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O salão surge após a morte de Luís XIV. Com a menoridade e falta de competência de Luís XV, assim
como as regências do Duque de Orleães e Duque de Bourbon, deu-se a perda do fascínio pelas
cerimónias e pelos rituais. Assim, a corte investiu nos palácios e baseou o seu quotidiano nos
mesmos, decorando-os requintadamente, com luxo e elegância, pelo que se criou um novo estilo
artístico, o Rococó. Esta era uma arte mais privada e naturalista, com preferência por ambientes
alegres, otimistas e despreocupados. Os salões tornaram-se centros de vida social, onde se
realizavam reuniões familiares, visitas solenes, banquetes e bailes e reuniões com personalidades
em voga (músicos, cantores de ópera, escritores, filósofos e cientistas). No que toca aos bailes
galantes, eram defendidos os valores e as boas maneiras, como ser educado, ter requinte, vestir
bem, falar rebuscado e usar gestos delicados, cheios de floreados e gentilezas.
Menores proporções e normalmente edifícios com apenas dois andares baixos, ou seja,
eram mais práticos e simples;
Fachadas mais alinhadas e alisadas, são abolidos os elementos clássicos decorativos,
mantiveram-se as balaustradas, as cornijas e os entablamentos, os ângulos retos forma
suavizados por curvos. Conferiam mais fluidez e dinâmica ao edifício;
Telhados de duas águas, para escoar a água da chuva;
Portas e janelas maiores e com arcos de volta perfeita, que conferiam monumentalidade ao
edifício;
Decoração exterior concentra-se nas portas e nas janelas, nas consolas, nas arcadas, no
aparelho de alvenaria, nas ferragens e batentes. Localizavam a decoração especificamente
em pontos que atraíam o olho do visualizador;
Utilização de ferro forjado, em grades para jardins, lagos, portas e varandas, por ser um
material resistente, mas ao mesmo tempo fácil de trabalhar e moldar;
O salão principal é o centro das dependências à volta do qual há algumas salas secundárias e
a escadaria para o andar superior, onde ficam as divisões privadas dos donos de casa. Assim,
esta habitação estava dividida de forma funcional e prática;
As divisões são baixas, pequenas, independentes, arredondadas e com “parquet”,
iluminadas pelas portas-janelas, pelos vários espelhos e pelos candeeiros, evitando-se assim
linhas retas e cantos bicudos e tornando o espaço mais resguardado e acolhedor;
A decoração das divisões é feita com diferentes tipos de móveis: cómodas, contadores,
escrivaninhas, grandes relógios, poltronas em madeiras preciosas, envernizadas, com
incrustações de madrepérola, lacas e bronzes. Em cima deles eram colocados bibelôs de
prata e porcelana, ou seja, valorizava-se principalmente a decoração interior com móveis e
elementos luxuosos da época;
As paredes também são cobertas de decoração com cores claras, misturando-se com o
dourado e prateado das molduras das telas, tapeçarias, frescos e relevos. Os cantos e os
limites das paredes desaparecem totalmente sob esta decoração imensa e pela utilização de
sofitos-superfícies curvas que ligam o teto às paredes. Assim, através destes elementos e das
cores claras, dá-se leveza ao espaço, abandonando a geometria vincada.
As igrejas mantêm uma estrutura e uma decoração exterior barroca, mas com decoração rococó nas
portas, janelas e interiores. É-lhes ainda dado um ambiente de festa e alegria e constroem-se
bibliotecas, refeitórios e habitações para cónegos.
Na Baviera:
Cânones estéticos:
Géneros escultóricos:
Novos materiais:
Recupera-se materiais que até aí tinham sido ignorados como a madeira, argila, gesso,
porcelana (biscuit), esse último foi um verdadeiro material de rococó, foi extremamente
popular e o mais usado para a produção de pequenas esculturas, ornamentais e divertidas. A
sua clientela era maioritariamente a aristocracia;
Novos temas:
Casamento de arnolfini:
O encontro:
A obra as Bodas de Fígaro é uma ópera cómica composta por Mozart, remetendo para questões
fraturantes da sociedade aristocrática de Setecentos. Nesta, é retratado o enredo de um casamento
entre dois criados, Fígaro e Susana que, segundo a tradição feudal, devia passar a noite anterior às
núpcias com o nobre Almaviva, algo que o mesmo explora e procura. No entanto, Almaviva é
denunciado por Susana, resultando numa série de situações cómicas entre várias personagens,
como a vitória de Fígaro sobre o poder da aristocracia feudal e sobre o seu amo, que a representa.
Desta forma, é explorado o Iluminismo e elaborada uma crítica social aos poderosos que faziam do
povo seu servo, antecedendo a revolução francesa. A igualdade é estabelecida no Finale, no qual,
dançando e rindo no salão aristocrático, o povo sai vitorioso e promove-se a paz e reconciliação
entre todos. Neste momento, prevê-se a felicidade da Tomada da Bastilha, como desmoronamento
da ordem social e moral existente, pelo que Mozart mostra um ponto de vista pessoal contra as
injustiças sociais e a favor da liberdade, tornando-se desde cedo uma obra revolucionária, disponível
para todas as classes e que atraía qualquer pessoa através das melodias e da comédia presente.
Espaço urbano:
B) Quarteirões retangulares;
C) Ruas largas;
E) Duas praças principais como referência da malha urbana (Praça do Comércio e Rossio);