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Aeronáutica

CFS/2018

. 5.1 ESTÁTICA: Noções de cálculo vetorial – conceito e operações com vetores; composição e
decomposição de vetores; conceito de força e suas unidades, sistemas de unidades; sistemas de forças;
momento de uma força em relação a um ponto; equilíbrio de ponto material e de corpo extenso; centro
de gravidade e centro de massa; plano inclinado, e formas de equilíbrio. ............................................... 1

5.2 CINEMÁTICA: Conceitos básicos de repouso e movimento de ponto material e corpo extenso -
referencial, trajetória, deslocamento, velocidade e aceleração; Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.) -
conceito, equação horária e gráficos; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.) - conceito,
equações horárias e de Torricelli e gráficos; aceleração da gravidade, queda livre e lançamento de
projéteis; e Movimento Circular Uniforme (M.C.U.) - conceito e aplicações. .......................................... 13

5.3 DINÂMICA: Leis de Newton - aplicações; massa e peso dos corpos; Lei de Hooke; atrito e
aplicações; trabalho mecânico, trabalho de forças dissipativas; potência mecânica e rendimento; energias
cinética, potencial gravitacional e potencial elástica; energia mecânica e princípio da conservação da
energia; impulso e quantidade de movimento, colisões, conservação da quantidade de movimento, e
gravitação, leis de Kepler, lei da gravitação universal. ........................................................................... 31

5.4 HIDROSTÁTICA: Pressão e densidade; pressão atmosférica - experiência de Torricelli; princípio


de Stevin - vasos comunicantes; princípio de Pascal - aplicações; e princípio de Arquimedes -
Empuxo. ................................................................................................................................................. 63

5.5 ONDAS/ACÚSTICA: Conceito, natureza e tipos; ondas periódicas, princípio da superposição,


princípio de Huygens, reflexão e refração; ondas sonoras, propagação e qualidades do som; propriedades
das ondas sonoras - reflexão, refração, difração e interferência. Tubos sonoros. ................................. 72

5.6 CALOR: Calor e temperatura: conceitos, fontes e processos de propagação de calor. Efeitos do
calor: mudanças de estado físico. Dilatação térmica de sólidos e líquidos. Termometria. Escalas
termométricas e calorimetria. Estudo geral dos gases ideais: equação de Clapeyron, leis da
termodinâmica. ...................................................................................................................................... 97

5.7 ÓPTICA: Luz - fenômenos luminosos, tipos de fontes e meios de propagação. Princípios da óptica
geométrica. Sombra e penumbra. Reflexão - conceito, leis e espelhos planos e esféricos. Refração:
conceito, leis, lâminas, prismas e lentes. Olho humano - principais defeitos da visão. Instrumentos
ópticos... ............................................................................................................................................... 144

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5.8 ELETRICIDADE: Conceito e processos de eletrização e princípios da eletrostática. Força elétrica.
Campo, trabalho e potencial elétricos. Lei de Coulomb. Capacidade elétrica. Capacitores e associações.
Campo elétrico. Linhas de força. Lei de Gauss. Potencial elétrico. Diferença de potencial e trabalho num
campo elétrico. Corrente elétrica - conceito, efeitos e tipos, condutores e isolantes. Leis de Ohm,
resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Circuitos elétricos. Geradores e receptores.
Instrumentos de medição elétrica. ....................................................................................................... 164

5.9 ELETROMAGNETISMO: Ímãs. Fenômenos magnéticos fundamentais. Força magnética e bússola.


Classificação das substâncias magnéticas. Campo magnético - conceito e aplicações. Campo magnético
de uma corrente elétrica em condutores retilíneos e espiras. Lei de Biot-Savart. Lei de Ampère. Eletroímã.
Força magnética sobre cargas elétricas e condutores percorridos por corrente elétrica. Indução
eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz. .................................................................................... 179

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5.1 ESTÁTICA: Noções de cálculo vetorial – conceito e operações com
vetores; composição e decomposição de vetores; conceito de força e
suas unidades, sistemas de unidades; sistemas de forças; momento
de uma força em relação a um ponto; equilíbrio de ponto material e
de corpo extenso; centro de gravidade e centro de massa; plano
inclinado, e formas de equilíbrio.

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ESTÁTICA
Operações básicas com vetores

Vetor Soma

João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.

João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.

Nesta história, podemos considerar que os deslocamentos de Maria formam um conjunto de vetores e
o deslocamento de João representa o vetor soma do conjunto de vetores, isto é, vetor soma de um
conjunto de vetores é o vetor capaz de produzir o mesmo efeito que o conjunto dos vetores.

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Método Gráfico

Desejamos somar os vetores da figura abaixo.

Devemos definir uma origem (ponto O). A seguir vamos transportar o vetor a→ de modo que sua
origem coincida com o ponto O.

Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do
vetor a→.

E assim, sucessivamente, até terminarem os vetores que devem ser somados. É como se você
estivesse encaixando os vetores.

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O vetor soma s→ é obtido ligando-se a origem (ponto O) à extremidade do último vetor.

Vetor em Sistema de Eixos Coordenados

Desejamos projetar o vetor a→ sobre o eixo x, mostrado na figura abaixo.

Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.

Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.

Procedendo de modo análogo podemos obter a projeção do vetor a→ sobre o eixo y (a→y). A figura
abaixo mostra as projeções do vetor a→ sobre o sistema de eixos coordenados.

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a→x = projeção do vetor a→ sobre o eixo x
a→y = projeção do vetor a→ sobre o eixo y
a→x e a→y são as componentes do vetor a→.

Subtração

Para subtrairmos dois vetores, vamos utilizar o conceito de soma.

Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.

Para fazer a subtração dos dois vetores, devemos ter (−𝑏⃗⃗)

Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.

PRINCÍPIOS BÁSICOS
A estática é a parte da física que se preocupa em explicar questões como:
Por que em uma mesa sustentada por dois pés, estes precisam estar em determinada posição para
que esta não balance?
Por que a maçaneta de uma porta sempre é colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
Por que um quadro pendurado em um prego precisa estar preso exatamente em sua metade?
Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais do que por suas extremidades?

Princípio da transmissibilidade das forças


O efeito de uma força não é alterado quando esta é aplicada em diferentes pontos do corpo, desde
que esta seja aplicada ao longo de sua linha de aplicação.

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Nos três casos o efeito da força é o mesmo.

ESTÁTICA DE UM PONTO
Primeiramente vamos definir o que é Ponto Material, isto é:

Um corpo pode ser considerado um Ponto Material quando suas dimensões


(comprimento, largura e profundidade) podem ser desprezadas em um dado
fenômeno em comparação as demais grandezas físicas que estão sendo estudadas.

Agora, para entendermos a estática no ponto material é necessário que saibamos a condição
necessária para que esse ponto esteja em equilíbrio, isto é, para que possamos afirmar que um ponto
material está parado, em um dado referencial, temos que garantir que a sua velocidade vetorial seja
constante com o tempo, sendo assim a sua aceleração vetorial é zero (nula). Logo, como vimos na aula

11 (Leis de Newton), a 2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) nos diz que ,
concluímos que a força resultante no sistema é zero.

Portanto, a condição necessária para afirmar que um ponto material está

em equilíbrio quando a resultante das forças aplicada nele for nula, isto é,
.

Estudando a Força Aplicada em um Ponto Material:


Para verificar se a força resultante aplicada em um ponto material é nula utilizaremos o método da
decomposição de vetores, isto é:

Logo, para fazer o cálculo da força resultante deveremos decompor os vetores nos eixos x e y, e
verificar se a soma no eixo x é zero e a do eixo y, também, é zero.
Exemplos:
1) Um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três forças, conforme a figura abaixo. Demonstre
que isso é verdade.

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Resolução
Para fazermos a demonstração é necessário provar que a resultante das forças no eixo x é zero e a
resultante das forças no eixo y também é zero.
Portanto, utilizaremos o que aprendemos na aula de decomposição de vetores, isto é, faremos um
esquema só com os vetores no sistema cartesiano, isto é:

Como mostra o esquema, podemos separar as forças que atuam nos dois eixos, isto é:

EIXO X:
FRx = F1 + F2x , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F1 = F2x . Mas como sabemos a F2X = F2 . cos , logo temos que:
F2X = F2 . cos F2X = 150 . cos 36,9º F2X = 150. 0,8 F2X = 120N
Provamos que a F2X = F2 , isto é, F2X = F2 = 120N

EIXO Y:
FRY = F3 + F2Y , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos
concluir que F3 = F2Y. Mas como sabemos a F2Y = F2 . sen , logo temos que:
F2Y = F2 . sen F2Y = 150 . sen 36,9º F2Y = 150. 0,6 F2X = 90N
Provamos que a F2Y = F3 , isto é, F2Y = F3 = 90N
2) Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?

Sendo:

Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
E, seguindo a condição de equilíbrio:

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ESTÁTICA DE UM CORPO RÍGIDO
Chamamos de corpo rígido ou corpo extenso, todo o objeto que não pode ser descrito por um ponto.
Para conhecermos o equilíbrio nestes casos é necessário estabelecer dois conceitos:

Centro de massa
Um corpo extenso pode ser considerado um sistema de partículas, cada uma com sua massa.
A resultante total das massas das partículas é a massa total do corpo. Seja CM o ponto em que
podemos considerar concentrada toda a massa do corpo, este ponto será chamado Centro de Massa do
corpo.
Para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio
centro geométrico do sistema. Como no caso de uma esfera homogênea, ou de um cubo perfeito.
Para os demais casos, o cálculo do centro de massa é feito através da média aritmética ponderada
das distâncias de cada ponto do sistema.

Para calcularmos o centro de massa precisamos saber suas coordenadas em cada eixo do plano
cartesiano acima, levando em consideração a massa de cada partícula:

2. (−2) + 10.0 + 3.0 + 12.2 + 5.3 = 35 = 1,09


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 2 + 12 + 5 32

2. (−3) + 5. (−1) + 10.0 + 3.1 + 12.3 = 28 = 0,875


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 3 + 12 + 5 32

Então o Centro de Massa do sistema de partículas acima está localizado no ponto (1,09 , 0,875), ou
seja:

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Como forma genérica da fórmula do centro de massa temos:

Momento de uma força


Imagine uma pessoa tentando abrir uma porta, ela precisará fazer mais força se for empurrada na
extremidade contrária à dobradiça, onde a maçaneta se encontra, ou no meio da porta?
Claramente percebemos que é mais facilmente abrir ou fechar a porta se aplicarmos força em sua
extremidade, onde está a maçaneta. Isso acontece, pois existe uma grandeza chamada Momento de
Força , que também pode ser chamado Torque.
Esta grandeza é proporcional a Força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou seja:

A unidade do Momento da Força no sistema internacional é o Newton-metro (N.m)


Como este é um produto vetorial, podemos dizer que o módulo do Momento da Força é:

Sendo:
M= Módulo do Momento da Força.
F= Módulo da Força.
d=distância entre a aplicação da força ao ponto de giro; braço de alavanca.
sen θ=menor ângulo formado entre os dois vetores.

Como , se a aplicação da força for perpendicular à d o momento será máximo;


Como , quando a aplicação da força é paralela à d, o momento é nulo.
E a direção e o sentido deste vetor são dados pela Regra da Mão Direita.

O Momento da Força de um corpo é:


 Positivo quando girar no sentido anti-horário;
 Negativo quando girar no sentido horário;

Exemplo:
Qual o momento de força para uma força de 10N aplicada perpendicularmente a uma porta 1,2m das
dobradiças?

Condições de equilíbrio de um corpo rígido


Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de não se mover, este corpo não pode girar. Por
isso precisa satisfazer duas condições:
1. O resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser nulo (não se move ou se
move com velocidade constante).
2. O resultante dos Momentos da Força aplicadas ao corpo deve ser nulo (não gira ou gira com
velocidade angular constante).

Exemplo:
(1) Em um circo, um acrobata de 65kg se encontra em um trampolim uniforme de 1,2m, a massa do
trampolim é 10kg. A distância entre a base e o acrobata é 1m. Um outro integrante do circo puxa uma
corda presa à outra extremidade do trampolim, que está a 10cm da base. Qual a força que ele tem de
fazer para que o sistema esteja em equilíbrio.

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Como o trampolim é uniforme, seu centro de massa é exatamente no seu meio, ou seja, a 0,6m. Então,
considerando cada força:

Pela segunda condição de equilíbrio:

Questões

01. Dado um corpo arbitrário com massa 12kg concentrada em um ponto P ligado a outro de massa
10kg concentrada em um ponto Q ligado por um fio ideal que atravessa uma polia ideal, assim como na
figura abaixo. Qual deve ser o coeficiente de atrito para que este sistema esteja em equilíbrio?

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02.Dois cabos seguram um bloco de massa 20kg, um deles, com intensidade 20N, forma um ângulo
de 45° com a horizontal. O outro, forma um ângulo de 120° partindo da horizontal. Qual a força aplicada
a este cabo para que o bloco fique em equilíbrio verticalmente?

03.Três partículas localizam-se em posições: a (2,4), b (3,-1), c (1,0), d (-5,-2), e (0,0). Sendo a massa
destas partículas, respectivamente, 5kg, 16kg, 0,1kg, 0,9kg e 10kg. Qual é o centro de massa deste
sistema?

04.Para abrir uma porta de madeira de um metro de largura é necessário aplicar uma força
perpendicular de intensidade 50N na sua extremidade contrária à dobradiça. Ao tentar abrir esta porta
empurrando-a pelo seu meio, qual deve ser a intensidade da força perpendicular aplicada?

05. Qual a pressão causada por uma força de intensidade 12N aplicada sobre uma superfície
retangular de dimensões 15cm x 5cm?

06. (EEAR – Sargento Controlador de Tráfego Aéreo – FAB/2015) Dois vetores 𝐴⃗𝑒 𝐵 ⃗⃗ estão
representados a seguir. Assinale entre as alternativas aquela que melhor representa a resultante da
operação vetorial𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗

(A)

(B)

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(C)

(D)

Respostas

01.Resposta
Analisando individualmente cada um dos pontos onde há alguma força aplicada:

e
No sentido vertical para P:

Montando um sistema de equações com as forças aplicadas em cada corpo temos:

Mas para que o corpo esteja em equilíbrio a=0. Então somando o sistema acima temos:

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02.Resposta
Verticalmente:

03.Resposta
Utilizando o princípio da média aritmética ponderada, podemos calcular o centro de massa em cada
eixo do plano cartesiano:
𝑚𝑎.𝑥𝑎+𝑚𝑏.𝑥𝑏+𝑚𝑐.𝑥𝑐+𝑚𝑑.𝑥𝑑+𝑚𝑒.𝑥𝑒
CMx =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.2+16.3+0,1.1+0,9.(−5)+10.0
CMx = 5+16+0,1+0,9+10
10+48+0,1−4,5+0
CMx = 32

53,6
CMx = 32 = 1,67
𝑚𝑎.𝑦𝑎+𝑚𝑏.𝑦𝑏+𝑚𝑐.𝑦𝑐+𝑚𝑑.𝑦𝑑+𝑚𝑒.𝑦𝑒
CMy =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.4+16.(−1)+0,1.0+0,9.(−3)+10.0
CMy = 5+16+0,1+0,9+10

20−16+0−2,7+0
CMy = 32

1,3
CMy= 32
= 0,04

Logo CM (1,67 , 0,04)

04.Resposta
𝑀 = 𝐹1. 𝑑1
𝑀 − 𝐹2𝑑2
𝐿𝑜𝑔𝑜
𝐹1. 𝑑1 = 𝐹2𝑑2
50.1 = 𝐹2. 1/2
50 = 𝐹2. 1/2
2.50 = 𝐹2
𝑭𝟐 = 𝟏𝟎𝟎

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05.Resposta
𝑆𝑒𝑛𝑑𝑜:
𝐹
𝑝−= e a área do retângulo é dada pela multiplicação dos seus lados e convertendo as unidades
𝐴
para SI:
15𝑐𝑚 = 0,15 𝑚
5 𝑐𝑚 = 0,05 𝑚
𝐴 = 𝑙. 𝑙
𝐴 = 0,15.0,05
𝐴 = 0,0075 𝑐𝑚2
𝐹
𝑝−=
𝐴
12
𝑝= = 𝟏𝟔𝟎𝟎 𝑷𝒂
0,0075

06.Resposta: B.

Temos que trocar o vetor B para virar –B.

5.2 CINEMÁTICA: Conceitos básicos de repouso e movimento de


ponto material e corpo extenso - referencial, trajetória,
deslocamento, velocidade e aceleração; Movimento Retilíneo
Uniforme (M.R.U.) - conceito, equação horária e gráficos; Movimento
Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.) - conceito, equações
horárias e de Torricelli e gráficos; aceleração da gravidade, queda
livre e lançamento de projéteis; e Movimento Circular Uniforme
(M.C.U.) - conceito e aplicações.

CINEMÁTICA
A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e
circulares os objetos do nosso estudo que costumar estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)
Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:
- Deslocamento (ΔS)
- Velocidade ( V )
- Tempo (Δt)
- Aceleração ( a )

VELOCIDADE
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado
tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal,) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas
elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);

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No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:

EXEMPLOS:
Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e
20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?
S=200km
t=4h
v=?

∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?
∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ
Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66ℎ

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MOVIMENTO UNIFORME

Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 = 
∆𝑡
Isolando o S, teremos:
S=.t

Mas sabemos que:


S=Sfinal-Sinicial
Então
Sfinal+ Sinicial + v.t

Exemplos:
1) O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.

Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
x = xo+ v.t
x = 50 + 20.t

2) Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.

Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercícios que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

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RESOLUÇÃO:
Comparando com a função padrão: Sfinal+ Sinicial + v.t

(a) Posição inicial= 20m


(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m

(e) 80= 20+5t


80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t


20-20= 5t
t=0
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.

Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de


velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos
que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física,
acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no
cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então
como unidade teremos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚⁄𝑠 𝑚
= 2
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑠 𝑠

As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente variado são:


1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 2 𝑎𝑡 2 -conhecida como (sorvetão)
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Torricelli
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡 (Vovô ateu)

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Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a
aceleração instantânea do móvel.

Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡

Mas sabemos que:


𝑣 = 𝑣 − 𝑣0
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento
Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

EXEMPLOS:
1) Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s

2). Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:

Carro:
𝟏
S=S0+v0.t+𝟐 𝒂 𝒕𝟐
𝟏
𝑺 = 𝟎 + 𝟎 + . 𝟓𝒕𝟐
𝟐
𝟓
S= 𝟐 𝒕𝟐

Caminhão:
S=S0+vt
S=0+10t
S=10t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


5
S=2 𝑡 2 =10t

10.2
t= 0s e t= 5
=4 s

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𝟏 𝒂 𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 +
𝟐
𝟏 𝒂 𝟓𝟐
𝑺=𝟎 + 𝟎+
𝟐
𝟓𝒕𝟐
S=
𝟐

Caminhão:
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝒕

𝑺 = 𝟎 + 𝟏𝟎𝒕
S= 10 t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


𝟓𝒕𝟐
S= 𝟐
= 10 t
𝟏𝟎.𝟐
t=0 s e t= 𝟓
=4s

(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.

3) Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê
uma pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto
tem valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0= (30)2+ 2aS
-900=-16 S
56,25=(S-S0)
56,25 m=S
A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.

MOVIMENTO VERTICAL

Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²

Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do


ar.

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Funções Horárias do Movimento Vertical
Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
𝟏 𝟐
S-S0 +Vot +𝟐 𝒂𝒕

v=v0+at

V2=Vo2+2aS

Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo

Exemplos:
1) Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:
Subida (t=3s)
1
h= ho+vot -2gt2
1
15=0+3v0t-210.32
15=3vo-45
15+45 = 3 vo
60
3
= v0

V0=20m/s

2) Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio,


com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com
velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e
despreze as forças dissipativas.
Da sacada à altura máxima que o projétil alcançará.
V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10
10
t = 1s
Da altura máxima que o projétil alcançou ao solo.
V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30

t = 30
10
t = 3s
O tempo em que o projétil permanece no ar:
t = 3 + 1 = 4s

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VETORES

O vetor representa, para efeito de se determinar o módulo, a direção e o sentido, da grandeza física.
Utilizando-se a representação através de vetores poderemos definir a soma, a subtração e as
multiplicações de grandezas vetoriais.
Ao longo do texto vamos estabelecer a distinção entre grandezas vetoriais e escalares, colocando uma
flechinha sobre as primeiras:
= vetor aceleração ,
= vetor velocidade ,
= vetor posição ,
= vetor força .

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE VETORES


Um vetor é representado graficamente através de um segmento orientado (uma flecha). A vantagem
dessa representação é que ela permite especificar a direção (e esta é dada pela reta que contém a

flecha) e o sentido(especificado pela farpa da flecha). Além disso, o seu módulo (indicado com v ou )
será especificado pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma convenção para a escala.

As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o


módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus
representantes.
O módulo de se indica por | | .

Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
v + w = (a+c,b+d)

Propriedades da Soma de vetores

i) Comutativa:
Para todos os vetores u e v de R2 v+w=w+v
ii) Associativa: para todos os vetores u,v e w de R2.
u+ (v+w) = (u+v) +w
iii) Elemento neutro: Existe um vetor O(0,0) em R 2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:
o+u=u
iv) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, existe um vetor –v em R2 tal que: v+(-v)=0

Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
v - w = (a-c,b-d)
Produto de um número escalar por um vetor
Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como:
c.v = (ca,cb)

Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

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MOVIMENTO OBLÍQUO

Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.

Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.

A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.

Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".

Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.

Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:

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Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?

(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
X= 62,5 m

2. Um tiro de canhão é lançado formando um ângulo de 30° com a horizontal, conforme a figura abaixo:

𝑣𝑦2 =𝑣02𝑦 -2gy, mas quando a altura for máxima a velocidade final será zero:
0= (34,64 sem 30º)2-2.10.(h)
0= 300-20h
20h=300
300
h= 20
h= 15 m
Então a altura que o tiro do canhão alcança é igual a 50m+30m=80m

3. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo

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que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.

MOVIMENTO CIRCULAR

Movimentos circulares (uniforme e variado).


Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa
trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente
aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada
para o centro da circunferência-trajetória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente
deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que não deixe
de ser circular a trajetória. O movimento circular classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença
de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente
variado (MCUV).

Propriedades e Equações

Deslocamento angular (Δφ)


Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença
entre a posição angular final e a posição angular inicial:
=-0

Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.

Velocidade Angular (ω)


Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:

m= 𝑡
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
=lim m
t0

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Aceleração Angular (α)
Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular
média como:
∆𝜔
αm=
𝑡

Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠
Sabendo que 1rotação = 2πrad,

2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠

Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.

vA = vB
ωB = ωR

As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:

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MUV MCUV
Grandezas lineares Grandezas angulares

v=vo+at =0+at

1 2 1 2
S-S0 +Vot +2 𝑎𝑡 =0+0t+2 𝑎𝑡

∆𝑉 ∆𝜔
am= ∆𝑡
αm= ∆𝑡

v2=vo2=2aS 2=02 +2a

E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração


centrípeta:

Exemplos:
1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s

(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s

(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s

2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?

O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s

(b) acp= 𝜔ℎ2 .R


acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2

(c ) acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2

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3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular
igual a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅
20
= 0,5= 40 rad/s

A partir daí, apenas se aplica a função horária da velocidade angular:


=0+αt

20= 0+2t
20
t= 2

t=10s

4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
= 2
=12,5 rad
S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m

5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular
igual a 2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
(a) Pela função horária da velocidade angular:
=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s

(b) Pela função horária do deslocamento angular:


1
=0+0.t+2α t2
1
=0+0+2.2.102
=100 rad

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(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

Questões

01. (EAM – Aprendiz – Marinheiro – Marinha) Analise as afirmativas abaixo.


Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que move-se em linha reta, indica
um valor constante. Nesta situação:
I- a força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- a soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- a aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) Um veículo mantendo velocidade
escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se encontra
aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma desaceleração
constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma distância de 40 m.
Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo de tempo em que
esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.
03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.

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Use π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.

04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a
aceleração da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma
ordem de soltar uma bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente.
Desprezando os efeitos da resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância
horizontal, em metros, entre o avião e o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.

05. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um ônibus de 8 m


de comprimento, deslocando-se com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de
12 m de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos, para atravessar totalmente a
ponte?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

06. (PETROBRAS- Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Ao retirar um equipamento


de uma estante, um operador se desequilibra e o deixa cair de uma altura de 1,8 m do piso.
Considerando-se que inicialmente a velocidade do equipamento na direção vertical seja nula e
que g = 10 m/s2, a velocidade de impacto do equipamento com o piso, em m/s, é
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Em um relatório da perícia, indicou-se que o


corpo da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação
do ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma
velocidade, em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.

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08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.

I. A aceleração do móvel é de 1,0 m/s2.


II. A distância percorrida nos 10 s é de 50 m.
III. A velocidade varia uniformemente, e o móvel percorre 10 m a cada segundo.
IV. A aceleração é constante, e a velocidade aumenta 10 m/s a cada segundo.
São verdadeiras apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

09. (PUC/2015) O trem japonês de levitação magnética “Maglev" bateu seu próprio recorde mundial
de velocidade em 21 de abril de 2015, ao alcançar a incrível velocidade de 603 km/h (seu recorde anterior
era de 590 km/h). A velocidade recorde foi alcançada numa via de testes de 42 km de extensão, situada
na Prefeitura de Yamanashi. A Central Japan Railway (empresa ferroviária operadora do “Maglev") tem
intenção de colocá-lo em funcionamento em 2027 entre a estação de Shinagawa, ao sul de Tóquio, e a
cidade de Nagoia, no centro do Japão, perfazendo um trajeto de 286 quilômetros. Considere uma situação
hipotética em que o “Maglev" percorra a distância de Shinagawa a Nagoia com a velocidade recorde
obtida em 21 de abril de 2015, mantida sempre constante. Então o tempo da viagem será de,
aproximadamente

(A) 0,47 min


(B) 28 min
(C) 2,1h
(D) 21 min
(E) 47 min

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Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.

02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s

03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ

04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m

05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s

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∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s

07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s

08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
= 𝑎= = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴 = 𝑏 ∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-A velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.

09. Resposta: B.
603km----1h
286km----x
X=0,47h
0,47x60=28,45 min

5.3 DINÂMICA: Leis de Newton - aplicações; massa e peso dos corpos;


Lei de Hooke; atrito e aplicações; trabalho mecânico, trabalho de
forças dissipativas; potência mecânica e rendimento; energias
cinética, potencial gravitacional e potencial elástica; energia
mecânica e princípio da conservação da energia; impulso e
quantidade de movimento, colisões, conservação da quantidade de
movimento, e gravitação, leis de Kepler, lei da gravitação universal.

DINÂMICA

O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação deste com um (ou mais) corpo(s). Como por exemplo,
quando um jogador de tênis dá uma raquetada numa bola, a raquete interage com ela e modifica o seu
movimento. Quando soltamos algum objeto a uma certa altura do solo e ele cai, é resultado da interação
da terra com este objeto. Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os
Princípios de dinâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da
forma que conhecemos hoje.

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LEIS DE NEWTON
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia


A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.

Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja:
Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:

Exemplos:
1) Um elevador de um prédio de apartamentos encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação
exclusiva de duas forças opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2 000 N. O
elevador está parado?

Resposta
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
2) Observe a figura a seguir.

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Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.

Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica


Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:
A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s² (quilograma


metro por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1O grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo,
em função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.

Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão

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Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=ma
12=2a
a=6m/s²

Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .

Exemplo:
Dada a figura

Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.

RESOLUÇÃO
1. Separe os blocos A e B.
2. Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
3. Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

4. Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força f.
f=3a
f = 3 · 4 = 12 N

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3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação
Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação,
mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção
iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:"As forças atuam sempre em pares, para toda
força de ação, existe uma força de reação."

Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.
a) 300N
b) 400N
c) 600N
d) 750N
e) 1050N

No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg(onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N

FORÇA PESO

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que


sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.A esta força, chamamos Força Peso,
e podemos expressá-la como:
P=mg

O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

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(a) P=mg
P=10.9,8=98 N

(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N

FORÇA DE ATRITO

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
 Se opõe ao movimento;
 Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
 É proporcional à força normal de cada corpo;
 Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
 Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de
uma experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual
conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.

Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):

Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.

Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que
empurra a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa.
Ela anula o efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:

Fat=µ.N

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Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico


Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que
se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.

Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:
Fat=µest.N

Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat=µd.N

FORÇA ELÁSTICA

Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que
a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada
Lei de Hooke:

F= K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola
e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos
N/cm; kgf/m, etc.

Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
F-P=0, pois as forças tem sentidos opostos
F=P
Kx=mg
150x=100
x=0,66m

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FORÇA CENTRÍPETA

Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
Sabendo que:
𝑣2
acp=
𝑅

ou
acp= 2.R

Então:
𝑣2
Fcp= m.acp=m 𝑅 = m2.R

A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.

Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp=m 𝑅
202
Fcp= 800.100
Fcp= 800.4
Fcp=3200N

PLANO INCLINADO
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:

Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
P: Força peso = P = m.g
Px=Psen
Py=Pcos
N=Normal=Py
Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat
Se estiver descendo: Px-Fat=ma

Exemplo: Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem
atrito Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.

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Px=ma
mgsen=ma
a=gsen
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²

SISTEMAS

Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.

Corpos em contato

Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F B,A=mB.a

Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB=3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F(mA+mB).a
24=(5+3).a
24
a =8
a=3m/s2

FB,A= mB.a
FB,A=3.3
FB,A= FA,B=9N

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Blocos ligados por fio em superfície lisa
Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam
puxados por uma força F.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


(corpo A) T2= mA.a
(corpo B) T1-T2= mB.a
(corpo C) F-T1= mC.a
---------------------------------------
F =( mA+ mB+ mC).a
Um dos corpos pendurados
Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente
para deslocar o conjunto.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

TRABALHO

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;

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Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R=1+2+3+..........+N

Força paralela ao deslocamento


Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
= F.S
=m.a. S
=5.1,5.100
=750J

Força não-paralela ao deslocamento


Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:
𝐹
cos= 𝐹𝐼𝐼𝐼

FII=F cos

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho. Logo:

= FII.S
= F cos.S

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S

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= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho da força Peso


Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre
o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:
P=P. h
P= m.g. h

POTÊNCIA

Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W=1𝑠
Além do watt, usa-se com frequência as unidades:
1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Pot M=
𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝐹.𝑆 𝑆
Pot M= = 𝐹. = 𝐹 v m
𝑡 𝑡
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:

Pméd= 𝑡(I)

O trabalho de uma força constante é definido por:


= F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd=
𝑡

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Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo:
Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?

Pot M= 𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd= 𝑡
= 10
= 36 𝑊

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?


Pot= F.v=12.2=24W

ENERGIA MECÂNICA

Energia é a capacidade de executar um trabalho.


Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
 Energia Cinética;
 Energia Potencial Gravitacional;
 Energia Potencial Elástica;

Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S

Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:

v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎

Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

Teorema da Energia Cinética


Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


"O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética."

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R=Ec= Ec- Eci
2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= -
2 2

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= 2
- 2

10.0 10.(10)2
R= -
2 2
−1000
R= 2 =-500 J
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.

Energia Potencial Gravitacional


É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).

Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.

Energia Potencial Elástica


Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A=
2

Então:
𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎
Fel=Eel= 2

𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel= 2
= 2

Conservação de Energia Mecânica


A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

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Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final
Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:
1 1 1 1
mv2 inicial+ Kx2= mv2 final+ Kx2inal
2 2 2 2

Exemplo:
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

1 1
m.0+m.10.3= mv2 final = mg.0
2 2
1
30m= mv2 final
2
60=v final
7,75 m/s v final

IMPULSO

Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:


 Módulo:
 Direção: a mesma do vetor F.
 Sentido: o mesmo do vetor F.
A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo
de tempo de interação:

A = F.Δt = I

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Exemplo:
1) Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.

RESOLUÇÃO
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s

2) Dado o gráfico

Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.

RESOLUÇÃO
1. Divida o gráfico em 3 partes: triângulo (A3), retângulo (A1) e trapézio (A2).

2. Calcule as áreas A1, A2 e A3.


A1 = b · h A1 = 2s · 4N = 8 N.s

A2 = A2 = = 30 N.s

A3 = A3 = = 12 N.s

3. A soma de A1, A2 e A3 é o valor do impulso.


I = A1+ A2 + A3 I = 50 N.s

4. Determine a força utilizando

F= =5N

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QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:


 Módulo:
 Direção: a mesma da velocidade.
 Sentido: a mesma da velocidade.
 Unidade no SI: kg.m/s.

Exemplo:
Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

mas sabemos que: , logo:

Como vimos:

então:

"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para
que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

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Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco A.
O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco B
exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.

04. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de 10 kg sobe com velocidade constante um plano inclinado. Outro bloco de
8,0 kg está conectado ao primeiro através de um fio e de uma roldana ideais, conforme mostra a Figura
abaixo.

O módulo, em N, da força de atrito entre o bloco de 10 kg e o plano inclinado é


Dados Aceleração da gravidade = 10 m/s2
sen 30° = 0,50
cos 30° = 0,87
(A) 70
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87

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05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200

06. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) Um objeto está descendo um


plano inclinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção
do movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que
um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.

Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N

08. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de madeira de massa M está em repouso sobre um plano inclinado de um
ângulo  em relação à horizontal, num local onde a aceleração da gravidade é g. Desprezando-se os
efeitos do ar, o módulo da força de atrito estático sobre o bloco é
(A) M g cos θ
(B) M g sen θ
(C) M g (sen θ / cos θ)
(D) M g (cos θ / sen θ)
(E) M g (sen θ + cos θ)

09. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO). Três cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente, M1
, M2 e M3 , sendo M1 > M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo 1
apoiado sobre o plano, o cubo 2 apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a
face superior do cubo 2. O conjunto está em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3) g
(B) (M2 - M3) g

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(C) (M2 + M3) g
(D) (M1 - M3) g
(E) (M2 + M1 - M3) g

10) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar
uma mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão
na mola neste momento?

Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²

02. Resposta: A.

𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30=(4+2) a
30=6a
a=5 m/s²

Voltando em B>
f=2x5=10N

03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²

04. Resposta: B.

T=Fat+Px
Px=Psen=10.10.0,5=50N
A tração é igual ao peso do bloco pendurado
T=mg=8.10=80N
Substituindo na equação:
80=Fat+50
Fat=80-50=30N

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05. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N

06. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px=Fat

07. Resposta: D.

Como está em equilíbrio: T=Px


Px=Psen

Podemos aplicar teorema de Pitágoras no triângulo


Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5

Portanto o sem =3/5


3
𝑇= 𝑃
5

08. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px=Fat
Fat=m g sen 

09. Resposta: C.

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N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3) g

10. Resposta
𝐸 𝑀 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑀 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐸 𝑐 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑐 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

1 1 1 1
𝑚𝑣2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚𝑣2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2
1 1 1 1
10. (12)2 + . 2000.0 = . 10.0 + . 2000. 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2

720 = 1000 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

720
√ = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
1000
0,85 𝑚  𝑥 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

GRAVITAÇÃO

Analisa os modelos planetários através das leis de Kepler, a lei da gravitação universal de Newton e a
análise dos movimentos e suas causas de planetas e satélites em órbitas.

Relembrando:

Força Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que


sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade, quando aplicada a ele o princípio
fundamental da dinâmica poderemos dizer que:

A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

ou em módulo:

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O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.A massa de um corpo, por sua vez, é
constante, ou seja, não varia.

Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que
é o quilograma-força, que por definição é: 1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a
aceleração da gravidade de 9,8m/s².

A sua relação com o newton é:

Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.

Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:

Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:

(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);


(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

(a)

(b)

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Aceleração Gravitacional

Aceleração da gravidade é a intensidade do campo gravitacional em um determinado ponto.


Geralmente, o ponto é perto da superfície de um corpo massivo. Um exemplo é a aceleração da gravidade
na Terra ao nível do mar e à latitude de 45°, (g) é aproximadamente igual a 9,80665 m/s². A aceleração
na Terra varia minimamente, devido a, principalmente, diferentes altitudes, variações na latitude e
distribuição de massas do planeta.
Para fins didáticos, é dito que a aceleração da gravidade é a aceleração sentida por um corpo em
queda livre. Primeiramente porque a rotação da Terra impõe uma aceleração adicional no corpo oposta
a aceleração da gravidade. O corpo atraído gravitacionalmente sente uma força centrífuga atuando para
cima, reduzindo seu peso. Este efeito atinge valores que variam de 9,789 m/s² no equador, até 9,823 nos
polos.
A segunda razão é a forma não totalmente esférica da Terra, também causada pela força centrífuga.
Essa forma faz com que o raio da Terra no equador seja ligeiramente maior que nos polos. Como a
atração gravitacional entre dois corpos varia inversamente ao quadrado da distância entre eles, objetos
no equador experimentam uma força gravitacional mais fraca do que os mesmos objetos nos polos.

Aceleração da Gravidade na superfície da Terra

Segundo Galileu Galilei (1564-1642) se deixarmos cair objetos de pesos diferentes do alto de uma
torre, eles irão cair com a mesma velocidade. Isto é, cairão com a mesma aceleração, que é uma medida
da variação da velocidade em relação ao tempo que passa. Existe ao redor da terra uma região conhecida
como campo gravitacional, que atrai os corpos para o centro da Terra, essa atração ocorre por influência
de uma força conhecida como, força gravitacional.
Todos os corpos sofrem influência desta força, segundo Newton o peso dos corpos estão sempre no
sentido do centro da Terra. Quando o campo gravitacional age sobre os corpos faz com que eles sofram
variação em sua velocidade, adquirindo aceleração da gravidade. A trajetória de um corpo em queda livre
(exceto nos polos) não é uma reta que aponta para o centro da Terra, uma vez que a aceleração da
gravidade não é a resultante, há também a aceleração de Coriolis, a qual “empurra” o corpo no para leste
ou oeste, dependendo da posição de queda sobre a Terra. Todos os corpos que estão na superfície
terrestre sofrem influência da força peso, direcionando para o centro da Terra. Está força é representada
pela equação:

Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade

Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:

Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

A equação dada abaixo é capaz de calcular a aceleração da gravidade na superfície de qualquer


planeta.

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Onde:
A = aceleração da gravidade
m = massa do astro
r = distância do centro do objeto
G = constante universal da gravitação

Aceleração da Gravidade para Corpos Externos à Terra

Para calcularmos a aceleração da gravidade de corpos que estão entorno dos planetas, como a nossa
Lua, por exemplo, utilizamos a seguinte equação matemática:

Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.

Dedução Matemática

Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.

Lei da Gravitação Universal

A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.

Formulação da Lei da Gravitação Universal

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Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2,
proporcionais ao produto das duas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância (r)
entre elas. G é a constante gravitacional.

A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:

Onde

F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;

é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força,


m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e

r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;


o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.

A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os fenômenos
terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da ciência
moderna.
Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração desta “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.

LEIS DE KEPLER

Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.

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1ª Lei de Kepler - Lei das Órbitas

Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.

2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas

O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos

O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma
constante k, igual a todos os planetas.

Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.

Movimentos de Corpos Celestes - Influência na Terra: marés e variações climáticas1

Para estudar o movimento dos astros, é possível fazer uma analogia com o que ocorre quando fazemos
girar verticalmente um corpo preso a uma corda. Se o girarmos muito devagar, quando ele atingir o ponto
mais alto cairá devido a seu peso. Se o girarmos muito depressa, a corda se romperá e o corpo será

1
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html

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arremessado. Para que ele gire mantendo uma órbita fixa, é preciso que exista uma força que o mantenha
nessa órbita.
No Universo, os planetas, satélites, estrelas e outros corpos experimentam grandes forças de atração
entre si em virtude do elevado valor de sua massa. Se existissem apenas estas forças, os diferentes
corpos acabariam se chocando. No entanto, esses corpos têm um movimento perfeitamente ordenado.
Nos corpos que orbitam em torno de uma estrela, as forças de atração determinam trajetórias precisas e
conhecidas. Considerando isso tudo, vamos explicar alguns fenômenos que ocorrem em função das
forças gravitacionais e do movimento dos corpos celestes.

As Estações

A Terra demora um ano para dar uma volta ao redor do Sol e descreve uma órbita elíptica. O eixo da
Terra mantém certa inclinação em relação ao Sol, e é isso que determina as estações. Ao contrário do
que muitos pensam, o verão ou o inverno não chegam quando a Terra está mais próxima ou mais longe
do Sol, e sim quando a inclinação de seu eixo acarreta a incidência mais concentrada da energia solar
em um hemisfério. Quando a posição da Terra em seu movimento corresponde a uma inclinação do eixo
para dentro de sua órbita, é inverno no Hemisfério Sul. Quando o eixo está inclinado para fora, é verão.

O fenômeno das marés

A Lua exerce uma força de atração sobre a Terra. A parte líquida da Terra, especialmente os oceanos,
precisa variar de forma para compensar essa força. Na face voltada para a Lua, a água se eleva alguns
metros acima do nível médio. Na face oposta à Lua, o nível recua alguns metros. A força de atração que
a Lua exerce sobre a Terra faz a superfície do oceano se esticar. Um de seus extremos se aproxima da
Lua e o outro se afasta. Quando a água alcança a altura máxima, diz-se que há maré alta, ou preamar, e
quando se encontra no nível mínimo, fala-se de maré baixa, ou baixa-mar.
Esses fenômenos repetem-se uma ou duas vezes por dia. O Sol também influi nas marés, mas, como
se encontra mais longe da Terra do que a Lua, sua ação é menor. Somente quando o Sol, a Lua e a Terra
estão alinhados no espaço, o aumento do nível das marés é muito maior. Durante os quartos crescente
e minguante, o Sol forma um ângulo reto com a Lua, e as marés são menos pronunciadas do que o
normal: são as marés mortas, ou de quadratura.

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Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução2

A origem do universo é um tema que sempre interessou a toda a humanidade. Em todos os povos, em
todas as épocas, surgiram muitas e muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que
conhecemos. No passado, a religião e a mitologia eram as únicas fontes de conhecimento. Elas
propunham certa visão de como um ou vários deuses produziram este mundo. Há mais de dois mil anos,
surgiu o pensamento filosófico. Ele propôs novas ideias, modificando ou mesmo abandonando a tradição
religiosa. Por fim, com o desenvolvimento da ciência, apareceu outro modo de estudar a evolução do
universo.
Atualmente, a ciência predomina. É dessa ciência que muitos esperam obter a resposta às suas
indagações sobre a origem do universo. Muitas vezes, lemos notícias em jornais e revistas apresentando
pesquisas recentes sobre a formação do universo. Na tentativa de chamar a atenção para uma nova
descoberta, os jornalistas às vezes exageram sua importância e publicam manchetes do tipo: “Acaba de
ser provado que o universo começou de uma explosão”. Mas foi provado, mesmo?
As notícias, quase sempre, dão a impressão de que acabaram todos os mistérios, que não há mais
dúvidas sobre o início e evolução do cosmo. Mas a verdade não é exatamente essa. Há dezenas de anos,
os jornais repetem as mesmas manchetes, com notícias diferentes. Quem se der ao trabalho de consultar
tudo o que já se publicou sobre o assunto, verá que os meios de comunicação revelam sempre um enorme
otimismo. O resultado de cada nova pesquisa é apresentado como se tivesse sido conseguida a solução
final. Mas se a notícia de trinta anos atrás fosse correta, não poderiam ter surgido todas as notícias dos
anos seguintes - até hoje - repetindo sempre que certo cientista ou grupo de pesquisadores “acaba de
provar” que o universo começou assim e assim.
A ciência tem evoluído, isso é inegável. Durante o século XX, nossos conhecimentos aumentaram de
um modo inconcebível. Entretanto, nem todos os problemas foram resolvidos. A ciência ainda não
esclareceu a maior parte das dúvidas. As teorias sobre a origem do universo ainda devem sofrer muitas
mudanças, no futuro. Por isso, ninguém deve esperar encontrar aqui a resposta final. A última palavra
ainda não foi dita.
A ciência não é o único modo de se estudar e tentar captar a realidade. O pensamento filosófico e
religioso possuem também grande importância. As antigas indagações ressurgem sempre: será possível
que esse universo tenha surgido sem uma intervenção divina? Até que ponto a ciência e a religião se
contradizem ou se completam?
Ao longo da história da humanidade, desenrolou-se - e ainda se desenrola - um enorme esforço para
descobrir de onde veio tudo aquilo que existe. É a história desse esforço que será descrita neste livro.
Apenas sabendo todas as fases pelas quais já passou o pensamento humano, podemos tentar avaliar
corretamente o estágio atual de nossos conhecimentos. Para isso, não podemos nos limitar apenas às
investigações mais recentes, nem apenas à ciência. Devemos recuar a um passado distante, e
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http://www.ghtc.usp.br/Universo/intro.html

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acompanhar essa grandiosa aventura intelectual da humanidade: a tentativa de entender a origem do
universo, a sua própria origem e o seu próprio significado.
Em nossa viagem, encontraremos alguns dos maiores pensadores de toda a história. Muitas teorias
são difíceis ou obscuras. É preciso certo esforço para entendê-las. Mas vale à pena esse esforço de
elevar-se e poder dialogar com alguns dos maiores gênios da humanidade. Nossa viagem pela história
do pensamento humano nos mostrou muitas tentativas realizadas para se compreender a origem de
nosso universo. Essa busca existiu em todas as civilizações, em todos os tempos. Mas a forma de buscar
essa explicação variou muito. O mito, a filosofia, a religião e a ciência procuraram dar uma resposta às
questões fundamentais: O universo existiu sempre, ou teve um início? Se ele teve um início, o que havia
antes? Por que o universo é como é? Ele vai ter um fim?
Nosso conhecimento moderno sobre o universo está muito distante daquilo que era explicado pelos
mitos e pela religião. Nenhum mito ou religião descreveu o surgimento do sistema solar, do Sol, das
galáxias ou da própria matéria. Esperaríamos da ciência uma resposta às nossas dúvidas, mas ela
também não tem as respostas finais. Por que não desistimos, simplesmente, de conhecer o início de
tudo? Que importância pode ter alguma coisa que talvez tenha ocorrido há 20 bilhões de anos?
A presença universal de uma preocupação com a origem do universo mostra que esse é um elemento
importante do pensamento humano. Possuir alguma concepção sobre o universo parece ser importante
para que possamos nos situar no mundo, compreender nosso papel nele. Em certo sentido, somos um
microcosmo. O astrônomo James Jeans explicava o interesse dos cientistas por coisas tão distantes de
nossa vida diária, da seguinte maneira:
Ele quer explorar o universo, tanto no espaço quanto no tempo, porque ele próprio faz parte do
universo, e o universo faz parte do homem. Essa busca de uma compreensão do universo e do próprio
homem ainda não terminou. De uma forma ou de outra, todos participamos dessa mesma procura. Uma
procura que tem acompanhado e que ainda deverá continuar a acompanhar todos os passos da
humanidade.

Big Bang

O Big Bang, ou a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do


universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que o universo estava
originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado
pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por
explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De
acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de
13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.

Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo,
embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na
teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do
espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble
descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus
desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar
que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente
diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.
Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais
próximos no passado. Esta ideia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e
temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e
testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm
capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia.
Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big
Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve
e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos
leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de
processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica
e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949.
Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria
do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso
e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle

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mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear
para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação
cósmica de fundo em micro-ondas em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade
de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas
ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria
do Big Bang devem ter ocorrido.
A importância da descoberta da radiação cósmica de fundo é que ela representa um “fóssil” de uma
época em que o universo era muito novo, sendo a maior evidência da existência do Big Bang. Ela é
proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação).

Questões

01. (AEB - Tecnologista Júnior - Desenvolvimento Tecnológico – CETRO) Um satélite A tem a


metade da massa do satélite B, mas orbita em torno da Terra a uma distância duas vezes menor que o
satélite B. Comparando a força gravitacional entre cada satélite e o planeta, usando a lei gravitacional de
Newton, é correto afirmar que
(A) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa.
(B) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
massa tem mais influência que a diferença na distância.
(C) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa
(D) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
massa tem mais influência, fazendo com que a força seja menor em B.
(E) ambos os satélites experimentam a mesma força, porque a diferença na distância compensa a
diferença na massa.

02. (UNISINOS-RS) Durante o primeiro semestre deste ano, foi possível observar o planeta Vênus
bem brilhante, ao anoitecer.

Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é……………….e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:

a) menor; menor
b) menor; igual
c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior

03. (UEMG-MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:

São feitas duas afirmações sobre esse movimento:


1. A velocidade da Terra permanece constante em toda a trajetória.
2. A mesma força que a Terra faz no Sol, o Sol faz na Terra.
Sobre tais afirmações, só é CORRETO dizer que
(A) as duas afirmações são verdadeiras.

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(B) apenas a afirmação 1 é verdadeira.
(C) apenas a afirmação 2 é verdadeira.
(D) as duas afirmações são falsas.
(E) n.d.a

04. (MACKENZIE-SP) Dois satélites de um planeta tem períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?

05. (PUC-SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:

(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F

Respostas

01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2
mA é a massa do satélite A.
mB=2mA
rB=2rA
𝑀 1 𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹𝐵 = 𝐺 ∙ 2𝑚𝐴 ∙ 2 =2
4𝑅𝐴 𝑅𝐴2

Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.

02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.

03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.

2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.

04 Resposta. 32²/1³ = 32².8² /R³  R³=(2³)²  R=4u

05. Resposta. A

F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F

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5.4 HIDROSTÁTICA: Pressão e densidade; pressão atmosférica -
experiência de Torricelli; princípio de Stevin - vasos comunicantes;
princípio de Pascal - aplicações; e princípio de Arquimedes - Empuxo.

HIDROSTÁTICA

A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.

Massa Específica: Densidade


Ao se afirmar que a massa específica da água é de 1000 kg/m³ estamos informando que 1 m³ de água
possui uma massa de 1000 kg. Isto nos permite deduzir a definição de massa específica, que é a relação
entre a massa e o volume ocupado por essa massa:

A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:

Exemplo:
Qual a massa de um corpo de volume 1m³, se este corpo é feito de ferro?
Dado: densidade do ferro=7,85g/cm³
Convertendo a densidade para o SI:

PRESSÃO
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.

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A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.

Sendo:
p= Pressão (Pa)
F=Força (N)
A=Área (m²)

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m²,
qual a pressão exercida por esta força?

Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

como:
a massa do líquido é:

mas , logo:

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

Pressão atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg

Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.

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Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:

Po=1 atm =1 .105 Pa

Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:

P=P0+dgh
P= 105+(103.10.100)
P= 1100000 Pa

Ou
𝟏𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
P= 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
 P=11 atm

TEOREMA DE STEVIN
Seja um líquido qualquer de densidade d em um recipiente qualquer.
Escolhemos dois pontos arbitrários R e T.

As pressões em Q e R são:

A diferença entre as pressões dos dois pontos é:

Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a
densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."

Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.

TEOREMA DE PASCAL

Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:

Então, considerando dois pontos, A e B:

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Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:

Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.

Assim:

Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."

Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆P = γ ⋅ ∆h
∆P = 10000. 4
∆P = 40000 Pa

Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.

Prensa hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu
interior existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de
pressão sobre o líquido dado por:

Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a
todos os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da
aplicada:

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Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:

Exemplo:
Considere o sistema a seguir:

Dados:

Qual a força transmitida ao êmbolo maior?

PRINCÍPIO DO EMPUXO

Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e
a representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).

Exemplo:
Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de
volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²

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Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas podemos
usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
 densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
 densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
 densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido

Exemplo:
Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0. 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d =
0,90. 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido
pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.

d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N

VAZÃO E CONTINUIDADE EM REGIMES DE FLUXO CONSTANTE

Noções de Hidrodinâmica
A hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento.
Equação da continuidade
Suponhamos que um líquido esteja se movendo numa tubulação qualquer, em regime uniforme e
consideremos u trecho da tubulação, cuja secção longitudinal está representada na figura abaixo.
Suponha que no trecho da tubulação mostrado o líquido esteja se movendo da esquerda para a direita.

Sejam S1 e S2 as áreas das secções retas da tubulação nas regiões 1 2 e v1 e v2 as velocidades das
partículas líquidas por ali passam.
Demonstra-se que
S1.v1 = S2.v2
Esta expressão é conhecida como equação da continuidade. A partir dela podemos concluir que se o
diâmetro do tubo diminui, então a velocidade de escoamento do fluido no interior do tubo aumenta e vice-
versa. Observa-se ainda que nas paredes mais estreitas do tubo de corrente as linhas de corrente estão
mais próximas, indicando maior velocidade do fluido.

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Um exemplo simples que evidencia as conclusões obtidas com a equação da continuidade, é o
escoamento das águas de um rio. Nas regiões em que o rio é largo, a água flui calmamente. Entretanto,
quando o rio se estreita e as margens estão mais próximas, a correnteza atinge velocidades maiores.
Vazão de volume
O produto S.v corresponde a DV/Dt. O produto S.v é chamado de vazão de volume ou simplesmente
vazão. Representa-se pela letra Q. e sua unidade de medida no SI é m³/s.
Logo, a vazão mede o volume de fluido de atravessa determinada secção por unidade de
tempo:
Q = S.v
Portanto a equação da continuidade impõe que a vazão de volume através de um tubulação é
constante em qualquer secção transversal que se considere.
Teorema de Bernoulli
O teorema de Bernoulli, em essência, estabelece que a energia de um fluido em fluxo permanente, é
constante ao longo do caminho descrito pelo fluido.

Essa relação nos mostra principalmente que, em uma canalização horizontal, um estrangulamento
implica - pela equação da continuidade - um aumento na velocidade do fluxo e, consequentemente, uma
diminuição de pressão.
Então, quanto maior é a velocidade de um fluido menor é a pressão que ele exerce.

Aplicação do Teorema de Bernoulli


Uma superfície aerodinâmica, como a asa de um avião ou um aerofólio de um carro de corrida, é
desenhada de tal forma maneira que, ao se movimentar através de um fluido perturba-o de tal modo que
um algumas regiões, as linhas de corrente são próximas e em outras elas não são afetadas. figura mostra
as linhas de corrente de um fluxo de ar nas proximidades de um asa de avião, mostrada em corte.
Observe que acima da asa as linhas de corrente são mais comprimidas, indicando que nessa região a
velocidade do fluido é maior. Assim pelo teorema de Bernoulli. A pressão na região acima da asa deve
ser menor e, portanto, existirá uma força resultante dirigida para cima (empuxo dinâmico). Esse empuxo
dinâmico é geralmente chamado de sustentação.

Exemplo:
Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de secção reta de 100 cm 2, passa água com uma
vazão de 7200 litros por hora.

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Calcule a velocidade de escoamento da água nesse cano, em m/s.
S=100cm2=102.10-4
S=102m3
Z=7.200L/h=7.200/3.600L/s=2.L/s
Z=2.10-3m3/s
Z=S.v
2.10-3= 10-2v
v=2.10-3/10-2
v=0,2m/s

Questões

01(EBSERH-FISIOTERAPEUTA- AOCP) Após uma lesão, cirurgia ou imobilização, a hidroterapia


facilita o movimento por meio da redução das forças gravitacionais, devido aos efeitos combinados de
_______________, ____________ e ____________. Pacientes incapazes de realizar exercícios com
sustentação de peso podem começar a reabilitação mais cedo.
flutuação/ atrito/ temperatura
(B)viscosidade/ volume/ arrasto
(C)viscosidade/ empuxo/ densidade
(D)temperatura/ volume/ densidade
(E)flutuação/ densidade/ empuxo

02. (PC-SP- PERITO CRIMINAL-VUNESP) Um cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido


suspenso por um fio na posição vertical, totalmente submerso em um tanque cheio de água, como mostra
a figura:

Nessas condições, é correto afirmar que


o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua massa específica.
(B)a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em qualquer ponto dele.
(C)o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.
(D)a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa específica dele.
(E)a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.

03. (FCC) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com água,
ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical mínima
capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2

04. A ferramenta usada em oficinas mecânicas para levantar carros chama-se macaco hidráulico. Em
uma situação é preciso levantar um carro de massa 1000kg. A superfície usada para levantar o carro tem
área 4m², e a área na aplicação da força é igual a 0,0025m². Dado o desenho abaixo, qual a força aplicada
para levantar o carro?

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05. (UNIFOR-CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido,
de 1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,
(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15

Respostas

01.Resposta:E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta à da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.

02.Resposta:E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.

03.Resposta:A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N
FR = E - P = 80 - 48 = 32 N

04.Resposta
𝐹 𝑃
=
𝐴 𝐴
𝑃.
F= 𝐴

1000.10.0,0025
𝐹=
4
F= 6,25N

05.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos: Po = 1 atm = 105 Pa; h =
10 m;
Calculemos a pressão hidrostática:

P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:

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d'=80%.d
d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'

5.5 ONDAS/ACÚSTICA: Conceito, natureza e tipos; ondas periódicas,


princípio da superposição, princípio de Huygens, reflexão e refração;
ondas sonoras, propagação e qualidades do som; propriedades das
ondas sonoras - reflexão, refração, difração e interferência. Tubos
sonoros.

ONDAS

A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.
Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este meio
não acompanha a propagação.

Conforme sua natureza as ondas são classificadas em:


Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo. Alguns exemplos são os que acontecem em molas e cordas,
sons e em superfícies de líquidos.

Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.

Quanto a direção de propagação as ondas são classificadas como:

Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;
Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;
Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.

Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:


Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:

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Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.

Componentes de uma onda


Uma onda é formada por alguns componentes básicos que são:

Sendo A a amplitude da onda.


É denominado comprimento da onda, e expresso pela letra grega lambida (λ), a distância entre duas
cristas ou dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos
passem por um ponto e frequência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam
por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
Portanto, o período e a frequência são relacionados por:
𝟏
𝒇=
𝑻
A unidade internacionalmente utilizada para a frequência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à
passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo.

Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de:


frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.

Velocidade de propagação das ondas


Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com
velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão:
S= v. t
Podemos fazer que ΔS=λ e que Δt=T
Assim:𝜆 = 𝜈. Τ

1
𝑇=
𝑓
1
𝜆 = 𝜈.
𝑓
= 𝜆. 𝑓

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Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)
Exemplo:
(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?
1cm=0,01m
 = 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆

195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01
𝐹 = 19,5 𝐻𝑧

REFLEXÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.

Reflexão em ondas unidimensionais


Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:

Com extremidade fixa:


Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição
original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela, pelo
princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da aplicação do
pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Assim como mostra a figura abaixo:

Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.

Com extremidade livre:


Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito.
Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do pulso,
apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação, mas com
sentido inverso. Como mostra a figura:

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Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.

REFRAÇÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:

1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio
refratado estão contidos no mesmo plano.
Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência
de refração, sendo matematicamente expressa por:

𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
=
𝑠𝑖𝑛𝜃2 𝑣2
= 2

ONDE:

1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular


2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.

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SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.
Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura,
mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas:
Situação 1: os pulsos são dados em fase.

No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:

Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2

Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.

Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.

Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude A1 é negativo em relação ao eixo vertical, portanto A1<0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:

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Numericamente:
A= -A1+A2
X= -x1+x2

Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.
Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.

RESSONÂNCIA
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:

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Ao ser excitada periodicamente, por um vento de frequência:

A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:

Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.

PRINCÍPO DE HUYGENS
O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior.
Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de
frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.

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Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.
A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.
Desta forma:

DIFRAÇÃO DE ONDAS
O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.

Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.
Se esta propagação acontecesse em linha reta, os raios continuariam retos, e a propagação depois
da fenda seria uma faixa delimitada pela largura da fenda. No entanto, há um desvio nas bordas.
Este desvio é proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso onde esta largura é muito inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares, independente da forma
geométrica das ondas incidentes.

EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).

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Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.

Questões

01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) A mudança na direção de uma onda, ao atravessar a
fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento de onda,
mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.

02. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) De acordo com a sua natureza, as ondas podem ser classificadas em mecânicas ou
eletromagnéticas.
É um exemplo de ondas mecânicas:
(A) ondas de rádio
(B) micro-ondas
(C) raio X
(D) luz
(E) ultrassom

03. (FUB – Físico – CESPE)

A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado

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04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.

05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) Com relação às propriedades das ondas sonoras e
eletromagnéticas, julgue os itens a seguir Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado

06. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) As ondas eletromagnéticas possuem características como: amplitude, frequência,
comprimento de onda, velocidade de propagação, potência transmitida, etc. Quando se propagam no
vácuo, a única característica que assume o mesmo valor para todas as ondas eletromagnéticas é a(o)
(A) amplitude
(B) frequência
(C) velocidade de propagação
(D) potência transmitida
(E) comprimento de onda

07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ) Se houvesse uma explosão no Sol
certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
(A) o som não se propaga no vácuo.
(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar

08. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN)


A onda representada a seguir tem período de 0,25 s.

Sobre essa onda, é correto afirmar que


(A) sua amplitude é de 8 cm.
(B) tem frequência igual a 2,5 hz.
(C) sua velocidade é igual a 64 cm/s.
(D) tem comprimento de onda de 48 cm.

09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) A hélice de um determinado avião
gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180

10. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) Em um tanque com água, um mecanismo de vibração
produz ondas na superfície. Se a frequência de trabalho do mecanismo for dobrada, como consequência
a onda terá o (a)
(A) dobro da velocidade de propagação.
(B) seu período inalterado.

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(C) metade do comprimento de onda.
(D) dobro do período.
(E) metade da velocidade de propagação.

11(SEE-AC- PROFESSOR DE MATEMÁTICA E FÍSICA-FUNCAB) O som é classificado como uma


onda:
eletromagnética.
(B)hidrodinâmica.
(C)elétrica.
(D)magnética.
(E)mecânica.

12.Um pêndulo demora 0,5 segundo para restabelecer sua posição inicial após passar por todos os
pontos de oscilação, qual sua frequência?

13.Qual deve ser a constante elástica de uma mola para que, quando colocada em um oscilador
massa-mola horizontal, considerando a força máxima admissível igual a 100N, suporte um movimento de
uma massa de 2kg em uma amplitude de 1m?

14.Qual a força exercida em um oscilador massa-mola de amplitude 0,3m, com massa 0,5kg, tendo
um período de 3 segundos, no momento em que sua elongação é máxima?

Respostas
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.

02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.

03. Resposta: Errado


Ondas eletromagnéticas não necessitam de meio físico para se propagar.

04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.

05. Resposta: Errado.


Como vimos, as ondas eletromagnéticas não requerem um meio para sua propagação, é possível ter,
mas não necessitam.

06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.

07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.

08. Resposta: C.

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(A) Amplitude é 4 cm.
1 1
(B) 𝑓 = = = 4 ℎ𝑧
𝑇 0,25
(C) v=.f
V=164=64 cm/s
(D) =16 cm

09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.

10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.
Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1
Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2
11.Resposta
Onda é um movimento causado por uma perturbação que se propaga. Analisando a natureza de todos
os tipos de ondas, os cientistas perceberam que podemos classificá- las em Ondas Mecânicas e Ondas
Eletromagnéticas.
Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo.
Exemplos: Som, ondas na água e as produzidas em cordas e molas.

Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram. Isso quer dizer que elas podem propagar-se tanto no vácuo
quanto em determinados meios materiais.
Exemplos: ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.

12.Resposta
Como o tempo dado equivale ao movimento completo do pêndulo, este é considerado o seu período
de oscilação, ou seja:
T=0,5 s
Como a frequência equivale ao inverso do período temos:
1
𝑓=
𝑇
1
𝑓= = 2 𝐻𝑍
0,5𝑠
13.Resposta
Utilizando a equação da força, lembrando que para osciladores massa-mola a constante k equivale a
constante elástica da mola temos:
F= -k.x
Para este caso utilizaremos os valores de elongação máxima (amplitude) e de maior força admissível
(lembrando que esta será restauradora, portanto, negativa), assim:
F= -k.A
-100—K.1
K= 100 N/m

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14.Resposta
Utilizando a equação:
F = −m.2.x
Lembrando que:

= T
E que, no momento onde a elongação é máxima:
x=A
Podemos escrever a equação da força:

ACÚSTICA

É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.

SOM E SUA PROPAGAÇÃO


O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:
𝑉 = . 𝑓

A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e as de ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:

A velocidade do som na água é aproximadamente igual a 1450m/s e no ar, à 20°C é 343m/s.


A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do gás, é possível
inclusive demonstrar experimentalmente que a velocidade do som em gases é dada por:
𝑣 = 𝐾. 𝑇
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.

Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º

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340=K.288 e V100º=K.373
Dividindo-se uma equação pela outra:

340 = K. 288


V100º = K. 373

340 288
= √
𝑣100 373

340
𝑣100 =
√288
373

𝑣100 = 386,9 𝑚/𝑠

INTERVALO ACÚSTICO
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a sua altura, intervalo e
timbre.
A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação entre grave e
agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:

𝑓1
𝑖=
𝑓2

INTENSIDADE SONORA
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴

Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:

𝐸
𝑃=
∆𝑡

Então, também podemos expressar a intensidade por:

𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡

As unidades mais usadas para a intensidade são J/m² e W/m².


É chamada mínima intensidade física, ou limiar de audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível: Io=10-12 W/m2
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora suportável
pelo ouvido: Imáx=1 W/m2

Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.

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REFLEXÃO DO SOM
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.

Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.

TUBOS SONOROS3
Ao soprar um tubo sonoro a coluna de ar vibra, havendo assim a produção de som.
Vejamos agora os tipos de tubos sonoros:

A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.

B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.

3 Fonte: http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z

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Ondas estacionárias nos tubos

A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico.
Vejamos:

Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e fn, a frequência de um harmônico de ordem n, vem:

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B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.

Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

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Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f (2n – 1), a frequência de um harmônico de ordem
(2n -1), vem:

EFEITO DOPPLER
O efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo observador em virtude do
movimento relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.
Para ondas sonoras, o efeito Doppler constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe
frequências diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade relativa entre o a onda
sonora e o movimento relativo entre o observador e/ou a fonte.
Considerando:
f0= frequência aparente percebida pelo observador
f=frequência real emitida
v0= velocidade do observador
vf= velocidade da fonte
v= velocidade da onda sonora

Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1

Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:

Para o caso onde a fonte se afasta do observador, há um alongamento aparente do comprimento de


onda, nesta situação a dedução do cálculo da frequência observada será análoga ao caso anterior.
𝑣
𝑓0 =
2

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No entanto:
𝑣 + 𝑣𝑓
2 =
𝑓𝑓

Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique
parado, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.

Supondo que a fonte esteja em repouso e o observador se movimente:


No caso em que o observador se aproxima da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
mais frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser maior que a
frequência emitida pela fonte. Neste caso, o comprimento de onda não é alterado, mas a velocidade de
propagação é ligeiramente aumentada.
𝑣1
𝑓0 =

Mas:
𝑣
v1= v+v0 e =
𝑓1
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:

𝑣 + 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣
𝑓0= 2

𝑣
Mas: 𝑣2=𝑣−𝑣0 e = 𝑓
𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

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Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.

Conhecendo estas quatro possibilidades de alteração na frequência de onda observada podemos


escrever uma fórmula geral para o efeito Doppler se combinarmos todos os resultados, sendo ela:

Sendo utilizados os sinais convenientes para cada caso.

Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.

OBS.:
A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das pregas
vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já as pregas
vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.

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b) Intensidade ou volume:
É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para sons de mesma frequência a
intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais intenso é o som produzido.

c) Timbre:
É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.

Intensidade A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele
atravessa. Conforme a equação abaixo
𝑃
𝐼=
𝐴

Unidade no SI: w/m2

Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-
12 w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.

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Observa-se que a Intensidade é inversamente proporcional a quadrado do Raio da esfera.
Considerando que o Raio da Esfera representa a distância entre a fonte e o ouvinte, percebe-se que a
quanto maior a distância menor a intensidade do som.

Nível Sonoro
É a grandeza física que responsável pela medida da sensação auditiva do ser humano.

Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multiplicar o resultado
encontrado por 10.

Questões

01.Um homem anda paralelamente a uma linha férrea com velocidade de 1,5 m/s, um trem se desloca
em sua direção com velocidade de 20 m/s, o homem ouve o apito do trem com frequência de 683 Hz.
Sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, qual a frequência do apito emitido pelo trem? Esquema
do problema

Adotando-se um sistema de referência orientado do observador (homem) para a fonte sonora (trem)
temos que o homem tem velocidade positiva (v O > 0) e a velocidade do trem é negativa (v F < 0). Dados
do problema • velocidade da fonte: v F = −20 m/s; • velocidade do observador: v O = 1,5 m/s; • frequência
ouvida pelo observador: f O = 683 Hz; • velocidade do som no ar: v = 340 m/s.

02.Um trem bala passa apitando pela plataforma de uma estação. Uma pessoa que está parada na
plataforma ouve o silvo com frequência de 450Hz. Após a passagem do trem, a frequência do apito parece
cair para 300Hz. Qual a velocidade com que o trem bala anda? Considera velocidade do som igual a
340m/s.

03. (UFSM) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em repouso em relação ao paciente, com
uma frequência determinada. Essas ondas são refletidas por células do sangue que se .......... de um

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detector de frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente. Ao analisar essas ondas refletidas,
o detector medirá frequências .......... que as emitidas pela fonte. Esse fenômeno é conhecido como ..........
.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) afastam - menores - efeito Joule
(B) afastam - maiores - efeito Doppler
(C) aproximam - maiores - efeito Joule
(D) afastam - menores - efeito Doppler
(E) aproximam - menores - efeito Tyndal

04. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sensação é de que o som é mais agudo, no
afastamento, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física como efeito Doppler. Considerando a
situação descrita, julgue os itens que se seguem.
(1) As variações na totalidade do som da buzina percebidas pelo indivíduo devem-se a variações da
frequência da fonte sonora.
(2) Quando o automóvel se afasta, o número de cristas de onda por segundo que chegam ao ouvido
do indivíduo é maior.
(3) Se uma pessoa estiver se movendo com o mesmo vetor velocidade do automóvel, não mais terá a
sensação de que o som muda de totalidade.
(4) Observa-se o efeito Doppler apenas para ondas que se propagam em meios materiais.

05.O grupo brasileiro Uakti constrói seus próprios instrumentos musicais. Um deles consiste em vários
canos de PVC de comprimentos variados. Uma das pontas dos canos é mantida fechada por uma
membrana que emite sons característicos ao ser percutida pelos artistas, enquanto a outra é mantida
aberta. Sabendo-se que o módulo da velocidade do som no ar vale 340 m/s, é correto afirmar que as
duas frequências mais baixas emitidas por um desses tubos, de comprimento igual a 50 cm, são:
(A) 170 Hz e 340 Hz
(B) 170 Hz e 510 Hz.
(C) 200 Hz e 510 Hz.
(D) 340 Hz e 510 Hz.
(E) 200 Hz e 340 Hz.

06.Um violinista deseja aumentar a frequência do som emitido por uma das cordas do seu instrumento.
Isto poderá ser conseguido:
(A) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(B) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(C) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(D) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(E) todas as sugestões são inadequadas para que o violinista consiga seu objetivo.

07.Se a frequência do 3º harmônico numa corda vibrante de comprimento 1,2 metros é 150 Hz e sua
massa é de 240 gramas determine com que velocidade as ondas se propagam ao longo dessa corda.

08. (EFEI-MG) Uma pessoa parada na beira de uma estrada vê um automóvel aproximar-se com
velocidade 0,1 da velocidade do som no ar. O automóvel está buzinando, e a sua buzina, por
especificação do fabricante, emite um som puro de 990 Hz.
O som ouvido pelo observador terá uma frequência de:
(A) 900 Hz
(B) 1 100 Hz
(C) 1 000 Hz
(D) 99 Hz
(E) Não é possível calcular por não ter sido dada a velocidade do som no ar

09 (UFCE) Você está parado, em um cruzamento, esperando que o sinal vermelho fique verde. A
distância que vai de seu olho até o sinal é de 10 metros. Essa distância corresponde a vinte milhões de
vezes o comprimento de onda da luz emitida pelo sinal. Usando essa informação, você pode concluir,
corretamente, que a frequência da luz vermelha é, em hertz:
(A) 6 106

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(B) 6 108
(C) 6 1010
(D) 6 1012
(E) 6 1014

10. (Fuvest-SP) Um rádio receptor opera em duas modalidades: uma, AM, cobre o intervalo de 550 a
1 550 kHz, e outra, FM, de 88 a 108 MHz. A velocidade das ondas eletromagnéticas vale 3 108 m/s. Quais,
aproximadamente, o menor e o maior comprimentos de onda que podem ser captados por esse rádio?
(A) 0,0018 m e 0,36 m
(B) 0,55 m e 108 m
(C) 2,8 m e 545 m
(D) 550 103 m e 108 106 m
(E) 1,6 1014 m e 3,2 1016 m

11 (UEPA) A voz humana, produzida pela vibração das cordas vocais, fica alterada durante processos
inflamatórios caracterizados pelo aumento do volume de fluidos nas cordas, produzindo a rouquidão.
Considere que as cordas vocais se comportam como cordas vibrantes, com extremidades fixas.
Considere ainda, como um modelo para rouquidão, que o efeito do inchaço é apenas aumentar a
densidade da corda. Nestas condições:
a) Qual a qualidade fisiológica do som que diferencia a voz rouca da voz normal?
b) Qual a alteração de frequência produzida pela rouquidão? Justifique utilizando o modelo da corda
vibrante.

Respostas

01.Resposta
Devido ao movimento relativo entre o observador e a fonte sonora a frequência ouvida pelo homem
será diferente da frequência emitida pelo apito do trem, o chamado efeito Doppler é dado por

02.Resposta

Utilizando a equação generalizada do efeito Doppler:

No primeiro caso, quando o trem se aproxima e o observador permanece parado:

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No segundo caso, quando o trem se afasta e o observador permanece parado:

Para encontramos a velocidade do trem podemos isolar a frequência do som emitido pelo apito e
resolver a equação, ou podemos dividir uma equação pela outra:

03.Resposta:D

04.Resposta:
FFVF
(1) Falsa --- a frequência da fonte é a mesma
(2) Falsa
(3) Verdadeira --- a distância fonte-observador é a mesma
(4) Falsa --- vale também para a luz que não necessita de um meio material para se propagar.

05.Resposta:B
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares
fn=nV/4L
f1=1X340/4X0,5
f1=11770Hz

f3=3X340/4X0,5
f3=510Hz

06.Resposta:C

07.Resposta
F = Nº de harmônicos ∙ V / 2L
150 = 3V / 2 ∙1.2
150 = 3V / 2.4
3V = 360
V = 360 / 3
V = 120 m/s

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08.Resposta: B
Dados:
vf = 0,1 var
f = 990 Hz
Utilizamos a equação:
f0 = f (var + v0)/(var - vf)
f0 = 990 (var + 0)/ (var - 0,1var )
f0 = 990 . var/ 0,9 var
Simplificando var, temos: f0 = 1.100 Hz

09.Resposta: E
Sendo:
10=20.106 =5.10-7m
Logo:
V=.f3.108=5.10-7 f
f=6.1024 Hz

10.Resposta
Alternativa c. Lembrando que v =.f, onde v 3 108 m/s, concluímos que o comprimento de onda  é
o menor quando a frequência f é a maior, e  é o maior quando f é a menor.
Assim,
3.108
menor=  menor=2,8m
108106

3.108
maior= 550103  maior=545m

11.Resposta
a) A altura, pois a voz rouca é mais grave que a normal.
V é proporcional a f.
1
V é proporcional a √𝜇
b) Se 𝜇 aumenta, então f diminui.
Logo, a rouquidão provoca diminuição da frequência da voz.
Observação: Supondo  constante.

5.6 CALOR: Calor e temperatura: conceitos, fontes e processos de


propagação de calor. Efeitos do calor: mudanças de estado físico.
Dilatação térmica de sólidos e líquidos. Termometria. Escalas
termométricas e calorimetria. Estudo geral dos gases ideais: equação
de Clapeyron, leis da termodinâmica.

CALORIMETRIA
A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.

CALOR
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.

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A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples

Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz
que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e
de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor
específico.
Assim:

Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
Q= c.m. ϴ
Q= 0,119.2000.(200-20)
Q= 0,119.2000.180
Q=42840 cal=42,84 Kcal

Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:
QL= m.L

A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a


quantidade de calor que 1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de
estado físico.
Por exemplo, para a água:

Calor latente de fusão 80cal/g


Calor latente de vaporização 540cal/g
Calor latente de solidificação -80cal/g
Calor latente de condensação -540cal/g
Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.

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Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=𝑚
𝑉
m=d.V
m= d.V
m= 103g

Assim:

QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal

Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:

TROCAS DE CALOR

Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:

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Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0

(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)

Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.

Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.

CAPACIDADE TÉRMICA
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:

Sua unidade usual é cal/°C.


A capacidade térmica de 1g de água é de 1cal/°C já que seu calor específico é 1cal/g.°C.

Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Calculando a capacidade térmica
𝑄
C= ∆𝑇

300
C= 50

C= 6 cal/ºC

PROPAGAÇÃO DO CALOR

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.

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A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente
quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.

Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a
quantidade de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):

Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).

Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?

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Aplicando a equação do fluxo de calor:

Questões

01. (UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550

02(Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

03. Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à temperatura de 80°C, ao
ser encostado em outro bloco do mesmo material, de massa 500g e que está em temperatura ambiente
(20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em contato? Considere que os blocos estejam em um
calorímetro.
(A)80
(B)75.
(C)70
(D) 60
(E) 55

04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?
(A)70
(B)65.
(C)90
(D)80
(E)35

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05(AFA-SP) Assinale a alternativa que define corretamente calor.
(A) Trata-se de um sinônimo de temperatura em um sistema.
(B) É uma forma de energia contida nos sistemas.
(C) É uma energia de trânsito, de um sistema a outro, devido à diferença de temperatura entre eles.
(D) É uma forma de energia superabundante nos corpos quentes.
(E) É uma forma de energia em trânsito, do corpo mais frio para o mais quente.

06. Qual é, em J °C−1, a capacidade calorífica do material no estado líquido?


(A) 20
(B) 30
(C) 50
(D) 100
(E) 200

07. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Com base na calorimetria, pode-se medir o calor específico de uma substância. Para tal,
deve-se elevar a temperatura dessa substância, colocá-la em um calorímetro contendo água com massa
ma e temperatura Ta conhecidas e depois medir a temperatura da combinação após o equilíbrio.
Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que mx é a massa da substância,
cx é seu calor específico, Tx é sua temperatura inicial, ca é o calor específico da água e T é a temperatura
de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância cx a expressão:

𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐴)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
(𝐵)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐶)
2𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
(𝐷)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
(𝐸)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )

08. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma chaleira contendo um litro de água
à temperatura de 20 °C é colocada no fogão para ferver. A temperatura de ebulição da água no local é
de 100 °C. A densidade da água vale 1,0 g/cm³, e o calor específico vale 1,0 cal.g1 °C1. Cada 1 g de
gás é capaz de produzir 10 kcal ao queimar, e a eficiência do uso dessa energia é de 80%. A quantidade
de calor recebida pela água para elevar a temperatura de 20 °C a 100 °C e a massa de gás utilizada
valem, respectivamente,
(A) 8 cal, 8 g
(B) 80 kcal, 10 g
(C) 100 kcal, 10 g
(D) 80 kcal, 8 g
(E) 80 kcal, 80 g

09 (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma
queda de temperatura de 8,0ºC. (Zero Horas –04/11/1994) Sabendo que o calor específico sensível da
água é 1,0 cal/gºC, a quantidade de calor liberada por 1000g de água, ao reduzir sua temperatura de
8,0ºC, em cal, é:
(A) 8,0
(B) 125
(C) 4000
(D) 8000
(E) 64000

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10(MACKENZIE) Um bloco de cobre (c = 0,094 cal/gºC) de 1,2kg é colocado num forno até atingir o
equilíbrio térmico. Nessa situação, o bloco recebeu 12 972 cal. A variação da temperatura sofrida, na
escala Fahrenheit, é de:
(A) 60ºF
(B) 115ºF
(C) 207ºF
(D) 239ºF
(E) 347ºF

Respostas

01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.
Q1+Q2=0 m1cT1+ m2cT2=0
200(80-25)+m2 (80-100)=0
20 m2=11000
m2=550 g

02 Resposta: A
mcubo. mcubo = 10 g;LgeloLgelo = 80 cal/g;
mág. mág = 200 g;
T0T0 = 24°C;
TT = 20°C
cág cág = 1 cal/g.°C.
Módulo da quantidade calor liberada pela água para o resfriamento desejado:
∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.
Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo:
Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.
Como |Qág| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da
água.

03 Resposta: D

04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.

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05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.

06. Resposta: C.
Q=35000-25000=10000
Q=C
10000=C.(250-50)
10000
𝐶= = 50
200

07. Resposta:D.
Qa+Qx=0
maca(T-Ta) + mxcx(T-Tx)=0
maca(T-Ta)=-mxcx(T-Tx)
𝑚 𝑐 (𝑇−𝑇 )
=𝑐𝑥 = 𝑚𝑎 𝑎(𝑇 −𝑇)𝑎
𝑥 𝑥

08.Resposta: B.
1cm³-1ml-0,001L, portanto 1 litro tem 1000g.
Q=mc
Q=10001(100-20)
Q=80000 cal=80 kcal
Como a eficiência do gás é de 80%, a cada 1 grama de gás, produzirá 8kcal, ao invés de 10kcal.
1g de gás-----8 kcal
x---------80
x=10g
09.Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
A temperatura cai 8,0°C, ou seja, T - T0 = 8,0°C
Q = 1000.1.8
Q = 8000 cal

10.Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
12 972 = 1200.0,094.(T-T0)
(T-T0) = 12972 / 112,8
(T-T0) = 115°C
Convertendo isso em Fahrenheit:
(C/5) = (F-32) / 9
(115 / 5) = (F-32) / 9
F - 32 = 9. 23
F = 207 + 32
F = 239 °F
DILATAÇÃO

Chama-se dilatação todo acréscimo às dimensões de um corpo por influência do calor que lhe é
transmitido. O fenômeno é explicado pela variação das distâncias relativas entre as moléculas, associada
ao aumento de temperatura. Normalmente, são estudadas em separado a dilatação dos sólidos, a dos
líquidos e a dos gases, distinguindo-se, no caso dos sólidos, a dilatação linear, a superficial e a
volumétrica.

Dilatação Linear dos Sólidos


Chamaremos de dilatação linear a dilatação de objetos cujo comprimento é muito maior do que as
outras dimensões. Nesses casos, a variação do comprimento tende a ser mensurável, enquanto a
dilatação das outras dimensões tende a ser desprezível quando comparada ao comprimento. É o caso
de uma barra ou fio
De forma empírica (ou seja, experimental), podemos verificar que a dilatação de uma barra é
proporcional a duas coisas:

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-Ao seu comprimento inicial;
-À sua variação de temperatura.
Chamando de L0 o comprimento inicial da barra, L o seu comprimento final, T 0sua temperatura inicial
e T sua temperatura final, teremos:

Dilatação = ΔL=L−L0ΔL=L−L0
Variação de temperatura = ΔT=T−T0ΔT=T−T0

Assim, temos que: ΔL=L0⋅α⋅ΔTΔL=L0⋅α⋅ΔT


Onde o coeficiente de proporcionalidade α é chamado de coeficiente de dilatação linear e é uma
característica do material. Ele não é, a rigor, constante, mas é costume utilizar o valor médio dessa
grandeza nas questões.

Note que: ΔL=L0⋅α⋅ΔT⇒α=ΔLL0⋅ΔTΔL=L0⋅α⋅ΔT⇒α=ΔLL0⋅ΔT


Assim, em termos de unidades, ao utilizarmos as mesmas unidades para o comprimento inicial e para
a dilatação, a unidade do coeficiente de dilatação linear é o inverso da unidade de temperatura. De forma
usual, utiliza-se o °C-1.Ainda podemos observar o seguinte: lembrando que ΔL = L - L0 podemos substituir
essa relação na equação da dilatação:
ΔL=L−L0=L0⋅α⋅ΔTΔL=L−L0=L0⋅α⋅ΔT
⇒L=L0+L0⋅α⋅ΔT⇒L=L0+L0⋅α⋅ΔT
⇒L=L0 (1+α⋅ΔT) ⇒L=L0 (1+α⋅ΔT)
Essa equação nos dá, de forma direta, o valor do comprimento final da barra. Visto que é uma equação
de 1º grau, sua representação gráfica será uma reta.

Representação gráfica
Podemos expressar a dilatação linear de um corpo através de um gráfico de seu comprimento (L) em
função da temperatura (θ), desta forma:

O gráfico deve ser um segmento de reta que não passa pela origem, já que o comprimento inicial não
é igual a zero.
Considerando um ângulo φ como a inclinação da reta em relação ao eixo horizontal. Podemos
relacioná-lo com:

Pois:

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DILATAÇÃO SUPERFICIAL DOS SÓLIDOS

Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões.
Considere, por exemplo, uma peça quadrada de lados que é aquecida uma temperatura , de
forma que esta sofra um aumento em suas dimensões, mas como há dilatação igual para os dois sentidos
da peça, esta continua quadrada, mas passa a ter lados .
Como exemplo, suponhamos que uma placa metálica, com temperatura inicial T0 e área A0, seja
submetida a uma fonte de calor. Sua temperatura aumenta para T, ocorre uma dilatação superficial ΔA e
a área ocupada passa a ser A:

Um corpo com área inicial A0 recebe energia térmica e sofre uma dilatação superficial ΔA
A dilatação superficial é diretamente proporcional à variação de temperatura ΔT e à área inicial A0,
porém ela também depende do material a partir do qual é construída. Essa dependência é expressa
matematicamente pela constante de proporcionalidade β, também chamada de coeficiente de dilatação
superficial da substância que compõe o corpo.
A variação de área sofrida pela placa pode ser determinada da seguinte forma:

ΔS = S – So (I)

Experimentalmente podemos mostrar que a variação da área sofrida pela placa é proporcional à
variação da temperatura sofrida pela mesma, matematicamente temos a seguinte relação que determina
a dilatação superficial, veja:
ΔS = SoβΔt (II)

Onde β é chamado de coeficiente de dilatação térmica superficial do material que constitui a placa,
ele é igual a duas vezes o valor do coeficiente de dilatação térmica linear (α), veja: β = 2α.
Para saber qual a área final da placa após ela ser aquecida podemos substituir a equação I na equação
II, temos:
S – So = SoβΔt

Isolando S do restante da equação surge: S = So(1 + βΔt).


Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões, ou seja,
por área.
∆𝐴 = 𝐴0 ∙ 𝛽 ∙ ∆𝜃
Exemplo:

(1) Uma lâmina de ferro tem dimensões 10m x 15m em temperatura normal. Ao ser aquecida 500ºC,
qual será a área desta superfície? Dado

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DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA (sólidos)

A dilatação volumétrica ocorre quando um corpo, com dimensões de altura, largura e profundidade,
é submetido a um aumento de temperatura. Essa variação de temperatura causa aumento na agitação
das moléculas, ou átomos, que constituem o material, fazendo com que elas ocupem maior espaço,
elevando, assim, as dimensões desse corpo.
Observe a figura:

Esquema demonstrando a dilatação sofrida por um corpo após receber energia térmica (calor)
Na ilustração podemos ver que um corpo, com volume inicial V0 e temperatura T0, é submetido a uma
fonte de calor, recebendo energia térmica. Essa energia causa variação da temperatura ΔT, e o corpo
aumenta sua temperatura para T, elevando também o volume para V. A dilatação volumétrica ΔV é
calculada pela fórmula:
ΔV = V0 . γ . ΔT

O γ é o coeficiente de dilatação volumétrica, que possui valor específico para cada substância. Ele
corresponde ao triplo do coeficiente de dilatação linear α da mesma substância:
γ = 3α
A variação do volume, ou dilatação volumétrica, também pode ser calculada pela diferença entre o
volume final e o volume inicial do corpo:
ΔV = V – V0

Essa equação pode ser relacionada com a equação anterior e utilizada para calcular o volume final da
substância:
ΔV = V0 . γ . ΔT -----------> ΔV = V – V0
V – V0 = V0 . γ . ΔT
V = V0 + V0 . γ . ΔT
V = V0 (1 + γ . ΔT)
Assim como na dilatação superficial, este é um caso da dilatação linear que acontece em três
dimensões.
Assim:∆𝑉 = 𝑉0 𝛾 ∙ ∆𝜃

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Exemplo:
O cilindro circular de aço do desenho abaixo se encontra em um laboratório a uma temperatura de -
100ºC. Quando este chegar à temperatura ambiente (20ºC), quanto ele terá dilatado? Dado que

Sabendo que a área do cilindro é dada por:

DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS LÍQUIDOS

Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não possuem forma própria: eles adquirem a forma do
recipiente que os contém. Isso porque as ligações moleculares dos líquidos são menos intensas do que
nos sólidos e eles possuem maior liberdade de movimento. Sendo assim, não faz sentido calcular a
dilatação linear e a superficial de substâncias líquidas, mas é muito útil conhecer a sua dilatação
volumétrica.
O cálculo da dilatação volumétrica dos líquidos é feito de forma semelhante ao dos sólidos e utiliza a
mesma equação. Porém, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior do que o dos sólidos,
por isso os líquidos dilatam-se mais.
Se o líquido está contido em um recipiente, quando ele for aquecido, haverá dilatação do recipiente e
do líquido. Considere a situação:
Um recipiente cilíndrico feito de plástico foi aquecido e a água que havia nele transbordou. A
quantidade de água derramada corresponde à dilatação aparente, pois o recipiente também se dilatou
com o aumento de temperatura. Para sabermos a dilatação real sofrida pela água, devemos considerar
também a dilatação do recipiente.

Sendo assim, a dilatação real de um líquido é calculada a partir da equação:

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Δvlíq = Δvap + Δvrec.
As dilatações da equação anterior são calculadas pelas fórmulas:
Δvlíq = V0 . γlíq . ΔT
Δvap = V0 . γap . ΔT
Δvrec. = V0 . γrec . ΔT

Substituindo na equação anterior, teremos a expressão:


V0 . γlíq . ΔT = V0 . γap . ΔT + V0 . γrec . ΔT

Sendo o volume inicial e a variação de temperatura iguais e estando eles presentes em todas as
parcelas da equação, podemos simplificá-la para obter a relação entre os três coeficientes de dilatação:
γlíq = γap + γrec

Como o líquido precisa estar depositado em um recipiente sólido, é necessário que a dilatação deste
também seja considerada, já que ocorre simultaneamente. Assim, a dilatação real do líquido é a soma
das dilatações aparente e do recipiente. Assim:
∆𝑉𝑟𝑒𝑎𝑙 = ∆𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 + ∆𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

Exemplo:
Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é
aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido.
É dado γVidro = 24. 10-6 ºC-1
Calcule:
a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap)
b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)

SOLUÇÃO:
a) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap = 40 cm3 .
Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC

Da expressão da dilatação aparente de líquidos, escreve-se .

Logo

b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ = 424 x 10-6 °C-1

Relações entre dilatações


Como uma dilatação linear é feita basicamente em uma dimensão (de crescimento), uma superficial
em duas dimensões e uma volumétrica em três, podemos concluir uma relação entre seus coeficientes
de dilatação.

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Dessa maneira, podemos verificar resumidamente as fórmulas, através do quadro a seguir:

Questões

01. (SEDUC/PI – Professor- Física – NUCEPE) Uma barra de aço possui um comprimento de 5,000
m a uma temperatura de 20°C. Se aquecermos essa barra até que sua temperatura atinja 70°C, o
comprimento final da barra, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do aço é α = 12.10-6 °C-1 será
de
(A) 0,003m.
(B) 0,005m.
(C) 5,005m.
(D) 5,003m.
(E) 5,000m.

02(SEDUC-PI-PROFESSOR - FÍSICA-NUCEPE) Quando colocamos um termômetro de mercúrio uma


chama, a coluna de mercúrio desce um pouco antes de começar a subir porque
(A)o mercúrio que está dentro do vidro inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação o
vidro é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação maior do que o mercúrio.
(B)o vidro que contém o mercúrio inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação do
mercúrio é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação menor do que o do vidro.
(C)o mercúrio que está dentro do vidro inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação
do vidro é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação menor do que o mercúrio.
(D)o vidro que contém o mercúrio inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação do
mercúrio é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação maior do que o do vidro.
(E)o mercúrio quando é aquecido se contrai inicialmente para depois se dilatar.

03(SEDUC-PI-PROFESSOR - FÍSICA-NUCEPE) Uma placa retangular de alumínio tem 10 cm de


largura e 40 cm de comprimento, à temperatura de 40°C. Essa placa é aquecida até atingir a temperatura
de 70°C. Sabendo que o coeficiente de dilatação superficial do alumínio é βal = 46.10-6 °C-1, a área final
desta placa retangular, nesta temperatura, será
(A)0,522 cm2
(B)400 cm2
(C)400,552 cm2
(D)452,222 cm2
(E) 522,400 cm2

04. Um quadrado de lado 2m é feito de um material cujo coeficiente de dilatação superficial é igual a
1, 6.10-4. Determine a variação de área deste quadrado quando aquecido em 80°C.

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05. (UNIC –MT) Uma chapa de alumínio tem um furo central de 100cm de raio, estando numa
temperatura de 12°C.

Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do alumínio equivale a 22.10-6°C-1, a nova área do
furo, quando a chapa for aquecida até 122°C, será equivalente a qual valor em metros?

06. (FUNREI-MG) A figura mostra uma ponte apoiada sobre dois pilares feitos de materiais diferentes.

Como se vê, o pilar mais longo, de comprimento L1 = 40 m, possui coeficiente de dilatação linear α =
18. 10-6°C-1.O pilar mais curto tem comprimento L2 = 30 m. Para que a ponte permaneça sempre na
horizontal, determine o coeficiente linear do material do segundo pilar.
07. (UFPR-PR) Um cientista está à procura de um material que tenha um coeficiente de dilatação alto.
O objetivo dele é produzir vigas desse material para utilizá-las como suportes para os telhados das casas.
Assim, nos dias muito quentes, as vigas dilatar- se-iam bastante, elevando o telhado e permitindo uma
certa circulação de ar pela casa, refrescando o ambiente.

Nos dias frios, as vigas encolheriam e o telhado abaixaria, não permitindo a circulação de ar. Após
algumas experiências, ele obteve um composto com o qual fez uma barra. Em seguida, o cientista mediu
o comprimento L da barra em função da temperatura T e obteve o gráfico a seguir:

Analisando o gráfico, é correto afirmar que o coeficiente de dilatação linear do material produzido pelo
cientista vale:

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(A) α = 2 . 10-5 °C-1.
(B) α = 3 . 10-3 °C-1.
(C) α = 4 . 10-4 °C-1.
(D) α = 5 . 10-5 °C-1.
(E) α = 6 . 10-4 °C-1.

08. (UFSC-SC) Um aluno de ensino médio está projetando um experimento sobre a dilatação dos
sólidos. Ele utiliza um rebite de material A e uma placa de material B, de coeficientes de dilatação térmica,
respectivamente, iguais a αA e αB. A placa contém um orifício em seu centro, conforme indicado na figura.
O raio RA do rebite é menor que o raio RB do orifício e ambos os corpos se encontram em equilíbrio
térmico com o meio.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


(01) Se αA > αB a folga irá aumentar se ambos forem igualmente resfriados.
(02) Se αA > αB a folga ficará inalterada se ambos forem igualmente aquecidos.
(04) Se αA < αB e aquecermos apenas o rebite, a folga aumentará.
(08) Se αA = αB a folga ficará inalterada se ambos forem igualmente aquecidos.
(16) Se αA = αB e aquecermos somente a placa, a folga aumentará.
(32) Se αA > αB a folga aumentará se apenas a placa for aquecida.

09. (UNESP-SP) figura mostra uma lâmina bimetálica de comprimento Lo na temperatura Toque deve
tocar o contato C quando aquecida. A lâmina é feita dos metais I e II, cujas variações relativas de
comprimento ΔL/Lo em função da variação de temperatura ΔT=T – To encontram-se no gráfico.

Determine:
a) o coeficiente de dilatação dos metais I e II;
b) Qual dos metais deve ser utilizado na parte superior da lâmina para que o dispositivo funcione como
desejado? Justifique sua resposta.

10. (CESESP-PE) O tanque de gasolina de um carro, com capacidade para 60 litros, é completamente
cheio a 10 °C, e o carro é deixado num estacionamento onde a temperatura é de 30 °C. Sendo o
coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina iguala 1,1 10-3 °C-1 e considerando desprezível a variação
de volume do tanque, a quantidade de gasolina derramada é, em litros:
(A) 1,32
(B) 1,64
(C) 0,65
(D) 3,45
(E) 0,58

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1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
Respostas

01 Resposta: D.
L=L0.α. 
L- L0= L0.α. 
L-5=5.12.10-6. (70.20)
L=3000.10-6+5
L=0, 003+5
L=5,003m

02 Resposta: D
De acordo com os coeficientes de dilatação, podemos observar que primeiro o vidro, sólido cresce
pois tem o coeficiente de dilatação menor e o mercúrio parece diminuir, mas continua com o mesmo
volume. Depois, quando atinge o coeficiente de dilatação do mercúrio a expansão dele é passa a ser
notável por ser líquido.

03 Resposta: C
Cálculo da área inicial:
Si = 10. 40 = 400cm2
Calculo da dilatação superficial:
S = Sit S = 400.46.10-6. (50 - 20)
S = 0,522cm2

Cálculo da área final da placa:


Sf = Si + S Sf = 400 + 0,552
Sf = 400,552cm2
04 Resposta:
ΔA = Ao.β.ΔӨ
ΔA = 4. 1,6.10-4.80
ΔA = Ao.β.ΔӨ
ΔA = 0,0512m²

05 Resposta:
A = Ao. (1 + β.ΔӨ)
A = π.r². (1 + β.ΔӨ)
A = π.1². (1 + 44.10-6.110)
A = π. (1 + 0,00484)
A = π.(1,00484)
A = 3,155 em valor aproximado.

06 Resposta:
Para que a ponte permaneça sempre na horizontal, os dois pilares devem sofrer a mesma dilatação
para a mesma variação de temperatura -- ΔL1= ΔL2
L01.α1.Δt= L02.α2.Δt
40.18.10-6=30.α2
α2=24.10-6 oC-1.

07 Resposta: E
Aplicando a fórmula de dilatação linear temos que:
α=ΔL/Lo Δt=0,24/2.200
α=0,24/400 -
α=0,0006 oC-1

08 Resposta
Quanto maior o coeficiente de dilatação mais o corpo se dilata quando aquecido e mais se contrais
quando resfriado.
(01) A se dilata mais que B --- Correta
(02) Falsa --- veja (01)
(04) A folga diminuirá --- Falsa

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(08) Possuem diferentes Lo --- Falsa
(16) Apenas a placa se dilatará --- Correta
(32) Apenas a placa se dilatará --- Correta
R- (01 + 16 + 32) =49

09 Resposta
ΔL=Lo.α.ΔT --- α = ΔL/(Lo.ΔT)
Metal I --- αI=300.10-6/30 ---
αI=1,0.10-5oC-1 ---
Metal II --- αII=600.10-6/30
αII=2,0.10-5 oC-1

b) A lâmina II deve estar na parte superior que deve se dilatar mais para que o dispositivo se encurve
para baixo, pois ela tem maior coeficiente de dilatação.

10 Resposta: A
Através do enunciado temos que:
Vi = 60 L
ti = 10 °C
tF 30 °C
γgasol. = 1,1 10-3 °C-1

Usamos a fórmula:
ΔV = Vi . γ (tf – ti)
ΔV = 60. 1,1 10-3 (30 – 10)
ΔV = 66 . 10-3 . 20
ΔV = 1,320 L

TERMOLOGIA

Temperatura
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao calor, aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema.
Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso
cotidiano. Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja,
com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é aquele que tem baixa agitação das suas
moléculas.
Ao aumentar a temperatura de um corpo ou sistema pode-se dizer que está se aumentando o estado
de agitação de suas moléculas.
Ao tirarmos uma garrafa de água mineral da geladeira ou ao retirar um bolo de um forno, percebemos
que após algum tempo, ambas tendem a chegar à temperatura do ambiente. Ou seja, a água "esquenta"
e o bolo "esfria". Quando dois corpos ou sistemas atingem o mesma temperatura, dizemos que estes
corpos ou sistemas estão em equilíbrio térmico.

ESCALAS TERMOMÉTRICAS
Para a construção de uma escala termométrica arbitrária de temperatura, devemos proceder da
seguinte maneira:
• Escolhe-se a substância termométrica, por exemplo: um líquido, e a grandeza termométrica
correspondente: a altura da coluna do líquido.
• Coloca-se o líquido em um reservatório (bulbo), ligado a um tubo capilar, cada estado térmico
corresponde a uma altura dessa coluna.

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• Adotam-se dois estados térmicos, que se mantenham invariáveis por um determinado tempo e que
sejam de fácil reprodução. Geralmente os estados térmicos escolhidos são: ponto de fusão do gelo à
pressão normal (1 atmosfera) e ponto de ebulição da água à pressão normal (1 atmosfera). Estes estados
térmicos são, normalmente, chamados de pontos fixos.
• Em um recipiente contendo água no estado líquido e gelo se derretendo, introduzimos o termômetro,
aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente à temperatura de fusão
do gelo.
• Em um recipiente contendo água em ebulição, em presença de vapor d’água, colocamos o
termômetro, aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente ao estado
de vapor.

• Dividimos em partes iguais o intervalo delimitado entre as anotações e associamos valores numéricos
arbitrários. Cada parte em que fica dividido o intervalo é denominada grau de escala, e é sua unidade.
São 3 as escalas termométricas mais comuns:

- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin

Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de
paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação
fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está
associada uma temperatura.
A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.

Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico
sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de
congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão
normal (100 °C).

Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F).
Em comparação com a escala Celsius:
0 °C = 32 °F
100 °C = 212 °F

Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-
1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor
estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada a partir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0 K, lê-se zero kelvin e não zero grau
kelvin. Em comparação com a escala Celsius:
-273 °C = 0 K
0 °C = 273 K
100 °C = 373 K

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CONVERSÕES

Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-
se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:

Pelo princípio de semelhança geométrica:

Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100 °F?

Da mesma forma, pode-se estabelecer uma conversão Celsius-Fahrenheit:

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E para escala Kelvin:

Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as
fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.

Escalas termométricas

Escala Fahrenheit

Escala Kelvin

Conversões entre escalas

Celsius para Fahrenheit

Fahrenheit para Celsius

Celsius para Kelvin

Kelvin para Celsius

Questões

01. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO) Um turista americano, ao desembarcar no


aeroporto do Rio de Janeiro para assistir à Copa do Mundo de Futebol de 2014, verificou que a
temperatura local era de 40 °C. O valor desta temperatura na escala Fahrenheit é:
(A) 32
(B) 40

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(C) 72
(D) 104

02. (EEAR – Sargento- Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um indivíduo, na praia,


tem gelo (água no estado sólido) a -6ºC para conservar um medicamento que deve permanecer a
aproximadamente 0ºC. Não dispondo de um termômetro, teve que criar uma nova maneira para controlar
a temperatura. Das opções abaixo, a que apresenta maior precisão para a manutenção da temperatura
esperada, é
(A) utilizar pouco gelo em contato com o medicamento.
(B) colocar o gelo a uma certa distância do medicamento.
(C) aproximar e afastar o gelo do medicamento com determinada frequência.
(D) deixar o gelo começar a derreter antes de colocar em contato com o medicamento.

03. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia – FUNIVERSA) Uma câmara


refrigerada utilizada em necrotérios possui, nas especificações técnicas a respeito do controle de
temperaturas, um termômetro digital, graduado de –40 ºC a +99 ºC, com posicionamento externo e bulbo
sensor remoto. As temperaturas indicadas de –40 ºC e 99 ºC correspondem, respectivamente e
aproximadamente, nas escalas Fahrenheit e Kelvin, a
(A) 36 ºF e 370 K.
(B) 24 ºF e 174 K.
(C) –20 ºF e 273 K.
(D) –36 ºF e 370 K.
(E) –40 ºF e 372 K.

04. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) A figura representa o botão
controlador da temperatura de um forno. Considere que na posição “LOW” a temperatura, no interior do
forno, atinja 300°F e na posição “HI” atinja 480°F e que ocorra um aumento contínuo da temperatura entre
esses dois pontos.

Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

05. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma expedição de pesquisa chega a um


local ermo. Os pesquisadores descobrem que levaram o termômetro errado para medir a temperatura
ambiente. Ele havia sido graduado em uma escala X que, em água fervente a 1 atm, indica 80 °X e que,
em gelo fundente a 1 atm, indica 30 °X. Qual a temperatura em °C que esse termômetro mede quando
indica 40 °X?
(A) 10
(B) 20
(C) 30
(D) 40
(E) 50

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06. Um estudante de física criou uma escala (°X), comparada com a escala Celsius ele obteve o
seguinte gráfico:

a. Qual a equação de conversão entre as duas escalas?


b. Qual a temperatura do corpo humano (37°C) nesta escala?

07. (ITA-SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala linear
de temperaturas. Nessa nova escala, os valores de O (zero) e 10 (dez) correspondem, respectivamente,
a 37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas as escalas é aproximadamente:
(A) 52,9 ºC
(B) 28,5 ºC
(C) 74,3 ºC
(D) - 8,5 ºC
(E) - 28,5 ºC

08. Lorde Kelvin verificou experimentalmente que, quando um gás é resfriado de 0 ºC para -1 ºC, por
exemplo, ele perde uma fração de sua pressão igual a 1/273,15. Raciocinou então que na temperatura
de -273,15 ºC a pressão do gás se tornaria nula, ou seja, a energia cinética das partículas do gás seria
igual a zero. Kelvin denominou a temperatura de -273,15 ºC de zero absoluto.
Identifique a alternativa em que a conversão de unidades é incorreta:
(A)0 ºC é igual a 273,15 K.
(B100 ºC é igual a 173,15 K.
(C) 26,85 K é igual a 300 ºC.
(D) 500 k é igual a 226,85 ºC.
(E) 300 k é igual a 26,85 ºC.

Respostas

01.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
02.Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.

03. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K

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04. Resposta: A.
160 𝐹 − 32
=
5 9
329=F-32
288=F-32
F=320
480-300=180°F
Como são 9 pontos: 180/9=20, portanto de 20 em 20 muda a temperatura.
Como a temperatura é de 320, é a primeira posição 2.

05. Resposta: A.

100 − 0 80 − 30
=
𝜃𝐶 − 0 40 − 30
100 50
=
𝜃𝐶 10
1000
𝜃𝐶 = = 20
50

06. Resposta:

a.

b.

07. Resposta: A.
Comparando as escalas, temos:

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ϴC - 37 = ƟX – 0
40 -37 10 – 0
ϴC - 37 = ƟX
3 10
Se Ɵ é a temperatura de mesmo valor numérico em ambas as escalas, então podemos dizer que
ƟX – Ɵc = Ɵ. Logo, temos:
ϴ- 37 = Ɵ
3 10
10Ɵ – 370 = 3 Ɵ
7Ɵ = 370
Ɵ ≈ 52,9 ºC = 52,9 X

08. Resposta: C.
Na realidade, 26,85 K é igual a - 246,30 ºC e não 300 ºC. Veja:
TK = TºC + 273,15
26,85 = TºC+ 273,15
TºC= 26,85 – 273,15
TºC=- 246,30

ESTUDO DOS GASES

Gases são fluidos no estado gasoso, a característica que o difere dos fluidos líquidos é que, quando
colocado em um recipiente, este tem a capacidade de ocupa-lo totalmente. A maior parte dos elementos
químicos não-metálicos conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente.
As propriedades dos gases são variáveis, ou seja, por haver determinados e específicos espaços entre
seus constituintes (que podem aumentar ou diminuir) o volume, a densidade, a pressão, a viscosidade
podem ser alterados. E, é dessa grande inconstância dos gases, que se deriva o estudo dos gases.
Dentre todas as propriedades que os gases podem apresentar, seguem as mais usuais:

Pressão: Somatória das forças que cada constituinte de um gás exerce sobre as paredes de um corpo,
ou recipiente, em uma determinada área.
Volume: Espaço ocupado por um gás em um determinado recipiente.
Temperatura: Estado térmico de agitação das partículas de um gás.

Existem várias maneiras de realizarmos uma transformação gasosa. As três variáveis de estado,
volume, pressão e temperatura podem se alterar, ao mesmo tempo, em uma dada transformação. Mas é
comum fazer-se o estudo particularizado das transformações em que uma das variáveis de estado
permanece constante.
Podem ser dividas em: isotérmicas, isobárica e isovolumétricas.

TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
A palavra isotérmica se refere a mesma temperatura, logo uma transformação isotérmica de uma gás,
ocorre quando a temperatura inicial é conservada.
A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é matematicamente expressa
por:

Onde:
p=pressão
V=volume
=constante que depende da massa, temperatura e natureza do gás.
Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação:

Exemplo:
Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com êmbolo exerce uma pressão de 250Pa. Ao ser
comprimido isotermicamente a um volume de 0,6m³ qual será a pressão exercida pelo gás?

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Lei de Boyle

A Lei de Boyle-Mariotte, proposta pelo químico e físico irlandês Robert Boyle (1627-1691), apresenta
a transformação isotérmica dos gases ideais, de modo que a temperatura permanece constante,
enquanto a pressão e o volume do gás são inversamente proporcionais. Assim, a equação que expressa
a lei de Boyle:

Donde,
p: pressão da amostra
V: volume
K: constante de temperatura (depende da natureza do gás, da temperatura e da massa)
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
Analogamente à transformação isotérmica, quando há uma transformação isobárica, a pressão é
conservada.
Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por:

Onde:
V=volume;
T=temperatura absoluta;
=constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.
Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação:

Lei de Gay-Lussac
A Lei de Gay-Lussac, proposta pelo físico e químico francês, Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850),
apresenta a transformação isobárica dos gases, ou seja, quando a pressão do gás é constante, a
temperatura e o volume são diretamente proporcionais, expressa pela fórmula:

Donde,
V: volume do gás
T: temperatura
k: constante da pressão (isobárica)

Exemplo:
Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o
volume ocupado por ele, se esta transformação acontecer sob pressão constante?
É importante lembrarmos que a temperatura considerada deve ser a temperatura absoluta do gás
(escala Kelvin) assim, o primeiro passo para a resolução do exercício é a conversão de escalas
termométricas:
Lembrando que:

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Então:

TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA

A transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas outras
transformações vistas, a isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se
mantém.
Regida pela Lei de Charles, a transformação isométrica é matematicamente expressa por:

Onde:
p=pressão;
T=temperatura absoluta do gás;
=constante que depende do volume, massa e da natureza do gás.;
Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade da relação:

Lei de Charles
A Lei de Charles, proposta pelo físico e químico francês Jacques Alexandre Cesar Charles (1746-
1823), apresenta a transformação isométrica ou isocórica dos gases perfeitos, ou seja, o volume do gás
é constante, enquanto a pressão e a temperatura são grandezas diretamente proporcionais. A partir disso,
a fórmula que expressa a lei de Charles:

Onde,
P: pressão
T: temperatura
K: constante de volume (depende da natureza, do volume e da massa do gás)

Exemplo:
1) Um gás que se encontra à temperatura de 200K é aquecido até 300K, sem mudar de volume. Se a
pressão exercida no final do processo de aquecimento é 1000Pa, qual era a pressão inicial?

2) Um botijão de gás não pode variar o volume do gás que se encontra em seu interior. Se este for
tirado de um ambiente arejado, onde a pressão interna é 3 atm e a temperatura 15°C, e é posto sob o

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Sol, onde a temperatura é 35°C. Supondo que o gás seja ideal, qual será a pressão após a
transformação?
Como o volume não varia durante a transformação, esta é Isométrica, sendo regida por:

Mas as temperaturas devem ser medidas em escala absoluta, ou seja:

Isolando-se a pressão final:

EQUAÇÃO DE CLAPEYRON

A equação de Clapeyron relaciona as três variáveis de estado (p, V, T) com o número de partículas
que compõe um gás.

Onde:
p=pressão;
V=volume;
n=nº de mols do gás;
R=constante universal dos gases perfeitos;
T=temperatura absoluta.
visto que n = m/M, essa equação também pode ser expressa por:
P . V = m . R . T/M

Exemplo:

01)“(UFC-CE) As pesquisas sobre materiais utilizados em equipamentos esportivos são direcionadas


em função dos mais diversos fatores. No ciclismo, por exemplo, é sempre desejável minimizar o peso das
bicicletas, para que se alcance o melhor desempenho do ciclista. Dentre muitas, uma das alternativas a
ser utilizada seria inflar os pneus das bicicletas com o gás hélio, He, por ser bastante leve e inerte à
combustão. A massa de hélio, necessária para inflar um pneu de 0,4 L de volume, com a pressão
correspondente a 6,11 atm, a 25ºC, seria:(Dados: R = 0,082 L . atm . mol-1 . K-1 ).

a) 0,4 g b) 0,1 g c) 2,4 g d) 3,2 g e) 4,0 g”

Resolução:
* Primeiro vamos listar os dados que temos e qual grandeza deve ser encontrada:
P = 6,11 atm;
V = 0,4 L;
T = 25 ºC (lembre-se de transformar para a escala kelvin) = 273 + 25 = 298 K;
R = 0,082 L . atm . mol-1 . K-1
M = 4 g. mol-1 (basta olhar na tabela periódica para descobrir a massa molar do gás hélio);
m=?
* Agora vamos usar a fórmula da equação de estado dos gases para resolver esse exercício e
encontrar a massa de hélio necessária para inflar um pneu nas condições descritas:

P . V = m . R . T/M
m = P . V . M/R . T
m = (6,11 atm) . (0,4 L) . (4,0 g. mol-1)
(0,082 L . atm . mol-1 . K-1 ) . (298 K)

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m = 0,4 g

02) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma
temperatura igual a 50°C?

Dado: 1atm=10000N/m² e

Substituindo os valores na equação de Clapeyron:

LEI GERAL DOS GASES PERFEITOS

O francês Paul Clapeyron, no século XIX, constatou que para 1 mol (6,02 . 1023 moléculas) de um gás
perfeito:

Este valor obtido é chamado de “constante universal dos gases perfeitos” e é simbolizado por R.
E se a amostra do gás tiver n mols, então:

Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de
uma transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás.
Considerando um estado (1) e (2) onde:

Através da lei de Clapeyron:

Esta equação é chamada Lei geral dos gases perfeitos.

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Exemplo:
1. Um gás perfeito é mantido em um cilindro fechado por um pistão. Em um estado A, as suas variáveis
são: pA = 2,0 atm; VA = 0,90 litros; TA = 27ºC. Em outro estado B, a temperatura é TB = 127ºC e a
pressão é pB = 1,5 atm. Nessas condições, o volume VB, em litros, deve ser:
a) 0,90
b) 1,2
c) 1,6
d) 2,0

Resolução:
Dados fornecidos:
pA = 2 atm
VA = 0,90 L
TA = 27 °C = 300 K
pB = 1,5 atm
VB = ?
TB = 1,27 °C = 400 K

VB = 1,6 L
Para uma melhor compreensão sobre estudo dos gases e suas transformações, segue abaixo um
quadro com as fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.

Transformações Estudo dos gases

Transformação
isobárica

Transformação
isométrica

Transformação
isotérmica

Transformação
adiabática

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Equação de Clapeyron

Equação de
Clapeyron -
Equação geral de
estado

Número de
mols

Constante
universal dos
gases perfeitos
Lei geral dos gases perfeitos

Lei geral dos


gases perfeitos

TERMODINÂMICA

A Termodinâmica é a parte da Física que estuda principalmente a transformação de energia térmica


em trabalho. A utilização direta desses princípios em motores de combustão interna ou externa, faz dela
uma importante teoria para os motores de carros, caminhões e tratores, nas turbinas com aplicação em
aviões, etc.

Energia Interna dos Gases


Um gás que possua uma temperatura diferente do zero absoluto (0 K) possui uma energia cinética
interna representada pela energia cinética de suas partículas em movimento:

U Energia interna de um gás


Ec energia cinética
n número de mols do gás
R constante universal dos gases (8,31 J/mol.K)
T temperatura absoluta do gás

Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá
da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja,
Quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia
interna .
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna
.
E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero
.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e
assim obteremos:

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TRABALHO DE UM GÁS
Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo.
Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão
constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.

Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força
aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:

Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado
pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás.
Quando:
O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se
encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um
trabalho do meio externo;
O volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.

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Exemplo:
(1) Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante
igual a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?

De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico.
Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.

O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume.


Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira
direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de
temperatura do sistema. Resumindo:

1ª LEI DA TERMODINÂMICA
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à
termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma
transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde
se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma
quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU,
ou seja, expressando matematicamente:

Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).

Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das grandezas
apresentadas:

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Calor Trabalho Energia Interna Q/ /ΔU

Recebe Realiza Aumenta >0


Cede Recebe Diminui <0

Não troca Não realiza e nem recebe Não varia =0

Exemplo:
(1) Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que
a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?

2ª LEI DA TERMODINÂMICA

Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de
Clausius e Kelvin-Planck:

Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo
de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a
mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho
sobre este sistema.

Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda
a quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%,
ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.

CICLO DE CARNOT
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma
máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um
ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:

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1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de
aquecimento (L-M)
Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a
quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:

Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é:

e
Logo:

Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de
aquecimento deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento
deverá ser 0K.
Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.

Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o
ciclo a 200ºC?

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MAQUINAS TÉRMICAS

As máquinas térmicas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala
na indústria, por volta do século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar
água em vapor, capaz de movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a
energia mecânica utilizável para as indústrias da época.
Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia
térmica se converta em energia mecânica (trabalho).

A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho
mais uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho .
Assim é válido que:

Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o
resfriamento, por exemplo, estes valores serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da
Termodinâmica, este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho
externo, assim:

RENDIMENTO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS


Podemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada como forma de
trabalho e a energia fornecida:
Considerando:
=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;

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=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
=quantidade de calor não transformada em trabalho.

Mas como constatado:

logo, podemos expressar o rendimento como:

O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se
fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não
é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.

Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de calor igual
a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho?

IRREVERSIBILIDADE E LIMITAÇÕES EM PROCESSOS DE CONVERSÃO CALOR/TRABALHO.

Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os
atritos ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará
a A e ficará oscilando entre A e B, pois não existe atrito

.
Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não
teve nenhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação
reversível.

Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre
perda de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é
uma transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de
corpos circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto
A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia

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térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho

Exemplo:
Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor da água e
derrete, mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais quente,
o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a conservação de
energia seria mantida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas
transformações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são
ditos irreversíveis.

Questões

01. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31
J/mol.K.
(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55

02.Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão
igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a
ser 1m³. Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?
(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000
(E)100

03.Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo:

Qual o trabalho realizado por este gás?


(A)9.106
(B) 3.105
(C)9.105
(D) 18.104
(E) 8.105

04. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de
500K e 300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500

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(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600

05.Faz-se um sistema passar de um certo estado A para um outro estado B por meio de dois processos
distintos, I e II, conforme mostra o gráfico "pressão x volume".

Em qual dos dois processos houve maior absorção de calor? Justifique.

06.Uma piscina com 40m2 contém água com profundidade de 1m. Se a potência absorvida da radiação
solar, por unidade de área, for igual a 836W/m2 , determine o tempo de exposição necessário para
aumentar a temperatura da água de 17oC a 19oC .

07(PETROBRAS-TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR- CESGRANRIO) Uma máquina térmica opera


com rendimento de 35%. A quantidade de calor que a máquina recebe da fonte de calor quente é 1.000
J. Qual é a quantidade de calor, em J, que a máquina cede à fonte de calor fria?
(A)650
(B)538
(C)350
(D)286
(E)186
08. O rendimento de uma máquina térmica de Carnot é de 25% e a fonte fria é a própria atmosfera a
27°C. Determinar a temperatura da fonte quente.

09. (PETROBRAS- TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR-CESGRANRIO)

Um gás ideal sofre uma expansão reversível partindo do estado inicial A e evoluindo até o estado final
C. Esse processo pode ser realizado por meio de três caminhos diferentes, conforme mostrado no gráfico
acima. O caminho 1 consiste em uma expansão isobárica (AB), seguido de um processo isovolumétrico
(BC). O caminho 2 consiste na expansão AC e o caminho 3 em um processo isovolumétrico AD, seguido
de uma expansão isobárica (DC). Com relação à quantidade de calor recebido, afirma -se que,
no percurso 1, ABC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(B)no percurso 2, AC, o gás recebe uma quantidade maior de calor.
(C)no percurso 3, ADC, o gás recebe a maior quantidade de calor.

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(D)nos percursos 1 e 2, a quantidade de calor trocada é a mesma.
(E)nos percursos 2 e 3, a quantidade de calor trocada é a mesma.

10.Uma máquina térmica cíclica recebe 5000 J de calor de uma fonte quente e realiza trabalho de
3500 J. Calcule o rendimento dessa máquina térmica.

11. (FUVEST – SP) Um recipiente indeformável, hermeticamente fechado, contém 10 litros de um gás
perfeito a 30ºC, suportando a pressão de 2 atmosferas. A temperatura do gás é aumentada até atingir
60º C.
A) Calcule a pressão final do gás.
B) Esboce o gráfico pressão versus temperatura da transformação descrita.

12. (FAAP – SP) A 27º C, um gás ideal ocupa 500 cm3. Que volume ocupará a -73º C, sendo a
transformação isobárica?

13. (UNIMEP – SP) 15 litros de uma determinada massa gasosa encontram-se a uma pressão de 8,0
atm e à temperatura de 30º C. Ao sofrer uma expansão isotérmica, seu volume passa a 20 litros. Qual
será a nova pressão do gás?

14. O nitrogênio é considerado um gás ideal quando está em condições normais de temperatura e
pressão. Dada uma massa igual a 2 Kg/m³, determine a massa de 10 litros de nitrogênio à pressão de
700 mmHg e à 40 °C.

15. O estado de um gás perfeito é caracterizado pelas variáveis de estado. Quais são elas? Quais
suas definições?

16. (F.M. Itajubá - MG) O comportamento de um gás real aproxima-se do de um gás ideal quando:
A) submetido a baixas temperaturas.
B) submetido a baixas temperaturas e baixas pressões.
C) submetido a altas temperaturas e altas pressões.
D) submetido a altas temperaturas e baixas pressões.
E) submetido a baixas temperaturas e altas pressões.
17. (UF-AC). Qual deve ser a temperatura de certa quantidade de um gás ideal, inicialmente a 200 K,
para que tanto o volume quanto a pressão dupliquem?
A) 1200 K
B) 2400 K
C) 400 K
D) 800 K
E) n.d.a

18. (UNB) Os microprocessadores atuais são muito pequenos e substituíram enormes placas contendo
inúmeras válvulas. Eles são organizados de forma que apresentem determinadas respostas ao serem
percorridos por um impulso elétrico. Só é possível a construção de dispositivos tão pequenos devido ao
diminuto tamanho dos átomos. Sendo estes muito pequenos, é impossível contá-los. A constante de
Avogadro - e não o número de Avogadro - permite que se calcule o número de entidades - átomos,
moléculas, formas unitárias, etc. - presentes em uma dada amostra de substância. O valor dessa
constante, medido experimentalmente, é igual a 6,02.x1023 mol-1. Com relação ao assunto, julgue os
seguintes itens.
(01) A constante de Avogadro é uma grandeza, sendo, portanto, um número (6,02x1023) multiplicado
por uma unidade de medida (mol-1).
(02) A constante de Avogadro, por ser uma grandeza determinada experimentalmente, pode ter seu
valor alterado em função do avanço tecnológico.
(03) Massas iguais de diferentes elementos químicos contêm o mesmo número de átomos.
(04) Entre os elementos químicos, o único que, em princípio, não está sujeito a uma variação de massa
atômica é o isótopo do carbono de massa 12,00 u

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19. Sabendo que a massa atômica do magnésio é igual a 24 u, determine a massa, em gramas, de
um átomo desse elemento. (Dado: Número de Avogadro = 6,0 . 1023).
(A) 24 g.
(B) 4,0 g.
(C) 24 . 10-23 g.
(D) 4,0 . 1023 g.
(E) 4,0 . 10-23 g.

20. Um gás sofre uma expansão sob temperatura constante, o volume ocupado inicialmente pelo gás
era 0,5 litros, e no final do processo passou a ser 1,5 litros. Sabendo que a pressão inicial sob o gás era
o normal no ambiente, ou seja, 1 atm, qual a pressão final sob o gás?

21. Em um tubo aberto ocorre uma grande compressão em um gás que torno o volume ocupado por
ele 10 vezes menor. Sendo a temperatura inicial igual a 20°C, qual será a temperatura final?

22. Uma massa fixa de um gás perfeito passa pelo ciclo ABCD, como desenhado, dentro de um pistão
(cilindro com êmbolo). A temperatura em A é TA = 500 K.

Identifique o nome das transformações gasosas, respectivamente:


A → B; B → C; C → D; D → A.
(A)Isotérmica, isocórica, isotérmica, isocórica.
(B)Isotérmica, isobárica, isotérmica, isobárica.
(C)Isocórica, isotérmica, isocórica, isotérmica.
(D)Isobárica, isotérmica, isotérmica, isocórica.
(E)Isotérmica, isotérmica, isotérmica, isobárica.

Respostas

01. Resposta: B
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:

A partir daí basta aplicar os dados na equação da energia interna:

02. Resposta: D
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:

Substituindo os valores na equação:

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O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.

03.Resposta: C
O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área do trapézio azul.
Sendo a área do trapézio dado por:

Então, substituindo os valores temos:

04.Resposta: D
Calculando o calor da fonte quente:
Q2 = T2
Q1 T1
2000 = 500
Q1 300
2000 = 1,67
Q1
Q1 = 2000
1,7
Q1 = 1198 J
Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1200 J.
Calculando o trabalho:
Q 2 - Q1 = T
2000 - 1200 = T
T = 800J

05. Resposta
Como os estados iniciais e finais dos dois processos são respectivamente iguais, a variação de energia
interna será a mesma nos dois.
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos Q=W+U. Como a variação de U é igual em I e II, haverá mais
calor absorvido onde o trabalho realizado for maior. O trabalho no diagrama p-V é representado pela área
sob o gráfico do processo. Assim sendo, vê-se que o trabalho e, consequentemente, o calor trocado é
maior em II.

06. Resposta
Vágua=40 m3
M água=40.000 kg
Sabendo que: 1W=1J/s
Potência recebida=836 J/s x40=33440 J/s
Calculando a quantidade de energia:

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Calculando o tempo necessário para que ocorra a absorção de energia suficiente (supondo perda
zero):

07. Resposta
O rendimento é: r = 1 - {Q2 / Q1}
35 % e' escrito como 35/100
35 / 100 = 1 - [Q2 / 1000]
Q2 = 1000 - 350
. : . Q2 = 650 J

08. Resposta
Como Q2 / Q1 = T2 / T1 , podemos calcular h = 1 - T2 / T1
Logo,
h = 1 - 300 / T1
ou seja,
0,25 = 1 - 300 / T1
300 / T1 = 1 – 0,25 = 0,75 E
T1 = 300 / 0,75 = 30000 / 75 = 400 K
Convertendo para Celsius,
400 K = 400 – 273 = 127°C

09. Resposta: A
Através do gráfico, verifica-se que quanto maior a distância, maior o espaço de expandir, maior será
a temperatura, consequentemente maior quantidade de calor.

10. Resposta
O rendimento é dado pela razão entre o trabalho realizado e o calor recebido:
N = T/ Q1
N = 3.500/ 5000
N= 0,7 ou 70%
11. Resposta: A:
Considerando-se que o volume do gás é constante, temos que a transformação é isocórica.
Assim,
P1 = 2atm
P2= ?
T1 = 30ºC (passar para Kelvin) = 273 + 30 = 303 K
T2 = 60ºC (passar para Kelvin) = 273 + 60 = 333 K
Substituindo os valores fornecidos pelo problema na equação da transformação isocórica, temos:
P1/T1 = P2/T2
2/303 = P2/333
P2 = 2,2 atm
Assim, podemos concluir que a pressão e a temperatura são grandezas diretamente proporcionais.
Letra B) A partir da resolução do item anterior, podemos esboçar o gráfico da pressão em função da
temperatura (pressão x temperatura).

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12. Resolução
Sabe-se que:
T1 = 27ºC = 300 K
T2 = -73ºC = 200 K
V1 = 500 cm3
V2 = ?
Da transformação isobárica temos que:
V1/T1 = V2/T2
500/300 = V2/200
V2 = 333,33 cm3
V2 = 3,33x 10-4 m3
Podemos concluir que, para a transformação isobárica, o volume e a temperatura são diretamente
proporcionais.

13. Resolução
Do enunciado temos:
V1 = 15 litros
V2 = 20 litros
P1 = 8,0 atm
P2 = ?
T = 30º C = 303 K (TEMPERATURA CONSTANTE)
Utilizando a equação da transformação isotérmica, temos:
P1V1 = P2V2
8x15 = P2x20
P2 = 6 atm
De acordo com a transformação isotérmica, a pressão e o volume, em uma transformação gasosa, são
grandezas inversamente proporcionais.
Obs.: Para a solução de problemas envolvendo as transformações gasosas devemos utilizar SEMPRE
a temperatura na escala absoluta (Kelvin).

14. Resolução
Dados:
P1= 760 mmHg
T1: 273 K
µ= 2Kg/ m³
Dados:
T2= 40º C= 313 K
V2= 10L
P2= 700 mmHg
Calculando V1 do nitrogênio:
𝑃1𝑉1 𝑃2𝑉2
=
𝑇1 𝑇2
760. 𝑉1 10
= 700.
273 313
V1= 8L

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Calculando a massa específica do nitrogênio:
µ= 𝑚
𝑉
2= 𝑚
0,008

M=0,016 Kg

15. Resolução
As variáveis de estado são três: volume, temperatura e pressão.
Volume: é o volume do recipiente que o contém.
Temperatura: é a responsável por medir o estado de agitação molecular.
Pressão: a pressão é ocasionada pelo choque que ocorre em suas partículas contra as paredes do
recipiente que o contém.

16. Resposta: D.
Um gás real aproxima-se do ideal quanto mais alta for sua temperatura e menor sua pressão.

17. Resposta: D.
Dados:
T1= 200 K
V2= 2 V1
P2= 2P1
𝑃1. 𝑉1 𝑉2
= 𝑃2.
𝑇1 𝑇2
𝑃1. 𝑉1 2𝑃1. 2𝑉2
=
200 𝑇2
T2= 800 K
18. Respostas
(01) Verdadeiro.
(02) Verdadeiro.
(03) Falso. Os átomos de diferentes elementos químicos possuem massas atômicas diferentes. Assim,
se pegarmos massas iguais de diferentes elementos químicos, o número de átomos de cada elemento
químico nessas massas será diferente (comparando massas iguais, quanto menor a massa atômica do
elemento, maior o número de átomos desse elemento nessa massa).
(04) Verdadeiro.

19. Resposta: E
1 mol de átomos de Mg ↔ 24 g/mol ↔ 6,0 . 1023 átomos/mol
x = 1 átomo . 24 g/mol
6,0 . 1023 átomos/mol
x = 4,0 . 10-23 g.

20. Resposta
Como a temperatura não é modificada durante a transformação, esta é Isotérmica, sendo regida pela
equação:

Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica,
ou seja volume é expresso em litros e pressão em atm, portanto, a pressão final será dada em atm:

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21. Resposta
Como o tubo é aberto, a pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica, então a transformação
é isobárica, sendo regida por:

Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm mesma característica:

Mas o volume inicial é igual a 10 vezes o volume final:

22. Resposta
Dados:
A B C D
PA = 10 PB = 6 PC = 3,6 PD = 6
VA = 6 VB = 10 VC = 10 VD = 6
TA = 500K TB = ? TC = ? TD = ?
Precisamos usar a equação dos gases ideais para descobrir os valores das demais temperaturas e
confirmar o tipo de transformação:
PAVA = PBVB
TA TB
10 . 6 = 6 . 10
500 TB

60 . TB = 30 000

TB = 500 K → A temperatura de A para B permaneceu a mesma, então é uma


transformação isotérmica. Olhando no gráfico, nós confirmamos isso, porque de A → B, temos uma
hipérbole (isoterma).
PBVB = PCVC
TB TC

6 . 10 = 3,6 . 10
500 TC

60 . TC = 18 000
TC = 300 K → A temperatura de B para C diminuiu, mas vemos que o volume permaneceu igual (10
L), então é uma transformação isocórica.

PCVC = PDVD
TC TD
3,6 . 10 = 6 . 6
300 TD

36. TD = 300

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TD = 300 K → A temperatura de C para D permaneceu constante, sendo uma
transformação isotérmica.
De D → A, o volume permaneceu igual a 6L, sendo, portanto, uma transformação isocórica.

5.7 ÓPTICA: Luz - fenômenos luminosos, tipos de fontes e meios de


propagação. Princípios da óptica geométrica. Sombra e penumbra.
Reflexão - conceito, leis e espelhos planos e esféricos. Refração:
conceito, leis, lâminas, prismas e lentes. Olho humano - principais
defeitos da visão. Instrumentos ópticos.

OPTICA

A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a
matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.

Modelo Corpuscular da Luz4


Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para
explicar a natureza da luz, hoje popularizado como "a teoria da natureza corpuscular da luz." Este modelo
sobre a luz baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes
luminosas. A ideia de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de
mundo, isto é, um modelo mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria
possível determinar diversas grandezas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular
sobre a natureza da luz, Newton conseguia explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já
conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que
conquistou perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra
de Newton é considerada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem
e, certamente, o modelo corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não
apenas fama e prestígio conquistou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo
Newton e sua teoria corpuscular, principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação
cientificamente conturbada com Hooke nasceu a discussão sobre a natureza da luz.

Luz - Comportamento e princípios


A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente
físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.
Energia radiante é aquela que se propaga na forma de ondas eletromagnéticas, dentre as quais se
pode destacar as ondas de rádio, TV, micro-ondas, raios X, raios gama, radar, raios infravermelho,
radiação ultravioleta e luz visível.

4
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm

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Uma das características das ondas eletromagnéticas é a sua velocidade de propagação, que no vácuo
tem o valor de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja:C=3.108 m/s

Podendo ter este valor reduzido em meios diferentes do vácuo.


A luz que percebemos tem como característica sua frequência que vai da faixa de 4.1014 Hz (vermelho)
até 8.1014 Hz(violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso os órgãos visuais de todos os
seres vivos estão adaptados a ela, e não podem ver além desta, como por exemplo, a radiação ultravioleta
e infravermelha.

Fonte: www.profcordella.com.br
Divisões da Óptica

Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.

Óptica Geométrica: estuda os fenômenos ópticos em que apresentam interesse as trajetórias


seguidas pela luz. Fundamenta-se na noção de raio de luz e nas leis que regulamentam seu
comportamento.

Conceitos básicos

Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.

Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:

Cônico convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

Cônico divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

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Cilíndrico paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

Fontes de luz

Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que
nos cercam. Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes
primárias ou secundárias.

Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.

Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.

Quanto às suas dimensões, uma fonte pode ser classificada como:

Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.

Extensa: uma fonte com dimensões consideráveis em relação ao ambiente.

Meios de propagação da luz

Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:

Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.
Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.

Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.

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Fenômenos ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:

Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.

Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.

Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os
raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.

Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.

Princípio da independência dos raios de luz

Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.

Princípio da propagação retilínea da luz

Todo o raio de luz percorre trajetórias retilíneas em meios transparentes e homogêneos.

Um meio homogêneo é aquele que apresenta as mesmas características em todos os elementos de


volume.

Um meio isótropo, ou isotrópico, é aquele em que a velocidade de propagação da luz e as demais


propriedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida.

Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.

Propagação Retilínea da Luz: Em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha


reta. Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz.

Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.

O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza

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o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona.
Note a semelhança entre os enunciados do princípio e do problema).
A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da
refração luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto
que o segundo, tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia
fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente. O conhecimento dos fenômenos ondulatórios
culminou em várias pesquisas de importantes cientistas, como Christiaan Huygens e Thomas Young,
estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias e não corpusculares como Isaac Newton
acreditava, isso foi possível mediante a uma importante experiência feita por Young, a da “Dupla fenda”,
baseada no fenômeno de interferência e difração, inerente às ondas. Mais tarde, outro cientista célebre
chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape fotoelétrico que foi muito bem entendido e explicado pelo
físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel de Física. Essa contradição permitiu à luz ter caráter
dualista, ou seja, ora se comporta como onda ora como partícula. Outro exemplo importante foi o de
Gauss, no campo da óptica, com suas descobertas e teorias sobre a reflexão da luz em espelhos esféricos
e criador das fórmulas que permite calcular a altura e distância de uma imagem do espelho com relação
ao objeto.

Reflexão

Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente. A reflexão, no entanto, não vale só para as
ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja, acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo
ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais (pulsos) periódicas em um balde largo e comprido
de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se propagam no meio "batem" nas paredes do
recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de energia, esse fenômeno é chamado de
reflexão. Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza
de onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).

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Quando são refletidos em uma superfície rugosa:

Refração
Leis da Refração

1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.


2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o
comprimento de onda variam na mesma proporção.

Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com

Difração

Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.

Absorção

No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).

Interferência

É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.

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Polarização

A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.

Dioptro

É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.

A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios
homogêneos e transparentes.

Formação de imagens através de um dioptro

Considere um pescador que vê um peixe em um lago. O peixe encontra-se a uma profundidade H da


superfície da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme mostra a figura abaixo:

A fórmula que determina esta distância é:

𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração

Prisma

Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.

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A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.

Funcionamento do prisma

Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.

Tipos de prismas

- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.

- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.


- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.

Espelhos Planos

Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual

Espelhos Esféricos
É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se
a superfície refletora é a externa, o espelho é convexo. Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto
convexos, são muito utilizados em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das
lâmpadas de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas de
telescópios, etc., são utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos esféricos convexos são
utilizados, por exemplo, em retrovisores de automóveis.

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-Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota
esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a
superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.

Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:

Fonte:www.infoescola.com

Vamos analisar cada caso

Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real

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Objeto depois do centro de curvatura

Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real

Objeto no centro de curvatura

Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto

Objeto entre o foco e o vértice

Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto

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-Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão

Fonte:www.infoescola.com

Características da imagem:
-virtual
-menor
-direita

Lentes esféricas convergentes

- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):

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Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas
espessas):

Lentes esféricas divergentes

Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas
como de bordas finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do
meio externo. O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração
do meio externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente
bicôncava (com bordas espessas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):

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Fonte: www.brasilescola.com
Física - Óptica da Visão

Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.

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Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com

Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.

Adaptação visual

Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de


cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina
de um possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de
até 10mm. Assim a incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais
ambientes.

Acomodação visual

As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.

Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa
pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se
totalmente contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
1 1 1
= + ′
𝑓 𝑝 𝑝

Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15

1
= 0,0766
𝑓

𝑓 = 14,1 𝑚𝑚

Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente.

Ponto remoto

Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.

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1 1 1
= +
𝑓  15
1
No entanto,  é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito
alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim,
teremos que:
1 1
=
𝑓 15
𝒇 = 𝟏𝟓𝒎𝒎

Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:

𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal

Ilusão de Óptica

Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.

Instrumentos Ópticos5

Lupa
5
Por ZILZ, Denis

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É o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção de
imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com perfeição.
A lupa, também é chamada de microscópio simples e consiste em uma lente convergente, logo, cria
imagens virtuais. Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como uma lupa. Há
tipos que constam de um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é colocada a lâmina
que contém o objeto a ser observado e um espelho convergente (o condensador) para concentrar os raios
luminosos sobre o objeto. Este deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a distância focal
da mesma. Há uma condição para que a imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto da
lente usada como lupa, temos uma distância mínima de visão nítida. Se a lente for colocado próximo a
um objeto numa distância menor que a sua distância mínima de visão nítida, a imagem não será visível.

Luneta

As lunetas astronômicas são instrumentos ópticos de aproximação, são usadas na observação


de objetos muitos distante. As lunetas astronômicas são instrumentos formados por dois sistemas ópticos
distintos: uma lente objetiva de grande distância focal que proporciona uma imagem real e invertida do
objeto observado, e uma lente ocular com distância focal menor que proporciona uma imagem virtual e
invertida do objeto. Os dois sistemas são colocados nas extremidades opostos de um conjunto de tubos
concêntricos, que se encaixam um nos outros fazendo variar à vontade o comprimento do conjunto a fim
de focar melhor objeto a ser observado. As lunetas de grande porte e alta capacidade de ampliação são
dotadas de uma luneta menor pesquisadora, já que as primeiras possuem um campo de visão. A principal
diferença entre as lunetas astronômicas e terrestres é, além do porte, a posição da imagem. Aquelas
apresentam a imagem final invertida, e essas apresentam a imagem na posição real do objeto já que
possuem sistemas de lentes adicionais entre a objetiva e a ocular.

Microscópio

O microscópio composto, ou simplesmente, microscópio, é um instrumento óptico utilizado para


observar regiões minúsculas cujos detalhes não podem ser distinguidos a olho nu. É baseado no conjunto
de duas lentes. A primeira é a objetiva que é fortemente convergente (fornece uma imagem real e
invertida) e possui pequena distância focal, fica voltada para o objeto e forma no interior do aparelho a
imagem do mesmo. A segunda é ocular também com pequena distância focal, menos convergente que a
objetiva, permite ao observador ver essa mesma imagem, ao formar uma imagem final virtual e direita.
Essas lentes são colocadas diametralmente em extremidades opostas de um tubo, formando o conjunto
chamado de canhão. O sistema que permite o afastamento ou aproximação do conjunto ocular – objetiva
permite uma melhor visualização do campo observado ao focalizá-lo.

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Câmera Fotográfica

A câmera fotográfica como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto
visto através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma
imagem real e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto.
A lente ou sistema de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja
projetada sobre o filme, se a mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco.
Por isso, ajusta-se as lentes objetivas a fim de que obtenha-se uma imagem nítida. Quando em foco, a
imagem que formada no filme fotográfico é real e invertida.

Binóculos

É um instrumento de óptica, com lentes, que possibilitam um grande alcance da visão. É composto por
um par de tubos, interligados por um sistema articulado, sendo que cada tubo possui igualmente uma
lente objetiva (que fica na extremidade do binóculos, mais próxima do objeto a ser visto) e uma lente
ocular (que fica mais próxima dos olhos) e entre elas, um sistema de prismas. Há ainda um sistema de
foco, situado entre os tubos do binóculo.
Há dois tipos de prisma, que definem a qualidade da imagem e o preço do binóculo. O prisma Roof é
o tipo mais complexo e é mais caro. Os binóculos que possuem este sistema, tem os tubos retos, como
os telescópios. O prisma Porro é mais simples, mas tem melhor percepção da profundidade, isto porque
as objetivas não estão alinhadas com as oculares. Elas ficam mais afastadas entre si.
O binóculo primitivo era de uma objetiva com uma lente convergente no meio de duas lentes
divergentes e uma lente ocular de sentido inverso. Atualmente é constituído de uma lente ocular e de
outra objetiva baseada nas lunetas astronômicas, onde é utilizado o método poli prisma. Esse
equipamento é adequado para visualização terrestre, marítima e, em alguns casos, astronômica. Como
é utilizada a visão dos dois olhos em simultâneo, ao olhar-se por um binóculo tem-se uma percepção da
profundidade da cena, ou seja, visão tridimensional: pode-se notar a largura, altura e profundidade. As
lunetas e telescópios não tem essa capacidade.
- A qualidade da imagem de um binóculo depende de cinco fatores:
- Alinhamento da ótica
- Qualidade das lentes
- Qualidade dos prismas
- Tratamento dado às superfícies dos óticos
- Estabilidade mecânica do corpo e do mecanismo de focalização.

Os binóculos possuem dois números impressos em seu corpo, do tipo: 7x50, 12x60, 20x70. O primeiro
número significa a magnificação (ou aumento) e o segundo, o tamanho (em milímetros) da objetiva.
Quanto maior a objetiva, mais luz entra e melhor será a visualização das imagens. Os modelos que
possuem lentes coloridas (vermelhas) recebem esse acabamento para diminuir a reflexão, sendo um

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tratamento antirreflexo, permitindo diminuir as aberrações cromáticas. No máximo, apenas ajudam a
"quebrar" o excesso de luz em ambientes como praia ou montanhas com neve.

Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) O Distintivo da


Organização Militar (DOM) da EEAR está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o
objeto estão mostrados na figura abaixo.

De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?


(A) côncavo
(B) convexo
(C) delgado
(D) plano

02. (VUNESP) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente
esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm
da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente


utilizada pelo estudante é igual a
(A) 5.
(B) 2.
(C) 6.
(D) 4.
(E) 3.

03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo
sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°

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(E) 53°

04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto d e
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.

05. (SEE/AC – Professor de matemática e Física – FUNCAB) O ângulo de incidência de um raio


de luz em um espelho plano é 30. O ângulo entre o raio refletido e a superfície do espelho será,
portanto, de:
(A) 30º
(B) 50º
(C) 60º
(D) 80º
(E) 10º

06. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) A respeito da reflexão e da refração da luz, julgue
o item subsequente. Na reflexão difusa, os raios de luz incidentes em uma dada superfície são
refletidos obedecendo a diferentes orientações angulares.
( ) certo ( ) errado

07. (UFAL) A figura representa um feixe de raios paralelos incidentes numa superfície S e os
correspondentes raios emergentes.

Esta figura ilustra o fenômeno óptico da


(A) dispersão.
(B reflexão difusa.
(C) refração.
(D) difração.
(E) reflexão regular.
08. A distância média entre a Terra e o Sol é de 150.000 km. Quanto tempo a luz demora para
chegar à Terra? (Considerando c = 300.000 km/s).

09. (Ufg) Têm-se a sua disposição, em um ambiente escuro, uma vela acesa, um instrumento de
medida de comprimento, uma lente convergente, um anteparo e uma mesa.
a) Descreva, de maneira sucinta, um procedimento experimental para se obter a distância focal
da lente, através da visualização da imagem da chama da vela no anteparo.

b) Dê as características da imagem formada no anteparo, na situação descrita no item a.

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10. Uma pessoa coloca diante de um espelho plano uma placa onde est á escrita a palavra
VESTIBULAR, Como a pessoa vê a imagem desta palavra conjugada no espelho?

Respostas

01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.

02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5

03.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.

04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.

05. Resposta: C.
90-30=60º

06. Resposta: Certo.


Como vimos, quando um raio encontra uma superfície difusa, os raios refletem com diferentes ângulos.

07. Resposta: B.
A reflexão é o fenômeno em que os raios de luz atingem determinada superfície e têm a sua direção
de propagação alterada. Quando os raios refletidos (emergentes) mantêm-se paralelos, a reflexão é
chamada de regular; porém, caso a superfície seja rugosa, os raios refletidos não serão paralelos, e a
reflexão será denominada de difusa.
08. Resposta:
O primeiro passo é entender o deslocamento da luz. Como c é uma velocidade constante, o movimento
deve ser uniforme, ou seja:

Com isto, basta substituir os valores dados no exercício:

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T=500s
Ainda podemos expressar este tempo em minutos:

Portanto, a luz demora aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para viajar do Sol até a Terra.

09. Resposta:
a) Posicionar a vela de modo que a lente, entre ela e o anteparo, projete neste último um ponto deluz.
A distância entre a vela e a lente é a distância focal da mesma.
b) Pontual e Real.

10. Resposta: E.

5.8 ELETRICIDADE: Conceito e processos de eletrização e princípios da


eletrostática. Força elétrica. Campo, trabalho e potencial elétricos.
Lei de Coulomb. Capacidade elétrica. Capacitores e associações.
Campo elétrico. Linhas de força. Lei de Gauss. Potencial elétrico.
Diferença de potencial e trabalho num campo elétrico. Corrente
elétrica - conceito, efeitos e tipos, condutores e isolantes. Leis de
Ohm, resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Circuitos
elétricos. Geradores e receptores. Instrumentos de medição elétrica.

A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.

- Carga elétrica: propriedade das partículas subatômicas que determina as interações


eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz, e é influenciada por, campos
eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de Unidades): ampère segundo (A.s), unidade
também denominada coulomb (C).

- Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode exercer força
sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C),
ambas equivalentes.

- Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua posição. A
quantidade de energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de carga em dada posição.
Unidade SI: volt (V); o mesmo que joule por coulomb (J/C).

- Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo.
Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).

- Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt
(W); o mesmo que joules por segundo (J/s).
𝐸
𝑃=
∆𝑡
Consumo de energia elétrica
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar consome uma quantidade de energia elétrica.

Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:

E=5500.0,25=1,375kWh

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Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.

Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.

Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).- Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma
elétrica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule (J).

- Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica, estática ou


em movimento.

O uso mais comum da palavra “eletricidade” atrela-se à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-
se a: Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica
ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida
comercialmente pelas distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo,
“eletricidade" pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e em
operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de “eletricidade”
ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.
Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos
elétricos têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos avanços científicos na área, as
aplicações práticas para a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX
para que os engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, possibilitando
assim seu uso generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica nesse período transformou a
indústria e a sociedade da época. A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia
levou a um conjunto quase ilimitado de aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui
as aplicações nos setores de transportes, aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A
energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro
tangível.

Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o comportamento de cargas


elétricas em repouso, ou que estuda os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos que de alguma
forma se tornam carregados de carga elétrica, ou eletrizados.

Corrente Elétrica

Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons em uma determinada secção. A corrente
contínua tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que
não tenha valor nulo todo o tempo. Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons
muda de direção continuamente. O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um condutor, mas não
existe nos isolantes. Alguns dispositivos elétricos que usam estas características elétricas nos materiais
se denominam dispositivos eletrônicos. A Lei de Ohm descreve a relação entre a intensidade e a tensão
em uma corrente eléctrica: a diferença de potencial elétrico é diretamente proporcional à intensidade de
corrente e à resistência elétrica. Isso é descrito pela seguinte fórmula:

U = R.I

Onde:

V = Diferença de potencial elétrico I = Corrente elétrica R = Resistência

A quantidade de corrente em uma seção dada de um condutor se define como a carga elétrica que a
atravessa em uma unidade de tempo

I=Q/T

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Numa corrente elétrica devemos considerar três aspectos:

- Voltagem - (Que é igual a diferença de potencial) é a diferença entre a quantidade de elétrons nos
dois polos do gerador. A voltagem é medida em volts (em homenagem ao físico italiano Volta). O aparelho
que registra a voltagem denomina-se Voltímetro;
- Resistência - é a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. A resistência
é medida em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela
letra grega (W).
- Intensidade - é a relação entre a voltagem e a resistência da corrente elétrica. A intensidade é medida
num aparelho chamado Amperímetro, através de uma unidade física denominada Ampére.

Lei de Ohm pode ser assim enunciada: A intensidade de uma corrente elétrica é diretamente
proporcional à voltagem e inversamente proporcional à resistência. Assim podemos estabelecer suas
fórmulas:
I = U/R
𝑈
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑖

Fonte: http://educacao.globo.com/

I = Intensidade (ampère)
U = Voltagem ou força eletromotriz
R = Resistência

Segunda lei de Ohm: A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é


proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente
proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua
temperatura.

𝑙
𝑅=𝜌∙
𝐴
R=resistência
=resistividade
L=comprimento da secção
A=área da secção

Corrente Contínua ou Alternada

A diferença entre uma e outra está no sentido do "caminhar" dos elétrons. Na corrente continua os
elétrons estão sempre no mesmo sentido. Na corrente alternada os elétrons mudam de direção, ora num
sentido, ora no outro. Este movimento denomina Ciclagem.
Corrente Alternada - utilizadas nas residências e empresas.
Corrente Contínua - proveniente das pilhas e baterias.

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Condutores e Isolantes

Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre,
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons
recebem o nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos.

Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos.

Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de
colisões através do metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão
firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.

Aparelhos de medição elétrica (amperímetros, voltímetros)


Amperímetro – instrumento que mede a intensidade de corrente elétrica. Alguns amperímetros
indicam também, além da intensidade da corrente, seu sentido que, quando a indicação for positiva ela
circula no sentido horário e negativa, no sentido anti-horário.

Símbolo

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Se você quer medir a intensidade da corrente na lâmpada L1 da figura, você deve inserir o amperímetro
no trecho onde ela está, pois ele “lê” a corrente que passa através dele.

Assim o amperímetro deve ser associado em série no trecho onde você deseja medir a corrente. Como
o amperímetro indica a corrente que passa por ele no trecho do circuito onde ele está inserido, sua
resistência interna deve ser nula, caso contrário ele indicaria uma corrente de intensidade menor que
aquela que realmente passa pelo trecho. Então ele deve se comportar como um fio ideal, de resistência
interna nula, ou seja, deve se comportar como se estivesse em curto circuito.

Um amperímetro ideal deve possuir resistência interna nula.

Voltímetro – instrumento que mede a diferença de potencial ou tensão

Símbolo

Como em qualquer ligação em paralelo à diferença de potencial (tensão) é a mesma, o voltímetro deve
ser ligado em paralelo ao aparelho em cujos terminais você quer determinar a ddp, assim o aparelho e o
voltímetro indicarão a mesma ddp.

O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o aparelho ou trecho cuja diferença de potencial (tensão)
se deseja medir. Para que a corrente que passa pelo aparelho cuja ddp se deseja medir não se desvie
para o voltímetro, um voltímetro ideal deve possuir resistência interna extremamente alta, tendendo ao
infinito.

Um voltímetro ideal deve possuir resistência interna infinita.

Suponha que você deseja medir a corrente que passa pelo ponto B e a diferença de potencial entre os
pontos C e D, da figura, dispondo de voltímetro e amperímetro, ambos ideais.

Para isso, você deve abrir o circuito em B e inserir aí o amperímetro, pois ele deve ficar em série com
o trecho percorrido por iB, de modo que iB passe por ele. Os terminais do voltímetro devem ser ligados
aos pontos C e D de modo que o voltímetro fique em paralelo com o trecho entre C e D, onde você quer
medir a ddp. Observe que a resistência interna do amperímetro ideal dever ser nula de modo que toda i B
passe por ele e que a resistência interna do voltímetro deve ser infinita de modo que iCD não desvie para
ele.
Medidas Elétricas
É de vital importância, em eletricidade, a utilização de dois aparelhos de medidas elétricas: o
amperímetro e o voltímetro.

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Voltímetro

Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por esse motivo deve ser
ligado sempre em paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja obter a tensão elétrica. Para não
atrapalhar o circuito, sua resistência interna deve ser muito alta, a maior possível. Se sua resistência
interna for muito alta, comparada às resistências do circuito, consideramos o aparelho como sendo ideal.
Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou alternadas dependendo da qualidade do aparelho.

Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.

Amperímetro

Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto
corrente contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o àmpere. O amperímetro deve ser
ligado sempre em série, para aferir a corrente que passa por determinada região do circuito. Para isso o
amperímetro deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível. Se sua resistência interna
for muito pequena, comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro como sendo
ideal.

Amperímetro Ideal → Resistência interna nula

Voltímetro não ideal Amperímetro Ideal

Circuitos Simples

Vamos verificar tal circuito através da de um “corte” em uma pilha, mostrando seus componentes,
entretanto a diferença de potencial entre os polos da pilha abaixo é mantida graças à energia liberada em
reações químicas. Consideraremos também dois polos sendo um positivo e um negativo, sendo que sem
esses componentes a corrente elétrica jamais se formaria.
A voltagem que sempre é fornecida em uma pilha é de 1,5 V, entretanto há aparelhos que se utilizam
mais do que essa quantidade de Volts. Sendo assim é necessário que mais de uma pilha sejam colocadas
para o devido funcionamento, onde a corrente elétrica é o valor da pilha x o seu próprio número. Como
exemplo, confira o seguinte raciocínio: Um carrinho de criança que se coloca 3 pilhas, o valor de sua
corrente elétrica se dá por: 1,5 V + 1,5 V + 1,5 V = 4,5 V
Já as baterias de automóvel vem com uma carga elétrica de 12 V, onde suas placas são mergulhadas
em uma solução de ácido sulfúrico e colocando-as dentro de um invólucro resistente, para que não ocorra
seu vazamento. Se por acaso houver uma diferença de potencial entre os seus polos, a voltagem será
estabelecida nas extremidades dos fios, gerando assim um circuito elétrico simples.

Resistência Elétrica

Para um condutor AB, estando ele ligado a uma bateria, ocorrerá sempre que se estabelecer contato,
uma diferença de potencial nas extremidades, e consequentemente a passagem da corrente i através
dele. As cargas realizarão colisões contra os átomos ou moléculas havendo, então oposição a corrente
elétrica, podendo ser maior ou menor, dependendo da natureza do fio ligado em A e B.
Portanto, quanto menor for o valor da corrente i, maior será o valor de R. A unidade de representação
da medida de resistência é a do sistema internacional, sendo que 1 volt/ampère = 1 V/A, sendo
denominada como 1 ohm (ou representada pela letra grega Ω, em homenagem ao físico alemão do século
passado, Georg Ohm.
Podemos concluir que: quando uma voltagem VAB é aplicada nas extremidades de um condutor,
estabelecendo nele uma corrente elétrica i, a resistência é dada pela fórmula acima descrita. Quanto

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maior for o valor de R, maior será a oposição que o condutor oferecerá à passagem da corrente. O valor
da resistividade pode ser considerada como sendo uma grandeza característica de todo material que
constitui um fio, sendo definida como: uma substância será tanto melhor condutora de eletricidade quanto
menor for o valor de sua resistividade.
Reostato segundo seus criadores, é um aparelho onde se pode variar a resistência de um circuito e,
assim, tornando-se possível aumentar ou diminuir, a intensidade da corrente elétrica. Dado um comprido
fio AC, de grande resistência, um cursor B, que se desloca através do fio, entrando em contato com A e
C, observe a corrente que sai do polo positivo da bateria percorrendo o trecho AB do reostato. Verifica-
se que não há corrente passando no trecho BC, pois estando o circuito interrompido em C, a corrente não
poderá prosseguir através desse trecho.

Diferença de Potencial

Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga
por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial. Quando uma carga
for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial (E). A soma das diferenças de
potencial de todas as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença
de potencial (ou tensão) tem como unidade fundamental o volt(V).

Corrente

Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa corrente é produzida pelo deslocamento de
elétrons através de uma ddp em um condutor. A unidade fundamental de corrente é o ampère (A). 1 A é
o deslocamento de 1 C através de um ponto qualquer de um condutor durante 1 s.

I=Q/t

O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para o positivo. No entanto, é convenção representar
a corrente como indo do positivo para o negativo.

Correntes e Tensões Contínuas e Alternadas


A corrente contínua (CC ou DC) é aquela que passa através de um condutor ou de um circuito num só
sentido. Isso se deve ao fato de suas fontes de tensão (pilhas, baterias,...) manterem a mesma polaridade
de tensão de saída. Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade constantemente com o tempo.
Consequentemente a corrente também muda de sentido periodicamente. A linha de tensão usada na
maioria das residências é de tensão alternada.

Resistência Elétrica
Resistência é a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em ohms (W). Quanto maior a
resistência, menor é a corrente que passa. Os resistores são elementos que apresentam resistência
conhecida bem definida. Podem ter uma resistência fixa ou variável.

Símbolos em eletrônica e eletricidade


Abaixo estão alguns símbolos de componentes elétricos e eletrônicos:

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Associações de Resistores

Os resistores podem se associar em paralelo ou em série. (Na verdade existem outras formas de
associação, mas elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futuramente).

Associação Série
Na associação série, dois resistores consecutivos têm um ponto em comum. A resistência equivalente
é a soma das resistências individuais. Ou seja:

Req = R1 + R2 + R3 + ...

Exemplificando:

Calcule a resistência equivalente no esquema abaixo:

Req = 10000 + 1000000 + 470


Req = 1010470

Associação Paralelo

Dois resistores estão em paralelo se há dois pontos em comum entre eles. Neste caso, a fórmula para
a resistência equivalente é:

1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ...

Exemplo: Calcule a resistência equivalente no circuito abaixo:

Note que a resistência equivalente é menor do que as resistências individuais. Isto acontece pois a
corrente elétrica têm mais um ramo por onde prosseguir, e quanto maior a corrente, menor a resistência.

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Resolução
R=1+1+1=3
1 1 1
= +
𝑅𝑒𝑞 3 6
1 2+1 3 1
= = =
𝑅𝑒𝑞 6 6 2
Req=2

PONTE DE WHEATSTONE

A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir uma resistência desconhecida,
normalmente com valor próximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também para se
medir duas resistências que variam de maneira espelhada, enquanto uma aumenta seu valor, a outra
diminui o seu valor de forma proporcional.
Essa ponte é um instrumento utilizado para determinar o valor da resistência elétrica de um resistor.
Assim, vamos supor que se queira determinar o valor R4 da resistência de um resistor. Conhecidos os
valores de R1 e R2, ajusta-se o valor de R3 (por meio de um reostato, que é um resistor cuja resistência
pode ser ajustada), até que a ponte fique em equilíbrio. Da relação abaixo, entre as resistências, calcula-
se o valor de R4
R1.R3=R2.R4
Consiste basicamente de dois circuitos em paralelo através dos quais se divide uma corrente. Esses
circuitos são formados por quatro resistores, montados de modo a formar um quadrilátero. O circuito de
uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura 1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode ser um
galvanômetro se a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte pode ser alimentada
por um sinal de áudio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta impedância
ou ainda um transdutor piezoelétrico.

Figura 1 – O circuito básico da ponte.

Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)

Formula 1
Quando no equilíbrio:

R4 = (R1/R2) * R3

Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)

Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?
Dados: R1 = 100 ohms
R2 = 200 ohms
R3 = 300 ohms
R4 = ?

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Usando a fórmula 1:
R4 = (100/200) * 300
R4 = 150 ohms

As Leis de Kirchoff
Lei de Kirchoff para Tensão: A tensão aplicada a um circuito fechado é igual ao somatório das quedas
de tensão naquele circuito.

Ou seja: a soma algébrica das subidas e quedas de tensão é igual à zero (SV). Então, se temos o
seguinte circuito: podemos dizer que VA = VR1 + VR2 + VR3

Lei de Kirchoff para Correntes: A soma das correntes que entram num nó (junção) é igual à soma
das correntes que saem desse nó.

I1+I2= I3+I4+I5 As leis de Kirchoff serão úteis na resolução de diversos problemas.

Capacitor

O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando
se aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas
paralelas. A capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.

C = Q/V

Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas
paralelas, e quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= ----------------------
kd

Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância entre as placas k = constante dielétrica do


material isolante

Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando
isto acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)

Isso gera o seguinte gráfico Vc X t

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Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição
do capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a
corrente inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t
= RC (resistência vezes capacitância).

No exemplo abaixo, o tempo de carga é: Tc= 5 x 1000 x 10-6 = 5ms

Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma "oposição à corrente" (na
verdade é oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).

Xc=1/2pfC

A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma
resistência em série com uma capacitância:

Z = (R22+Xc2) 1/2 ou Z = Ö R22+XC2

Podemos imaginar a impedância como a soma vetorial de resistência e reatância. O ângulo da


impedância com a abscissa é o atraso da tensão em relação à corrente.

Aplicações: Se temos um circuito RC série, a medida que aumentarmos a frequência, a tensão no


capacitor diminuirá e a tensão no resistor aumentará. Podemos então fazer filtros, dos quais só passarão
frequências acima de uma frequência estabelecida ou abaixo dela. Estes são os filtros passa alta e passa
baixa.

Frequência de corte: é a frequência onde XC=R.

Quando temos uma fonte CA de várias frequências, um resistor e um capacitor em série, em


frequências mais baixas XC é maior, desta forma, a tensão no capacitor é bem maior que no resistor. A
partir da frequência de corte, a tensão no resistor torna-se maior. Dessa forma, a tensão no capacitor é
alta em frequências mais baixas que a frequência de corte. Quando a frequência é maior que a frequência
de corte, é o resistor que terá alta tensão.

Filtro passa baixa:

Vsaída=It XC

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Filtro passa alta

Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO/2015) As especificações


técnicas de uma torradeira estabelecem que, ao ser conectada a uma tomada de 120 V, a torradeira
tem uma corrente de 10 A por ela percorrida. Qual é, em ohm, o valor estimado para a resistência
dessa torradeira?
(A) 1200
(B) 12
(C) 1,2
(D) 0,1
(E) 0

02. (COBRA TECNOLOGIA – Técnico de Operações – Equipamentos – ESPP) Dado o circuito


abaixo, sendo R1 = 4 ohms e R2 = 6 ohms, calcule It, I1 e I2:

(A) It=5A, I1=3 A, I2=2A.


(B) It=3A, I1=2 A, I2=1A.
(C) It=6A, I1=2 A, I2=3A.
(D) It=2A, I1=1 A, I2=2A.

03. (PC/DF – Papiloscopista Policial – FUNIVERSA/2015) Para mostrar a função e a forma


como resistores podem ser arranjados dentro de um circuito elétrico, um instrutor do laboratório de
perícia papiloscópica montou o circuito ilustrado abaixo. Após uma análise desse circuito, o instrutor
solicitou aos estudantes que determinassem a resistência equivalente da combinação mostrada.

Com base nesse caso hipotético e no circuito ilustrado, assinale a alternativa que apresenta o
valor da resistência equivalente.
(A) 41 
(B) 40 
(C) 36 
(D) 24 
(E) 18 

04. (IF/PR - Técnico em laboratório – CETRO) Dispõe-se de três resistores iguais de resistência
elétrica 6,0Ω. Vamos associá-los, primeiro, em série e, depois, em paralelo. Chamemos de i s a
corrente que percorre a associação em série sob tensão de 180V e designemos por i p a corrente
que percorre a associação dos três resistores em paralelo sob a mesma tensão de 180V. Por motivo
de segurança, imaginemos um fusível antes da associação em série e antes da associação em

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1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
paralelo. Assinale a alternativa que apresenta o melhor fusível a ser comprado para poder usar em
qualquer uma das associações.
(A) 10A
(B) 90A
(C) 80A
(D) 50A
(E) 60A

05. (SEDUC/PI – Professor – NUCEPE/2015) As unidades de intensidade de corrente elétrica,


tensão elétrica e resistência elétrica, bem como seus respectivos aparelhos de medição, são
(A) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm(), medidos por amperímetro, voltímetro e
ohmímetro.
(B) respectivamente volt (V), ampère(A) e Ohm(), medidos por amperímetro, ohmímetro e
voltímetro.
(C) respectivamente Ohm(), volt(V), ampère(A) medidos por ohmímetro, amperímetro e
voltímetro.
(D) respectivamente ampère (A), Ohm() e volt(V) medidos por ohmímetro, amperímetro e
voltímetro.
(E) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm() medidos por ohmímetro, voltímetro e
amperímetro.

06. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2015) Se três lâmpadas de


mesma resistência (R) são conectadas, em paralelo, a uma fonte de alimentação V, a corrente que
passa por cada lâmpada é expressa por
(A) V/R
(B) 3V/R
(C) V/(3R)
(D) 2V/R
(E) V/(2R)

07. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) Duas lâmpadas idênticas, de especificações 15 W –


220 V cada, são ligadas em paralelo a uma rede elétrica alimentada por uma fonte de t ensão de
220 V. A intensidade da corrente elétrica através de cada lâmpada será, em ampéres, mais próxima
de
(A) 0,05.
(B) 0,07.
(C) 0,03.
(D) 0,10.
(E) 0,14.

08. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) A intensidade de corrente elétrica que atravessa
o gerador ideal do circuito abaixo, quando a chave C estiver fechada, é de:

(A) 6A
(B) 3A
(C) 7A
(D) 4A
(E) 2A

09. (SEC/PI – Professor – NUCEPE/2015) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)


aprovou no mês de fevereiro o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias cobrada nas contas
de luz quando há aumento no custo de produção de energia no país. Em caso de bandeira vermelha,

. 176
1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
que vigora atualmente em todo país e sinaliza que está muito caro gerar energia, passará a ser
cobrada nas contas de luz uma taxa extra de R$ 5,50 para cada 100 kWh. Supondo que em uma
residência alimentada com uma tensão de 220 V, mora uma família com 4 membros e que cada um
costuma tomar um banho com duração de 30 minutos por dia no chuveiro elétrico cuja potência é de
5400 W, a taxa extra que esta família irá pagar na conta mensal decorrente dos 30 dias, no que se
refere apenas ao uso do chuveiro elétrico, será de:
(A) R$ 5,50.
(B) R$ 11,00.
(C) R$ 16,50.
(D) R$ 22,00.
(E) Já que não atingiu os 100 KWh no mês, a família não irá pagar taxa extra.

10. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Considere o circuito elétrico


esquematizado na figura abaixo.

Qual é, aproximadamente, em A, a intensidade da corrente que atravessa a fonte?


(A) 0,50
(B) 0,71
(C) 0,91
(D) 2,4
(E) 5,9

Respostas

01. Resposta: B.
U=Ri
120=R.10
R=12

02. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅𝑡 4 6
1 3+2
=
𝑅𝑡 12
12
𝑅𝑡 = = 2,4
5
12=2,4.i
I=5A
R1.i1=R2.i2
E como it=5A
Temos que i1=3A e i2=2ª

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03. Resposta: A.

1 1 1
= +
𝑅𝑡 20 20
20
𝑅𝑡 = = 10
2
1 1 1
= +
𝑅𝑡 10 10
10
𝑅𝑡 = = 5
2
R=24+5+12=41

04. Resposta: B.
Em série: 6+6+6=18
180=18i
I=10A

Em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑡 6 6 6
6
𝑅𝑡 = = 2
3
180=2i
I=90A
Portanto, o fusível tem que ser de 90 para poder suportar as duas montagens.

05. Resposta: A.

06. Resposta: A.
Lâmpadas em paralelo:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅 𝑅 𝑅
1 3
=
𝑅𝑒𝑞 𝑅
Req=R/3
U=Ri
Como é paralelo a corrente tem que ser dividida:
V=R.3i
𝑉
3𝑉
3𝑖 = 𝑅 =
3 𝑅
I=V/R

07. Resposta: B.
𝑈2
𝑃=
𝑅
2202
15 =
𝑅
R=3226,67
U=Ri
220=3226,67 i
I=0,068A
Aproximadamente i=0,07A

08. Resposta: A.
1 1 1
= +
𝑅 10 10

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1 2
=
𝑅 10
R=5
Como a outra resistência está em série: 5+5=10
U=Ri
60=10i
I=6A

09. Resposta: C.
𝐸
𝑃=
∆𝑡
𝐸
5400 =
0,5
E=2700
Como são 4 membros:
2700x4=10800
E 30 dias: 10800x30=324000 Wh=324 kWh
Portanto, a cada 100kWh tem um custo de R$5,50, foram consumidos 3 vezes esse valor:
5,50x3=16,50

10. Resposta: C.
Devemos somar as resistências 10 e 20, pois estão em série: 10+20=30
Assim, ficamos em paralelo:
1 1 1
= +
𝑅 30 30
1 2
=
𝑅 30
R=15
Assim, ficamos novamente em série de 15+40=55
U=Ri
50=55i
I=0,909
I=0,91A

5.9 ELETROMAGNETISMO: Ímãs. Fenômenos magnéticos


fundamentais. Força magnética e bússola. Classificação das
substâncias magnéticas. Campo magnético - conceito e aplicações.
Campo magnético de uma corrente elétrica em condutores retilíneos
e espiras. Lei de Biot-Savart. Lei de Ampère. Eletroímã. Força
magnética sobre cargas elétricas e condutores percorridos por
corrente elétrica. Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de
Lenz.

O eletromagnetismo busca explicar a relação entre o magnetismo e a eletricidade. O conceito-chave


é o de campo eletromagnético.
O magnetismo é entendido como um fenômeno básico no processo de andamento de geradores,
motores elétricos, na reprodução de voz e de imagens, no armazenamento de memória de aparatos
tecnológicos, como os computadores, entre outras aplicações. Para suprimir os conhecimentos desses
dois parágrafos, tem-se que: o magnetismo acontece quando um elemento atrai pedaços de ferro.
Um objeto bem comum que possui as propriedades atrativas é o ímã. Ele tem dois polos, norte e sul,
que são inseparáveis. Portanto, os fenômenos do magnetismo que acontecem nas correntes elétricas, é
chamado de eletromagnetismo.

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CARGAS ELÉTRICAS
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos,
que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:

Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:

A carga elétrica é uma propriedade que está intimamente associada a certas partículas elementares
que formam o átomo (prótons e elétrons). O modelo do sistema planetário é o modelo simples mais
adotado para explicar como tais partículas se distribuem no átomo. De acordo com o modelo planetário,
os prótons e nêutrons localizam-se no núcleo, já os elétrons estão em uma região denominada eletrosfera.
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um
imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos
prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas
com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). O próton e
o elétron, em módulo, possuem a mesma quantidade de carga elétrica. O valor da carga do próton e do
elétron é denominado quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de: e=1,6 .10-19 C

Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus
submúltiplos:
1 mC (milicoulomb)= 10-3 C
1 μC (microcoulomb)= 10-6 C
1 nC (nanocoulomb)= 10-9 C
A quantidade de carga elétrica total (Q) será sempre um múltiplo inteiro (n) vezes o valor da carga
elementar (e). Essa quantidade de carga pode ser determinada através da seguinte expressão:
Q=n . e

Geralmente quando um corpo qualquer apresenta o número de prótons igual ao de elétrons dizemos
que esse corpo está eletricamente neutro, ou seja, o corpo possui carga total igual a zero. Portanto,
quando o corpo apresenta número de prótons diferente do número de elétrons, dizemos que o corpo se
encontra eletrizado, ou seja, o corpo apresenta carga elétrica diferente de zero.
Dessa forma, um corpo estará eletrizado quando perde ou recebe elétrons.

Corpo neutro np=ne


Corpo positivo npne Cedeu elétrons
Corpo negativo np ne Recebeu elétrons

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ELETRIZAÇÃO
Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons
(adicionando ou reduzindo o número de elétrons).
A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme
seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a
qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante,
ou seja, não há perdas.

Corpo eletrizado positivamente


Quando um corpo possui uma maior quantidade de cargas positivas, dizemos que perdeu elétrons, e
por isso está eletrizado positivamente. Obs.: Um corpo nunca ganha prótons, porque está localizado na
parte central do núcleo do átomo.
Corpo eletrizado negativamente
É quando um corpo possui mais cargas negativas que positivas, ou seja, quando ganha elétrons.

Atração dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais contrários, se atraem.

Repulsão dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais iguais, se repelem.

Processos de Eletrização
Eletrização por atrito
Quando dois corpos inicialmente neutros são atritados, se eletrizam e, em virtude do atrito ocasionado,
um corpo ficará com carga positiva e o outro com carga negativa.

Processo de eletrização por atrito ente o vidro e a lã

Eletrização por contato


Quando dois corpos (um eletrizado e outro inicialmente neutro) entram em contato, o corpo neutro fica
com a mesma carga do eletrizado.

Processo de Eletrização por contato

Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual
é a carga em cada um deles após serem separados.

. 181
1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com
carga , após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo
condutor C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?

Ou seja, neste momento:

Após o segundo contato, tem-se:

E neste momento:

Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes
serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.

Eletrização por indução


É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (induzido) acontece por simples aproximação
de um corpo carregado (indutor), sem que haja contato entre os corpos. O induzido deve estar ligado a
Terra ou a um corpo maior que possa lhe fornecer elétrons ou que dele os receba num fluxo provocado
pela presença do indutor.

Processo de eletrização por indução

LEI DE COULOMB
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e
repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com
sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido
para onde o vetor que as descreve aponta.

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1282452 E-book gerado especialmente para DAVID ENELTON COPQUE BARROS REIS
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:

Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

Onde: F → é a força elétrica entre as cargas k → é a constante eletrostática no vácuo (ko = 9 x


10 N.m2/C2)
9

Q → carga elétrica
d → distância

Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas,
ou seja:

CAMPO ELETRICO
O campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou
íons) ou por um sistemas delas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas e provocam forças
elétricas.
A fórmula usada para se calcular a intensidade do vetor campo elétrico (E) é dada pela relação entre
a força elétrica (F) e a carga de prova (q):

E as unidades de campo elétrico se dão em:

Vale notar que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do mesmo com uma
carga de prova. Caso não haja interação com a carga, podemos dizer que o campo não existe naquele
local.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido de
afastamento

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Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido de
aproximação.

A direção do campo elétrico é a mesma da força elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga q 0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força

POTENCIAL ELÉTRICO
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:

Logo:

A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta, e a unidade designa Joule por coulomb (J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um ponto P que está
sujeito a todas estes campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos os potenciais criados por cada
carga, ou seja:

Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.

Trabalho de uma força elétrica


O trabalho que uma carga elétrica realiza é análogo ao trabalho realizado pelas outras energias
potenciais usadas no estudo de mecânica, ou seja:
Se imaginarmos dois pontos em um campo elétrico, cada um deles terá energia potencial dada por:

Sendo o trabalho realizado entre os dois pontos:

Mas sabemos que, quando a força considerada é a eletrostática, então:

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Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente
da carga geradora, ou seja, com potenciais diferentes. Se quisermos saber a diferença de potenciais entre
os dois devemos considerar a distância entre cada um deles. Dessa maneira, teremos que sua tensão
ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por U e calculada por:

Exemplo:
Uma partícula com carga q = 2. 10-7 C se desloca do ponto A ao ponto B, que se localizam numa
região em que existe um campo elétrico. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho
igual a 4. 10-3 J sobre a partícula. Determine a diferença de potencial VA – VB entre os dois pontos
considerados.
Como o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento é igual à carga vezes a diferença de
potencial, assim temos:

Como o exercício pede a diferença de potencial e nos fornece outros dados, temos:

Questões

01. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0.1013 elétrons . Considerando a carga elementar
e=1,6.10-19 C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda de elétrons?

02. Um corpo possui 5,0.1019 e 4,0.1019 . Considerando a carga elementar e=1,6.10-19 C, qual a carga
deste corpo?

03. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)

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Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e a 3 estão, respectivamente:
(A) carregada negativamente, neutra e carregada positivamente
(B) neutra, carregada positivamente e carregada negativamente
(C) carregada positivamente, neutra e carregada negativamente
(D) carregada positivamente, carregada negativamente
(E) neutra

04(UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.

Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5

05 (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com carga
Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este sistema
pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula

06. UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente em nosso cotidiano. Um exemplo disso é o
fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos
corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir:
I. Se um corpo está eletrizado, então o número de cargas elétricas negativas e positivas não é o
mesmo.
II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado.
III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas.
IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas
opostas, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas.
V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados com quantidades diferentes de
cargas.
Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.

. 186
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(C) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
(E) Apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras

07. (ESPM-SP) No centro do quadrado abaixo, no vácuo, está fixa uma carga elétrica +q. Nos vértices
do quadrado temos, também fixas, as cargas +Q,-Q, -Q e +Q. Para qual das direções aponta a força
elétrica resultante na carga central?

(A) A
(B) B
(C) C
(D) D
(E) E
08 (Ceetps-SP) Uma partícula de massa 1,0 .10-5 kg e carga elétrica 2,0 mC fica em equilíbrio quando
colocada em certa região de um campo elétrico. Adotando-se g= 10 m/s2, o campo elétrico naquela região
tem intensidade, em V/m, de:
(A) 500
(B) 0,050
(C) 20
(D) 50
(E) 200

09 (Esam-RN) Uma carga positiva é lançada na mesma direção e no mesmo sentido das linhas de
forças de um campo elétrico uniforme E. Estando sob ação exclusiva da força elétrica, o movimento
descrito pela carga, na região do campo, é:
(A) retilíneo e uniforme
(B) retilíneo uniformemente retardado
(C) retilíneo uniformemente acelerado
(D) circular e uniforme
(E) helicoidal uniforme

10(Unifor-CE) A figura abaixo representa uma partícula de carga q = 2.10-8 C, imersa, em repouso,
num campo elétrico uniforme de intensidade E= 3.10-2 N/C.

O peso da partícula, em newtons, é de:


(A) 1,5.10-10
(B) 2 . 10-10
(C) 6.10-10
(D) 12 10-10
(E) 15 10-10

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Respostas
01. Resposta

02. Resposta
Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do que de elétrons, portanto
o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à diferença entre a quantidade de prótons
e elétrons.
Essa carga é calculada por:

03. Resposta :C
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.

04.Resposta: A

05 Resposta: B
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M

06 Resposta: B
I. Verdadeira
Corpo eletrizado positivamente: n elétrons n prótons
Corpo eletrizado negativamente: n elétrons  n prótons
II. Falsa, pois todos os corpos possuem cargas elétricas.
III. Falsa, pois n prótons= n elétrons
IV. Verdadeira, pois ficam eletrizados com cargas de mesmo módulo mas de sinais contrários.
V. Verdadeira.

07 Resposta: C
Representando os vetores que atuam na carga q, temos:

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08 Resposta: D
Dados: m=1.10-5kg; q= 2 µC = 2 .10-6 C; g= 10 m/s2
F=P → q . E- m. g
2. 10-6 E =1 .10-5 .10
E =50 V/m

09.Resposta:C
Se a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico E. Logo, o movimento
será retilíneo e uniformemente acelerado.

10. Resposta: C
P= F → P= q E
P=2. 10-8 . 3 .10-2
P=6 .10-10 N

CAMPO MAGNÉTICO
Em nossos estudos da eletrostática, vimos que a lei de Coulomb, descrevendo o campo elétrico de
cargas puntiformes, foi o modo pelo qual as observações relativas a forças eletrostáticas em corpos
carregados poderiam ser expressas. A situação é a mesma em relação a campos magnéticos produzidos
por correntes elétricas.

ÍMÃS E MAGNETOS
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta e pode ser
natural ou artificial.
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a magnetita, e
um ímã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente
ou instantaneamente características de um ímã natural.
Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou eletroímãs.
Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades magnéticas mesmo após
cessar o processo de imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos.
Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra sob ação de outro
campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula corrente elétrica e um núcleo,
normalmente de ferro. Suas características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar
a passagem de corrente cessa também a existência do campo magnético.

Propriedades dos ímãs


Polos magnéticos
São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto por dois polos
magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando estas não
existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados dipolos
magnéticos.
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo centro de massa e ele se
alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta
forma, o polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o
polo sul geográfico.
Ao pegarmos dois ímãs e ao aproximarmos eles uns dos outros, eles podem atrair-se ou repelir-se. O
fenômeno do atração ocorre quando aproximamos dois ímãs e eles se unem devido a eles possuem polos
de nomes diferentes, ou seja, os polos magnéticos de nomes diferentes se atraem, sendo que estes
"nomes" são os polos norte ou sul. Já o fenômeno da repulsão acontece quando aproximamos dois ímãs
com polos magnéticos de nomes iguais, ou seja polos magnéticos de mesmo nome se repelem.

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(Imagem extraída de GUALTER; NEWTON; HELOU, Física, Vol.3, 1ªEd. São Paulo, Ed. Saraiva,
2010.)

Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto. James Maxwell criou a teoria do
eletromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração dos ímãs e também das correntes
elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o magnetismo.

As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.

CORRENTES GERANDO CAMPOS MAGNÉTICOS (FIOS E BOBINAS)


Um simples rolo de fios encontra diversos usos na eletrônica, desde o seus mais antigos
desdobramentos. A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a bobina num
ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas assim, como indutor, ou seja, um dispositivo elétrico
passivo que tem como utilidade armazenar energia em forma de um campo magnético.
Seu funcionamento parte do princípio de que, quando a corrente elétrica passa num enrolamento de
fios, gera-se um campo magnético e, inversamente, quando se interrompe um campo magnético, gera-
se eletricidade em qualquer enrolamento de fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido
ao fato de que o campo magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a este, uma maneira
fácil de amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio como uma bobina
Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em sua composição. Em
fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais
extenso, isso é claro, dependendo da potência que se deseja conseguir. No entanto, para as pequenas
correntes usadas nos casos habituais, o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais
comum para reforçar a potência da bobina é introduzir um peça de ferro macio em seu interior.

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EFEITOS DE UM CAMPO MAGNÉTICO SOBRE CARGA

Como os elétrons e prótons possuem características magnéticas, ao serem expostos à campos


magnéticos, interagem com este, sendo submetidos a uma força magnética .
Supondo: campos magnéticos estacionários, ou seja, que o vetor campo magnético em cada ponto
não varia com o tempo; partículas com uma velocidade inicial no momento da interação; e que o vetor
campo magnético no referencial adotado é ; Podemos estabelecer pelo menos três resultados:

Carga elétrica em repouso


"Um campo magnético estacionário não interage com cargas em repouso."
Tendo um Ímã posto sobre um referencial arbitrário R, se uma partícula com carga q for abandonada
em sua vizinhança com velocidade nula não será observado o surgimento de força magnética sobre esta
partícula, sendo ela positiva, negativa ou neutra.

Carga elétrica com velocidade na mesma direção do campo


"Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem velocidade não nula na mesma
direção do campo magnético."
Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção do campo magnético, sendo no seu sentido
ou contrário, não há aparecimento de força eletromagnética que atue sobre ela. Um exemplo deste
movimento é uma carga que se movimenta entre os polos de um Ímã. A validade desta afirmação é
assegurada independentemente do sinal da carga estudada.

Carga elétrica com velocidade em direção diferente do campo elétrico


Quando uma carga é abandonada nas proximidades de um campo magnético estacionário com
velocidade em direção diferente do campo, este interage com ela. Então esta força será dada pelo produto
entre os dois vetores, e e resultará em um terceiro vetor perpendicular a ambos, este é chamado
um produto vetorial e é uma operação vetorial que não é vista no ensino médio.
Mas podemos dividir este estudo para um caso peculiar onde a carga se move em direção
perpendicular ao campo, e outro onde a direção do movimento é qualquer, exceto igual à do campo.

Carga com movimento perpendicular ao campo


Experimentalmente pode-se observar que se aproximarmos um ímã de cargas elétricas com
movimento perpendicular ao campo magnético, este movimento será desviado de forma perpendicular ao
campo e à velocidade, ou seja, para cima ou para baixo. Este será o sentido do vetor força magnética.
Para cargas positivas este desvio acontece para cima:

E para cargas negativas para baixo.

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A intensidade de será dada pelo produto vetorial , que para o caso particular onde e são
perpendiculares é calculado por:

A unidade adotada para a intensidade do Campo magnético é o tesla (T), que denomina , em
homenagem ao físico iugoslavo Nikola Tesla.
Consequentemente a força será calculada por:

Medida em newtons (N)

Carga movimentando-se com direção arbitrária em relação ao campo


Como citado anteriormente, o caso onde a carga tem movimento perpendicular ao campo é apenas
uma peculiaridade de interação entre carga e campo magnético. Para os demais casos a direção do
vetor será perpendicular ao vetor campo magnético e ao vetor velocidade .

Para o cálculo da intensidade do campo magnético se considera apenas o componente da velocidade


perpendicular ao campo, ou seja, , sendo o ângulo formado entre e então substituindo vpor
sua componente perpendicular teremos:

Aplicando esta lei para os demais casos que vimos anteriormente, veremos que:
se v = 0, então F = 0
se = 0° ou 180°, então sen = 0, portanto F = 0
se = 90°, então sen = 1, portanto .

LEI DE BIOT-SAVART
A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente que a gera. Isso ocorre de maneira
semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o campo
magnético resultante de uma corrente envolve o produto vetorial e é inerente a um problema de cálculo
quando a distância de uma corrente para um ponto está constantemente em movimento.
Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o
geram.

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Na figura acima temos uma carga q positiva que se move com uma velocidade v. Vamos agora
considerar o plano determinado por v e P: através da regra da mão direita podemos determinar o campo
magnético (B), produzido pela carga em um ponto P a uma distância r dela. Pela figura, podemos ver que
o campo é perpendicular ao plano.
Essa lei considera que a intensidade do vetor campo magnético total é calculada pela soma das
contribuições dos campos magnéticos associados a vários trechos de um fio que possua corrente elétrica.
Imaginemos uma carga q de valor positivo e que esteja se movendo com uma velocidade v.
Consideremos agora o plano formado pelos vetores v (velocidade) e P (ponto onde se quer medir o campo
magnético). Pela regra da mão direita, temos a possibilidade de estabelecer o campo magnético (B) que
a carga positiva q cria em um ponto P que está a uma distância r dela. Observando a figura, percebemos
que o campo magnético é perpendicular ao plano e para encontrar o módulo do campo magnético (B)
temos a seguinte equação:
Sendo km a constante magnética cujo valor no sistema internacional de unidades (SI) é dado por k m=
-7
10 .

No caso do fio retilíneo e do solenoide, tanto o cálculo feito por meio da lei de Ampère quanto o cálculo
realizado por meio da lei de Biot-Savart devem chegar ao mesmo resultado. Para determinarmos o valor
do campo magnético produzido pela corrente em um ponto P, basta dividirmos o fio em pedaços pequenos
(ΔL). Dessa forma, temos que o campo magnético produzido por cada um dos pequenos pedaços do fio
é dado pela equação:
A lei de Biot e Savart é aplicada em problemas de magnetostática: correntes em regime produzindo

campos constantes. É uma lei experimental e pode ser considerada uma variação algébrica da lei de
Ampère.
A analogia entre Eletrostática e Magnetos tática pode ser resumida no quadro a seguir:

Campo magnético criado por um condutor retilíneo - Lei de Biot e Savart


Suponhamos um condutor retilíneo infinitamente comprido, percorrido por corrente elétrica de
intensidade i. Em um ponto A, situado à distância do condutor, o campo magnético tem:
1ª - Direção
Perpendicular ao plano determinado por A e o condutor; no caso da figura ao lado é perpendicular ao
plano do papel;
2º - Sentido
Dado pela regra do saca-rolhas, ou pela regra do boneco, de Ampère, ou pela da mão direita;

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3º - Módulo
Dado por

Essa expressão pode ser calculada a partir da primeira lei elementar de Laplace. Mas Biot e Savart a
demonstraram experimentalmente, independentemente da lei de Laplace. Por causa disso ela é chamada
lei de Biot e Savart.

Campo magnético gerado por um elemento de corrente elétrica:

  o i dlx r
dB 
Em notação vetorial:
4  r2
 o i dl sen 
dB 
O módulo de dB é:
4 r2
 
 o i dl x r
B
Na forma integral:
4  r2

O sentido do campo magnético é dado pela regra da mão direita, com o polegar no sentido da
corrente elétrica e os dedos segurando o fio indicam o sentido do campo.

Campo magnético gerado por uma corrente elétrica em um fio longo e retilíneo:
o i
B
2 R
onde R é a distância perpendicular do fio ao ponto P.

LEI DE AMPÈRE.
Essa lei é uma das mais importantes do eletromagnetismo, e é conhecida como regra da mão direita.
A Lei de Ampère afirma que o sentido do campo magnético é determinado pelo sentido da corrente.
Essa relação é representada pela regra da mão direita: o polegar da mão direita indica o sentido
convencional da corrente elétrica; e os outros dedos, ao envolverem o condutor por onde passa a
corrente, dão o sentido das linhas de campo magnético.

Essa lei estabelece o campo magnético () gerado por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente
elétrica de intensidade i, a uma distância (R) do condutor.

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Regra da mão direita
Um método usado para se determinar o sentido do vetor é a chamada regra da mão direita
espalmada. Com a mão aberta, se aponta o polegar no sentido do vetor velocidade e os demais dedos
na direção do vetor campo magnético.
Para cargas positivas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai da palma da mão.
Para cargas negativas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai do dorso da mão, isto é, o vetor que entra na palma da mão.

A intensidade do campo magnético gerado ao redor do fio condutor retilíneo é dada pela seguinte
equação:

Onde R é a distância do centro do condutor até a linha de campo onde se deseja achar o valor do
campo magnético, μ é a permeabilidade magnética do meio em que o condutor está imerso e I é o valor
da corrente elétrica que passa pelo condutor. Podemos dizer que a intensidade do campo magnético é
diretamente proporcional à corrente elétrica que passa pelo condutor e inversamente proporcional à
distância entre o ponto de referência e o centro do fio.
A unidade de μ, no SI, é T.m/A (tesla x metro/ampere). Para o vácuo, a permeabilidade magnética (μo)
vale, por definição:

μo = 4π.10-7T.m/A
Vejamos um exemplo:
Suponha que temos um fio percorrido por uma corrente de intensidade igual a 5 A. Determine o campo
magnético de um ponto situado a 2 cm do fio.
Calculamos o campo através da equação acima, portanto, temos que as grandezas envolvidas no
exemplo são: i = 5 A, R = 2 cm = 2 x 10-2 m. Calculemos.

A lei de Ampere, também conhecida como lei circuital de Ampère. Estabelece que para descrever
um circuito, em termos de campo magnético, corrente e permissividade elétrica em uma determinada
região, pode ser aproveitada a simetria. Deste modo, poderia encerrá-la num circuito fechado com a
requerida simetria, de modo a facilitar as análises.
A integral no caminho fechado, percorrendo o circuito escolhido, resulta em uma equação que permite
facilitar os cálculos para determinar o campo magnético produzido por uma região onde circula uma
corrente elétrica, conforme mostra a figura abaixo.

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A lei de Ampère é análoga à lei de Gauss para o campo elétrico. Essa lei foi proposta originalmente
por André-Marie Ampère no século XVIII e diz que “a circulação do campo magnético ao longo de um
percurso fechado é igual à permeabilidade magnética no vácuo vezes a corrente total que atravessa a
área envolvida”, dada pela seguinte integral de linha.

A lei circuital de Ampère é conhecida como sendo mais fundamental que a lei de Biot-Savart, e conduz
a resolução de problemas de forma mais elegante. Além do que é uma das quatro equações de Maxwell
para o Eletromagnetismo.
Note que podemos escrever esta mesma integral utilizando o termo B.ds em função da direção de Be
da direção dos elementos de caminho ds e do ângulo θ entre estes dois vetores. Desta forma, teremos:

As correntes i3 e i4 , apesar de contribuírem com o campo magnético no local, acabam por serem
canceladas ao se fazer a soma de tais contribuições, uma vez que tem parcelas positivas e negativas, de
mesma intensidade. No caso de i3, a corrente entra e sai da região considerada. Já a corrente i4não
atravessa a região envolvida pela espira amperiana. Deste modo, teremos, para a lei de Ampère, a
contribuição resultante das correntes i1 e i2. No caso em questão, como uma das correntes entra e outra
sai, teremos então como resultado:

Nota-se, portanto, que é necessário encontrar uma espira amperiana tal que B tenha valor constante
ao longo da espira amperiana. Ou seja, B tem de estar numa região de alto grau de simetria.

EFEITO HALL
Em 1879, durante experiências feitas para se medir diretamente o sinal dos portadores de carga em
um condutor Edwin H. Hall percebeu um fenômeno peculiar.
Na época já se sabia que quando o fio percorrido por corrente elétrica era exposto a um campo
magnético as cargas presentes neste condutor eram submetidos a uma força que fazia com que seu
movimento fosse alterado.
No entanto, o que Edwin Hall descreveu foi o surgimento de regiões com carga negativa e outras com
carga positiva no condutor, criando um campo magnético perpendicular ao campo gerado pela corrente
principal.
O efeito Hall permite a obtenção de dois resultados importantes. Em primeiro lugar, é possível
determinar o sinal da carga dos portadores, bastando medir a diferença de potencial entre as superfícies

superior e inferior. Em segundo lugar, a eq. fornece o valor da densidade de portadores.


Esses dois resultados são de extrema importância na indústria eletrônica, pois permite a fabricação de
dispositivos que dependem do tipo (elétrons ou lacunas) e da quantidade de portadores.

MODELO MICROSCÓPICO PARA ÍMAS E PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS


Existem dois modelos diferentes para ímãs: os polos magnéticos e correntes atômicas.
Embora para muitos propósitos, é conveniente pensar em um ímã como tendo norte distinta e polos
magnéticos sul, o conceito de polos não deve ser tomado literalmente: é

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O campo de um ímã de barra cilíndrica calculado com modelo de Ampère.
Apenas uma maneira de se referir às duas extremidades diferentes de um ímã. O imã não tem norte
ou sul partículas distintas em lados opostos. Se um ímã de barra é dividido em duas partes, em uma
tentativa de separar os polos norte e sul, o resultado será dois ímãs de barra, cada um dos quais tem
tanto um polo norte e sul. No entanto, uma versão da abordagem magnético polos é usado por
magneticians profissionais para projetar ímãs permanentes.
Nesta abordagem, a divergência da magnetização ∇ • M dentro de um ímã e da superfície normal
componente M • n são tratados como uma distribuição de monopolos magnéticos. Esta é uma
conveniência matemática e não implica que há realmente monopolos no ímã. Se a distribuição de polos
magnéticos é conhecido, então o modelo de polo dá o campo magnético H . Fora o íman, o campo B é
proporcional à H , enquanto que no interior da magnetização devem ser adicionados a H . Uma extensão
deste método que permite cargas magnéticas internas é usada em teorias de ferromagnetismo.
Outro modelo é o Ampère modelo, onde todos magnetização é devido ao efeito de microscópicos, ou
atómicas, circulares correntes ligadas, também chamados correntes Ampèrian, em todo o material. Para
uma barra magnética cilíndrica uniformemente magnetizado, o efeito líquido de as correntes
microscópicas ligado é fazer com que os ímãs se comportam como se há uma folha macroscópica
da corrente eléctrica que flui ao redor da superfície, com a direção de fluxo local normal ao eixo do
cilindro. Correntes microscópicas em átomos no interior do material são geralmente cancelado por
correntes em átomos vizinhos, por isso, apenas a superfície faz uma contribuição líquida; raspar a camada
exterior de um ímã não destruir o seu campo magnético, mas vai deixar uma nova superfície de correntes
não cancelados a partir das correntes circulares em todo o material. A regra da mão direita indica a direção
que o fluxo de corrente.

ELETROÍMÃ
É o sistema constituído por um solenóide (ou bobina) com núcleo de ferro doce. Um eletroímã
apresenta as seguintes vantagens sobre os ímãs permanentes:
1) Só exerce ação magnética enquanto circula corrente elétrica.
2) Sua imantação pode ser aumentada ou diminuída facilmente; basta aumentar ou diminuir a
intensidade da corrente elétrica.
3) A sua polaridade pode ser invertida; basta inverter o sentido da corrente.
Aplicações: motores, geradores, telefones, campainhas, guindastes, trens que andam sobre colchão
de ar.
Propriedades magnéticas dos materiais
Os materiais podem ser classificados, de acordo com as suas propriedades magnéticas, em três tipos:
ferromagnéticos, diamagnéticos e paramagnéticos.
O magnetismo é uma propriedade dos átomos que tem origem em sua estrutura atômica. É resultado
da combinação do momento angular orbital e do momento angular de spin do elétron. A forma como
ocorre a combinação entre esses momentos angulares determina como o material irá se comportar na
presença de outro campo magnético. É de acordo com esse comportamento que as propriedades
magnéticas dos materiais são definidas. Elas podem ser classificadas em três tipos: diamagnéticos,
paamagnéticos e ferromagnéticos.

 Diamagnéticos: São materiais que, se colocados na presença de um campo magnético externo,


estabelecem em seus átomos um campo magnético em sentido contrário ao que foi submetido, mas que
desaparece assim que o campo externo é removido. Em razão desse comportamento, esse tipo de
material não é atraído por imãs. São exemplos: mercúrio, ouro, bismuto, chumbo, prata etc.

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 Paramagnéticos: Pertencem a esse grupo os materiais que possuem elétrons desemparelhados,
que, ao serem submetidos a um campo magnético externo, ficam alinhados no mesmo sentido do campo
ao qual foram submetidos, que desaparece assim que o campo externo é retirado. São objetos fracamente
atraídos pelos imãs, como: alumínio, sódio, magnésio, cálcio etc.

 Ferromagnéticos: quando esses materiais são submetidos a um campo magnético externo,


adquirem campo magnético no mesmo sentido do campo ao qual foram submetidos, que permanece
quando o material é removido. É como se possuíssem uma memória magnética. Eles são fortemente
atraídos pelos imãs, e esse comportamento é observado em poucas substâncias, entre elas estão: ferro,
níquel, cobalto e alguns de seus compostos.
Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONAUTICA) Um imã em formato


de barra, como o da figura I, foi seccionado em duas partes, como mostra a figura II.

Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:

(A)

(B)

(C)

(D)

02(PUC-RS) Três barra, PQ, RS e TU, são aparentemente idênticas.


Verifica-se experimentalmente que P atrai S e repele T; Q repele U e atrai S. Então, é possível concluir
que:
(A) PQ e TU são ímãs
(B) PQ e RS são imãs
(C) RS e TU são imãs
(D) as três são imãs
(E) somente PQ é imã

03(ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo.
Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço?

(A) é o imã que atrai o ferro


(B) é o ferro que atrai o ímã
(C) a atração do ferro pelo ímã é mais intensa do que a atração do ímã pelo fero
(D) a atração do ímã pelo ferro é mais intensa do que a atração do ferro pelo ímã
(E) a atração do ferro pelo ímã é igual à atração do ímã pelo ferro

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04. (Cesgranrio-RJ) a bússola representada na figura repousa sobre a sua mesa de trabalho. O
retângulo tracejado representa a posição em que você vai colocar um ímã, com os polos respectivos nas
posições indicadas. Em presença do ímã, a agulha da bússola permanecerá como em:

05.Um elétron num tubo de TV está se movendo a ´ 7.2×106m/s num campo magnético de intensidade
83 mT.
(a)Sem conhecermos a direção do campo, quais são o maior e o menor modulo da força que o elétron
pode sentir devido a este campo?
(b) Num certo ponto a aceleração do elétron e´ 4.9×1014 m/s2. Qual e o ângulo entre a velocidade do
elétron e o campo magnético?

06.Campos magnéticos são frequentemente usados para curvar um feixe de elétrons em experimentos
de física. Que campo magnético uniforme, aplicado perpendicularmente a um feixe de elétrons que se
move a 1.3×106m/s, e necessário para fazer com que os elétrons percorram uma trajetória circular de
raio ´ 0.35 m?

07. (PUC-MG) Uma bússola pode ajudar uma pessoa a se orientar devido à existência, no planeta
Terra, de:
(A) um mineral chamado magnetita
(B) ondas eletromagnéticas
(C) um campo polar
(D) um campo magnético
(E) um anel magnético

08.A figura representa uma bússola situada 2,0 cm acima de um fio condutor retilíneo, L, muito
comprido. A agulha está orientada na direção do campo magnético terrestre local e ambos, agulha e fio,
são paralelos e estão dispostos horizontalmente.

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O fio é ligado a uma fonte de tensão contínua e passa a ser percorrido por uma corrente elétrica
contínua de intensidade 3,0 A, no sentido sul-norte da Terra. Em consequência, a agulha da bússola gira
de um ângulo θ em relação à direção inicial representada na figura. Qual a intensidade do campo
magnético gerado pelo condutor, na altura onde se encontra a bússola e em que sentido ocorre o
deslocamento angular da agulha: horário ou anti-horário? Justifique.
Dado: permeabilidade magnética do ar, μ0 = 4π · 10–7 Tm/A.

09.Na figura abaixo temos a representação de uma espira circular de raio R e percorrida por uma
corrente elétrica de intensidade i. Calcule o valor do campo de indução magnética supondo que o diâmetro
dessa espira seja igual a 6πcm e a corrente elétrica seja igual a 9 A. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A.

(A) B = 6 . 10-5 T
(B) B = 7 . 10-5 T
(C) B = 8 . 10-7 T
(D) B = 4 . 10-5 T
(E) B = 5 . 10-7 T

10.Para a figura abaixo, determine o valor do vetor indução magnética B situado no ponto P e marque
a alternativa correta. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A, para a permeabilidade magnética.

(A) B = 4 . 10-5 T
(B) B = 8 . 10-5 T
(C) B = 4 . 10-7 T
(D) B = 5 . 10-5 T
(E) B = 8 . 10-7 T
Respostas

01. Resposta: C.

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Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.

02. Resposta: A

03. Resposta: E

04. Resposta: B

05. Resposta:
(a) As forças máxima e mínima ocorrem para ϕ =90º e ϕ = 0o , respectivamente. Portanto
Fmax = qvB sen 90o
= (1.6 × 10−19)(7.2 × 106)(83 × 10−3)= 9.56 × 10−14 N.
Fmin = qvB sen 0o= 0 N.

(b) Como a = F/me = (qvB sen θ)/me temos que:

06. Resposta:
Sabemos que evB = mv2/r. Portanto r =mv/(eB), donde tiramos que:

07. Resposta: D
É possível uma bússola orientar-se graças à existência do campo magnético terrestre.

08. Resposta:

09. Resposta: B
Podemos determinar o valor do vetor indução magnética através da seguinte relação:

Da figura podemos retirar o raio e a intensidade da corrente elétrica. Assim, temos:


R= 5 cm = 0,05 m = 5 . 10-2 m e i = 20 A

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10. Resposta: A
Podemos determinar o vetor campo indução magnética no interior de uma espira circular através da
seguinte equação:

Retirando as informações fornecidas pelo exercício.


i = 9 A, μ = 4π.10-7 T.m/A e R = 3π . 10-2 m (o diâmetro é duas vezes o raio, portanto, basta dividirmos
o valor do diâmetro por 2). Para passar o valor do raio para metro dividimos por 100.

FORÇA MAGNÉTICA

São quatro as características da força magnética que atuam sobre uma carga em movimento. Em
primeiro lugar, seu módulo é proporcional ao módulo da carga. Se uma carga de 1 C se move com a
mesma velocidade de uma carga de 2 C no interior de um campo magnético, a força magnética sobre a
carga de 2 C é duas vezes maior do que a força magnética que atua sobre a carga de 1 C. Em segundo
lugar, o módulo da força também é proporcional ao módulo, ou ‘intensidade’, do campo; se dobrarmos o
valor do módulo do campo (por exemplo, usando dois ímãs idênticos em vez de um) sem alterar o valor
da carga ou de sua velocidade, a força dobra. A terceira característica é que a força magnética também
depende da velocidade da partícula. Esse comportamento é bastante diferente da força elétrica, que é
sempre a mesma, independentemente de a carga estar em repouso ou em movimento. A quarta é que a
força magnética não possui a mesma direção do campo magnético 𝐵 ⃗⃗ porém atua sempre em uma direção
simultaneamente perpendicular à direção de 𝐵 ⃗⃗ e à direção da velocidade 𝑣⃗. Verifica-se que o módulo 𝐹⃗
da força é proporcional ao componente da velocidade 𝑣⃗ perpendicular ao campo; quando esse
componente for nulo (ou seja, quando 𝑣 ⃗⃗ forem paralelos ou antiparalelos), a força magnética será
⃗⃗⃗⃗e 𝐵
igual a zero.

Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético


Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço onde existe
um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética, fica sujeita à ação de uma força que
atua lateralmente na carga, chamada força magnética 𝐹⃗ ou força magnética de Lorentz, como mostra a
figura.

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Essa força magnética 𝐹⃗ tem:
Intensidade: proporcional à velocidade e à carga q, ou seja, sua intensidade pode ser determinada por:

Direção: perpendicular ao plano determinado pelos vetores 𝐵⃗⃗ e 𝑣


⃗⃗⃗⃗
Sentido: determinado pela "regra da mão esquerda" ou pela do "tapa".
Regra da mão esquerda: colocando o dedo indicador no sentido do vetor indução magnética e o dedo
médio no sentido da velocidade, o polegar determina o sentido da força 𝐹⃗ .

Regra do tapa: Na figura, posicionamos a mão direita para determinar o sentido da força magnética
sobre uma carga. Você deve orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os demais dedos
devem ficar estendidos no sentido do campo magnético. Feito isso, a palma da mão fica virada para cima,
como mostrado. O sentido da força magnética atuante na carga é obtido por meio de um tapa dado pela
palma da mão, se a carga for positiva. Para as cargas negativas, o tapa deverá ser dado com as costas
da mão.
Colocando o polegar no sentido da velocidade e os outros dedos no sentido do vetor indução
magnética, a força magnética tem o sentido de um tapa dado com a palma da mão.

Essa discussão mostra que a força sobre uma carga q que se desloca com velocidade em um
campo magnético possui módulo, direção e sentido dados por
Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que seria
se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalteradas a direção e a intensidade,
qualquer que seja a regra utilizada.

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Força magnética sobre um fio
A força magnética que age no fio condutor percorrido por uma corrente elétrica terá direção
perpendicular (a) ao plano que contém o fio considerado e (b) ao campo magnético.
Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse
positiva), quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação de
uma força magnética.
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo magnético, esta sofre uma interação
que pode alterar seu movimento. Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá uma
força agindo sobre a carga com intensidade, onde é o ângulo formado no plano entre os vetores
velocidade e campo magnético. A direção e sentido do vetor serão dadas pela regra da mão direita
espalmada.
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste
caso, é o sentido real da corrente (tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-
se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que
a interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do fio,
mas como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo,
então podemos escrever a velocidade como:

Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação
:

Mas sabemos que indica a intensidade de corrente no fio, então:

Sendo esta expressão chamada de Lei Elementar de Laplace.

Força magnética sobre uma espira retangular


Da mesma forma como um campo magnético uniforme interage com um condutor retilíneo pode
interagir com um condutor em forma de espira retangular percorrido por corrente.

Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
segmentos da espira, devido ao surgimento de . Nos segmentos onde o sentido da corrente é paralelo
ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência , tem mesma
direção do campo magnético.

Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido
da corrente e ao campo magnético causará rotação. À medida que a espira gira a intensidade da força
que atua no sentido vertical, que é responsável pelo giro, diminui, de modo que quando a espira tiver
girado 90° não haverá causando giro, fazendo com que as forças de cada lado do braço de alavanca
entrem em equilíbrio.

No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido contrário,
passando a exercer um movimento oscilatório.
Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores de

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corrente contínua, e a inversão de corrente é obtida através de um anel metálico condutor dividido em
duas partes.
Em uma espira circular plana, as linhas do campo magnético são circunferências perpendiculares ao
seu plano, concêntricas com o condutor. O vetor indução magnética no centro O dessa espira tem
as seguintes características:
Quando ligamos as extremidades ou pontas de um fio condutor temos uma espira. De uma forma geral,
a espira é sempre representada por uma figura plana - como um retângulo, um triângulo, uma elipse ou
um círculo.
No caso da espira circular, o campo magnético associado a ela apresenta as seguintes características
no seu centro:
Direção: perpendicular ao plano da espira.
Sentido: é obtido utilizando-se a Lei de Ampère, regra da mão direita. Aqui, consideramos cada trecho
da espira como se fosse um pedaço de fio reto e longo.
Intensidade: pode ser calculada pela expressão:
- intensidade: a intensidade do vetor no centro da espira é dada pela expressão:

- direção: normal ao plano da espira;


- sentido: dado pela regra da mão direita.

Através da regra da mão direita podemos ver que o vetor B está na vertical.
As linhas de indução de um ímã saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por
uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao do ímã e, então, atribui-se a ela um polo
norte, do qual as linhas saem; e um polo sul, ao qual elas chegam.
Se considerarmos n espiras iguais justapostas, ou seja, uma do lado da outra, de modo que a
espessura do enrolamento seja muito menor que o diâmetro de cada espira, teremos a chamada bobina
chata. A intensidade do vetor indução magnética B no centro O da bobina chata é determinada através
da seguinte equação:

Onde:
B – é o campo magnético no interior da espira (ou bobina)
i – é a corrente elétrica
R – é o raio da espira (ou bobina)
µ – é a permeabilidade magnética
n – é o número de voltas da bobina
Resumindo: Uma espira circular percorrida por uma corrente i, cria em seu centro um campo magnético
retilíneo perpendicular ao seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dada pela regra da mão direita.

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Questões
01. (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo magnético
é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Aponte abaixo a opção correta:
(A) Somente I está correta.
(B) Somente II está correta.
(C) Somente III está correta.
(D) II e III estão corretas.
E) Todas estão corretas.

02. Qual das alternativas abaixo representa o gráfico da intensidade B do campo magnético em um
ponto do plano determinado por ele e um condutor retilíneo longo, percorrido por corrente elétrica, em
função da distância d entre o ponto e o condutor?

03.(PUC) Um elétron num tubo de raios catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 m/s. Aplicando-se um campo de indução magnética de 2T, paralelo ao eixo do tubo,
a força magnética que atua sobre o elétron vale:
(A) 3,2 . 10-12 N
(B) nula
(C) 1,6 . 10-12 N
(D) 1,6 . 10-26 N
(E) 3,2 . 10-26 N

04.(PUC RJ) Cientistas creem ter encontrado o tão esperado “bóson de Higgs” em experimentos de
colisão próton-próton com energia inédita de 4 TeV (tera elétron-Volts) no grande colisor de hádrons,
LHC. Os prótons, de massa 1,7x10–27 kg e carga elétrica 1,6x10–19 C, estão praticamente à velocidade da
luz (3x108 m/s) e se mantêm em uma trajetória circular graças ao campo magnético de 8 Tesla,
perpendicular à trajetória dos prótons.
Com estes dados, a força de deflexão magnética sofrida pelos prótons no LHC é em Newton:
(A) 3,8x10–10
(B) 1,3x10–18
(C) 4,1x10–18
(D) 5,1x10–19
(E) 1,9x10–10

05. (OSEC-SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente de 8,0 ampères
(veja figura). Seja mo = 4 π x 10-7 T.m/A. O vetor campo magnético no centro da espira é perpendicular
ao plano da figura e orientado pra:
(A) fora e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(B) dentro e de intensidade 8,0 π x 10-5 T

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(C) fora e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
(D) dentro e de intensidade 4,0 π x 10-5 T

06(Fund. Carlos Chagas-SP) Uma espira circular é percorrida por uma corrente elétrica contínua, de
intensidade constante. Quais são as características do vetor campo magnético no centro da espira? Ele:
(A) é constante e perpendicular ao plano da espira
(B) é constante e paralelo ao plano da espira
(C) é nulo no centro da espira
(D) é variável e perpendicular ao plano da espira
(E) é variável e paralelo ao plano da espira

07. (FEI-SP) Retomando o problema anterior, supõe-se que uma partícula de carga elétrica q = 2 μC
se desloca segundo um diâmetro da espira. Qual a intensidade da força magnética exercida sobre a
partícula quando ela passa pelo ponto O, sabendo-se que nessa posição sua velocidade é 1000 m/s?

08. Imagine que 0,12 N seja a força que atua sobre uma carga elétrica com carga de 6 μC e lançada
em uma região de campo magnético igual a 5 T. Determine a velocidade dessa carga supondo que o
ângulo formado entre v e B seja de 30º.
(A) v = 8 m/s
(B) v = 800 m/s
(C) v = 8000 m/s
(D) v = 0,8 m/s
(E) v = 0,08 m/s

Respostas
01.Resposta:D
A afirmação I está incorreta pelo fato de a carga elétrica nem sempre sofrer ação de uma força
magnética. Para uma carga elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força magnética será
nula.
A afirmação II está correta, pois cargas elétricas lançadas em campos elétricos sempre sofrem a ação
de uma força elétrica.
A afirmação III está correta, pois a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Essa comprovação pode ser realizada através da regra do tapa.

02.Resposta:D

03.Resposta:B
Se a direção do deslocamento da carga elétrica for paralela à direção do vetor indução magnética B,
o ângulo θ será tal que sen θ = 0, pois θ = 0º ou θ = 180º, a força magnética será igual a zero. Aplicando
a equação podemos provar:
Fmag=|q|.v.B.sen00
Fmag=0

04.Resposta:A
Aplicando a equação de força magnética, temos:
FM = q . v . B . senα
FM = 1,6x10–19. 3x108. 8 . sen 90°
FM = 3,84 x 10 – 10 N

05.Resposta:B
Sendo I igual a 8; R igual a 0,02 metros (Nunca esqueça de transformar de centímetros para metros);
e a constante igual a 4 π x 10-7
B= 4 π x 10-7 x8/2 x 0,02 = 800 π x 10-7 ou 8 π x 10-5.
Usando a regra da mão direita percebemos que o campo é para dentro.

06.Resposta:A
Como a regra da mão direita podemos definir o sentido do campo magnético, que neste caso é
perpendicular. E será constante por se tratar de uma corrente elétrica também com essa característica.
Veja o esquema a seguir:

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07.Resposta:
O módulo da força magnética, quando a partícula passa pelo ponto O,é dada por:
Fm= q v B sen ϴ
Já que a força magnética é perpendicular ao campo: ϴ =90º  sen ϴ=1
Substituindo os dados. Segue que:
Fm= 2.10-6 .103.4π.10-5.1
Fm= 8 π.10-8N

08.Resposta:
A equação que nos permite determinar a velocidade dessa carga é a equação que também fornece a
força magnética. Sendo assim, temos:

INDUÇÃO MAGNÉTICA

Consiste no surgimento de uma corrente elétrica em virtude da variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor. Inicialmente se conecta uma espira condutora, desconectada de uma fonte
de tensão, a um amperímetro (aparelho usado para medir corrente elétrica). Em seguida, aproxima-se
dessa espira um imã em forma de barra. O amperímetro, nesse momento, indica a passagem de uma
corrente elétrica pela espira. Quando o imã é afastado da espira, a corrente aparece novamente, porém,
em sentido contrário. Observe na figura:

Na experiência de Faraday, as linhas de campo magnético do imã geram uma corrente induzida na
espira

A partir desse experimento, é possível chegar às seguintes conclusões:


1. A corrente elétrica somente é observada no caso de haver movimento entre a espira e o imã. Se
o imã ficar em repouso, não surge corrente;
2. Quanto mais rápido o movimento do imã, maior a corrente;

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3. O sentido da corrente elétrica dependerá do polo magnético e da direção do imã que está
interagindo com a espira. Se o polo norte do imã é aproximado da espira, a corrente tem sentido horário;
mas quando o polo norte afasta-se da espira, a corrente tem sentido anti-horário. Se o polo sul do imã é
aproximado da espira, a corrente tem sentido anti-horário; caso o polo sul esteja se afastando do imã, a
corrente tem sentido horário.
Denominamos a corrente gerada na espira de corrente induzida. O trabalho executado por unidade de
carga para produzir essa corrente é chamado de força eletromotriz induzida, e o processo utilizado para
produzir a corrente e a força eletromotriz recebe o nome de indução.
O desenvolvimento da teoria da indução eletromagnética foi responsável pelo surgimento de
instrumentos importantíssimos, como o motor elétrico, que serve como base para o funcionamento de
vários aparelhos (liquidificadores, bombeadores de água, ventiladores, motores de geladeira, entre
outros).

Fluxo de indução
Para que se entenda o que é, e como se origina a indução magnética é necessário que definamos
uma grandeza física chamada fluxo de indução magnética. Esta grandeza é vetorial é simbolizada por Φ.
Então podemos escrever o fluxo de indução magnética como o produto do vetor indução magnética
(campo magnético) pela área da superfície A e pelo cosseno do ângulo θ, formado entre e uma linha
perpendicular à superfície, chamada reta normal. Assim:

A unidade adotada para se medir o fluxo de indução magnética pelo SI é o weber (Wb), em

homenagem ao físico alemão Wilhelm Webber, e caracteriza tesla por metro quadrado .
Se o vetor indução magnética e a área são valores constante e apenas o ângulo θ é livre para variar,
então podemos montar um gráfico de Φxθ, onde veremos a variação do fluxo em função da variação de

θ, em uma senoide defasada de (gráfico do cosseno).

Variação do Fluxo Magnético


Saber apenas calcular o fluxo magnético não resolve nossos problemas de indução, pois para que
esta exista, é necessário que haja variação no fluxo magnético.
Sabendo que o fluxo magnético é calculado por:

Como a equação nos mostra, o fluxo depende de três grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que Φ varie
é necessário que pelo menos uma das três grandezas varie.

Variação do fluxo devido à variação do vetor indução magnética


Imagine um tubo capaz de conduzir em seu interior as linhas de indução geradas por um ímã, por
exemplo. Se em um ponto do tubo houver uma redução na área de sua secção transversal, todas as
linhas que passavam por uma área A terão de passar por uma área A', menor que a anterior. A única
forma de todas as linhas de indução passarem, ou seja, de se manter o fluxo, por esta área menor é se
o vetor indução aumentar, o que nos leva a concluir que as linhas de indução devem estar mais próximas
entre si nas partes onde a área é menor. Como as secções transversais no tubo citadas são paralelas
entre si, esta afirmação pode ser expressa por:

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Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo magnético mais intenso nas proximidades
de seus polos, já que as linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma forma
de fazer com que Φ varie é aproximar ou afastar a superfície da fonte magnética, variando

Variação do fluxo devido à variação da área


Outra maneira utilizada para se variar Φ é utilizando um campo magnético uniforme e uma superfície
de área A.
Como o campo magnético uniforme é bem delimitado, é possível variar o fluxo de indução magnética
movimentando-se a superfície perpendicularmente ao campo, entre a parte sob e fora de sua influência.
Desta forma, a área efetiva por onde há fluxo magnético varia.

Variação do fluxo devido à variação do ângulo θ


Além das duas formas citadas acima, ainda é possível variar Φ fazendo com que varie o ângulo entre
a reta normal à superfície e o vetor . Uma maneira prática e possivelmente a mais utilizada para se
gerar indução magnética é fazendo com que a superfície por onde o fluxo passa gire, fazendo com
que θ varie.

Toda corrente elétrica induzida é originada devido a uma variação do fluxo magnético de indução.
Não há corrente induzida se não houver variação do fluxo magnético de indução

Indução Eletromagnética
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente,
chamada corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
A corrente induzida só existe enquanto há variação do fluxo, chamado fluxo indutor.

LEI DE LENZ

Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera.
 Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com
o mesmo sentido do fluxo;
 Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com
sentido oposto ao sentido do fluxo.
Se usarmos como exemplo, uma espira posta no plano de uma página e a submetermos a um fluxo
magnético que tem direção perpendicular à página e com sentido de entrada na folha.
 Se for positivo, ou seja, se a fluxo magnético aumentar, a corrente induzida terá sentido anti-
horário;
 Se for negativo, ou seja, se a fluxo magnético diminuir, a corrente induzida terá sentido
horário.
Importância desta lei
Tais afirmações nos conduzem a conclusão de que não é possível produzir energia elétrica sem que
seja realizado um trabalho. Isto é bastante evidente, pois pra mudar o movimento de uma carga elétrica
situada em um condutor, cada uma delas tem de receber um impulso, proveniente de uma força aplicada.

Correntes de Foucault
Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou
ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.

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Quando um fluxo magnético varia através de uma superfície sólida, e não apenas delimitada por um
condutor como foi visto em indução eletromagnética, há criação de uma corrente induzida sobre ele como
se toda superfície fosse composta por uma combinação de espiras muito finas justapostas.
Devido à suas dimensões consideráveis, a superfície sofre dissipação de energia por efeito Joule,
causando grande aumento de temperatura, o que torna possível utilizar estas correntes como
aquecedores, por exemplo, em um forno de indução, que têm a passagem de correntes de Foucault como
princípio de funcionamento.
Em circuitos eletrônicos, onde a dissipação por efeito Joule é altamente indesejável, pois pode danificar
seus componentes. É frequente a utilização de materiais laminados ou formados por pequenas placas
isoladas entre si, a fim de diminuir a dissipação de energia.
Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de
automóveis. Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de dois potentes
eletroímãs. Estes últimos são solidários à uma estrutura móvel cujo deslocamento é controlado por um
dispositivo de mola. O motor aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético
fixo, que cria nos discos em rotação as correntes de Foulcault.

LEI DE FARADAY-NEUMANN

Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de contribuições de Michael
Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução eletromagnética.
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os terminais de um condutor
sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um intervalo de
tempo em que esta variação acontece, sendo expressa matematicamente por:

O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, que diz que a corrente induzida
tem um sentido que gera um fluxo induzido oposto ao fluxo indutor.

Transformadores
São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados
na modificação de impedâncias em circuitos elétricos.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis
do eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente.
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes
de aumentar ou reduzir valores de tensão.
Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas
bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a
tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O seu funcionamento é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da
variação de fluxo gerada pelo primário.
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:

Onde:
é a tensão no primário;
é a tensão no secundário;
é o número de espiras do primário;
é o número de espiras do secundário.
Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a tensão se o número de espiras
do secundário for menor que o número de espiras do primário e vice-versa.
Se considerarmos que toda a energia é conservada, a potência no primário deverá ser exatamente
igual à potência no secundário, assim:

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Questões

01(Mackenzie-SP) As linhas de indução de um campo magnético são:


(A) o lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constante
(B) as trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético
(C) aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas no seu sentido
(D) aquelas que partem do polo norte de um ímã e vão até o infinito
(E) nenhuma das anteriores é correta.

02 (UFMG) A corrente elétrica induzida em uma espira circular será:


(A) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante
(B) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo
(C) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético
(D) tanto maior quanto maior for a resistência da espira
(E) sempre a mesma, qualquer que seja a resistência da espira.

03.Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio 10cm, gerando
um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo magnético?

04. (UFRN) Um certo detector de metais manual usado em aeroportos consiste de uma bobina e de
um medidor de campo magnético. Na bobina circula uma corrente elétrica que gera um campo magnético
conhecido, chamado campo de referência. Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o
campo magnético registrado no medidor torna-se diferente do campo de referência, acusando, assim, a
presença de algum metal. A explicação para o funcionamento do detector é:
(A) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(B) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
(C) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(D) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.

05 (UFES) Um pequeno corpo imantado está preso à extremidade de uma mola e oscila verticalmente
na região central de uma bobina cujos terminais A e B estão abertos. Devido a oscilação do imã, aparece
entre os terminais A e B da bobina:
(A) uma corrente elétrica constante
(B) uma corrente elétrica variável
(C) uma tensão elétrica constante
(D) uma tensão elétrica variável
(E) uma tensão e uma corrente elétrica, ambas constantes.

06. (UFES) Uma espira gira, com velocidade angular constante, em torno do eixo AB, numa região
onde há campo magnético uniforme como indicado na figura:

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Pode-se dizer que:
(A) Surge na espira uma corrente elétrica alternada.
(B) Surge na espira uma corrente elétrica contínua.
(C) Surge na espira uma força eletromotriz induzida constante.
(D) Surge na espira uma força eletromotriz, sem que corrente elétrica circule na espira.
(E) A força eletromotriz na espira é nula.

07(UNICAMP) O princípio de funcionamento dos detectores de metais utilizados em verificações de


segurança é baseado na lei de indução de Faraday. A força eletromotriz induzida por um fluxo de campo
magnético variável através de uma espira gera uma corrente. Se um pedaço de metal for colocado nas
proximidades da espira, o valor do campo magnético será alterado, modificando a corrente na espira.
Essa variação pode ser detectada e usada para reconhecer a presença de um corpo metálico nas suas
vizinhanças.

Considere que o campo magnético B atravessa perpendicularmente a espira e varia no tempo segundo
a figura. Se a espira tem raio de 2 cm, qual é a força eletromotriz induzida?

08 (UNIFESP-SP) A foto mostra uma lanterna sem pilhas, recentemente lançada no mercado. Ela
funciona transformando em energia elétrica a energia cinética que lhe é fornecida pelo usuário - para isso
ele deve agitá-la fortemente na direção do seu comprimento. Como o interior dessa lanterna é visível,
pode-se ver como funciona: ao agitá-la, o usuário faz um ímã cilíndrico atravessar uma bobina para frente
e para trás. O movimento do ímã através da bobina faz aparecer nela uma corrente induzida que percorre
e acende a lâmpada.

O princípio físico em que se baseia essa lanterna e a corrente induzida na bobina são,
respectivamente:
(A) indução eletromagnética; corrente alternada.
(B) indução eletromagnética; corrente contínua.
(C) lei de Coulomb; corrente contínua.
(D) lei de Coulomb; corrente alternada.
(E) lei de Ampere; correntes alternada ou contínua podem ser induzidas.

09. (UFSC-SC) A energia eólica pode ser uma excelente opção para compor a matriz energética de
uma nação como o Brasil. Um estudante construiu um modelo de gerador elétrico "eólico" colocando
ventilador na frente de pás conectadas a uma espira com 1, 0.10-3 m2 de área, que está em um campo
magnético constante de 2,0.10-2 T. O modelo do gerador está representado pelo esquema a seguir.
Observe-o e assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

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(01) Com o ventilador ligado e a espira girando, a lâmpada brilha, e a corrente gerada é alternada.
(02) Enquanto a espira estiver girando, o campo magnético gera sobre ela um torque que se opõe ao
seu movimento de rotação.
(04) Correntes alternadas são normalmente usadas nas linhas de transmissão, pois podem ser
diminuídas ou aumentadas se utilizarmos transformadores.
(08) Mesmo sem vento e com a espira parada teremos uma força eletromotriz induzida, pois um campo
constante sempre gera uma força eletromotriz sobre uma espira.
(16) O módulo do fluxo magnético na espira varia entre -2 .10-5 T m2 e o valor máximo de 2.10-5 T m2.

10 (ITA-SP) Quando uma barra metálica se desloca num campo magnético, sabe-se que seus elétrons
se movem para uma das extremidades, provocando entre elas uma polarização elétrica. Desse modo, é
criado um campo elétrico constante no interior do metal, gerando uma diferença de potencial entre as
extremidades da barra. Considere uma barra metálica descarregada, de 2,0 m de comprimento, que se
desloca com velocidade constante de módulo v = 216 km/h num plano horizontal (veja figura), próximo à
superfície da Terra. Sendo criada uma diferença de potencial (ddp) de 3,0.10-3 V entre as extremidades
da barra, o valor do componente vertical do campo de indução magnética terrestre nesse local é de
(A) 6,9.10-6 T
(B) 1,4.10-5 T
(C) 2,5.10-5 T
(D) 4, 2.10-5 T
(E) 5,0.10-5 T

Respostas
01 Resposta: C.

02 Resposta: A
A alternativa A diz que a corrente elétrica será nula se não houver variação do fluxo magnético que
atravessa a espira. Sendo assim, de acordo com a lei de Faraday, se o fluxo magnético através da espira
não variar com o passar do tempo, então, não haverá corrente elétrica induzida na espira. Portanto, a
alternativa A está correta.

03 Resposta: A
Sendo a área da espira:

Então a intensidade do campo magnético pode ser calculada por:

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04 Resposta: A
Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o fluxo do campo magnético por ele gerado
cria nesse objeto uma fem induzida que, por sua vez, gera uma corrente induzida que origina um campo
magnético total diferente do campo de referência.

05 Resposta: D
Devido ao movimento do imã haverá uma variação de fluxo magnético que irá originar fem induzida
variável no decorrer do tempo. Como os terminais A e B da bobina estão abertos, a corrente elétrica será
nula, mas entre estes haverá uma tensão variável.

06.Resposta: A
Com a rotação da espira com a velocidade angular constante ω, surge uma variação de fluxo ∆Φ
através da espira, variação esta que irá gerar uma induzida alternada.

e = -∆Φ/∆t i = ∆Φ/ R . ∆t (alternada) i = e/R

07.Resposta:
S=πR2=3.(2.10-2)2 — S=12.10-4m2
entre 0 e 5.10-2 s
ΔΦ=B.S – Bo.So=5.10-4.12.10-4 – 0=6.10-7Wb
ε= ΔΦ/Δt= 6.10-7/5.10-2
ε=1,2.10-5 V
ε=12Μv

08.Resposta: A
A corrente está sendo induzida (indução eletromagnética) e muda de sentido no “vai e vem” do imã,
tendo isso a resposta correta é a letra "a", trata-se de uma indução eletromagnética e a corrente induzida
na bobina é alternada.

09.Resposta:
01. Correta: quando a espira gira, o fluxo magnético através dela sofre variação e surge uma força
eletromotriz induzida que gera uma corrente elétrica induzida.
02. Correta: Lei de Lenz
04. Correta.
08. Falsa: com a espira parada não ocorre variação de fluxo magnético.
16. Correta ---
Φ=B.S.cosα --- valor máximo --- Φ=B.S.cos0o=2.10-2.1.10-3.(+1)=+2,0.10-5 T.m2
valor mínimo --- Φ=B.S.cosα=2.10-2.1.10-3.cos180o=2.10-5.(-1)=-2,0.10-5 T.m2
S: (01 + 02 04 + 16) = 23

10.Resposta:
ε=BLV =3.10-3
3.10-3=B.2.60
B= 2,5.10-5 T

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