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DE
PINTURA INDUSTRIAL
LOTAÇÃO: UO-BC/IPP/TEPAC
ROTA: 861-7594
CHAVE: KMQ7
CAPÍTULO 1...............................................................................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO À CORROSÃO ELETROQUÍMICA ...........................................................................................................1
1.1 DEFINIÇÕES DE CORROSÃO ...........................................................................................................................................1
1.2 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E CONTROLE DA CORROSÃO:.....................................................................................1
1.2.1 DADOS ECONÔMICOS ...................................................................................................................................................1
1.3 TIPOS DE CORROSÃO CONFORME A NATUREZA DO PROCESSO CORROSIVO...................................................1
1.3.1 CORROSÃO ELETROQUÍMICA OU CORROSÃO EM MEIO AQUOSO.....................................................................1
1.3.2 CORROSÃO QUÍMICA, CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS OU CORROSÃO SECA................................2
1.4 PRINCIPAIS TIPOS DE PILHA...........................................................................................................................................2
1.5 MEIOS CORROSIVOS.........................................................................................................................................................4
1.5.1 ATMOSFERA ....................................................................................................................................................................4
1.5.2 IMERSÃO ..........................................................................................................................................................................5
1.5.3 SUPERFÍCIES QUENTES.................................................................................................................................................5
1.5.4 PROTEÇÃO ANTICORROSIVA ......................................................................................................................................5
1.5.4.1 ATUAÇÃO NO METAL.................................................................................................................................................5
1.5.4.2 NO MEIO CORROSIVO.................................................................................................................................................6
1.5.4.3 NOS POTENCIAIS DAS PILHAS .................................................................................................................................7
1.5.4.4 NO CONTATO METAL-ELETRÓLITO .......................................................................................................................7
1.6 PRÁTICAS DE PROJETO PARA CONTROLE DA CORROSÃO .....................................................................................7
CAPÍTULO 2...............................................................................................................................................................................9
2. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE METÁLICA PARA PINTURA ......................................................................................9
2.1 LIMPEZA POR AÇÃO FÍSICO-QUÍMICA .......................................................................................................................10
2.2 TRATAMENTO MANUAL................................................................................................................................................10
2.3 TRATAMENTO MECÂNICO (ABNT NBR 15239) .........................................................................................................11
2.4 TRATAMENTO COM JATO ABRASIVO ........................................................................................................................12
2.5 HIDROJATEAMENTO COM ALTA E ULTRA-ALTA PRESSÃO .................................................................................13
2.6 TABELA COM PADRÕES DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE ................................................................................15
2.7 EQUIPAMENTOS DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE ...............................................................................................16
2.7.1 EQUIPAMENTOS DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE POR JATEAMENTO ABRASIVO ...................................16
2.8 OS ABRASIVOS COMUMENTE USADOS SÃO:............................................................................................................18
2.8.1 NOVAS TECNOLOGIAS DE ABRASIVOS ..................................................................................................................19
CAPÍTULO 3.............................................................................................................................................................................20
3. PINTURA INDUSTRIAL .....................................................................................................................................................20
3.1 TINTAS ...............................................................................................................................................................................20
3.2 RESINA...............................................................................................................................................................................20
3.3 PIGMENTOS ......................................................................................................................................................................21
3.3.1 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA ...............................................................................................21
3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A FINALIDADE.............................................................................................21
3.3.3 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A AÇÃO..........................................................................................................23
3.4 ADITIVOS ..........................................................................................................................................................................24
3.5 SOLVENTES.......................................................................................................................................................................24
3.6 PRINCIPAIS TIPOS DE TINTA ........................................................................................................................................25
3.6.1 TINTAS CONVENCIONAIS...........................................................................................................................................25
3.6.2 TINTAS SEMINOBRES ..................................................................................................................................................26
3.6.3 TINTAS NOBRES ...........................................................................................................................................................27
3.7 APLICAÇÃO DE TINTAS .................................................................................................................................................29
3.7.1 MÉTODOS DE APLICAÇÃO .........................................................................................................................................29
3.8 RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA APLICAÇÃO DAS TINTAS................................................................................32
3.9 ESCOLHA DA ÉPOCA IDEAL PARA APLICAÇÃO.......................................................................................................32
3.10 ESCOLHA DO MÉTODO DE APLICAÇÃO...................................................................................................................33
3.11 CAPACITAÇÃO DO PESSOAL DE APLICAÇÃO.........................................................................................................33
3.12 CONDIÇÕES AMBIENTAIS ...........................................................................................................................................34
3.13 MISTURA, HOMOGENEIZAÇÃO E DILUIÇÃO DAS TINTAS ..................................................................................34
3.14 SEQÜÊNCIA DA APLICAÇÃO.......................................................................................................................................35
3.15 CUIDADOS DE SEGURANÇA .......................................................................................................................................36
3.16 OUTRAS RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER OBSERVADAS DURANTE A APLICAÇÃO ............................37
CAPÍTULO 4.............................................................................................................................................................................38
4 CONTROLE DE QUALIDADE NA APLICAÇÃO ..............................................................................................................38
4.1 AÇÃO DE PREVENÇÃO DE DEFEITOS .........................................................................................................................38
4.1.1 EXPLICITAÇÃO DO ESQUEMA DE PINTURA ..........................................................................................................38
4.1.2 QUALIDADE DAS TINTAS UTILIZADAS...................................................................................................................38
4.1.3 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DO PESSOAL ....................................................................................................39
4.1.4 ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO .........................................................................................39
4.1.5 ELABORAÇÃO DE PLANOS DE INSPEÇÃO ..............................................................................................................39
4.1.6 AFERIÇÃO/CALIBRAÇÃO DOS APARELHOS E INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E TESTES ...........................40
4.1.7 AÇÃO DE DETECÇÃO DE DEFEITOS.........................................................................................................................40
4.1.8 INSPEÇÃO VISUAL DA SUPERFÍCIE A SER PINTADA ...........................................................................................40
4.1.9 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ...................................................................................................40
4.1.10 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DO ABRASIVO .....................................................................................................41
4.1.11 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DAS TINTAS .........................................................................................................41
4.1.12 AVALIAÇÃO DO GRAU DE TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE..............................................................................42
4.1.13 MEDIÇÃO DO PERFIL DE RUGOSIDADE ................................................................................................................42
4.1.14 ACOMPANHAMENTO DA MISTURA E DILUIÇÃO DAS TINTAS........................................................................42
4.1.15 AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE APLICAÇÃO DAS TINTAS ..................................................................................43
4.1.16 AVALIAÇÃO DE EVENTUAIS FALHAS DAS PELÍCULAS DE TINTA.................................................................43
4.2 MEDIÇÃO DAS ESPESSURAS DAS PELÍCULAS DE TINTA ......................................................................................44
4.2.1 EXECUÇÃO DA MEDIÇÃO DE PELÍCULAS SECAS ABNT-NBR10443..................................................................45
4.3 TESTE DE ADERÊNCIA DAS PELÍCULAS DE TINTA.................................................................................................45
4.3.1 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO.................................................................................................................46
4.4 DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM PELÍCULAS DE TINTA ..............................................................46
4.5 ESTIMATIVA DE CONSUMO DE TINTAS ....................................................................................................................47
4.5.1 PARA A 1ª DEMÃO DE TINTA DE FUNDO ...............................................................................................................48
4.5.2 PARA A 2ª DEMÃO DE TINTA DE FUNDO ................................................................................................................49
4.5.3 PARA TINTAS DE ACABAMENTO .............................................................................................................................49
CAPÍTULO 5.............................................................................................................................................................................50
5. ASPECTOS ECONÔMICOS DA PINTURA .......................................................................................................................50
5.1 CUSTO INICIAL.................................................................................................................................................................50
5.2 CUSTO DE MANUTENÇÃO.............................................................................................................................................51
5.3 CUSTO ACUMULADO......................................................................................................................................................51
CAPÍTULO 6.............................................................................................................................................................................51
6. NOÇÕES DE FORMULAÇÃO.............................................................................................................................................51
CAPÍTULO 7.............................................................................................................................................................................52
7. NOÇÕES DE FABRICAÇÃO...............................................................................................................................................52
CAPÍTULO 8.............................................................................................................................................................................52
8. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DE UMA TINTA E DA PELÍCULA SECA...................................................52
8.1. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DA TINTA LÍQUIDA .................................................................................53
8.2. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DA PELÍCULA SECA.................................................................................54
8.3. ENSAIOS UTILIZADOS NO CONTROLE DA QUALIDADE DE TINTAS ..................................................................55
CAPÍTULO 9.............................................................................................................................................................................58
9. SELEÇÃO DOS ESQUEMAS DE PINTURA......................................................................................................................58
9.1 FATORES QUE ORIENTAM A SELEÇÃO ......................................................................................................................58
9.2 ESQUEMAS PARA IMERSÃO..........................................................................................................................................59
9.2.1 IMERSÃO EM ÁGUA SALGADA .................................................................................................................................59
9.2.2 IMERSÃO EM ÁGUA DOCE NÃO-POTÁVEL.............................................................................................................59
9.2.3 IMERSÃO EM DERIVADOS DE PETRÓLEO E PRODUTOS QUÍMICOS ................................................................59
9.2.4 ESQUEMAS PARA SUPERFÍCIES QUENTES.............................................................................................................60
9.2.5 ESQUEMAS PARA ATMOSFERAS ALTAMENTE AGRESSIVAS (ÁREA EXTERNA) ..........................................60
9.2.6 ESQUEMAS PARA ATMOSFERAS MEDIANAMENTE AGRESSIVAS....................................................................61
9.2.7 ESQUEMAS PARA ATMOSFERAS POUCO AGRESSIVAS.......................................................................................61
9.2.8 ESQUEMAS PARA SUPERFÍCIES GALVANIZADAS (OU P/AL, FE FUNDIDO, CU/NI, AÇO INOX, PRFV)......61
9.2.8.1 PAINÉIS DE AÇO CARBONO GALVANIZADO ......................................................................................................61
9.2.9 ESQUEMAS ESPECÍFICOS ...........................................................................................................................................62
9.3 PINTURA DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO.......................................................................................................62
9.4 PINTURA DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS.................................................................................................................63
9.5 PINTURA DE NAVIOS, EMBARCAÇÕES, MONOBÓIAS E BÓIAS MÚLTIPLAS.....................................................63
9.6 PINTURA DE PÍERES, CAIS E PLATAFORMAS ...........................................................................................................64
9.7 PINTURA DE VASOS E ESFERAS...................................................................................................................................64
9.8 PINTURA DE FORNOS, CALDEIRAS E PERMUTADORES DE CALOR ....................................................................64
9.9 PINTURA DE ESTRUTURAS METÁLICAS....................................................................................................................64
9.10 PINTURA DE MÁQUINAS - BOMBAS, COMPRESSORES, TURBINAS...................................................................64
9.11 PINTURA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS (MOTORES, TRANSFORMADORES, PAINÉIS, ETC.) E DE
EQUIPAMENTOS DE INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE...............................................................................................65
CAPÍTULO 10...........................................................................................................................................................................65
10 TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS ...................................................................................................................................65
10.1 BR 2010 .............................................................................................................................................................................65
10.2 ELASTÔMERO SECURIT ...............................................................................................................................................65
10.3 OXIFREE ..........................................................................................................................................................................66
10.4 CANALETA ANTIDERRAPANTE ................................................................................................................................66
10.5 EPÓXI NOVOLAC (NORMA N-2912)...........................................................................................................................66
CAPÍTULO 11...........................................................................................................................................................................67
11 BOAS PRÁTICAS................................................................................................................................................................67
11.1 LAVAGEM E MEDIÇÃO DO TEOR DE CLORETOS...................................................................................................67
11.2 INSPEÇÃO DAS ÁREAS CONFORME ASTM D 610 (intensidade das falhas e distribuição).......................................67
11.3 ADOÇAMENTO DE CANTOS VIVOS...........................................................................................................................68
11.4 TECNOLOGIAS APROPRIADAS NO PREPARO DE SUPERFÍCIE DOS PONTOS CRÍTICOS................................68
11.5 REALIZAÇÃO DA PINTURA DE REFORÇO NOS PONTOS CRÍTICOS (STRIPE COAT).......................................68
11.6 UTILIZAÇÃO DE REVESTIMENTOS ESPECIAIS NOS PONTOS CRÍTICOS ..........................................................68
11.7 APLICAÇÃO POR PISTOLA SEM AR (AIRLESS)........................................................................................................69
11.8 USO DE TINTAS / REVESTIMENTOS COM CURA RÁPIDA.....................................................................................69
11.9 USO DE TINTAS COM PROPRIEDADES DE RETENÇÃO NAS BORDAS (EDGE RETENTION)..........................69
11.10 ADOÇÃO DE SISTEMAS AUTOMATIZADOS NO PREPARO DE SUPERFÍCIE E APLICAÇÃO DA PINTURA /
REVESTIMENTO.....................................................................................................................................................................69
CAPÍTULO 12...........................................................................................................................................................................70
12. NORMALIZAÇÃO TÉCNICA NA PINTURA ..................................................................................................................70
12.1 OBJETIVOS DA NORMA TÉCNICA .............................................................................................................................71
12.2 FILOSOFIA DA NORMALIZAÇÃO................................................................................................................................71
12.3 ELABORAÇÃO DE UMA NORMA TÉCNICA ..............................................................................................................71
12.4 CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS .............................................................................................................72
12.4.1 QUANTO AO TIPO.......................................................................................................................................................72
12.4.2 QUANTO À ENTIDADE NORMALIZADORA...........................................................................................................72
12.5 USO DAS NORMAS.........................................................................................................................................................72
12.6 PADRÕES DE PINTURA INDUSTRIAL DA UO-BC ....................................................................................................72
12.6.1 ELASTÔMERO SECURIT ............................................................................................................................................72
12.6.2 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL ..................................................................................................................................73
12.7 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE PINTURA INDUSTRIAL DA UO-BC .................................................................73
12.7.1 SPONGE JET .................................................................................................................................................................73
12.7.2 PINTURA/REVESTIMENTO .......................................................................................................................................73
12.7.3 LIMPEZA QUÍMICA.....................................................................................................................................................74
12.7.4 CANALETA ANTIDERRAPANTE ..............................................................................................................................74
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................................................76
CAPÍTULO 1
CORROSÃO
PROCESSO NATURAL
METALURGIA
ENERGIA
1
ELÉTRONS
CORRENTE
C
A A
N T
O O
D D
O O
ELETRÓLITO
2
Série Galvânica de Materiais Metálicos na Água do Mar
EXTREMIDADE ANÓDICA (MENOS NOBRE)
1- Magnésio e suas ligas
2- Zinco
3-Alumínio comercialmente puro(1100)
4-Cádmio
5-Liga de alumínio(4,5 Cu,1,5 Mg, 0,6 Mn)
6-Aço carbono
7-Ferro fundido
8-Aço inoxidável (13 Cr ativo)
9- Ni-Resist (ferro fundido com alto níquel)
10- Aço inoxidável (ativo) AISI-304 (18-8 Cr-Ni)
11- Aço inoxidável (ativo) AISI-316 (18-10-2 Cr-Ni-Mo)
12-Liga de chumbo e estanho (solda)
13- Chumbo
14- Estanho
15- Níquel (ativo)
16- Inconel (ativo)
17- Latões (Cu-Zn)
18- Cobre
19- Bronze (Cu-Sn)
20- Cupro níqueis (60-90 Cu, 40-10 Ni)
21- Monel (70 Ni 30 Cu)
22- Solda prata
23- Níquel (passivo)
24- Inconel (passivo)
25- Aço inoxidável ao cromo (11-13 Cr passivo)
26- Aço inoxidável AISI-304 (passivo)
27- Aço inoxidável AISI-316 (passivo)
28- Prata
29- Titânio
30- Grafite
31- Ouro
32- Platina
EXTREMIDADE CATÓDICA ( MAIS NOBRE)
• Pilha de ação local - É o tipo de pilha mais encontrado na natureza. É formada pelo
aparecimento de regiões anódicas e catódicas num mesmo material metálico. Estas
regiões são formadas devido às diversas heterogeneidades tais como: formação de
bolhas, fissuras, inclusões, segregações; diferença no estado das tensões internas,
luminosidade, temperatura, formação de grãos, lixamento das superfícies, tratamentos
térmicos, etc.
3
• Pilha de aeração diferencial - Esta pilha acontece em função da diferença na
concentração de oxigênio em duas regiões do material metálico. Também a exemplo
da pilha de concentração iônica ocorre com freqüência em frestas só que as áreas
anódicas e catódicas são invertidas. A área mais aerada que é a borda da fresta torna-
se catódica e a menos aerada que é o interior da mesma torna-se anódica corroendo-se.
1.5.1 ATMOSFERA
• Atmosfera marinha: Sobre o mar e até 500m de distância da orla marítima onde ocorre
forte ação da névoa salina que vai impregnar as superfícies metálicas impulsionada
pelos ventos predominantes na direção do mar para a terra. É uma atmosfera altamente
agressiva.
• Atmosfera junto à orla marítima: Se estende dos 500m da costa até onde ocorre a ação
da névoa salina. Sua agressividade será função de alguns fatores como direção dos
ventos, altitude, etc.
• Atmosfera industrial: É a região que contém grande quantidade de gases provenientes
da combustão, principalmente gases contendo alto teor de enxofre. É considerada
região altamente agressiva.
• Atmosfera úmida: São regiões onde a umidade se encontra acima de 60%. É
considerada uma atmosfera medianamente agressiva, porém quando associada à
atmosfera marinha ou industrial será classificada como altamente agressiva.
• Atmosfera urbana e semi-industrial: Ocorre nas cidades onde há grande emanação de
gases como o CO (monóxido de carbono) provenientes dos motores de combustão dos
veículos que se misturam na atmosfera aos gases oriundos das fábricas contendo
compostos a base de enxofre. É considerada uma atmosfera medianamente agressiva.
• Atmosfera rural e seca: São locais onde não existem gases industriais, sais em
suspensão e a umidade normalmente é baixa sendo, portanto considerada de baixa
agressividade.
4
1.5.2 IMERSÃO
• Até 120°C - Os equipamentos que operam nessa faixa de temperatura estão sujeitos a
corrosão eletroquímica pela possibilidade de haver condensação de umidade.
• De 120 a 400°C - Nessa faixa de temperatura a corrosividade é desprezível, pois não
ocorre condensação.
• Acima de 400°C - A partir de 400°C passa a haver corrosão química devido às altas
temperaturas envolvidas.
O pior caso ocorre quando há um regime de intermitência, ou seja, alternam-se baixas
e altas temperaturas onde pode ocorrer os 02 tipos de corrosão.
Para retardar o avanço da corrosão eletroquímica são utilizados recursos para impedir
ou controlar o funcionamento das pilhas de corrosão. Estes recursos neutralizam uma das
partes constituintes das pilhas atuando:
a) No metal;
b) No meio corrosivo;
c) Nos potenciais das pilhas;
d) Na interface entre o metal e o eletrólito.
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1.5.4.3 NOS POTENCIAIS DAS PILHAS
Neste caso são utilizados os revestimentos de uma forma geral que vão impedir por
barreira, proteção catódica, proteção anódica ou outro qualquer mecanismo a ação dos íons do
eletrólito.
• Revestimentos orgânicos;
Ex: pintura industrial.
• Revestimentos metálicos;
Ex: aspersão térmica com Al, Zn e suas ligas, clads, etc.
• Evitar frestas:
Devido ser comum o aparecimento da corrosão por aeração diferencial e concentração
iônica nas frestas.
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A sobre-espessura de corrosão é um recurso econômico que deve ser utilizada nos
equipamentos sujeitos a corrosão uniforme e generalizada como o aço carbono. Para os
materiais que apresentam corrosão localizada não deve ser utilizada sob pena de se
comprometer rapidamente a vida útil do equipamento.
• Evitar regiões em contato entre si (apoiadas), onde não haja estanqueidade e acesso
para pintura:
Nesse caso existe o aparecimento de frestas, que são locais onde não há possibilidade
de se executar as manutenções. É prática usual, preencher-se o contato das duas regiões com
solda ou massa epóxi para evitar que haja penetração do eletrólito.
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CAPÍTULO 2
O aço é recebido nas obras na forma de perfis e chapas que foram laminados à quente
pelas siderúrgicas. Essas peças ao serem resfriadas e sofrerem a ação do intemperismo natural
formam placas superficiais de composição diferente do núcleo do material metálico. São
chamadas de carepas de laminação e são constituídas basicamente de camadas de Fe2O3
(óxido férrico), Fe3O4 (magnetita) e FeO (óxido ferroso), respectivamente da parte externa
para a interna. Pelo fato dessas placas terem dilatação superficial diferente do aço são
formadas trincas na superfície por onde penetra o eletrólito. A carepa sendo catódica fica
protegida enquanto que na interface carepa /aço inicia-se um processo corrosivo uniforme e
generalizado ocorrendo então o desprendimento da carepa do aço. É nesse momento que se
recomenda a utilização dessas peças, pois a partir daí começam a se formar alvéolos no
material metálico que vão comprometer a integridade dessas peças. Em função desse
fenômeno a norma ISO 8501-1 classificou o aço em 04 graus de intemperismo ou oxidação
inicial das superfícies conforme abaixo:
Grau A - Chapas e perfis recém laminados e que se apresenta com a carepa íntegra com
pouca ou nenhuma ação do intemperismo local.
Grau B - Situação em que a carepa no aço começa a se desprender devido à ação da corrosão
na interface carepa /aço.
Grau D - Estágio no qual as chapas e perfis metálicos sofreram uma exagerada exposição
atmosférica e os materiais metálicos se encontram sem carepa, porém cobertos de alvéolos
devido à ação severa de corrosão localizada.
Para superfícies de aço pintadas, com base na ASTM D 610, foram adotados os
seguintes graus de intemperismo:
Grau 4 - Pintura totalmente calcinada, empolada ou com manchas de oxidação, tendo até
10% de sua superfície com corrosão, bolhas de oxidação, tinta solta e pequena incidência de
“pits” (corrosão puntiforme).
Grau 2 - Pintura totalmente calcinada, empolada ou com manchas de oxidação, tendo até
33% de sua superfície com corrosão, bolhas de oxidação, tinta solta e pequena incidência de
“pits” (corrosão puntiforme).
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Grau 0 – Intensa presença de corrosão, tinta sem aderência e formação severa de corrosão por
“pits” e alvéolos.
Deve-se proceder à limpeza da superfície metálica por ação físico-química nos pontos
detectados pela inspeção onde existe a presença de óleo, graxa, gordura, terra, areia e outros
contaminantes, utilizando solventes não oleosos, detergentes, desengraxantes, água e outros
recursos conforme norma ABNT NBR 15158.
Consiste em um equipamento dotado de tecnologia que utiliza jato com cerdas para
executar tratamento de superfícies. Tal tecnologia utiliza uma ferramenta de cerdas rotativas
desenvolvidas especialmente para remover corrosão e/ou revestimentos antigos gerando um
perfil de ancoragem para um novo revestimento. Essa ferramenta rotativa consiste em fios de
cerdas rígidas com pontas projetadas para frente que é dinamicamente ajustada a uma
ferramenta manual (elétrica ou pneumática) que opera em cerca de 2500 RPM.
A escova de cerdas rígidas é projetada para atingir, através da energia cinética, a
superfície corroída. O que se torna equivalente a processos padronizados de jateamento.
Vantagens:
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Tratamento de superfície por processo químico
Requisitos do produto:
• Remover oxidação, ferrugens e tintas (resinas epóxi, poliuretânicas e etil-silicato) já
curadas;
• Não tóxico;
• Possuir elevado ponto de fulgor (PF);
• Não poluente;
• Tempo de reação breve;
• Fácil aplicação;
• Não possuir restrições a Ponto de Orvalho (PO) e Umidade Relativa do Ar (URA);
• Preferência que seja aplicável sobre superfícies aquecidas.
Possibilidades de aplicação:
• Tratamento de superfície de estruturas;
• Equipamentos e tubulações de plataformas marítimas que receberão posteriormente
pintura e revestimentos anticorrosivos.
• Jato ligeiro ou brush off - É o tipo de jato indicado para quebra de brilho de camada de
tinta que tenha ultrapassado o intervalo de re-pintura para aplicação da demão
posterior. Remove apenas 5% da camada de óxidos presente na superfície metálica,
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portanto não é recomendado para aplicação da maioria dos esquemas de pintura.
Consegue-se este padrão com ótimo rendimento daí o nome jato ligeiro. Está
padronizado pela norma ISO 8501-1 como Sa 1.
• Jato comercial ou jato ao metal cinza - Consegue-se com este jato remover 50% da
camada de óxidos do substrato metálico e o rendimento cai em relação ao jato ligeiro.
É padronizado pela ISO 8501-1 como Sa 2.
• Jato ao metal quase branco - Consegue-se com este jato uma limpeza quase que
completa da superfície metálica de cerca de 95% de remoção da camada de óxidos,
sendo que os restantes 5% aparecem apenas como manchas de coloração mais escura
evidenciando alguma presença de óxidos. É o tipo de jato mais utilizado e tem um
bom rendimento. É padronizado pela norma ISO 8501-1 como Sa 2 1/2.
• WJ-1 - A superfície deve estar livre de toda ferrugem, tinta, carepa de laminação e
matéria estranha visíveis previamente existentes, e apresentar um acabamento metálico
fosco uniforme (ver Notas 1, 2 e 3).
• WJ-2 - A superfície deve estar limpa, apresentando um acabamento fosco, com pelo
menos 95 % da área livre de todos os resíduos visíveis previamente existentes, e os 5
% remanescentes contendo apenas, aleatoriamente, manchas dispersas de oxidação,
tinta e matéria estranha (ver Notas 1, 2 e 3).
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• WJ-3 - A superfície deve estar limpa, apresentando um acabamento fosco, com pelo
menos 2/3 da área livre de todos os resíduos previamente existentes (exceto carepa de
laminação), e o 1/3 remanescente contendo apenas, aleatoriamente, manchas dispersas
de oxidação, tinta ou matéria estranha previamente existentes (ver Notas 1, 2 e 3).
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2.6 TABELA COM PADRÕES DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
B Sa1
JATO LIGEIRO
C Sa1 SP7 N-9 ---------------
OU BRUSH OFF
D Sa1
JATO COMERCIAL B Sa2
OU AO METAL C Sa2 SP6 N-9 ---------------
CINZA D Sa2
A Sa 2 ½
JATO AO METAL B Sa 2 ½
S P 10 N-9 ---------------
QUASE BRANCO C Sa 2 ½
D Sa 2 ½
A Sa3
JATO AO METAL B Sa3
SP5 N-9 ---------------
BRANCO C Sa3
D Sa3
A SUPERFÍCIE
UNIFORMEMENTE
LIVRE DE
C WJ-4
FERRUGEM, TINTAS N-9
D WJ-4
E CAREPA DE --------------- S P 12
LAMINAÇÃO NÃO
ADERIDAS.
HIDROJATEAMENTO
COM PELO MENOS 2/3
C WJ-3
DA ÁREA DA N-9
D WJ-3
SUPERFÍCIE LIVRE DE --------------- S P 12
RESÍDUOS.
HIDROJATEAMENTO
COM PELO MENOS
95% DA ÁREA DA --------------- N-9 C WJ-2
SUPERFÍCIE LIVRE DE S P 12 D WJ-2
RESÍDUOS.
15
HIDROJATEAMENTO
COM A SUPERFÍCIE
DO AÇO LIVRE DE
TODA FERRUGEM, C WJ-1
TINTA, CAREPA E --------------- S P 12 N-9
D WJ-1
QUALQUER
MATERIAL
ESTRANHO.
NOTAS:
1) A norma ISO 8501-1 não prevê tratamento de superfície manual e mecânico para
superfícies de aço cujo grau inicial de oxidação é A.
2) A norma ISO 8501-1 não prevê jateamento abrasivo ligeiro nem comercial para
substratos de aço cujo grau de intemperismo é A.
3) Só existe padrão de limpeza por hidrojateamento à alta e ultra-alta pressão para graus
de intemperismo C e D.
• Compressor;
• Separador de umidade;
• Filtro de óleo;
• Vaso de pressão;
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• Válvula de mistura ar-abrasivo;
• Sistemas de controle remoto;
• Mangueiras;
• Bicos;
• Abrasivos.
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No que se refere ao Hidrojateamento à Ultra Alta Pressão, apesar de se utilizar um EPI
mais leve do que o exigido pelo jateamento abrasivo, em função de não necessitar de ar
mandado e se utilizar roupa em material plástico de PVC ou aramida, é necessário portar
botas de borracha ou couro protegidas internamente com biqueiras de aço. Exige-se dos
profissionais, tanto do hidrojatista, quanto do operador da bomba, treinamentos periódicos
relacionados à segurança, que podem ser realizados pela empresa fornecedora do equipamento
de hidrojato. A Petrobras exige também que seja fornecido um certificado de treinamento
desses profissionais, além de um procedimento de segurança.
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2.8.1 NOVAS TECNOLOGIAS DE ABRASIVOS
Vantagens
- Melhor cobertura e rebarbação;
- Obtenção de superfície limpa e brilhante evidenciando a cor natural da peça;
- Rugosidade controlada e constante;
- Texturização mais uniforme;
- Menor tempo de jateamento com menor consumo de energia / custo de manutenção;
- Maior durabilidade / menor volume de resíduos.
• SPONGE-JET
A técnica consiste basicamente em se projetar contra o substrato que se quer jatear as
partículas de óxido de alumínio impregnadas em flocos de esponja de poliuretano (reciclável)
No momento do impacto as partículas de óxido de alumínio são expostas e entram em contato
com a superfície metálica promovendo a sua decapagem mecânica. A esponja absorve a
energia do impacto e não permite que as partículas de metal retornem com velocidade
elevada.
Vantagens
CAPÍTULO 3
3. PINTURA INDUSTRIAL
3.1 TINTAS
3.2 RESINA
• Veículos convertíveis - São as resinas que formam película não só por evaporação de
solvente, mas também através de reação química. Ex: resinas base óleo que formam
película também através de reação de oxidação com o oxigênio do ar;
Resinas epóxi e poliuretanas que formam películas principalmente através de reações
de polimerização por condensação, etc.
20
3.3 PIGMENTOS
a) Pigmentos brancos - Estes pigmentos são todos de natureza inorgânica. O mais comum
é o dióxido de titânio (TiO2), sendo considerado uma matéria-prima na formulação de
tintas. Existem dois tipos que diferem em função de sua forma cristalina: o rutilo e o
anatásio. O rutilo tem maior opacidade e resistência à luz e menor brancura que o
anatásio. Outros pigmentos brancos são: o óxido de zinco e o liptônio (30% de sulfato
de zinco e 70% de sulfato de bário).
b) Pigmentos amarelos - amarelos hansa, amarelos de cromo, amarelos de cádmio,
amarelos de zinco, dentre outros.
c) Pigmentos azuis - azuis de ftalocianina, azul molibdato, azul da Prússia e azul
ultramarino.
d) Pigmentos laranjas - laranja de cromo (cromato básico de chumbo), laranja molibdato,
laranja benzidina e laranja dinitroanilina.
e) Pigmentos verdes - verdes de ftalocianina (azul de ftalocianina clorado), verdes de
cromo (azul da Prússia e amarelo de cromo), óxido de cromo verde e verde molibdato.
f) Pigmentos vermelhos - óxido férrico (Fe2O3), vermelho de molibdênio ( molibdato de
chumbo), vermelho de cádmio, vermelho toluidina, vermelho para-red ( para-nitro-
anilina e p-naftol), vermelhos naftóis e vermelhos cinquásia (vermelho quinacidrona).
g) Pigmentos violetas - violeta cinquásia.
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h) Pigmentos pretos - magnetita (Fe3O4), pretos de carbono (negro de fumo) e grafite.
i) Pigmentos metálicos - O mais importante dos pigmentos metálicos é o alumínio, que
pode se apresentar na forma lamelar aparecendo nas tintas de acabamento e na tinta de
fundo epóxi pigmentada com Al utilizada em superfícies não jateadas contribuindo
para diminuir a permeabilidade da película e proporcionando um aspecto metálico. O
tipo não lamelar é utilizado na indústria automotiva na pintura das carrocerias dos
veículos dando um acabamento perolizado e metalizado. Os bronzes em pó são usados
para dar o acabamento na cor púrpura.
22
• Cromato básico de zinco ou tetroxicromato de zinco - É um pigmento
amarelo um pouco menos solúvel que o cromato de zinco, mas que
possui boa ação inibidora.
• Fosfato de zinco - É constituído de fosfato de zinco que possui
excelente ação inibidora. Vem substituindo o zarcão devido a sua
menor toxidez.
b) Pigmentos inibidores catódicos - São introduzidos nas tintas de fundo com a finalidade
de promover uma proteção catódica via pintura. Tal proteção é chamada de
galvanização a frio, devido à atuação do pigmento zinco nas tintas ricas em zinco. Nas
tintas com resinas à base epóxi recomenda-se utilizar uma porcentagem de no mínimo
95% de zinco devido ao maior isolamento do epóxi e nas tintas de silicato de 75%. São
utilizados em ambientes altamente agressivos.
• Ativos: São aqueles que participam com uma função bem definida na tinta como, por
exemplo, os pigmentos anticorrosivos, os tintoriais, os impermeabilizantes, etc.
• Inativos: Participam na tinta apenas para encorpar ou dar consistência à tinta. São as
chamadas cargas.
23
3.4 ADITIVOS
São componentes eventuais das tintas. São adicionados às mesmas para proporcionar
determinadas características exigidas na formulação das mesmas. Como exemplo de aditivos
temos:
• Secantes - Tem a função de catalisar a secagem das tintas à base óleo ou modificadas
com óleo.
• Aditivos nivelantes - São aditivos que atuam na tensão superficial das tintas
melhorando o nivelamento e espalhamento e evitando que apareçam marcas ou veios
na superfície devido à pressão das cerdas de pincéis e trinchas.
3.5 SOLVENTES
24
• Defeitos na pintura durante a aplicação e secagem como escorrimento, sangramento e
principalmente empolamento devido à retenção de solvente que vai acarretar falhas
prematuras no sistema de pintura.
Alguns solventes como o benzeno e os solventes clorados são muito tóxicos não se
recomendando a sua utilização em tintas. É aconselhável de uma forma geral utilizarmos o
solvente para acertar a viscosidade indicada pelo próprio fabricante da tinta.
• Tintas à óleo - São tintas cujo veículo são os óleos secativos. Os óleos secativos são
resinas que possuem molécula insaturada, cuja insaturação da molécula reage com o
oxigênio do ar ocasionando dessa forma a secagem da tinta. Os óleos secativos mais
importantes são o óleo de oiticica, de tungue, de linhaça, de soja. Existem, porém
alguns óleos não-secativos que podem também ser utilizados com função plastificante
como é o caso dos óleos de mamona e de côco. O óleo de mamona ao ser desidratado
torna-se secativo. O mecanismo de formação de película das tintas à óleo é a
evaporação de solventes e oxidação. As tintas à óleo tem uma secagem bastante lenta,
e são saponificáveis só se recomendando a sua aplicação em ambientes com pouca
agressividade. Em virtude da excelente molhabilidade e poder de adsorção dos óleos
25
elas podem ser aplicadas sobre preparo manual, mecânico ou jateamento abrasivo
comercial com bom desempenho e com aderência satisfatória.
• Tintas de resinas fenólicas modificadas com óleo - São formadas a partir da reação de
um fenol com um aldeído. Os óleos secativos são adicionados à resina fenólica com o
objetivo de proporcionar a secagem da tinta à temperatura ambiente, pois
originalmente a resina fenólica é curada através de polimerização térmica. O
mecanismo de formação de película é em parte por evaporação de solventes e em parte
pela oxidação dos óleos secativos. São menos sensíveis à umidade que as tintas a óleo
e tintas alquídicas óleo modificadas, mas menos resistentes à ação dos raios U.V. do
sol. Quando pigmentadas com alumínio resistem à temperatura de 120°C com boa
performance.
• Tintas acrílicas - São formadas a partir dos ácidos acrílico e metacrílico, através de
esterificação. As tintas constituídas de resina acrílica são dotadas de grande beleza,
sendo sua principal característica a retenção de cor e brilho. São razoavelmente
resistentes à ácidos e álcalis. As tintas acrílicas secam através da evaporação de
solventes sendo sensíveis aos mesmos. Devem ser isentas de óleo de forma a não
saponificarem. São utilizadas em ambientes medianamente agressivos e exigem uma
preparação de superfície de boa a excelente, sendo comum a aplicação sobre um
jateamento quase branco Sa 2 1/2.
• Tintas de borracha clorada - São obtidas a partir da cloração da borracha. Tem boa
resistência à ácidos, álcalis e solventes e resistência à umidade, não sendo tóxicas.
Devido a isso são utilizadas em tanques para armazenamento de água potável. Seu uso
tem sido restringido muito ultimamente em algumas indústrias devido ao aparecimento
26
de defeitos na película como formação de poros e trincas e o rápido aparecimento de
falhas a partir de 65°C com conseqüente liberação de ácido clorídrico. O mecanismo
de formação de película é através de evaporação de solventes. Deve ser isenta de óleos
secativos para não ocorrer saponificação da resina. São recomendadas para aplicação
em atmosfera medianamente agressiva. Exige uma boa a excelente preparação de
superfície, sendo comum a utilização sobre jato ao metal quase branco Sa 2 1/2.
• Tintas vinílicas - São obtidas a partir do cloreto e acetato de vinila, que através de
polimerização das moléculas se transformam em cloreto e acetato de polivinila. Podem
ser produzidos também através de reações com o polivinilbutiral. São tintas resistentes
à ácidos e bases e à abrasão. A secagem se processa por evaporação de solventes
sendo sensíveis aos mesmos. As tintas vinílicas de boa qualidade não apresentam
óleos secativos em sua formulação devido ao perigo de haver saponificação.
Recomenda-se a utilização para ambientes medianamente agressivos. Aderem apenas
em substratos preparados no mínimo com jateamento abrasivo ao metal quase branco
Sa 2 1/2.
• Tintas epóxi - São obtidas através da reação do bisfenol com a epicloridina. As tintas
à base dessa resina são de alto desempenho e custo médio. Por isso são bastante
utilizadas em ambientes altamente agressivos. São bicomponentes, o componente
principal “A” é a resina epóxi e o componente “B” é o agente de cura, erroneamente
chamado de catalisador. O agente de cura pode ser uma amina (aduto de amina) ou
uma amida. As tintas epóxi curadas com amina são altamente resistente aos ácidos,
bases e solventes e proporcionam uma rápida secagem, no entanto são sensíveis à
umidade. As tintas epóxi curadas com amida tem pouca resistência aos agentes
químicos, mas tem bastante resistência a umidade e são bastante flexíveis, apesar de
secagem mais demorada. Estas tintas são próprias para utilização em ambientes com
alta umidade relativa do ar e áreas imersas de estruturas ou tanques. As tintas epóxi de
uma forma geral quando expostas à ação dos raios ultravioletas do sol sofrem um
processo de empoamento desgastando a camada superficial de resina e liberando os
pigmentos que ficam livres na superfície. Este fenômeno compromete a utilização
dessas tintas na identificação, sinalização e visualização de equipamentos e estruturas.
Na prática deve-se utilizar como última demão de acabamento uma tinta que tenha boa
retenção de cor e brilho como a poliuretânica, acrílica e outras nessas situações. Essas
tintas podem se associar a resinas betuminosas à base de alcatrão formando as
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chamadas tintas “coal tar epóxi” aliando a alta resistência química das tintas epóxi ao
baixo preço e à alta resistência à água do alcatrão. Recomenda-se nesse caso se utilizar
uma proporção de 70/100 respectivamente de epóxi para alcatrão. Ultimamente foram
desenvolvidas tintas epóxi associadas ao isocianato que proporcionam excelente
aderência para serem aplicadas sobre alumínio, galvanizados, etc. Outras tintas
também bastante utilizadas são as tintas epóxi com adição de pigmentos de óxido de
ferro micáceo atuando como tintas de fundo com excelente proteção por barreira ao
substrato e tintas curadas com aminas aromáticas com adição de alumínio lamelar com
alta espessura “HIGH BUILDING” em torno de 120µm atuando como tintas de fundo
sobre superfícies metálicas com preparo bastante rudimentar como o manual e
mecânico com boa aderência. O principal mecanismo de formação de película dessas
tintas é a polimerização por condensação à temperatura ambiente. Requerem de uma
forma geral uma boa a excelente preparação de superfície para um bom desempenho,
geralmente jateamento abrasivo ao metal quase branco (Sa 2 1/2) ou ao metal branco
(Sa 3).
• Tintas ricas em zinco - São tintas de alta performance, com altas percentagens de pó de
zinco destinados a promover a proteção catódica do substrato. Utilizam teores de zinco
da ordem de 75 a 95% em peso. As mais utilizadas são zinco epóxi, silicato inorgânico
de zinco e etil silicato de zinco. São utilizadas em atmosferas altamente agressivas.
Formam película seca principalmente pelo mecanismo de polimerização. As tintas
zinco epóxi devem utilizar teores de zinco de 95% devido ao maior isolamento elétrico
das resinas epóxi. As tintas de silicato inorgânico de zinco são as únicas que resistem à
temperatura superior à 600°C, devido serem inorgânicas. Seu solvente é a água. Tem
grande resistência à abrasão. Exige um ótimo preparo de superfície, ou seja, jato ao
metal branco Sa 3. O etil silicato de zinco é uma tinta bicomponente com solventes
orgânicos. Utiliza uma percentagem de 75% de zinco em peso. Podem ser aplicadas
com URA elevada, e espessura de até 75 µm sem apresentar trincas ou fendimento e
28
tem secagem acelerada. Exigem uma boa a excelente preparação de superfície, ou seja,
jato ao metal quase branco (Sa 2 1/2) ou jato ao metal branco (Sa 3). É usada em
atmosferas altamente agressivas e para imersão em produtos químicos com bom
desempenho. Tem uma razoável resistência à abrasão. Ultimamente tem sido utilizada
tinta de etil silicato de zinco e alumínio para aplicação em superfícies quentes até
500°C, que além de protegerem o substrato catodicamente, já saem na cor alumínio
geralmente padronizadas para superfícies quentes. Só podem ser utilizadas por
aspersão (pistola), devendo ser homogeneizadas mecanicamente inclusive durante a
aplicação.
A aplicação de tintas é um dos requisitos básicos para que haja um bom desempenho
do esquema de pintura. É normalizado através da norma Petrobras N-13.
a) À trincha
b) A rolo
c) À pistola convencional (à ar comprimido)
d) À pistola sem ar (airless)
e) Pintura eletrostática
f) Pintura eletroforética
a) À Trincha - É o mais simples dos métodos de pintura, em virtude de a trincha ser uma
ferramenta barata e não exigir muita experiência do aplicador. A pintura executada à
trincha tem baixíssima produtividade, proporciona uma camada de tinta com espessura
bastante irregular. Não é um método utilizado para pintura de grandes áreas.
Normalmente se utiliza a trincha em retoques de pintura já aplicada ou na primeira
demão em áreas de difícil acesso e de melhor penetração das cerdas da trincha como,
por exemplo, cordões de solda, cantos vivos, escalopes, frestas, orifícios, etc. Este
procedimento é prática comum no campo antecedendo-se à aplicação de cada demão
de tinta de fundo e é denominado de “strip coat”. Deve ser utilizada mergulhando-se a
trincha até a metade das cerdas, retirando-se o excesso na lata e aplicando-se na
superfície, em passadas cruzadas. É um método em que se conseguem elevadas
espessuras, apesar de não uniformes, devido ao fato que não há necessidade de
diluição da tinta. As perdas de tinta são mínimas, da ordem de 5%. Após a execução
do serviço as trinchas devem ser lavadas com solvente adequado, secas e
adequadamente armazenadas para a sua reutilização. As trinchas de boa qualidade
devem ter cerdas de fibra natural, vegetal ou animal, de maneira tal que não haja
desprendimento de fibra durante a execução da pintura e ter largura em torno de 125
mm (5”).
b) À Rolo - Este é um método simples e também de custo reduzido, que também não
exige mão-de-obra muito experiente. É juntamente com a pistola convencional o
método mais utilizado na pintura industrial, executada no campo. É utilizado para a
pintura de grandes superfícies planas e cilíndricas de raio longo. Tem uma boa
produtividade, melhor que o da trincha e proporciona uma camada de tinta de
espessura mais uniforme que a trincha. Normalmente se exige diluição conseguindo-se
29
aplicar tintas de elevada espessura de película seca sem escorrimento. Há perdas de
tinta durante a aplicação, porém são mínimas em função de respingos. Os rolos de
melhor qualidade são constituídos de pelos de lã de carneiro de tal forma que não
cause o desprendimento dos mesmos durante a aplicação e de largura de até 175 mm
(7”), costuma-se utilizar rolos menores para pintura de cantos e rolos curvos para
pintura de tubulações de menor diâmetro. Especificamente os rolos para aplicação de
tintas epóxi devem ter pelos curtos. Particularmente na pintura de áreas confinadas,
como tanques de armazenamento onde se utilizam tintas com solvente tóxico como a
alcatrão de hulha é preferível a aplicação à rolo em detrimento da aplicação à pistola
ou mesmo em áreas abertas onde a presença de vento pode levar à excessivas perdas
com a aplicação à pistola. Deve-se utilizá-lo rolando-se no reservatório da bandeja e
retirar-se o excesso na parte inclinada da mesma, aplicando-se na superfície em
demãos cruzadas. Deve ser dada uma sobreposição entre duas faixas adjacentes de
5cm. A espessura durante a aplicação deve ser monitorada com o medidor de película
úmida tipo pente para se assegurar a espessura de película seca especificada pelo
esquema de pintura após secagem ou cura. Ao final da aplicação o rolo deve ser limpo
com solvente adequado e seco para a sua reutilização. As tintas ricas em zinco não
podem ser aplicadas por esse processo, nem à trincha, devendo ser aplicada por
aspersão (pistola convencional ou airless), sempre mantendo-se o pigmento pó de
zinco em suspensão por meio de agitação mecânica.
Consegue-se com este processo, aplicação de tintas até a espessura de 100µm com
uma única demão devido ao risco de escorrimento, devido às tintas diluídas não se
apresentarem tixotrópicas.
É um método que sofre restrição para aplicação em ambientes confinados devido à
emanação de solventes no ar. Recomenda-se nesses casos aplicação à rolo ou airless. A
aplicação ao ar livre leva geralmente à perdas de até 25% em função principalmente da ação
do vento. Tem-se normalmente 02 alternativas de utilização do equipamento: com a pistola
com reservatório acoplado e com sistema de reservatório separado. No primeiro caso é
acoplado à pistola um pequeno reservatório com a tinta a ser aplicada. No segundo caso o
reservatório é maior e separado da pistola. O primeiro caso tem os inconvenientes de se parar
de tempos em tempos para abastecer o recipiente com tinta e proporciona uma pistola com um
peso maior devido ao peso do reservatório de tinta. O 2º caso apesar de ser mais caro é de
utilização muito mais prática principalmente no campo e se constitui dos seguintes
componentes: recipiente para depósito da tinta (equipado com válvula de segurança,
manômetro, regulador de pressão e válvulas de entrada de ar e saída da mistura ar e tinta),
30
mangueiras de ar e da mistura ar e tinta, pistola (com bico, que é selecionado em função da
tinta que se quer aplicar, com base nas informações técnicas do boletim do fabricante) e fonte
supridora de ar comprimido, geralmente um compressor para fornecimento de ar na pressão de
8 kg/cm². A aplicação deve ser feita da seguinte forma: a pistola deve ser posicionada de
forma tal que o leque constituído pela mistura ar e tinta atinja a superfície em um ângulo de
90° a uma distância de 15 a 20 cm da superfície. Distâncias muito curtas da pistola à
superfície acarretam escorrimento e distâncias muito longas “overspray”, ou seja, formação
em pó, a velocidade de passagem do fluxo também pode ocasionar tais defeitos. Devem ser
executadas a partir da parte superior da estrutura passadas da esquerda para a direita e da
direita para a esquerda alternadamente com sobreposição de 50% até a parte inferior.
A época ideal para aplicação será analisada levando-se em consideração o prazo, custo
e qualidade que são os parâmetros geralmente mais importantes na execução de projetos e
obras industriais.
Uma das dúvidas iniciais é onde se deve proceder à pintura dos equipamentos
industriais, na oficina ou no campo?
A prática tem demonstrado que é mais econômica a pintura de equipamentos pesados
de caldeiraria como vasos de pressão, fornos, caldeiras, tanques de armazenamento e
tubulações no campo e os equipamentos elétricos, mecânicos e de instrumentação na fábrica.
Um dos problemas de se executar a pintura de equipamentos na fábrica ou oficina são os
danos mecânicos causados durante o transporte, armazenagem e a montagem no campo.
Quando a decisão for a pintura no campo, uma outra dúvida que surge é efetuá-la antes ou
após a montagem. A otimização dos parâmetros de custo, prazo e qualidade recomendam uma
situação intermediária, ou seja, executarmos a pintura das tintas de fundo e intermediária antes
da montagem e após a montagem efetuarmos a demão de acabamento. Nesse caso, antes de
aplicarmos a demão de acabamento logo após a montagem deveremos lixar toda a superfície
com o objetivo de aumentar a rugosidade para melhorar a ancoragem da tinta a ser aplicada.
Este procedimento é feito devido normalmente nessas situações ter se ultrapassado o intervalo
máximo para a pintura da demão subseqüente. Caso esse intervalo seja superior a 06 meses
recomenda-se após o lixamento aplicar uma fina camada de tinta para recompor a demão
desgastada de tinta, principalmente em se tratando de esquemas epoxídicos cujo fenômeno de
empoamento vai desgastando a camada ao longo do tempo. Este procedimento além da
restauração da camada anterior ainda proporciona uma aderência química para a aplicação da
camada seguinte em epóxi ou outra resina. Uma outra decisão a ser tomada é a época de
realização da pintura com relação ao estado inicial de oxidação. O aço grau C é o mais
adequado para a realização do tratamento de superfície devido à remoção de carepa dos graus
A e B ser bastante difícil e o grau D já haver comprometido a integridade física do material
metálico. Com relação à pintura o grau C devido à formação de corrosão uniforme, após o
32
tratamento irá proporcionar um gasto de tinta bem menor do que o de grau D cuja tinta de
fundo aplicada terá que cobrir todos os alvéolos presentes.
Onde:
Mesmo não sendo a atividade de pintura industrial uma atividade bastante complexa é
necessário que a empresa responsável pela execução de um contrato de pintura industrial seja
fiscalizada antes da contratação e durante a vigência do contrato com referência aos seus
recursos materiais e humanos disponíveis para a efetivação do referido contrato dentro nas
normas exigidas e atendendo à otimização dos parâmetros de custo, prazo e qualidade. O ideal
é se permitir admissão nas empresas contratadas de pessoal qualificado e se manter a
qualidade da mão-de-obra através de reciclagem com treinamento teórico e prático e provas
regulares.
33
3.12 CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Os trabalhos de pintura industrial requerem uma atenção toda especial no que tange à
segurança, seja nos serviços de jateamento onde existe o perigo da inalação de poeira,
presença de barulho excessivo, ou durante a pintura devido o manuseio e aspiração de
produtos tóxicos, corrosivos e inflamáveis, trabalhos em áreas confinadas e em alturas
elevadas. Esse cuidado com a segurança tem que estar presente desde o armazenamento das
tintas até a aplicação.
a) As tintas e solventes devem ser armazenadas em locais cobertos, sem calor excessivo,
não sujeito a centelhas, raios solares, nem descargas elétricas e bem ventilado. Deve
ser um local exclusivo para armazenamento de tintas e solventes e dispor de extintor
de incêndio. Deve-se ter cuidado no empilhamento das embalagens de forma a não
romper os recipientes devido ao peso próprio excessivo e não ocorrer vazamentos. O
empilhamento deve obedecer ao seguinte limite máximo: 03 tambores, 05 baldes e 20
galões.
36
por perfis “L” em aço de 25 x 25 x 9 mm. Os profissionais devem obrigatoriamente
estar usando o cinto de segurança.
d) A mistura e diluição de tintas devem ser realizadas em áreas abertas e bem ventiladas,
afastados de centelhas e fontes de ignição. Um extintor de incêndio sempre deve estar
próximo. A mistura de tintas deve ser sempre executada com misturadores
pneumáticos, nunca elétricos. Os profissionais devem utilizar máscaras contra gases.
e) A aplicação de tintas sempre que possível deve ser realizada em áreas abertas e
ventiladas e longe de fontes de ignição e centelhas. Os serviços executados em áreas
confinadas exigem maiores cuidados no que se refere à renovação do ar. Devem-se
instalar ventiladores para fornecer ar fresco ao ambiente e do outro lado instalam-se
exaustores para retirar o ar saturado. Os profissionais devem usar obrigatoriamente
máscara contra gases. A equipe deve se revezar periodicamente em função da toxidez
das tintas utilizadas. Recomenda-se a troca de turma de ½ em ½ hora ao se utilizar
tintas de base epóxi. A norma ABNT NBR 15158 cita que existe uma concentração
máxima permissível ao organismo humano para cada solvente utilizado ao longo do
tempo para uma exposição de 08 horas/dia de acordo com a NR-15. A iluminação do
ambiente deve ser feita com luminárias à prova de explosão.
Todos os recursos materiais e técnicos devem ser complementados com treinamento
dos profissionais e reuniões periódicas envolvendo não só o pessoal de execução, mas
também os de supervisão e engenharia em que o assunto “Segurança Industrial e
Proteção Ambiental” deve ser debatido.
Alguns cuidados devem ser observados antes, durante e após a aplicação para que a
qualidade da pintura não fique comprometida:
d) A pintura das superfícies deve ser executada de cima para baixo para que não haja
respingos sobre superfície já pintada.
e) Os equipamentos não devem ser colocados em operação antes que as tintas aplicadas
estejam totalmente curadas. As tintas de base epóxi alcançam a cura total após 08 dias
do final da aplicação.
37
CAPÍTULO 4
A seguir são destacadas algumas ações que devem ser acompanhadas pela inspeção de
pintura durante a aplicação do esquema de pintura, visando à prevenção de defeitos e
assegurando a qualidade do produto final.
• As tintas utilizadas;
38
4.1.3 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DO PESSOAL
Estes procedimentos muitas vezes são requisitados pelo pessoal que vai executar o
esquema de pintura. Tem a finalidade de fazer com que a execução se familiarize em todos os
detalhes do esquema de pintura que vai ser aplicado e se antecipe aos problemas que podem
surgir durante a aplicação, e se compõe de:
39
4.1.6 AFERIÇÃO/CALIBRAÇÃO DOS APARELHOS E INSTRUMENTOS DE
MEDIÇÃO E TESTES
Uma inspeção não é confiável quando executada com instrumentos não aferidos e
calibrados. Portanto é necessário que haja periodicamente uma aferição e calibração dos
instrumentos destinados à execução da inspeção. As razões da frequente descalibração dos
instrumentos são as condições de utilização, as características construtivas dos mesmos e as
condições climáticas a que os mesmos ficam submetidos. Devido à essas características cada
instrumento deve ter o seu período de aferição / calibração específico. Cabe ao inspetor definir
em Plano de Aferição / Calibração dos instrumentos, que deve constar de:
40
higrômetro. Permite-se que se execute inicialmente o tratamento com umidade elevada, porém
é obrigatória uma repassada final com URA abaixo de 85%.
Algumas tintas são bastante sensíveis à umidade como as tintas epóxi curada com
amina que não conseguem formar película. A tinta de etil silicato de zinco é melhor aplicada
em ambiente úmido.
Quanto à temperatura, o aumento desta vai acelerar a cura das películas de tinta e a
diminuição conseqüentemente retarda a secagem ou cura. O aumento da temperatura ambiente
e em conseqüência do substrato, ocasionam defeitos que vão variar em função do tipo da
resina utilizada. As tintas inorgânicas de zinco quando aplicadas em temperatura superior a
40°C começam a apresentar fendimento ou gretamento e aderência insuficiente. As tintas
epóxi acima de 52°C podem apresentar elevada porosidade, crateras e bolhas. As tintas de
alumínio fenólico acima de 52°C apresentam enrugamento. A temperatura da superfície é
medida com um instrumento denominado termômetro de contato.
De uma forma geral os parâmetros ambientais aceitos para o tratamento de superfície
e a aplicação de tintas são os especificados abaixo:
• Enchimento deficiente.
41
• Fechamento incorreto.
• Latas mal fechadas, amassadas, cortadas, faltas ou insegurança da alça, marcação
deficiente e problemas de vazamento.
• Rótulo sem a marcação mínima exigida.
• Shelf life ultrapassado.
• Presença de pigmento sedimentado.
• Presença de nata.
42
• Se o solvente é o indicado, e se a tinta está sendo diluída na quantidade estritamente
necessária e na proporção máxima.
• Se o pot life não foi ultrapassado.
• Se estiverem sendo utilizadas as ferramentas mais adequadas para a mistura dos
componentes.
• Se não são adicionados aditivos não recomendados pelo fabricante, como secantes, por
exemplo.
Uma aplicação inadequada pode acarretar falhas na pintura que podem comprometer o
desempenho do esquema de pintura. Essas falhas geralmente podem decorrer de:
• Má qualidade da tinta.
• Método de aplicação inadequado ou mal especificado.
• Má capacitação dos aplicadores.
• Interferência das condições climáticas como vento, temperatura e umidade relativa do
ar (URA).
Após cada demão aplicada, devem ser inspecionadas as ocorrências dos seguintes tipos
de falhas:
Segundo a Norma petrobras N-13, as falhas citadas acima, não deverão ser aceitas na
película de tinta.
44
4.2.1 EXECUÇÃO DA MEDIÇÃO DE PELÍCULAS SECAS ABNT-NBR10443
O teste em “X” é descrito através da norma ABNT NBR 11003, avaliando a aderência
das tintas ao longo do corte e no vértice. O resultado dos 2 testes consiste em se verificar a
percentagem da tinta que foi arrancada do substrato pela fita adesiva na região do corte. As
normas citadas estabelecem padrões de aderência para os dois métodos.
A Petrobras só utiliza o corte em X, independente da espessura de película e para todos
os tipos de tinta, para cada demão aplicada. Outro método de aplicação bastante prático no
45
campo pode também ser usado para películas de tinta de alta espessura. É o método que utiliza
aparelhos portáteis de aderência. São aparelhos que registram através de medidores digitais ou
analógicos a resistência da película à tração e cisalhamento. É um método também destrutivo.
Consiste na colagem de um corpo de prova metálico cilíndrico sobre a superfície da película
de tinta que se quer medir a aderência. Após a cura do adesivo, o aparelho é adaptado na
superfície do corpo de prova e a seguir tracionado. O aparelho registra o esforço máximo de
tração em MPa ou N/mm². Os aparelhos mais utilizados são mecânicos, hidráulicos e
pneumáticos. É um teste normalizado através da ISO 4624 e ASTM D4541 - Standard Test
Method for Pull-Off of Coatings Using Portable Adhesion Testers.
1) Espessura:
• Úmida:
EPU = EPS x 100 / SV
a) Corrijir valores inferiores a esse imediatamente.
• Seca:
a) Nenhum valor inferior ao específico é permitido
b) São aceitáveis áreas com autento de até 40%
Obs.: Tintas ricas em zinco é aceito um aumento de até 20% na espessura de película seca.
2) Aderência:
• Corte em X (método A)
a) Avaliação ao longo da incisão: X1 (máximo)
Obs.: Para tintas ricas em zinco o valor máximo é X2
b) Avaliação na interseção dos cortes: Y2 (máximo)
1) Aparelhagem:
a) Tensão constante de 9 a 90 volts, com precisão de 5% (via úmida).
b) Tensão de 500 a 5.000 volts, com precisão de 5% (via seca).
c) Tensão de 3.000 a 15.000 volts (via seca).
2) Execução:
• Via Úmida
Ao se passar a esponja umedecida em uma superfície sem revestimento ou na garra
tipo jacaré, com o aparelho ligado, o aparelho deve acusar a falha. Para sistemas de pintura até
250 µm, pode ser utilizada água potável para umedecer a esponja de celulose e, para sistemas
de pintura ou revestimento entre 250 µm e 500 µm, deve ser adicionado um agente tensoativo
biodegradável. A velocidade de passagem deve ser menor que 20 cm/s.
• Via Seca
a) Identificar na superfície pintada uma área através da inspeção visual isenta de falhas e com
a espessura idêntica à especificada pelo esquema de pintura.
b) Passar na superfície a escova metálica, inicialmente com tensão mínima de 1.000 volts, e
ir aumentando a tensão de 500 em 500 volts até soar o alarme ou até um máximo de 5.000
volts.
c) Se ocorrer o disparo do alarme, reduzir a tensão a 500 volts e executar o ensaio.
d) Se não houver disparo do alarme, executar o ensaio com 5.000 volts.
e) A velocidade de passagem deve ser no máximo de 20 cm/s.
f) O alarme sonoro e a formação de uma faísca mais intensa indicam a existência de
descontinuidade ou porosidade.
OBS.: Para aparelhos com tensão de 3.000 volts a 15.000 volts (espessura acima de 1.000
µm) devem utilizar uma tensão correspondente a 5 volts por µm de espessura.
O motivo de se utilizar uma velocidade mínima de passagem é que a falha pode não
ser detectada ao se passar com uma velocidade muito alta.
É uma etapa bastante complexa se prever uma quantidade de tinta a ser comprada para
se pintar determinada área. Nessa estimativa deve-se levar em conta que a parte que realmente
vai formar a película seca com o objetivo de proteger a superfície metálica contra a corrosão
são os sólidos da tinta ou os componentes não voláteis. Os solventes se volatilizam e devido a
isso não estarão presentes após a formação da película de tinta, portanto o rendimento da tinta
em m²/l estará diretamente ligado ao teor de sólidos por volume da tinta e pode ser
determinado através da fórmula:
Rt = SV x 10 / EFS
Onde:
Rt = Rendimento teórico em m²/l
SV = Sólidos por volume em %
47
EFS = Espessura de filme seco em µm(micra)
• Volume de sólidos.
• Perfil de rugosidade devido a propiciar o aumento da superfície relativa do
substrato, conseqüentemente aumentando o consumo de tinta com o aumento
do perfil.
• O estado de superfície antes do tratamento. O grau D de oxidação inicial da
norma ISO 8501-1 é formado por alvéolos que aumentam o consumo de tinta
para penetração e cobertura dos mesmos.
• As tintas de base epóxi pelo fato de serem bicomponentes e possuírem um
tempo limitado para a utilização, faz com que seja preparada quase sempre
uma quantidade maior para a área a ser utilizada.
• A seqüência das demãos. Normalmente as tintas de fundo têm sempre um
maior consumo devido à necessidade de se cobrirem os picos e vales da
superfície limpa.
• O método de aplicação. Geralmente os métodos utilizados com pistola levam a
um consumo maior de tinta que os métodos de rolo e trincha.
• Influência de fatores climáticos. A influência de ventos nos métodos à pistola,
leva a um consumo exagerado de tinta.
• Tempo de secagem. As tintas que tem normalmente secagem lenta estão mais
propensas a sofrerem ação nociva de agentes externos, levando na maioria dos
casos à sua regeneração com uma nova camada de tinta.
O método mais preciso, portanto, é um método que leva em conta todos esses fatores,
através das fórmulas.
SVxF
Rr =
EFS / 10 + Cr
Onde:
Rr = Rendimento real em m²/l para a 1ª demão da tinta de fundo.
SV = Sólidos por volume em %.
F = Fração aproveitável da tinta, que depende essencialmente do processo de aplicação.
Ver tabela 10.1 do livro do Laerce.
EFS = Espessura de película seca em µm (micra).
Cr = Coeficiente de rugosidade, que depende da rugosidade obtida no jateamento abrasivo.
Ver tabela 10.2 do livro do Laerce.
48
4.5.2 PARA A 2ª DEMÃO DE TINTA DE FUNDO
10SVxF
Rr =
EFS + 5Cr
Onde:
Rr = Rendimento real em m²/l para a segunda demão de tinta de fundo.
SV = Sólidos por volume em %.
F = Fração aproveitável da tinta, que depende, essencialmente, do processo de aplicação.
Ver tabela 10.1 do livro do Laerce.
EFS = Espessura de película seca em µm(micra).
Cr = Coeficiente de rugosidade, que depende da rugosidade obtida no jateamento abrasivo.
Ver tabela 10.2 do livro do Laerce.
10 SVxF
Rr =
EFS + 5
Onde:
Rr = Rendimento real em m²/l para cada demão de acabamento.
SV = Sólidos por volume em %.
F = Fração aproveitável da tinta que depende, essencialmente, do processo de aplicação.
Ver tabela 10.1 do livro do Laerce.
EFS = Espessura de película seca em µm(micra).
Exemplos:
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Conclusão: A tinta epóxi X apesar de ter um preço unitário mais vantajoso, tem um custo do
metro quadrado pintado maior, devido ao seu menor teor de sólidos.
CAPÍTULO 5
Ci = C p + Ct + C a
• Custo da mão-de-obra.
• Custo do solvente e materiais de limpeza.
• Custo da energia utilizada (elétrica ou pneumática).
• Amortização de equipamentos.
50
5.2 CUSTO DE MANUTENÇÃO
CAPÍTULO 6
6. NOÇÕES DE FORMULAÇÃO
Vp
PVC = × 100
Vp + Vr
Onde:
PVC = concentração de pigmento em volume, em %.
Vp = volume de pigmento em cm³.
Vr = volume de resina em cm³.
Com uma maior concentração de pigmentos na tinta, tem-se uma película rugosa,
permeável e fosca, e com uma menor concentração uma película lisa, impermeável e
brilhante. A partir de um PVC crítico, mais chamado como CPVC teremos menor
possibilidade de empolamento, mas uma tendência ao aumento da permeabilidade e de
enferrujamento da película. As tintas de fundo costumam ser formuladas em torno do PVC
crítico e as de acabamento com um PVC um pouco menor que o crítico. Uma outra
determinação bastante executada em laboratório é a porcentagem de não voláteis em volume
ou teor de sólidos por volume. Quanto maior o teor de sólidos por volume de uma tinta maior
o seu rendimento. É calculado por:
51
Vp + Vr
N .V .V . = × 100
Vp + Vr + Vs
Onde:
N .V .V . = não voláteis em volume, em %.
Vp = volume de pigmentos em cm³.
Vr = volume de resina em cm³.
Vs = volume de solvente em cm³.
CAPÍTULO 7
7. NOÇÕES DE FABRICAÇÃO
b) Moagem: Estas pastas são passadas nos moinhos para a moagem. Normalmente moinhos
de areia.
CAPÍTULO 8
Uma tinta de fundo deve ser elaborada de forma tal que a quantidade de resina esteja
na proporção correta e os pigmentos estejam dimensionados na quantidade exata de forma a
proporcionar a proteção anticorrosiva adequada. Uma tinta de acabamento deve possuir a
resina no tipo e na proporção recomendada de forma a proporcionar à película seca o brilho
desejado, características de impermeabilidade, cor e outras características importantes.
Existem algumas propriedades e características que são mais importantes na tinta líquida e
outras que vão ser de grande utilidade após a formação da película, por isso são elaborados
através de normas como a ABNT, ASTM ou mesmo normas Petrobras, ensaios que vão
analisar as características das tintas visando o seu desempenho dentro dos requisitos exigidos.
52
8.1. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DA TINTA LÍQUIDA
• Tempos de secagem.
• Tempo de secagem à pressão - É o tempo a partir do qual se pode manusear uma peça
pintada, após fabricação ou montagem na obra. É determinado em horas.
53
• Tempo de secagem para re-pintura - Tem influência na velocidade de aplicação. Por
exemplo, tintas com grande intervalo de secagem para re-pintura, como etil silicato de
zinco (30 a 48 horas), determinam maior demora na execução da pintura. É
determinado em horas.
• Tempo de vida útil da mistura (pot life) - É o tempo decorrido da mistura até o
momento em que pela viscosidade elevada não se recomenda mais sua aplicação. É
dado em horas. Só é valido para tintas com mais de um componente.
54
• Resistência à umidade relativa de 100% - É determinada em horas de exposição na
câmara de umidade relativa de 100%.
• Cor - É uma característica fundamental nas tintas de acabamento assim como o brilho.
É determinada por comparação com cartelas padrão.
55
Matéria..não − volátil (% ) =
Massa.. Re sidual
× 100
Massa..de..T int a..Liquida
Este ensaio é normalizado pela ABNT NBR 7340 e norma Petrobras N-1367.
• Não-Voláteis em Volume (Sólidos por Volume) - Este ensaio visa determinar o teor de
sólidos da tinta em volume, ou seja, a parte da tinta que não evapora após a formação
da película. É calculado pelos seguintes métodos:
h) Tempo de Vida Útil da mistura (Pot Life) - Refere-se ao tempo necessário para
aplicação das tintas de 2 ou mais componentes após a mistura dos componentes. É
normalizado através da norma ABNT-NBR 15742.
57
s) Resistência à Abrasão - Consiste em se determinar à resistência ao desgaste abrasivo
através de lixas ou rebolos abrasivos. É executado através da ASTM D 4060.
CAPÍTULO 9
58
pesadas como pisos de conveses, praça de máquinas, passadiço, recomenda-se a utilização de
tintas convencionais resistentes à abrasão, etc.
Nota: Tradicionalmente era comum a aplicação de revestimento único com epóxi alcatrão de
hulha, no entanto devido à sua elevada toxidez durante a aplicação e dificuldade na inspeção
estão sendo utilizadas tintas epóxi sem solvente, curadas com amina, aplicadas à airless em
cores claras.
Nota: Como alternativa pode-se utilizar duas demãos de tinta epóxi sem solvente curadas com
amina aplicada à airless em cores claras, também para água potável.
59
9.2.4 ESQUEMAS PARA SUPERFÍCIES QUENTES
60
de resina epóxi sem solvente, tolerante à superfícies molhadas ou epóxi pigmentadas, com
alumínio lamelar e espessura de película seca em torno de 120 µm sobre estes tratamentos.
61
9.2.9 ESQUEMAS ESPECÍFICOS
62
• Parte interna de tanques de teto fixo para armazenamento de produtos claros ou
intermediários em unidades de processo:
Pinta-se o fundo, 1 metro do costado e 1 m das colunas de sustentação do teto caso
seja previsto pela operação de lastro permanente de água. Pinta-se também o último anel do
costado.
• Parte interna de tanques de teto fixo para água doce, água salgada, lastro de navio,
produtos químicos, querosene de aviação:
Deve-se pintar o fundo, o costado e as colunas de sustentação do teto com um produto
recomendado para o fundo considerado. Em alguns casos, como querosene de aviação (QAV)
recomenda-se pintar também o teto e as vigas.
• Obras vivas: são chamadas as partes submersas ou cascos das embarcações recebendo
geralmente um esquema de pintura recomendada para imersão em água salgada ou
água doce no caso de rio. Deve ser empregado como acabamento uma tinta
antiincrustante ou antifouling.
• Tanques de lastro, água potável, carga e paióis de amarras: deve ser escolhido um
esquema recomendado para o produto considerado. No caso de tanques de cargas
devem ser pintados o fundo, o teto e 1 m de costado junto ao fundo e ao teto. No caso
de produtos químicos deve ser pintado todo o tanque.
63
• Praça de máquinas: como é um local propenso a se constatarem danos mecânicos em
grande intensidade, recomenda-se a pintura convencional com pequeno intervalo de
tempo entre manutenções. Para a pintura de monobóias e bóias múltiplas deve-se
seguir o mesmo esquema de embarcações.
Estes equipamentos de uma forma geral recebem pintura apenas na parte externa.
Geralmente em fornos e caldeiras são pintados chaparia, chaminés, escadas, estruturas, etc.
Em permutadores de calor são pintados cascos, carretel, escadas, tampos, estruturas, etc.
Geralmente a cor utilizada para fornos, caldeiras e permutadores é o alumínio, cor
padronizada para alta temperatura. A pintura da parte externa será específica principalmente
no combate à corrosão química no caso de caldeiras e fornos. Geralmente podem também se
pintar algumas partes internas de permutadores como carretel e espelho. A pintura interna é
selecionada de acordo com o fluido. Geralmente o carretel internamente recebe uma proteção
catódica adicional por anodos galvânicos, caso utilize fluidos agressivos e de baixa
resistividade, como a água salgada.
CAPÍTULO 10
10 TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS
• BR 2010
• ELASTÔMERO SECURIT
• OXIFREE
• CANALETA ANTIDERRAPANTE
• EPÓXI NOVOLAC (N-2912)
10.1 BR 2010
Vantagens:
FLAKEGLASS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
66
CAPÍTULO 11
11 BOAS PRÁTICAS
11.2 INSPEÇÃO DAS ÁREAS CONFORME ASTM D 610 (intensidade das falhas e
distribuição)
67
11.3 ADOÇAMENTO DE CANTOS VIVOS
É sabido que as pontas em formato de cunha com vértices pontiagudos são regiões de
difícil proteção e fixação de tintas onde não se consegue manter a espessura especificada no
esquema de pintura. Por isso se recomenda como prática do lay out anticorrosivo não só no
projeto como também em manutenção o procedimento de se esmerilhar essas regiões
utilizando-se ferramentas abrasivas como esmerilhadeiras, lixadeiras rotativas, para se
conseguir um raio mínimo nessa aresta onde será utilizada a pintura com a trincha. Essa
prática deve ser observada com muito mais cuidado na pintura / revestimento interno de
equipamentos submetidos a regime de imersão permanente, nas arestas de vigas, colunas e
reforços.
Regiões críticas como cordões de solda, parafusos, porcas, cantos vivos, pontas,
escalopes, frestas devem ser objeto de tratamentos específicos que proporcionem a remoção
de contaminantes e confiram um determinado perfil de rugosidade com pelo menos o valor
mínimo aceito pela norma N-13 (50 micra) medido por amostragem. Devem ser utilizadas
ferramentas selecionadas em função de sua produtividade, possibilidade de acesso às áreas a
serem tratadas e que causem risco mínimo à saúde do trabalhador.
Outra prática que deve ser implementada é o uso de revestimentos especiais nos pontos
críticos, complementando a proteção por pintura. A pintura por ser constituída por resinas
com limitada flexibilidade, como epóxi e poliuretano não conseguem acompanhar a dilatação
e retração do aço ao ser submetida à gradiente térmico ocasionando trincas que deixam passar
os agentes agressivos, principalmente íons cloreto para o substrato originando a corrosão. A
utilização desses revestimentos deve ser feita em acessórios de tubulações como flanges,
válvulas, braçadeiras, contemplando a região entre flanges, parafusos, porcas, cantos vivos e
os cordões de solda de ambos os lados, ou seja, de todo o conjunto. Na seleção de cada
produto, devem ser observadas suas características específicas, com relação à resistência à
temperatura, desde criogênicas até temperaturas elevadas, bem como a tolerância à umidade,
ao estado do substrato (secos, úmidos ou com condensação intermitente ou permanente), a
tolerância ao tipo de tratamento de superfície a ser adotado e a resistência à ação dos raios UV
do sol. Os dados e informações a respeito desses materiais se encontram na ET-3000.00-1000-
500-PSE-002 Revestimentos Especiais para Proteção Anticorrosiva de Regiões Críticas,
disponível do SINDOTEC da Bacia de Campos.
68
11.7 APLICAÇÃO POR PISTOLA SEM AR (AIRLESS)
O método de aplicação por pistola sem ar deve ser priorizado na aplicação em canteiro,
em galpões de pintura, em cabines e também nas unidades marítimas, em função de sua
elevada produtividade, utilização de tintas com alto teor de sólidos ou sem solvente,
minimização de defeitos e falhas na formação da película seca, uso de tintas com viscosidade
alta, mesmo com grandes espessuras úmidas de película. Além de ser citado na norma N-13
como um procedimento recomendado, essa boa prática é reforçada na ET de pintura de
manutenção ET-3010.00-1200-500-PEP-001 e seu check list anexo. Qualquer processo de
aplicação que venha a ser utilizado diferente deste deve ser devidamente justificado no
relatório de inspeção e pintura, com o aval da fiscalização.
CAPÍTULO 12
70
12.1 OBJETIVOS DA NORMA TÉCNICA
Só devem ser normalizados produtos ou serviços que possam ser produzidos por
vários fornecedores.
Existem princípios básicos que devem ser obedecidos na elaboração de uma norma
técnica:
• A norma deve ser elaborada com a participação de todos os segmentos envolvidos
como os fornecedores de bens e serviços, usuários e consumidores e institutos de
pesquisa.
• A norma deve ser revisada sempre que ocorrer alguma modificação significativa que
melhore a produtividade e o desempenho de um bem ou serviço ou mesmo cancelada
caso não haja mais interesse na sua utilização por parte dos usuários e consumidores.
• Procedimento.
• Especificação.
• Método de ensaio.
• Padronização.
• Terminologia.
• Simbologia.
• Classificação.
• De empresa.
• Nacionais.
• Internacionais.
• Elastômero Securit
• Qualificação de pessoal
Nota: Atualmente o uso da cor na E&P é regido por uma Diretriz de Engenharia do
Corporativo, número DR-ENGP-I-1.15 (Código de Cores).
72
Objetivo: Este padrão especifica o procedimento para uso do elastômero Securit em
complemento à proteção anticorrosiva por pintura industrial nas unidades marítimas da Bacia
de Campos.
Em anexo contém:
• Esquema de tratamento e revestimento;
• Procedimento de aplicação.
Em anexo contém:
• Requisitos Mínimos de Escolaridade/ Experiência Profissional.
• Spong Jet
• Pintura/Revestimento
• Limpeza Química
• Canaleta Antiderrapante
12.7.2 PINTURA/REVESTIMENTO
Em anexo contém:
Anexo A: Tabela com os esquemas de Tratamento e Pintura de cada local das unidades
marítimas;
Anexo B: CHECK LIST de qualidade dos itens em Preparo de Superfície e Pintura.
73
12.7.3 LIMPEZA QUÍMICA
6. Teste hidrostático;
7. Desmontagem do sistema de recirculação;
8. Entrega do sistema a PETROBRAS e aceite final.
74
Objetivo: Esta especificação estabelece os requisitos mínimos que devem ser obedecidos na
compra de revestimento antiderrapante à base de resina com fibra de vidro, acrescida ou não
de agregados minerais, para escada marinheiro para aplicação nas plataformas marítimas da
Unidade Bacia de Campos – UO-BC.
Descrição do produto:
Normas a observar:
N-1219 – Cores.
N-0279 – Projeto de Estruturas Metálicas.
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BIBLIOGRAFIA
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