Você está na página 1de 79

ESQUEMA FSSC 22.

000
VERSÃO 5.1
VERSÃO 5.1 | NOVEMBRO 2020

FSSC 22000 Version 5.1 | November 2020 0 of 78


FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 1 de 78

www.fssc22000.com
COPYRIGHT
Copyright © 2019, Foundation FSSC 22000

All rights reserved. No part of this publication may be reproduced and/or published in any form, by means of
printed matters, photocopy, microfilm, recording or any other method or technology, without written approval
by the Foundation FSSC 22000.

Foundation FSSC 22000


P.O. Box 693
4200 AR Gorinchem, The Netherlands Phone
+31 183 645028
Website: www.fssc22000.com
Email: info@fssc22000.com

TRADUÇÕES

Fique ciente de que, no caso de traduções dos documentos do Esquema FSSC 22000, a versão em inglês é a
versão oficial e vinculativa.

Tradução realizada de forma colaborativa e promovida pelo Portal e-food, com a participação dos profissionais:
• Analia Vanzo
• Bárbara Galdioli
• Cintia Palhares,
• Darlan Novaes
• Ellen Lopes
• Fabiana Silveira,
• Fabrício Farinassi
• João Lima,
• Luciana Salles,
• Maria Ângela Alves,
• Maria Walderes Pinho,
• Natália Carolina Ferreira
• Natália Lima

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 2 de 78


CONTEÚDOS GERAIS

INTRODUÇÃO 3

PARTE 1 RESUMO DO ESQUEMA 5

PARTE 2 REQUISITOS PARA AS ORGANIZAÇÕES AUDITADAS 15

PARTE 3 REQUISITOS PARA O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO 23

PARTE 4 REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO 40

PARTE 5 REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE ACREDITAÇÃO 52

PARTE 6 REQUISITOS PARA ORGANIZAÇÕES DE TREINAMENTO 57

APÊNDICE 1: DEFINIÇÕES 68

APÊNDICE 2: REFERÊNCIAS NORMATIVAS 77

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 3 de 78


INTRODUÇÃO
Com o crescimento da população mundial, há um aumento na demanda por produtos alimentícios acessíveis, seguros
e de boa qualidade. Para satisfazer esta necessidade, a FSSC 22000 fornece uma plataforma com marca confiável
para a indústria de alimentos. A chave nesta missão é a disponibilidade do Sistema de Certificação FSSC 22000 para
sistemas de gestão de segurança de alimentos. Este documento contém a nova Versão 5.1 do Esquema FSSC 22000,
publicada em Novembro de 2020. Os principais fatores que iniciaram o desenvolvimento desta versão foram:
- Incorporação da versão 2020.1 dos requisitos de benchmarking da GFSI.
- Reforço do processo de licenciamento e do Programa de Integridade.
- Pequenas alterações editoriais ou emendas aos requisitos do Esquema V5.

SOBRE O ESQUEMA
O esquema consiste em seis partes e dois apêndices que estão agrupados no presente documento. Além disso,
existem nove anexos. Todos estes documentos contêm também requisitos obrigatórios do Esquema. Por último,
existem documentos de orientação sobre vários tópicos para fornecer apoio adicional. Todos os documentos podem
ser baixados gratuitamente a partir do site FSSC 22000.

COMO O ESQUEMA ESTÁ ORGANIZADO


PARTE 1 VISÃO GERAL DO ESQUEMA
Esta parte descreve o contexto e detalhes do Esquema, incluindo os seus escopos de certificação.

PARTE 2 REQUISITOS PARA AS ORGANIZAÇÕES A SEREM AUDITADAS

Esta parte descreve os requisitos do Esquema nos quais os Organismos de Certificação licenciados devem
auditar o Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos (SGSA) ou SGSA e o Sistema de Gestão da
Qualidade (SGQ) da organização, a fim de obter ou manter a certificação para a FSSC 22000 ou a FSSC
22000-Qualidade.

PARTE 3 REQUISITOS PARA O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

Esta parte descreve os requisitos para a execução do processo de certificação a ser conduzido por
Organismos de Certificação licenciados.

PARTE 4 REQUISITOS PARA OS ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

Esta parte descreve os requisitos para Organismos de Certificação licenciados que prestam serviços de
certificação de Sistemas a organizações.

PARTE 5 REQUISITOS PARA OS ORGANISMOS DE ACREDITAÇÃO


Esta parte descreve os requisitos para Organismos de Acreditação reconhecidos que prestam serviços de
acreditação a Organismos de Certificação licenciados.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 4 de 78


PARTE 6 REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE TREINAMENTO

Esta parte descreve os requisitos para as Organizações de Treinamento (OTs) licenciadas que desejem
fornecer cursos de formação aprovados pelo Esquema.

APÊNDICE 1 DEFINIÇÕES

Esta parte contém todas as definições que têm sido utilizadas em todos os documentos do Esquema.

APÊNDICE 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Esta parte contém todas as referências que têm sido utilizadas em todos os documentos do Esquema.

ANEXOS

Existem nove anexos que são obrigatórios e necessários para a correta implementação do Esquema:
• Anexo 1 Declarações sobre o âmbito do certificado CB
• Anexo 2 Modelo de relatório de auditoria do CB (FSSC 22000)
• Anexo 3 Modelo de relatório de auditoria do CB (FSSC 22000-Quality)
• Anexo 4 Modelos de certificados CB
• Anexo 5 AB Âmbito do certificado de acreditação
• Anexo 6 TO Especificações do curso
• Anexo 7 Modelos de certificados de formação
• Anexo 8 Requisitos de aprendizagem eletrônica para organizações de formação
• Anexo 9 CB Requisitos para a utilização de tecnologias de informação e comunicação (TIC)

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 5 de 78


PARTE 1
VISÃO GERAL DO ESQUEMA

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 6 de 78


CONTEÚDO PARTE 1 VISÃO GERAL DO ESQUEMA

1 Introdução ....................................................................................................................... 7
O Esquema ............................................................................................................. 7
Propriedade e Governança ..................................................................................... 7
Idioma............................................................................................................................ 7

2 Características ................................................................................................................ 8
2.1 Metas e objetivos............................................................................................ 8
2.2 Natureza do Esquema .................................................................................... 8

3 Escopo ............................................................................................................................. 8
3.1 Criação de Animais (Categoria A) ..................................................................... 12
3.2 Fabricação de Alimentos (Categoria C) ............................................................. 12
3.3 Produção de Ração Animal (Categoria D)......................................................... 12
3.4 Refeições Coletivas (Categoria E) ..................................................................... 12
3.5 Varejo e Atacado (Categoria F) ......................................................................... 13
3.6 Transporte e Armazenamento (Categoria G) .................................................... 13
3.7 Produção de Embalagens e Materiais para Embalagens p a r a A l i m e n t o s (Categoria I) .... 13

3.8 Produção de Bioquímicos (Categoria K) ...................................................... 14


3.9 FSSC 22000 - Qualidade ....................................................................................... 14

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 7 de 78


1 INTRODUÇÃO
1.1 O ESQUEMA
O esquema de certificação FSSC 22000 descreve os requisitos para a auditoria e certificação de sistemas
de gestão da segurança de alimentos (SGSA) ou SGSA e Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) de
organizações na cadeia de abastecimento de alimentos. O certificado confirma que o SGSA (FSSC 22000)
ou SGSA e SGQ (FSSC 22000-Qualide) da organização está em conformidade com os requisitos do
Esquema.

O Esquema é baseado nos padrões / especificações técnicas publicamente disponíveis:


• Requisitos da ISO 22000 para qualquer organização da cadeia alimentar;
• Requisitos ISO 9001 (onde para FSSC 22000-Qualidade é exigido);
• Programas de pré-requisitos relevantes (PPRs) baseados em especificações técnicas para o setor (por
exemplo, ISO / TS 22002-x; PAS xyz); e.
• Requisitos Adicionais FSSC 22000 conforme determinado por nossas partes interessadas.

Quando a Fundação decidir que são necessárias atualizações ou alterações no Esquema, os requisitos de
comunicação e implementação serão publicados separadamente.

O Esquema fornece um modelo de certificação voluntário que pode ser aplicado em toda a cadeia de
abastecimento de alimentos. Pode abranger setores da cadeia de abastecimento onde foram
desenvolvidos e aceitos programas de pré-requisitos específicos (PPR). A descrição da categoria da
cadeia de alimentos utilizada por este Esquema é definida de acordo com a ISO/TS 22003:2013 (ver
Capítulo 3).

A partir de Fevereiro de 2010, o Esquema foi aprovado e reconhecido pela Iniciativa Global de Segurança
dos alimentos (GFSI), confirmando o reconhecimento e aceitação global da indústria de alimentos.

1.2 PROPRIEDADE E GOVERNANÇA


A Fundação FSSC 22000 detém a propriedade e os direitos autorais de toda a documentação relacionada
ao Esquema e também mantém os acordos com todos os Organismos de Certificação, Organismos de
Acreditação e Organizações de Treinamento envolvidos.

Os Estatutos da Fundação contêm disposições e requisitos adicionais relativos à propriedade e governança


da Fundação e do Esquema. Estes Estatutos estão publicamente disponíveis no Registro da Câmara de
Comércio em Gorinchem, Holanda, sob o número 64112403. Tais disposições e requisitos adicionais
fazem parte do Esquema na medida em que possam estar relacionados aos direitos e obrigações das
partes interessadas diretas e indiretas no Esquema.

1.3 IDIOMA
Inglês é a versão oficial e válida do Esquema.
FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 8 de 78
2 CARACTERÍSTICAS
2.1 METAS E OBJETIVOS
A meta do Esquema é garantir que atenda continuamente aos requisitos da indústria de alimentos internacional,
resultando em uma certificação que garanta que as organizações forneçam alimentos seguros aos seus clientes.

Os objetivos específicos do Esquema são:


a) Estabelecer e manter um Registro preciso e confiável de organizações certificadas que demonstraram
cumprir os requisitos do Esquema;
b) Promover a aplicação precisa de sistemas de gestão da qualidade e segurança de alimentos;
c) Promover o reconhecimento nacional e internacional e a aceitação geral da inocuidade dos alimentos e dos
sistemas de gestão da qualidade da inocuidade dos alimentos;
d) Disponibilizar informação e campanhas sobre segurança de alimentos e sistemas de gestão da qualidade;
e) Apoiar a certificação de sistemas de gestão da inocuidade dos alimentos no domínio da segurança e
qualidade dos alimentos.

A Fundação se esforça para atingir esses objetivos:


a) Celebrar acordos com Organismos de Certificação, Organismos de Acreditação e Organizações de
Treinamento;
b) Tomar as medidas adequadas em caso de abuso ou uso indevido dos certificados emitidos por Organismos
de Certificação ou Organizações de Treinamento licenciados;
c) Tomar as medidas adequadas em caso de abuso ou uso indevido do logotipo FSSC 22000 da Fundação;
d) Apoiar, supervisionar e financiar outras fundações e organizações que se empenhem em alcançar objetivos
semelhantes ou parcialmente semelhantes aos mencionados acima.

2.2 NATUREZA DO ESQUEMA


O Esquema fornece um Esquema independente baseado em ISO para auditoria e certificação por terceira parte.

O esquema:
a) Incorpora padrões ISO, especificações técnicas específicas do setor para PPRs, requisitos adicionais
orientados pelo mercado, bem como requisitos estatutários e regulamentares;
b) É reconhecido pela Iniciativa Global de Segurança de Alimentos (GFSI);
c) Permite a integração com outros padrões de sistema de gestão como os de qualidade, meio ambiente, saúde
e segurança etc.;
d) É dirigido por uma Fundação sem fins lucrativos e gerido por um Conselho de Stakeholders independente;
e) Aumenta a transparência em toda a cadeia de abastecimento alimentar;
f) Oferece um “Registro FSSC 22000 de organizações certificadas” que está acessível ao público.

3 ESCOPO
O Esquema se destina à auditoria, certificação e registro de organizações para as seguintes (sub) categorias da cadeia
de alimentos (de acordo com a ISO / TS 22003: 2013; consulte também a Tabela 1):

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 9 de 78


Tabela 1. Visão geral das (sub) categorias

Categoria Subcategoria Descrição Exemplo de atividades e Documentos Normativos


produtos incluídos

A AI Criação de Criação de animais usados para


ISO 22000: 2018
animais para produção de carne, produção de
carne, leite, ovos, produção de leite ou ISO/TS 22002-3,
ovos e mel produção de mel (embalagem e FSSC 22000 Requisitos adicionais
armazenamento associados).
AII Criação de peixes e Criação de peixes e frutos do mar
ISO 22000: 2018
frutos do mar utilizados para a produção de
carne (embalagem e ISO/TS 22002-3,
armazenamento associados). FSSC 22000 Requisitos adicionais

C CI Processamento Abate, desossa, evisceração,


ISO 22000:2018,
de produtos evisceração, evisceração, corte,
animais classificação, lavagem, ISO/TS 22002-1:2009,
perecíveis pasteurização, aparamento, cura, FSSC 22000 Requisitos adicionais
fermentação, defumação,
congelamento, resfriamento,
resfriamento, escaldagem.
Exemplos de produtos finais:
peixes, carnes, aves, ovos,
laticínios congelados e / ou
resfriados e peixes / frutos do
mar.

C CII Processamento Descascamento, secagem,


ISO 22000:2018,
de produtos embalagem, classificação, lavagem,
vegetais enxágue, lavagem em calha (fluming), ISO/TS 22002-1:2009,
perecíveis corte, fatiamento, pasteurização, FSSC 22000 Requisitos adicionais
torrefação, escaldagem,
descascamento, resfriamento,
congelamento e produto final.
Exemplos de produtos finais:
resfriados ou congelados, como frutas
frescas, sucos naturais, vegetais,
grãos, nozes e leguminosas,
substitutos de carne com base em
materiais vegetais (por exemplo,
soja), produtos congelados à base de
água.

CIII Processamento de Misturar, cozinhar, embalar,


ISO 22000:2018,
produtos perecíveis resfriamento conjunto, resfriar,
de origem animal e congelar. ISO/TS 22002-1:2009,
vegetal (produtos Produtos finais, por exemplo FSSC 22000 Requisitos Adicionais
mistos) produtos mistos, pizza, lasanha,
sanduíches, bolinhos, refeições
prontas para comer.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 10 de 78


Categoria Subcategoria Descrição Exemplo de atividades e Documentos Normativos
produtos incluídos

CIV Processamento Mistura, cozimento, embalagem,


ISO 22000:2018,
de produtos engarrafamento, fermentação,
estáveis no secagem, prensagem, moagem, ISO/TS 22002-1:2009,
ambiente mistura, torrefação, refinação, FSSC 22000 Requisitos adicionais
composição, destilação,
secagem, enlatamento,
pasteurização, esterilização.
Exemplos de produtos finais:
produtos enlatados, biscoitos,
pães, salgadinhos, óleo, água
potável, bebidas alcoólicas e
não alcoólicas, massas, farinha,
açúcar, sal de qualidade
alimentar, laticínios com longa
vida útil, margarinas.

D DI Produção de Produção de produtos únicos ou ISO 22000:2018,


ração múltiplos, processados, ISO/TS 22002-6:2016,
semiprocessado ou crus, que se
destinam à alimentação de FSSC 22000 Requisitos adicionais
animais produtores de alimentos.

DIIa Produção de rações Produção de produtos ISO 22000:2018,


para animais de individuais ou múltiplos, ISO/TS 22002-1:2009,
estimação (somente processados, semiprocessados
para cães e gatos). ou crus, que se destinam à FSSC 22000 Requisitos adicionais
alimentação de animais não
produtores de alimentos, como
cães e gatos. Exemplos: ração
seca e úmida, petiscos,
resfriada, resfriada, congelada e
estável em ambiente.

DIIb Produção de Produção de produtos ISO 22000:2018,


alimentos para individuais ou múltiplos, ISO/TS 22002-6:2016,
animais de estimação processados, semiprocessado
(para outros animais ou crus, que se destinam à FSSC 22000 Requisitos adicionais
de estimação). alimentação de animais não
produtores de alimentos, exceto
cães e gatos.
Exemplos: ração seca e
úmida, petiscos, resfriada,
resfriada, congelada e estável
em ambiente.

E EI Refeições coletivas Atividades em restaurantes, ISO 22000:2018,


hotéis, lanchonetes de locais de ISO/TS 22002-2:2013,
trabalho, manipulação de
alimentos em locais remotos, FSSC 22000 Requisitos adicionais
transporte e entrega direta aos
consumidores.
Atividades para cafeterias,
food trucks e catering para
eventos.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 11 de 78


Categoria Subcategoria Descrição Exemplo de atividades e Documentos Normativos
produtos incluídos

F FI Varejo/Atacado Atividades: recebimento, ISO 22000:2018,


separação, armazenamento, BSI/PAS 221:2013,
exposição de produtos
alimentícios, despacho, transporte FSSC 22000 Requisitos adicionais
e entrega.
Exemplos: supermercados;
hipermercados; lojas de conveniência;
pague e leve; clubes de compras;
atacadistas que vendem para
restaurantes.

G GI Prestação de Transporte e armazenamento ISO 22000:2018,


serviços de com resfriamento, refrigeração ou ISO/TS 22002-5:2019,
transporte e temperaturas congeladas.
armazenamento Atividades adicionais como FSSC 22000 Requisitos adicionais
de alimentos e reembalagem do produto
rações perecíveis. embalado, congelamento e
descongelamento.

GII Fornecimento de Transporte e armazenamento. ISO 22000:2018,


serviços de Atividades adicionais, como ISO/TS 22002-5:2019,
transporte e reembalagem do produto
armazenamento embalado. FSSC 22000 Requisitos adicionais
para alimentos,
rações e materiais
de embalagem com
estabilidade
ambiental.

I I Produção de Todas as atividades de ISO 22000:2018,


embalagens de manufatura de plástico, papelão, ISO/TS 22002-4:2013,
alimentos e papel, metal, vidro, madeira e
materiais de outros materiais a serem usados FSSC 22000 Requisitos adicionais
embalagem. como materiais de embalagem na
indústria de alimentos / rações.
Exemplos: garrafas, caixas,
potes, barris, cortiça, latas;
dispositivos para fechar materiais
de embalagem, como fita, tiras de
plástico ou outros, quando o
fabricante puder provar que eles
pertencem a um material de
embalagem de alimentos / rações;
Produção de rótulos com contato
direto com alimentos.

K K Produção de Mistura, cozimento, embalagem, ISO 22000:2018,


Bioquímicos destilação, secagem, ISO/TS 22002-1:2009,
enlatamento, esterilização para
todos os produtos em temperatura FSSC 22000 Requisitos adicionais
ambiente, resfriada e congelada.
Produtos finais: por exemplo
alimentos e aditivos para rações,
vitaminas, minerais, bioculturas,
aromas, enzimas e auxiliares de
processamento, gases como
ingredientes e / ou gases de
embalagem.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 12 de 78


3.1 CRIAÇÃO DE ANIMAIS (CATEGORIA A)
A subcategoria AI da cadeia alimentar refere-se à criação de animais em terras para consumo humano.
Atividades como caça ou captura não estão incluídas.

3.2 FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS (CATEGORIA C)


A categoria C da cadeia de alimentos envolve as seguintes atividades de processamento de alimentos:
a) Processamento de produtos animais perecíveis. Produção de produtos de origem animal, incluindo
peixes e frutos do mar, carnes, ovos, laticínios e produtos de peixe
b) Processamento de produtos vegetais perecíveis. Produção de produtos vegetais, incluindo frutas
frescas e sucos frescos, vegetais, grãos, nozes e leguminosas, produtos congelados à base de água (por
exemplo, gelo)
c) Processamento de produtos perecíveis de origem animal e vegetal. Produção de produtos mistos de
origem animal e vegetal, incluindo pizza, lasanha, sanduíche, bolinhos recheados, refeições prontas
d) Processamento de produtos estáveis à temperatura ambiente - Produção de produtos alimentícios de
qualquer fonte que são armazenados e vendidos à temperatura ambiente, incluindo alimentos enlatados,
biscoitos, pães, salgadinhos, óleo, água potável, bebidas, massas, farinha, açúcar, sal de qualidade
alimentícia.

3.3 PRODUÇÃO DE RAÇÃO PARA ANIMAIS


(CATEGORIA D)
A categoria D da cadeia de alimentos abrange a produção de ração animal e alimentos para animais
de estimação:
a) Produção de ração a partir de uma fonte alimentar única ou mista, destinada a animais produtores
de alimentos.
b) Produção de ração (somente para cães e gatos). Produção de alimentos a partir de uma única
fonte alimentar ou mista, destinados a animais não produtores de alimentos.
c) Produção de ração (para outros animais de estimação).

3.4 SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO (CATEGORIA E)


A categoria E da cadeia de alimentos aplica-se quando o serviço de alimentação é entregue aos
consumidores. A comida é preparada no local de consumo ou em unidade satélite.
Exemplos incluem:
• Unidades de produção / cozinhas que atendem alimentos diretamente ao consumidor ou oferecem
alimentos para consumo imediato, ex. restaurantes, hotéis, cafeterias;
• Serviços de alimentação com manuseio dos alimentos em local remoto com atendimento direto aos
consumidores, por ex. cantinas, cafeterias, food trucks e catering para eventos.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 13 de 78


3.5 VAREJO E ATACADO (CATEGORIA F)
A categoria de cadeia de alimentos FI se aplica às atividades de varejo e atacado.
O varejo é definido como a venda de bens ao cliente final (ou seja, consumidor), em pequenas
quantidades para consumo e não para fins de revenda. Os varejistas devem ter edifícios e instalações
físicas (ou seja, lojas). O varejista pode oferecer vendas pela Internet ou entregas ao domicílio que podem
ser incluídas no escopo apenas quando vinculadas ao local físico de varejo, mas não como uma atividade
autônoma.
O atacado é definido como a compra de produtos de fabricantes ou outros vendedores e a venda de
produtos para outras empresas, como varejistas, indústrias e, ocasionalmente, consumidores finais. O
atacadista pode oferecer vendas ou entregas pela Internet que podem ser incluídas no escopo apenas
quando vinculadas ao local físico de atacado, mas não como uma atividade autônoma. Os atacadistas
sempre assumem a propriedade dos produtos e as atividades podem incluir alimentos, rações e / ou
produtos de embalagem para alimentos e rações.
Tanto para o varejo quanto para o atacado, as atividades na loja que fornecem ao alimento pré-preparado
uma etapa final do processo podem ser incluídas (por exemplo, grelhar carne, assar pão, cortar carne ou
peixe).

3.6 TRANSPORTE E ESTOCAGEM (CATEGORIA G)


A categoria G da cadeia de alimentos se aplica a prestadores de serviços de logística terceirizados que
armazenam e / ou transportam fisicamente alimentos, rações ou materiais de embalagem de alimentos /
rações, independentemente da propriedade legal do produto. Pode incluir atividades adicionais, como
reembalagem de produtos embalados, atividades de congelamento e descongelamento.
Fabricantes, fornecedores ou varejistas / atacadistas que apenas armazenam e / ou transportam seu (s)
próprio (s) produto (s) e não prestam serviço a terceiros devem ser auditados na categoria vinculada às
suas atividades de produção.

3.7 PRODUÇÃO DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS E


MATERIAIS DE EMBALAGEM (CATEGORIA I)
A categoria I da cadeia alimentar abrange embalagens que incluem a produção de embalagens de
alimentos / rações, materiais de embalagem de alimentos / rações e produtos intermediários para:
a) Superfícies ou materiais de contato direto com o alimento (ou seja, tocando fisicamente o alimento ou
em contato com o espaço superior) que estarão em contato com o alimento durante o uso normal da
embalagem do alimento e / ou;
b) Superfícies de contato indireto com alimentos ou materiais que não estão em contato direto com os
alimentos durante o uso normal da embalagem de alimentos, mas existe a possibilidade de substâncias
serem transferidas para os alimentos.
O material de embalagem usado para cuidados pessoais, farmácia ou outros usos estão fora do escopo
da norma. Talheres descartáveis só podem ser certificados quando vendidos juntos (e como parte) do

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 14 de 78


produto alimentício. Exemplos são colheres com iogurte, garfos ou pauzinhos com alimentos prontos para
o consumo. O uso pretendido, incluindo o fato de ser vendido junto (e como parte) do produto alimentício,
deve ser claramente especificado na declaração de escopo.

3.8 PRODUÇÃO DE BIOQUÍMICOS (CATEGORIA K)


A categoria K da cadeia de alimentos envolve a produção de bioquímicos e se aplica à produção de
alimentos e aditivos para rações, vitaminas, minerais, bioculturas, aromatizantes, enzimas e auxiliares de
processamento, mas exclui pesticidas, medicamentos, fertilizantes e agentes de limpeza.

3.9 FSSC 22000 – QUALIDADE

A certificação FSSC 22000-Qualidade é uma adição voluntária aos requisitos de certificação FSSC 22000
e complementa esses requisitos com todos aqueles da ISO 9001: 2015 para Sistemas de Gestão da
Qualidade, resultando em um certificado FSSC 22000 para a categoria FSSC 22000-Qualidade.
Os requisitos para o desenvolvimento, implementação e manutenção de um sistema de gestão da
qualidade estão estabelecidos na norma ISO 9001: 2015 “Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos”.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 15 de 78


PARTE 2
REQUISITOS PARA ORGANIZAÇÕES A
SEREM AUDITADAS

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 16 de 78


CONTEÚDO PARTE 2 - REQUISITOS PARA
ORGANIZAÇÕES SEREM AUDITADAS

1. FINALIDADE ...........................................................................................................17
2.Requisitos ...............................................................................................................17
2.1 Geral ..........................................................................................................17
2.2 ISO 22000 ..................................................................................................17
2.3 ISO 9001 ...................................................................................................17
2.4 Programas de pré-requisitos .....................................................................18
2.5 FSSC 22000 Requisitos Adicionais ...........................................................18

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 17 de 78


1 FINALIDADE
Esta parte descreve os requisitos do esquema contra os quais os Organismos de Certificação
licenciados devem auditar o Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos (SGSA) ou SGSA e
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da organização, a fim de obter ou manter a certificação para
FSSC 22000 ou FSSC 22000 – Qualidade, respectivamente.

2 REQUISITOS
2.1 GERAL
Organizações devem desenvolver, implementar e manter todos os requisitos descritos abaixo e serão
auditados por um Organismo de Certificação licenciado a fim de receber um certificado válido.

Os requisitos de auditoria para a certificação FSSC 22000 consistem em:


1) Requisitos do sistema de gestão da segurança de alimentos ISO 22000:2018;
2) Requisitos do programa de pré-requisitos específicos do setor (PPRs) (série ISO/TS 22002-
x ou outro PPR padrão especificado) e;
3) Requisitos adicionais da FSSC 22000.

Os requisitos de auditoria para certificação FSSC 22000-Qualidade consistem em:


1) Requisitos do sistema de gestão da segurança de alimentos ISO 22000:2018;
2) Requisitos do sistema de gestão da qualidade ISO 9001:2015;
3) Requisitos do programa de pré-requisitos específicos do setor (PPRs) (série ISO/TS 22002-
x ou outro PPR padrão especificado) e;
4) Requisitos adicionais da FSSC 22000.
A lista de decisões do Conselho das Partes Interessadas (BoS) é um documento que contém as
decisões aplicáveis ao esquema FSSC 22000. As decisões anulam ou fornecem mais
esclarecimentos sobre as regras do Esquema existentes e devem ser implementadas e aplicadas
dentro do período de transição definido. A lista de decisão é dinâmica e pode ser ajustada pelo BoS
quando necessário.

2.2 ISO 22000


Para ambas as certificações FSSC 22000 e FSSC 22000-Qualidade, os requisitos para o
desenvolvimento, implementação e manutenção do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos
(SGSA) são estabelecidos na norma ISO 22000:2018 “Sistemas de gestão da segurança de alimentos
– Requisitos para qualquer organização na cadeia de alimentos”.

2.3 ISO 9001


Para certificação FSSC 22000-Qualidade, os requisitos para desenvolvimento, implementação e
manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) são estabelecidos na norma ISO 9001:2015
“Sistema de gestão da qualidade – Requisitos”.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 18 de 78


2.4 PROGRAMAS DE PRÉ-REQUISITOS
O Esquema especifica a aplicação obrigatória de especificações técnicas detalhando os programas
de pré-requisitos (PPRs) conforme referenciado na cláusula 8.2 da ISO 22000: 2018. Estes requisitos
dos PPRs são especificados na série ISO/TS 22002-x e/ou normas BSI/OS 221.

2.5 REQUISITOS ADICIONAIS FSSC 22000


2.5.1 GESTÃO DE SERVIÇOS E MATERIAIS COMPRADOS
a) Além da cláusula 7.1.6 da ISO 22000:2018, a organização deve garantir que, onde os serviços
de análises laboratoriais são usados para verificação e/ ou validação da segurança de alimentos,
estes devem se conduzidos por um laboratório competente (incluindo laboratórios internos e
externos, conforme aplicável) que tem a capacidade de produzir resultados de teste precisos e
repetíveis usando métodos de teste validados e práticas recomendadas (por exemplo participação
bem-sucedida em programas de ensaios de proficiência, programas regulamentares aprovados ou
acreditação de padrões internacionais, como ISO 17025).
b) Para as categorias C, D, I, G e K, da cadeia de alimentos, o seguinte requisito adicional se aplica
à cláusula 7.1.6 da ISO 22000: 2018:
A organização deve ter um procedimento documentado para aquisição em situações de emergência
para garantir que os produtos ainda estejam em conformidade com os requisitos especificados e o
fornecedor tenha sido avaliado.
c) Além da cláusula 9.2 da ISO/TS 22002-1:2009, a organização deve ter uma política para aquisição
de animais, peixes e frutos do mar que são objetos par controlar as substâncias proibidas (por
exemplo fármacos, medicamentos veterinários, metais pesados e pesticidas);
d) Para as categorias C, D, I, G e K, da cadeia de alimentos, o seguinte requisito adicional se aplica
à cláusula 9.2 da ISO/TS 22002-1; cláusula 4.6 da ISO/TS 22002-4 e cláusula 4 da ISO/TS 22002-
5: A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de revisão das
especificações do produto para garantir a conformidade contínua com a segurança de alimentos,
requisitos legais e do cliente.

2.5.2 ROTULAGEM DE PRODUTOS


Além da cláusula 8.5.1.3 da ISO 22000: 2018, a organização deve garantir que os produtos
acabados sejam rotulados de acordo com todos os requisitos estatutários e regulamentares
aplicáveis no país de venda pretendida, incluindo alérgenos e requisitos específicos do cliente.

Quando o produto não está rotulado, todas as informações relevantes sobre o produto devem ser
disponibilizadas para garantir o uso seguro do alimento pelo cliente ou consumidor.

2.5.3 DEFESA DE ALIMENTOS


2.5.3.1 AVALIAÇÃO DE AMEAÇA

A organização deve ter um procedimento documentado em vigor para:


a) Conduzir uma avaliação de ameaça para identificar e avaliar ameaças potenciais;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 19 de 78


b) Desenvolver e implementar medidas de mitigação para ameaças significantes.

2.5.3.2 PLANO
a) A organização deve ter um plano de defesa dos alimentos documentado, especificando as
medidas de mitigação que cobrem o processo e os produtos dentro do escopo do SGSA da
organização.
c) O plano de defesa de alimentos deve ser apoiado pelo SGSA da organização;
d) O plano deve cumprir a legislação aplicável e ser mantido atualizado.

2.5.4 MITIGAÇÃO DE FRAUDE EM ALIMENTOS


2.5.4.1 AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE

A organização deve ter um procedimento documentado em vigor para:


a) Conduzir uma avaliação de vulnerabilidade à fraude em alimentos para identificar e avaliar
vulnerabilidades potenciais;
b) Desenvolver e implementar medidas de mitigação para vulnerabilidades significantes.

2.5.4.2 PLANO
a) A organização deve ter um plano de mitigação à fraude em alimentos documentado,
especificando as medidas de mitigação que cobrem o processo e os produtos dentro do
escopo do SGSA da organização.
b) O plano de mitigação à fraude em alimentos deve ser apoiado pelo SGSA da organização;
c) O plano deve cumprir a legislação aplicável e ser mantido atualizado.

2.5.5 USO DO LOGOTIPO


a) Organizações certificadas, Organismos de Certificação e Organizações de Treinamento
devem usar o logotipo da FSSC 22000 apenas para atividades de divulgação como material
impresso, site e outro material promocional da organização.
b) No caso de utilização do logotipo, a organização deve cumprir com as seguintes
especificações:
Cor PMS CMYK RGB #
Verde 348 U 82/25/76/7 33/132/85 218455
Cinza 60% preto 0/0/0/60 135/136/138 87888a

2.5.6 GESTÃO DE ALERGÊNICOS (CATEGORIAS C, E, FI, G, I & K DA


CADEIA DE ALIMENTOS)
A organização deve ter um plano documentado de gestão de alergênicos que inclua:
a) Avaliação de risco cobrindo todas as fontes potenciais de contaminação cruzada por
alergênicos;
b) Medidas de controle para reduzir ou eliminar o risco de contaminação cruzada.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 20 de 78


2.5.7 MONITORAMENTO AMBIENTAL (CATEGORIAS C, I & K DA CADEIA
DE ALIMENTOS)
A organização deve ter em vigor:
a) Programa de monitoramento ambiental baseado no risco;
b) Procedimento documentado para a avaliação da eficácia de todos os controles na
prevenção da contaminação do ambiente de fabricação e isso deve incluir, no mínimo, a
avaliação dos controles microbiológicos e de alergênicos presentes;
c) Dados de atividades de monitoramento, incluindo análise de tendência regular.

2.5.8 FORMULAÇÃO DE PRODUTOS (CATEGORIAS D DA CADEIA DE


ALIMENTOS)
A organização deve ter procedimentos em vigor para gerenciar o uso de ingredientes que contêm
nutrientes que podem ter impacto adverso à saúde animal.

2.5.9 TRANSPORTE E ENTREGA (CATEGORIAS FI DA CADEIA DE


ALIMENTOS)
A organização deve garantir que o produto é transportado e entregue sob condições que minimize o
potencial para contaminação.

2.5.10 ESTOCAGEM E ARMAZENAMENTO (TODAS AS CATEGORIAS DA


CADEIA DE ALIMENTOS)
a) A organização deve estabelecer, implementar e manter um procedimento e sistema de
rotação de estoque especificado que inclua os princípios da PVPS em conjunto com os
requisitos do PEPS.
b) Além da cláusula 16.2 da ISO/TS 22002-1:2009, a organização deve ter requisitos
especificados em vigor que definam o tempo e a temperatura pós-abate em relação ao
resfriamento ou congelamento dos produtos.

2.5.11 CONTROLE DE PERIGOS E MEDIDAS PARA PREVENÇÃO


DE CONTAMINAÇÃO CRUZADA (CATEGORIAS C & I DA CADEIA
DE ALIMENTOS)
a) Para categoria I da cadeia de alimentos, o seguinte requisito adicional se aplica à cláusula
8.5.1.3 da ISO 22000:2018:
• A organização deve ter requisitos especificados no local, caso a embalagem seja usada
para transmitir ou fornecer um efeito funcional sobre os alimentos (por exemplo,
extensão da vida útil).
b) Para a categoria CI da cadeia de alimentos, o seguinte requisito se aplica além da cláusula
10.1 ISO / TS 22002-1: 2009:
• A organização deve ter requisitos especificados para um processo de inspeção na
área de espera e/ ou evisceração para garantir que os animais são próprios para
consumo humano;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 21 de 78


2.5.12 VERIFICAÇÃO DE PPR (CATEGORIA C, D, G, I & K DA CADEIA DE
ALIMENTOS)
Para categorias C, D, G, I e K, o seguinte requisito adicional se aplica à cláusula 8.8.1 da ISO
22000:2018:
• A organização deve estabelecer, implementar e manter inspeções de rotina (por exemplo,
mensais) no local / verificações de PPR para verificar se o local (interno e externo), ambiente
de produção e equipamentos de processamento são mantidos em condições adequadas para
garantir a segurança de alimentos. A frequência e o conteúdo das inspeções locais /
verificações PPR devem ser baseadas no risco com critérios de amostragem definidos e
vinculados às especificações técnicas relevantes.

2.5.13 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (CATEGORIA C, D, E, F, I & K


DA CADEIA DE ALIMENTOS)
Um procedimento de pesquisa e desenvolvimento de alimentos deve ser estabelecido, implementado
e mantido para novos produtos e mudanças no produto ou processos de fabricação para garantir que
produtos seguros e legais sejam produzidos. Isso deve incluir o seguinte:
a) Avaliação do impacto da mudança no SGSA levando em consideração qualquer novo perigo
à segurança de alimentos introduzidos (inclusive alergênicos) e atualizando a análise de
perigo de acordo
b) Consideração do impacto no fluxo de processos para o novo produto e para produtos e
processos existentes
c) Necessidade de recurso e treinamento
d) Requisitos de equipamentos e manutenção
e) A necessidade de realizar testes de produção e prazo de validade para validar se a
formulação do produto e os processos são capazes de produzir um produto seguro e
atender aos requisitos do cliente

2.5.14 ESTADO DE SAÚDE (CATEGORIA D DA CADEIA DE ALIMENTOS)


Sujeitos às restrições legais no país de operação, os funcionários devem passar por uma triagem
médica antes do emprego em operações de contato com alimentos, a menos que riscos
documentados ou avaliação médica indique o contrário. Exames médicos adicionais, quando
permitidos, devem ser realizados conforme necessário e em intervalos definidos pela organização.

2.5.15 REQUISITOS PARA ORGANIZAÇÕES COM CERTIFICAÇÃO MULTI-


SITE (CATEGORIAS A, E, FI & G DA CADEIA DE ALIMENTOS)
2.5.15.1 – Matriz

a) A gestão da matriz deve garantir que recursos suficientes estão disponíveis e que as
funções, responsabilidades e requisitos são claramente definidos para a gestão, auditores
internos, pessoal técnico que analisa as auditorias internas e outras pessoas chave
envolvidas no SGSA.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 22 de 78


2.5.15.2 – Requisitos de auditoria interna

a) Um procedimento e programa de auditoria interna deve ser estabelecido pela matriz


cobrindo o sistema de gesto, matriz e todos os sites. Os auditores internos devem ser
independentes das áreas que auditam e ser designados por uma matriz para garantir a
imparcialidade no local.
b) O sistema de gestão, a matriz e todos os sites devem ser auditados pelo menos anualmente
ou mais frequentemente com base na avaliação de risco.
c) Os auditores internos devem atender pelo menos os seguintes requisitos, e isso deve ser
avaliado pelo OC anualmente como parte da auditoria:
Experiência profissional: 2 anos de experiência profissional em tempo integral na indústria de
alimentos, incluindo pelo menos 1 ano na organização.
Educação: conclusão de curso superior ou na ausência de curso formal, ter pelo menos 5 anos de
experiência profissional na área de produção ou manufatura de alimentos, transporte e
armazenamento, fiscalização de varejo ou fiscalização.
Treinamento:
i. Para auditorias internas de FSSC 22000, o auditor líder deve ter concluído com sucesso
um Curso de Auditor Líder FSMS, QMS ou FSSC 22000 de 40 horas.
ii. Outros auditores da equipe de auditoria interna devem ter concluído com êxito um curso de
auditoria interna de 16 horas cobrindo os princípios, práticas e técnicas de auditoria. O
treinamento pode ser fornecido pelo Auditor Líder interno qualificado ou por um provedor
de treinamento externo.
iii. O treinamento do esquema FSSC cobrindo pelo menos a ISO 22000, os programas de pré-
requisitos relevantes com base na especificação técnica para o setor (por exemplo, ISO /
TS 22002-x; PAS-xyz) e os requisitos adicionais da FSSC - mínimo 8 horas.
a) Os relatórios de auditoria interna devem ser submetidos a uma revisão técnica pela matriz,
incluindo o tratamento das não conformidades resultantes da auditoria interna. Os revisores
técnicos devem ser imparciais, ter a capacidade de interpretar e aplicar os documentos
normativos da FSSC (pelo menos ISO 2000, a ISO / TS 22002-x relevante; PAS-xyz e os
requisitos adicionais da FSSC) e ter conhecimento dos processos e sistemas da
organização.
b) Os auditores internos e revisores técnicos devem ser submetidos a monitoramento de
desempenho e calibração anual. Quaisquer ações de acompanhamento identificadas
devem ser devidamente executadas de maneira oportuna e apropriada pela Matriz.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 23 de 78


PARTE 3
REQUISITOS PARA O PROCESSO DE
CERTIFICAÇÃO

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 24 de 78


CONTEÚDO PARTE 3 - REQUISITOS PARA
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

1. FINALIDADE ...........................................................................................................25
2.Geral .........................................................................................................................25
3.Recursos ..................................................................................................................25
4.Processo de Contrato ............................................................................................25
4.1 Solicitação....................................................................................................25
4.2 Escopo ........................................................................................................25
4.3 Duração da Auditoria...................................................................................25
4.4 Contrato.......................................................................................................28
5.Planejamento e Gestão de Auditoria.....................................................................29
5.1 Geral............................................................................................................29
5.2 Funções Múltiplas no Site............................................................................30
5.3 Certificação de Sites Múltiplos.....................................................................30
5.4 Auditoria Não Anunciada ............................................................................32
5.5 Uso de Tecnologia de Comunicação e Informação ...................................33
5.6 Transferência de certificação......................................................................33
5.7 Auditorias de melhoria................................................................................33
5.8 Auditorias de transição..... .........................................................................33
5.9 Alocação da equipe auditora......................................................................34
5.10 Gestão de incidentes graves ..................................................................34
6.Relatório de Auditoria...........................................................................................34
6.1 Relatório Escrito........................................................................................34
6.2 Não conformidades...................................................................................35
7.Processo de Decisão de Certificação .................................................................37
7.1 Geral.........................................................................................................37
7.2 Desenho e conteúdo do certificado ..........................................................37
7.3 Suspensão, retirada ou redução do escopo do certificado .....................38
8. Dados do portal e documentação ....................................................................38

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 25 de 78


1. Finalidade
Essa parte estabelece os requisitos para a execução do processo de certificação a ser conduzida por
Organismos de Certificação (OCs) licenciados.
Onde houver referências aos requerimentos da FSSC 22000, essas também são aplicáveis à FSSC
22000-Quality a não ser exista recomendação contrária escrita.

2. Geral
O OC deve gerenciar seu sistema de gestão de certificação de acordo com os requisitas da ISO/IEC
17021-1:2015, ISO/TS 22003:2013 e FSSC 22000, incluindo todas as decisões do conselho das
partes interessadas da FSSC.
O OC deve gerenciar os documentos e registros relacionados ao Esquema de certificação segundo
seus próprios procedimentos.
O OC deve manter procedimentos de certificação que confirmam a conformidade das organizações
certificadas.

3. Recursos
O OC deve disponibilizar recursos suficientes a fim de garantir a prestação de um serviço confiável
de certificação FSSC 22000.

4. Processo de Contratação
4.1. Solicitação
O OC deve coletar e documentar as informações da organização requerente em um formulário de
solicitação que contenha no mínimo as informações requeridas na ISO/IEC 17021-1, ISO/TS 22003 e
requisitos adicionais do Esquema.

4.2. Escopo
O OC deve avaliar o escopo proposto pela organização requerente no formulário de solicitação e
avaliá-lo em relação aos requisitos no Anexo 1.

4.3. Duração da Auditoria


O OC deve calcular a duração da auditoria baseado nas informações recolhidas no formulário de
solicitação da organização e conforme os requisitos da ISO/IEC 17021-1, ISSO/TS 22003 e FSSC
22000 a seguir:
a) A duração de um dia de auditoria é de, normalmente, 8 horas; a duração efetiva da auditoria
não inclui pausas para almoço (a não ser que seja estabelecido por legislação local);
b) O cálculo da duração da auditoria para FSSC 22000 deve ser documentada pelo OC,
incluindo as justificativas para redução ou aumento de tempo baseadas na duração mínima
de auditoria;
c) A duração da auditoria deve estar estabelecida em horas de trabalho do auditor, indicando o
tempo efetivo de auditoria no local e deve coincidir com o plano de auditoria. Desvios na
duração e plano da auditoria devem ser registrados (incluindo as justificativas);
d) A duração da auditoria não inclui o planejamento, relatórios ou atividades de viagens e sim
apenas o tempo real de auditoria;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 26 de 78


e) O tempo de auditoria deve-se aplicar somente a auditores qualificados e registrados FSSC
22000;
f) Quando a auditoria FSSC 22000 for realizada em combinação com outra auditoria de
segurança de alimentos, como uma auditoria integrada, a duração da auditoria estabelecida
no relatório deve ser a auditoria total combinada e estar alinhada com o plano de auditoria.
Assim, a duração total da auditoria é mais longa que a FSSC 22000 sozinha. Isto é
considerado um aumento na duração da auditoria e a razão para isso deve ser justificada.

4.3.1. Cálculo básico do tempo de auditoria (único site)


A duração total da auditoria on-site (para um único site) é definido como TS + TFSSC, onde:
a) TS = (TD + TH + TMS = TFTE) calculado de acordo com a ISO/TS 22003:2013 e
b) TFSSC deve ser calculado conforme:
i. 0,5 auditor dia (4 horas trabalhadas) quando a organização tiver menos que 250
funcionários (FTE) e 1 ou 2 estudos APPCC.
ii. 1 auditor dia (8 horas trabalhadas) quando a organização tiver 250 ou mais
funcionários (FTE) ou 3 ou mais estudos APPCC.
Quando devidamente documentada e justificada, uma redução no TS pode ser feita de acordo com a
ISO/TS 22003:2013, Anexo B. A redução no tempo de auditoria TS não pode ser nunca maior que
0,25 auditor dia (2 horas trabalhadas) e o tempo de auditoria TS não pode ser menor que 1 dia.
Reduções não podem ser aplicadas à TFSSC.
O tempo de preparação e relatórios deve ser adicionado ao tempo de auditoria:
a) Pelo menos 0,25 auditor dia (2 horas trabalhadas) deve ser adicionado ao tempo de auditoria
FSSC 22000 para preparação da auditoria;
b) Pelo menos 0,5 auditor dia (4 horas trabalhadas) adicional deve ser somada ao tempo de auditoria
FSSC 22000 para relatórios.
Se após os cálculos o resultado for um número decimal, devem ser usadas as horas exatas relativas
ou, quando arredondamento for usado no número de dias, deve-se arredondar para o meio dia
superior mais próximo (exemplo: 5,3 dias de auditoria se tornam 5,5 dias).

4.3.2. Auditorias de Manutenção e Recertificação


a) Auditorias de manutenção: duração da auditoria deve ser de (um terço de TS) + (TFSSC) mais
qualquer outro tempo adicional de auditoria (conforme §4.3.4 abaixo)
b) Auditorias de recertificação: duração da auditoria deve ser de (dois terços de TS) + (TFSSC)
mais qualquer outro tempo adicional de auditoria (conforme §4.3.4 abaixo)
c) Auditorias adicionais (especiais) podem ser realizadas em adição, mas nunca como
substituição às auditorias de manutenção/recertificação. Essas auditorias especiais devem
ser documentadas e alimentadas no Portal.

4.3.3. Duração mínima da auditoria


Para todos os tipos de auditoria (inicial, manutenção ou recertificação) as seguintes regras de duração
mínima são aplicadas:
a) A duração mínima de TS é de 1 dia conforme ISO/TS 220003, Anexo B.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 27 de 78


b) A duração mínima da auditoria FSSC 22000 básica é, portanto, de 1,5 – 2 dias dependendo
do tempo FSSC adicional (ver 4.3.1 b); entretanto, para as categorias C, D, I e K a duração
mínima da auditoria deve ser sempre de 2 dias.
c) A duração mínima das auditorias anuais deve ser sempre respeitada.
As seguintes exceções se aplicam às durações mínimas de auditoria:
a) Para organizações que contenham processos simples, com 5 funcionários (FTEs) ou menos
e máximo 1 Estudo APPCC, reduções extras são permitidas, mas o tempo total TS + TFSSC
deve ser de, no mínimo, um dia para todos os tipos de auditoria.
b) Para organizações das categorias C, D, I ou K que contenham processos simples, menos de
20 funcionários (FTEs) e máximo 1 Estudo APPCC, reduções extras são permitidas até uma
duração mínima de 1,5 dias para todos os tipos de auditoria.
c) Para a subcategoria A, ISO/TS 22003:2013 estabelece-se uma duração mínima de auditoria
de 0,5 dia, assim a duração mínima de auditoria da FSSC 22000 deve ser de 1 dia.
Quando qualquer uma das exceções acima for aplicável, o OC deve assegura que a duração da
auditoria permite uma auditoria efetiva, de forma que todos os requisitos da FSSC 22000 sejam
cobertos.

4.3.4. Tempo adicional de auditoria


Um tempo adicional será exigido nas seguintes situações:
a) MATRIZ Separada
i. Para as organizações nas quais algumas das funções relevantes para a certificação são
controladas por uma MATRIZ separada do(s)sites de fabricação, o tempo mínimo deve ser
de 0,5 auditor dia (4 horas trabalhadas) para auditar as funções pertinentes à certificação
na MATRIZ.
ii. Quando a pessoa responsável da MATRIZ atende a auditoria no local de fabricação,
nenhum tempo extra de auditoria é calculado.
iii. Uma redução máxima de 20% no tempo de auditoria pode ser permitida para cada um dos
sites de fabricação pertencentes ao grupo onde as funções compartilhadas são controladas
pela MATRIZ (off-site). A redução de 20% no tempo de auditoria é aplicada ao tempo
mínimo de auditoria (TS) conforme a ISO/TS 22003:2013, Anexo B.
b) Atividades fora do site (off-site)
Quando atividades de fabricação ou serviço acontecem fora do site (off-site) (ver §5.2.2), uma
redução de 50% no tempo de auditoria Ts pode ser aplicada para cada local adicional OU os
parâmetros das atividades fora do site (off-site) devem ser incluídos no cálculo da auditoria,
conforme §4.3 e o tempo de viagem entre os locais deve ser incluído no plano de auditoria.

Armazenamento fora do site (off-site): pelo menos 0,25 auditor dia (2 horas trabalhadas) adicional ao
tempo de auditoria deve ser somada ao tempo de auditoria FSSC 22000 para cada instalação de
armazenamento fora do site (off-site).

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 28 de 78


O processo de “cross docking” é considerado uma atividade fora do site (off-site) que é coberta pela
FSSC Parte 3, seção 5.2.2 excluindo-se a última frase da seção 5.2.2, 1, que é o requisito relacionado
à relação única receptor/cliente. Os requisitos incluem os cálculos de duração das auditorias relativas
às atividades fora do site (off-site) devem ser aplicadas ao “cross docking”. Operações de transbordo
não são cobertas por esse requisito.
a) Um tempo adicional deve ser considerado caso um intérprete seja necessário para dar
suporte ao time de auditoria.

4.3.5. FSSC 22000-QUALIDADE


a) O tempo de auditoria para a parte ISO 9001 da auditoria deve ser calculado usando-se o IAF
MD 5.
b) A duração da auditoria para a auditoria FSSC 22000 e ISO 9001 integrada deve ser baseada
na IAF MD 11:2019, seção 2.2, na qual o TFSSC deve ser adicionado.

4.3.6. Transição para FSSC 22000


1) Na transição da ISO 22000 ou qualquer certificação equivalente reconhecida pela GFSI para
a certificação FSSC 22000, o tempo mínimo da auditoria de certificação FSSC 22000 deve
ser dois terços do tempo de auditoria da certificação inicial, com no mínimo 1 auditor dia (8
horas trabalhadas) mais o TFSSC conforme definido no §4.3.1.
2) A auditoria de transição deve resultar em um certificado FSSC 22000 com validade de três
(3) anos.
3) A transição para o FSSC 22000-Qualidade só é possível quando a organização possui um
certificado ISO 22000 ou FSSC 22000 válido E um certificado ISO 9001 válido. Nesse caso,
a duração da auditoria é dois terços do tempo de auditoria inicial combinada (ver item 4.3.4.)
mais o TFSSC.

4.4. CONTRATO
Deve existir um contrato de certificação entre o OC e a organização solicitante da certificação,
detalhando o escopo do certificado e relativo a todos os requisitos relevantes do Esquema.
Este contrato deve detalhar ou fazer referência aos acordos entre o OC e a organização, devendo
incluir, mas não se limitar a:
1) A posse do certificado e do conteúdo do relatório de auditoria deve mantida pelo OC;
2) Condições sob as quais o contrato de certificação pode ser rescindido;
3) Condições sob as quais o certificado pode ser usado pela organização certificada;
4) Termos de confidencialidade em relação às informações coletadas pelo OC durante o
processo de certificação;
5) A organização certificada permite que o OC compartilhe as informações relativas aos
processos de certificação e auditoria com Fundação GFSI ou autoridade governamentais
quando solicitado.
6) Procedimentos para a gestão de não-conformidades;
7) Procedimentos para reclamações e recursos;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 29 de 78


8) Inclusão de informações sobre o status do certificado da organização no site e no Portal FSSC
22000;
9) Cooperação na concessão de testemunhadas para avaliações quando solicitado pelo OA
e/ou a Fundação;
10) Obrigações de comunicação de organizações certificadas ao OC dentro de 3 dias úteis
relacionadas aos seguintes tópicos:
a) Quaisquer alterações relevantes que afetem a conformidade com os requisitos do Esquema
e a obtenção de conselho do OC em casos em que haja dúvidas sobre a relevância de uma
alteração;
b) Eventos graves que impactem o SGSA ou SGSAQ, legalidade e/ou integridade da
certificação, que incluem processos judiciais, acusações, situações que representem
ameaças graves à segurança de alimentos, qualidade ou integridade da certificação como
resultado de desastres naturais ou causados pelo homem (por exemplo: guerra, greve,
terrorismo, crime, inundação, terremoto, pirataria informática, etc.);
c) Eventos públicos de segurança de alimentos (como por exemplo: recalls públicos,
calamidades, surtos de segurança de alimentos, etc.)
d) Mudanças no nome da organização, endereço de contato e detalhes do site;
e) Mudanças na organização (por exemplo: mudanças legais, comerciais, organizacionais ou
de propriedade) e gestão (por exemplo: principais gestores, executivos ou equipe técnica);
f) Mudanças no sistema de gestão, escopo das operações e categorias de produtos cobertos
pelo sistema de gestão certificado;
g) Quaisquer outras mudanças que tornem as informações no certificado imprecisas.

5. PLANEJAMENTO E GESTÃO DAS AUDITORIAS


5.1. GERAL
1) Auditorias anuais devem acontecer para garantir a validade do certificado ou que a
recertificação seja concedida antes da data do término da validade do certificado.
2) A auditoria anual deve ser realizada nas instalações da organização e é uma auditoria
completa em relação a todos os requisitos do Esquema. Auditorias de manutenção devem
ser conduzidas dentro do calendário anual conforme os requerimentos da ISO/IEC 17021-1.
3) A auditoria deve ser conduzida em números de dias consecutivos de acordo com a duração
da auditoria calculada. Quando for usada TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação),
os requisitos do Anexo 9 são aplicados.
4) A auditoria deve ser conduzida na língua mutuamente acordada. Um intérprete pode ser
adicionado à equipe pelo OC para apoiar aos membros do time de auditoria.
5) É esperado que o OC opere discretamente em caso de emergências (por exemplo: incêndio,
grande evento catastrófico, outra auditoria em andamento).
6) O OC deve executar as auditorias de fase 1 e fase 2 para a certificação inicial de acordo com
os requisitos da ISO/IEC 17021-1.
7) O intervalo entre as auditorias de fase 1 e fase 2 não deve ser superior a 6 meses. A fase 1
deve ser repetida se um intervalo maior for necessário.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 30 de 78


8) O ciclo de certificação de 3 anos (ISO/IEC 17021-1 §9.1.3) deve ser respeitado.

5.2. MÚLTIPLAS FUNÇÕES ENTRE MAIS DE UM SITE


5.2.1. FUNÇÕES DA MATRIZ
1) Em todos os casos nos quais as funções pertinentes para a certificação são controladas por
uma MATRIZ (tais como compras, aprovação de fornecedor, garantia de qualidade e etc.), o
Esquema exige que estas funções sejam auditadas, entrevistando o pessoal descrito no
sistema de gestão de segurança de alimentos como tendo autoridade (delegada) e
responsabilidade por estas funções. Esta auditoria da MATRIZ deve ser documentada.
2) As funções na MATRIZ devem ser auditadas separadamente onde não sejam parte de um
site sendo avaliado.
3) Todos os sites pertencentes ao grupo devem ter:
a. Uma auditoria separada,
b. Um relatório separado e
c. Um certificado separado.
4) A auditoria da MATRIZ deve ser realizada antes da auditoria dos sites.
5) A auditoria subsequente no(s) site(s) deve incluir uma confirmação de que os requisitos
estabelecidos pela MATRIZ estão adequadamente incorporados nos documentos específicos
do site e implementados na prática.
6) Os relatórios da auditoria e o certificado do site devem indicar quais funções e/ou processos
do SGSA foram auditados na MATRIZ.
7) Todos os sites individuais devem ser auditados dentro de um prazo de 12 meses a partir da
auditoria da MATRIZ.
8) A MATRIZ não pode receber um certificado separado.
9) A MATRIZ é mencionada no certificado do site pelo uso de sentenças tais como:
“Esta auditoria incluiu os seguintes processos centrais do SGSA gerenciados pela (nome e local da
MATRIZ): (descrever os processos SGSA auditados na MATRIZ)”

5.2.2. ATIVIDADES FORA DO SITE (OFF-SITE)


1) Quando um processo de fabricação ou serviço esteja dividido em mais de um endereço físico,
todos os locais podem ser cobertos em uma auditoria, desde que os diferentes endereços
façam parte da mesma entidade jurídica, sob o mesmo SGSA e sejam o único receptor/cliente
entre si.
2) As instalações de armazenamento em outro local também devem ser incluídas na mesma
auditoria, desde que cumpram os requisitos acima mencionados.
3) A declaração de escopo deve mostrar os locais auditados com as atividades por localização
(no certificado ou como um Anexo ao certificado).
4) O relatório de auditoria deve incluir todos os requisitos relevantes em todos os locais e permitir
que as constatações da auditoria sejam identificadas como específicas do local.

5.3. CERTIFICAÇÃO MULTI-SITES


5.3.1. GERAL

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 31 de 78


A certificação multi-sites (incluindo amostragem) só é permitida para as seguintes (sub)categorias de
cadeia alimentar:
• A - Criação de Animais
• E - Catering
• FI - Varejo / atacado
• G - Armazenamento e distribuição.
b) Ao aplicar a certificação multi-site, todos os requisitos do IAF MD 1 devem ser atendidos,
exceto:
• Parágrafo 6.1.3 (tamanho da amostra). Este parágrafo IAF MD 1 deve ser substituído pelo
parágrafo 9.1.5.4 do regime de amostragem ISO / TS 22003: 2013.
• Parágrafo 7.3: Para cálculo do tempo de auditoria, ver 4.3.3, onde os mesmos princípios
para uma Sede podem ser usados para a matriz.
c) Uma organização multi-site não precisa ser uma entidade legal única, mas todos os sites
devem ter um vínculo legal ou contratual com a matriz da organização e estar sujeitos a um
sistema de gestão único, que é estabelecido, estabelecido e sujeito a vigilância contínua e
auditorias internas pela matriz.
d) A matriz deve ser auditada pelo menos anualmente e antes das auditorias do OC dos locais
(amostrados). Se necessário, um pequeno número de sites de amostra pode ser auditado
antes da auditoria da matriz.
e) Um relatório de auditoria pode ser produzido para a organização multi-site, incluindo as
informações da matriz, informações específicas sobre cada site auditado e em conformidade
com o conteúdo do Anexo 2 ou Anexo 3 (FSSC 22000-Qualidade). As seções de resumo do
relatório de auditoria devem refletir claramente o que foi auditado em cada local com
evidências objetivas de apoio. Alternativamente, relatórios separados podem ser produzidos
para a matriz e cada um dos sites, respectivamente.
f) O certificado deve ser um certificado de grupo.

5.3.2. METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM


a) Os requisitos de amostragem, conforme estabelecido na ISO / TS22003: 2013, parágrafo
9.1.5.4, devem formar a base para determinar o tamanho da amostra. Além disso, as
categorias de risco e desempenho dos sites devem ser considerados e podem resultar em
um aumento no tamanho da amostra.
b) Onde os sites são adicionados ao grupo, uma auditoria é necessária antes de adicioná-los
ao certificado - seja como uma auditoria especial ou como parte da auditoria anual.
c) Uma vez a cada 3 anos, a auditoria anual deve ser conduzida totalmente sem aviso prévio,
conforme estabelecido na Parte 3, seção 5.4.1, incluindo a matriz e as auditorias locais.

5.3.3. REQUISITOS PARA A MATRIZ


a) A matriz deve manter o contrato com o OC e solicitar a inclusão de amostragem em vários
locais como parte do processo de candidatura, caso deseje incluí-la.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 32 de 78


b) É responsabilidade da matriz assegurar o compromisso da gestão com o SGSA e ter recursos
e capacidade técnica suficientes para apoiar o sistema e o programa de auditoria interna. A
matriz deve ser imparcial em relação aos locais (por exemplo, ter funcionários diferentes /
dedicados, governança, gestão etc.).
c) A matriz deve assumir a responsabilidade pela coordenação, tratamento e encerramento das
não-conformidades levantadas no nível do local em conjunto com os locais relevantes. A falha
da matriz ou de qualquer um dos sites em atender aos requisitos do Esquema, fará com que
toda a organização, incluindo a matriz e todos os sites, não obtenha a certificação. Onde a
certificação já existia, isso deve iniciar o processo do OC para suspender ou retirar a
certificação.

5.3.4. GESTÃO DE NÃO CONFORMIDADE


As não conformidades levantadas em organizações multi-site (consulte a seção 5.3) devem seguir os
requisitos do Esquema, bem como aqueles no IAF MD1, seção 7.7 com os seguintes requisitos
específicos adicionais:
a) Quando uma não-conformidade crítica é identificada, o certificado da organização multi-site
deve ser suspenso dentro de 3 dias úteis após a emissão da não-conformidade crítica,
independentemente de se todas as auditorias do site foram concluídas ou não.
b) Quando uma não conformidade maior é identificada e a auditoria leva mais de 30 dias para
ser concluída (função central e auditorias do local), a organização deve fornecer um plano de
ação corretiva incluindo quaisquer medidas temporárias ou controles necessários para mitigar
o risco até que a não conformidade possa ser fechado.
c) O cronograma para o encerramento das não-conformidades começa no final da auditoria -
após a conclusão da auditoria da função central e de todas as auditorias do local.

5.4. 5.4 AUDITORIAS NÃO ANUNCIADAS


5.4.1. FREQUÊNCIA
1) O OC deve garantir que, para cada organização certificada, pelo menos uma auditoria de
supervisão seja realizada sem aviso prévio após a auditoria de certificação inicial e dentro de
cada período de três (3) anos a partir de então.
2) A organização certificada pode escolher voluntariamente substituir todas as auditorias de
vigilância por auditorias de vigilância anuais não anunciadas. As auditorias de recertificação
podem ser realizadas sem aviso prévio, a pedido da organização certificada.
3) A auditoria de certificação inicial (estágio 1 e estágio 2) não pode ser realizada sem aviso
prévio.

5.4.2. EXECUÇÃO
1) A EC determina a data da auditoria não anunciada como parte do programa de auditoria.
2) O local não será notificado com antecedência da data da auditoria não anunciada e o plano de
auditoria não será compartilhado até a reunião de abertura. Em casos excepcionais onde
restrições específicas de visto se aplicam, o contato com a organização certificada pode ser

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 33 de 78


necessário como parte do processo de solicitação de visto. No entanto, as datas exatas da
auditoria não anunciada não devem ser confirmadas, apenas uma janela de tempo.
3) A auditoria não anunciada ocorre durante o horário normal de trabalho, incluindo turnos noturnos
quando necessário.
4) Dias de blackout podem ser acordados previamente entre o OC e a organização certificada.
5) A auditoria começará com uma inspeção das instalações de produção com início dentro de 1
hora após a chegada do auditor no local. No caso de edifícios múltiplos no local, o auditor deve,
com base nos riscos, decidir quais edifícios / instalações devem ser inspecionados e em que
ordem.
6) Todos os requisitos do Esquema devem ser avaliados, incluindo processos de produção ou
serviço em operação. Quando partes do plano de auditoria não podem ser auditadas, uma
auditoria de acompanhamento (anunciada) deve ser agendada dentro de 4 semanas.
7) O OC decide qual das auditorias de supervisão deve ser escolhida para a auditoria não
anunciada, levando em consideração o requisito de que as auditorias não anunciadas devem ser
realizadas pelo menos uma vez a cada 3 anos e em conformidade com o requisito do ano civil.
8) Se a organização certificada se recusar a participar da auditoria não anunciada, o certificado
deve ser suspenso imediatamente, e o OC deve retirar o certificado se a auditoria não anunciada
não for conduzida dentro de um prazo de seis meses a partir da data da recusa.
9) Deve ser anunciada a auditoria de matrizes distintas que controlam certos processos de FSMS
pertinentes à certificação, separadamente do(s) local(is) (ver 5.2.1). Quando as atividades da
Sede fazem parte de uma auditoria local, elas devem ser feitas sem aviso prévio.
10) Locais secundários (atividades externas) e armazenamento externo, depósitos e instalações de
distribuição também devem ser auditados durante a auditoria não anunciada.

5.5. USO DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA DE


COMUNICAÇÃO
A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) pode ser usada como uma ferramenta de auditoria
remota durante as auditorias FSSC 22000 com as seguintes aplicações e atendendo aos requisitos
aplicáveis do IAF MD4:
1) Para conduzir entrevistas com pessoas e revisar políticas, procedimentos ou registros como
parte da auditoria no local;
2) Ao utilizar a Abordagem de Auditoria de TIC conforme estabelecido no Anexo 9.

5.6. TRANSFERÊNCIA DE CERTIFICAÇÃO


O OC deve seguir os requisitos do IAF MD2 para a transferência de organizações certificadas de outro
OC.

5.7. AUDITORIAS DE ATUALIZAÇÃO


A Fundação emitirá instruções quando as auditorias de atualização forem necessárias. Isso
normalmente ocorre quando há uma mudança significativa nos requisitos do Esquema.
O OC deve:
1) Seguir os requisitos de atualização emitidos pela Fundação;
2) Garantir que todos os funcionários e auditores estejam familiarizados com o processo de
atualização;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 34 de 78


3) O tempo adicional de auditoria deve ser recalculado e informado aos clientes quando
aplicável;
4) Após a auditoria de atualização bem-sucedida (incluindo o encerramento de não
conformidades), o certificado será reemitido quando necessário como parte dos requisitos de
atualização.

5.8. AUDITORIAS DE TRANSIÇÃO


1) Auditorias de transição são permitidas a partir de programas de certificação reconhecidos
pela ISO 22000 e GFSI com escopos equivalentes. Para FSSC 22000-Quality, as auditorias
de transição são permitidas para organizações que possuam uma ISO 22000 válida, FSSC
22000 e um certificado ISO 9001 válido (consulte a seção 4.3.5 para duração da auditoria).
2) As auditorias de transição são o início de um novo ciclo de certificação e, portanto, devem
ser uma auditoria de estágio 2 (um estágio 1 pode ser realizado a critério do OC).
3) O certificado FSSC 22000 / certificado FSSC 22000-Qualidade emitido terá uma validade de
3 anos.

5.9. ALOCAÇÃO DA EQUIPE DE AUDITORIA


1) Todos os membros da equipe de auditoria devem atender aos requisitos de competência
estabelecidos pela Fundação na Parte 4, capítulo 3.
2) A equipe de auditoria deve ter a competência combinada para as subcategorias da cadeia de
alimentos, apoiando o escopo da auditoria e seguindo os requisitos da ISO/IEC 17021-1.
3) A auditoria FSSC 22000-Quality é uma auditoria totalmente integrada e a equipe de auditoria
deve atender aos requisitos de competência estabelecidos pela Fundação na Parte 4 do
Esquema.
4) O auditor líder deve ser sempre um auditor qualificado FSSC 22000.
5) Um auditor não está autorizado a realizar mais de dois ciclos de certificação de 3 anos no
mesmo local certificado, seja como auditor líder ou como co-auditor. Se um auditor começar
a auditoria dentro de um ciclo de certificação, ele / ela será rodado/a após seis (6) anos por
um período mínimo de um ano.

5.10. GESTÃO DE EVENTOS GRAVES


1) O OC deve ter um processo para revisar as auditorias planejadas quando um evento sério
afetar uma organização certificada e a auditoria não puder ser realizada conforme planejado.
2) O OC deve avaliar os riscos de continuar a certificação e estabelecer uma política e processo
documentados, delineando as etapas que tomará no caso de uma organização certificada ser
afetada por um evento sério para garantir que a integridade da certificação seja mantida. O
conteúdo mínimo da avaliação de risco deve cobrir os aspectos listados no IAF ID3, seção 3.
3) O resultado da Avaliação de Risco e as ações planejadas devem ser registrados. Os desvios
do programa de auditoria e sua justificativa para as alterações devem ser registrados. Os
OCs devem estabelecer, em consulta com as organizações certificadas, um curso de ação
razoavelmente planejado.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 35 de 78


4) Nos casos em que a auditoria de acompanhamento anual não possa ser realizada dentro do
ano civil em decorrência de evento grave, será solicitada a isenção à Fundação ou o
certificado será suspenso.

6. RELATÓRIO DE AUDITORIA
6.1. RELATÓRIO ESCRITO
O OC deve fornecer um relatório escrito para cada auditoria.
a) O relatório de auditoria deve ser tratado confidencialmente pelo OC, mas deve ser
disponibilizado às Autoridades de Segurança dos alimentos após a aprovação da
organização.
b) O relatório de auditoria deve confirmar que todos os requisitos do Esquema são avaliados,
relatados e uma declaração de (não) conformidade fornecida. Além disso, deve cumprir todos
os requisitos relevantes da ISO / IEC 17021-1. O conteúdo deve estar de acordo com os
requisitos do Anexo 2 ou Anexo 3 no caso do FSSC 22000-Quality.
c) As condições procedimentais e operacionais do sistema de gestão da segurança de
alimentos devem ser verificadas para avaliar a eficácia do sistema de gestão da segurança
de alimentos atendendo aos requisitos do Esquema e relatadas.
d) Em casos excepcionais, um requisito pode ser considerado não aplicável. Quando um
requisito é considerado N / A, a justificativa adequada deve ser registrada na seção relevante
do relatório de auditoria.
e) Exclusões de escopo devem ser avaliadas e justificadas no relatório de auditoria.
f) Desvios do plano de auditoria devem ser motivados no relatório.
g) Os auditores devem relatar todas as não-conformidades (NCs) em todas as auditorias. Para
cada não conformidade (NC), uma declaração clara e concisa do requisito, o NC, o grau do
NC e a evidência objetiva devem ser escritos.
h) Correções, planos de ação corretiva e sua aprovação devem ser incluídos de acordo com o
Anexo 2 ou Anexo 3 no caso da FSSC 22000-Qualidade.
i) O relatório da Sede deverá conter, no mínimo, as NCs encontradas no HO. Este relatório
deve ser carregado. Em cada auditoria do local, a implementação das ações corretivas deve
ser verificada e relatada.
j) O relatório de auditoria completo, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos pelo
Esquema, deve ser enviado à organização (certificada) no prazo de 2 semanas após a
decisão de certificação para todas as auditorias realizadas.
k) É requisito da Fundação que os relatórios de auditoria sejam redigidos em inglês.
Quando uma organização solicitar que o relatório seja escrito no idioma em que a auditoria
foi realizada (se diferente do inglês), isso é permitido com base no acordo mútuo entre o OC
e a organização. No entanto, os campos obrigatórios do portal devem ser sempre
preenchidos em inglês. Em todos os casos em que os OCs estão traduzindo relatórios de
auditoria, o OC deve ter procedimentos de verificação em vigor para garantir que as traduções
sejam precisas.

6.2. NÃO CONFORMIDADES


De acordo com as definições do Esquema e conforme definido abaixo, o OC deve aplicar esses
critérios como uma referência para determinar o nível de não-conformidades das constatações.
Existem três níveis de classificação de não conformidade:
a) Não conformidade menor;
b) Não-conformidade maior;
c) Não conformidade crítica.
As não conformidades devem sempre ser escritas no requisito do Esquema mais relevante vinculado
aos critérios de auditoria específicos na ISO 22000: 2018; o padrão PPR especificado ou o Requisito
Adicional FSSC.
Presume-se que as não conformidades levantadas em uma auditoria da Sede tenham um impacto
nos procedimentos equivalentes aplicáveis a todos os locais. Ações corretivas devem, portanto,
abordar questões de comunicação entre os sites certificados e ações apropriadas para sites
impactados. Essas não-conformidades e ações corretivas devem ser claramente identificadas na
seção pertinente do relatório de auditoria do local e devem ser liberadas de acordo com os
procedimentos do OC antes de emitir o certificado do local.
O Esquema não permite “Oportunidades de Melhoria”.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 36 de 78


6.2.1. NÃO CONFORMIDADE MENOR
Uma não conformidade menor deve ser emitida quando a descoberta não afeta a capacidade do
sistema de gestão de atingir os resultados pretendidos:
1) A organização deve fornecer ao OC evidências objetivas da correção, evidências de uma
investigação dos fatores causais, riscos expostos e o plano de ação corretiva (CAP) proposto;
2) O OC deve revisar o plano de ação corretiva e as evidências de correção e aprová-lo quando
aceitável. A aprovação do OC deve ser concluída no prazo de 28 dias corridos após o último
dia da auditoria. Ultrapassar este prazo resultará na suspensão do certificado;
3) Ações corretivas (CA) devem ser implementadas pela organização dentro do prazo acordado
com o OC;
4) A eficácia da implementação do plano de ação corretiva deve ser revista, o mais tardar, na
próxima auditoria programada. A falha em abordar uma não conformidade menor da auditoria
anterior pode levar ao surgimento de uma não conformidade maior na próxima auditoria
programada.

6.2.2. NÃO CONFORMIDADE MAIOR


Uma não conformidade maior deve ser emitida quando a descoberta afetar a capacidade do sistema
de gestão de atingir os resultados pretendidos:
1) A organização deve fornecer ao OC evidências objetivas de uma investigação dos fatores
causais, riscos expostos e evidências de implementação eficaz;
2) O OC deve revisar o plano de ação corretiva e conduzir uma auditoria de acompanhamento
no local para verificar a implementação do CA para encerrar a não conformidade principal.
Nos casos em que a evidência documental é suficiente para eliminar a não conformidade
maior, o OC pode decidir realizar uma análise documental. Esse acompanhamento deve ser
feito no prazo de 28 dias corridos a partir do último dia da auditoria;
3) A não conformidade maior deve ser encerrada pelo OC no prazo de 28 dias corridos a partir
do último dia da auditoria. Quando o major não puder ser encerrado neste prazo, o certificado
será suspenso;
4) Quando a conclusão das ações corretivas possa levar mais tempo, o CAP deve incluir
quaisquer medidas ou controles temporários necessários para mitigar o risco até que a ação
corretiva permanente seja implementada.

6.2.3. NÃO CONFORMIDADE CRÍTICA


Uma não conformidade crítica é emitida quando um impacto direto na segurança de alimentos sem
ação apropriada por parte da organização é observado durante a auditoria ou quando a legalidade e
/ ou integridade da certificação estão em jogo:
1) Quando uma não conformidade crítica é levantada em uma organização certificada, o
certificado deve ser suspenso no prazo de 3 dias úteis após a sua emissão, por um período
máximo de 6 (seis) meses;
2) Quando uma não conformidade crítica é emitida durante uma auditoria, a organização deve
fornecer ao OC evidências objetivas de uma investigação dos fatores causais, riscos
expostos e o CAP proposto. Isso deve ser fornecido ao OC no prazo de 14 dias corridos após
a auditoria;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 37 de 78


3) Uma auditoria separada deve ser conduzida pelo OC entre seis (6) semanas a seis (6) meses
após a auditoria regular para verificar a implementação efetiva das ações corretivas. Esta
auditoria deve ser uma auditoria completa no local (com duração mínima de um dia no local).
Após uma auditoria de acompanhamento bem-sucedida, o certificado e o ciclo de auditoria
atual serão restaurados e a próxima auditoria deverá ocorrer conforme planejado
originalmente (a auditoria de acompanhamento é adicional e não substitui uma auditoria
anual). Esta auditoria deve ser documentada e o relatório carregado;
4) O certificado deverá ser retirado quando a não conformidade crítica não for efetivamente
resolvida no prazo de 6 (seis) meses;
5) No caso de uma auditoria de certificação (inicial), a auditoria de certificação completa deve
ser repetida.

7. PROCESSO DE DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO


7.1. GERAL
1) Os OCs devem conduzir uma revisão técnica para todas as auditorias para concordar com o
conteúdo e resultado dos relatórios de auditoria, NCs (evidência objetiva e classificação) e
eficácia das correções e planos de ação corretiva. Após cada revisão técnica, os OCs devem
tomar uma decisão sobre o status de certificação da organização (por exemplo, certificar,
continuar a certificação, suspender, retirar).
2) O OC deve manter informações documentadas das decisões sobre o status da certificação
que foram consideradas e por quem. Essas informações devem incluir: os nomes das
pessoas que tomam cada decisão e a data em que a decisão foi tomada.
Nota: nem todas as decisões podem levar à emissão de um novo certificado.
3) O período máximo de validade do certificado é de 3 anos a partir da data da decisão inicial
de certificação, com ciclos subsequentes de 3 anos.

7.2. DESENHO E CONTEÚDO DO CERTIFICADO


1) O OC deve emitir certificados FSSC 22000 e FSSC 22000-Quality de acordo com as regras
de escopo e modelos de certificado estabelecidos pela Fundação (ver Anexo 1 e Anexo 4).
2) O certificado deve ser em inglês e corresponder ao certificado do portal e aos dados do registo
público. É possível incluir uma tradução da declaração de escopo seguindo a declaração em
inglês no certificado.
3) O logotipo FSSC 22000 deve ser usado pelo OC em seus certificados.
4) Os detalhes da Sede devem ser incluídos, quando aplicável.
5) Onde aplicável, Sites fora do local e multi-sites devem ser listados, (incluindo nome, endereço
e atividades); os detalhes podem ser fornecidos em um anexo ao certificado.
6) As datas dos certificados serão as seguintes:
a. Data de decisão do certificado: data em que uma nova decisão é feita após uma auditoria de
certificação ou recertificação (excluindo auditorias de supervisão regulares). Novas datas de
decisão de certificado também são necessárias em situações como mudanças de versão do
Esquema e / ou extensões / reduções de escopo. Nestes casos, a data de validade
permanece inalterada;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 38 de 78


b. Data de certificação inicial (ou seja, a data de decisão de certificação após a auditoria inicial).
Esta é uma data fixa que é mantida enquanto a organização estiver vinculada ao OC e possuir
certificados FSSC 22000 válidos;
c. Data de emissão: data de emissão do certificado ao cliente; ou data de reemissão quando um
novo certificado é emitido (por exemplo, devido à mudança de versão, extensão de escopo,
etc.);
d. Válido até a data: data de validade do certificado (por exemplo, data de decisão de certificação
original + 3 anos para o ciclo inicial).

7.3. SUSPENSÃO OU RETIRADA DO CERTIFICADO OU


REDUÇÃO DE ESCOPO
1) Suspensão: o OC deve suspender imediatamente a certificação quando ocorre uma não
conformidade crítica ou quando há evidência de que seu cliente é incapaz ou não deseja
estabelecer e manter a conformidade com os requisitos do Esquema.
2) Retirada: o OC deve retirar um certificado quando:
a. O status de suspensão não pode ser revogado dentro de seis (6) meses;
b. A organização encerrar suas atividades com relação à certificação do FSSC 22000;
c. Qualquer outra situação em que a integridade do certificado ou do processo de auditoria
fique comprometida.
3) Redução de escopo: quando o auditor tem evidência de que seu cliente possui um
certificado cujo escopo excede sua capacidade ou capacidade de atender aos requisitos do
Esquema, o OC deve reduzir o escopo da certificação de acordo. O OC não deve excluir
atividades, processos, produtos ou serviços do escopo da certificação quando esses podem
ter uma influência na segurança dos alimentos dos produtos finais como definidas no âmbito
da certificação.

7.3.1. AÇÃO SOBRE SUSPENSÃO, RETIRADA E REDUÇÃO DO ESCOPO


1) Em caso de suspensão ou retirada, a certificação do sistema de gestão das organizações é
inválido. O OC deve concluir as seguintes ações no prazo de 3 dias úteis depois que a decisão
de certificação foi feita:
a) Alterar o status da organização certificada no Portal e seu próprio Cadastro de
organizações certificadas e tomar quaisquer outras medidas que considere adequadas;
b) Informar a organização por escrito da decisão de suspensão ou retirada;
c) Instruir a organização a tomar as medidas adequadas a fim de informar as partes
interessadas.
2) Em caso de redução do escopo, a certificação do sistema de gestão da organização é inválida
além da declaração revisada do escopo da certificação. O OC deve realizar as seguintes
ações dentro de 3 dias úteis após a decisão de certificação ter sido feita:
a) Alterar o escopo da organização certificada no banco de dados FSSC 22000 e no seu
próprio registro de organizações certificadas e tomar quaisquer outras medidas que
considerar apropriadas;
b) Informar a organização por escrito sobre a mudança de escopo;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 39 de 78


c) Instruir a organização a tomar as medidas adequadas a fim de informar as partes
interessadas.

8. DADOS E DOCUMENTAÇÃO DO PORTAL


8.1. PROPRIEDADE DE DADOS
a) A organização (certificada) é a proprietária de um relatório de auditoria, enquanto o OC
é responsável pelos dados do relatório.
b) A organização (certificada) é a detentora do certificado, não a proprietária. O OC é o
dono dos dados do certificado.

8.2. REQUISITOS DE CARREGAMENTO DE DADOS


Para todos os tipos de auditoria, os dados e documentação necessários devem ser inseridos no portal
nos últimos 28 dias corridos após a decisão de certificação, com um máximo de 2 meses após o último
dia da auditoria. Os dados obrigatórios no Portal devem ser inseridos em inglês.

8.3. CONTROLE DE QUALIDADE DE DADOS


O OC deve ter um processo de controle de qualidade de dados em vigor que forneça garantia para o
Portal de Qualidade de Dados do organismo de certificação. Os parâmetros de qualidade incluem o
seguinte, no mínimo:
a) Completude: todos os dados obrigatórios foram cadastrados no Portal;
b) Oportunidade: todos os dados foram cadastrados no Portal dentro do tempo requerido;
c) Validade: os valores dos dados cadastrados atendem aos requisitos do Esquema;
d) Exatidão: os dados são uma representação verdadeira dos fatos reais relacionados à
auditoria completa e ao processo de certificação;
e) Consistência: os dados cadastrados no Portal são uma representação verdadeira dos
dados armazenados no (s) sistema (s) interno (s) do OC.

8.4. PORTAL OC
a) Quando solicitado pela organização certificada, os OCs devem fornecer ativamente o
acesso da Organização Certificada ao perfil da organização, auditoria e dados de
certificação registrados no Portal usando a funcionalidade disponível.
b) Os OCs devem garantir que o acesso da Organização Certificada seja concedido apenas
a indivíduo (s) autorizados.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 40 de 78


PARTE 4
REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE
CERTIFICAÇÃO

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 41 de 78


CONTEÚDO PARTE 4 - REQUISITOS PARA
ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

1. FINALIDADE ...........................................................................................................42
2. Relação com a Fundação .....................................................................................42
2.1 Licenciamento..............................................................................................42
2.2 Engajamento................................................................................................44
2.3 Programa de Integridade.............................................................................46
3.Competência.............................................................................................................47
3.1 Geral............................................................................................................47
3.2 Tomador de decisão de certificação............................................................47
3.3 EspecialistaTécnico.....................................................................................47
3.4 Testemunha.................................................................................................48
3.5 Processo de qualificação de auditor............................................................48

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 42 de 78


1. FINALIDADE
Essa parte contém os requisitos para organismos de certificação licenciados (OCs) que desejam
fornecer serviços de certificação de esquema para organizações.
Quando se faz referência aos requisitos FSSC 22000, também se aplica para FSSC 22000-Qualidade,
exceto quando houver indicação do contrário.
Quando o termo "Requisitos do Esquema" é usado, refere-se aos requisitos do esquema FSSC 22000,
ISO / IEC 17021-1, ISO / TS 22003 e à lista de decisões do Conselho de Partes Interessadas.

2. RELAÇÃO COM A FUNDAÇÃO


2.1. LICENCIAMENTO
1) Como pré-requisito para o pedido de licença, o OC deve possuir uma acreditação da norma
ISO / IEC 17021-1: 2015 válida, incluindo ISO / TS 22003: 2013.
2) Para os Requisitos do Esquema, a acreditação deve abranger as categorias e subcategorias
da cadeia alimentar aplicável nas quais se fornece seus serviços de certificação FSSC 22000.
O OC deve fornecer à Fundação informações e documentação relacionadas com o seu
credenciamento para o Esquema quando solicitado.
3) A Fundação tem o direito de solicitar ao Organismo de Acreditação informações relacionadas
com a acreditação.
4) O OC pode ter mais de uma acreditação para o local principal, mas deve ser coberto por
uma única licença. No caso de o corpo de acreditação ter vários locais com sua própria
acreditação, é necessária uma licença separada para cada local.

2.1.1. PROCESSO DE APLICAÇÃO DE LICENÇA


1) Os OCs devem solicitar a obtenção de uma licença junto à Fundação para serem elegíveis
para realizar atividades de certificação reconhecidas pelo Esquema FSSC 22000. As licenças
são emitidas para local (is) especificado (s) de escritório da OC, conforme solicitado no
formulário de solicitação de licença. No caso de terceirização de quaisquer atividades
relacionadas à certificação, isso também deve ser descrito na inscrição.
2) Uma licença pode cobrir várias categorias da cadeia alimentar para FSSC 22000 e / ou FSSC
22000-Serviços de certificação de qualidade.
3) Com o pedido, o OC compromete-se com a implementação de todos os requisitos do
esquema e quaisquer outras obrigações descritas no contrato de licença.

2.1.2. LICENÇAS
2.1.2.1. CONTRATO DE LICENÇA (STATUS PROVISÓRIO)
1) O OC deve apresentar um pedido à Fundação especificando as categorias da cadeia
alimentar e subcategorias às quais deseja fornecer serviços de certificação. Como parte da
inscrição, o OC deve apresentar a documentação exigida pelo Programa de Integridade como
parte do processo de integração.
2) Após a revisão das informações e a conclusão bem-sucedida das etapas aplicáveis do
Programa de Integridade da Fundação, o OC deve receber uma licença com status provisório
e ser listado como aprovado provisoriamente na lista OC no site FSSC 22000.
3) O OC deve então solicitar o credenciamento com um Organismo de Acreditação aceito pela
Fundação e enviar a confirmação por escrito de aceitação do pedido à Fundação.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 43 de 78


4) O status provisório permite que uma CB use o Esquema para certificação não credenciada
uma vez que a autorização foi recebida da Fundação de acordo com os requisitos do
processo de integração do Programa de Integridade. Os certificados não credenciados devem
ser registrados no Portal. Após o credenciamento ser alcançado, esses certificados não
credenciados podem ser substituídos por certificados acreditados, imediatamente ou após a
próxima auditoria de certificação. Caso o status de acreditação não seja alcançado, a licença
provisória será encerrada e certificados já emitidos serão retirados.
5) O status provisório da licença é válido por doze (12) meses a partir da data de assinatura
pela Fundação e dentro deste prazo o OC deverá:
a. Obter o credenciamento de um OA aceito pela Fundação para as categorias e
subcategorias cobertas no contrato de licença. Para requisitos FSSC 22000 no processo
de acreditação, consulte a Parte V do Esquema;
b. Ter pelo menos 5 (cinco) organizações auditadas cadastradas no Portal;
c. Concluir com sucesso as etapas aplicáveis do Programa de Integridade do processo.
2.1.2.2. CONTRATO DE LICENÇA (STATUS COMPLETO)
Após os critérios de 2.1.2.1 terem sido atendidos, o OC deve apresentar à Fundação:
a) Uma cópia do seu certificado de acreditação abrangendo as categorias e subcategorias do
contrato de licença;
b) Uma cópia de seus relatórios de avaliação AB (avaliações de escritório e testemunha). Após
a conclusão bem-sucedida das etapas aplicáveis do Programa de Integridade, a Fundação
emitirá e / ou modificará o status do contrato de licença do CB listado no site FSSC 22000 e
no Portal.

2.1.3. MANUTENÇÃO DA LICENÇA


A fim de manter sua licença, o OC deve:
a) Ter pelo menos cinquenta (50) certificados registrados no Portal, com no mínimo um para
cada categoria de cadeia alimentar licenciada. Para novos OCs, isso deve ser alcançado da
seguinte forma, após o recebimento da licença completa: quinze (15) certificados dentro de
12 meses, trinta e cinco (35) certificados dentro de 24 meses e cinquenta (50) certificados em
36 meses;
b) Cumprir todos os requisitos do Esquema de Certificação FSSC 22000 para OCs;
c) Cumprir as obrigações financeiras para com a Fundação.

2.1.4. EXTENSÃO DA LICENÇA


1) O OC deve apresentar um pedido à Fundação especificando as subcategorias da cadeia
alimentar (ou categoria, se não houver subcategoria) para as quais solicita uma extensão da
licença existente.
2) Ao OC será concedido um status provisório para a nova subcategoria (ou categoria, se não
subcategoria) seguido de uma revisão e registro no Portal e veiculada no site FSSC 22000.
O OC deve compartilhar com a Fundação o AB de confirmação de aceitação escrito para
início do processo de acreditação.
3) O status provisório permite que uma EC emita certificação não credenciada para a nova
subcategoria (ou categoria, se não houver subcategoria). Os certificados não credenciados devem

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 44 de 78


ser registrados no Portal. Após o credenciamento, esses certificados podem ser substituídos por
certificados acreditados.
4) O status provisório da licença é válido por apenas 12 meses da data de assinatura pela Função e
dentro desse período de tempo o OC deve conseguir a acreditação de um AB aceito pela
Fundação nas categorias e subcategorias cobertas pelo contrato de licença. Para a acreditação
do FSSC 22000-Qualidade, o credenciamento deve abranger a ISO 9001.
5) Pelo menos um certificado deve ser listado no Portal para a nova categoria dentro dos prazos
definidos.

2.1.5. SUSPENSÃO, RESCISÃO E REDUÇÃO


A Fundação tem o direito de suspender, rescindir ou limitar o escopo do acordo de licença do CB. As
razões podem ser, entre outras:
1) Acreditação não alcançada no prazo de um ano;
2) Cancelamento da acreditação;
3) Não cumprir o número mínimo de certificados especificado pela Fundação;
4) Decisão do comitê de sanção;
5) Não pagamento da taxa à Fundação;
6) Não conformidade repetitiva com os requisitos do Esquema;
7) Não conformidade com o Programa de Integridade ou seus componentes.

2.1.5.1. SUSPENSÃO
1) Quando a licença de uma CB é suspensa pela Fundação, a Fundação irá determinar em que
medida a EC vai ter permissão para manter suas atividades de auditoria e certificação por um
período de tempo definido. A Fundação publicará suspensões no FSSC 22000 site, e o
Organismo de Acreditação será notificado.
2) A Fundação irá restaurar a licença suspensa quando o OC demonstrar que o problema que
resultou na suspensão foi resolvido e as condições para a retirada da suspensão foram
cumpridas.
3) A não resolução das questões que resultaram na suspensão no prazo estabelecido pela
Fundação deve resultar na rescisão ou redução do escopo da licença de acordo com o
Programa de integridade e com a política de sanção.

2.1.5.2. RESCISÃO
1) Quando a licença de uma EC é rescindida pela Fundação, a EC não pode se inscrever para
uma nova licença dentro do prazo comunicado pela Fundação.
2) O OC deverá acordar com a Fundação a transferência de suas organizações certificadas na
sequência os requisitos descritos no contrato de licença.

2.2. ENGAJAMENTO
2.2.1. COMUNICAÇÃO
1) O OC deve nomear uma pessoa de contato do FSSC 22000 que seja competente nos
requisitos do esquema e mantém contato com a Fundação.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 45 de 78


2) Essa pessoa deve ser responsável por todos os aspectos da implementação do Esquema e por
garantir que as seguintes responsabilidades sejam definidas e implementadas dentro do OC:
a) Nomear uma pessoa de contato para os sistemas de TI FSSC 22000;
b) Nomear um responsável pela gestão do Programa de Integridade;
c) Nomear um representante para participar na Conferência de Harmonização;
d) Manter-se atualizado com os desenvolvimentos do Esquema, incluindo desenvolvimentos de
TI;
e) Gestão de outras informações adicionais exigidas pela Fundação;
f) Comunicar novas informações ou alterações em relação aos requisitos do Esquema às partes
envolvidas no prazo de um mês, a menos que especificado de outra forma pela Fundação.
3) O OC deve designar a responsabilidade pelo desenvolvimento, implementação e manutenção
do sistema de qualidade dos OCs em relação ao Esquema FSSC. O funcionário designado
também deve ter a responsabilidade de relatar o desempenho do sistema de qualidade para
fins de análise crítica pela gestão e melhoria contínua.
O OC deve comunicar à Fundação:
1) Mudanças no status de acreditação FSSC 22000: por exemplo extensão ou redução de
escopo, suspensão, ou retirada, juntamente com uma comunicação por escrito à Fundação
sobre as circunstâncias que levaram a isso e quaisquer atrasos na obtenção de acreditação
que poderia impactar a licença
2) Quaisquer mudanças significativas em sua propriedade, status legal, pessoal de gestão,
estrutura, ou constituição que (potencialmente) possa impactar a gestão do Esquema pelo
CB;
3) Qualquer possível conflito ou problema que poderia resultar em trazer a Fundação ou GFSI
para descrédito;
4) Qualquer recall público de uma organização certificada, resultando em morte e / ou
hospitalização ou gerando cobertura significativa da mídia, dentro de três dias após o recall
ser notificado ao CB;
5) Situações e/ou eventos graves onde a integridade da certificação FSSC 22000 é
comprometida conforme descrito na Parte 3

2.2.2. RESPONSABILIDADES
1) O OC deve cooperar com todos os pedidos da Fundação para relatar informações em relação
a todos os aspectos do desempenho e integridade do Esquema.
2) Caso a gama de serviços de certificação oferecida pelo CB seja mais ampla do que os
acreditados, o CB deve assegurar que os limites e escopo da acreditação sejam claros e
publicamente disponíveis, qualquer ambigüidade em relação ao escopo dos serviços
oferecidos pelo CB para o esquema deve ser resolvido com a Fundação e os serviços de
certificação que estão fora o escopo da acreditação deve ser diferenciados daqueles que são
acreditados.
3) O OC é responsável pela aplicação completa desses requisitos do Esquema e deve estar
preparado para demonstrar conformidade a qualquer momento com todos esses requisitos.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 46 de 78


4) O OC deve participar da conferência anual de harmonização e compartilhar as informações
com todo o pessoal relevante.
5) O OC deve participar do Programa de Integridade.
6) O OC deve informar seu (s) OA (s) sobre quaisquer alterações no status da licença (por
exemplo, reduzida, estendida, suspensa, etc.) feita pela Fundação.
7) O OC deve compartilhar informações sobre a organização certificada com a Fundação, GFSI
e autoridades governamentais quando exigido por lei.
8) O OC deve tomar as medidas adequadas para avaliar a situação e ter procedimentos em
vigor para garantir que a integridade da certificação seja mantida após a ocorrência de um
evento sério e / ou notificação de incidente de segurança dos alimentos e manter registros
para apoiar a decisão tomada.
9) O OC deve garantir que todos os dados no portal relacionados ao Esquema estejam
completos, atualizados, corretos e atendam aos requisitos do Esquema.
10) Quando o OC usar o logotipo FSSC 22000, deve-se cumprir os requisitos da Parte 2 e tem-
se o direito de usá-lo somente quando o OC tiver um contrato de licença assinado.
11) Um relatório anual de desempenho deve ser submetido pelo OC à Fundação com o conteúdo
mínimo especificado pela Fundação.

2.3. PROGRAMA DE INTEGRIDADE


1) OC deve participar do Programa de Integridade, que é o sistema de monitoramento contínuo
da Fundação. Este programa abrange todas as atividades de seus OCs licenciados para
garantir a conformidade com todos os requisitos do Esquema. O OC deve fornecer toda a
documentação solicitada pela Fundação para o Programa de Integridade.
2) As atividades de monitoramento incluem, mas não estão limitadas a:
a) Análises documentais de relatórios de auditoria e informações adicionais sobre o processo
de auditoria;
b) Avaliação e registro do auditor;
c) Avaliações no escritório;
d) Auditorias testemunhadas;
e) Monitoramento dos indicadores-chave de desempenho acordados.

2.3.1. NÃO CONFORMIDADE


1) O Programa de Integridade da Fundação define uma “não conformidade” como qualquer
violação dos requisitos do Esquema.
2) Não conformidades (“NCs”) que requeiram uma resposta do OC devem ser levantadas pela
Fundação em resposta a:
a) qualquer discrepância levantada pelo Programa de Integridade;
b) comentários de usuários do Esquema;
c) comentários por parte de organizações certificadas;
d) comentários de Organismos de Acreditação;
e) comentários por parte de autoridades governamentais;
f) comentários dos meios de comunicação; e

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 47 de 78


g) quaisquer outros comentários considerados confiáveis.

2.3.2. FOLLOW UP
1) Quando uma não conformidade é recebida, o OC deve:
a) registrar e gerenciar a não conformidade em seu sistema interno,
b) responder no prazo definido e agir para:
i. Restabelecer a conformidade (ou seja, implementar correções;
ii. Investigar para identificar os fatores causais;
iii. Realizar uma análise de impacto;
iv. Fornecer um Plano de Ação Corretiva (CAP) documentada detalhando a não conformidade,
classificação, análise causal, correção, ação corretiva planejada, pessoa responsável,
prazo, medidas de eficácia, data do fechamento.
2) Então:
a) Realizar as ações corretivas para gerenciar os fatores causais identificados para que os riscos
expostos pela recorrência sejam reduzidos a um nível aceitável, fornecer as evidências
objetivas;
b) Utilizar a oportunidade para investigar como e onde mais uma não conformidade semelhante
poderia ocorrer;
c) Adotar medidas preventivas para gerenciar esses fatores causais para que os riscos expostos
pela ocorrência sejam reduzidos da mesma forma a um nível aceitável.
3) O não cumprimento dos prazos para as não conformidades irá resultar no acionamento do
Programa de Integridade e Política de Sansão.

2.3.3. SANÇÕES
1) O OC que, persistentemente, não esteja em conformidade com os requisitos do Esquema ou
coloque a integridade do sistema em risco deve ser investigado pela Fundação de acordo com o
Programa de Integridade e Política de Sanção.
2) As sanções contra OCs não conformes podem incluir:
a) Suspensão da licença para emitir certificações sob o Esquema até que as discrepâncias sejam
satisfatoriamente corrigidas;
b) Cancelamento da licença para emitir certificações sob o Esquema.
OC deve responder às sanções conforme indicado na notificação da sanção.
Os detalhes estão disponíveis no Programa de Integridade e Política de Sanção

3. COMPETÊNCIA
3.1. GERAL
1) O OC deve seguir os requisitos descritos no Anexo C da ISO/TS 22003 para definir as
competências necessárias para conduzir as atividades de análise de aplicação, seleção de equipe
de auditoria, atividades de planejamento de auditoria e decisão de certificação.
2) Deve haver um processo documentado para a análise inicial e contínua de competência de
todas essas funções. Os registros das análises de treinamento e competência devem ser
mantidos.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 48 de 78


3.2. REVISOR TÉCNICO E RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO
3.2.1. REVISOR TÉCNICO
O revisor técnico deve atender aos mesmos requisitos estabelecidos abaixo para o responsável
pela decisão de certificação, com exceção de 3.2.2 –1c. As funções de revisão técnica e decisão
de certificação podem ser separadas, ou a revisão técnica e a decisão de certificação podem ser
feitas pela mesma pessoa que possua atendimento aos requisitos de competência.

3.2.2. RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO


1) Aqueles que tomam a decisão de emitir, manter, estender ou reduzir o escopo, suspender ou
revogar um certificado para registro no Registro FSSC 22000 de organizações certificadas devem
ter as seguintes competências comprovadas:
a) Atender aos requisitos do Anexo C da ISO/TS 22003:2013;
b) Conhecimento dos requisitos do Esquema;
c) Conhecimento dos sistemas de gestão de segurança de alimentos e capacidade para auditá-los.
2) No caso da FSSC 22000-Qualidade, o responsável pela decisão de certificação deve ter
conhecimento da ISO 9001.

3.3. ESPECIALISTA TÉCNICO


1) Quando considerado necessário, um especialista técnico pode ser designado para a equipe de
auditoria.
2) O OC deve ter em vigor um procedimento para aprovação de especialistas técnicos que devem
ter experiência comprovada na subcategoria de apoio ao escopo da auditoria. O especialista
técnico deve operar sempre sob a direção de um auditor qualificado FSSC 22000.
3) Quando um especialista técnico é designado, o OC deve assegurar que pelo menos um auditor
da equipe tenha a qualificação na categoria.

3.4. TESTEMUNHA
1) As auditorias testemunhadas devem ser realizadas por um auditor qualificado para um
programa de certificação reconhecido pela GFSI que possa demonstrar competência nos
requisitos do Esquema FSSC 22000, ou por uma pessoa de certificação técnica FSSC 22000 do
OC de competência e experiência equivalentes. As testemunhas devem ser avaliadas e
qualificadas pelo OC como adequadas para realizar auditorias testemunhadas
2) A testemunha recebeu treinamento em técnicas de auditoria testemunhada.
3) A testemunha não desempenha nenhum papel ativo na auditoria.
4) Testemunhas devem ter, no mínimo, a competência equivalente da função que está sendo
avaliada (ver a ISO/TS 22003:2013 Anexo C).
5) A auditoria testemunhada realizada pelo OC só pode ser substituída por a auditoria
testemunhada de Organismos de Acreditação (OA) se esta for a primeira auditoria testemunhada
sob uma licença provisória.

3.5. PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DO AUDITOR


O OC deve ter um sistema e procedimentos documentados para selecionar, treinar, avaliar, (re)
qualificar e manter a qualificação do auditor

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 49 de 78


3.5.1. TREINAMENTO INICIAL E EXPERIÊNCIA
O OC deve garantir que os auditores em treinamento ou auditores transferidos de outros OCs
atendam ao seguinte treinamento inicial e requisitos de experiência:
1) Experiência Profissional
a) Experiência na indústria de alimentos ou relacionada, incluindo pelo menos 2 anos de
trabalho em tempo integral em funções de garantia de qualidade ou segurança de
alimentos na produção ou fabricação de alimentos, varejo, inspeção ou execução ou
equivalente.
2) Formação Acadêmica
a) Educacional: Graduação em um curso relacionado a alimentos ou biociência ou, no
mínimo, que tenha concluído com êxito um curso superior relacionado a alimentos ou
biociência ou equivalente
3) Treinamento
a) Curso de Auditor Líder para SGSA ou SGQ–mínimo de 40 horas, incluindo o exame;
b) Treinamento de HACCP –mínimo de 16 horas, incluindo exame;
c) Norma ISO 22000 –mínimo de 8 horas incluindo exame (se não incluído como parte do
Curso de Formação de Auditor Líder);
d) Treinamento de Food Defense abrangendo a metodologia de avaliação do risco de Food
Defense e possíveis medidas de mitigação (incluindo exame);
e) Treinamento de fraude alimentar abrangendo a metodologia de avaliação da
vulnerabilidade da fraude alimentar e possíveis medidas de mitigação (incluindo o
exame);
f) Normas-todos os requisitos relevantes do Esquema (incluindo exame); ISO/TS 22003
(Anexo C), ISO 19011 e ISO/IEC 17021-1 (conforme aplicável aos processos de auditoria
do OC, incluindo o exame);
g) Treinamento da respectiva norma PPR (incluindo o exame)
4) Outros
a) Auditorias: um mínimo de dez (10) dias de auditoria, consistindo de pelo menos cinco (5)
auditorias de segurança do alimento de terceira parte que cubram elementos de FSMS,
HACCP e requisitos de PRP no setor industrial relevante. As cinco (5) auditorias devem
incluir pelo menos duas (2) auditorias FSSC 22000 sob supervisão de um auditor
qualificado FSSC e uma (1) auditoria testemunhada FSSC 22000. Quando um auditor
FSSC 22000 já qualificado muda de outro OC, as duas (2) auditorias sob supervisão não
são exigidas, apenas a auditoria testemunhal FSSC 22000.
b) Para Categoria I: qualificação primária, um diploma ou certificado superior em tecnologia
de embalagem e um certificado relevante em tecnologia de alimentos, higiene alimentar
ou assunto científico relacionado OU uma qualificação primária em tecnologia de
alimentos, segurança / higiene de alimentos ou disciplina científica relacionada e um
treinamento (mínimo 30 horas) mais certificado em tecnologia de embalagem que atende

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 50 de 78


aos requisitos definidos pela WPO Packaging. Este treinamento deve incluir os seguintes
tópicos, no mínimo:
i. Noções básicas de princípios e conceitos de embalagem;
ii. Legislação, normas e regulamentos de embalagem;
iii. Fabricação de materiais de embalagem;
iv. Especificidades para embalagem de produtos alimentícios / rações;
v. Controle e verificação da Qualidade / Segurança do alimento;
vi. Processos de impressão e tintas de impressão;
vii. Reciclagem de embalagem e
viii. Projeto de materiais de embalagem.
c) FSCC22000-Qualidade: ser um auditor qualificado na certificação ISO 9001, acreditada
sob a ISO / IEC 17021-1, de acordo com as categorias ISO / TS 22003 e códigos do setor
de alimentos da ISO 9001.

3.5.2. AVALIAÇÃO INICIAL E APROVAÇÃO


1) O OC deve:
a) fornecer o treinamento supervisionado em auditoria de segurança de alimentos;
b) conduzir uma auditoria testemunhada FSSC 22000 do auditor para confirmar se a competência é
alcançada;
c) documentar a aprovação da conclusão satisfatória do programa de treinamento e auditoria testemunhada
2) O treinamento supervisionado e a auditoria testemunhada devem ser conduzidos por um auditor
qualificado FSSC 22000 ou uma pessoa de certificação técnica FSSC 22000 de competência e experiência
equivalente.
3) Os auditores FSSC 22000 já qualificados vindo de outro OC devem sempre estar sujeitos a uma auditoria
testemunha pelo novo OC como parte do processo de aprovação. Quando o novo OC considera o
testemunho remoto como suficientemente robusto, o novo OC pode usar a tecnologia de informação e
comunicação (TIC) para conduzir a auditoria de testemunha remotamente para aprovar o auditor FSSC
22000. Consulte o Anexo 9 para obter mais informações.
4) Todos os auditores FSSC 22000 (incluindo os auditores em treinamento) devem ser registrados no Portal
de acordo com as instruções da Fundação.

3.5.3. ATRIBUIÇÃO DE SUBCATEGORIAS (INICIAL E EXTENSÃO)


1) Após a aprovação inicial, os auditores devem ser aprovados / qualificados por subcategoria (ver Parte 1,
Tabela 1). A fim de atribuir subcategorias a um auditor, o OC deve demonstrar que o auditor cumpre os
seguintes requisitos:
a) Experiência:
i. Seis (6) meses de experiência de trabalho na subcategoria (onde segurança do alimento ou trabalho de
consultoria em qualidade é usado para demonstrar experiência de trabalho, a quantidade de homem-dias
deve somar seis meses) OU
ii. Cinco (5) auditorias em um sistema aprovado pelo GFSI, HACCP holandês ou ISO 22000 na subcategoria
como um auditor qualificado OU
iii. Cinco (5) auditorias de um sistema aprovado ou padrão reconhecido pelo GFSI, HACCP holandês ou
ISO 22000 na subcategoria como um auditor em treinamento sob a supervisão de um auditor qualificado
para a subcategoria OU
iv. Uma combinação dos itens acima
b) Competência específica demonstrada na subcategoria
c) Atendimento aos próprios critérios de competência do OC para a subcategoria
2) O OC deve ter critérios de competência definidos para cada subcategoria para assegurar o conhecimento
dos produtos, processos, práticas e leis e regulamentos aplicáveis da subcategoria. A competência em toda

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 51 de 78


a subcategoria deve ser comprovada. Quando o OC dividir ainda mais as subcategorias, deve ficar claro
para quais partes da subcategoria o auditor é qualificado

3.5.4. MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DO AUDITOR


3.5.4.1. AUDITORIAS
1) Cada auditor deve realizar pelo menos cinco (5) auditorias FSSC 22000 em diferentes organizações a
cada ano civil, seja como líder ou co-auditor. Nesse contexto, as auditorias de FASE 1 independentes e as
auditorias especiais não contam.
2) No caso o requisito (1) não possa ser atendido, o OC deve garantir que o auditor tenha realizado pelo
menos cinco (5) auditorias de um esquema GFSI aprovado (somente post-farm gate, exceto para a cadeia
alimentar categoria A) do qual em pelo menos uma (1) auditoria FSSC 22000 como líder ou co-auditor. O
OC deve marcar este auditor no Portal como trabalhando sob um regime de exceção temporária com uma
justificativa adequada. Uma exceção pode ser aplicada nos seguintes casos:
a) doença de longa duração do auditor;
b) licença prolongada (por exemplo, maternidade, paternidade, sabático);
c) falta de clientes na região / país *
d) devido a um acontecimento grave
* Para a falta de clientes, a exceção temporária não pode ser aplicada por mais de um ano para o mesmo
auditor.
3) Caso um auditor tenha demonstrado que realizou auditorias FSSC 22000 para outro OC, estas também
podem ser incluídas. No caso do ponto 2 ou 3 acima, o OC deve fazer o upload das evidências das auditorias
no Portal.

3.5.4.2. TREINAMENTO CONTÍNUO


1) Os auditores devem participar de todos os treinamentos anuais relevantes, incluindo aqueles
especificados pela Fundação e pelo menos um evento, por exemplo, treinamento, conferência,
seminários e/ou reuniões de network para manter-se atualizado sobre os requisitos do Esquema,
melhores práticas do setor da indústria, desenvolvimentos em segurança de alimentos e
tecnológicos.
2) Os auditores devem ter acesso e serem capazes de aplicar as leis e regulamentos relevantes.
O OC deve manter os registros escritos de todos os treinamentos relevantes realizados.
3.5.4.3. AUDITORIA TESTEMUNHADA
1) Pelo menos uma (1) auditoria FSSC 22000 testemunhada deve ser realizada a cada três (3) anos para
confirmar a performance aceitável do auditor. A auditoria testemunhada deve ser conduzida em uma auditoria
de certificação FSSC completa. Auditoria de Fase 1, Acompanhamento e Auditorias Especiais não podem ser
usadas como auditorias testemunhadas.
2) O relatório de avaliação de uma auditoria testemunhada deve ser preenchido pela testemunha para confirmar
o desempenho de -no mínimo-três elementos descritos para as atividades de auditoria na ISO/TS 22003:2013
Tabela C1.

3.5.4.4. REQUALIFICAÇÃO DO AUDITOR


1) O desempenho geral do auditor deve ser avaliado a cada três (3) anos a fim de confirmar a competência
continuada do auditor. Os seguintes aspectos devem ser avaliados pelo supervisor nomeado do OC antes da
requalificação:
a) o registro de auditoria do auditor;
b) o registro de treinamento do auditor;
c) a resultado da auditoria testemunhada.
2) A avaliação deve considerar o desempenho geral do auditor, incluindo reclamações de clientes.
3) Aprovação documentada da conclusão satisfatória de todo o processo de requalificação deve ser carregada
no Portal.
Nota: Apenas uma auditoria testemunhada é exigida, independentemente do número de categorias/subcategorias em que o auditor seja qualificado.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 52 de 78


.

PARTE 5
REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE
ACREDITAÇÃO

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 53 de 78


CONTEÚDOS PARTE 5 REQUISITOS PARA
ORGANISMOS DE ACREDITAÇÃO (OA)
1 Finalidade ........................................................................................................................ 54
1.1 Membro do IAF...................................................................................................................54
1.2 Comunicação e responsabilidades .....................................................................................54
2 Acreditação ................................................................................................................... 54
2.1 Contrato de licença ............................................................................................................54
2.2 Processo de acreditação.....................................................................................................55
2.3 Programa de Integridade...................................................................................................56

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 54 de 78


1. FINALIDADE
Esta parte descreve os requisitos específicos, os quais a Fundação para Certificação de
Segurança dos alimentos (FSSC 22000) irá reconhecer os Organismos de Acreditação (OA)
que prestam serviços de Certificação às empresas contratadas.

1.1. MEMBRO DO IAF


1) Os Organismos de Acreditação (OA) que fornecem requisitos aos Organismos de
Certificação (OC) à certificação FSSC 22000 e/ou certificação FSSC 22000-Qualidade
devem ser um membro, atual, do Fórum Internacional de Acreditação (IAF), e:
a) ser signatário do Acordo de Reconhecimento Multilateral (MLA) do IAF para o Sistema de
Gestão de Segurança de Alimentos (FSMS) para acreditação dos serviços de Certificação
da FSSC 22000; e
b) ser signatário do IAF MLA para FSSC 22000 (uma vez avaliado) para acreditação dos
serviços de Certificação da FSSC 22000; e
c) ser signatário do IAF MLA para o Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) para a
acreditação dos serviços de Certificação FSSC 22000-Qualidade.

1.2. COMUNICAÇÃO E RESPONSABILIDADES


1) O OA deve nomear uma pessoa de contato principal e secundário para a comunicação
com a Fundação.
2) O OA deve notificar a Fundação, em tempo hábil, sobre quaisquer alterações dos contatos
das pessoas, endereço, status legal ou quaisquer outras questões que sejam relevantes à
acreditação. Mudanças no status MLA do IAF do OA devem ser comunicadas à Fundação
dentro de 3 dias úteis.
3) Pelo menos uma pessoa de contato ou assessor do OA deve participar da Conferência
Anual de Harmonização.
4) A Comunicação sobre as alterações nos requisitos do Esquema e outras informações
compartilhadas, via webinars e boletins técnicos, pelos OAs deverá ser relatada a todos os
seus assessores para o Esquema, e os registros de tal treinamento devem ser mantidos.
5) O OA deve informar à Fundação sem demora, injustificada, no caso do status de
acreditação das alterações do OC, como (por exemplo, concedido, extensão, redução,
reintegração, suspensão ou revogação).
6) A FINALIDADE, o OA deve cooperar com a Fundação em relação as informações
solicitadas e relatadas sobre o desempenho de acreditação dos OCs.

2. ACREDITAÇÃO
2.1. CONTRATO DE LICENÇA
1) O OA deve verificar se o OC assinou um contrato de licença (provisório) com a Fundação para certificar uma
norma predefinida, da subcategoria da cadeia alimentar, da ISO/TS 22003:2013 (ou
categoria, se não houver subcategoria) tal como, estabelecido no Anexo 5, e/ou para a FSSC
22000-Qualidade.
2) O OA não deve emitir um certificado de acreditação para uma categoria ou subcategoria
quando não houver uma licença (provisória) com a Fundação, isso inclui extensão de escopo
para as novas subcategorias (ou categoria, se não houver subcategoria).

2.2. PROCESSO DE ACREDITAÇÃO

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 55 de 78


2.2.1. GERAL
1) O OA deve emitir uma confirmação da solicitação de acreditação, incluindo o escopo
detalhado para o OC requerente.
2) O OA deve emitir uma confirmação de recusa de uma solicitação de acreditação, incluindo
o escopo detalhado ao OC requerente.
3) O processo de acreditação deve abranger todos os requisitos do Esquema, aplicáveis ao
escopo da acreditação.
4) Somente após aprovação da Fundação, Os OC tem a permissão para realizar auditorias
da FSSC 22000, sob licença provisória, com um auditor qualificado pela FSSC 22000. Pelo
menos uma dessas auditorias deve ser testemunhada pelo AO, e pelo menos um
procedimento completo de certificação FSSC 22000 deve ser analisado no curso do
processo inicial de acreditação.
5) As alterações provisórias dos requisitos do Esquema são comunicadas ao OA através da
lista de Decisão BoS (publicada no website FSSC 22000).

2.2.2. ESCOPO DE ACREDITAÇÃO


1) O escopo de acreditação deve ser claramente definido, e ser parte do certificado de
acreditação, conforme definido abaixo e resumido no Anexo 5 desta parte:
a) Certificação do Sistema de Segurança de Alimentos (FSSC) 22000 versão 5; ou
b) Certificação do Sistema de Segurança de Alimentos e Qualidade (FSSC) 22000-
Qualidade versão 5;
c) Documentos normativos para reconhecimento da certificação:
i. ISO 22000;
ii. ISO 9001 (aplicada somente para a FSSC 22000-Qualidade);
iii. PPRs específicos do setor;
iv. Requisitos adicionais FSSC 22000.
d) Sistema (clusters) da cadeia alimentar, categorias e subcategorias, como indicado no
Anexo A da ISO/TS 22003:2013;
e) Códigos de setor IAF ID 1, conforme indicado no Anexo 5 pelo Auditor qualificado
(aplicável somente para a FSSC 22000-Qualidade); e
f) Locais cobertos por OC acreditados.
2) O certificado de acreditação deve incluir a acreditação inicial e a data de validade.

2.2.3. AUDITORIAS TESTEMUNHADAS


1) As auditorias testemunhadas devem cumprir os requisitos para as atividades
testemunhadas para a Acreditação de Organismos de Certificação de Sistemas de Gestão,
definidos na seção 7.5.6 do IAF MD 16:2015 com os requisitos específicos do Esquema
FSSC 22000, descritos abaixo:
a) Avaliação inicial e extensão de escopo exigirão pelo menos uma (1) auditoria FSSC 22000
testemunhada de cada categoria (conforme definido na ISO/TS 22003:2013) detalhada sobre
o contrato de licença provisório ou completo do OC;
b) O OA deve conduzir auditorias testemunhadas da FSSC 22000, abrangendo todas as
categorias incluídas no escopo do acreditação do OC durante o ciclo de acreditação do OA.
c) Para fins de testemunho do OC, FSSC 22000-Qualidade é considerada uma categoria.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 56 de 78


2.3. PROGRAMA DE INTEGRIDADE
1) A Fundação fornece acesso ao OA para todos os resultados relevantes dos OC de seu
Programa de Integridade e sistema de gerenciamento de reclamações ISO/IEC 17021-
1:2015. O OA deve considerar o conteúdo dessas informações durante as avaliações anuais
do OC.
2) Os OAs são convidados a participar, de forma voluntária, das avaliações de escritório do
Programa de Integridade realizadas pela Fundação para seus OCs licenciados.
3) A Fundação deve informar o OA sobre as suspensões ou rescisões de seus OCs
licenciados.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 57 de 78


PARTE 6
REQUISITOS PARA ORGANIZACÕES
DE TREINAMENTO

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 58 de 78


CONTEÚDOS PARTE 6 REQUISITOS PARA AS
ORGANIZAÇÕES DE TREINAMENTO (OTs)
1 Finalidade......................................................................................................................... 59

2 Relação com a Fundação .................................................................................................. 59

2.1 Licença ...............................................................................................................................59

2.2 Responsabilidades e Comunicação ....................................................................................60

2.3 Programa de Integridade..................................................................................................61

3 Tipos de treinamento ....................................................................................................... 62

3.1 Entendendo a FSSC 22000..................................................................................................62

3.2 Implementando a FSSC 22000...........................................................................................62

3.3 Curso de Auditor Interno FSSC 22000................................................................................63

3.4 Curso de Auditor Líder FSSC 22000....................................................................................63

4 Processos operacionais .................................................................................................... 63

4.1 Necessidades de aprendizagem.........................................................................................63


4.2 Desenvolvimento de materiais de treinamento .................................................................63
4.3 Ambiente e recursos de aprendizagem..............................................................................64
4.4 Avaliações de membros do curso ......................................................................................64
4.5 Eficácia do treinamento .....................................................................................................64
4.6 Certificados de treinamento FSSC 22000 ...........................................................................65
5 Instrutores....................................................................................................................... 65

5.1 Competência do instrutor...................................................................................................65

5.2 Manutenção da qualificação dos auditores ......................................................................66

6 Sistema de Gestão ........................................................................................................... 66

6.1 Controle da documentação...............................................................................................67

6.2 Reclamações e apelações ..................................................................................................67

FSSC 22000 Versão 5.1 |Novembro de 2020

Parte 6 | Requisitos para Organizações de Treinamento

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 59 de 78


1. FINALIDADE
Este parte descreve os requisitos para as organizações de treinamento (OTs) licenciadas
que desejam fornecer cursos de treinamento aprovados pelo FSSC 22000.

2. RELAÇÃO COM A FUNDAÇÃO


2.1. LICENÇA
A OT deve prestar os serviços de treinamento pela FSSC 22000, somente, quando possuir
uma licença (plena) validada da Fundação para uma acreditação específica.

2.1.1. INSCRIÇÃO
1) A OT deve enviar à Fundação um formulário, especificando o tipo de treinamento FSSC
22000 que desejam se inscrever. O formulário de solicitação está disponível no website
FSSC 22000. As informações exigidas incluem:
a) informações de contato;
b) operação da OT;
c) atividade da regional;
d) tipos de cursos oferecidos pela FSSC 22000;
e) instrutores da FSSC 22000.
2) O formulário de solicitação fornece detalhes sobre quais documentos devem ser
fornecidos para cada etapa do processo (contratos de licença provisório e pleno).

2.1.2. CONTRATO DE LICENÇA


2.1.2.1. CONTRATO DE LICENÇA (PROVISÓRIO)
1) Após uma revisão bem sucedida da solicitação, e o pagamento da taxa exigida para a
Fundação, é que será concedido ao requerente um contrato de licença, contento um status
provisório.
2) O contrato de licença (provisório) assinado permite que a OT tenha acesso aos materiais
de treinamento da FSSC 22000, os quais podem ser usados como base para o
desenvolvimento de seus próprios materiais de treinamento. A OT não deve entregar ou
comercializar quaisquer treinamentos FSSC 22000, como aprovados pela Fundação, até que
um contrato de licença pleno seja concedido.
3) O contrato de licença (provisório) é válido por 12 meses, a partir da data da assinatura
pela Fundação, e durante esse período, a OT deve atualizar o status do seu contrato de
licença para pleno, seguindo as etapas na próxima seção.

2.1.2.2. CONTRATO DE LICENÇA (PLENO)


1) Para alterar o status do contrato de licença (provisório) para um contrato de licença (pleno)
a OT deve:
a) Enviar os Materiais de Treinamento e Qualificações dos Instrutores para Revisão
Documental como parte do Programa de Integridade (PI) do Esquema. Os arquivos enviados
devem ser para todos os cursos especificados na solicitação (um por tipo de treinamento,
conforme seção 3). Uma amostra dos arquivos dos instrutores também será solicitada para
avaliação da sua competência. Todos os arquivos devem estar em formato digital;
b) Fechar satisfatoriamente as não conformidades emitidas durante as Análises

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 60 de 78


Documentais, demonstrando ações efetivas e corretivas (consulte 2.3.2).
2) Mediante revisão e aprovação, a Fundação deve alterar o status do contrato de licença
para pleno, e incluir as informações da OT, e seus cursos no website da FSSC 22000.
3) Com a concessão de um contrato de licença pleno, a OT tem direito para usar o logo
FSSC 22000 em seus certificados de treinamento, materiais de treinamento, folhetos e
website (requisitos para o uso estão definidos na Parte 2) e para fornecer cursos de
treinamento aprovados, mencionados no website da FSSC 22000.
4) Se o status pleno não for concedido em 12 meses, após a assinatura do contrato de
licença (provisório), a licença deverá ser rescindida (consulte o item 2.1.5). A OT pode se
reabilitar seguindo o processo de inscrição acima.

2.1.3. MANUTENÇÃO DA LICENÇA


A OT deve fornecer as seguintes informações, anualmente:
1) uma visão geral dos treinamentos da FSSC 22000 realizados no ano anterior;
2) os treinamentos planejados da FSSC 22000 para o ano atual;
3) mudanças na organização/gestão da OT.

2.1.4. EXTENSÃO DA LICENÇA


Onde uma licença inicial não abrange todos os quatro tipos de treinamentos (consulte a
seção 3) a OT deve enviar os novos materiais de treinamento da FSSC 22000 para uma
extensão da licença, juntamente com um registro de qualificação, atualizado, dos instrutores.
As etapas na seção 2.1.2 para o status pleno devem ser seguidas.

2.1.5. RESCISÃO DA LICENÇA


1) À Fundação reserva-se o direito de rescindir a licença de uma OT. Consulte as Sanções
em 2.3.3.
2) O logo da FSSC 22000 deve ser retirado de toda a documentação e do website das OTs
(se aplicável). A OT não deve mais utilizar os materiais de treinamento da FSSC 22000.
3) O nome da OT e seus cursos serão removidos do website da FSSC 22000.

2.2. RESPONSABILIDADES E COMUNICAÇÃO


1) Pelo menos um representante da OT deve participar, anualmente, da Conferência de
Harmonização e webinars técnicos da FSSC 22000;
2) A informação que foi adquirida através da Conferência de Harmonização e dos webinars
técnicos devem ser compartilhados e harmonizados com a OT;
3) O programa de treinamento deve ser compartilhado com a Fundação, anualmente, para
a atualização no website da FSSC 22000;
4) O logo FSSC 22000 (ou quaisquer outras declarações feitas) deve ser utilizado em
conformidade com os requisitos do Esquema (ver a Parte 2 para os requisitos de uso do
logo);
5) Cumprir com todos os requisitos pertinentes do Esquema;
6) Participar no Programa de Integridade da Fundação;
7) Pagar as taxas para a Fundação em tempo hábil;
8) A OT deve nomear uma pessoa de contato e um substituto para a comunicação com a
Fundação;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 61 de 78


9) Alterações significativas devem ser comunicadas à Fundação. Estas incluem:
a) Dados de contato
b) Alterações organizacionais
c) Atualizações em programas de treinamento

2.3. PROGRAMA DE INTEGRIDADE

1) A OT deve participar do Programa de Integridade que é o sistema de monitoramento


contínuo da Fundação. Este programa abrange todas as atividades de suas OT’s licenciadas
para garantir o cumprimento dos requisitos do Esquema. A OT deve fornecer toda a
documentação solicitada pela Fundação para o Programa de Integridade.
2) As atividades de monitoramento incluem, mas não estão limitadas a:
a) análise documental dos materiais de treinamento, qualificação e experiência do
treinador, resultados de treinamentos. As análises documentais podem ser
planejadas como avaliações remotas, se necessário;
b) Avaliações no escritório da OT;
c) avaliações testemunhadas de treinamentos;
d) monitoramento dos principais indicadores de performance acordados.

O PI também inclui atividades relacionadas ao acompanhamento de reclamações e/ou não


conformidades relatadas à Fundação.

2.3.1. NÃO CONFORMIDADE


1) O Programa de Integridade da Fundação define “não conformidade” por qualquer violação
dos requisitos do Esquema.
2) Não conformidades (“NCs”) que requeiram uma resposta da OT podem ser levantadas
pela Fundação em relação a:
a) qualquer discrepância levantada pelo Programa de Integridade;
b) feedback de instrutores;
c) quaisquer outros comentários considerados confiáveis.

2.3.2. FOLLOW-UP
1) Quando uma NC é emitida pela Fundação, a OT deve:
a) registrar e gerenciar a não conformidade em seu sistema interno;
b) responder no prazo definido e agir para:
i. restabelecer a conformidade (ou seja, implementar correções);
ii. investigar para identificar os fatores causais (ou seja, realizar a ação corretiva);
iii. identificar os riscos para o treinamento eficaz da FSSC 22000;
iv. fornecer um Plano de Ação Corretiva (PAC) documentado detalhando a não
conformidade, classificação, análise causal, correção, ação corretiva planejada, pessoa
responsável, data limite, medidas de eficácia, data do fechamento;
v. fornecer a evidência objetiva que a não conformidade foi efetivamente fechada.

2) Então:
a) realizar as ações corretivas para gerenciar os fatores causais identificados para que os
riscos expostos pela recorrência sejam reduzidos a um nível aceitável;
b) utilizar a oportunidade para investigar como e onde uma não conformidade semelhante

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 62 de 78


poderia ocorrer;
c) adotar medidas preventivas para gerenciar esses fatores causais para que os riscos
expostos pela ocorrência sejam reduzidos da mesma forma a um nível aceitável.
3) O não cumprimento dos prazos para as não conformidades irá resultar no acionamento
da Política de Sanção da Fundação.

2.3.3. SANÇÕES

1) A OT que persistentemente falhe em cumprir com os requisitos do Esquema ou coloque


a integridade do Esquema em risco deve ser investigada pela Fundação de acordo com o
Programa de Integridade e Política de Sanção.
2) A OT deve responder às sanções conforme determinado pela Fundação. O não
cumprimento das sanções irá resultar na rescisão da licença com a OT.

3. TIPOS DE TREINAMENTO
Existem quatro (4) categorias gerais de treinamento para a FSSC 22000. As especificações
destes cursos de treinamento estão detalhadas na seção 4.2 e Anexo 6. Os webinars on-line
são permitidos para os tipos 3.1 e 3.2 com uma duração equivalente e são considerados
ensino eletrônico (E-learning). O treinamento de Auditor Interno pode ser ministrado por
treinamento Ministrado por Instrutor Virtual (VILT) e o Curso de Auditor Líder pode ser
ministrado em curso combinado. Os requisitos estabelecidos no Anexo 8 aplicam-se a todos
os cursos de ensino eletrônico ministrados pela OT.

3.1. COMPREENDENDO A FSSC 22000


Um curso para as organizações, OCs, consultores e outros que estejam interessados em um
conhecimento geral dos requisitos do Esquema e compreender como este pode ser aplicável
em diferentes organizações da cadeia de alimentos. Duração geralmente de 1-3 dias,
dependendo do público alvo e objetivos de aprendizagem.

3.2. IMPLEMENTANDO A FSSC 22000


Um curso para organizações, consultores e outros que se baseie no 3.1 acima, e demonstre
como o Esquema pode ser implementado dentro de várias categorias da cadeia de
alimentos. Duração geralmente de 1-3 dias, dependendo do público alvo e objetivos de
aprendizagem.

3.3. CURSO DE AUDITOR INTERNO FSSC 22000


Elaborado para as organizações que estão implementando a FSSC 22000 para atender aos
requisitos de treinamento para os auditores internos. Duração geralmente de 1-2 dias,
dependendo do público alvo e objetivos de aprendizagem. O treinamento deve abordar todos
os elementos especificados na ISO 19011:2018.

3.4. CURSO DE AUDITOR LÍDER FSSC 22000


Elaborado para os colaboradores dos OCs se tornarem auditores líderes qualificados.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 63 de 78


Também pode ser aplicável a organizações que desejam desenvolver ainda mais suas
habilidades de auditoria interna e para os consultores. A duração mínima do curso é de 40
horas. O pré-requisito do conhecimento da FSSC 22000 é necessário. O treinamento deve
abordar todos os elementos especificados na ISO 19011:2018, ISO/IEC 17021-1:2015 e
ISO/TS 22003:2013 e deve incluir exercícios (por exemplo, estudos de caso) e um exame
escrito. Quando um participante não realizar o exame, será considerado como “reprovado” e
somente um certificado de participação poderá ser emitido.

4. PROCESSOS OPERACIONAIS
4.1. NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM
1) Antes de cada treinamento a OT deve determinar o público alvo e respectivos objetivos
de aprendizagem.
2) A OT deve especificar os pré requisitos mínimos de educação / experiência dos
participantes de seu curso.

4.2. DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DE


TREINAMENTO
1) A elaboração de todos os cursos deve incluir os seguintes elementos:
a) conteúdo;
b) finalidade;
c) público alvo;
d) pré-requisitos do curso;
e) objetivos de aprendizagem;
f) plano de treinamento/agenda do curso;
g) notas do tutor;
h) notas do participante;
i) apostilas (conforme necessário);
j) metodologia de avaliação;
k) recursos de treinamento.
2) Os materiais de treinamento devem fornecer uma explicação clara dos requisitos do
Esquema FSSC 22000:
a) ISO 22000 (SGSA, controle de perigos);
b) PPRs, PPROs e PCCs;
c) Requisitos adicionais específicos do Esquema;
d) Lista de decisão do Conselho de Partes Interessadas.

3) O Anexo 6 contém as especificações adicionais aplicáveis a cada tipo de curso de


treinamento.
4) Os materiais de treinamento devem respeitar os direitos autorais da Fundação que detém
o Esquema FSSC 22000. Isto significa que há um reconhecimento incluído em cada texto ou
imagem/figura da Fundação que foi copiada em um material ou apresentações de
treinamento.

4.3. AMBIENTE E RECURSOS DE APRENDIZAGEM


1) A OT deve garantir que:

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 64 de 78


a) todos os recursos, conforme definido no currículo, estejam disponíveis;
b) todos os instrutores responsáveis por dar o treinamento tenham os recursos
disponíveis e estejam treinados em seu uso;
c) todos os recursos, conforme definido no currículo, possam ser acessados pelos
participantes do curso.
2) A OT deve garantir que o pessoal necessário, associados e recursos de aprendizagem
sejam selecionados e implementados, levando em consideração as necessidades
específicas, e que os recursos de aprendizagem sejam mantidos.

4.4. AVALIAÇÕES DE MEMBROS DO CURSO


1) Para os cursos que exijam a avaliação dos participantes do curso (avaliação contínua,
avaliação final (exame) etc.) a OT deve:
a) descrever os objetivos gerais e específicos da avaliação e o escopo da avaliação;
b) certificar-se de que os métodos e meios de avaliação empregados pela OT,
incluindo sua programação e fundamentação, estejam registrados;
c) assegurar que os procedimentos de avaliação sejam planejados, selecionados e
realizados para alcançar os objetivos pretendidos, e que possam ser implementados
de tal forma a fornecer o valor para as diversas partes interessadas;
d) assegurar que a avaliação seja conduzida legal e eticamente, garantindo a plena
conformidade com a respectiva legislação de privacidade;
e) assegurar que as informações coletadas para a avaliação da OT sejam:
i. focadas e suficientemente abrangentes para permitir que as perguntas da
avaliação sejam plenamente respondidas e que as necessidades dos
aprendizes sejam devidamente abordadas;
ii. sistemática e precisamente analisadas;
iii. válida, confiável e significativa.
2) A OT deve tomar as medidas razoáveis para reduzir tendenciosidade nas avaliações.

4.5. EFICÁCIA DO TREINAMENTO


1) A OT deve manter o controle das taxas de sucesso dos participantes do curso que
completaram o treinamento (número de participantes de curso aprovados e reprovados no
curso).
2) A OT deve avaliar se os participantes do curso ficaram satisfeitos com o treinamento (e o
exame, se for o caso).
3) Uma pesquisa de satisfação do cliente deve ser realizada pela OT após cada treinamento
ser realizado. Quaisquer ações necessárias devem ser tomadas pela OT para sua melhoria,
em conformidade com o seu programa de melhoria contínua. Os registros da pesquisa
devem ser mantidos.

4.6. CERTIFICADOS DE TREINAMENTO FSSC 22000


1) A OT deve emitir os certificados para todos os participantes como a seguir:
a) certificado de participação, onde não haja exame ou o participante reprovou no exame;
b) Certificado de realização, em que tenha sido aprovado no exame e avaliações
2) O formato dos certificados deve seguir o Anexo 7 com relação ao conteúdo (o layout fica
a critério da OT).

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 65 de 78


5. INSTRUTORES

5.1. COMPETÊNCIA DO INSTRUTOR


5.1.1. EXPERIÊNCIA

1) O instrutor deve ter pelo menos 3 anos de experiência de trabalho com Sistemas de
Gestão de Segurança de Alimentos (SGSA) como um auditor, consultor ou funcionário de
GQ/Segurança de Alimentos.
2) A experiência de treinamento deve ser de no mínimo 3 cursos de treinamento, totalizando
10 dias de treinamento (onde um dia é de oito horas). Um registro deve ser fornecido que
demonstre que o treinamento foi na área de segurança de alimentos (por exemplo: ISO
22000, outras normas de segurança de alimentos GFSI, APPCC etc.)
3) A experiência de treinamento pode ser conseguida através da participação sob supervisão
em cursos de treinamento.

5.1.2. QUALIFICAÇÕES
1) O instrutor deve ter o seguinte conhecimento adequado, demonstrado através de registros
de treinamento e/ou experiência:
a) Instrutores qualificados a ministrar cursos de introdução e implementação:
i. Requisitos do Esquema, documentos normativos pertinentes, documentos
de Orientação da FSSC 22000 com duração mínima de 16 horas.
b) Instrutores qualificados a ministrar cursos de auditoria:
i. Requisitos do Esquema, documentos normativos pertinentes, documentos
de Orientação da FSSC 22000 com duração mínima de 16 horas.
ii. princípios, práticas e técnicas de auditoria (instrutores de auditores
internos) com duração mínima de 8 horas;
iii. Treinamento de Auditor Líder SGSA (instrutores de auditores líderes) com
duração mínima de 40 horas.

5.1.3. TREINAR O INSTRUTOR


Todos os instrutores da FSSC 22000 devem concluir com sucesso um programa de formação
de instrutores para demonstrar a capacidade de ministrar treinamento.

5.1.4. HABILIDADES PESSOAIS


1) O instrutor deve ter as seguintes habilidades pessoais:
a) ouvir e comunicar-se eficazmente;
b) desenvolvimento de apresentações;
c) motivação de pessoas;
d) Facilitador;
e) gerenciamento de conflitos;
f) desenvolvimento profissional contínuo;
g) uso da tecnologia da informação eficazmente;
h) sensibilidade para questões de igualdade e diversidade;
i) adesão a um código de conduta ou declaração de valores;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 66 de 78


j) competências interculturais;
k) orientação, aconselhamento e tutoria.
2) A OT é responsável por assegurar que os instrutores demonstrem estas habilidades
pessoais (por exemplo: pela observação de treinamento).

5.1.5. REGISTRO DE QUALIFICAÇÃO


A OT deve demonstrar os requisitos do item 5.1.1. – 5.1.4 ao preencher um registro de
Qualificação do Instrutor. O registro deve ser retido pela duração da qualificação como um
instrutor da FSSC 22000.

5.1.6. REGISTROS
Registros da experiência de trabalho, qualificações e treinamento devem ser mantidos pela
OT para cada instrutor da FSSC 22000.

5.2. MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DOS


INSTRUTORES
1) A OT deve possuir um sistema para manter a competência dos instrutores.
2) A OT deve assegurar que os instrutores mantenham um nível adequado de conhecimento
e formação, fornecendo um programa interno para o desenvolvimento profissional contínuo
(DPC).
3) Quaisquer alterações nos requisitos do Esquema devem ser comunicadas aos instrutores
antes da realização do treinamento para os novos requisitos do Esquema.
4) O treinamento anual sobre as atualizações e informações do Esquema deve ser realizado
pela OT após a Conferência de Harmonização.
5) Para manter suas habilidades de treinamento, o instrutor realiza pelo menos:
a) dois (2) cursos de treinamento FSSC 22000 a cada dois anos; OU
b) dois (2) cursos de treinamento SGSA por ano que sejam equivalentes aos cursos FSSC
22000 (aprovados/reconhecidos pela GFSI).

6. SISTEMA DE GESTÃO
1) A OT deve ter um Sistema de Gestão para desenvolver e ministrar o treinamento,
incluindo:
a) inscrição para cursos;
b) aceitação de participantes;
c) seleção e qualificação dos instrutores;
d) desenvolvimento de materiais de treinamento;
e) recursos de treinamento;
f) entrega de treinamento;
g) avaliação de participantes;
h) avaliação de cursos;
i) emissão de certificados.

2) A OT deve implementar pelo menos os seguintes elementos básicos na organização:


a) satisfação do cliente;
b) procedimento de reclamações;
c) análise de gestão;

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 67 de 78


d) melhoria contínua;
e) auditoria interna;
f) gestão de mudanças.

6.1. CONTROLE DE DOCUMENTOS

A OT deve ter um sistema em vigor para assegurar que apenas a versão mais recente dos
documentos do Esquema seja usada, e que as alterações do Esquema (comunicadas pela
Fundação conforme a Lista de Decisão do Conselho de Partes Interessadas) devem ser
implementadas conforme os requisitos da Fundação. A OT deve revisar e atualizar os
materiais de treinamento seguindo a publicação de cada atualização do Esquema (incluindo
as Decisões do Conselho das Partes Interessadas) antes de o curso seguinte ser ministrado.

6.2. RECLAMAÇÕES E APELAÇÕES


1) Todas as reclamações dos participantes de curso, instrutores ou outras partes envolvidas
devem ser registradas.
2) As reclamações devem ser investigadas, e ações corretivas tomadas para resolver o
problema.
3) Os registros devem ser mantidos.
4) A OT tem o direito de recorrer de quaisquer decisões tomadas através da Política de
Sanção. Os detalhes são fornecidos na Política de Sanção.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 68 de 78


APÊNDICE 1
DEFINIÇÕES

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 69 de 78


APÊNDICE 1: DEFINIÇÕES
As definições a seguir aplicam-se as terminologias empregadas em toda documentação
do Esquema.

ACREDITAÇÃO
Comprovação de terceira parte relacionada a um organismo de certificação
demonstrando formalmente sua competência para executar tarefas específicas de
avaliação de conformidade (ISO/IEC 17011:2004).

ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO
Organismo autorizado que realiza acreditação (ISO/IEC 17011:2004).

CERTIFICADO DE ACREDITAÇÃO
Documento formal ou conjunto de documentos, atestando que acreditação foi concedida
para o escopo definido (ISO/IEC 17011:2004).

MARCA DE ACREDITAÇÃO
Marca emitida por um organismo de acreditação para ser usado pelos OCs acreditados
para indicar conformidade direta de uma entidade perante um conjunto de requisitos.

ADITIVO
Qualquer substância não consumida normalmente como um alimento por si só e que
não é usada normalmente como um ingrediente típico de um alimento, com ou sem valor
nutritivo, cuja adição intencional a um alimento com a finalidade tecnológica (incluindo
organolépticas) na fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem,
acondicionamento, transporte ou estocagem desses alimentos resulte, ou podendo ser
razoavelmente esperado que resultem, (direta ou indiretamente) em tais alimentos ou
em seus subprodutos, podendo ser um componente desse alimento, ou ainda de alguma
maneira afetando as características de tais alimentos. O termo não inclui contaminantes,
ou substâncias adicionadas aos alimentos para manter ou melhorar a qualidade
nutricional (Codex Alimentarius).

CONSELHO CONSULTIVO
Um grupo de partes interessadas no escopo do Esquema que assessora o Conselho
das Partes Interessadas.

AUDITORIA
Processo sistemático, independente, documentado para obter evidências e avaliá-las
objetivamente para determinar até que ponto os requisitos especificados do Esquema
são atendidos.
APELAÇÃO
Pedido de reconsideração de uma decisão tomada em uma reclamação apresentada,
como resultado de uma suspensão ou rescisão de licença.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 70 de 78


AUDITOR
Pessoa que conduz a auditoria (ISO/IEC 17021-1:2015).

DIAS DE BLACK-OUT
Período de tempo compartilhado pela organização certificada com o organismo
de certificação para evitar períodos de extrema inconveniência durante os quais
a organização teria dificuldade em participar totalmente de uma auditoria não
anunciada e/ou não haveria produção.

CONSELHO DE STAKEHOLDERS/PARTES INTERESSADAS


Grupos de representantes indicados pelas partes interessadas do Esquema que
são responsáveis pela supervisão, incluindo todos os requisitos de acreditação
e certificação.

CERTIFICAÇÃO
Processo pelo qual os organismos de certificação licenciados fornecem garantia
de que o sistema de gestão da qualidade e de segurança de alimentos e sua
implementação por parte da organização auditada estão em conformidade com
os requisitos do Esquema.

ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO (OC)


Organização que fornece serviços de auditoria e certificação (ISO/IEC 17021-
1:2015).

DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO
Conceder, continuar, expandir ou reduzir o escopo, suspender, restaurar, retirar
ou recusar a certificação por um Organismo de Certificação (GFSI v7.2:2018).

DATA DA DECISÃO DA CERTIFICAÇÃO


Data em que a decisão de certificação é tomada.

ESQUEMA DE CERTIFICAÇÃO
Sistema de avaliação de conformidade relacionado a sistema de gestão aos
quais os mesmos requisitos especificados, regras e procedimentos específicos
se aplicam (ISO/IEC 17021-1:2015).

SUSPENSÃO DO CERTIFICADO
Declaração do status do certificado como temporariamente inválido.

CANCELAMENTO DO CERTIFICADO
Inativação final de um certificado após uma decisão de certificação.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 71 de 78


PROGRAMA DE LIMPEZA
O programa estabelecido para remoção de sujidades, alimentos, sujeira, graxa ou outros
materiais estranhos para garantir que os equipamentos de processamento e o ambiente
sejam mantidos em condições higiênicas. Os métodos aplicados incluem, mas não
estão limitados a, saneamento e desinfecção.

COMPETÊNCIA
Capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar os resultados
pretendidos (ISO 9000:2015).

RECLAMAÇÃO
Expressão de insatisfação realizada a uma organização, relacionada a seu produto ou
serviço, ou ao próprio processo de tratativa das reclamações, onde uma resposta ou
resolução é esperada, explícita ou implicitamente (ISO 9000:2015).

NÃO CONFORMIDADE CRÍTICA


Circunstância em que há uma falha no sistema com impacto direto na segurança de
alimentos e nenhuma ação apropriada por parte da organização é observada ou quando
a integridade da legalidade e/ou
certificação estão em perigo.

CROSS DOCKING
Processo pelo qual as mercadorias (alimentos, rações, alimentos para animais e
embalagens) são descarregados, classificados, consolidados, carregados e enviados
para o próximo destino.

PROPRIEDADE DE DADOS
O ato de ter direitos legais e controle total sobre um único dado ou conjunto de dados
elementares. Isso define e fornece informações sobre o legítimo proprietário dos ativos
de dados e a política implementada pelo proprietário sobre aquisição, uso e distribuição
desses dados.

DESINFECÇÃO
Redução por meio de agentes químicos e /ou métodos físicos, do número de
microrganismos do ambiente, a um nível que não comprometa a segurança dos
alimentos.

MONITORAMENTO AMBIENTAL
O programa para a avaliação da eficácia dos controles na prevenção da contaminação
do ambiente de fabricação.

RAÇÃO
Qualquer produto único ou múltiplo, processado, semiprocessado ou cru, que é
destinado para à alimentação de animais de produção.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 72 de 78


ALIMENTO
Substância do produto (ingrediente), seja processado, semiprocessado ou cru, que se
destina ao consumo, e inclui bebida, goma de mascar e qualquer substância que tenha sido
usada na fabricação, preparação ou tratamento do “alimento”, mas não inclui cosméticos ou
tabaco ou substâncias (ingredientes) usados como medicamentos (ISO 22000:2018). Os
alimentos são destinados ao consumo por humanos e animais, e incluem: - rações
destinadas a alimentar animais de produção*; - alimentos para animais destinados a animais
que não são de produção, como os animais de estimação (pet food**). *Nota de tradução:
animal de produção é o termo utilizado pelo MAPA para animais criados com finalidade de abate
para produzir alimentos para humanos. **Nota de tradução: no Brasil tem sido denominado
mercadologicamente como pet food, sendo legalmente denominado pelo MAPA como
alimentação para animais de companhia.

FOOD DEFENSE/ DEFESA ALIMENTAR***


O processo para garantir a segurança de alimentos e bebidas de todas as formas de ataques
intencionais maliciosos incluindo os ataques com motivação ideológica que leva à
contaminação ou produto inseguro (GFSI v7.2:2018). ***Nota de tradução: ambos os termos têm
sido uados.

FRAUDE DE ALIMENTO
Um termo coletivo que abrange a substituição deliberada e intencional, adição, adulteração
ou deturpação de alimentos, ingredientes alimentícios ou embalagens de alimentos,
rotulagem, informações do produto ou declarações falsas ou enganosas feitas sobre um
produto com fins de ganho econômico e que poderia afetar a saúde do consumidor (GFSI
v7.2:2018).

CULTURA DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS


Os valores, crenças e normas compartilhados que afetam a mentalidade e comportamento
em relação à segurança de alimentos dentro de, através e por toda a organização.

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS


Conjunto de elementos inter-relacionados ou que interagem para estabelecer políticas e
objetivos e para alcançar esses objetivos, usados para dirigir e controlar uma organização
no que diz respeito à segurança de alimentos (ISO/TS 22003:2013).

FUNDAÇÃO FSSC 22000


O proprietário legal do Esquema de Certificação FSSC 22000.

AUDITORIA DE FOLLOW-UP
Uma auditoria adicional a uma auditoria regular na qual uma visita extra é necessária quando
uma auditoria não pôde ser concluída no tempo planejado e/ou o plano de auditoria não
pôde ser realizado completamente. Como uma auditoria de follow-up é parte da auditoria
regular, esta deve ser cumprida em um curto espaço de tempo a partir da auditoria principal.
Uma auditoria de follow-up também inclui o acompanhamento de não conformidade no local.

LOGO FSSC
Logo emitido pela Fundação que pode ser usado por OCs, organizações certificadas, e
organizações de treinamentos licenciadas de acordo com os requisitos do Esquema FSSC
22000.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 73 de 78


PADRÕES APROVADOS PELA GFSI
Padrões considerados tecnicamente equivalentes pela GFSI. Equivalência Técnica é uma
categoria do processo de benchmarking da GFSI dedicado a padrões governamentais. Este
reconhece a equivalência do conteúdo da norma ao (s) escopo (s) relevante (s) dos
Requisitos do Benchmarking da GFSI Parte III. A lista atualizada de padrões aprovados
pela GFSI pode ser encontrada no site da GFSI: https://mygfsi.com/how-to-
implement/technical-equivalence/

PADRÕES RECONHECIDOS PELA GFSI


Padrões que foram avaliados com sucesso em relação aos requisitos de benchmarking da
GFSI. A lista atualizada de padrões da GFSI pode ser encontrada no site da GFSI:
https://mygfsi.com/how-to-implement/recognition/.

ESTUDO APPCC/ HACCP


Análise de perigo para uma família de produtos/serviços com perigos semelhantes e
tecnologia de produção semelhante, e, quando relevante, tecnologia de armazenamento
semelhante (ISO/TS 22003:2013).

FABRICAÇÃO/PROCESSAMENTO
Transformação de matérias-primas, por meios físicos, microbiológicos ou químicos, para
obter um produto final.

NÃO CONFORMIDADE MAIOR


Não conformidade que afeta negativamente a capacidade do sistema de gestão de atingir
os resultados pretendidos (ISO/IEC 17021-1:2015).

NÃO CONFORMIDADE MENOR


Não conformidade que não afeta a capacidade do sistema de gestão de alcançar os
resultados esperados (ISO/IEC17021-1:2015).

TERCEIRIZAÇÃO
Um acordo onde uma organização externa desempenha parte da função ou processo da
organização (ISO 22000:2018).

ORGANIZAÇÃO
Entidade legal que tem suas próprias funções, com responsabilidades, autoridades e
estrutura organizacional, que objetiva cumprir os requisitos do Esquema podendo cobrir
múltiplas unidades.

PRODUTO PERECÍVEL
O produto que perde sua qualidade e valor em um tempo especificado mesmo quando
manuseados corretamente em toda a cadeia de suprimento, portanto requerendo controle
de temperatura durante o armazenamento e/ou transporte para evitar danos, deterioração e
contaminação.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 74 de 78


PET FOOD PARA CÃES E GATOS
Pet food destinados a alimentar animais que não são de produção, limitados a cães e
gatos (ISO 22000:2018).

PET FOOD PARA OUTROS ANIMAIS


Pet food destinados à alimentação de animais que não são de produção, outros que não
sejam para cães e gatos.

PORTAL
Principal plataforma digital fornecida pela Fundação para apoiar os processos chave do
Esquema e a necessidade de troca de dados.

DADOS DO PORTAL
Uma parte da informação que descreve um fato relacionado ao Esquema que pode ser
uma coleção de caracteres e números, representando um texto legível e compreensível
por humanos, e/ou arquivos e anexos.

PRODUTO
A saída é o resultado do processo. O produto poder ser um serviço (ISO 22000:2018).

RECALL DE PRODUTO
A remoção de um produto da cadeia de suprimentos por um fornecedor, que foi
considerado inseguro e que foi vendido para o consumidor final e está disponível para
venda (GFSIv7.2:2018).

RECOLHIMENTO DO PRODUTO
A remoção de um produto da cadeia de suprimentos pelo fornecedor, que foi
considerado inseguro e que não foi colocado no mercado para compra pelo consumidor
final (GFSI v7.2:2018).

PROCESSO
Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em
saídas (ISO/22000:2018).

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE


Conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos para estabelecer políticas e
objetivos e para atingir tais objetivos, usados para direcionar e controlar uma
organização com relação à qualidade.

MATÉRIA-PRIMA
Commodities, partes, ou substâncias que são juntadas ou processadas para formar um
produto final.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 75 de 78


RETRABALHO
O processo de re-processar produtos semifinais ou finais para obter um produto final que
atenda aos requisitos do consumidor. Também pode se referir ao material em um estado
processado ou semiprocessado que deve ser reutilizados nas etapas subsequentes da
produção.

RISCO
Efeito de incerteza (ISO 22000:2018).

COMITÊ DE SANÇÕES
Comitê que decide as possíveis sanções com base nas informações fornecidas pela
Fundação em caso de desempenho inaceitável do OC.

SANITIZAÇÃO****
Todas as atividades relacionadas com limpeza ou manutenção das condições higiênicas de
um estabelecimento, desde a limpeza e/ou sanitização de uns equipamentos específicos até
atividades periódicas de limpeza de todo o estabelecimento (incluindo atividades de limpeza
das edificações, estruturas e terrenos e arredores*****). **** Nota de tradução: sanitização
é termo técnico que se refere ao termo higienização que inclui limpeza e desinfecção,
conforme vários regulamentos da Anvisa. ***** Nota de tradução: grounds foi traduzido por
terrenos e arredores para ideia mais correta.

ESQUEMA
Conjunto de regras e procedimentos que define os objetivos de avaliação da conformidade,
identifica os requisitos especificados para o objetivo da avaliação da conformidade e
proporciona a metodologia para condução da avaliação da conformidade.

ESCOPO
Extensão e limites aplicáveis, por exemplo de auditoria, de certificação e de atividades de
Esquema (ISO 9000:2015).

EVENTO SÉRIO
Uma circunstância fora do controle da organização, comumente referida como “Força Maior”
ou “Obra de Deus” (IAF ID3:2011) que impede a realização de uma auditoria planejada.
Exemplos como guerra, greve, desordem, instabilidade política, tensão geopolítica,
terrorismo, crime, pandemias, inundações, terremotos, invasão maliciosa de computadores
por hackers e outros desastres naturais ou causados pelo homem.

AUDITORIAS ESPECIAIS
Auditorias em organizações certificadas que são realizadas se sobrepondo ou de forma
adicional às auditorias anuais se supervisão/recertificação.

UTENSÍLIOS DESCARTÁVEIS
Itens descartáveis de consumo que entram em contato com os alimentos e embalagens de
alimentos.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 76 de 78


AMEAÇA
Suscetibilidade ou exposição a um ato de food defense/ defesa alimentar (como
sabotagem, adulteração maliciosa, funcionários descontentes etc.) que é considerado
um gap ou deficiência poderia impactar na saúde do consumidor caso não seja tratada.

AUDITORIA NÃO ANUNCIADA


Auditoria que é conduzida nas instalações da organização certificada sem notificação
prévia da data da auditoria.

VULNERABILIDAE
Suscetibilidade ou exposição ao todos os tipos de fraudes, que é é considerado um gap
ou deficiência que poderia impactar na saúde do consumidor caso não seja tratada.

AUDITORIA TESTEMUNHA
Observação periódica de um desempenho de um auditor durante uma auditoria por um
supervisor competente nomeado de testemunha.

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 77 de 78


APÊNDICE 2
REFERÊNCIAS

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 78 de 78


APÊNDICE 2: REFERÊNCIAS NORMATIVAS
• BSI/PAS 221:2013 Prerequisite programmes for food safety in food retail
• GFSI Benchmarking Requirements (latest version)
• IAF ID 1 QMS and EMS Scopes of Accreditation (latest version)
• IAF MD 1 Audit and Certification of a Management System Operated by a Multi-Site
Organization (latest version)
• IAF MD 2 Transfer of Accredited Certification of Management Systems (latest version)
• IAF ID 3 Management of Extraordinary Events or Circumstances Affecting ABs, CABs and
Certified Organizations
• IAF MD 4 The Use of Information and Communication Technology (ICT) for
Auditing/Assessment Purposes (latest version)
• IAF MD 5 Determination of Audit Time of Quality and Environmental Management Systems
(latest version)
• IAF MD11 Application of ISO/IEC 17021-1 for Audits of Integrated Management Systems
(latest version)
• IAF MD 16 Application of ISO/IEC 17011 for the Accreditation of Food Safety Management
System (FSMS) Certification Bodies (latest version)
• IAF MD 20 Generic Competence for AB Assessors: Application to ISO/IEC 17011 (latest
version)
• ISO 9001:2015 Quality management systems – Requirements
• ISO 22000:2018 Food safety management systems – Requirements for any organization in
the food chain
• ISO/IEC 17021-1:2015 Conformity assessment – Requirements for bodies providing audit
and certification of management systems
• ISO/TS 22003:2013 Food safety management systems – Requirements for bodies
providing
audit and certification of food safety management systems
• ISO/IEC 17011:2018 Conformity assessment – General requirements for accreditation
bodies accrediting conformity assessment bodies
• ISO/TS 22002-1:2009 Prerequisite programmes for food safety – Part 1: Food
manufacturing
• ISO/TS 22002-2:2013 Prerequisite programmes for food safety – Part 2: Catering
• ISO/TS 22002-3:2011 Prerequisite programmes for food safety – Part 3: Farming
• ISO/TS 22002-4: 2013 Prerequisite programmes for food safety – Part 4: Food packaging
manufacturing
• ISO/TS 22002-5:2019 Prerequisite programmes for food safety – Part 5: Transport and
storage
• ISO/TS 22002-6:2016 Prerequisite programmes on food safety – Part 6: Feed and animal
food production
• FSSC 22000 Integrity Program documentation

FSSC 22000 Versão 5.1 | Novembro 2020 79 de 78

Você também pode gostar