Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 21
1
NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
A música tem papel importante na inclusão social entre as pessoas. Não é de hoje
que essa arte atua na transformação da vida de milhares de jovens no Brasil. Com as
oportunidades desiguais que encontramos em nossas periferias, a arte e a cultura
muitas vezes se tornam a única opção de saída de uma triste realidade que habita
nosso país.
Ao longo dos anos o ensino de música nas escolas tem tido um papel meramente
recreativo, de preenchimento de tempo ou de apoio a atividades festivas dessas
instituições. Hoje com a institucionalização da Lei 11. 769 de 18 de agosto de 2008,
que institui a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas da educação básica,
criam-se expectativas em torno do desenvolvimento desse ensino, que agora toma
ares de um ensino sistematizado e organizado como qualquer outra disciplina no
currículo escolar. A lei ao mesmo tempo em que contempla as escolas com a riqueza
que o ensino de música pode trazer com sua sistematização, preocupações quanto a
sua efetivação nas instituições, problemas e barreiras que discutiremos mais a frente.
3
A MÚSICA COMO ELEMENTO DE INCLUSÃO
4
maior de indivíduos envolvidos e de que diferentemente da música além das barreiras
de percepção social e sistematização, muitas outras são impostas e expostas
consolidando-se talvez por caminhos diferentes, mas complementando-se em sua
sistemática de desenvolvimento que visa ao incluir, o pensar, planejar e efetivar
conjuntamente metas e objetivos.
Um ensino para todos os alunos há que se distinguir pela sua qualidade. O desafio
de fazê-lo acontecer nas salas de aulas é uma tarefa a ser assumida por todos os
que compõem um sistema educacional. Um ensino de qualidade provém de iniciativas
que envolvem professores, gestores, especialistas, pais e alunos e outros
profissionais que compõem uma rede educacional em torno de uma proposta que é
comum a todas as escolas e que, ao mesmo tempo, é construída por cada uma delas,
segundo as suas peculiaridades.
A luz das ideias da autora, podemos entender que, para que o ensino de música se
efetive de fato, e com o nível de qualidade adequado no ensino, levará algum tempo.
A própria lei contempla em seu texto um prazo para sua total e real efetivação nas
unidades escolares. Contrapondo ao processo de desenvolvimento inclusivo numa
instituição, não pecamos em dizer que o ensino de música em seus primeiros anos
não estará de fato incluído na sistematização do ensino, estará apenas inserido na
grade curricular e sendo cumprido como manda as disposições legais, com
5
profissionais que darão suas aulas da maneira que souberem, ou até onde o
compromisso e comprometimento com o aluno lhes permitir.
O fato é que muitas serão as contribuições que o ensino de música trará as nossas
escolas, aos nossos alunos, mas isso pensado ainda em um prazo mais estendido
que os três anos previsto na lei de implementação. Considerando que só a faculdade
de licenciatura em música dura em média quatro anos, sem contar com os dados de
que em nosso país não há cursos de licenciatura suficiente para suprir a demanda
requerida pelas escolas em apenas um grupo de concluintes.
De fato, muito tem crescido o número de alunos com algum tipo de deficiência
matriculados nas escolas regulares de ensino, no entanto deve-se pensar e avaliar
até que ponto, essas instituições - obrigadas a receber esse aluno – estão de fato
incluindo-os no processo de ensinagem e aprendizagem. Até que ponto essas
crianças e adolescentes, alguns até já jovens ou adultos inseridos em ambientes
infantis, estão de fato incluídos? Buscando respaldo nas discussões de Ropoli (2010,
p.9), percebemos que uma escola para se tornar um ambiente que de fato inclua,
deve no mínimo estar preparada para recebê-lo em suas bases arquitetônicas,
sociais, culturais e principalmente pedagógica.
A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante
do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas
práticas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas novas práticas, pois
ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa
escola possa se concretizar, é patente a necessidade de atualização e
desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de
alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
(ROPOLI, 2010, p. 9).
6
apresenta como um elemento importante no processo de inclusão de um sujeito a
um determinado grupo ou situação de aprendizagem.
7
O movimento de estruturação da música como disciplina na grade curricular, apesar
de ser uma conquista nova, vem a muito tempo sendo foco de lutas e perspectivas
no meio educacional; mesmo se fala em relação as conquistas em relação a inclusão.
No Brasil e no mundo muitos são os documentos que embasam as conquistas hoje
obtidas na educação inclusiva.
Diante dos conceitos e pressupostos apresentados pela autora, percebe-se que são
muitas as fontes documentais que validam a necessidade de desenvolvimento de
uma educação que inclua, ao invés de só inserir, que receba e abrace a causa antes
mesmo de avaliá-la para não correr o risco de pecar no julgamento ou invalidá-la
antes mesmo de experimentá-la. É claro que todo processo de efetivação deve passar
sim por preceitos avaliativos, no entanto tanto na educação inclusiva como no ensino
de música, é preciso que isso se dê durante o processo de efetivação, em uma
construção reflexiva e dialógica, de como ver, perceber e entender, para a partir daí
traçar objetivos e metas condizentes com o que se objetiva conquistar com o ensino,
o que pressupõe a necessidade de um profissional pesquisador para o
desenvolvimento de uma prática intencional. Como bem coloca Freire (1996, p. 29):
8
reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.
Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo.
Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a
novidade.
O Brasil possui uma riqueza cultural e artística que precisa ser incorporada, de fato,
no seu projeto educacional. Isso só acontecerá se escola e espaços que trabalham
com educação começarem a valorizar e incorporar, também, conteúdos e formas
culturais presentes na diversidade da textura social. [...] Dessa forma, a Lei favorece
que se abra esse espaço tanto para uma discussão sobre o que se pode fazer para
melhorar a educação brasileira como, também, possibilita que se planeje essa
inserção no sistema educacional brasileiro. Isso está ligado ao exercício da cidadania
cultural, um direito de todo brasileiro e, a escola é, ainda, o único espaço garantido
constitucionalmente de acesso a toda a população. Nesse sentido é que as práticas
musicais se mostram como um fator potencialmente favorável para a transformação
social dos grupos e indivíduos. Poder contar com seus valores musicais no processo
pedagógico-musical pode se tornar um ponto significativo para um trabalho de
ampliação do status de “ser músico” ou de participar de um grupo musical (KLEBER,
2010. p.1 ABEM).
9
podemos acrescentar o grande trabalho de facilitadora dos mecanismos de
aprendizagem. Um ensino orientado e alicerçado numa base pedagógica lúdica,
prática e dinâmica facilita e muito o processo da aprendizagem de uma criança, se
ela é especial tais procedimentos se tornam indispensáveis, considerando que essa
criança já tem fatores internos e externos que interferem na maioria das vezes na sua
atenção, concentração, socialização dentre outros fatores.
Nessa perspectiva para que a música venha a oferecer suas contribuições ao meio
educacional, é necessário que o acesso a linguagem musical, não fique apenas no
papel como muitas leis brasileiras, se faz necessário que os educadores sejam
preparados para usar essa rica ferramenta em suas práticas, e mais que isso sejam
instigados a viver e desenvolver com seus alunos experiências musicais que
desenvolvam seus sentidos, estimule a sensibilidade, ampliando a comunicação entre
todos e de todos com o mundo.
10
(Fonte: revistaescolapublica.com.br (2015))
11
A MÚSICA ALÉM DE ARTE É EDUCAÇÃO
Entre muitas proezas, a música tem uma característica incomparável: educar. Fazer
música envolve sentimento, inspiração, dom, mas principalmente muito estudo e
dedicação. Por esse motivo, tudo isso é um grande aprendizado e deve ser passado
aos jovens – em especial aos da favela como uma oportunidade que a escola não
consegue oferecer por si só.
Quando citamos o termo “inclusão social”, a primeira referência que vem à mente diz
respeito aos problemas de desigualdade em nossa sociedade. No entanto, o conceito
pode ser estendido a outros casos, como deficiências, pessoas com dificuldade de
aprendizado ou problemas psicológicos. O papel da música pode ser crucial para
facilitar a inclusão dessas pessoas em um grupo e, consequentemente, mudar a
forma de vida delas. Independentemente do caso, a música como inclusão social,
sempre vai agregar de alguma forma e nunca o contrário.
A música tem diversas funções e existem inúmeras formas eficazes de fazer dela uma
ferramenta infalível para a inclusão social de pessoas. Alguns exemplos mais
comuns:
Corais
Um coral pode ser formado por cantores de diferentes idades e perfis. Além de ser
uma excelente forma de aprendizado de canto, há todo um trabalho de controle e
integração social envolvido.
Orquestras
12
Teoria musical
Esse bem cultural ainda está longe da realidade da grande maioria da população. Em
sua essência, trata-se da base da educação musical, independentemente do estilo a
ser praticado.
A música tem um grande poder de interação e desde muito cedo adquire grande
relevância na vida de uma criança despertando sensações diversas, tornando-se uma
das formas de linguagem muito apreciada por facilitar a aprendizagem e instigar a
memória das pessoas.
Sabendo que as aulas de educação artística, onde a música está inserida não tem
um papel de grande destaque no currículo escolar, uma vez que as disciplinas
seguem uma regra hierárquica, onde as que são tidas como as mais importantes para
o desenvolvimento escolar do aluno tem um enorme destaque e são tidas como as
demais necessidades para a vida escolar e social do aluno, enquanto as demais
disciplinas que estão presentes no currículo são levadas em “banho-maria” nas salas
de aula.
Para as escolas ainda é mais importante que o aluno venha a ler e escrever com
maior rapidez para assim acompanhar os planos escolares e suas atividades diárias,
facilitando assim o trabalho de acompanhar as fases individuais dos alunos, que
13
quase sempre não são respeitadas, pois estes alunos que não acompanham essa
norma (ler e escrever) no tempo determinado pelo sistema educacional são taxados
como lentos e necessitados de reforço em suas atividades.
O tema ainda fala da música como um importante papel na educação, não apenas
como estética, mas também como facilitadora do processo de ensino-aprendizagem
e como instrumento que tem um grande poder de tornar a escola um ambiente mais
receptivo e alegre que façam com que os alunos desejem estar neste ambiente e
dediquem-se ainda mais as suas atividades, pois estarão envolvidos emocionalmente
com todo o espaço, tanto físico quanto emocional da escola.
Quando o ensino de Artes (música, dança, teatro, pintura, etc.) passarem a ser tido
como uma matéria importante e complementar para a formação de um cidadão e
apresentar-se dentro do currículo escolar ou mesmo como forma interdisciplinar,
haverá uma ascensão favorável de aprendizado, levando em conta os aspectos
psicológicos e físicos dos alunos.
14
contato das mesmas com a cultura que a rodeia seja um elemento fundamental para
o seu crescimento saudável.
A música tem um grande poder de interação e desde muito cedo adquire grande
relevância na vida de uma criança despertando sensações diversas, tornando-se uma
das formas de linguagem muito apreciada por facilitar a aprendizagem e instigar a
memória das pessoas.
Como podemos definir taxar ou estimar o gosto musical, a cultura, classe social, se a
criança não tem opção de aprofundar seu conhecimento nos diversos campos
culturais oferecidos pelas artes? A música proporciona uma forma de expressão e
contribui para buscar a identidade de um povo, mas, isso não quer dizer que se devem
privar o mergulho em outras culturas, pois a igualdade implica no direito de não haver
discriminação, sendo assim a escola tem obrigação de oferecer essa cartela de
opções a seus alunos.
15
Charles Husband (1998, p. 139) afirma:
No Brasil ainda temos pouco incentivo para pesquisas sobre educação musical
enquanto em outros países a música já é vista como obrigatória nas escolas. A
finalidade da inclusão da música na escola não é tanto transmitir uma técnica
particular, mas sim trazer para o aluno opções de expressão e linguagens que o
ajudarão a desenvolver o gosto pela cultura e assim futuramente expressar-se através
dela.
Dessa maneira, é possível afirmar que no Brasil já temos uma trajetória histórica,
educativa e cultural que nos permite uma reflexão crítica acerca de perspectivas e
caminhos concretos que possam subsidiar a inserção da educação musical nas
escolas.
Sabendo que as aulas de educação artística, onde a música está inserida, não tem
um papel de grande destaque no currículo escolar uma vez que as disciplinas seguem
uma regra hierárquica, onde as que são tidas como as mais importantes para o
desenvolvimento escolar do aluno tem um enorme destaque e são consideradas
como as de mais necessidade para a vida escolar e social do aluno, enquanto as
demais disciplinas que estão presentes no currículo são levadas em “banho-maria”
nas salas de aula como é o caso da disciplina de Artes.
16
apresentações, amostras, recitais, encontros, etc. Assim não sendo a arte fica sempre
em segundo plano.
Para as escolas ainda é mais importante que o aluno venha a ler e escrever com
maior rapidez para assim acompanhar os planos escolares e suas atividades diárias,
facilitando assim o trabalho de acompanhar as fases individuais dos alunos, que
quase sempre não são respeitadas, pois estes alunos que não acompanham essa
norma (ler e escrever) no tempo determinado pelo sistema educacional são taxados
como lentos e necessitados de reforço em suas atividades.
17
A música é uma das competências a serem desenvolvidas na infância, e, como
sabemos, outra importante trajetória se completa quando a criança adquire a
habilidade de ler e escrever.
Todavia, a educação musical infantil no Brasil ainda caminha lentamente, ela precisa
ser constituída, e seus principais objetivos não podem se resumir a auxiliar no
aperfeiçoamento dos alunos em outras áreas de conhecimento, fazer porque cada
criança tem o direito de desenvolver sistematicamente suas habilidades musicais,
precisa ser valorizada como conhecimento artístico e acadêmico valorizada por si
mesma.
A nova legislação abre múltiplas possibilidades para que a atividade musical encontre
o seu espaço na educação básica. Entretanto, é preciso mencionar que “a lei em si
não é capaz de modificar o cenário da educação escolar” (Martinez, 2012, p. 20), pois
inúmeros fatores que influenciam esse processo, como a organização das diferentes
secretarias de educação e dos diversos estabelecimentos de ensino, além da
formação e atuação do professor.
18
A MÚSICA PARA SURDOS
Se você é ouvinte, deve estar pensando: como assim, música para surdos?! Se você
for surdo, deve saber exatamente do que nós estamos falando. Não só a música,
como todas as artes podem (e deveriam!) ser acessíveis para todos que queiram
apreciá-las. Para os surdos, a música pode ser sentida de dois jeitos diferentes: ou
por meio das vibrações ou com um interprete de Libras.
Os surdos conseguem sentir a música, literalmente, vibrando por todo o seu corpo.
Geralmente, para os ouvintes, o som (que é uma onda, que vibra o ar) vibra os ossos
e membranas dos ouvidos e essa vibração é decodificada pelo cérebro como sons.
Quando você é surdo, você recebe essas mesmas vibrações, mas geralmente, existe
algum problema nessa comunicação com o cérebro e o surdo acaba não
reconhecendo as vibrações como sons. O que não significa que eles não sentem a
música, aliás, eles acabam sendo até mais sensíveis a elas do que os ouvintes. É
isso que permite iniciativas super legais como o Samba com as Mãos, no qual a
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo
leva surdos para assistirem ao Carnaval Paulistano e sentir a vibração da bateria, ou
como a Banda do Silêncio, composta apenas por crianças surdas tocando
instrumentos.
19
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É no casamento perfeito desses dois polos do conhecimento que reside o real sentido
de se usar a música, mais do que como um elemento socializador ou inclusivo na
educação; a música quando integralizada a prática pedagógica de um docente deve
assumir um papel de fomentadora de potenciais, instrumentalizadora de capacidades
e mais ainda de pontecializadora de sonhos, de alegrias de vontade de aprender
brincando, cantando, dançando. Não é fácil, se fosse fácil não seria foco de tantas
discussões e não geraria tanta divergência, não quanto aos seus resultados, mas
(algumas vezes) quanto ao seu uso, de forma impróprio e indevida para tapar buracos
em práticas pedagógicas não planejadas, sem objetivos ou metas para com o ensino,
e acima de tudo sem compromisso com a aprendizagem dos educandos. É
necessário entender que educar não é apenas ensinar regras ou conteúdos
gramaticais matemáticos, etc.
20
REFERÊNCIAS
https://www.sabra.org.br/site/importancia-da-musica-na-inclusao-social/
http://www.editorarealize.com.br/revistas/setepe/trabalhos/Modalidade_1datahora_3
0_09_2014_10_21_08_idinscrito_980_c8aaea6e0455e75391f1d72dccc5c5a6.pdf
http://blog.handtalk.me/musica-para-surdos/
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-contribuicao-da-musica-
para-desenvolvimento-e-aprendizagem-da-crianca.htm
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-musica-na-
educacao-infantil.htm
21