aceleração da gravidade. A trajetória de um corpo em queda livre
(exceto nos polos) não é uma reta que aponta para o centro da Terra, uma vez que a aceleração da
gravidade não é a resultante, há também a aceleração de Coriolis, a qual “empurra” o corpo no para leste
ou oeste, dependendo da posição de queda sobre a Terra. Todos os corpos que estão na superfície
terrestre sofrem influência da força peso, direcionando para o centro da Terra. Está força é representada
pela equação:
Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade
Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:
Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Onde:
A = aceleração da gravidade
m = massa do astro
r = distância do centro do objeto
G = constante universal da gravitação
Para calcularmos a aceleração da gravidade de corpos que estão entorno dos planetas, como a nossa
Lua, por exemplo, utilizamos a seguinte equação matemática:
Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.
Dedução Matemática
Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
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quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.
A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.
Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2,
proporcionais ao produto das duas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância (r)
entre elas. G é a constante gravitacional.
A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:
Onde
F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;
m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os
fenômenos terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da
ciência moderna.
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Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração desta “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.
Leis de Kepler
Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.
Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.
O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
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3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos
O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma
constante k, igual a todos os planetas.
Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.
Para estudar o movimento dos astros, é possível fazer uma analogia com o que ocorre quando fazemos
girar verticalmente um corpo preso a uma corda. Se o girarmos muito devagar, quando ele atingir o ponto
mais alto cairá devido a seu peso. Se o girarmos muito depressa, a corda se romperá e o corpo será
arremessado. Para que ele gire mantendo uma órbita fixa, é preciso que exista uma força que o mantenha
nessa órbita.
No Universo, os planetas, satélites, estrelas e outros corpos experimentam grandes forças de atração
entre si em virtude do elevado valor de sua massa. Se existissem apenas estas forças, os diferentes
corpos acabariam se chocando. No entanto, esses corpos têm um movimento perfeitamente ordenado.
Nos corpos que orbitam em torno de uma estrela, as forças de atração determinam trajetórias precisas e
conhecidas. Considerando isso tudo, vamos explicar alguns fenômenos que ocorrem em função das
forças gravitacionais e do movimento dos corpos celestes.
As Estações
A Terra demora um ano para dar uma volta ao redor do Sol e descreve uma órbita elíptica. O eixo da
Terra mantém certa inclinação em relação ao Sol, e é isso que determina as estações. Ao contrário do
que muitos pensam, o verão ou o inverno não chegam quando a Terra está mais próxima ou mais longe
do Sol, e sim quando a inclinação de seu eixo acarreta a incidência mais concentrada da energia solar
em um hemisfério. Quando a posição da Terra em seu movimento corresponde a uma inclinação do eixo
para dentro de sua órbita, é inverno no Hemisfério Sul. Quando o eixo está inclinado para fora, é verão.
1
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html
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A Lua exerce uma força de atração sobre a Terra. A parte líquida da Terra, especialmente os oceanos,
precisa variar de forma para compensar essa força. Na face voltada para a Lua, a água se eleva alguns
metros acima do nível médio. Na face oposta à Lua, o nível recua alguns metros. A força de atração que
a Lua exerce sobre a Terra faz a superfície do oceano se esticar. Um de seus extremos se aproxima da
Lua e o outro se afasta. Quando a água alcança a altura máxima, diz-se que há maré alta, ou preamar, e
quando se encontra no nível mínimo, fala-se de maré baixa, ou baixa-mar.
Esses fenômenos repetem-se uma ou duas vezes por dia. O Sol também influi nas marés, mas, como
se encontra mais longe da Terra do que a Lua, sua ação é menor. Somente quando o Sol, a Lua e a Terra
estão alinhados no espaço, o aumento do nível das marés é muito maior. Durante os quartos crescente
e minguante, o Sol forma um ângulo reto com a Lua, e as marés são menos pronunciadas do que o
normal: são as marés mortas, ou de quadratura.
A origem do universo é um tema que sempre interessou a toda a humanidade. Em todos os povos, em
todas as épocas, surgiram muitas e muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que
conhecemos. No passado, a religião e a mitologia eram as únicas fontes de conhecimento. Elas
propunham certa visão de como um ou vários deuses produziram este mundo. Há mais de dois mil anos,
surgiu o pensamento filosófico. Ele propôs novas ideias, modificando ou mesmo abandonando a tradição
religiosa. Por fim, com o desenvolvimento da ciência, apareceu outro modo de estudar a evolução do
universo.
Atualmente, a ciência predomina. É dessa ciência que muitos esperam obter a resposta às suas
indagações sobre a origem do universo. Muitas vezes, lemos notícias em jornais e revistas apresentando
pesquisas recentes sobre a formação do universo. Na tentativa de chamar a atenção para uma nova
descoberta, os jornalistas às vezes exageram sua importância e publicam manchetes do tipo: “Acaba de
ser provado que o universo começou de uma explosão”. Mas foi provado, mesmo?
As notícias, quase sempre, dão a impressão de que acabaram todos os mistérios, que não há mais
dúvidas sobre o início e evolução do cosmo. Mas a verdade não é exatamente essa. Há dezenas de anos,
os jornais repetem as mesmas manchetes, com notícias diferentes. Quem se der ao trabalho de consultar
tudo o que já se publicou sobre o assunto, verá que os meios de comunicação revelam sempre um enorme
otimismo. O resultado de cada nova pesquisa é apresentado como se tivesse sido conseguida a solução
final. Mas se a notícia de trinta anos atrás fosse correta, não poderiam ter surgido todas as notícias dos
2
http://www.ghtc.usp.br/Universo/intro.html
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anos seguintes - até hoje - repetindo sempre que certo cientista ou grupo de pesquisadores “acaba de
provar” que o universo começou assim e assim.
A ciência tem evoluído, isso é inegável. Durante o século XX, nossos conhecimentos aumentaram de
um modo inconcebível. Entretanto, nem todos os problemas foram resolvidos. A ciência ainda não
esclareceu a maior parte das dúvidas. As teorias sobre a origem do universo ainda devem sofrer muitas
mudanças, no futuro. Por isso, ninguém deve esperar encontrar aqui a resposta final. A última palavra
ainda não foi dita.
A ciência não é o único modo de se estudar e tentar captar a realidade. O pensamento filosófico e
religioso possuem também grande importância. As antigas indagações ressurgem sempre: será possível
que esse universo tenha surgido sem uma intervenção divina? Até que ponto a ciência e a religião se
contradizem ou se completam?
Ao longo da história da humanidade, desenrolou-se - e ainda se desenrola - um enorme esforço para
descobrir de onde veio tudo aquilo que existe. É a história desse esforço que será descrita neste livro.
Apenas sabendo todas as fases pelas quais já passou o pensamento humano, podemos tentar avaliar
corretamente o estágio atual de nossos conhecimentos. Para isso, não podemos nos limitar apenas às
investigações mais recentes, nem apenas à ciência. Devemos recuar a um passado distante, e
acompanhar essa grandiosa aventura intelectual da humanidade: a tentativa de entender a origem do
universo, a sua própria origem e o seu próprio significado.
Em nossa viagem, encontraremos alguns dos maiores pensadores de toda a história. Muitas teorias
são difíceis ou obscuras. É preciso certo esforço para entendê-las. Mas vale à pena esse esforço de
elevar-se e poder dialogar com alguns dos maiores gênios da humanidade. Nossa viagem pela história
do pensamento humano nos mostrou muitas tentativas realizadas para se compreender a origem de
nosso universo. Essa busca existiu em todas as civilizações, em todos os tempos. Mas a forma de buscar
essa explicação variou muito. O mito, a filosofia, a religião e a ciência procuraram dar uma resposta às
questões fundamentais: O universo existiu sempre, ou teve um início? Se ele teve um início, o que havia
antes? Por que o universo é como é? Ele vai ter um fim?
Nosso conhecimento moderno sobre o universo está muito distante daquilo que era explicado pelos
mitos e pela religião. Nenhum mito ou religião descreveu o surgimento do sistema solar, do Sol, das
galáxias ou da própria matéria. Esperaríamos da ciência uma resposta às nossas dúvidas, mas ela
também não tem as respostas finais. Por que não desistimos, simplesmente, de conhecer o início de
tudo? Que importância pode ter alguma coisa que talvez tenha ocorrido há 20 bilhões de anos?
A presença universal de uma preocupação com a origem do universo mostra que esse é um elemento
importante do pensamento humano. Possuir alguma concepção sobre o universo parece ser importante
para que possamos nos situar no mundo, compreender nosso papel nele. Em certo sentido, somos um
microcosmo. O astrônomo James Jeans explicava o interesse dos cientistas por coisas tão distantes de
nossa vida diária, da seguinte maneira:
Ele quer explorar o universo, tanto no espaço quanto no tempo, porque ele próprio faz parte do
universo, e o universo faz parte do homem. Essa busca de uma compreensão do universo e do próprio
homem ainda não terminou. De uma forma ou de outra, todos participamos dessa mesma procura. Uma
procura que tem acompanhado e que ainda deverá continuar a acompanhar todos os passos da
humanidade.
Big Bang
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo,
embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na
teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do
espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble
descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus
desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar
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que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente
diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.
Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais
próximos no passado. Esta ideia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e
temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e
testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm
capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia.
Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big
Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve
e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos
leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de
processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica
e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949.
Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria
do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso
e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle
mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear
para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação
cósmica de fundo em micro-ondas em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade
de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas
ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria
do Big Bang devem ter ocorrido.
A importância da descoberta da radiação cósmica de fundo é que ela representa um “fóssil” de uma
época em que o universo era muito novo, sendo a maior evidência da existência do Big Bang. Ela é
proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação).
Questões
Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é……………….e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) menor; menor
b) menor; igual
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c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior
03. (UEMG-MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:
04. (MACKENZIE-SP) Dois satélites de um planeta tem períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?
05. (PUC-SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:
(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F
Respostas
01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2
mA é a massa do satélite A.
mB=2mA
rB=2rA
𝑀 1 𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹𝐵 = 𝐺 ∙ 2𝑚𝐴 ∙ 2 =
4𝑅𝐴 2 𝑅𝐴2
Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.
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02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.
03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.
2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.
05. Resposta. A
F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F
Estática
Princípios básicos
A estática é a parte da física que se preocupa em explicar questões como:
Por que em uma mesa sustentada por dois pés, estes precisam estar em determinada posição para
que esta não balance?
Por que a maçaneta de uma porta sempre é colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
Por que um quadro pendurado em um prego precisa estar preso exatamente em sua metade?
Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais do que por suas extremidades?
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Estática de um ponto
Primeiramente vamos definir o que é Ponto Material, isto é:
Um corpo pode ser considerado um Ponto Material quando suas dimensões (comprimento,
largura e profundidade) podem ser desprezadas em um dado fenômeno em comparação as demais
grandezas físicas que estão sendo estudadas.
Agora, para entendermos a estática no ponto material é necessário que saibamos a condição
necessária para que esse ponto esteja em equilíbrio, isto é, para que possamos afirmar que um ponto
material está parado, em um dado referencial, temos que garantir que a sua velocidade vetorial seja
constante com o tempo, sendo assim a sua aceleração vetorial é zero (nula). Logo, como vimos na aula
sobre as Leis de Newton, a 2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) nos diz
que , concluímos então que a força resultante no sistema é zero.
Portanto, a condição necessária para afirmar que um ponto material está em equilíbrio quando a
resultante das forças aplicada nele for nula, isto é, .
Logo, para fazer o cálculo da força resultante deveremos decompor os vetores nos eixos x e y, e
verificar se a soma no eixo x é zero e a do eixo y, também, é zero.
Exemplos:
1. Um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três forças, conforme a figura abaixo.
Demonstre que isso é verdade.
Resolução:
Para fazermos a demonstração é necessário provar que a resultante das forças no eixo x é zero e a
resultante das forças no eixo y também é zero.
Portanto, utilizaremos o que aprendemos na aula de decomposição de vetores, isto é, faremos um
esquema só com os vetores no sistema cartesiano, isto é:
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Como mostra o esquema, podemos separar as forças que atuam nos dois eixos, isto é:
EIXO X:
FRx = F1 + F2x , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F1 = F2x . Mas como sabemos a F2X = F2 . cos , logo temos que:
F2X = F2 . cos F2X = 150 . cos 36,9º F2X = 150. 0,8 F2X = 120N
Provamos que a F2X = F1, isto é, F2X = F1 = 120N
EIXO Y:
FRY = F3 + F2Y, como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F3 = F2Y. Mas como sabemos a F2Y = F2 . sen , logo temos que:
F2Y = F2 . sen F2Y = 150 . sen 36,9º F2Y = 150. 0,6 F2X = 90N
Provamos que a F2Y = F3 , isto é, F2Y = F3 = 90N
2. Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?
Sendo:
Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
E, seguindo a condição de equilíbrio:
Centro de massa
Um corpo extenso pode ser considerado um sistema de partículas, cada uma com sua massa.
A resultante total das massas das partículas é a massa total do corpo. Seja CM o ponto em que
podemos considerar concentrada toda a massa do corpo, este ponto será chamado Centro de Massa do
corpo.
Para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio
centro geométrico do sistema. Como no caso de uma esfera homogênea, ou de um cubo perfeito.
Para os demais casos, o cálculo do centro de massa é feito através da média aritmética ponderada
das distâncias de cada ponto do sistema.
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Para calcularmos o centro de massa precisamos saber suas coordenadas em cada eixo do plano
cartesiano acima, levando em consideração a massa de cada partícula:
Então o Centro de Massa do sistema de partículas acima está localizado no ponto (1,09 , 0,875), ou
seja:
HIDROSTÁTICA
A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação
de uma força tangencial por menor que ele seja.
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O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes:
“Líquidos é aquela substância que adquire a forma do recipiente que a contém possuindo volume definido
e, é praticamente, incompressível. Já o gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar
superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.
A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:
Exemplo:
PRESSÃO
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
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Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.
Sendo:
p = Pressão (Pa)
F = Força (N)
A = Área (m²)
Exemplo:
Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.
Como:
A massa do líquido é:
mas , logo:
Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.
Pressão atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg
Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.
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Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:
Po=1 atm =1 .105 Pa
Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:
P=P0+dgh
P= 105+(103.10.100)
P= 1100000 Pa
Ou
𝟏𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
P= 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
P=11 atm
TEOREMA DE STEVIN
As pressões em Q e R são:
Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto
entre a densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades
dos pontos."
Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.
TEOREMA DE PASCAL
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:
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Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:
Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.
Assim:
Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."
Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆P = γ ⋅ ∆h
∆P = 10000. 4
∆P = 40000 Pa
Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.
Prensa hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu
interior existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de
pressão sobre o líquido dado por:
Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a
todos os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da
aplicada:
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1462868 E-book gerado especialmente para ANA CAROLINA MORAIS
Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:
Exemplo:
1. Considere o sistema a seguir:
Dados:
PRINCÍPIO DO EMPUXO
Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e
a representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).
Exemplo:
1. Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo
de volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²
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Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas
podemos usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido
Exemplo:
1. Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0 . 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d
= 0,90 . 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido
pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.
d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N
Noções de Hidrodinâmica
A hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento.
Equação da continuidade
Suponhamos que um líquido esteja se movendo numa tubulação qualquer, em regime uniforme e
consideremos u trecho da tubulação, cuja secção longitudinal está representada na figura abaixo.
Suponha que no trecho da tubulação mostrado o líquido esteja se movendo da esquerda para a direita.
Sejam S1 e S2 as áreas das secções retas da tubulação nas regiões 1 2 e v1 e v2 as velocidades das
partículas líquidas por ali passam.
Demonstra-se que
S1.v1 = S2.v2
Esta expressão é conhecida como equação da continuidade. A partir dela podemos concluir que se o
diâmetro do tubo diminui, então a velocidade de escoamento do fluido no interior do tubo aumenta e vice-
versa. Observa-se ainda que nas paredes mais estreitas do tubo de corrente as linhas de corrente estão
mais próximas, indicando maior velocidade do fluido.
Um exemplo simples que evidencia as conclusões obtidas com a equação da continuidade, é o
escoamento das águas de um rio. Nas regiões em que o rio é largo, a água flui calmamente. Entretanto,
quando o rio se estreita e as margens estão mais próximas, a correnteza atinge velocidades maiores.
Vazão de volume
O produto S.v corresponde a DV/Dt. O produto S.v é chamado de vazão de volume ou simplesmente
vazão. Representa-se pela letra Q. e sua unidade de medida no SI é m³/s.
Logo, a vazão mede o volume de fluido de atravessa determinada secção por unidade de
tempo:
Q = S.v
Portanto a equação da continuidade impõe que a vazão de volume através de um tubulação é
constante em qualquer secção transversal que se considere.
Teorema de Bernoulli
O teorema de Bernoulli, em essência, estabelece que a energia de um fluido em fluxo permanente, é
constante ao longo do caminho descrito pelo fluido.
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Essa relação nos mostra principalmente que, em uma canalização horizontal, um estrangulamento
implica - pela equação da continuidade - um aumento na velocidade do fluxo e, consequentemente, uma
diminuição de pressão.
Então, quanto maior é a velocidade de um fluido menor é a pressão que ele exerce.
Exemplo:
1. Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de secção reta de 100 cm 2, passa água com
uma vazão de 7200 litros por hora.
Viscosidade3.
A água irá fluir através de um tubo aberto conectado a uma caixa de água, como mostra a figura
abaixo.
3
http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/viscosidade.html
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A fim de parar a água devemos exercer uma pressão no extremo aberto. Devemos exercer uma força.
Uma maneira prática de fazer isso é utilizar uma torneira. Utilizando um parafuso com um grande abridor,
diminuímos consideravelmente a força que temos que aplicar (razão: torque). O esquema interno de uma
torneira é mostrado abaixo. Um parafuso empurra uma carrapeta (um tampão) na direção de uma parte
da tubulação onde passa a água.
Fluidos reais, como o ar, água, óleo, sangue, shampoo, não obedecem perfeitamente a equação de
Bernoulli. Situações reais, como o efeito da tensão superficial, e da viscosidade, não podem ser descritos
com a equação de Bernoulli.
A viscosidade de um fluido é basicamente uma medida de quanto ela gruda. A água é um fluido com
pequena viscosidade. Coisas como shampoo ou xaropes possuem densidades maiores. A viscosidade
também depende da temperatura. O óleo de um motor, por exemplo, é muito menos viscoso a
temperaturas mais altas do que quando o motor está frio.
Para fluidos que se movem através de tubos, a viscosidade leva a uma força resistiva. Esta resistência
pode ser imaginada como uma força de atrito agindo entre as partes de um fluido que estão se movendo
a velocidades diferentes. O fluido muito perto das paredes do tubo, por exemplo, se move muito mais
lentamente do que o fluido no centro do mesmo.
O fluido em um tubo sofre forças de atrito. Existe atrito com as paredes do tubo, e com o próprio fluido,
convertendo parte da energia cinética em calor. As forças de atrito que impedem as diferentes camadas
do fluido de escorregar entre si são chamadas de viscosidade. A viscosidade é uma medida da resistência
de movimento do fluido. Podemos medir a viscosidade de um fluido medindo as forças de arraste entre
duas placas. Veja a figura.
Se medirmos a força necessária para manter a placa superior movendo-se a uma velocidade
constante v0, acharemos que ela é proporcional a área da placa, e a v0/d, onde d é a distância entre as
placas. Ou seja,
. 82
1462868 E-book gerado especialmente para ANA CAROLINA MORAIS
Equação de Poiseuille.
A equação que governa o movimento de um fluido dentro de um tubo é conhecida como equação de
Poiseuille. Ela leva em consideração a viscosidade, embora ela realmente só é válida para escoamento
não-turbulento (escoamento laminar). O sangue fluindo através dos canais sangüineos não é exatamente
um escoamento laminar. Mas aplicando a equação de Poiseuille para essa situaçao é uma aproximação
razoável em premiera ordem, e leva a implicações interessantes.
A equação de Pouiseuille para a taxa de escoamento (volume por unidade de área), Q, é dada por
onde P1-P2 é a diferença de pressão entre os extremos do tubo, L é o comprimento do tubo, r é o raio
do tubo, e h é o coeficiente de viscosidade.
Se um fluido estiver fluindo suavemente através de um tubo, ela está em um estado de escoamento
laminar. A velocidade em um dado ponto não muda no valor absoluto e na direção e sentido. Dizemos
que a água está em fluindo em um estado de fluxo contínuo. Um pequeno volume do fluido se movimenta
ao longo de uma linha de fluxo, e diferentes linhas de fluxo não se cruzam. No escoamento laminar a
equação de Bernoulli nos diz que nas regiões em que a velocidade é maior a pressão é menor. Se as
linhas de fluxo são comprimidas em uma região, a pressão é menor naquela região.
(Em gases a equação de Bernoulli pode ser aplicada a um escoamento laminar se o fluxo de
velocidade for muito menor do que a velocidade do som no gás. No ar podemos aplicá-la se a velocidade
for menor do que 300 km/h.)
Se um fluido com escoamento laminar flui em torno de um obstáculo, ele exerce uma força de arraste
sobre o obstáculo. As forças de fricção aceleram o fluido para trás (contra a direção do escoamento) e o
obstáculo para frente (na direção do fluido).
A figura acima porde ser vista como um fluido passando por uma esfera em um sistema de referência,
ou uma esfera movendo-se através de um fluido em outro sistema de referência.
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Tensão superficial.
De acordo com o princípio de Arquimedes, uma agulha de aço afunda na água. Porém, se colocarmos
uma agulha cuidadosamente sobre a superfície da água, ela pode flutuar devido à tensão superficial - o
líquido reage como se fosse uma membrana.
Uma maneira de se pensar na tensão superficial é em termos de energia. Quanto maior for a superfície,
maior será a energia que está acumulada nela. Para minimizar a energia, a maioria dos fluidos assumem
formas com a menor área de superfície. Esta é a razão pela qual pequenas gotas de água são redondas.
Uma esfera tem a superfície de menor área possível para um dado volume. Bolhas de sabão também
tendem a se formar com áreas de menor superfície (esferas).
Precisa-se de trabalho para aumentar a área de um líquido. A tensão de superfície pode ser definida
como sendo esse trabalho:
Se tivermos um filme fino, e tentarmos esticá-lo, o filme resiste. A tensão de superfície também pode
ser definida como a força F por unidade de comprimento L que resiste ao esticamento:
Questões
03. (FCC) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com água,
ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical mínima
capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
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(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2
04. Dado um corpo arbitrário com massa 12kg concentrada em um ponto P ligado a outro de massa
10kg concentrada em um ponto Q ligado por um fio ideal que atravessa uma polia ideal, assim como na
figura abaixo. Qual deve ser o coeficiente de atrito para que este sistema esteja em equilíbrio?
05. Dois cabos seguram um bloco de massa 20kg, um deles, com intensidade 20N, forma um ângulo
de 45° com a horizontal. O outro, forma um ângulo de 120° partindo da horizontal. Qual a força aplicada
a este cabo para que o bloco fique em equilíbrio verticalmente?
06. Três partículas localizam-se em posições: a (2,4), b (3,-1), c (1,0), d (-5,-2), e (0,0). Sendo a massa
destas partículas, respectivamente, 5kg, 16kg, 0,1kg, 0,9kg e 10kg. Qual é o centro de massa deste
sistema?
07. A ferramenta usada em oficinas mecânicas para levantar carros chama-se macaco hidráulico. Em
uma situação é preciso levantar um carro de massa 1000kg. A superfície usada para levantar o carro tem
área 4m², e a área na aplicação da força é igual a 0,0025m². Dado o desenho abaixo, qual a força aplicada
para levantar o carro?
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08. (UNIFOR-CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido,
de 1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,
(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15
Respostas
01. Resposta: E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.
02. Resposta: E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.
03. Resposta: A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N
FR = E - P = 80 - 48 = 32 N
04. Resposta:
Analisando individualmente cada um dos pontos onde há alguma força aplicada:
e
No sentido vertical para P:
Mas para que o corpo esteja em equilíbrio a=0. Então somando o sistema acima temos:
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05. Resposta:
Verticalmente:
06. Resposta:
Utilizando o princípio da média aritmética ponderada, podemos calcular o centro de massa em cada
eixo do plano cartesiano:
𝑚𝑎.𝑥𝑎+𝑚𝑏.𝑥𝑏+𝑚𝑐.𝑥𝑐+𝑚𝑑.𝑥𝑑+𝑚𝑒.𝑥𝑒
CMx =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒
5.2+16.3+0,1.1+0,9.(−5)+10.0
CMx =
5+16+0,1+0,9+10
10+48+0,1−4,5+0
CMx =
32
53,6
CMx = = 1,67
32
𝑚𝑎.𝑦𝑎+𝑚𝑏.𝑦𝑏+𝑚𝑐.𝑦𝑐+𝑚𝑑.𝑦𝑑+𝑚𝑒.𝑦𝑒
CMy =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒
5.4+16.(−1)+0,1.0+0,9.(−3)+10.0
CMy =
5+16+0,1+0,9+10
20−16+0−2,7+0
CMy = 32
1,3
CMy= 32
= 0,04
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Logo CM (1,67 , 0,04)
07.Resposta
𝐹 𝑃
=
𝐴 𝐴
𝑃.
F= 𝐴
1000.10.0,0025
𝐹=
4
F= 6,25N
08.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos: Po = 1 atm = 105 Pa; h =
10 m;
Calculemos a pressão hidrostática:
P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:
d'=80%.d
d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'
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OSCILAÇÕES E ONDAS
Movimento Harmônico Simples: equações horárias de movimento, energia,
sistema massa-mola e pêndulo simples;
Ondas em Cordas: velocidade de propagação, propagação de um pulso,
função de uma onda senoidal se propagando, princípio de Huyghens,
reflexão e refração, superposição de ondas, ondas estacionárias e
ressonância;
Ondas Sonoras: velocidade de propagação, funções da onda de
deslocamento e de pressão de uma onda plana senoidal progressiva, onda
esférica, frentes de onda, intensidade sonora e nível de intensidade sonoro,
interferência, difração, ressonância, tubos sonoros e efeito Doppler;
Luz: velocidade de propagação, reflexão, refração, índice de refração de um
meio, interferência e difração.
1 – Inicialmente a mola está em repouso sendo que a energia potencial do corpo é zero e a cinética é
máxima. Sua velocidade é máxima e sua aceleração é zero.
2 – O corpo está com amplitude A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua velocidade é
zero e sua aceleração é mínima. ( Note que a força está sendo dirigida para o sentido negativo.)
3 – O corpo está com sua amplitude em – A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua
velocidade é zero e sua aceleração é máxima. ( Note que a força está sendo dirigida para o sentido
positivo.)
4 – Para configurar o MHS o corpo retorna à sua posição inicial com todas suas características.
No caso de um corpo preso a uma mola podemos demonstrar como calcular o período do movimento.
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Exemplo:
A Terra demora 1 ano para completar uma volta ao redor do Sol. Este é chamado um movimento
periódico e 1 ano é o período do movimento. Qual é a frequência do movimento da Terra em torno do
Sol? Considere 1 ano = 365 dias.
Primeiramente devemos transformar a unidade de ano para a que se utiliza inversamente na
frequência, ou seja, segundo.
FUNÇÕES HORÁRIAS
Chamamos um movimento de harmônico quando este pode ser descrito por funções horárias
harmônicas (seno ou cosseno), que são assim chamadas devido à sua representação gráfica:
Função Seno
Função Cosseno
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Quando isto acontece, o movimento é chamado Movimento Harmônico Simples (MHS).
Para que o estudo desse movimento seja simplificado, é possível analisá-lo como uma projeção de um
movimento circular uniforme sobre um eixo.
Repare que o sinal de v é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o
movimento é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
e
Assim, podemos substituir estas igualdades e teremos a função horária da velocidade no MHS:
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Decompondo o vetor aceleração centrípeta:
Repare que o sinal de a é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o
movimento é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
Ou
Por exemplo, no instante t=0, uma partícula que descreve um MHS está na posição , então
determina-se sua fase inicial representando o ponto dado projetado no ciclo trigonométrico:
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Exemplos:
(1) Uma partícula em MHS, com amplitude 0,5m, tem pulsação igual a e fase inicial , qual
sua elongação, velocidade e aceleração após 2 segundos do início do movimento?
Assim como visto anteriormente o valor da aceleração para uma partícula em MHS é dada por:
Então, pela 2ª Lei de Newton, sabemos que a força resultante sobre o sistema é dada pelo produto de
sua massa e aceleração, logo:
Como a massa e a pulsação são valores constantes para um determinado MHS, podemos substituir o
produto mω² pela constante k, denominada constante de força do MHS.
Obtendo:
Com isso concluímos que o valor algébrico da força resultante que atua sobre uma partícula que
descreve um MHS é proporcional à elongação, embora tenham sinais opostos.
Esta é a característica fundamental que determina se um corpo realiza um movimento harmônico
simples.
Chama-se a força que atua sobre um corpo que descreve MHS de força restauradora, pois ela atua
de modo a garantir o prosseguimento das oscilações, restaurando o movimento anterior.
Sempre que a partícula passa pela posição central, a força tem o efeito de retardá-la para depois poder
trazê-la de volta.
Ponto de equilíbrio do MHS
No ponto médio da trajetória, a elongação é numericamente igual a zero (x=0), conseqüentemente a
força resultante que atua neste momento também é nula (F=0).
Este ponto onde a força é anulada é denominado ponto de equilíbrio do movimento.
Período do MHS
Grande parte das utilidades práticas do MHS está relacionado ao conhecimento de seu período (T), já
que experimentalmente é fácil de medi-lo e partindo dele é possível determinar outras grandezas.
Como definimos anteriormente:
k=mω²
A partir daí podemos obter uma equação para a pulsação do MHS:
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Mas, sabemos que:
Exemplo:
(1) Um sistema é formado por uma mola pendurada verticalmente a um suporte em uma extremidade
e a um bloco de massa 10kg. Ao ser posto em movimento o sistema repete seus movimentos após cada
6 segundos. Qual a constante da mola e a freqüencia de oscilação?
Para um sistema formado por uma massa e uma mola, a constante k é equivalente à constante elástica
da mola, assim:
OSCILADOR MASSA-MOLAR
Um oscilador massa-mola ideal é um modelo físico composto por uma mola sem massa que possa ser
deformada sem perder suas propriedades elásticas, chamada mola de Hooke, e um corpo de
massa m que não se deforme sob ação de qualquer força.
Este sistema é fisicamente impossível já que uma mola, por mais leve que seja, jamais será
considerada um corpo sem massa e após determinada deformação perderá sua elasticidade. Enquanto
um corpo de qualquer substância conhecida, quando sofre a aplicação de uma força, é deformado,
mesmo que seja de medidas desprezíveis.
Mesmo assim, para as condições que desejamos calcular, este é um sistema muito eficiente. E sob
determinadas condições, é possível obtermos, com muita proximidade, um oscilador massa-mola.
Assim podemos descrever dois sistemas massa-mola básicos, que são:
Oscilador massa-mola horizontal
É composto por uma mola com constante elástica K de massa desprezível e um bloco de massa m,
postos sobre uma superfície sem atrito, conforme mostra a figura abaixo:
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Como a mola não está deformada, diz-se que o bloco encontra-se em posição de equilíbrio.
Ao modificar-se a posição do bloco para um ponto em x, este sofrerá a ação de uma força restauradora,
regida pela lei de Hooke, ou seja:
Como a superfície não tem atrito, esta é a única força que atua sobre o bloco, logo é a força resultante,
caracterizando um MHS.
Sendo assim, o período de oscilação do sistema é dado por:
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Ou seja, é o ponto onde a força elástica e a força peso se anulam. Apesar da energia potencial elástica
não ser nula neste ponto, considera-se este o ponto inicial do movimento.
Partindo do ponto de equilíbrio, ao ser "puxado" o bloco, a força elástica será aumentada, e como esta
é uma força restauradora e não estamos considerando as dissipações de energia, o oscilador deve se
manter em MHS, oscilando entre os pontos A e -A, já que a força resultante no bloco será:
Mas, como o peso não varia conforme o movimento, este pode ser considerado como uma constante.
Assim, a força varia proporcionalmente à elongação do movimento, portanto é um MHS.
Tendo seu período expresso por:
PÊNDULO SIMPLES
Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua
movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil
previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns deles são os pêndulos
físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples,
e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples.
Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas
extremidades e livre por outra, representado da seguinte forma:
A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio, sendo
assim, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:
No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco descrito
pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso,
dado porℓ, assim:
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Onde ao substituirmos em F:
Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a
força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos,
, o valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo.
Então, ao considerarmos os caso de pequenos ângulos de oscilação:
Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo
simples descreve um MHS.
Como para qualquer MHS, o período é dado por:
e como
ACÚSTICA
É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.
SOM E SUA PROPAGAÇÃO
O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:
A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:
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A velocidade do som na água é aproximadamente igual a 1450m/s e no ar, à 20°C é 343m/s.
A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do gás, é possível
inclusive demonstrar experimentalmente que a velocidade do som em gases é dada por:
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.
Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
INTERVALO ACÚSTICO
INTENSIDADE SONORA
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:
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Então, também podemos expressar a intensidade por:
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora
suportável pelo ouvido:
Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.
REFLEXÃO DO SOM
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.
Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
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Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.
TUBOS SONOROS4
B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.
A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico.
Vejamos:
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:
4
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z
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Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e fn, a frequência de um harmônico de ordem n, vem:
B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:
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Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f (2n – 1), a freqüência de um harmônico de ordem (2n -
1), vem:
EFEITO DOPPLER
. 102
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Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
Ou seja:
No entanto:
Então:
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique
parado, se utilizarmos:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte
se afasta.
Supondo que a fonte esteja em repouso e o observador se movimente:
No caso em que o observador se aproxima da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
mais frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser maior que a
frequência emitida pela fonte. Neste caso, o comprimento de onda não é alterado, mas a velocidade de
propagação é ligeiramente aumentada.
Mas:
e
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
. 103
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Então:
No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
Mas:
e
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
Então:
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte
se afasta.
Conhecendo estas quatro possibilidades de alteração na frequência de onda observada podemos
escrever uma fórmula geral para o efeito Doppler se combinarmos todos os resultados, sendo ela:
Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.
obs.:A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das pregas
vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já as pregas
vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.
. 104
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b) Intensidade ou volume: É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para
sons de mesma frequência a intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais
intenso é o som produzido.
c) Timbre: É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes.
O timbre depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho
da onda e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz
ondas com formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o
instrumento que o envia.
Intensidade
A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele atravessa., conforme
a equação abaixo
Notas
A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-12 w/m2.
Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação dolorosa,
ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.
. 105
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Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multipicar o resultado
encontrado por 10.
ONDAS
A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.
Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este meio
não acompanha a propagação.
Conforme sua natureza as ondas são classificadas em:
Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo. Alguns exemplos são os que acontecem em molas e cordas,
sons e em superfícies de líquidos.
Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.
Quanto a direção de propagação as ondas são classificadas como:
Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;
Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;
Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.
Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:
Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:
Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.
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Sendo A a amplitude da onda.
É denominado comprimento da onda, e expresso pela letra grega lambida (λ), a distância entre duas
cristas ou dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos
passem por um ponto e frequência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam
por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
Portanto, o período e a frequência são relacionados por:
A unidade internacionalmente utilizada para a frequência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à
passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo.
Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de:
Frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
Raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.
Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)
Exemplo:
(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?
1cm=0,01m
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REFLEXÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.
Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.
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Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.
REFRAÇÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:
1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio
refratado estão contidos no mesmo plano.
Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência
de refração, sendo matematicamente expressa por:
ONDE:
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
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propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.
SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.
Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura,
mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas:
Situação 1: os pulsos são dados em fase.
No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:
Numericamente:
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.
Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.
Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.
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Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude é negativo em relação ao eixo vertical, portanto <0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:
Numericamente:
Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.
Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas.
Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.
RESSONÂNCIA
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:
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A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:
Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.
PRINCÍPO DE HUYGENS
O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior.
Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de
frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.
Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.
A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.
Desta forma:
DIFRAÇÃO DE ONDAS
O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
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Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.
Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.
Se esta propagação acontecesse em linha reta, os raios continuariam retos, e a propagação depois
da fenda seria uma faixa delimitada pela largura da fenda. No entanto, há um desvio nas bordas.
Este desvio é proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso onde esta largura é muito inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares, independente da forma
geométrica das ondas incidentes.
EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).
Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.
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Questões
A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado
04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC/2013) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE/2013) Com relação às propriedades das ondas sonoras
e eletromagnéticas, julgue os itens a seguir. Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado
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07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ/2015) Se houvesse uma explosão no
Sol certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
(A) o som não se propaga no vácuo.
(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar
12.Um pêndulo demora 0,5 segundo para restabelecer sua posição inicial após passar por todos os
pontos de oscilação, qual sua frequência?
13.Qual deve ser a constante elástica de uma mola para que, quando colocada em um oscilador
massa-mola horizontal, considerando a força máxima admissível igual a 100N, suporte um movimento de
uma massa de 2kg em uma amplitude de 1m?
14.Qual a força exercida em um oscilador massa-mola de amplitude 0,3m, com massa 0,5kg, tendo
um período de 3 segundos, no momento em que sua elongação é máxima?
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Respostas
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.
02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.
04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.
06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.
07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.
08. Resposta: C.
09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.
10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.
Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1
Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2
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11.Resposta
Onda é um movimento causado por uma perturbação que se propaga. Analisando a natureza de todos
os tipos de ondas, os cientistas perceberam que podemos classificá- las em Ondas Mecânicas e Ondas
Eletromagnéticas.
Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo.
Exemplos: Som, ondas na água e as produzidas em cordas e molas.
Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram. Isso quer dizer que elas podem propagar-se tanto no vácuo
quanto em determinados meios materiais.
Exemplos: ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.
12.Resposta
Como o tempo dado equivale ao movimento completo do pêndulo, este é considerado o seu período
de oscilação, ou seja:
13.Resposta
Utilizando a equação da força, lembrando que para osciladores massa-mola a constante k equivale a
constante elástica da mola temos:
Para este caso utilizaremos os valores de elongação máxima (amplitude) e de maior força admissível
(lembrando que esta será restauradora, portanto, negativa), assim:
14.Resposta
Utilizando a equação:
Lembrando que:
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TERMOLOGIA Termometria: conceito de temperatura, lei zero da termodinâmica,
escalas termométricas, relação entre escalas termométricas, dilatação térmica
dos sólidos e líquidos; Calorimetria: conceito de calor, de capacidade térmica e
de calor específico, mudanças de fase, diagrama de fase, propagação de calor,
descrição dos gases ideais; Termodinâmica: primeira lei da termodinâmica,
transformações gasosas, máquinas térmicas, rendimento, ciclo de Carnot,
refrigerador ideal, transformações reversíveis e irreversíveis, segunda lei da
termodinâmica.
Escalas Termométricas
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro. O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um
bulbo de paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar. Quando a temperatura
do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação fazendo com que este se
dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está associada uma
temperatura. A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.
Escala Celsius: é a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo
astrônomo e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a
temperatura de congelamento da água sob pressão normal (0°C) e a temperatura de ebulição da água
sob pressão normal (100°C).
Escala Fahrenheit: outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa,
criada em 1708 pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a
temperatura de uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0°F) e a temperatura do corpo humano (212°F).
Escala Kelvin: também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William
Thompson (1824-1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Por convenção, não se usa “grau” para
esta escala, ou seja, 0K, lê-se zero kelvin e não zero grau kelvin.
Para que seja possível expressar temperaturas dadas em certa escala para outra qualquer deve-se
estabelecer uma convenção geométrica de semelhança. Por exemplo, convertendo uma temperatura
qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:
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Pelo princípio de semelhança geométrica:
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝑇 = 𝜃𝑐 + 273
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que chamamos
calor.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5°C para 15,5°C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por: 1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples.
Como 1 caloria é uma unidade pequena, utilizamos muito o seu múltiplo, a quilocaloria.
1 kcal = 10³cal
Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo. Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental
da Calorimetria, que diz que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da
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variação da temperatura e de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo
denominada calor específico. Assim:
𝑄 = 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃
Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.
Exemplo: Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer 1kg de água de 20°C para
200°C? Dado: calor específico da água = 1cal/g°C.
Cuidado com as unidades, são muito importantes nos cálculos e colocada errada, vai dar
diferença no resultado.
M=1kg=1000g
Q=1000.1.(200-20)=180000 cal=180kcal
Calor Latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente. A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e
de uma constante de proporcionalidade (L). Assim:
Exemplo: Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade
da água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água=540cal/g.
A fórmula é usada com massa, portanto quando o exercício estiver com volume, devemos
transformar.
𝑚
𝑑=
𝑣
1cm³-1ml-0,001 litros
1g----0,001 litros
x------1 litro
1
𝑥= = 1000 𝑔
0,001
Q=mL
Q=1000.540=540000 cal=540 kcal
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Curva de Aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:
Trocas de calor
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior. Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o
equilíbrio térmico. Como os corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se
encontram, toda a energia térmica passa de um corpo ao outro. Como, ao absorver calor Q>0 e ao
transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula, ou seja:
ΣQ=0
Capacidade Térmica
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade. Então, pode-se expressar esta relação por:
Sua unidade usual é cal/°C. A capacidade térmica de 1g de água é de 1cal/°C já que seu calor
específico é 1cal/g.°C.
Transmissão de Calor
Em certas situações, mesmo não havendo o contato físico entre os corpos, é possível sentir que algo
está mais quente. Como quando se chega perto do fogo de uma lareira. Assim, concluímos que de alguma
forma o calor emana desses corpos “mais quentes” podendo se propagar de diversas maneiras. Como já
vimos anteriormente, o fluxo de calor acontece no sentido da maior para a menor temperatura. Este
trânsito de energia térmica pode acontecer pelas seguintes maneiras:
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- condução;
- convecção;
- irradiação.
Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo. Definimos fluxo de
calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a quantidade de calor (Q) e
o intervalo de tempo de exposição (Δt):
Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo.
Exemplo: Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g
de mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a
fonte demora para realizar este aquecimento?
Q=100.0,033.30=99 cal
99.4,186=414,414 J
414,414
100 =
∆𝑡
∆𝑡 = 4,14 𝑠
Condução Térmica
É a situação em que o calor se propaga através de um “condutor”. Ou seja, apesar de não estar em
contato direto com a fonte de calor um corpo pode ser modificar sua energia térmica se houver condução
de calor por outro corpo, ou por outra parte do mesmo corpo. Por exemplo, enquanto cozinha-se algo, se
deixarmos uma colher encostada na panela, que está sobre o fogo, depois de um tempo ela esquentará
também. Este fenômeno acontece, pois, ao aquecermos a panela, suas moléculas começam a agitar-se
mais, como a panela está em contato com a colher, as moléculas em agitação maior provocam uma
agitação nas moléculas da colher, causando aumento de sua energia térmica, logo, o aquecimento dela.
Também é por este motivo que, apesar de apenas a parte inferior da panela estar diretamente em contato
com o fogo, sua parte superior também esquenta.
Dilatação Linear
Aplica-se apenas para os corpos em estado sólido, e consiste na variação de comprimento. Como, por
exemplo, em barras, cabos e fios. Ao considerarmos uma barra homogênea, por exemplo, de
comprimento L0 a uma temperatura inicial 0. Quando esta temperatura é aumentada até uma, observa-
se que esta barra passa a ter um comprimento L.
Fonte: www.sofisica.com.br
∆𝐿 = 𝐿0 ∙ 𝛼 ∙ ∆𝜃
Onde:
L=variação linear
L0=comprimento inicial
α=coeficiente linear de dilatação(°C-1)
=variação de temperatura
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Lâmina Bimetálica
Uma das aplicações da dilatação linear mais utilizadas no cotidiano é para a construção de lâminas
bimetálicas, que consistem em duas placas de materiais diferentes, e portanto, coeficientes de dilatação
linear diferentes, soldadas. Ao serem aquecidas, as placas aumentam seu comprimento de forma
desigual, fazendo com que esta lâmina soldada entorte.
Se você as submeter à mesma variação de temperatura, o sistema vai curvar-se para o lado da barra
de menor coeficiente de dilatação, quando aquecida e para o lado da barra de maior coeficiente de
dilatação, quando resfriada.
As lâminas bimetálicas são encontradas principalmente em dispositivos elétricos e eletrônicos, já que
a corrente elétrica causa aquecimento dos condutores, que não podem sofrer um aquecimento maior do
que foram construídos para suportar.
Quando é curvada a lâmina tem o objetivo de interromper a corrente elétrica, após um tempo em
repouso a temperatura do condutor diminui, fazendo com que a lâmina volte ao seu formato inicial e
reabilitando a passagem de eletricidade.
Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Dilatação Superficial
Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões, ou seja,
por área.
∆𝐴 = 𝐴0 ∙ 𝛽 ∙ ∆𝜃
Dilatação Volumétrica
Assim como na dilatação superficial, este é um caso da dilatação linear que acontece em três
dimensões.
Assim:
∆𝑉 = 𝑉0 𝛾 ∙ ∆𝜃
𝛽 𝛾
𝛼= =
2 3
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TERMODINÂMICA
Energia Interna
As partículas de um sistema têm vários tipos de energia, e a soma de todas elas é o que chamamos
Energia interna de um sistema. Para que este somatório seja calculado, são consideradas as energias
cinéticas de agitação, potencial de agregação, de ligação e nuclear entre as partículas. Nem todas estas
energias consideradas são térmicas. Ao ser fornecida a um corpo energia térmica, provoca-se uma
variação na energia interna deste corpo. Esta variação é no que se baseiam os princípios da
termodinâmica. Se o sistema em que a energia interna está sofrendo variação for um gás perfeito, a
energia interna será resumida na energia de translação de suas partículas, sendo calculada através da
Lei de Joule:
3
𝑈 = 𝑛𝑅𝑇
2
Onde:
U: energia interna do gás;
n: número de mol do gás;
R: constante universal dos gases perfeitos;
T: temperatura absoluta (kelvin).
Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá
da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja,
- Quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia interna
U>0.
- Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna
U<0.
- E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero
U=0.
Diagrama p x V
. 124
1462868 E-book gerado especialmente para ANA CAROLINA MORAIS
Comparando o diagrama à expressão do cálculo do trabalho realizado por um gás , é
possível verificar que o trabalho realizado é numericamente igual à área sob a curva do gráfico (em azul
na figura).
Com esta verificação é possível encontrar o trabalho realizado por um gás com pressão variável
durante sua transformação, que é calculado usando esta conclusão, através de um método de nível
acadêmico de cálculo integral, que consiste em uma aproximação dividindo toda a área sob o gráfico em
pequenos retângulos e trapézios.
1ª Lei da Termodinâmica
Exemplo: Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo
que a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?
𝑄 = 𝜏 + ∆𝑈
50=12+(U-100)
50=12-100+U
U=138J
2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas. Dois
enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e
Kelvin-Planck:
Enunciado de Clausius: o calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura
menor, para outro corpo de temperatura mais alta. Tendo como consequência que o sentido natural do
fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é
necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.
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Enunciado de Kelvin-Planck: é impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo
termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho. Este enunciado implica que,
não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja,
sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.
Máquinas Térmicas
As máquinas térmicas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala
na indústria, por volta do século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar
água em vapor, capaz de movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a
energia mecânica utilizável para as indústrias da época.
Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia
térmica se converta em energia mecânica (trabalho).
A fonte térmica fornece uma quantidade de calorQ1 que no dispositivo transforma-se em trabalho mais
uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho. Assim é válido que:
|𝜏| = |𝑄1 | − |𝑄2 |
Utiliza-se o valor absolutos das quantidades de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o
resfriamento, por exemplo, estes valores serão negativos. Neste caso, o fluxo de calor acontece da
temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da Termodinâmica, este fluxo não acontece
espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho externo, assim:
Podemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada como forma de
trabalho e a energia fornecida:
Considerando:
=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;
Q1=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
Q2=quantidade de calor não transformada em trabalho.
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𝜏
=
|𝑄1 |
|𝑄1 | − |𝑄2 |
=
|𝑄1 |
O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se
fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não
é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%). Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832)
propôs uma máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total,
estabelecendo um ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:
- Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de
aquecimento (L-M)
- Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
- Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
- Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a
quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:
|𝑄2 | 𝑇2
=
|𝑄1 | 𝑇1
Logo:
𝑇2
=1−
𝑇1
Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os
atritos ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará
a A e ficará oscilando entre A e B, pois não existe atrito.
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Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não
teve nenhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação
reversível.
Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda
de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma
transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia
térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho
Exemplo: Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor
da água e derrete, mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água
mais quente, o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a
conservação de energia seria mantida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas
transformações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são
ditos irreversíveis.
Questões
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Se as composições dos metais 1 e 2 forem, respectivamente,
(A) aço e cobre, então T1 > T2
(B) cobre e níquel, então T1 < T2
(C) aço e níquel, então T1 > T2
(D) aço e latão, então T1 > T2
(E) níquel e latão, então T1 < T2
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contendo água com massa m a e temperatura T a conhecidas e depois medir a temperatura da
combinação após o equilíbrio.
Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que m x é a massa da
substância, c xé seu calor específico, T x é sua temperatura inicial, c a é o calor específico da água e
T é a temperatura de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância c x a
expressão
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐴)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
(𝐵)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐶)
2𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
(𝐷)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
(𝐸)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
06. (SEDUC/PI – Professor- Física – NUCEPE/2015) Uma barra de aço possui um comprimento
de 5,000 m a uma temperatura de 20°C. Se aquecermos essa barra até que sua temperatura atinja
70°C, o comprimento final da barra, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do aço é α
= 12.10 -6 °C-1 será de
(A) 0,003m.
(B) 0,005m.
(C) 5,005m.
(D) 5,003m.
(E) 5,000m.
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Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
Respostas
01.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
02. Resposta: E.
Lembrando que o sistema vai curvar-se para o lado da barra de menor coeficiente de dilatação, quando
aquecida e para o lado da barra de maior coeficiente de dilatação, quando resfriada.
03. Resposta: B
Analisando o gráfico, a temperatura de fusão é 50°C, onde o patamar fica na horizontal.
E a de vaporização é de 250°C no segundo patamar.
04. Resposta: C.
Q=35000-25000=10000
Q=C
10000=C.(250-50)
10000
𝐶= = 50
200
05. Resposta:D.
Qa+Qx=0
maca(T-Ta) + mxcx(T-Tx)=0
maca(T-Ta)=-mxcx(T-Tx)
𝑚 𝑐 (𝑇−𝑇 )
=𝑐𝑥 = 𝑚𝑎 𝑎(𝑇 −𝑇)𝑎
𝑥 𝑥
06. Resposta: D.
L=L0.α.
L- L0= L0.α.
L-5=5.12.10-6.(70.20)
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L=3000.10-6+5
L=0, 003+5
L=5,003m.
07. Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.
08. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K
09. Resposta: A.
160 𝐹 − 32
=
5 9
329=F-32
288=F-32
F=320
480-300=180°F
Como são 9 pontos: 180/9=20, portanto de 20 em 20 muda a temperatura.
Como a temperatura é de 320, é a primeira posição 2.
10. Resposta: B.
Sem variação de temperatura a energia interna é zero.
- Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode exercer força
sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C),
ambas equivalentes.
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- Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua posição. A
quantidade de energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de carga em dada posição.
Unidade SI: volt (V); o mesmo que joule por coulomb (J/C).
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:
Logo:
A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta, e a unidade designa Joule por coulomb (J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um ponto P que está
sujeito a todas estes campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos os potenciais criados por cada
carga, ou seja:
Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.
- Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo.
Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).
- Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt
(W); o mesmo que joules por segundo (J/s).
𝐸
𝑃=
∆𝑡
Consumo de energia elétrica
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar consome uma quantidade de energia elétrica.
Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:
E=5500.0,25=1,375kWh
Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).- Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma
elétrica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule (J).
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- Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica, estática ou
em movimento.
O uso mais comum da palavra “eletricidade” atrela-se à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-
se a: Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica
ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida
comercialmente pelas distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo,
“eletricidade" pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e em
operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de “eletricidade”
ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.
Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos
elétricos têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos avanços científicos na área, as
aplicações práticas para a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX
para que os engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, possibilitando
assim seu uso generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica nesse período transformou a
indústria e a sociedade da época. A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia
levou a um conjunto quase ilimitado de aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui
as aplicações nos setores de transportes, aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A
energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro
tangível.
Corrente Elétrica
Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons em uma determinada secção. A corrente
contínua tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que
não tenha valor nulo todo o tempo.
Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons muda de direção continuamente.
O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um condutor, mas não existe nos isolantes. Alguns
dispositivos elétricos que usam estas características elétricas nos materiais se denominam dispositivos
eletrônicos. A Lei de Ohm descreve a relação entre a intensidade e a tensão em uma corrente eléctrica:
a diferença de potencial elétrico é diretamente proporcional à intensidade de corrente e à resistência
elétrica. Isso é descrito pela seguinte fórmula:
U = R.I
A quantidade de corrente em uma seção dada de um condutor se define como a carga elétrica que a
atravessa em uma unidade de tempo
I=Q/T
- Voltagem - (Que é igual a diferença de potencial) é a diferença entre a quantidade de elétrons nos
dois polos do gerador. A voltagem é medida em volts (em homenagem ao físico italiano Volta). O aparelho
que registra a voltagem denomina-se Voltímetro;
- Resistência - é a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. A resistência
é medida em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela
letra grega (W).
- Intensidade - é a relação entre a voltagem e a resistência da corrente elétrica. A intensidade é medida
num aparelho chamado Amperímetro, através de uma unidade física denominada Ampére.
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Lei de Ohm pode ser assim enunciada: A intensidade de uma corrente elétrica é diretamente
proporcional à voltagem e inversamente proporcional à resistência. Assim podemos estabelecer suas
fórmulas:
I = U/R
𝑈
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑖
Fonte: http://educacao.globo.com/
I = Intensidade (ampère)
U = Voltagem ou força eletromotriz
R = Resistência
Segunda lei de Ohm: A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é
proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente
proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua
temperatura.
𝑙
𝑅=𝜌∙
𝐴
R=resistência
=resistividade
L=comprimento da secção
A=área da secção
A diferença entre uma e outra está no sentido do "caminhar" dos elétrons. Na corrente continua os
elétrons estão sempre no mesmo sentido. Na corrente alternada os elétrons mudam de direção, ora num
sentido, ora no outro. Este movimento denomina Ciclagem.
Corrente Alternada - utilizadas nas residências e empresas.
Corrente Contínua - proveniente das pilhas e baterias.
Condutores e Isolantes
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre,
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons
recebem o nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos.
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Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos.
Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de
colisões através do metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão
firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.
Aparelhos de medição elétrica (amperímetros, voltímetros)
Amperímetro – instrumento que mede a intensidade de corrente elétrica. Alguns amperímetros
indicam também, além da intensidade da corrente, seu sentido que, quando a indicação for positiva ela
circula no sentido horário e negativa, no sentido anti-horário.
Símbolo
Se você quer medir a intensidade da corrente na lâmpada L1 da figura, você deve inserir o amperímetro
no trecho onde ela está, pois ele “lê” a corrente que passa através dele.
Assim o amperímetro deve ser associado em série no trecho onde você deseja medir a corrente. Como
o amperímetro indica a corrente que passa por ele no trecho do circuito onde ele está inserido, sua
resistência interna deve ser nula, caso contrário ele indicaria uma corrente de intensidade menor que
aquela que realmente passa pelo trecho. Então ele deve se comportar como um fio ideal, de resistência
interna nula, ou seja, deve se comportar como se estivesse em curto circuito.
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Voltímetro – instrumento que mede a diferença de potencial ou tensão
Símbolo
Como em qualquer ligação em paralelo à diferença de potencial (tensão) é a mesma, o voltímetro deve
ser ligado em paralelo ao aparelho em cujos terminais você quer determinar a ddp, assim o aparelho e o
voltímetro indicarão a mesma ddp.
O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o aparelho ou trecho cuja diferença de potencial (tensão)
se deseja medir. Para que a corrente que passa pelo aparelho cuja ddp se deseja medir não se desvie
para o voltímetro, um voltímetro ideal deve possuir resistência interna extremamente alta, tendendo ao
infinito.
Para isso, você deve abrir o circuito em B e inserir aí o amperímetro, pois ele deve ficar em série com
o trecho percorrido por iB, de modo que iB passe por ele. Os terminais do voltímetro devem ser ligados
aos pontos C e D de modo que o voltímetro fique em paralelo com o trecho entre C e D, onde você quer
medir a ddp. Observe que a resistência interna do amperímetro ideal dever ser nula de modo que toda i B
passe por ele e que a resistência interna do voltímetro deve ser infinita de modo que iCD não desvie para
ele
Medidas Elétricas
Voltímetro
Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por esse motivo deve ser
ligado sempre em paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja obter a tensão elétrica. Para não
atrapalhar o circuito, sua resistência interna deve ser muito alta, a maior possível. Se sua resistência
interna for muito alta, comparada às resistências do circuito, consideramos o aparelho como sendo ideal.
Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou alternadas dependendo da qualidade do aparelho.
Amperímetro
Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto
corrente contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o àmpere. O amperímetro deve ser
ligado sempre em série, para aferir a corrente que passa por determinada região do circuito. Para isso o
amperímetro deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível. Se sua resistência interna
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for muito pequena, comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro como sendo
ideal.
Amperímetro Ideal → Resistência interna nula
Lei de Ampere
O grande feito de Ampère5 foi desenvolver a famosa lei circuital de Ampère. Estabelece que para
descrever um circuito, em termos de campo magnético, corrente e permissividade elétrica em uma
determinada região, pode ser aproveitada a simetria. Deste modo, poderia encerrá-la num circuito
fechado com a requerida simetria, de modo a facilitar as análises.
A integral no caminho fechado, percorrendo o circuito escolhido, resulta em uma equação que permite
facilitar os cálculos para determinar o campo magnético produzido por uma região onde circula
uma corrente elétrica, conforme mostra a figura a seguir.
Neste caso, são utilizados os elementos de campo magnético e os elementos de caminho percorrido
pelo circuito escolhido. A lei de Ampère tem a seguinte forma:
A lei circuital de Ampère é conhecida como sendo mais fundamental que a lei de Biot-Savart, e conduz
a resolução de problemas de forma mais elegante. Além do que é uma das quatro equações de Maxwell
para o Eletromagnetismo.
Note que podemos escrever esta mesma integral utilizando o termo B.ds em função da direção de Be
da direção dos elementos de caminho ds e do ângulo θ entre estes dois vetores. Desta forma, teremos:
As correntes i3 e i4 , apesar de contribuírem com o campo magnético no local, acabam por serem
canceladas ao se fazer a soma de tais contribuições, uma vez que tem parcelas positivas e negativas, de
5
https://www.infoescola.com/fisica/lei-de-ampere/
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mesma intensidade. No caso de i3, a corrente entra e sai da região considerada. Já a corrente i4não
atravessa a região envolvida pela espira amperiana. Deste modo, teremos, para a lei de Ampère, a
contribuição resultante das correntes i1 e i2. No caso em questão, como uma das correntes entra e outra
sai, teremos então como resultado:
Nota-se, portanto, que é necessário encontrar uma espira amperiana tal que B tenha valor constante
ao longo da espira amperiana. Ou seja, B tem de estar numa região de alto grau de simetria.
PONTE DE WHEATSTONE
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir uma resistência desconhecida,
normalmente com valor próximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também para se
medir duas resistências que variam de maneira espelhada, enquanto uma aumenta seu valor, a outra
diminui o seu valor de forma proporcional.
O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura 1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode
ser um galvanômetro se a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte pode ser
alimentada por um sinal de áudio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta
impedância ou ainda um transdutor piezoelétrico.
Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)
Formula 1
Quando no equilíbrio:
R4 = (R1/R2) * R3
Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)
Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?
Usando a fórmula 1:
R4 = (100/200) * 300
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R4 = 150 ohms
Circuitos Simples
Vamos verificar tal circuito através da de um “corte” em uma pilha, mostrando seus componentes,
entretanto a diferença de potencial entre os polos da pilha abaixo é mantida graças à energia liberada em
reações químicas. Consideraremos também dois polos sendo um positivo e um negativo, sendo que sem
esses componentes a corrente elétrica jamais se formaria.
A voltagem que sempre é fornecida em uma pilha é de 1,5 V, entretanto há aparelhos que se utilizam
mais do que essa quantidade de Volts. Sendo assim é necessário que mais de uma pilha sejam colocadas
para o devido funcionamento, onde a corrente elétrica é o valor da pilha x o seu próprio número. Como
exemplo, confira o seguinte raciocínio: Um carrinho de criança que se coloca 3 pilhas, o valor de sua
corrente elétrica se dá por: 1,5 V + 1,5 V + 1,5 V = 4,5 V
Já as baterias de automóvel vem com uma carga elétrica de 12 V, onde suas placas são mergulhadas
em uma solução de ácido sulfúrico e colocando-as dentro de um invólucro resistente, para que não ocorra
seu vazamento. Se por acaso houver uma diferença de potencial entre os seus polos, a voltagem será
estabelecida nas extremidades dos fios, gerando assim um circuito elétrico simples.
Resistência Elétrica
Para um condutor AB, estando ele ligado a uma bateria, ocorrerá sempre que se estabelecer contato,
uma diferença de potencial nas extremidades, e consequentemente a passagem da corrente i através
dele. As cargas realizarão colisões contra os átomos ou moléculas havendo, então oposição a corrente
elétrica, podendo ser maior ou menor, dependendo da natureza do fio ligado em A e B.
Portanto, quanto menor for o valor da corrente i, maior será o valor de R. A unidade de representação
da medida de resistência é a do sistema internacional, sendo que 1 volt/ampère = 1 V/A, sendo
denominada como 1 ohm (ou representada pela letra grega Ω, em homenagem ao físico alemão do século
passado, Georg Ohm.
Podemos concluir que: quando uma voltagem VAB é aplicada nas extremidades de um condutor,
estabelecendo nele uma corrente elétrica i, a resistência é dada pela fórmula acima descrita. Quanto
maior for o valor de R, maior será a oposição que o condutor oferecerá à passagem da corrente. O valor
da resistividade pode ser considerada como sendo uma grandeza característica de todo material que
constitui um fio, sendo definida como: uma substância será tanto melhor condutora de eletricidade quanto
menor for o valor de sua resistividade.
Reostato segundo seus criadores, é um aparelho onde se pode variar a resistência de um circuito e,
assim, tornando-se possível aumentar ou diminuir, a intensidade da corrente elétrica. Dado um comprido
fio AC, de grande resistência, um cursor B, que se desloca através do fio, entrando em contato com A e
C, observe a corrente que sai do polo positivo da bateria percorrendo o trecho AB do reostato. Verifica-
se que não há corrente passando no trecho BC, pois estando o circuito interrompido em C, a corrente não
poderá prosseguir através desse trecho.
Carga Elétrica
Um corpo tem carga negativa se nele há um excesso de elétrons e positiva se há falta de elétrons em
relação ao número de prótons. A quantidade de carga elétrica de um corpo é determinada pela diferença
entre o número de prótons e o número de elétrons que um corpo contém. O símbolo da carga elétrica de
um corpo é Q, expresso pela unidade Coulomb (C). A carga de um Coulomb negativo significa que o
corpo contém uma carga de 6,25 x 1018 mais elétrons do que prótons.
Diferença de Potencial
Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga
por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial. Quando uma carga
for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial (E). A soma das diferenças de
potencial de todas as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença
de potencial (ou tensão) tem como unidade fundamental o volt(V).
Corrente
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Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa corrente é produzida pelo deslocamento de
elétrons através de uma ddp em um condutor. A unidade fundamental de corrente é o ampère (A). 1 A é
o deslocamento de 1 C através de um ponto qualquer de um condutor durante 1 s.
I=Q/t
O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para o positivo. No entanto, é convenção representar
a corrente como indo do positivo para o negativo.
Resistência Elétrica
Resistência é a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em ohms (W). Quanto maior a
resistência, menor é a corrente que passa. Os resistores são elementos que apresentam resistência
conhecida bem definida. Podem ter uma resistência fixa ou variável.
Associações de Resistores
Os resistores podem se associar em paralelo ou em série. (Na verdade existem outras formas de
associação, mas elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futuramente).
Associação Série
Na associação série, dois resistores consecutivos têm um ponto em comum. A resistência equivalente
é a soma das resistências individuais. Ou seja:
Req = R1 + R2 + R3 + ...
Exemplificando:
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Req = 10000 + 1000000 + 470
Req = 1010470
Associação Paralelo
Dois resistores estão em paralelo se há dois pontos em comum entre eles. Neste caso, a fórmula para
a resistência equivalente é:
Note que a resistência equivalente é menor do que as resistências individuais. Isto acontece pois a
corrente elétrica têm mais um ramo por onde prosseguir, e quanto maior a corrente, menor a resistência.
Resolução
R=1+1+1=3
1 1 1
= +
𝑅𝑒𝑞 3 6
1 2+1 3 1
= = =
𝑅𝑒𝑞 6 6 2
Req=2
As Leis de Kirchoff
Lei de Kirchoff para Tensão: A tensão aplicada a um circuito fechado é igual ao somatório das quedas
de tensão naquele circuito.
Ou seja: a soma algébrica das subidas e quedas de tensão é igual à zero (SV). Então, se temos o
seguinte circuito: podemos dizer que VA = VR1 + VR2 + VR3
Lei de Kirchoff para Correntes: A soma das correntes que entram num nó (junção) é igual à soma
das correntes que saem desse nó.
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I1+I2= I3+I4+I5 As leis de Kirchoff serão úteis na resolução de diversos problemas.
Capacitor
O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando
se aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas
paralelas. A capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.
C = Q/V
Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas
paralelas, e quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= ----------------------
kd
Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância entre as placas k = constante dielétrica do
material isolante
Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando
isto acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)
Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição
do capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a
corrente inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t
= RC (resistência vezes capacitância).
Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma "oposição à corrente" (na
verdade é oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).
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Xc=1/2pfC
A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma
resistência em série com uma capacitância:
Frequência de corte: é a frequência onde XC=R. Quando temos uma fonte CA de várias frequências,
um resistor e um capacitor em série, em frequências mais baixas XC é maior, desta forma, a tensão no
capacitor é bem maior que no resistor. A partir da frequência de corte, a tensão no resistor torna-se maior.
Dessa forma, a tensão no capacitor é alta em frequências mais baixas que a frequência de corte. Quando
a frequência é maior que a frequência de corte, é o resistor que terá alta tensão.
Vsaída=It XC
Filtro passa alta
Questões
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(B) It=3A, I1=2 A, I2=1A.
(C) It=6A, I1=2 A, I2=3A.
(D) It=2A, I1=1 A, I2=2A.
Com base nesse caso hipotético e no circuito ilustrado, assinale a alternativa que apresenta o
valor da resistência equivalente.
(A) 41
(B) 40
(C) 36
(D) 24
(E) 18
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(D) 2V/R
(E) V/(2R)
(A) 6A
(B) 3A
(C) 7A
(D) 4A
(E) 2A
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Qual é, aproximadamente, em A, a intensidade da corrente que atravessa a fonte?
(A) 0,50
(B) 0,71
(C) 0,91
(D) 2,4
(E) 5,9
Respostas
01. Resposta: B.
U=Ri
120=R.10
R=12
02. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅𝑡 4 6
1 3+2
=
𝑅𝑡 12
12
𝑅𝑡 = = 2,4
5
12=2,4.i
I=5A
R1.i1=R2.i2
E como it=5A
Temos que i1=3A e i2=2A
03. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅𝑡 20 20
20
𝑅𝑡 = = 10
2
1 1 1
= +
𝑅𝑡 10 10
10
𝑅𝑡 = = 5
2
R=24+5+12=41
04. Resposta: B.
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Em série: 6+6+6=18
180=18i
I=10A
Em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑡 6 6 6
6
𝑅𝑡 = = 2
3
180=2i
I=90A
Portanto, o fusível tem que ser de 90 para poder suportar as duas montagens.
05. Resposta: A.
06. Resposta: A.
Lâmpadas em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅 𝑅 𝑅
1 3
=
𝑅𝑒𝑞 𝑅
Req=R/3
U=Ri
Como é paralelo a corrente tem que ser dividida:
V=R.3i
𝑉
3𝑉
3𝑖 = 𝑅 =
3 𝑅
I=V/R
07. Resposta: B.
𝑈2
𝑃=
𝑅
2202
15 =
𝑅
R=3226,67
U=Ri
220=3226,67 i
I=0,068A
Aproximadamente i=0,07A
08. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅 10 10
1 2
=
𝑅 10
R=5
Como a outra resistência está em série: 5+5=10
U=Ri
60=10i
I=6A
09. Resposta: C.
𝐸
𝑃=
∆𝑡
𝐸
5400 =
0,5
E=2700
Como são 4 membros:
2700x4=10800
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E 30 dias: 10800x30=324000 Wh=324 kWh
Portanto, a cada 100kWh tem um custo de R$5,50, foram consumidos 3 vezes esse valor:
5,50x3=16,50
10. Resposta: C.
Devemos somar as resistências 10 e 20, pois estão em série: 10+20=30
Assim, ficamos em paralelo:
1 1 1
= +
𝑅 30 30
1 2
=
𝑅 30
R=15
Assim, ficamos novamente em série de 15+40=55
U=Ri
50=55i
I=0,909
I=0,91A
MAGNETISMO
Há séculos, os seres humanos observaram que algumas pedras atraíam o ferro ou outras pedras
semelhantes.
Essas pedras receberam o nome de ímãs, e as propriedades que se manifestam espontaneamente na
Natureza foram chamadas de fenômenos magnéticos. Atualmente sabemos que essas pedras contêm
óxido de ferro (Fe3 O4) chamada de magnetita, que um imã natural.
Hoje, os imãs mais utilizados são artificiais, obtido por meio do processo da imantação.
Os imãs possuem dois polos magnéticos, chamados de polo norte e polo sul, em torno dos quais existe
um campo magnético. Seguindo a regra da atração entre opostos, comum na física, o polo norte e o sul
de dois imãs se atraem mutuamente. Por outro lado, se aproximarmos os polos iguais de dois imãs o
efeito será a repulsão. O campo magnético é um conjunto de linhas de força orientadas que partem do
polo norte para o polo sul dos imãs, promovendo sua capacidade de atração e repulsão, mecanismo que
fica explicado na figura que segue:
As linhas de força promovem a atração entre polos opostos e repulsão entre polos iguais.
Um fato interessante sobre os polos de um imã é que impossível separá-los. Se cortarmos um imã ao
meio, exatamente sobre a linha neutra que divide os dois polos, cada uma das metades formará um novo
imã completo, com seu próprio polo norte e sul.
Perfis magnéticos
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Um modo de visualizarmos as linhas de força do campo magnético é pulverizando limalha de ferro em
torno de um imã. Abaixo, a figura ilustra esse efeito pelo qual as partículas metálicas atraídas desenham
o perfil do campo magnético.
Como os planetas também possuem polos magnéticos norte e sul, a Terra se comporta como um
imenso imã, razão pela qual, numa bússola, o polo sul da agulha imantada aponta sempre para o polo
norte da Terra. Entretanto, se as propriedades dos imãs já eram conhecidas desde a antiguidade,
demorou um bom tempo até que as correlações entre os fenômenos elétricos e magnéticos fossem
estabelecidos. O cientista inglês Michael Faraday (1791-1867) foi um dos pioneiros do estudo desta
correlação.
Vimos até agora que um ímã atraí o ferro e também atraí ou repele outros ímãs ou as agulhas
magnetizadas das bússolas.
Esses fatos podem ser descritos considerando-se que seu e um ímã origina, na região que o envolve,
um campo magnético.
Assim, por exemplo, a agulha magnética de uma bússola "sente" a presença do ímã por meio do
campo magnético que ele origina. Analogamente, a agulha magnética a também produz um campo
magnético que age sobre o ímã.
Em Eletrostática, foi visto que uma carga elétrica puntiforme fixa origina-se no espaço que a envolve,
ou seja, um campo elétrico. A cada ponto P do campo, associou-se um vetor campo elétrico E, e
analogamente, cada ponto de um campo magnético associaremos um vetor B, denominado vetor de
indução magnética ou, também, vetor campo magnético.
Faraday descobriu que uma corrente elétrica era gerada ao posicionar um imã no interior de uma
bobina de fio condutor. Deduziu que se movesse a bobina em relação ao imã obteria uma corrente elétrica
contínua, efeito que após comprovado recebeu o nome de indução eletromagnética. A indução
eletromagnética é o princípio básico de funcionamento dos geradores e motores elétricos, sendo estes
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dois equipamentos iguais na sua concepção e diferentes apenas na sua utilização. No gerador elétrico, a
movimentação de uma bobina em relação a um imã produz uma corrente elétrica, enquanto no motor
elétrico uma corrente elétrica produz a movimentação de uma bobina em relação ao imã. A seguir, a
ilustração representa o efeito de indução eletromagnética, como pesquisado por Faraday:
Linhas de indução do campo magnético :Em um campo magnético chama-se linha de indução
toda linha que, em cada ponto e tangente ao vetor B orientada no sentido desse vetor, conforme a figura
abaixo:
Se colocássemos limalha de ferro fosse colocada sob ação do campo, cada um dos fragmentos
funcionaria como uma miniatura de agulha magnética, orientando-se na direção desse campo e
desenhando as linhas de indução.
As linhas de indução são umas simples representação gráfica da variação de B numa certa região do
espaço. (Ou seja, as linhas não são visíveis e são desenhadas para melhor entendermos seu
funcionamento).
Na figura abaixo, temos o aspecto do campo de um ímã em forma de barra. A representação é feita
em um plano contendo o eixo maior da barra.
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As linhas magnéticas de um imã em formato de barra
Todo condutor percorrido por corrente elétrica e imerso em um campo magnético fica, em geral, sujeito
a uma força Fm, chamada força magnética. Este é o segundo fenômeno eletromagnético.
Sendo a corrente elétrica um movimento ordenado de partículas eletrizadas, concluímos que uma
partícula eletrizada em movimento num campo magnético fica, em geral, sob ação de uma força
magnética.
Vamos dar as características da força magnética Fm que age numa partícula eletrizada com carga
elétrica q, lançada com velocidade v num campo magnético uniforme B. Seja θ o ângulo entre B e a
velocidade v.
Características da Fm:
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http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2011/11/cursos-do-blog-eletricidade.html
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Coloque a mão direita aberta com os quatro dedos lado a lado e o polegar levantado. Coloque o polegar
no sentido da velocidade v e os demais dedos no sentido do vetor B do campo magnético. O sentido da
força magnética Fm seria, para q>0, aquele para o qual a mão daria um empurrão ou tapa. Para q<0, o
sentido da força magnética Fm é oposto ao dado pela regra da mão direita número
A LEI DE GAUSS
Esta lei é regida por princípios muito simples e de fácil entendimento. O conceito geral de fluxo como
sendo o escoamento de um campo vetorial que atravessa uma secção qualquer, pode ser estendido para
explicar o campo elétrico.
Conceito
O fluxo elétrico que atravessa qualquer superfície fechada é igual à carga total envolvida por essa
superfície (Lei de Gauss)
O trabalho de Gauss consistiu na formulação matemática do enunciado acima, que já era conhecido e
entendido como óbvio. Em outras palavras, o fluxo total de qualquer escoamento é emanado por uma
fonte envolvida por uma superfície fechada, não importando sua forma geométrica.
É importante de frisar aqui que a superfície tem que ser fechada para que possa envolver toda a fonte
e se deixe atravessar pelo fluxo total resultante.
Eletricamente, imagine uma distribuição de cargas envolvida por uma superfície fechada S.
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Distribuição de cargas no interior de uma superfície gaussiana.
Vamos agora tomar um incremento vetorial de superfície ΔS admitido como plana. Este vetor terá uma
orientação no espaço, perpendicular ao plano que tangencia a superfície S neste ponto (centro de ΔS)
apontando para fora da superfície fechada. A densidade de fluxo que atravessará a superfície elementar
ΔS é dada pelo vetor Ds genericamente formando um ângulo θ com ΔS em cada ponto da superfície
fechada em questão.
O fluxo elementar que atravessa ΔS será então:
Nestas condições, o fluxo total que atravessa a superfície fechada S será então:
A integral resultante é realizada sobre uma superfície fechada (daí o símbolo ∮), fruto de uma integral
dupla. Esta superfície é frequentemente chamada de superfície gaussiana.
Assim, a Lei de Gauss é então matematicamente formulada como:
A carga envolvida pode ser de qualquer tipo: cargas pontuais discretas, linhas de cargas, distribuição
superficial de cargas ou uma distribuição volumétrica de cargas. Desta forma, a Lei de Gauss pode ser
generalizada em termos de cargas em distribuições uniformes respectivamente volumétricas, superficiais
ou lineares, conforme abaixo:
A integral realizada sobre o lado esquerdo da equação pode ter um domínio diferente daquela realizada
sobre o lado direito. Daí ressaltarmos na expressão intermediária o domínio S da superfície fechada
daquele S contendo a carga superficial.
Exemplo:
Calcular o fluxo que atravessa a superfície de uma esfera de raio a metros, produzido por uma carga
elétrica Q coulombs, concentrada no centro dessa esfera.
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Sabemos que na superfície de uma esfera de raio a, a densidade de fluxo elétrico é:
Os limites de integração foram escolhidos de modo que a integração seja realizada sobre a superfície
uma única vez.
A integral de superfície será:
Em resumo: A lei de Gauss fornece o fluxo elétrico total que atravessa uma superfície fechada
envolvendo uma distribuição de cargas, ou seja, determina o fluxo criado por um campo elétrico. A
intensidade ou módulo deste campo elétrico pode ser obtida pela aplicação direta da lei de Gauss e o
emprego da relação constitutiva entre a densidade de fluxo e o correspondente campo elétrico. Neste
caso, para que o vetor do campo elétrico seja conhecido, torna-se necessário o conhecimento da
configuração ou disposição geométrica das suas linhas de força.
CASOS IMPORTANTES
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Portanto, a partícula desloca-se livre da ação de forças, realizando um movimento retilíneo e
uniforme (MRU).
A força magnética é sempre perpendicular à velocidade v. Ela altera a direção da velocidade e não
seu módulo. Sendo q, v e B constantes, concluímos que o módulo da força magnética Fm é constante.
Logo, a partícula está sob ação de uma força de módulo constante e que em cada instante é perpendicular
à velocidade.
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Lei de Lenz
Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera. Se houver
diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o mesmo sentido
do fluxo;
Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com sentido
oposto ao sentido do fluxo. Se usarmos como exemplo, uma espira posta no plano de uma página e a
submetermos a um fluxo magnético que tem direção perpendicular à página e com sentido de entrada na
folha.
- Se for positivo, ou seja, se a fluxo magnético aumentar, a corrente induzida terá sentido anti-horário;
- Se for negativo, ou seja, se a fluxo magnético diminuir, a corrente induzida terá sentido horário.
Quando uma carga elétrica puntiforme, com certa velocidade, é lançada em uma região onde existe
um campo magnético, dependendo da orientação do vetor indução magnética, veremos que a carga fica
sujeita a uma força magnética também chamada de força de Lorentz. Sendo assim, quando essa carga
é lançada em um campo magnético ela pode assumir no interior do campo diversos tipos de movimento,
conforme a direção de sua velocidade em relação ao campo magnético.
Se porventura colocarmos um fio condutor retilíneo imerso em um campo magnético veremos que esse
fio também fica sujeito a uma força magnética. O que podemos perceber dessa interação é que a força
magnética que atua em um condutor percorrido por uma corrente elétrica, quando colocado em um campo
magnético, é utilizada em uma grande variedade de aparelhos, como motores, amperímetros, voltímetros
e galvanômetros.
A maioria dos motores elétricos que deparamos em nosso cotidiano tem como princípio de
funcionamento o efeito de rotação das forças que atuam em espiras colocadas em um campo magnético.
Basicamente, o princípio dos motores elétricos consiste em um condutor com formato retangular que pode
girar em torno de um eixo fixo. Muitos aparelhos elétricos que fazem uso desse princípio de funcionamento
funcionam na verdade como medidores eletromagnéticos, como é o caso do galvanômetro. Um medidor
eletromagnético, galvanômetro, funciona com base no efeito de rotação que os campos magnéticos
provocam nas espiras, conduzindo corrente elétrica.
Quando uma corrente elétrica percorre um eletroímã, surge à sua volta um campo magnético que
interage com o campo magnético criado pelo ímã na região. A força magnética que surge dessa interação,
entre o campo magnético do ímã e o campo magnético do eletroímã, move o eletroímã que está fixo a
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um eixo móvel, que por fim desloca consigo o ponteiro. Como sabemos que a força magnética é
proporcional à corrente elétrica, podemos dizer que quanto maior for a corrente elétrica mais o ponteiro
girará. Quando gira o eletroímã, comprime uma mola de formato espiral, assim o ponteiro estabiliza-se
quando as forças magnética e elástica se equilibram. O galvanômetro é um aparelho de medida
eletromagnética bastante sensível que pode ser usado para medir correntes elétricas de baixa
intensidade.
O galvanômetro, quando usado para medir corrente elétrica em um circuito elétrico, deve ter o fio do
eletroímã conectado em série. Já para se medir tensão elétrica em um circuito, o galvanômetro deve ser
conectado em paralelo.
Questões
Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:
(A)
(B)
(C)
(D)
Respostas
01. Resposta: C.
Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.
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