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ESTUDO DE VIABILIDADE

1. TIPOLOGIA
A obra a ser executada na Rua do Araxá, Bairro Araxá em Macapá-AP, Brasil, cuja suas
medidas são: frente 51.06m, sua lateral esquerda possui 29.72m, sua lateral direita tem
36.73m e de fundo tem 29m. A área total do terreno é de 1225 m2. Trata-se de um CENTRO
ECUMÊNICO, portanto, deverá ser um local de serenidade, paz e reflexão.
O estudo do conceito do CENTRO ECUMÊNICO, é de um espaço que não representa
nenhuma religião, e abriga todas as crenças, um local neutro, destinado a visitações com
elementos de decoração e jardinagem que produzem tranquilidade, paz e serenidade, de forma
discreta.
Nessa obra será aplicado o conceito de modernismo e orgânico, com características de
simplicidade, em um salão circular que em seu térreo será possível durante as visitas fazer
orações, e que em sua galeria disporá de um ambiente destinado a visitações.
Dentre os espaços teremos uma biblioteca, uma área para alimentação, banheiro, e o bloco
administrativo, além de uma fonte que segue pelo jardim na forma de um espelho d’agua. O
jardim foi projetado, pensado em proporcionar a ativação dos cinco sentidos humanos durante
a contemplação do visitante, já o espelho d’agua transmite a ideia de serenidade, acolhimento,
torna o espaço agradável, pois a água tem o poder de purificar e tranquilizar; a função do
espelho d’agua, não é apenas paisagística, pois é um elemento decorativo utilizado para
inspirar paz, e provocar no visitante o sentimento de reflexão. Esteticamente, tanto o jardim
quanto o espelho d’agua, tem a função de proporcionar ao projeto um aspecto de modernidade
com simplicidade.

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Disciplina: Projeto Arquitetônico Cultural e Religioso

Discentes: Ariana Silva de Araújo Nascimento, Heloísa Soares Trindade, Kerolayne Rodrigues de Moraes, Werick Claiver Teixeira Carvalho
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2. CORRELATOS
Nas pesquisas, foram escolhidas 3 obras como matrizes de inspiração para o
desenvolvimento desse projeto, que serão citadas a seguir.
2.1 – Pavilhão Alemão de Barcelona- Ludwig Mies Van Der Rohe (1886-1969)
2.1.1 – Ficha técnica:
Obra: Pavilhão Alemão de Barcelona
•Arquiteto: Ludwig Mies Van Der Rohe, Lilly
Reich
•Início da construção: 1928; Inauguração: 1929
•Estilo arquitetônico: Arquitetura moderna
1pavilhão
•Status: Construído Alemão(https://www.archdaily.com.br/br/601503/a-
segunda-reconstrucao-do-pavilhao-mies-van-der-rohe-
•Materialidade: Vidro, aço e quatro diferentes tipos em-barcelona/534c9a5ac07a80f35100019f)

de pedras naturais (mármore: travertino romano,


verde Alpes, antigo verde da Grécia e ônix dourado
das montanhas Atlas), e alvenaria.
•Estrutura: Assenta sobre um grande pódio ao longo de um espelho d’agua, pilares de aço para
sustentar a
cobertura plana,
•Localização: Av. de Francesc Ferrer i Gu’ardia, 7, 08038 Barcelona, Espanha.
2.1.2 – Descrição
Uma obra construída com a finalidade de ser o Pavilhão Nacional da Alemanha, para
Exposição Internacional de Barcelona, realizada em Montjuïc em 1929, foi concebido para
acomodar a recepção oficial presidida pelo rei Afonso XIII de Espanha, e as autoridades
alemãs.
É uma obra do movimento moderno, na qual pode-se observar a grandeza dos detalhes. Os
espaços fluem sem limites, com mínimos pilares de aço sustentando uma cobertura contínua,
e a decoração sustentada unicamente pela marcante simetria geométrica dos blocos de
mármore, travertino e ônix, utilizando vidro e aço, e foi desmontado em 1930, ano seguinte a

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exposição, e reconstruído entre os


anos de 1983 e 1986, utilizando
vidro, aço e quatro diferentes tipos
de pedras naturais (mármore
travertino romano, mármore verde
Alpes, antigo mármore verde da
Grécia e ônix dourado das
Montanhas Atlas), foram utilizados
2pavilhão Alemão(https://images.app.goo.gl/cvba82jjpF4vxGjS6) para a reconstrução, todos
empregados de forma a manter as características da obra original concebida por Mies em
1929.
A obra conta com dois espelhos d’aguas existente, que completam o espaço, e tem a
função de refletir os materiais e as linhas arquitetônicas, uma característica da qual faremos
uso em nosso projeto.
Van Der Rohe seguiu uma
concepção de linhas puras na
arquitetura, seus desenhos eram
desenvolvidos na maior parte em
linhas retas, que se unem sempre
na perpendicular, apesar do uso de
concreto bruto, e consegue, graças 3pavilhão Alemão(https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A
%2F%2Fuploads-ssl.webflow.com
a suas linhas, um visual bastante %2F56eb0696f96ec48542c1c4e8%2F57432b19621475e528e39372_pavil
hao%25203.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fmmebarquitetos.com
agradável e sofisticado, com uma %2Farqface-post%2Fpavilhao-de-
barcelona&tbnid=KYvSFH6mPkq6cM&vet=1&docid=bjG5u6669BmMKM&
abordagem racional e limpeza
w=1100&h=809&source=sh%2Fx%2Fim)
formal.
Produziu uma arquitetura da simplicidade formal, ideia que culminou o minimalismo,
fazendo uso de materiais e espaços, sem ornamentos supérfluos que tiram a atenção, é um
espaço sem portas, enquadramentos ou janelas. A riqueza dos materiais, das telas opacas às de
cristal, cria uma intensa conexão entre o interior e o exterior, uma continuidade de um espaço

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para outro, com grande fluidez e ressonância geométrica e material, caracterizados por
volumes e superfícies que fluem entre si, conta assim com volumetria e a dinâmica;
regularidade ao invés de simetria axial acadêmica; presença da perfeição técnica sem
decoração exagerada, como podemos observar na imagem.
2.2 – A Casa de Vidro- Lina Bo Bardi
2.2.1 –Ficha técnica:
Obra: A Casa de Vidro
• Arquiteto: Lina Bo Bardi
• Ano: 1951
• Tipo de projeto: Residencial
• Status: Construído
• Materialidade: Vidro e Metal
• Estrutura: Concreto
4-A Casa de vidro-Lina Bo Bardi
• Localização: São Paulo, Brasil (https://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/23/a-casa-de-
vidro-lina-bo-bardi/)
• Implantação no terreno: Isolado
2.2.2 – Descrição
A Casa de Vidro foi construída na década de 1950, um ícone da arquitetura moderna e
grande exemplo da experimentação que marcou a época.
Dividida em duas porções bem definidas. A primeira representa o salão de estar e jantar,
dominada pelas grandes aberturas de vidro, ocupa toda a largura e os dois primeiros módulos
da profundidade da residência. Ao centro desse salão se encontra um pátio, no qual foi
mantida uma árvore remanescente da vegetação local, que serve como elemento de
amenização climática, pois possibilita ventilação cruzada nos dias quentes, e reforça o
desejado contato com a natureza, e faz menção aos mestres modernos, através das casas-pátio
de Mies van der Rohe.
Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e degraus de granito, é o acesso principal ao
andar superior da casa, seu desenho de linhas simples é o único elemento que se sobressai no
vazio dos pilotis.

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Nas áreas privadas, como quartos, banheiros e closets, os materiais são opacos, e a grande
sala de convivência é inteira de vidro, fundindo o interior com a floresta que o cercava.
Conservado o perfil natural do terreno, que é muito inclinado, a frente da casa foi construída
sobre pilotis, mas sem deixar de fazer referência a um dos cinco pontos da arquitetura
propostos por Le Corbusier. A parte de trás da residência ficou apoiada em muros de concreto
diretamente sobre o terreno, um aspecto maciço da
porção posterior que se contrapõe a leveza da
porção sul e fachada principal, com um rico
diálogo entre transparência e opacidade, natureza e
construção, interior e exterior. A estrutura vertical
se compõe por esbeltos tubos de aço, dispostos em
uma modulação de quatro módulos de largura por
cinco de profundidade, formam os pilotis da
residência e avançam pela laje do piso superior até
alcançarem a laje de cobertura, ambas de concreto
armado.
Uma caixa transparente flutuante em meio da
natureza. De modo a tirar o máximo de proveito da
5-plantas baixa térreo e superior casa de vidro
(https://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/23
privilegiada vista que se despega para a cidade,
/a-casa-de-vidro-lina-bo-bardi/)
projetada com o mínimo de proteção, as grandes
janelas não possuem guarda-corpo, assim, a casa
atua como um refúgio, e proporciona constante contato com a natureza.
A segunda porção é formada pela área dos dormitórios e de serviços, os quais ocupam os
três módulos posteriores e configuram a parte maciça e opaca da casa. Os dormitórios são
adjacentes ao salão de estar e a área de serviços forma o último módulo, a norte; conectadas a
cozinha, que junto a outro pátio aberto, mais amplo que aquele do salão de estar, conformam a
faixa central dessa porção maciça da residência. O pátio é mais uma vez um elemento
essencial para o conforto da casa, permitindo a ventilação dos dormitórios. No primeiro piso,
se encontram as zonas de máquinas e a garagem.

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2.3 – Centre Pompidou, Museu Metz, França

2.3.1 – Ficha técnica


Obra: Centre Pompidou – METZ, Museu
•Arquiteto:
Shigeru
Ban, Jean
de Gastines, Philip Gumuchdjian 6-Centre Pompidou METZ, França
(https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A
•Início da construção: 2006; Fundação: 2010 %2F%2Fimg.over-blog-kiwi.com
%2F0%2F67%2F19%2F54%2F20181116%2Fob_a45ce5
•Tipo de projeto: Centro artístico, museu _pompidou-metz-s-ban.jpg&imgrefurl=https%3A%2F
%2Fleblogdemonsieurgeney.over-blog.com
•Estilo arquitetônico: Arquitetura moderna, %2F2018%2F11%2Fepi-3-autour-du-centre-pompidou-
metz.html&tbnid=Ti_mxn9Aw1wV9M&vet=1&docid=
Arquitetura pós-moderna, expressionismo WeMbMmAXRCpn7M&w=684&h=440&source=sh
%2Fx%2Fim
estrutural
•Status: Construído
•Materialidade: Vidro e membrana de PTFE
•Estrutura: Concreto, concreto armado e madeira
•Localização: 1 Parv. Des Droits de I”Homme, 57020 Metz, França
•Proprietário: Centro George Pompidou
2.3.2 – Descrição
Descrição enviada pela equipe de projeto: A estratégia foi criar uma arquitetura escultórica
em uma cidade internacionalmente desconhecida para restaurar o turismo, resultando
finalmente em um êxito. Mas há uma opinião de que este tipo de arquitetura deixa de lado a
funcionalidade sem levar em conta as preocupações dos artistas e funcionários, só para
produzir um monumento pessoal que não proporciona boas condições para mostrar e ver a
arte.
A fim de criar espaços funcionais, desenvolve-se o programa em volumes simples, com uma
circulação clara entre eles. Eles foram dispostos em três dimensões para simplificar a sua
relação funcional.

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As galerias gerais com distintos requisitos para comprimentos foram baseadas em um


módulo de 15m de largura para criar três tubos quadrados simples com volumes longos e
retangulares de 90m de profundidade no interior. Os três tubos são empilhados verticalmente
e colocados em torno de uma torre de estrutura
6-Centre Pompidou METZ, França em aço
(https://images.app.goo.gl/usATcizDxuKWGh6
q7) hexagonal que
contém as escadas e elevadores. O espaço criado sob
as coberturas, de três camadas, se transformou
de Galeria-Tubos para formar a Galeria Grande Nef.
A estrutura da cobertura de madeira, na forma de um 7-Centre Pompidou METZ, França
hexágono paira sobre todos os volumes, a fim de (https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A
%2F%2Fwww.dezeen.com
unificá-los em um todo coeso, além disso, o padrão %2F2010%2F02%2F17%2Fcentre-pompidou-metz-
by-shigeru-ban
hexagonal é composto por hexágonos e triângulos %2F&psig=AOvVaw2TQnQmBgOhkV9ahO_TU7ui&u
st=1678506551196000&source=images&cd=vfe&ve
equiláteros inspirados em chapéus e cestos asiáticos d=2ahUKEwj7tpWnutD9AhUbs5UCHca1APYQjRx6B
AgAEAo)
tradicionais, feitos em bambu. A malha de arame de Frei Otto permitiu a formação de um
espaço interior interessante em três dimensões utilizando a quantidade mínima de materiais,
mas no final do fio de arame era apenas um membro linear, e, a fim de construir um telhado
normal, uma concha de madeira teria que ser formada sobre a malha de arame. Quando eu vi
isso, me perguntei sobre a possibilidade de uma estrutura de grade utilizando madeira
(madeira laminada colada), que pode ser facilmente dobrada em duas dimensões, onde o teto
pode ser colocados diretamente em cima. A madeira pode ser utilizada como um elemento de
tensão e de compressão, podendo ser pensada como uma estrutura composta de camadas de
compressão, além de ser uma estrutura de malha a tração. Como é mais fácil entrar sem a
presença de muros, a fachada foi composta por persianas de vidro que podem ser facilmente
removidas

3 – Quadro de correlatos/matriz de inspiração


No quadro abaixo, temos a descrição do que será utilizado como referência na obra do Centro
Ecumênico, que está sendo desenvolvida.

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CORRELATOS
MATRIZ DE INSPIRAÇÃO
FORMAL FUNCIONAL TECNOLOGIA
USO DE MÁRMORE ESPELHO
PAREDES DE VIDRO D`ÁGUA
PAVILHÃO
ALEMÃO DE
BARCELONA
LODWING MIES
VAN DER ROHE

COMUNICAÇÃO COM CONFIGURAÇÃO EM PAREDES DE VIDRO


A NATUREZA BLOCOS
PAISAGISMO
SENSORIAL
A CASA DE VIDRO
LINA BOBARDI

EXOESQUELETO ESTRUTURA
PARAMÉTRICO PARAMÉTRICA
CENTE
POMPIDEOU
MUSEU
METZ SHIGERU
BAN ARCHITECTS

4 – REFERÊNCIAS
A HISTORIA DA CASA DE VIDRO DE LINA BO BARDI; Casacor; Acesso em: 23 de
fevereiro de 2023<https://casacor.abril.com.br/arquitetura/a-historia-da-casa-de-vidro-de-lina-
bo-bardi-no-morumbi/>

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PAVILHÃO DE BARCELONA, UMA OBRA EMBLEMÁTICA; MMEB Arquitetos;


Acesso em: 23 de fevereiro de 2023 <Arqface / Pavilhão de Barcelona, uma obra
emblemática! (mmebarquitetos.com)>
CENTRE POMPIDOU METZ ARQUITETO SHIGERU; BlogsPot; Acesso em: 23 de
fevereiro de 2023<http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2012/08/centre-pompidou-metz-
a}{^Ç];rquiteto-shigeru.html#:~:text=Em%20princ%C3%ADpio%2C%20a%20estrutura
%20%C3%A9,em%20m%C3%A1quinas%20de%20CNC%20avan%C3%A7adas>

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