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Pá gina 1
ABRIR CAMINHOS :
- 01 prato corri favas brancas (colidas e temperadas com alho, cebola e bastante
n3ri/ej.
- 01 colher nova.
- Array branco e sem temPero.
- Colocar tudo junto em 01 prato com toucinho defumado.
- 01 licor suave aberto.
- Groselha em copos.
- 01 pano branco como toalha (lm).
- 01 garra}’a de vinho aberta.
- 02 pâe zinhos cortados em fatias.
- 03 pratinhos de papelão juntos.
- Despachar em campo aberto.
- Pó abre caminho.
- 01 garrafa de cachaça aberta.
- Colocar dentro de um vidra.
- 01 colar verde.
- 01 faço de fita vermelha no gargalo da garrafa.
- Pipoca em um pires branco.
- Despachar em um areial.
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Pá gina 2
. ABRIR CAMINHOS, TRAZER DINHEIRO, PROSPERIDADE :
- 05 batatas itiglesas, mel azeite doce, aplicar mascavo, 02 velas amarelas de 30 cm.
- Cozinhar as batatas sem casca. Após esfriarem colocar um pouco de mel, aperte doce
e açúcar mascavo em um prato de louça. Ir amassando as batatas corri as mâos e
misturar tudo. Enquanto fay isso, pensar na pessoa amada. Deixar a massa em forma
de caraçâo. Acender as duas velas, oferecer e pedir ajuda ã Ozuin Ãpáôrõ.
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Pá gina 3
. ACA6MAIt UMA SITUAÇÃO :
. AOOÇAIt ALGUÉM :
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Pá gina 4
. azouüM A&RIR O JOGO (SEGREDOS, CONFIDENCIAL, ETC):
- Uma toalha branca que deverá ser desfíada e em pedaçôes para isolar.
- 07 chaves de aço.
- 01 boneco envolto em urna capa.
- Colocar tudo dentra de uma caixa.
- Colocar faro[a de farinha, azeite de dendê .
- Colocar em um alguidar, junto corri uma pã de madeira com cabo longo.
- Sementes de girassol.
- Flores de gerânio.
- 01 fita aqui e outra branca juntas, com as pontas amarradas.
- 01 bandeira do Estado.
- 01 carvâo pintado de vermelho.
- 05 guaranás abertos e copos.
- Perfiinm “ £“
- Alfavaca .
- Mel.
- 01 niaçâ em um prato com açúcar (deixar ela bem mergulhada).
- 20 orquídeas.
- 01 iniâ de aço.
- Despachar õ beira mar ou em alguru lago.
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Pá gina 5
. AMOLECER O CORAÇÃO DE ALGUÉM :
. aeRuM n zMPREGO-
ATRAIR MULTIDÕES :
- Plantar uma ãrvore pequena em um vaso de barro, cheio de areia até a boca.
- Colocar o pote ao lado ãrvore.
- Pendurar notas de todos as valores nos galhos.
- Na boca da vasilha que está a árvore, colocar contas de cristal de todas as cores.
- Flores vermelhas, rosas vermelhas.
- Perfiina “ cabeça feita esparranmdo na i asilha (con ore).
- Em cada galho, colocar uma estrela e uma fita cor de rosa.
- 01 sininho.
- 07 cordas de violâo em cada galho.
- Despachar õ beira mar em noite de lua cheia, pedindo o que deseja.
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Pá gina 6
ATRAIR PESSOAS :
TER BELEZA :
à gua de colônia.
à gua de junquilho.
- Catanha do Pará.
- Passar tuda no liquidifícador.
- Colocar em um vidro brand o com fita nzuJ e por cima semente da castanha de gambã
(sem amarrar).
- Despachar no mar.
LAVOA DORES :
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PARA CAMPONESES
- 01 boa quantidade de areia do mar (limpa). Misturar com aplicar cristal e várias
gotas (número ímpar) de perfíime cabeça feita.
- Pedir que traga gente boa enquanto coloca as gotas.
- Colocar água, mel água da amor, ógun de uma nascente e para cada ingrediente
pedir que traga gente boa.
- Despachar em um estrada bem movimentada.
TER C'LARME :
- 12 camslias brancas.
- Pratos de louça grandes, brancas e fundos (ntimero ímpar).
- 03 chuchus cortados ao meio e fazer um buraco no centro (colocar leite de coco com
leite moça).
- 01 pemba branca rasgado e nina aqui.
- Bastante açúcar branco no meia do chuchu.
- 01 camslia branca no meio de cada chuchu.
- OI vidro de perfLinm ”fenuim ” (cabeça feito.
- 01 gota do perfume em valta de cada flor e uma fita amarrado em faça em cada uma.
- 01 pedra brilhante.
- 01 chave amarela de porta.
- Despachar ao luar.
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Pá gina 8
C'OMANDAR, ORDENAR, SER O CHEFE.
- 07 soldadinhos iguais.
- 01 outro um pouco maior.
- 04 cervejas brancas e 03 pretas, todas abertas.
- 01 cerveja com 07 charutos amarrados na gargalo corri uma fita vermelha e um
vermelho.
- Junto às garrafas, colocar os pedidos.
- Oferecer ãs entidades que foram militares graduados, pedindo forças, poder êxito em
tudo.
- Colocar em cerveja um cravo branco com fita branca.
- Na cerve ja com o cravo vermelha, calocar 01 coroa de louro e em volta 7 charutos e
algumas palmas.
CONCEBER FILHO :
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Pá gina 9
CONSEG MIR COISAS Q ME SE Q MER :
DINHEIR O :
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EMPREGO
- 01 chapéu pequeno.
- 01 colher de pau.
- 01 garrafa de licor de pêssego.
- 01 m de fita amarela e 01 de vermelha. Entr as duas fitas e dar três nôs nas pontas
fazendo os pedidos.
- Colocar dentro do licor com a colher amarrada no gargalo da garrafa de licor.
- Despachar no mar.
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— calda dourada.
- No meio da calda colocar 01 rasa branca bem aberta, 01 colher de mel, os pedidos,
‹ravo, canela em pô, pó de cobre, 01 pedra artificial de vidro, perfíime cabeça feita, 01
estrela da mar, mais duas rosas, sendo que uau junto a um papel com seu nome e o
que fay e um pouquinho de açúcar amarelo, um pemba amarela, 01 chave,contas
alaranjadas.
- Tudo deve ser posto em uma vasilha transparente, ‹oui 03 gotas de açougue.
- Tampar e despachar em um lago ou na mar.
CRIAÇÃO DE GATINHAS
- 01 ovo de chocolate g rande com um f ro no meio onde possa passar uma semente de
- 01 gema de ovo de galinha. Purpurina sabre a gema (sem parti-la). Depois coloca-la
dentro do ovo. Colocar também purpurina dourada.
Óleo de gambã.
- 03 gotas de ôleo de amêndoa.
- Notas de mercúrio.
- Raiz de erva tostâo.
- Colocar ovo em um canto e sem deixar a gema fúrar, pedindo que aumente a
produção de ovos na granja.
- Colocar uma flor de obi bem fíninha.
- Tampar com uma flor de cravo vermelha.
- Tudo deve ser posto em um vidro, junto com os pedidos. Para estabilidade pode ser
colocado uma flor de crava e nina de sempre viva.
- Despachar em mar bem calmo.
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DEIXAR VÍC'IOS :
DESCOBRIR SEGREDOS :
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VENDER ALGO Q ME ESTÂ ENC'ALHADO (DIFÍC'IL) :
- 01 chave de aço.
- 07 caixas de fósforo.
- 01 m pano verde para forrar o châo.
- Despachar em uma encruzilhada na passagem da lua crescente para a lua cheia.
CONSECrUIR EMPREGO.
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PROMOÇA O NO EMPREGO :
ENC'AMINTIAR MM DESENCARNADO :
- Por baixo da for que fica bem na meia da cruz, colocar o nome da pessoa falecida.
- Pedir à Santo Agostinho que encaminha este espírito .
- Ovos de pais ppr de cisne juntos. As claras devem ser batidas em neve com um
moeda de prata junto. Bater as gemas, com mel. Oferecer a moeda ã Rainha dos astros
e no povo de C'aranguejo e da lua cheia.
- 03 colheres de açúcar cristal
- 01 taça de vinho branca de missa.
- 05 cravos brancos em umn jarrinha branca.
- Colocar]lores Angélica em uma jarrinha branca ao lado e um perfiime suave tipo flor
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REC'EBER DÍVIDAS DE PESSOAS QUE DEVEM :
- Colocar em uma paineira florida, vários pedaços de papel dobrado com o nome do
devedor.
- Em 02 copos de água colocar 11 calheres de •f*” •*
- Pô melhoria, 01 pitada de pó de ferro. Pó amidade.
- Quando os papéis se abrirem, a pessoa virá pagar até a último centavo.
- Em urna vela branca, bem no centro, amarrar um papel com o nome do desafeto com
linha branca.
- Acender a vela e caloca-la dentro de um copo transparente comum e com água até a
metade.
- Oferecer ã todos esP fritos encantados das ãguas.
- Deixar o copo atrás da porta da frente da casa.
- Apôs 03 dias despacho-lo em um rio de águas correntes.
- Em pouco tempo a pessoa se a}’astará sem ser prejudicada.
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FIC'AR BELO E ATRAENTE :
- Cozinhar acelga e alcachofra com azeite doce e temPeradas com cheiro verde.
- Colocar em um prato ‹om os pedidos.
- Rechear um com peixe, um com frango e outro com camarão.
- Colocar em cima malho verde bem temperado.
- Tudo em uma tigela com tampa.
- Despachar no mar.
F1C'AR ESBELTA .
- Durante 09 luas minguante, passar pelo corpo um life fresco, pedinda que leve todo o
desencanto desagradável.
- Este bife junto com um garrafa de pinga, 01 charuto, 01 pano branco, um verde, um
rosa, um amarelo, um lilás, 01 marrom, 01 vermelho, 01 verde escuro, uma moeda, 01
nota de 01 Real, 01 vidro de Perfíime Fenime aberto com Ater, e acetona.
- baker este ritual durante 09 meses em 09 luas niinguantes.
- Oferecer e despachar e urna encruzilhada, pedindo para que desapareçam as
gorduras em excesso que você tem.
SER RICO
- 01 folha de tyia, erva doce, dinheiro em pena a, mil raízes ( grandes ), folhas de flores,
sementes de girassol, mil flores, mil folhas de malvarisco, erva da fortuna. Colocar
tudo dentro de um litro de malvaisco.
- Erva da fortuna.
- Tudo dentro de um litro de ãlcool de 90 graus com fixados.
- Serve para banho.
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PROTEGER AS CRIA 'ÕES E O SÍTIO ( SER VE TAMBÉM PARA TERCEIROS) .
GANff AR DINHEIR O :
- 01 despertador novo.
- Lm'ar cont perfume F cabeça feita ” e pó de anüzade.
r
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GANHAR NO JOGO
GARIMPO
- Em uma tigela, colocar 01 colar de pedras de cristal e missangas verdes, azuis junto
cont 01 perfíinm “ cabeça Feita ”.
- Pedir que seus ideais se realibem, que tenha sorte em tudo, poder e êxito.
- Espalhar o perfume dentro da lavra, com um pouco de aplicar, 05 gotas de mel, 01
pouco de champanhe.
- fumar 01 cigarro.
- Invocar a corrente dos cristais e peça o que desejar : produção no trabalho, bondade
dos garimpeiros, compradores honestos e bondosos.
- Despachar na mata.
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COSTUREIR OS ( TEREM IDÉIAS C'R1ATI VAS ) :
. PESCADORES :
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. AJMDA DOS C'ABOCLOS Q ME ATMAM NAS AREIAS DE RIOS OU MAR :
- 01 prato de palvilho, outro de ôleo, 12 copos de água para ferver, temperar bem. Ao
ferver desPejar em cima o p pf jsJ(p p,
- Em uma bacia amassar bem. Se ficar duro adicionar 01 ovo. Fritar 07 bolinhos
que deverão ser colocados em OI bandeja corri urna folha de papel almaço, contendo
os pedidos escritas à lápis. Nesta folha passar manteiga.
- Despachar na areia (de rio ou mar), oferecenda aos caboclos que ali atuam,
juntamente corri 03 guaranás e OI cerveja, todos abertos. Fazer os pedidos, pedir
licença e sair.
AJ CADA DE OG MM :
01 metro de morim vermelho, 01 alguidar médio, OT velas brancas, 01 bife de boi cru,
07 moedas atuais, 07 ditos abertos, 01 farofa de dendê com uma pitada de sal, 0T
limôes, 07 ncnpós vermelhas, OU ovas vermelhos, 01 eli.
- Abrir o morim, acender as velas, passar o alguidar pelo seu corpo e colocar em cima
do pano. Passar os igredientes no corpo pela ordem já descrita. Por Ultimo, abrir o chi,
leva-lo até a boca trazendo os pedidos). Deixar o oL em cima do ebó. Fechar o morim.
- Despachar em uma rua de muito movimento, onde tenha muito comércio.
AJUDA DE EXM :
- Farinha, azeite de dendê, mel de abelha, farinha de milho branco, fi“gado, coração e
bofe de boi, cebola, camarão seco socado e 01 alguidar.
- Fazer uma farofa com dendê, uma com mel e uma com água (separadamente). Fazer o
acnpó branco cozinhando a farinha de milho em ãgua deixar a massa bem consistente.
Depois colocar um pedaço de folha de bananeira e enrolar. Deixar esfriar. Cortar os
miúdos de boi em ped • f OS pequenos e colocar para refogar com dendê, cebala, um
pouco de sal, o camarão e rodelas de cebola.
- Colocar as farofas no alguidar sem misturar muito. Adicionar sobre as farofas o
refogado de miúdos. C'olocar o ncnpó no centro.
- Oferecer e pedir para Eu o que se quer.
- Despachar em urna praça bem movimentada.
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PROBLEMAS COM A J USTI DA (PESSOAS PRESAS O t/ Q t/E ESTÃ O PARA SEM) .
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Zn Pelintra uma entidade originaria do C'atimbó nordestino e comumente
incorporado em terceiros de Umbanda e C'andomblS tendo seu culta difundido em todo
o Brasil e no Imundo.
Existem várias fOf ZZtOS dR fucorporoçdo de fé Pelintra, tendo cada um sua história de
vida. Ou seja, o Pelintra que conhe‹er, dificilmente o verá novamente incorporado
em outro médium. Podem as citar três formas comuns de iocorpor• f o de seu fé
Pelintra. a do mestre Jurenieira, a da baiano ou das e a do malandro. Preta José
Pelintra, coma é conhecido no Catimbô au Jurema, é uma forma de caboclo que
trabalha na linha dos indios brasileiros com ervas e redas para eurn e salvaguardar
seus fiéis. Profundo conhecedor dos segredos da Jurema, dibem que viveu boa parte de
sua vida ao lado de indios brasileiros e absorver seus conhecimentos. Ê muito
conhecido no norte e nordeste brasileira, tem grande influência nas matas e profundo
respeita pelos santos católicos por ter sfdo bati f,ado e seguido a Igreja Católica
Apostólica Romana, especialmente Santa Bárbara. Zn Pelintra da Bahia ou fé Pelintra
das almas vem de uma linhagem de antigos sacerdotes do C'andomblS, poderoso em
desmanchar feitiços e mazelas de seus adeptos, capaz de desafiar qualquer sacerdote
sem se preocupar com os poderes de seu inimigo, muito louvado em Sâo Paulo e na
Bahia, em sua ”esquerda” torna-se seu Patrono Ogum adquirindo seus poderes e ira
deixando seus fiéis em grande temor pela capacidade e poder que adquire, tem como
padrinho Santo Antônio e madrinha Nossa Senhora de Santana. zé Pelintra malandro
muito conhecido e louvado no sudeste e sul da Brasil trata -se de uma linhagem que
andou entre a malandragem do Rio de Janeiro e Sâo Paulo criado em portos e cabarés
nas décadas passadas, envolvendo-se em brigas, amidades e mulheres sendo conhecido
e respeitado por seus poderes em livrar seus adeptos e fiéis de perseguições e traiçôes
tem grande influência em magias dos mares pela sua amidade e respeito pelas
entidades dos mares tenda como padrinho Sâo Jorge e Nossa Senhora dos Navegantes.
Portanta é uma das únicas entidades que incorpora em qualquer culto afro-brasileiro
seja na forma de um caboclo, baiano, exu ou malandro.
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dos Anjos rumou para Recife em busca de uma melhor ridn, mas o menino aos 3 anos
perdeu a mâe. C'resceu, entâo, no meio da malandragem, dormindo no cais do porto e
sendo menino de recados de prastitutas. Sua estatura alta e forte granjeou o respeito
dos circunstantes. Sua morte seria um mistério. Aos 41 anos foi encontrado morto sem
nenhum vestigio de ferimento.
Uma outra versâo do mito alude a José Gomes da Silva, nascido no interior de
Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigâo.
lvianejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar
o atestado de óbito. Os policiais jã sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente
encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim nâo tinham a certeda de nâo
saírem bastante Prejudicados das pendengas em que se envolviam.
Nâo era mal de coração, muito pelo contrário, era bom, principalmente com as
mulheres, as quais tratava como rainhas.
Sua vida era a noite, sua alegria as cartas, os dados a bebida, farra, as mulheres e
bFf De. Jogava para ganhar, ruas nâo gostava de enganar os incautos, estes sempre
dispensava, mandava-os embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas
ao contrário, aos falsos espertos, os que se achai•am mais capazes no manuseio das
‹artas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros
otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram
baixas e os linipanda completamente ao final das partidas. Isso bebendo Aguardente,
C'erve ja, Verrnouth, e outros alcoólicos que aparecessem.
Esta entidade andou pelo mundo, suas manifestações apresentam-se em todos os cantos
da terra. Foi noticiado que incorpora nos Estados Unidos.
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encontrados no Nordeste do Brasil, entre os ”catim o et ros”, e os áreas rurais de
P raticamen te todo o pais.
Zn Pelintra, tanto na Hmbanda como no Catimbó, é tido como protetor dos pobres e
nina entidade de importância entre as classes menos favorecidas em geral, tendo
ganhado o apelido de ”Advogado dos Pobres”, pela patronagem espiritual e material
que exerce. Um exemplo real chama-se Lata. E comum achá-lo em festas e expasiçôes,
sempre rindo. E é claro, sem fazer rir. A cidade de Piranha concentra-se exemplos
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A Hmbanda, reli giâo brasileira, é um misto de C'ristianismo, Espiritismo, Catolicismo,
culto aos orixás e C'atimbô. A Umbanda tem seu edificio solidificado nas bases
principais do evangelho cristão, e sua maior lei é Amar a Deus sobre todas as coisas e
O OmO r DO p rÔX im O COmO a Si m e sm .
Zn Pelintra também prega a TOP F,RÂ NCIA RELI‹:sIOSA, sem a qual o homem viverá
constantemente em guerras.
Para Zn Pelintra, todas as religiões sâo boas, e a principio delas fazer o homem se
tornar espirituali dada, se aproximando cada ve more dos valores reais, que sâo
Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, fé Pelintra, afirma que
todos sâo sempre aprendi Res, mesmo que estejam em graus evolutôrios superiores, pois
quem sabe mais, deve ensinar a quem nâo apreender e compreender aquele que
nâo consegui saber.
Zn Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, fay suas orações pela povo do
mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e
que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Pelintra fay da
Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando saluçâo para o
problema das pessoas que lhe procuram. Ajudando e a tirando os demais espíritos.
Zn Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idosa au
jovem. Seu Zn Pelintra terri várias estórias da sua vida, desde a Lapa da Rio de Janeiro
até o Recife. Todavia, a principal história que seu Zn Pelintra quer escrever, é a da
C'ARIDADE, e que ela seja praticada e que passemos os bons exemplos, de Pai para
filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a fim de que possa existir uma
corrente fHesgofióvef de Amor ao Prõzimo.
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Zn Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianç•as desamparadas por esse mundo de
Deus. Se você, ajudar corri pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, nâo
importa sua religião ou credo, faq•endo com que Deus também Sorria e que o Amor
fraterno irfunfe sobre o egoísnio.
Entidades de fui, carismáticas, che gam com seu samba no pé, seu charme na boca,
chapéu de panamá de lado com toda a ginga de um malandro. Tem como sua origem,
os rituais do catimbõ, provenientes do Nordeste brasileiro, onde até hoje é cultu d
Pelintra nasceu no nordeste, foi abandonado pelos pais, se supeou dOS dffiCuldades
e jovem foi par Reciye e depois para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lmpa.
Assim, fé Pelintra]’ormou uma bela Fnlange de rnalandros de fui, que vêm ajudar
nqueles que nem essitam, os malandros sâo entidades amigas e de muito respeito, sendo
OSSO f2t nâo ac eitamos que pessoas que nâo respeitam as entidades e a umbanda, as
entidades nem cigarros e harutos, pois a fumaça funk iona como defumador astral.
Esse texto pertence ao livro 2é PeJiiitn - O Matando Divino, e descreve muito bem
é a maneira deste maravilhosos guia trabalhar...
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2é Pelintra e Sua Falaiige de luz
Para Zn Pelintra, todas as religiões sâo baas, e o principio delas é fazer o homem se
tornar espiritualizado, se aproximando cada ve mais dos Valores reais, qfir sâo Deus e
as obras espirituais. Na humildade que lhe peculiar, fé Pelintra, afirma que todos
sâa sempre aprendiRes, mesma que estejam em graus evolutivos superiores, pois quem
sabe
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mais, deve ensinar a quem ainda nâo apreender e compreender aquele que
consegui saber.
Zn Pelintra, esMrito da Hmbanda e mestre Catimbozeiro, fay suas ornçfirs pelo povo do
mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e
que a Plantia é livre, mas a colheita é obrigatória. fé Pelintra fay da t/ mbanda, o
de encontro para todos os necessitados, pracuranda solução para o problema das
pessoas que lhe pracuram.
Assim, fé Pelintra formou uma tela Falante de fui, que vêm ajudar aqueles que
necessitam, els vem na linha de Baianos e sâo entidades amigas e de muito respeito.
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Mas afinal, qual a origem de nosso personagem '° Seu Zé torna -se famoso
primefrnmeoie no Nordeste seja com yreqiientador dos catimbós ou já como entidade
PXSD FPf l IÕO.
O Catimbó est á inserido no quadro das religiões populares do Norte e Nordeste e trago
‹onsigo a relação com a pajelnnça iodfgeon e os cando b és de cahur/o ifíf4ffP
C'onta -se que ainda jovem era um caboclo violento que brigava por qualquer coisa
niesnm sem ter razão. Sua
r Fe r reiro ” reiii truiAêiii do Nordeste. Seria capaz de
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receitas chás medicinais para a cura de qualquer male, Center e quebrar feitiços dos
seus consulentes.
De acordo ‹oui kigiéro (2004), Sea fé migra para o Rio de Maneira onde se torna nas
primeiras três décadas do século XX um famoso malandro na Zona boêmia carioca, a
regiâo da Lapa, Fstácio, Gamboa e Zona portuária.
Segundo relatos históricos Seu Zé era grande jogador, amante das prastitutas e
inveterado boêmio.
Quanto a sua morte, autores discordar sobre como esta teria acontecido. Afirma-se
que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antiga desa}’eto, ou por outro
1 Malandro igualmente perigoso. Porém, o consenso entre todas essas hipóteses é de que
atacado pelas costas, um ve que pela frente, afirmam, o homem era imbativel.
Todo esse relato em Ultima instância nâo tem comprovação histórica garantida e o
importante para nôs nesse momento é O fZtffo contado a respeito dessa figura. Seu M é
a única entidade da f/mbanda que é aceita em dois rituais diferentes e apostou: a
“Linha das Almas” (caboclos e pretos-velhos) e o ritual do “Poi o de ” (Exus e
Pombas -liras).
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Ajudando e au:xiliando os demais espíritos. fé Pelintra o médico dos pobres e
advogado dos injustiçados, é devoto de Santo Antonio, e protetor dos comerciantes,
principalmente Bares, Lanchonetes, Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus,
fonte inesgotável de amor e vida. Na gira em que Zn Pelintra participa sâo invocados
os caboclos, pretos velhos, baianos, marinheiros e esus.
Podemos citar além de Seu fé Pelintra, Seu C'hico Pelintra, Cibamba, fé da Virada,
Seu Zn Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das Almas, fé da Brilhantina, Zé da
Silva, Joâo Malandro, Malandro da Madrugada, fé Malandro, fé Pretinho, Zn da
Navalha, ZÉ do Morro, Maria Navalhada, Maria do Cáis etc.
Os malandros vêm na linha de Em, mas os malandros nâo sâo jus! Exu é ‹:suardião.!
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“Paço Caridade, porque apre que é o nmlhor carrinho
de evaluçâo. C'aridade dar sem nada esperar em
troca, sem que se possível for, nem nmsnm você saiba.. rum tudo eye se faz deve ser
dito...” Lute por aquilo que quer.
Erga sua cnt’*f . Acredito. C'onfie. Tenha fsl
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f or Rodri go Queiroz• — Ditado
por José Pelintra
Ef4 nâo posso te dfz•er, porque você nâo rnf nte compreender...
“Din dfo din, din diti dfo, risca o pontos Malandro cruq•ado no meio do /errefro chegou,
chegou Zé Pelifitra que veio do lado de lá, fumando e bebendo gritando vamos saravá.°
Para quem ainda nâo entendeu, os Pés df2 Hmbanda sâo espíritos comuns a cada um de
vocês. humanos por naturez•a, errantes, com defeitos e virtudes que na bondade do
C'riador podemos interagir com nossos ‹ompanheiros encarnados yin de na troca de
experiências agregar fui e ei•oluçâo na história de cada um.
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Zê Peliiürns, Zé ben alhn, Zé da Facn e tmüos e”/oriiinrii esin corrente ou Iüihn rte
r
Somos aclamados c omo D‹mtor, curador, ‹onselhef ro, defensor dai mulheres e dos
pobres. Por outro lmlo tmnbéni sowos recl mlos e “externiinarlos” im coiisciêixia rte
nlgiins eyre iiaistem em nos colocar im pnfono dos “demônios ” e espíritos i’icindos e
alopraúos. Ora, este que nos maldi‹- aquele mesmo que nada entendeu sobre Deus e
seu amor na Sua C'riaç âo.° Deixe que falem, desde que]’ale.
Dos Catimbõs do Nordeste aos terreiros de Hmbanda de todo Brasil! Isso é ascensão...
Por fim ‹amarada, tenha em mente que estamos para ajuda K a quem Coef ra.
Defendemos sfni os mais pobres e sofredores, pois sabemos o que ê a dor da}onie e da
›erdiçâo. Se‹a remos sempre as láQ FfXáS dnfjfeles que sofrem e isso bustn.
Dentro do meu chapéu levo meu mistério, na fúmaç a de meu choruto trans orto minha
mBQ da, na gargalha encanto mm por o, uo meu terno bKúinco reJJf/o o que sou e flfT
minha gravata ermelha quebro o mal olhado na força de Oguni.!
Nota do mêdium. Salve sua força camnradn! Pois é leitor, a Linha Jos Malandros,
‹omo posso dfÇPr é hem nova neste formato organ iq•ado, no entanto de forftia esparsa e
independente es tes ompanheiros jú se manifestam na Umbanda há muito tempo e sâo
anteriores ao surgimento da rr/igir7o. Detendo grande importância nos Catinibõs e
Macund› Coriocas. São “niainlingiieiros” do bem e iwanifestmii mii iwr/i’e/ servo de
hunter em suas maniyestaçôes. Chamam logo atenção de todos e arrehaiiham
fac ilinenle pessoas ao seu convi› lo.
Seu arquétipo da ‹lasse socinl mais sofrida e menos ubastada. II etratani mesmo
aqueles true iveram no morro, na marginal, na perry i . sâo margitinliq•ados,
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no
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entanto nâo sâo marginais. Exemplo daquele que apesar do sofrimento e das
dificuldades teve sabedoria para tirar humor da dor e driblar o baixo astral.
Nâo sâo baianos, nâo sâo nordestinos, nâo sâo rótulos, pois sâo o que sâo, um
agrupamento de espíritos que tiveram a experiência de pobre ou algo do tipo por
todo esse país, que depois do desencarne e já conscientiq•ados tiveram a oportunidade
de retornaram nos cultos mediúnicos para continuar o pragresso evolutivo.
Firmeza.
- 01 imagem do fé Pelintra (ou de um calandra específico),
- 01 copo Pequenho (conhaque),
- 07 fitas finas de cetim ve elho,
- 01 charuto,
- 01 cerveja branca,
- 01 vela de 7 dias vermelho.
Toda semana acenda ao menos uma vela palito vermelha. Na ocasião troque o liquida.
Sempre que fiter esta firmeza semanal, pegue o charuto e dê três baforadas,
concentrado nos pedidos e orações.
Oraçâo de Firmeda.
“Dzrino Criador, Dii inas Porças Naturais, Divinos OrLs‹Jr, neste nmnmnto vos e›•oco e
peço que durante este assentamento, consagra e o torne um portal por onde os
1 ialandros do astral possam se manifestar, servindo de minha proteção e chave de
acesso aos “zés” de acordo corri o meu nmreciiiiento. Peço que a força dos iwalandros
esteja presente e receba minhas 1 ibrações. ”
Pc.. Este é um assentamento fiiiivrrsnf pam a linha dos Malandros, que pode ser
‹onsagrado a um Malandro específico ou deixar aberta de forma universal.
Fonte: rede tenta fay parte da apostila que compôe o material de estudos do cursa
ArquStipos da Umbanda, desenvolvido e ministrado por Rodrigo Queiroz.
nos Morros
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Wa dir. a elegância em pessoa
Ele fei fama na LaPa, circulou pela Praça Onde e bateu ponto no Estácio. Brigou de
navalha, andou de vias, carregou no trejeito. De terno branco de linho, chapéu de
veludo e sapato couro de cobra, o malandro carioca atendia por nomes que impunham
respeito - Madame Satâ, Camisa Preta, Sete Coroas e Joâo C'obra. Todos viraram
sinônimo de bandidagem no Centro do Rio nos anos 10 e 20 do século passado.
Providência) era uma ‹idade dentro da cidade, onde a lei é a do mais forte e a do mais
i atest e e a nmalha liquida os casos”. Bstm!a se referirnlo ó Zé da Barra, nordestino
toni de briga - e de lãbia - que rnandava e desmandava na Favella.
Aos poucos, no entanto, o termo foi sendo sua vilado e virou sinônimo de
manemolência, lábia e esperteda. Foi esse malandro sangue bom que fei a festa nos
morros do Ria nos anos 50, 60 e DO - a maioria deles ligada ãs escolas de samba.
“Senpre fiz questão de radar na liam Qimiido enlrm a na quadra o pessoal logo
falava: 'lá vem a presidente I’ Até hoje só comPro sapato por encomenda e terno sob
'dher
e filho e tralha e tal” — é sôcio da própria esposa num quiosque de flores em
contar as suas histôrias. Esse aproveitar bem a vida. A gente brincava que ele era o
últinm ninfl o ” conta Eidiba J Neves, de 63 anos, amigo de infância e também
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“Jorge Louro, esse era o cara! Um negão forte, bomto, se ›!estia só de lindo, chu de
vetado e sapato couro de ‹obra. Dançai•a muito e tinha as ‹abroe has dele espalhadas
pelo iimrro todo. Bra nialandrão mesmo, june no bom sentido”, frisa seu Jorge. ”B
modsstia à parte eu também sempre andei na linha. Para ir no samba até hoje só se for
“Foi orando o malandro deixou de ser bmidido e i’irou o cara esperto, cheio de lâéia
e com jogo de cintura. Esse era o malandro estili‹-ado que inspirou Walt Disne y a criar
o Zn Carioca. O Bando da Rua que tocava com a C'armem Miranda também só seestia
de c M e camisa listrada”, explica
Mas bem antes o fenômeno da sua vi zaçâo do malandro já era detectado por Noel Rosa.
Em entrevista à revista O Debate, em 1935, o compositor já havia dado uau pista sobre
F iimrro do Castelo foi a aLxo e a policia
O
r
Nos anos 60, e malandro sofre nona transfornia óo e de novo desce gara o asfalto.
Michel Mìsse explicn. “Todo nendo podia ser iiialandro, o conmrciai4e, o politico, o
cara esperto im esquiim B ai surge o ninna nmrginal paro substituir o nialandro ”, diz.
“Mae a grande rmi’idade nos tiltinms anos for o surginmi4o da paIm’ra›!agaIniiido rma
anos 50, que é M7ftrz mmm de malandro com n gir ”, diz.
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JOÕH x•f nho. ”Só daca InfÓ flo baile
Desde os tempos de Brancura de Estácio que a nialandragem na favela esteve próxima
mundo de saiba. No Morro da Babilônia, no Anne, Zona Sul cariocn, quem reinava
nas noites de baile dos anos 60 era um passista famoso conhee ido apenas por leié.
“Sô dm’a ele im baile do Lair e no Seu latim. Bsse era inn cara da noite, super
dançarino e vivia cercado de mulher. Quase sempre uma loiras Aquele era malandro. E
figu raço”, conta João Carlos Filho, de 57 anos, o Joãozinho, do bloco Ai’eiüureiros do
entrevista ao Favela tem Memória meses antes de sua morte, aos 8.3 anos, Dona Maria
falou sobre coiim era a iimlandragem no Morro do Cnntagalo dos anos 50: FOx r
C'om a morte de Beterra da Sil a e Moreira da Silva, fls dos poucos malandros que
permanecem acima de qualquer suspef in — e ele fa questão de nssifflsf r isaO — O
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sambista C'arlos Roberto Oliveira, de 5ó anos, o Dicró, nascido e criado na Baixada
Fluminense mas freqüentador resíduo da Praia de Ramos ( Urina Norte) desde os anos
60. Fala ai Dicró:
“Malandro é o cara que está de beiii cont a i'idq que fea'a tudo ra gozaçõo e que nõo
rouba ninguém. Porque malandro na prisâo vai aproveitar a vida como"?”, brinca
Dicró, que gravou em 1995, junto com Beterra da Silva e Moreira da Silva, o disca
“Os Três Malandros”, tenores Plácido Donúngo, José
Carreras e Lucimm Pm arotti. “Senpre fim boênüo e sanAistu Até em velório a gene
dâ mii Jeito de se dís!ertir”, brinca
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Mas o malandro pra valer
- nâo espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e e tal
Di peru as mãe línguas que ele até trabalha
Iviora lá longe e chacoalha
Num trem da Central
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SENHOR ZE PELINTRA — MM H UMILDE FALANGEIR O DA UZ
Um dia, conversando com o nosso amigo Marcos, este nos pediu que fizéssemos can
nMéria i’ersando sobre o 'enigmnfico e incowpreenrlido” Giizn dspirin dê Peliiüra
Na hora respondemos: pat — que fria hahahaha.! Falar sobre o senhor fé Pelintra
pode alegrar uns e desagradar outros. Mas, fazer o que’? Vamos nessa. Aqui, vamos
colocar as versões existentes sobre o senhor Zn Pelintra, para que cada um possa
refletir, analisar e a‹citar aquela que tiver ra Nâo e bom senso, e nâo somente aquela
ryo o seu “achisnm” acha correta Quando se trata rte fenônmim espiritual, temos que
Htflidar a razâo, para que nâo caiamos no ridículo de expor nossas tendências
inferiores, a per ha de manifestação mediúnica verdadeira. Mas, vamos lá:
Pnn i efr mimnte raios elucidar o que seria essa tal
OrreWe de malandro” que estn se
r$F
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Para entendermos a confusâ‹i reinante dentro da Umbanda, sohre as várias
nmnifestações wediúiiicas estereotipodns de G’malnndro ’, tendo conm “ninlmidro niôr”
o Senhor Zé Peliiitra, menus yrfmeirnmeo/e que entender a que seria arquétipo ( grego
ar hé, an tfgo — é o primeiro modelo de alguma ‹oisa)no inconscfente coleti 'o.
C'arl G. Jung sugeriu que pode exiStf r um in‹:onsc tente c o/fiif Vc. Os mitos serinm como
sonhos de uma so iedade inteira: o teseje coletivo de uma sociedade que nasceu do
inconsciente coletivo. Os mesmos tipos de personagens parecem ocorrer nos sonhos
tanto na esc ala pessoal quanto na cmeti ca. Esse personagens sâo arqustipos humanos.
Os arquétipos sâo ifnpressionaiitemente constantes através dos tempos nas mais
criadas culturas, nos sonhos e nas personalidades dos iodf t'íduoi, assim como nos
mitos dO fHLtf2dO intef ro. Dominar esses arquêtipos dú um grande poder ao roteirista,
sâo ferramentas úteis, ‹como um bati cheio de truques.
Essa]i gurn de malatiJra gem erro TCPO dP S i3bSfstência, surgiu no Rio dP Janet ro e
para entendermos vamos rer o que nos diz Ze‹a Ligferr›.
O malandro nâo ode ser disser iado dD 6 ultura urfo a. do lado dos Orixás ioruba que
‹hegaram ao anteâo da inacumba cario‹•a trO Odos pelos haianos, expressão de
paisagem esseorfa/, a rigor, sem representação antropoinúrfica, se ajuntam
personagens históri os, Sfnteses de gera ursos ‹metivos, emblemátic os, personas com
coriiornas humanos, roupas e adereç os, ‹omo os Esus, Quilomholas quimbandeiros,
revoltados e renegados c ontra o sistema e ontra a passividade dos seus, pro •oc
adores e vinyufi>os. Ou erit‹?o. os maÍandros.
socialiiiente e imyor a cjualcjuer grupo num ordem peculiar”, seu arqnétipo e arsennl
m/tico certamente perderam no inconsciente do yovo brasileiro, tanto em sua pulsâo
pem•ersa — o oportun ista, o predador — quanto em suas outras poten‹ ialidades, com
sua postura de jogailor e suas disposições e atributos de lutador reyi d, de artista da
vida, de animador cultural, de arrimo na crise e, assiTn, de protolítler comunitárfo.
Assim, poderemos agora entender, o porquê do ênfase e da aceitaç’ÔO dP PSp IKE ÍHS
“mnrtros”, eyre im rubin rio do po o, seriam t ml ida menos que heróis
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populares, que com suas gingas e expedientes, conseguem transpassar os limites da
sociedade cripto-escravocrãtica pondo-os frente a toda uma sociedade em processo de
identificação, a quem dotariam de ufZt6f fdruridnde pnrndozaJ. A ‹amada social mais
carente busca novas referenciarr novos mestres, justamente no momento quando se faz
possibilidade de uma nova ordem social que atende ao clamar das ruas para além das e›!
identes linútaçôes da “denmcrm:ra brasileira”, e ressalta a m•idente inspiração que trai
o caminho do Zn Pilintra.
Mas, temas que entender que isso é somente um arqustipo coletivo manifestado na
Psique humana, e é refletido nas manifestações meditinicas a título de animismo
misturado com uau efetiva e verdadeira incorporação meditinica. Nesse momento, a
Psique do médium se pôe na frente da manifestação mediún ica, havendo uma simbiose
e ps
Onde o que se reflete é tão somente e ctro “muiher renee neressório, ú tmüo o
médium corno a assistência somente vai dar credito àquela manifestação, se conseguir
ri iror o estereôtipo, “fantasiado”, de dar crédito, pois esta visualidando o
que ali se manifesta.
Malandro — 2“ versão:
Vamos entender a questão da malandragem, pois rem acontecendo um fato que merece
a nossa atenção: Algwa nâdiuns e nmsnm sacerdotes uwbandistas, estõo rriondo ”
rr
Malandro: I. Individuo dado a abusar da con fiança dos outros, ou que nâo trabalha e
vive de expedientes: velhaco Pati e. 2. Individuo pre guiçoso, madraço, mandriâo. 3.
Gatuno, ladrâo. 4. Individuo esperta vivo, astuto, matreiro. 5. Que é malandro. (Novo
Dicionário Aurélio — 1“ ediçâo — 9º impressão — Editora Nova Fronteira Y
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podemos entrar num Templo Religioso, dedicado ã caridade, orações, orientações
precisas calcadas no Evangelho Redentor, ou seja, reformar a vida dos que freqíientam
esse Templo, aconselhando-se ‹om um esp frito de malandro? Analisam Tem, e vejani a
grm!idade de ceMos nâdiuns incmitos ”im!entareiii ” num corrente espiritual povoada
de espíritos embusteiros, ou mesmo abrirem a sua mediunidade para a manifesta • •
quiunibas que se aproveitar da ignorância espiritual e material de alguns médiuns
para nssiz, poderem desqualifícar uma corrente religiosa como a Hmbanda. A coisa é
grave.
Um espirito de fui com certe da, para nos dar um exemplo de vida, nos contaria suas
Peripécias negativas quando encarnados, ruas tâa somente para nos alertar do que nâo
devemos y«er na vida. Jamais esse esfrírito de fui se compras com alegria, sempre nos
ditendo que y i alherengo, que brigava e dava porrada pra todo lado, que chegou até
a matar algum desafeto (e ainda par cima ditendo isso com satisfação, como se fosse a
coisa mais maravilhosa do mundo), que era alcoólatra, que vivia de enrolar os outros,
que vivia na jogatina, que era feiticeiro e ai por fora. Se fosse um espírito de fui,
mentiria vergonha de ter praticado tais atos. Se fosse um esP frito de fui, faria de tudo
para nos Remover de tais atos. Se fosse um espirito de fui, nos convenceria a viver a
vida calcada no Evangelho Redentor.
Agora, o que abservamos, sâo espíritos levianos, beberrôes, que só querem brincar, e
nâo se preocupam com a nossa libertação interior, jamais nos incitanda ã reforma
íntima.
Imaginem só, vocês médiuns, trabalhando num ferreiro onde estâa esses tais espíritos
de ”walandros” cont toda sua ganm de disparHes, e ainda por cinm Iei'am seus filhos
para participarem dessas giras. Vejam que coisa linda seus filhos estâo aprendendo em
sun religião:
Qui falar Pam r ões é bonito, pois esses tasi G e p ritos” falmii abuKanteniente e
i
todos à volta acham lindo e até dâo risadas.
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Antes de mais nada, vamos entender uma coisa. Todo Guia Espiritual militante na
religião de Umbanda, com certeda teve vida fisica na Terra. Assim, com certeza,
também teve entreveios como todos nôs temos, vivrncinndo um vida cheia de ilusões,
acertos e desacertos. Pode ser que um espirito quando encarando vivenciou uma vida
‹heia de engodos e erros, mas, com certeda, para depois da morte poder vir até nôs,
através da mediunidade redentora, teve erros que somente afetaram sua integridade
fisica, moral e espiritual, mas nâa ferir rnortalmente o espírito imortal de ninguém. Se
algum ser vivente, viver uma vida de erros gravissimos, com certeda, nâa poderia estar
entre nós como um Guia Espiritual, antes de, através de anos a fio, se regenerar, para
depois poder iniciar uma escalada evolutiva, a fim de se fazer presente na mediunidade,
corno um Guin a aconselhar, abençoar e ensinar preceitos espirituais superiores.
Por isso vamos encontrar varias entidades espirituais na Umbanda relatando seus
erros e acertos, quando encarnados, mas, nâo vamos generalidar. C'om certeda, esses
erros, como jã dissemos anteriarrnente, foram erros que somente ating iram quem o
re alizou, ou sejq sean nmiores danos, atendendo o cone nos diz a ninx
F e
prôxiiim, o que quereis que ›•oz façam”
Vamos dar as vãrias versões sobre o senhor Zé Pilintra, que ainda, infelizmente é muito
Pong o compreendido em nosso meio.
Zé Peliiitra — I’ versão:
Observamos no decorrer dos anos, a manifestação desta Entidade de Mz, de maneira
que nos Ora ventos médiuns rrim or rn&›s ” corri O fi M
Pilintra, ora observamos manifestações de entidades ditendo ser o Sr Zé Pilintra, mas
nos relatando ser um boêmio que nasceu no nordeste e migrou para o Rio de Janeiro
vivendo no meia de prostitutas e malandros, em jogatinas, bebericando seus aPeritivos
descontraidanmnte e morreu assassinadó. mi outros aindq diz ser und F r
Para dirinúr tais “equi›•ocos”, fonms pesquisar sobre a orzgem deMa Bntidade de Luz,
tâo maravilhosa, e che ganios a tais pg jsglaçôes:
O Sr ZS Pilintra nasceu na cidade de AlhandFo, BfffZt ICfÇFO de CID gOaS, diV isa de
Pernambuco. Alhandra um dos berços do Catimbó, culta ariginado da fúsâo do
'atolicisma, Br aria Européia e Pajelança.
dra procurado por muita gente de todas as regióes e morreu com 1I4 anos,
encontrando-se enterrado em um sitio no municipio de Alhandra.
Vejam que foi uma alma caridosa, nâo era alcoólatra (podia até bebericar como tados
nós falemos) e nem vivia no meio de malandragem. Era um ser humano comum.
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O que alguns médiuns incautos figeram com a manifestação meditinica de umn
Entidade tão iluminada ? Será que nâo abriram seu corpo meditinico para a
manifestação de quiumbas se faq•endo passar pelo senhor Zn Pilintra? Ou será que sâo
médiuns exteriori dando suas mentes conturbadas (arquétipo), utilizando o nome e a
Pretensa inco rpornf O de uma entidade espiritual, para bebericar, jogar conversa fora,
promover namoricos, numa alusâo à malandragern existente em seus íntimos, pois
dentro de mii Templo religioso terão rF on reed n e a mitorizaçõo” para agirem
desta forma, nâo tendo medo de serem criticados.
Zé Pelintra — 2’ versão:
De acordo com Seca Vigiem:
De acordo com as nossas pesquisas, fé Pelintra tornou-se famoso primeiramente no
Nordeste, fosse como freqüentador resíduo fasse jã como nina das entidades dos
C'atimbós de Pernambuco, Paraíba, Alagoas ou Bahia. Conta -se que, ainda muita
jovem, era um caboclo violento e que brigava por qualquer coisa, mesmo sem ter razâo.
No Nórdeste, teria também ad rido a fcaim de “em!eiro ”, um sabio curandeiro capaz
de descobrir e receitas chás medicinais, bem como de arrefecer com o empre go de
folhas poderosas e da benzedura com tabaco, os males provocados por feitiçaria.
A questâa do seu aparecimenta no Rio de Janeiro nâo foi nunca esclarecida de forma
convincente. Teria o , a pessoa fisica que, segundo algunias fontes, atendia pelos
nomes José dos Anjos e José ‹:somes, realmente migrado para esse estado na década de
1920?
Alguns autores afirmam categoricamente que nâo, e juram que ele foi enterrada no
famoso cemitério dos catimboq•eiros em Pernambuco. Outros, porém, respaldados pelo
relato de muitos pontos contados em uso nas terreiros de Umbanda atualmente, evocam
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Nenhuma prova concreta sustenta essas versões, que nem por isso deixam de ser
verdadeiras, já que Professadas por muitas, compondo uma historia múltipla de um
mito.
O mais antigo registro de fé Pilintra no Catimbó foi feito pela expedição MPF no
C'atimbó de Mestre Lonrentino da Silva, em ltabaiana, no Estado da Paraiba, no dia 5
de maio de 1938.
Mas o tempo passau e, segundo relatos de seus devotos, seu fé Pilintra tornou-se um
famoso malandro da Zona boêmia do Rio de Janeiro nas primeiras três décadas do
século MX, período de desenvolvimento urbano e industrial que transformou
profundamente a das populações afro-descendentes.
C'ontam algens que seu Zn era um grande jogador, amante da vida noturna, amigo das
prostitutas, exímio capoeirista, sambista de rara insPiraçâ p g jjj jsgrdadeiro bamba.
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Pá gina SS
Qualquer um que se aventura a traçar a trajetória de um mito, certamente
descobrirá que em torno dele existe um sem números de histórias, muitas delas
inverossímeis, entretanto, impassiveis de refutaçâo. O mito sempre se confunde com a
realidade e, deste modo, ninguém pode contrariar a fé das crentes, sob pena de
alienar-se do mundo vibrante e mágico que envolve as crenças populares.
Sobre o Ze Pilintra, existem várias histórias contadas de boca em boca, tâa cheias de
ousadia e mistério quanto as de outros mitas nordestinos tais como o cangaceira
Lampiâo e sua parceira Maria Bonita; o bandido C'abeleira; o cangaceiro C'arisco e
tantos outros.
Fugindo da terrivel seca de meados da século passado, a familia de José dos Santos
rumou para a Capital Recife em busca de urna vidn melhar, mas a destina lhe roubou a
mâe, antes mesmo que o menino completasse 3 anos e, logo a seguir se pai morreu de
tuberculose . José dos Anjos ficou ófâo e teve que enfrentar a mundo juntamente com
seus qtmtra irinâa menores. C'resceu no meia da rnalandragem, dormindo no cais da
porto e sendo menino de recados de prastitutas. Rua estatura alta e forte granjeou-lhe
respeita no meio da malandragem. Nâa apartava de uma peixeira de seis
polegadas de aço puro que ganhara de marinheiro inglês com o qual fizera
ami de.
C'onta-se que, certa vel, ZnPinho, como também era conhecido, teve que enfrentar
cinco policiais numa briga no cabaré da Jovelina, na Bairro de Casa Amarela.
Em dos soldados recebeu um corte de peixeira na rosta que decepau-lhe o na rip e parte
da boca. Date tiras foram disParados contra de Pinho, ruas nenhum deles o atingiu.
Diziam que ele tinha o corpo fechado.
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Página
Gigolô inveterada, tinha mais de vinte amantes espalhadas pela cidade, das quais
obtinha dinheiro para sua vida boêmia. Sempre vestido em impecãveis ternos de linho
branco, camisas de cambraia adornadas por uma gravata de seda ve elha e um lenço
branco na algibeira do paletó, na um chapéu panamá e os sapatas de duas
‹ores comPunham-lhe o tipo. Nâo raro poder-se-ia encontrá-lo sobraçando um vialâo
pequenino, indo ou vindo das serestas, das cabarés e botequins que freqiientava. Nunca
lhe faltava dinheiro na bolso, trem amigos para mais um trago.
Aos domingos, todos podiam ver Zn Pelintra Talentâo entrando na Igreja Nossa
Senhora do C'armo, no centro de Recife, para fazer suas orações. Didia-se também
devoto de Santo Antônio, lá estava o fé Pelintra Valentão, impecável com seu terno de
casimira, pronto para a procissão pela Avenida C'onde da Boa lista.
Zé Pelintra —f versão:
Quem foi Zn Pilintra
Falemos do grande Zn Pilintra...
Antes de começar a discorrer sobre o que se conhece desse malandro incorrigivel,
mulherengo, birrento, arruaceiro, mas de um coração enorme, é preciso que se entenda
que tada entidade, tem uma história, um cultura, pois foi tâo humano quanta nos
quando encarnada, após o desencarne e a conseqíiente espirituali zaçâo, poderá
ocorrer que sua manifestação venha a se dar em outros centros regionais, diferentes
do que consta em sua biografia humana e assim quando manfyestada, poderá
demonstrar outras culturas, que nâo as de sua procedência humana. Isso quer diter
que a mesma entidade poderá manifestar-se diferentemente em lugares diferentes, sem
que isso implique em mistifícaçâo. Tal fato acontece porque, pela nem essidade do
ingresso nas falanges espirituais, afim de prestar seu trabalho nesta nova roupagem,
os espíritos, agora desencarnados, apraximam-se desta ou daquela falange, por
simpatia ou determinação superior, mas guardam características bastante marcantes
de suas existências materiais. Melhor entendendo:
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sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, dança ‹ôco, xaxado,
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a noite irifrirn no forrõ, No dio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de saniba e passa
suas nnites ria gafieira. AtitudPS ff@fDfíOli beth df]érentes, mas que marcam e.xatamente
a figura do malandro. Isso bem ezpli‹adr, i•unios conhe‹er mais de perto esse grande
camarada.
"SEU ZÊ"
José Gomes dD Üf va, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil,
grande jogaJor e bebedor, ron/firreogo e brigâo. Manejnea uma fac a corno ninguém, e
enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assina r o atestaJo de ô8ito. Os policiais jã
sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encara Tam -no soq•fHhos, sempre
em grupo e mesmo assim não tinham a certeda de nâo saírem bastante prejudi‹ados das
prndeogas rm que se envolviain.
Nâo era mal de coraç âo, muito pelo cnu/rórfo, era horn, rin ipalmente om as
mulheres, as quais trata a omo rainhus.
Sua vida era a lícito, sua alegria as artas, os dadiiilios o t«iu , ya , as mulheres e
por que nâo, as brigas. Jogmrn para ganhar, mns não goiinro de enganar os fac nulos,
estes sempre disyensava, rnnridn va-ns embvra, mesmo que re isasse dnr uns ‹ascudos
neles. Mas ao contrário, aos {alsos espertos, os que se a‹havain mais capazes rin
man meio das cartas e dos dados, a este rognnnrn o quanto podia e os coos iderara os
erdndeiros otários. Incentirarn-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas
é/ffidn eram haixas e rx limpando completamente ao filial dna pnfff O5. Isso bebendo
Aguardente, Cerveja, Verinouth, e outros alo oÔlf6 OS Que aparec es sem.
Esta entidade andou pelo riioodo, suas manifestações npreseHrnrn-te em tontos os cantos
da terra. A pouco teve-se uotfCin pPlOs diários, de uma médium que o incorporava nos
EStãdos Unidos.
Veja beni o quanto se toima dificil ter unia certeq•a de queni rea/nieorr fof, onde 'ireu,
como ivan e onde desen‹arnou o Senhor Zé Pilintra. Mae nto vamos nos ater em
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histórias, muitas eeq•es ‹editadas ‹ om roniariifsnioi, mas quuse sempre enalte‹en do a
malandrageni e os]’e itos desonestos e violentos.
Vamos analisor e que reafi»rriie seria mm es ›trito de lui, sob u F RSPM dB UlÓflC ff/
espiritual, a m de ‹ onhe‹ ermos a atua9 óo vrrdndef rn de mm buia Es iritual, a finn Je
dirfniirmos non sas JùUfdas sobre a presen9 a verdadeira do Setihor Né Pelintra
incor pOrci o, e se é oceitén’el a presença F e 3 pírifoJ rte mimi ros” atudo rlei4ro
de uma casa de om ç âo umbandista. CMIn isso teremos uma ^rf • Jo que estamos
inc orporafitlo e mesmo os espíritos que temos ao nosso lado. Lembre -se que
semelhantes atroem srri7efJiantrs.
“DDD creinis n lodo espírito, mas prinmiro yrm’ai se ele ê i’indo de Deus”Allan Kardec.
contat r o o ade c r
Página
Zn Pelintra. origem e histôria— Personagem bastante conhecido, seJa por
yreguentadores das religiões ande atua corno entidade seja por sua notável
malandragem, Seu Ze tem sua imagem reconhecida coma um ícone, um representante,
o verdadeiro estereôtipo do malandro, ou porque nâo diter, da malandragem brasileira
e mais especificamente, carioca. Nâo raro, encontram-se pessoas que o conhecem de
nome e pela malandragem, mas nâo sabem que este é uma entidade do Catimbõ e da
Umbanda, outras já o viram retratado iníimeras vezes, mas nâa sabiam que se tratava
de ”algisni” e também encontrarenms os que o conhecem apenas coiim entidade e
desconhecem sua origem e história, estes, porém, menos frequentes. O fato é que a
figura de ZÉ Pelintra, de uma forma ou de outra, pernieia o imaginário popular da
cultura brasileira e é retratada de diversas maneiras. Por exempla, como nos explica
Ligiéro.
Na década de 19 DO, Chico Buarque cria sua Opera do Malandro. Para o cartaz do
espetáculo teatral, o artista Mauricio Arraes utilida a figura de fé Pelintra mesclada
aos traços faciais de Chico Buarque em um ntimero tópico de minstrelsy norte-
americano, tal como protagonilado no teatro de revista e no cinema por Al Johnson
dos anos 80”, cont Grmide Othelo no papel de Zé Pelintrq e este seria o últinm longa-
nietragem desse embleniático atar negro, lembra LigiSro (2004). Até mesmo a figura de
Zn Carioca, personagem de Walt Disne y, teria sida inspirado em Seu Zé. LigiSro conta
boa vizinhança” criado pelo gos•errm norte -americano — para pesquisar um novo
personagem tipicamente brasileiro. Na ocasião, foi levado com sua equipe de
desenhistas para conhecer a Escola de Samba da Portela. Naquela noite, a nata do
samba reuniu -se, como figera alguns anos antes com a visita de Josephine Baker ao
Rio de janeiro. Lõ estavam as figuras mais importantes do mundo do samba — C'artola,
Paulo da Portela, Eleitor dos Prazeres... C'onta-se que foi Paulo —falante e elegante —
quem realmente impressionou Walt Disne y e o inspirou a criar o personagem Ze
C'arioca. Na ocasião, o sambista nâo estava todo de branco, tinha apenas o paletó
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nessa cor, mas foi o suficiente, pois essa peça passou a ser a marca de Zé C'arioca [... ]
(Ibidem, p. lOd).
E mais adiante:
O Ze* Carioca do Disne5•, que passou a ser um símbolo do Rio de janeiro e do próprio
Brasil na exterior, fuma charuto e tem um guarda-chuva que ele maneja como um
bengala. Parece que quem esteve na Macumba da Mâe Adedé foi Walt Disne y, e nâo
Josephine Baker, e que lã viu o fé Pelintra incorporado, pois a maneira gingada de
andar e o jeito irônico de seu personagem foram realmente captados da alma do nosso
calandra. Ê dificil acreditar que ele nâo soubesse também que a papagaio é um dos
animais consagrados a de u (Ibidem, p.109).
O terno de linho branco tornou-se o símbolo do malandro por ser vistoso, de ‹cimento
perfeito, largo e próprio para a capoeiragem. Para o malandro, lutar sem sujá-la era
uma forma de mostrar habilidade e superioridade tio jogo de corpo. Ao contrário dos
executivos de sua época, que tentavam imitar os ingleses, o malandro nâo usava
casimira, tecido pouca apropriado para o clima úmido dos trópicos. Seu fé destacava -
se pela elegância e competência como negro {...J. Numa época em que os negros e
brancos viviam praticamente isolados, apesar da existência de uma numerosa
população mestiça nas grandes cidades brasileiras, vamos observar que a figura do
malandro tarna-se representativa da dignidade do negro deixando para trás a idéia de
um negro ”arrasta-pê ”, nmltrapilho OU tnples trabalhador braçaí (Ibiden5 p. 101-2).
C'onta -se que ainda jovem era um caboclo violento que brigava por qualquer coisa
nmsnm si m t er mão. Sua FF 'e iro” reiii tanAêni do Nordeste. Seria capaz de
e
receitas edie medicinais para a cura de qualquer mal, bender e quebrar feitiços dos
seus consulentes.
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De a‹ordo ‹om ii giéro (2004), Seu fé mi gra para ‹i Rio de Janeiro, onde se torna, nas
primefrns três dé adas do século XX, um famoso malandro rio Zona boêniia carros a, a
regiâo da Lapa, Estácio, Ganiboa e q•ona ortuária.
Nesse ‹ontexto, Seu fé poderia ter c onseguida y a mo muitos outros, pela sua
‹oragetn e ousadfO, f9btendo aceitação pelos que se em ontra am em situaç ão conto a
sua. SrguHdo relatos his tóxicos, Seu Zn era grande jogador, amante das prosfffLí/ai e
in veterailo boêmio.
Quanto õ sua morte, autores drs ordam sobre ‹omo esta teria a onte‹•ido. A]’irnia -se
que ele poderia ter ido assassinado por uma mulher, um antigo desa}eto, ou por outro
malandro igualmente perigoso. Porém, o ‹onsenso entre todas essas hipóteses é de que
fora atacado pelas costas, can rei que pela frente, yirinani, o homem era fmbativel.
Todo esse relato em iífiimn ios/ôoc ra nâo tem omprovaçâo histúri‹a garnu/idn e o
importante para nôs nesse momento é G fZtff ontado a respeito drssn Jigurn.
Ifif orporaçâo na Hmhanúa como Em - Seu Zé Â a única ruff ffdr du Hmhaiido que é
aceitn em dois rituais diferentes e opostos: a ”mim Ens Almas” (caboclos e pretos-
relés) e o ritual do ”Poi’o de Rua” (Eua e Pombos-liras), defifIitf i•aniente outro tipo
de freg nesta.
Enquanta em um rx/s/r J...J uma ética cristâ com ropõsitos de cura dos males do
‹orpo e proteç âo espf Ritual ela invo al âo tanto dos guias espirf tuais afro-
amerindios quanto das entidades máximas do CDtolicismo, luc/fíffido o Espirito Snnto,
Jesus C'risto, a Virgem Mnria e muitos outros santos desse po moso onteâo, (...] no
outro [...] a
‹hamadt2 fTíoL6ff risto dei.cada de lado emitindo que se dê vazâo aos instintos
primordiais na procura de soluções para os problemas terrenos crêundos de
pequenodas cotidianas (LIGIÊRO, 2004, p. 37-3ó).
Conm afirma Birninii 1985), pm o de rna lenibrn fncilmente a massa anD ma eyre
6’l F6 H IO pPlO C’f OÜ#, HX tKoba hadores, as pessoas ‹onitins que cc upnm o riynpu públi‹‹i
uns suas idas e i’indas ”. Un expressão poro de sun”, fica claro o biiiônüo cia-rua
como opostos. O primeiro moro a as re/aç ões J’uwi/fnrri e o segundo o sem -Jorninio,
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dando a sensaç âo de incontrolãi ed, o marginal. E é des sa mnneira que freqi’ientemente
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são i’istos os Esus principalmente im Hinbanad F epreãeMwt jmis, o m'esso da
r
cii’iJir , rlns regras, rin timmy e dos bons costumes “, continua A pnztir disso,
Birrnan (I üô5) nos tra‹- uma visâo tambêm interessante. “a identificação do exu cont o
df›iiffiiio da rua ge rou um tipo que é muito popular na umbnnd : Cru Zn PA lintra,
figura gênma do malandro carioca”
No ritual dO Papo de Aou, o C fITia é sempre de festf 1 idade. Ê marcado pela duhiedade
esse tipo de ritual, pois embora as pessoas que lã estâo rsiejnrnú procura de uma
c oosu/fa séria para resolução de seus problemas, a‹abani por partic fpar do c'/fITin
yesti vo e alegre que é cous/i/Ltfdo, entre outras coisas, de danças e bebidas. Nem sa
ceriniÔf2fn, ride só oS niÁdf Lhe iurorprirndos dani am com seus guias, mas também os
c limpei e7ou [iéis (ou mesmo assistên‹ ra, como sâo chamadas as pessoas que
yret iientam iona tira na Hmbanda se ja para só ver seja ora c onsultar um espirito) sâo
convidados a dançar e, se for íiitimo ele alguma O U tfdade, nfé beber ‹oui esta. E nesse
clima sâo reali‹-adas as ‹ofisultas, tio meio de muita music ri e alegria, por mais séria
que seja n pmstno do coimileiüe. Como hein obsem ou Ligiéro (2004), “Seu Zê, corri
seu humor iconoclasta, nos lembra de que rio origem da tragédia Pai lu Dion isio, era
preciso brincar cont a i ida ynrn, ors/ni, conArder cont eficácia a próprin nmrte ”.
Ponto esirnHgefrn, §... J, estive muitas vez•es diante da clara evidência da metiospredo
‹om que intelectuais e pessoas es Parecidas em geral tratam a tradiçâo religiosa afro-
ôrosf/rirn. {...] O deslumbramefito perfiianente e sempre remo udo de pesqufSadores e
cronf Stãs estrangeiros c ow estes cultos contraste ‹om sua]’alta de prestigin, na
atualiJade, na c ena oncfOifaf. Esse mefiosprez•o dos elites pode ser um efeito do rede ismo
à brasileira, isto ê, um r‹fUfNff?o wnrC ndr pelo medo da familiaridaJe (SEGATO, 1995,
p. II).
Segalo (1995 e.xpli‹a esse rncfimo õ brasileira diferenciando-o do ram temo núrdico,
por exemplo, que excfof o negro jiis/nmeu/e por peru ebê-lo con D Mini ’outro ”, al êm
hruse amente diferente e dese onheciúo. Aqui, entre nós, u negro é dfNGr/nilnndo na i idn
›úbli‹a just oniefJ te pelo rax•âo oposta: teme-se ser GO O ’, “a mne a é a
flOSSfbilidnde de desmas‹aramento da nmsnüdade ”, conclui a autora Se.rin, então, essn
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a razâo pela qual a mitologia dos orixãs passa totalmente desconhecida para a maioria
dos brasileiros que, ao invés de procurar conhecê-la e familiari dar-se com esse sistema
de pensamento, prefere embarcar nas ôguas "brancas" da nütologia greco-romana,
celta ou ainda, vii ing. Nâo que essas mitologias nâo tenham seu js / p ou sejam pobres,
e aqui mais uma vez ressalta-se a inutilidade da atribuição de valores ãs culturas,
muito pela contrário, sâo mitalogias também ricas e complexas, inas esses sistemas de
pensamento dibem mais respeito aos povos onde foram propagados da que a nôs. Zeus
tinha um significado muito específico na Grécia e provavelmente nâo nos chegou com o
mesma significado, pois nâa vivemos as mesmas questões humanas e nâo as
‹oncebemos como os gregos as conceber e vivem. Quando esse mesmo deus é
“in p Ortado” pelos ronmnos, apesar da ponte que se fda na nütolog Tóp i co-ronimin ”,
chegou lá com atributos muito específicos também para o povo rontnna, que inclusive o
chama agora de Jtipiter. Quanda essa tradição chega ao Brasil, jã chega imPregnada
de traduçôes em cima de traduçôes, valares sobrepostos a outros e, frequentemente,
Znus e Júpiter se tornam o mesmo deus, pasteurilado. Nâo captamos a essência nem
de Znus e nem de Jtipiter. Só podemos saber deles através de livros que muitas veRes nâo
têm urna assinatura confiável.
Por que entâo nâo falamas de Zn Pelintra, Ogum ou lemanjã, ao invés de nos
reconhecer zno s em Hermes, Marte ou Afrodite, só pra citar alguns “reconhecíi
eis”? Estes sim estâo imPre gnados na cultura brasileira, falem parte do nossa dia-a-
dia, estão ’1iv’os" e “atuantes" na nossa sociedade. Muito nuas fâcil reconhecer Zé
Pelintra nos bares e cabarés e casas de jogos do nosso pais do que Hermes na Lapa
‹arioca. Os gregos deviam ter alguma forma de se comunicar com seus deuses. Os
gregos tanibêiii faziam oferendas aos será de res. Mas se quUernms “falar " cont um
deus grego, talve z fique difi“cil pela rsmssri de canais de comunicação e,
provavelmente, nâo saberiamos como fadê-lo. Um grego talve fosse necessário no
núninm para num iniciação em sua cultura Nó entanto, “dialogar" cont Zé Pelinfrq
Ogum, lenianjó ou qualquer outra entidade do Panteâa afro-brasileiro, sejam estas os
Orixás do C'andomblS ou as entidades da Hmbanda como caboclos ou pretos-velhos, já
é muito mais acessível e aqui nâo se está falando de, necessariamente, ir a um terreiro
conversar com um entidade dessas incarporada em um médium, mas sim de
reconhecer suas "caras" rm cotidiano da nossa rufium.
Porém, devemos tomar cuidado para nâo pasteuridar nossos próprios deuses. Sobre
isso Segato constata:
Nâo ignore que tem havido um certo grau de banali za9 âo e vulgari zaçâo dos
‹onhecimentos próprios do mundo religioso afro-brasileiro. Descrições superficiais e
estereotipadas, uma divulgaçâo massiva e jornalística dos aspectos mais aparentes e
folcloriodos da religiâa raramente acompanhados dos conhecimentos sutis e
complexos que lhes servem de suporte, traduçôes esquemáticas e rede toras do sistema
dos or w‹âr ”pa oufros súfeiiinr de arquétipos conm, por exenplo, os signos do
rr
Zodíaco oa o panteâo dos deuses olimpicos. {...] Mas esse barateamento nâo é exclusivo
desse mundo, e se deu também, por exemplo, com as tradições orientais, assim como as
esotéricas (Ibidem, p. 16-7).
C'oma exemplo, podemos citar o joga que na Índia um sistema filosófico, um modo de
vida, inas que no Brasil e demais países ocidentalidados virou, de maneira geral,
ginástica.
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Portanta, a proposta desse trabalho está em oferecermos ao fé Pelintra o posto de
representação do trickster no Brasil. Se por trickster rsró entendido ser, como o próprio
Jung designou, aquele que subverte a ordem, o embusteiro, o trapaceiro, a sombra
social, estamos falando de fé Pelintra. E mais uma ve nâo se trata da
‹rença numa ou outra religião, mas sim da figura, da imagem que este representa, pois
como foi visto, existem as pessaas que sabem ou jã ouviram falar em Seu Zn e suas
histórias, mas nâo sabiam que este era uma entidade das religiões afro-amerindias,
para que nâo fique de fora o Catimbô, berço dessa personalidade. Nâo se trata,
tamPou‹o, de faternos a tradução de trickster por fé Pelintra ou ainda que se fale em
arquétipo do zé Pelintra, mas sim de tê-lo como imagem desse arguétipo, pois este é
mais prôzimo de todos nós e para brasileiros é iníJffo mOIS fácil recanhecê -lo, seja para
fins didáticos seja para ter simplesmente a imagem, do que a qualquer outra figura que
se possa querer pôr em seu lugar. Seu fé tem em sua personalidade todas as
características do trickster. Como nos mostra kigiéro (2004), fé Pelintra tem a
caracteristica “de assunúr quase sinaytaneaniente o sagrado e o profano, o sério e o
sacana”, caractermticas essas que rM*fni ›•ezes são usadas para desmoralizá-lo e
classificá-lo yp p jsq/gnr. Mas o que o trickster senâo também o vulgar?
C'reio que a permanência do modelo clássico do malandro, coma algo superior das
culturas negras e mestiças brasileiras, seja também decorrente do trabalho político e
filosófico de admiradores e guardiões da cultura afro-brasileira. [...] Percebemos que
artistas, esportistas e religiosos foram capazes de absorver o arquétipa do malandro e
seu arsenal miiico sem assumirem a personalidade de marginal, a dicando dos seus
traços politicamente incorretos, como o nefasto machismo e o seu aspecto agressivo e
arruaceiro. Eles fideram de sua arteZreligiosidadP fiffín Orticulaçâo do mundo ancestral
africano com a pôs-modernidade (Ibideni, p.177-d).
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porlenios rer sua G’influê ncia” em ›!arios setores da popul ão. Parece eyre algwa
políticos cristali zarani a fdenfiJcnpfio com a pior parte da malandragem se esquecendo
que essa, quando trapaceava era em favor de uma classe que estava (e continua) sendo
oprimida por essa mesma elite. Por outro lado, os desfavorecidos ainda recorrer ã
malandrageni para tentar a sobrevii•ência em um pais onde a mobilidade social quase
n ma e freqüentemente encontram em Seu fé e Ogum, o Orixã guerreiro, seus santos de
devoção. O fnfo é que “esse eqüidade ”, Ligiéro diz,
E seja ela entendida conto um santo, força ou arquétipo, é imprescindível notar o quâo
brasileira ela é, tios falando assim quem somos, de onde viemos e, quem sahe, abrindo
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Linha de Malaiidros
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wfPli fmente iTtffffos dos c on eitor gerados durante tndos esses anos, sâo difíceis Je
serem alterados. Infeligente a idéia de que tini Espirito na Umbanda está em
e›•oluçâo, através da sua z«fyestaçâo no orpm de um rodante, uvalo, elegun e tantos
outros termos, é colocar o ser humano em um patamar elevadis simo de mais, o que nâa
‹ondiz• crr» n verdade. Crefo tI** muitas dessns entidades que se apresentam no
segmento remgioso denominado Hmbanda, nâo precisnm eroffif P, JÚ SÕO e ¥'Ollidos
dentro de suas j’unç ões eiyifffHoii e sms campos de atuação. Na verdade, a
man ifestaçâo des sas entidades em insere ‹corpos é ara a nossa e oluçâo pessoal,
somos nais que evoluímos, nõs que somos doutrinados e ncis é que prec Usamos de
auxilio.
Hoje falaremos um pou‹o sobre n linha de Malandros, c ujo surgfmeoio ní tida ê uma
g verde ffíC’f9gn/in e muitos nâo ‹onsideram esta linha de trabalho, true ode Podemos
nos esquecer de que n esyf ritui'2lidade é muito mais ampla do qLlP fmOginOmOS.
A linha de Malaiidros possui nina retas âo com a história da abolirâo da esc ravatura: n
partir do momento que homens e mulheres nemas estavam libertos, ti›•erain a
neces idade de sot›revirêoC’fff. Esta linha sinibolida a int lu sâo, a nâo lassifi‹al âo e
separar âo de pessoas atria•és de sua c or, ‹lasse social e religiâo. Os nomes
geralmente utilir•ados por essas eriffdndes estâo relacionados aos /oc'nis de trabalho, ou
de morada, ou orihein, ou c ondiçâo de ride durante a estadia dos mesmos na Terra, e
por inc é comum vermos nomes como, por exemplo, Sete Nai•alho, que é uma
associação ao jogo de capoeira, muito comum naquela época e Zé do Cais que $’aq• umn
associação ao meio de trabalho no porto e outros, que veremos a frente.
A linha de Malandros i/mhO fJO ri luta constante pela sofirevirêilCfo, a nÕo desistên ia,
a resistênc in e conqLIfStOS.
Esta linha nos elimina isso e infeliq•mente udo temos tal compreensão.
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Zn Pelintra, Zé Malandro, Zn da C'ôco, Zn Moreno, fé Pereira, Zn da Silva, fé
Pretinha, fé da Encruza, Zé do Cais, Malandrinho, Malandro, C'amisa Preta, C'amisa
kistrada, Sete Navalhas, Malandro do Morro, Sete Facas, Sete Esquinas, Maria
Navalha, do Cais, Maria Sete Ferros, Malandro das Almas, Sete C'adeadas e
outros.
O uso de vestimentas tais como camisas listradas nas cores vermelho e branco, branco
e preta, ou a roupagem branca, falem uma alusâo aa samba, a capoeira, a boemia, a
esPerteda, agilidade, ou seja, a malandragem em si. C'omo sabemos, a capoeira e a
rnalandragem possuem urna relaçâa estreita, pois a mesma estava relacionada ã
sobrevivência do povo negro, que ao praticar esse esporte, eram considerados
rnalandros ou vadios, em uma época nâo muito distante. O terno branco poderia
simbali gr que aquele era um eximio capoeirista, aquele que possuía agilidade,
esperteza e que sabia sair da roda de capoeira sem nenhuma sujeira em suas vestes e
ainda poder festejar na boemia.
A presença de elementos tais como dados, punhais, navalhas, baralhos, lenço, camisas
listradas, ternos, todos estes elementos estâo relacionados ã história de vida destas
entidades, seus comportamentos e principalmente, simbolidando que, apesar das
dificuldades apresentadas na vida, tudo se torna melhor sendo enfrentado com
dignidade, com alegria, com fé e corri esperança sempre em dias melhores. Ê isso que
esta linha nos ensina.
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’AO E ORIGENS
Personagem bastante conhecido seja por freqiientadores das religiões onde atun como
entidade, por sua notável malandragem, Seth Ze tem sua imagem rrcoofirc ida como um
ícone, um representante, o verdadeiro estereótipo do malandro, ou porque nâa diter,
da malandragem brasileira e mais especificamente, carioca. Trata-se de uma corrente
que, de uma forma ou de outra, perrneia o imaginário popular da cultura brasileira e,
portanto, carrega suas egré goras tanto como outras.
Um do seu maior destaque está justamente no fato do Seu fé ter uma tremenda
elegância e competência, mesmo sendo negro (levando em consideração que, para a
época em que os negros e brancos viviam praticamente isolados, apesar da existência
de htm oumerosn poP• f mestiço nas grandes cidades brasileiras, e que desse
abismo social iniplicava também um grande divisão financeira de classe social). Ê
‹omo se a figura do Seu Zn torna-se representativa da própria dignidade do negra,
deixando para trós a idéia de um negro ”arraste-pê ”, nmltrapillm mi simples
trabalhador braçal.
Em sua origem, Seu Zn torna-se fanmso prinmiranieHe rm Nordeste ... Prinmiro coiim
freq’tientador dos catimbós e, depois como entidade dessa religião. Vale destacar aqui
que o Catimbô está inserido no quadro dns religiões populares do Norte e Nordeste e
trai consigo a relação com a pajelança indígena e os candomblés de caboclo muito
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-se que ainda jovem era um caboclo violento que brigava por qualquer coisa
mesma sem ter razáo. Sua fanm de ’em•eiro” vem também do Nordeste. teria capaz de
receitas cfiós medicinais para a cura de qualquer mal, bender e quebrar feitiças das
seus consulentes. De acorda com LigiSro (2004), Seu fé migra para o Rio de jnnriro
boêmia carioca, a regiâa da Lapa, Estácio, Gamboa e zona portuária. Segundo relatos
históricos Seu Zn era grande jogador, amante das prostitutas e inveterado
boêmia. C'ontudo, há outra história que conta que Seu Zn teria nascido no pavoado de
Badocó, sertâo pernamb ano próximo a cidadelinha que leva o nome de Exu, ã qual
segundo o próprio fé Pilintra quando manifestado numa mesa de catimbó, foi batidada
com este nome em sua homenagem, já que sua familia era daquela regiâo antes mesma
de se tornar cidndr. fugindo da terrivel seca de meados do século passado que abatia
todo o sertão, a fanülia do entáo ”José dos Santas” runmu para a Capital Recife em
busca de uma vida melhor, ruas o destino lhe Pregou uma peça qin culminou com a
morte da mãe, antes mesmo que o menina fé comPletasse 3 anos. Logo em seguida,
morreria seu pai de tuberculose.
José entâa fíCof4 ôfâo e teve que enfrentar o mundo juntamente com seus sete irmãos
menores. C'resceu no meio da malandragem, dorznindo no cais do porto e sendo menino
de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte granjeou-lhe respeita no meio da
rnalandragem. C'anta-se que, certa vez, Zn Pinho, como também era conhecida, teve que
enfrentar cinca policiais numa briga no cabará da Jovelina, no bairro de Casa
Amarela. Em dos saldados recebeu um corte de peixeira na rosto que decePou-lhe o
nariz e parte da boca. Dote tiros foram Preparados cantra de Pinho, mas nenhum deles
o atingiu. Diliam que ele tinha o carpo fechado. Antes que chegassem refarços, Zn
Pinho jã tinha fíigido ileso, inda se esconder na casa do coronel Laranjeira, um
poderoso
Zn Pinho ganhou o apelido de Ze Pilintra Valentâa, nome esse dado pelos próprias
saldados da policia pernambucana. Assim, entre trancou e barrancos, Seu Ze consegue
fazer fama na cidade de Recife e criar seus irmãos até a maiar idade.
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Pá gina 71
Quanto a sua morte, autores descordam sobre como esta teria acontecido. Afirma -se
que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antiga desa}’eto, ou por outro
rnalandra igualmente perigoso. Porém, o consenso entre todas essas hipóteses é de que
fora atacado pelas costas, um ve que pela frente, afirmam, o homem era imbativel.
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Malandragem é linha de Força, Linha de Caridade, E Linha de Umbanda. hoje ando
na linha... Sou Malandro, tou proi#,P,fdo por nosso Pni Glorioso Guerreiro Sâo Jorge e
pela energia de Ogem, e om essa proteçâo levo a todos que me chamam a Segurança, a
Pai e a Ordem.. . Sou Jogador, mas nâo jogo com isso, pois sei que corri proteção nâo
se brinea.! Na Navalha, no C'arteado, tio Chapéu, tio Dado, na Cerveja, na Ficha, no
C'igarrc e até no Terço que carrego, tenho minha Magia e meus Mistérios, mas levanta
da Mesa e chora, quem nâo tem a Malandragem em seu caminho.! Proteção, Pai e Loç
de nosso Senhor aos filhos de Umbanda... Sal e a Malandragem.!
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Pá gina 73
A linha de açâo e trabalho do Sr. Zn Pelintra é tima falan ge de espíritos de muita luz",
u deu y sem parte todos aqueles que têm afinidades e ligay ôes c om a forma de
ntonç do do Sr. fé Pelintra, com seus conhecinientos e malandragens, com seu jogo de
cintura e boa con ersa, om as pessons mais simples e humildes, ‹om os nos sos
irmãos que sâo niarginali pados pela soc’fNdnde e com todos aqueles que vi em suas
vidas com os dificu dades da pohreda e da haixa renda. Sâo homens e mulheres que
passarem aa plano espiritual e que possuem algum crioh#rfmeo/o e apacidade de
atuar como gufaS e orientadores de seus irmãos encarnados enquanto trilham a sue
próprio evolução.
Nâo sâo Em e nâo sâo Pr› t› Qf COM 1tl‹25, CO fo rm P VfZO eVrffJffídr, IldCfTí Che gar ao
nível de atuar corno Exus e Pombagiras. E, ‹aso queiram atuar nesses ‹ampos, terâo
que edir permissão nos sustentadores dos senhores E.eus e Poinbagiras, eis no plano
espiritual hit hierarquias que drvrm ser respeitadas. A linha de trabalho do Sr. Zn
Pelintra atua na orientação, roteç âo, amparo, au.titia na saúde, no trabalho, no
colt Vfl'fU 6 Om amigos e {aniiliares. A regêoc in da linha de açâo e trabalho do Sr. fé
Pelintra é do Pai Ogum e do Pai Oxalá, que poole ser afirmada por suas cores
princi ais que sâo o vermelho e o brand o. Al guns guias podem atuar dentro desta linha
sob a irradiação de outro Orf.ró em suas atrfbuiç ôes o que pode vir a inc luir uma ou
H Lt ÍrD Gil K ÔS S Lt BS C RFfTC ÍC KÍStl6’OS /fIÜf t'/leais. ssim como em todos as outras /fH/ins, há
guias da falante do Sr. Pelintrn que atuam nos ‹grupos da ii, da Justin a, do Amor,
de Coiihecinien to, e em todas BS outras irradfO(DOS di 1 ffí‹2N.
O Sr. ZÉ Pelintra que deu crê gem õ lifiha de trnbu ho e true a ustenta do Alto cont a
permfsSâor outorga de Deus e de seus Orixús, adquiriu conhecimentos em várias áreas
humanas, deste a simplf‹’idade dos morrer até a medicina curati va. O /ffC ff7 dr na
linha de trabalho teve origem a partir do Catinibõ (‹ulto raticndo oo Nordeste
ôrosf/riro que mistura ‹onhecimentos de em•as, práticas espf rituais africanas e
européias, ron ouve de a d tnb é, da pajelança xamânica indf gena e do culto da
Jurema Segrada, sobre uma Qte fuHdnmrDfffffnriiie catúli‹a. O Sr. Zé Pelititr‹f é nm
dos mestres que atuam no culto do Cati bõ. Em sua vida humana, adquiriu os
conhecimentos do interior do pais, sua cultura, modo ele i ida, crenç as e hãhitos
relé giosos e ri,fJf Pliffnii. o que consta, nasceu em Pernambu‹o, mas ainda jovem mudou-
se para n Rio de Janeiro. A partir daí, passou yreqtientar a r/dn noturna
carinha, yreJ'ereocfafwen/e no bairro da Lupa. Tornou-se muito popular entre os
moradores lou ais e toda a nialandragem e bandidageni da noite da Lapa. Diz•em que
gostava iTtLfffo de jogos de barnlho e dados, em e.xirnio no mnriejo de facas, facôes,
C’‹2fíf V#fú5 e todf7 f7 tfjl7o de armas nfadns. Mas, apesar de todo o seu onhe‹imen to e
prática, utilf zfT va armas apenas a« u yesa pessoal e daqueles que considerasse
in justiçados e sob algum ferigo. Como todo bom malandro, gostem de uma boa
ida, de um bom ‹i garro ou ‹haruto e de ‹omer bons uperfflvos. No din ri dia,
coriversnv ri com todo e era muito restativo prosurando ajudar os mOfS fire esiiindns.
Gostava de dar onselhos e orientaç•ôes, red eitia•a remédios e tratamentos com ervas
(banhos, iHígiieriios, macerados, chás, beberagens, rm. . Entre muitas de suas
‹ara‹ turísticas, podemos destncar a sua atua9:âo no ouxi/fo daqueles irmãos que estâo
perdidos e sem luz•, ele os encontra e ‹:om o seu jogo de c intura e boa conversa os
ilumina para que possam novamente i er a fuga tle nosso Pof e ser en aminhados ara
tratamento e orfeufoç úo. O Sr. Zé Pelintra também é ‹ onhecido como advogado dos
pobres, pois ele sempre gostou de de]’ender os mais]’ra os e oprimidos. Os
comerciantes tem em seu Zê Pelintra um protetor de seus estabelecimentos, basta pedir
o seu anrÉffU # fi Sua pre tPçÕO pa ra aJú Anolíder mamilo fe.
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Depois de muita tempo de trabalho, aprendilado e auxílio, o Sr. Zn Pelintra foi
estabelecido como sustentador de uma linha de açâa e trabalho com as suas
caracteristicas e a sua ú uzf
r
agem”. A sua falange ê composta de espíritos que
atuou cont mimr eua beneficio dos seus irmãos e cont a sua
de cintura e a sua boa conversa, vâo encontrando, a iliando e recalhendo muitos
espíritos que se encontram caídos pelo caminho da evolução humana. C'om todo o seu
‹onhecimento e a sua familiaridade com a noite e com a bandidagem, têm muita
facilidade para transitar pela esquerda, nos pólos negativos onde atuam os Esus e
Pombagiras. Sâa guias que emanam muita fui, amor, respeito, carinho, integridade,
mas quando se fay necessário também sâo bastante duros e inflexiveis, cumprindo suas
fúnçôes mesmo que tenham que recolher obsessores, quiumbas e todo o tipo de mal
feitores espirituais ã força. Eles podem amar no positivo e no negativo da linha de
trabalho. Chegam nas casas de trabalho Umbandistas com seu samba ou capoeira no
PS, chapéu de panamá de lada, norntnlmente usam roupas brancas com detalhes em
vermelho, podem usar bengalas, e se apresentam com toda a ginda de um malandro.
Nessa linha de trabalho, assim como nas outras, há manifestações femininas da
malandragem, como a Senhara Maria Navalha, por exemPla. Elas se manifestam da
mesma forma que os rnalandros, gostam de dançar, beber, fumar, terri ginga e muito
jogo de cintura. Mesmo atuanda dentro da linha de malandros, mantém sempre
muita feminilidade, gostam de se vestir bem, sâo vaidosas, estâo sempre tem
arruinadas, gostam de flores (principalmente vermelhas) e trabalham muito bem. Os
malandros estâo sempre pelas ruas, nas subidas de morros, nas esquinas, perto de
bares e lanchonetes onde hã grande movimento noturno, festas, entre outros.
Alguns nomes de guias da fiada de Zé Pelintra (ou linha de Malandro, como também
é conhecida):
Que Deus em sua infinita bondade nos dê o privilsgio de sermos amparados por esses
Trabalhadores Incansáveis do astral, Salve a Falange do Sr Zn, Salve a Malandragenil
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Falar de Seu fé Pelintra no tempo da quaresma cristâ parece provocação. Incentivar
ou manter o preconceito com esta entidade tão ifozniondn é nâa aceitar essa bênção de
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Em casas de irmãos que trabalham cam as diretri Res voltadas ao Catimbô, a
manifestação de Mestre Zé Pelintra vem carregada de rituais voltados ao culto da
Jurema, @j•ys rp sagrada. Nesses trabalhos, aparece como malandro vestindo terno
branco e gravata, fumando seu charuto, bebendo sua marafa, mas fazendo suas ora es
que auxiliam todos aqueles que lhe pedem justiça. vitória contra as demandas.
e nâo vim pra brincadeira!” Bra um Preto-Velho com suas cantigas que mais eram
ornpdrs que mostravani a sua forma de trabalho, e suas recomendações quase sempre
sâo conselhos de mudanças de atitude para os que insistem na vida sem utilidade,
y sendo o sofrimento por onde passavam.
Alguém pode afirmar que o culto de Seu Zn Pelintra é completamente o oposto e que tal
entidade um Exu que bomba da dor alheia, e que sua missâo trazer a discórdia por
onde passar. E infeligente, acaba sendo mais convincente, por causa do lucro que
pode conseguir diante de uma humanidade tâo ressentida e vingativa.
Para minha alegria conheci muitos lugares que valoriTam o trabalho desse espírito
iluminado, que com o passar dos anos se revelou mais justo, brilhante soldado de
Ogum e fiel conselheira para aqueles que quiserem se libertar da prisâo dos vícios de
toda a espécie.
A L.up deixada por Seu fé Pelintra serã reveladora, e nssiz muitos saberão da verdade
libertadora dos preconceitos.
Quem é Zn Pelintra?
Trata-se de um espirito famoso, alguém que viveu de forma anônima, sendo mais um
José na multidão. Era mais um negro brasileiro, que vivia na simplicidade e se divertia
cantando e encantando as pessoas. Era esperta demais que i•irou malandro e lenda no
Rio de Janeiro. Para muitos aquele fé se tornou um grande guerreiro, iluminado por
Ogum, Sâo Jorge vencedor de demandas. Tâo sãbio era em vida que se transformou
numa das colunas da Unibanda.
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Ouvi certa vez de um mensageira que se apresentou como Seu fé Pelintra, que surgiu
apôs a incorporação dos 'aboclos no terreiro. Aproximou-se de núm e disse:
tema menina, sou espírito do Bem. Venho com a ordem de Ogum, e cumprir sua
vontade. Muitos ffZnfios se apresentam com nome de Zn Pelintra em diferentes degraus
da escada. A escada que subimos pouco a pouco, trabalhando com as ferramentas que
encontramos em cada degrau.
Poucos entendem que somos muitos espíritos carregando o mesmo apelido, por causa
da simpatia que possuímos pela história e trajetória espiritual daquele primeiro Seu fé.
Nassa tema principal é sempre vencer as batalhas em nome da Lu Maior.
* No primeiro degrau avistanios o sinal dos tridentes cruzados, mostrando que nosso
combate será nas encruzilhadas, ao lado dos Deus Guardiões, eternos vigilantes do
equilíbrio. ParticiPamos de muitos tipos de trabalho, seja no Catimbó ou Manteria.
Vestinda nosso terno branca, gravata vermelha nos imPonios cam nassa elegância e
nosso conhecimento contra qualquer mal feito. Usamos de toda a astúcia para
enfraquecer o abismo destruidor, por isso muitas vezes nos chamam de malandros que
saem durante a noite.
* Nesse degrau do meio, estamos em bandas, ou povos, sem esquecer o que se passou
no degrau anterior. Usamos da alegria e esperança, para a libertação daqueles que se
entregaram nos laços destruidores de almas. iviostramos que a beleda da vida está em
toda parte, e que levarmos da vida a vida que a gente leva.
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para evoluir. Esquecer-se da grande misericórdia divina, e do Perdâo que Deus
concede aos arrePendidas sinceros.
Tam toda a sabedoria que adquirimos ao longo da trilha espiritual, percebemos que em
muitos momentos nos reunimos num nivel só. Somos os guerreiras das encruzilhadas,
que com toda a alegria e disposição usaremos sabiamente a que aprendemos durante
Zn Pelintra do nossa povo brasileiro, sofrida, esPoliado, inas nâa desisto de ser feliz”.
A imagem do negro elegante, vestindo seu tema branco a gravata ve rmelha, lenço
vermelho na lapela, e um chay u panamã, muito usado nos anas quarenta. Essa é
uniu imagem popular do Seu Pelintra, que qualquer pessoa identifica em qualquer
lugar.
Seu culto em Minas Gerais se realiza no C'atimbó. C'erimónias em locais retirados dos
centros urbanos, na interior, em comunidades que possuem a tradição familiar, ou se ja,
fundamenta principal está baseada no segredo que envolve a bebida extraída da árvore
da Jurema, um segredo que guardado pelos homens. Nesses cultos se valorizar a
força da re , ou orações parecidas com as da Igreja católica e a incorporação dos
Mestres espirituais ancestrais. deu Ze Pelintra para alguns, um desses Mestres. Ê
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Nos terreiros de Umbanda, raramente se avista a imagem de Seu Zé Pelintra num altar
especial, dentro das salas de trabalho, e muito poucos se atrevem a chamá-lo em
giras de baiano. Sua presença é vista com estranheza e desconfiança, por que alegam
que esse malandro sô possue lugar dentro da trunqueira, on seja, junto aos Exus
Guardiões. A trunqueira localidada em geral, fora dos limites da dafu Prfocipnf de
trabalho, do lado esquerdo de quem entra.
O tempo passa, e por mais que o trabalho desse espirito iluminado demonstre sua
evolução, muitas pessoas ficam estacionadas em conceitos passados por pessoas que
temem Seu Zé Pelintra. flui temor que envolve lendas passadas e incarporadas no
senso comum. Aquele que teme por que aprendeu que fé Pelintra é do mal, espirito sem
fui que só fay tragédia acontecer para quem nele acredita.
Quantos médiuns que possuem missâo com ele em suas falanges? Ou ficam confusos ou
temerosos ou entâa se envaidecem pelo poder de intimidaçâo que esse espirito trai em
suas lendas.
Os que ficani confusos e tenierosos tentm F &ir dele ” para que ele nôo atrapalha
r
sua vida. Sâo indf4(idos a focorporar Seu Zé em girar carregadas de medo e destruição.
Impedem que os brflhos de seus trabalhos sejam realidados, fazendo com que se reforce
a idéia de que esse espirito seja mensageiro das trevas. Alguns conseguem se libertar
dessa concepção e através de estudo e análise de outras correntes de pensamento,
aquelas que observaram a evaluçâo das manifestações de fé Pelintra na Linha das
Almas. Graças aos caminhos evolutivos as informações positivas e esclarecedoras
chegam ao entendimento. Ah a médium sente a companhia espiritual como bênçâo, e
assumirá a conduta de sempre buscar o seu melhor, estudando e evoluindo para
continuar sua missâo com dignidade.
Seu Zn Pelintra, tal e qual aos espíritos mais conhecidos, possui a responsabilidade de
executar sua missâa com determinações do Astral Superior.
Portanto a presença de Seu Zé Pelintra em várias partes do pais pode mudar conforme
a cultura local, mas a essência de sua missâo fortalecida na alegria e esperança. Quer
esteja na vibração das encruzilhadas, das matas corri a Linha das Almas, seu trabalho
valaroso deve ser bem fHfierprrindo. A liberdade desse espirito exPôe a grandeda do
c niniofio da evolução espiritual, que todos os grandes Mestres trilharam. Na
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simplicidade e na seriedade, os milagres atribuídos a esse espirito guerreiro vâo
continuar e cale-nos refietir sobre nossas atitudes diante dele.
Que a partir desse nova tempo de evaluçâo mais irmâos coloquem em ser altares
materiais e em seus corações, a imagem brilhante daquele negro de terno branca e
chapéu panamã. Que ele continue redando por nós nesses dins tâo violentos,
fechando nossas mentes para o preconceito e isolamenta.
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Vor•ê chegou num ponto da vida em que nâo vê saida pros seus conflitos?
Eh, eh... Se acalme, minha irmâ, meu irm ão... Você agora está no ponto de gerar tudor
res omeçar, pra entâo chegar onde tanto quer... Parem e um beeo sem saida... Mas nâo é.
Na verdade, ufZt o SftHaçâo que lembra o Ponta de Força chamado de Encruzilhada...
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Uma coisa que parece longe do nosso alcance e, no entanto, sempre esteve acessível...
Aos olhos de um leigo, uma encruza (de terra, na mata ete•. ) é apenas um lugar sem
maior siUnificado. tiras, para os fiéis da religiâo, flor ato de Fé torna aquilo sagrada.
Para o fiel, urna Encruzilhada (Ponto de Força representa um encontro de Energias
Divinas que governar a C'riaçâa, danda acesso a realidades mais elevadas e que
podem nos curar no Espirito e na matéria. Ali, os caminhos se cruzam para esgotar
negatividades e fazer uma purificação. Esses caminhos também simboliTam a nossa
caminhada pela vida, o tipo de energia que vamos criando em torno de nós (por
pensamentos, sentimentos emoções, palavras e atitudes).
A guarda de todos os Caminhos compete ã Lei Di vina, que trai a Ordem a tudo e a
todos. Lei que ê siniúolizada pelo Sagrado Pai Ogun5 o “Conmndante ” de todas as
Forças que servem ã Lei de Deus. Um dos braços mais imediatos da Lei é Exu, que
corre todos os caminhos para esgotar os desequilíbrios e revi gorar os Seres, levando -
os a retornar a estrada da evolução. Por intermédio de Exu, pedimos licença pra entrar
naquele Ponto Sagrado e receber as Vibrações da L.et.
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C'olocar-se com respeito numa Encruzilhada é um ato simbólico de pedir a purificação
de energias e um redirecionamento na vida. Ai, tudo de horn pode nos acontecer, pois
criou” num deterniinmlo ponto, nos apertando e ocumido, Jitrtnriieiüe pra nos revelar
“a luz no fim do túnel”... Eles se cruzmm para unm rené dÕi i atores que recollienms
até ali, nos vários setores da nossa i•ida. Isso nos leva a compreender a necessidade de
renovação, de fa‹-er uma limpeda profiinda, para reter somente o que nos é benéfico. No
final, o que fica circulando em torno de r/ós é um braço forte de Energias que nos
gh Gt e pp Pf'
re i’zgormn e nos redirecionani pra u ”... do meio do processo, o
eiüendunento dn pessoa ”esciirece ”... Ela sente qin está sendo “atum essada” por
y as que parecem opostas, ela se confunde e nâo sabe pra onde vai... Porém, se river
a coragem de obsem•ar o que está lhe acontecendo, corri inteligência e humildade, vai
chegar ao momento de entender e, finalmente, de tirar bom proveito daquilo tudo. Pai
depenrler da sim atitude: ela em:erga aquilo corri F fios de leigo”, ou eln tem a rififiidé
r
G
de ’uni fiel”? Conm fiel, e ntenderá qin não foi “por acaso que entrou naquela
“encruzilhada” e sim, por unm proi’idêiicia da Lei Diviim que i eio em socorro delq
corri todas as Sttas Mílícias! Porque a Lei de Deus não erra o ofro e toni “n dose do
remodio” necessário pra cada um de nôs, e ollm por nôs em todo tewpo e lugar! Bla
nos traz• o auxilio da nossa}‘amilia Espiritual, formada por nossos antepassados diretos
e pelas Entidades e Guias Espiritunis que ‹olaboram de forma permanente para o
progressa e bem-estar Espiritual e material da humanidade.
rF erfos ” que a gente pnssa de i ez em cyiando são os nleMas das Forças
dspiritnrüs que velam pela nossa segurança e equilíbrio. de n coisa
lado, sinal de que precisamos parar e repensar a vida... Muita gente acha que está
setido “vitima de feiãç cria”. Pode ser. Mas geralmeiüe o “feiticeiro” ê a yrôprin
pessoa agindo contra si mesma: mantendo srnifmenros e pensamentos negati vos, sem
dar amor pra si e pros outros, aliinentando ‹renças destruir as e envetienando a
própria vida, ‹orrendo na df refém de um abismo que ela mesma escolheu criar... Seja
como [or e por qual motivo for, no instante em que chegamos a “unm encruzilhmla na
i idn”, precismims conpreender que chegou o grmide nmniento da Cura e ela
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A Lei Divina veio nos socorrer e livrar de um mal maior; é o momento da nossa
libertaçâol Vamos procurar aceitar aquilo. Depais, é abrir o caraçâo e a mente pra
receber a Ordenação dos rmssos carrinhos. Porque “o Espírito de Deus sopra em toda
parte ”... A Lei, que representa mii dos insirnnmntos da Vontade de Deus, desce e reina
onde é preciso, e dai Ela trai também a Justiça, o Amor, o Conhecimento (um
entendimento mais claro sobre o significado da Vida), a possibilidade concreta de mais
Evolução e, finalmente, a Grraçdo da alimenta mais saudável e adequado pro nosso
Espírito e o nosso corpo. Quando aceitando F corretivo”, tudo fica mais fâcil. Enláa,
r
comum pra todos nós, que passa pelo entendimento de que a Vida Maior nâo atende a
caprichos, por mais que a gente teime... A Vida leva em conta as necessidades
superiores do Ser Espiritual que nós somos. Nossa alma tem um roteiro Eterno pra
cumprir e que precisa ficar a salvo das nossas ilusões. Da mesma forma que os pais
nâo permitem que seus filhos pequenos se emPanturrem de dos es e rejeitern outros
alimentos indispensáveis ao seu crescimento saudável, também a Vida Maior barra
nossas atitudes inpulsR'as e iliHôrias. Por F du for
r
” eizfendn-se “o Olho de
Deus”
pousado sobre a Criação, ”o Grande Arquiteto do Universo” trabalhando pela
preservação e evolução de tudo e de todos, etc.
Nâo importa como a gente queira chamar. O importante é reconhecer que a nossa vida
nâo se resume a um corpo que tem fome e sede, que soznos mais que isto, que nascemos
e renascemos, pois somos eternos, e, sendo eternos, nada, e ninguém pode nos
derrotar.!... Nenhum problema ou dificuldade hó de ser motivo pra nos sentimos
derrotados. Tam inteligência e bom senso, gerando e medindo cada obstáculo, vamos
ultrapassá-lo. Nada de amontoar coisas, de somar tristezas antigas e atuais, e sair
carregando mii fardo pesado e insuport Tel... Bntõo, agradeça pela “encruzilhada rte
ri&i" exit q ue se encontrq só o Divino ay Presente e depositando ali o seu
fardo... B se rezo e... Abra os olhas praquele riof ” que rge e siga por ele, de
r
cabem limpa e alma renovada... Preserve suas forças, já sabendo que outras
“encruzilhadas” ›!irão, nuas dia menos dia.. Mas ai você mi estar mais treinada (o) e
preparada (o)... E se precisar de ajuda, ‹onte comigo, pois também tenho passado por
“encruzilhadas” e procurado aprender, entõo podenms nos ajudar... B náo se esqueça
de agradecer ãs forme que guardam todos os caminhos pra gente andar em pai e ter
bom proveito na caminhada...
C'aminhe pedindo a Bênçâo de tudo o que lhe acompanha e serve: a família, os amigos
a água, a comida, a roupa o teto, a satide o trabalha, e até mesmo os adversários e as
dificuldades que desafiar sua perseverança e inteligência.
Agradeça e peça Bênçâa pra tudo, de modo que você alimente seu Espirito e seu corpo
sô de B ^f * -
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O que é maior na sua js/@ • a distân‹ia entre a boca e o coração, ou a distância que vai
dos seus olhos e oui idos até o coração.^
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C'om todo respeito, vejo muita gente safrendo coisa que era pra ela sofrer... tente
dedicada, que estuda sobre as coisas espirituais, que escuta e vê muita coisa boa, que
recebe os escritos e mensagens de amigos de cá e de lá (do povo que tã na carne e dos
que jã foram desta pra melhor, hehe...)... Vê e escuta, mas nâo registra aquilo dentro de
si, nâo deixn entrar no coraçâa, e só fala de coisas tristes, amargas, de medo e
fracasso, de ciumeira, inveja e coisas desse tipo... Por que será?
Parece que õs vezes a gente se esquece de que a nossa boca tã mais perto do coração
do que os olhos e ouvidos, e ai D C‹f * fica virada... Ache... Os olhos e os auvidos
passam a ver e escutar só as coisas que não prestam pra nada, que nâo ajudam a gente
em nada parece que nôo conse ni nmis pe rceber as coisas boas... A pessoa vai
guardando negatividades e, nessa condição, começa a nâo emergnr direffo, a nâo
ouvir direito e a nâo falar coisa com coisa... Entãa a boca fala só de coisas que tâo
longe do coração, que nâo boas de ficar dentro dele, e a vida dessa pessoa nâo
Ata prosa esquisita... Ê não! Só me dê mais alguns minutos, eu lhe peço... Pense
comiga.
Que conversa é essa de ver e enxergar, e de escutar e ouvir’? Tem diferença '°
Tem.
A gente vê e escuta as coisas que vêm de fora. Dai, aquilo passa pela gente e a gente dá
importância, ou náo. O que recebeu iniportancia foi aceito estão foi e ergado e
ouvido, a operação foi completa: passou pelos olhos e ouvidos do corpo e do coração.
Mas o que nâo entrou no coração ficou só com a observação aparente das coisas nâo
tem valor pra pessoa e, portanto, nâo ajuda ela em nada...
Que r uns exenplos? de reed tó andando na rua e alguém gri.ta FF e n oladrão! ”, ’ocê
sai correndo? Nâol (espero que nâo, hehe...). Porque aquilo nâo podia ser aceito, não
tinha nada a ver com você. herr escutou, mas nâo deu ouvido, nâa deu importância,
nâo aceitou, nâo assimilou... Ou você tem 30 anos de idade, tá andando na rua e vê
um carta z de chamado do alistamento militar. Você vai se alistar? Nâo, porque já
passou da idade, aquilo nâo é pra você. Você viu, ruas enxergou ali uma coisa que
lhe diga respeita... A coisa toda veio de fora, passou por dentro de você, mas nâo tinha
nada em comum, e entâo saiu, nâo ficou guardada no seu coração e no seu
entendimento...
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úiif&›, & ce rto modo, ate F e u rtox a distancia entre os olhos/om•idos e o coração”...
Quer diter, o acesso ãs informações da Espiritualidade e sobre Espiritualidade bem
maior do que no passado. Apesar disso, às veRes a gente resiste em apli‹ar esse
aprendilado, insistindo em guardar no coração antigos padrões negativas, que saem
direto pela nossa boca, mas que precisavam silenciar diante das coisas boas que se
aprendeu... dessa condição, a então parece eyre “ela se
distancia do coração ”, deixando de trmaniitir o Bem que se aprender.. Quem faz isso
rire m nmsnüce apesar de frequentar grupos espiritualistas, religiosos, filosóficos, e
seja lá o nome que se dê, apesar de ter visto filmes e fotografias, e esc utado e anexado
y ases a respeito, amontoando papéis que vâo servir apenas de morada pra traças e
outros bichinhos... Hehe.. .
No corpo humano, a boca tá mais perto dO COFO f o da que os olhos e ouvidos, todo
mundo saber... Sõ estou brincando um pouco sobre isso pra ficar mais claro, e mais
leve a nossa prosa.
Os olhos e ouvidos tâo mais longe do coração porque, primeiro, a gente precisa
observar o que vem de fora, depois, vamos consultar o próprio ‹araçâo e aprender a
discernir o que bom do que nâo S, por fim, a gente assimita o que é bom,
apefeiçoando os sentidos. Só entâo a gente passa a enxergar e a ouvir pra valer,
falando sobre o Bem e vivendo no Bem, agora usando todas as CZ2POC idades dos
aparelhaiiieHos espiritual, nmntal e físico pe recebenms de Deus porque eles
funcionam juntos, precisam estar harnioni zadosl... O que se aprendeu de bom alegra o
‹oraçâo e fica no coração, e do coração vai pra boca, mostrando que a gente aceitou o
ensinamenta e passou a aplicar ele através do Verbo Divina, através da nossa palavra
renovada pela Bem, que tem a Força de Transformação no meio que a gente vive...
Entâo, aquele que aceitou o Bem é gue aprendeu de verdade, e passa a ter na sua
boca o canal de ezpressâo do próprio coração...
Porém, apenas ver e escMar o cone é bond nm o e esclarecedor, mas sem praticar sem
aceitar acjuilo rm seu coração e fazer sair ria sua boca—, é um sinal de que nôo
aceitação, de que a pessoa nâo deu valor ao ensinamento da Espiritualidade. Foi na
oporninidade jogada fora, e isso é uma coisa que fay mal pras pessoas...
O Bem que entra em nós puxado pelo coração. O coração é símbolo do Amor Divino
morando em nós. Este Amor é a grande força Curadora, Renovadora e libertadora
que filtra e limpa, depurando tudo o que vem de fora e deixando em nós a Essência
Divina de Luz, Bondade, Entendimento, Fraternidade e C'ompaixâo. Esta Essência atrai
mais purificação e vai renovando todas as outras coisas, inclusive os sentimentos,
emoções, pensamentos e as nossas atitudes na vida. Guardando tudo issa de bom em
nós, então atraimos mais e mais reno••
Ê por isso que o coração tá no meio dos chamas principais do ser humano: é pra
fazer esse trabalho Sagrado de harmonizaçâo!...
E se nada estã mais perto dor o ra f o do que a nossa boca, por que complicar? Por que
a gente ãs ve Res resiste e sõ procura negati jsf ff pdes, e só fala coisas negativas, quando
já nos ensinaram coisa melhor? Por que afastar a das qualidades do coração ?.°
Vamos encurtar essa distância, fazendo o que de bom aprendemos.°
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Tudo de bom que se aprende torna a gente melhor. E uma pessoa melhor também
melhora o mundo... Dai, o compromisso de faz•er o melhor que se aprendeu é uau coisa
justn, nâo é? E quanto mais a gente aprende e doa, mais a gente recebe do Bem...
Entâo, a minha prosa é pra ‹onvidar você a falar e viver o Bem que tem aprendido.
Nâo deixe pra depois! A possibilidade que chegou pra nõs hoje pra se aproveitar
e rírer J e! Qual serir o arturo Qui garante? Só tenms garmüias do “agora”..
Entâo, vamos em frente, vivendo tudo no Bem, e yalando do Bem, a partir de agora.!
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A vida da gente é feito uma casa bem grande, repartida em vários cômodos...
Tem a lavanderia, onde a água e o sabâo cheiroso falem a higiene das nossas roupas e
preparam a limpeda geral do ambiente...
Tem a varanda que dá para o quintal, onde a gente pode sentar e esticar as pernas num
banquinho pra ter mais conforto, e alhar o céu, pegar um pouco de sol, e refrescar as
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Tem o banheiro, onde higieniVamos o corpo e colaboramos com a Mâe-Natureda na
tare}’a constante da purificação e equilíbrio das nossas energias... Tem os quartos, onde
o nosso corpo repousa, renovando nossas forças...
Quem se ocupa em ser feliz fica mais tempo nos lugares de ocupação, de higiene, de
lazer e de descanso. a cozinha, a lavanderia, o banheiro, a sala e os quartos. Já quem
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Nas dificuldades comuns dos rrfnc iorinwrDfns é que aprendemos a desenvolver as
quBlfdades da ‹ompaixâo, da paz iência, do rnfeudfmeuio e do perdâo.
vendemos que a viJa nâo um terreno pam dfSyftas, mas sim um c um an JrfTf Oodo
as nossas irtudes podem crescer e nos levar adiante, numa rota de evolução e de al
interna.
fugir do ontato com os outras nâo trai benefi‹io almim ara a nossa alma e nem
para o nosso omo.
O Jriico reflete as dores da alma e adoece quando ela está enferma. O ressentimento, a
má goa, a tffiie¿n acumutodo, titM fito Ocaba or ne nrrrinr doeflçfiNJ'ÉSfCáN. i ASSf9
compão DDD foi feito pura ser ’iiiii port ” de coisas velhas e inúteis...
r
O centro do coraçõD ê a ponte eyre sms liga cm Eterim, ele é feito um “guichê” rIe
entrada para a Ca sa dO Lo¿ C'eles tial. POR fD/errnédfo da pureq•a do nosso coração é
que nós rec ehetnos todn n Purez•a do Amor de Deus. Ele]’unciona onte a nossa porta
de ‹ ontato om uma corrente dr úHergfn da mais alta qualidade e que vai ms
alimentar e revigorar contin vamente.
Pela harmonia dos sentimentos e emoções que carrogamos em nosso coração é que nós
podemos ser revi gorados pelo Bem Maior que vem de Deus. E é este Bem que nos
preserva e que nos snlva, /fi rando-nos de todas as maldades. Por fsio, pre‹•isanios
manter em ordem e hOfTfirJf2fa o nosso c oral âo, li re dos resseiititneiitos, Jas mágoas,
rancores e tristevias.
Não use o seu coração conm “um porão de coisas velhas e inúteis, livre -se ogorn
mesmo de viper na esc uridâo... Fab a por viper a sua vidD Cnw y/rnffudr. Saia desse
c num esc um, onde você tem ivido isolado e triste!
bre -se para conviver}raternamente com os outros e c oFlSfgn mesmo. EStI• eça que
errou e esqueça os que erraram com você. Viva o hoje, o agora!
Visite todos os cômodos da sou casa interna, abra -se para viver a r/dn de forma
integi aL Renove-se, recome‹e.! Se o seu coraç âo anda amargurado, tome algtinia
yroI'fdéricio iniedfa/n pra inudur isso hoJe nmsnm! Posso lm dar xiii‹zi ”receitas”.
Acenda urna re/n rosa e uma vela verde, }áz•endo uma oraçâo sincera pela ‹ura dessu
situação e]irmando o proyóSfto de perdoar e recomeçar.
Towe esse bmJm ria cabeça aos pés ou então do ond›ro yra do, confornm n sue
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Deixe passar três dias. No quarto dia, preparo um punhadinho de pó de pemba rosa e
verde, fazendo uma oraçâo pela cura das suas emoções e sentimentos. Misture os dois
pós e aplique na área do cura f •• m a mâo direita e em movimento circular, no
sentido horário (dos ponteiros do relógio). Se preferir, pode usar not-moscada ralada,
substituindo os pós, com a mesma finalidade. Depois dessa limpeza e renavaçâo, você
também pode carregar junta ao corpo uma Pedrinha verde e uma cor-de-rosa.
Primeiro, lave as pedras em ógun corrente, pedindo a Deus e aos Orizãs que elas lhe
tragam equilíbrio e satide emocional e fisica.
Segure as pedras ‹oui as duas mâos, pedindo mentalmente que elas lhe transmitam as
Energias do Amor Divina que tudo Carre gue-as no bolso ou de algum modo junto
ao corpo, durante 7 dias. Depois desse tempo, lave-as de novo e repita a oraçâo, antes
de reutili já-las.
Repita esse procedimento pelo tempo que quiser e sentir necessidade. 'onforine for se
acalrnando, poderã esPaçar o tempo de limPeda das pedras (14 dias, 21, 28).
C'uide-se bem.
Tenha amor por si mesmo e pela sua vida. Olhe pra si mesmo e pra todas as pessoas
‹omo filhos de Deus.
Aceite a sua vida do jeito que ela tem sido. Nâa perca tempo com revoltas...
Mas faça por melhorar aquilo que lhe parece necessário! embre-se: na Roma antiga,
a morte na cru era reservada para aqueles considerados criminosos contra o poder
estabelecido. Mas o Mestre Jesus transformou-a num símbolo de superação e
libertação...
C'ampreenda que todos nós temos estamos aqui para aprender e que estamos sujeitos a
falhas. aprenda a superar as dificuldades.
E fique na Pai
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Criaturas fascinantes, as mulheres... Dedicadas e fortes, aa mesmo tempo.
Nâo somente aos da beleza fisica, mas principalmente ao encantamenta do seu poder
Toda mulher uma usina de força que transforma para melhor aquila que toca.
Nas artes, paeta de grande alma, é a cantava dos sans e tons mais solimes.
A em tudo ela desenha e espalhe seus valores elevados, dando mais cor e brilho ãs
Quando eu olho para uma mulher, ali en:xergo a Mâo Divina a amparar a Criaçâa.
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O toque suave, o amor que se transmite a cada gesta, a pureza do afago que conforto e
que nos doa a energia curadora dos sentimentos mais nobres.
A presença da mulher nos envalve numa onda de fui que se encontra em parte
Ela nos convida a refietir mais um pouco a respeito da grandeda da Vida, e nos
transporta para um mundo de sonhos e esperam as...
As mulheres estâo no mundo para nos ensinar a viver com humanidade, no sentido mais
elevado da palavra: elas nos ensinam a abrir mâe das vaidades passageiros para
alcançarrnos a Eternidade do Amor Divino, a todo o instante.
Pois elas sâo como a brisa que sussurra pai e serenidade, como a chuva que trai o
fres‹or e o conforto de um banho de limpeza, como o sol que brilha e fay brilhar tudo o
que toca, coma a noite que nos trai o descanso e a refiexâo mais paciente, como o
oceano profundo a murmurar encantamento e magia.
Sâo flores perfumadas, incensanda a mundo com seus valores e talentos amorosos...
Todas sâo Divinas porque aprenderam a amar em silêncio, sem perguntas, e a nos
emprestar suas forças fazendo crer, Iwniildenm nte, que tal força é iiossn, que nós
é que somos fortes...
Nâo precisam gerar filhos da carne para essa doaçâo de fuga, porque carregar a
luminosidade do amor dentro de si e geram fui por onde passam.
Alguêm dose que ‘ofrm & um grande honmni existe num grande riufúer”.
r
Nâo penso assim! Em verdade, Percebo que õ frente de todo homem, com certeza,
caminha uma grande mulherl
Mas que as mulheres nâo costumam exibir seus talentos, elas se cobrem com o canto
da invisibilidade, pela nobreda que lhes vai à pensam no todo e nâo res larnam
prêmio algum por tudo o que falem em nosso benefício...
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Porém, é sempre uma mulher que nas dá]’orças, nos momentos decisivos: iluminando o
caminho, abrindo espaços e ainda ’apelido a retaguarda, pela potência do amor que
toda mulher trai em sf mesma, e nos orientando com sabedoria, pela ‹•apacidnde que
tem toda mulher de enxergar possibilidndes de vitória diante de quaisquer obstáe ulos.
Peço que orem por todos nós, õ niãez•inhas, irniâs, companheiros e amidas.
E que olhem pelas crianças que andam nas ruas, pelos órfáos e os aflitos.
Nâo desistam de nos eosfunr ri ciência de amar só por amar, sem esperar tro a.
Nâo desistam de cuidar dos que ainda vivem atordoados pelas ilusões do mundo
transitório.
Qunndo eu as vejo nas portas dos presidios, a soluçar pelos companheiros, filhos ou
irmâos encarcerados e despredados pelo mundo, dentro de mim grita a voz da certoda
cii nmndo nelhor cjue II de brotar desse ruimr inconm ún el
E que o DivIHO #Hf- da Criação rMbrn com Seu Mario rte Luz e Caridade
preservando a inigualável força anmrosn Qte carregani , pois sonieiüe delas, ateste
nmor que as move, é que poderá vir mais pai ao mundo...
As sim Seja.°
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A Umbanda, como o próprio nome já diz, e uma religião que une varias bandas, os
grupos e suas diferenças sâo todos bem recebidos, pois como diz a escritura ninguém e
tâo pobre que nâo tenha nada para dar, ao contrario da maioria dos segmentos
religiosos existentes, a Hmbanda nâo só recebe esses grupos como também da a eles
liberdade na forma de trabalho a ser ufi/i3ndn desde que os mesmos nâo inflijam ou
fujam dos 3 pilares principais da doutrina unibandista que e a prática da fé, da
esperança e da caridade, assim sendo, a medida que nos aprofundamos no estudo e
‹onhecimento das bandas de trabalho na Hmbanda nos Separamos corri uma lista
extensa de falanges que vâo de crianças a eguns, da direita a esquerda, do oriente ao
ocidente, da conhecida benZéçâo as técnicas magisticas dos povos do oriente, da
Pajelança indogena ao passe meditinico europeu, todos com o Cínico intuito de praticar
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O Brasil, talvez, por ser um pais muito rico em culturas diferentes, ofereceu uma
quantidade considerá jspf de falantes para a Umbanda, entre elas se destacam os Pretos
Velhos e os C'aboclos, como a Umbanda também absorver grupos que já existiam em
outras correntes espiritualistas muito antes de ela ser fundada. Em exemplo claro dissa
e a presença do Mestre C'atiniboZéiro Zé Pelintra nos terceiros umbandistas. Ze
Pelintra e uma entidade muito conhecida no Nordeste do pais, e uma entidade
conhecida, poPularniente, como sendo um malandro, o sentido da palavra malandro se
referindo a Zn Pelintra e o mesmo que bon vivat, boêmio, ele nâo malandro sô por
que faz nialandragens, mas tmnbéni por que a sua ’Vida” é vivida de fornm nialandra
festas, bares, mulheres etc.}. já de se considerar também que o sentida da
palavra malandro hoje nâo é o mesmo que do século passado muda-se a sociedade,
mudam- se os cidadãos. Seu Zé, como chamado pelos íntimos, era nordestina, alguns
diZnm ser do Ceara (... ele vem de longe, vem do C'eara, ele fé pelintra, chegou para
trabalhar... ), outros Alagoas (... quanda vir de Alagoas, toma cuidado corri o balanço
da canoa...), de familia pobre conheceu bem cedo as pilantragens para prover a sua
subsistência, conheceu de perto a vida das periferias, sofreu a discriminação por ser
niigrante, de tâo bonito que era se envalveu com muitas mulheres, após seu desencarne
deixou criado um estereotipo que serviu de inspiração para Walter Elias Disne y criar
o personagem fé Carioca que , só de longe, lembra Zé Pelintra.
Seu Zn é uma figura antiga no 'atimbó, porém, a linha da malandragem como temos
na Umbanda nâa, talvez por ela ser uma falange que nasceu na Umbanda, ou seja,
recente.
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Entidades mais novas nos Terceiros de Hmbanda. A origem desta falange está
associadq conm se disse, aos ’ discípulos de Zé Pelintrq rm eHanto, ele (o
1 ialandrinho) nada tem a ver com Zn Pelintra, a nâo ser algumas semelhanças tais
comol gosto pela boemia, os jogos, aS Bfulheres ( Qf4 e t FataBf como rainhas e a
sabedoria de lidar com os problemas da vida e como sair deles. As Entidades que
‹ompôe esta falange sâo na sua maioria, esP fritos que viveram na sua Ultima
encarnação, situações de abandona familiar, e, nâo tendo coma sobreviverem, fideram
da ru a, a sua morada, nela aprenderam a sobreviver e a se frete ger. Alguns se
tornaram ’ experts em Jogos de azar como baralho, dedos, ’porrinlm’ etc. Outros
trabalharam em Cabarés, onde eram nuiito paporicados pelas ’nmninas que eles
defendiani cont unhas e deles. B tem ainda aqueles que se tornaram ’contadores de
estôrias’. dni troca de algumas doses de bebidas, cigarros e algu trocador, contm•mii
casos que tiraram da sua própria imaginação on ainda situações que viveram.
Costa de ouvir os problemas das pessoas que o procuram. Apesar de sua aparência
jocosa, estã sempre voltado ã prática da caridade e da rvofução espiritual de seus
médiuns. Em suas incorparaçôes gosta de roupas leves e sem formalidades. As camisas
estâo sempre pra fora da calça. Se usar gravata, vai estar sempre com o nô afrouxado.
Ou seja: ele gosta de se sentir livre para dançar e cantar em suas incorporaçôes. As
cores das roupas sâo sempre em tons fortes ou estampadas. Sua bebida geralmente é a
cachaça. Mas vemos em alguns Terreiros de Hmbanda, Malandrinho bebendo cerveja
ou batidas de limâo (liniâozinho). Geralmente está sempre descalço, pois gosta de
sentir o châo que pisa. Em geral, todas estas entidades a exemplo do Patrono, tiveram
em sua existência algama forma de contato com a vida dos morros, da periferia, ou
talve z passaram por situações que se assemelharn ou tenham ligações com essas
situações, outros nâo passaram por similares mas escolherani essa linha de trabalho
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por se simpati parem com ela. Nâo se deve, nunca, confundir as falanges de trabalho de
Sâo Cipriano com a falange dos Malandros e Malanóras, a linha de Sâo C'ipriano e
uma linha de dirrifn enquanto a dos Malandros jã é de esquerda, o que acontece e que
em muitas casas a entidade Zé Prfinrrn, exímio representante dessa linha, e evocado em
trabalhos liderados por entidades de energia diferentes promovenda assim aquilo gue
se chama de C'ruzamenta de linhas, porém, quando isso ocorre as energias presentes
nâo perdem sua autonomia, somente unem forças com uma finalidade ( A B AB). Sendo
uma linha de esquerda os Malandros sâo invocados em casos ligados as nossas
necessidades físicas e materiais. Problemas amorosos, financeiros, empregos, causas
judiciais, familiares, ou somente trim conversa amiga sâo motivosr causas levados
constantemente a essas entidades. Por possirem uma energia muita ligada a matéria
suas corridas oferecidas em liras em sua maioria pratos consumidos em bares e
botequins. Assim pode-se oferecer quitutes camo salgados, salaniinhos, bacon, jilô
empanada frito, sardinha frita, farofa com linguiça, carne seca assada na brasa ou
frita, etc. As bebidas poderão ser cachaça, cerveja e em algens casos ficurrs.
C'omo todas as outras entidades da Hmbanda os Malandros podem pedir aos seus
médiuns e consulentes alguns objetos (chapéus, ca‹himbos, bengalas, navalhas,
cigarros, pefunies, etc.) desde que tenha um porque e nâo ncmr se tornando urna
forma de m/si ifíc• f o esses objetos podem ser usados pelas entidades em seus
trabalhos quando manifestados.
Que a historia e o trabalho dos Malandros e das Malandras sirva de exemplo e seja a
fui do fsm do tornei na de tantos e tantas que precisam.
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As calandras surgiram a partir dos anos 50, com o surgimentos de uma entidade, que
ninguém conhecia, chamada Maria Navalha, Dona Navalha surgiu num terreiro de
Hmbanda Omolocô (Llmbanda tratada com HandoniblS independente da Naçâo
sendo ela, Ketu, Djeje Mahin, Angola) e como até hoje, os Malandros infeli ente sâo
Pambagira, pais muitos terreiras, nâa falem gira de Ext separada da de Malandros.
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Ela incorporou numa jovem que estava a pouco tempa na religião, tinha características
de malandro, ainda que com feminilidade znnis era encantadora, uma entidade
diferente, e que atraiu a curiosidade das pessaas da religião na época.
Desde entâo alguns anos se passaram, e ela continua a brilhar nas terreiros de
Umbanda, com todo seu charme e beleza exótica, depois conforme os anos faram
passando surgiram outras Malandras, todas ligadas aos seus campas de atuaçâa
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P ínal0S
C'ores : Vermelha, Branca e Preta
Indumentária: Roupas nessas cores , Vermelha, Branca preta, muito raro o tom
C'hapéis. Chapéu Panamá, com Fita vermelha, ou preta, também podem usar chapéu
branco (sem fitas), podem usar lenços em seus chapéus ou para enfeitar seus cabelos
nuies de colocar a chapéu, podem colocar rosas ou cravos vermelhos ou branco no
Alg umas qualidades de calandra gostam de chapóu preto e outras gostam de ca rtola
baixa. da vamente gostam de cartola nha, quando gostam sâo nas cores traficionais
Jã outras usam Satas, com estamPa vermelha e branca, saia branca, saia vermelha
saia com dados, naipes ou cartas de baralho.
Gostam de Blusa listrada ( Vermelha e Branca), ou nas cores Preta, Vermelha, Branca.
Também gostam de Roupas de seda (como algumas qualidades de Malandro). Também
raramente, algumas Malandras, gostam de um camisa branca (De botôes) por cima
flores: Rosas vermelhas, rosas brancas, cravos vermelhos e brancos, também gostam
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Fumo: Cigarros de palha, Cigarros de filtro vermelho ou Cigarros com sabor. Existem
ainda as raras exceções de Malandras que firmam C'haruto.
Sâo gentis, simpãticas, as veRes sérins, sempre muito bem vestidos, elegantes, e bem
arrumadas, sâo vaidosas, gostam de receber presentes e adoram perfumes e batons
(Principalmente na cor vermelha)
As veRes surgem nomes de entidade, se denominando Malandra, mais nem sempre sâo,
pois como é uma linha nova, existem pessoas que inventar de mã fé, nomes que nâo
- Malandra do C'abarë
Malandrinha da Habaré
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Malandro da Lapa uu Malandrinha da Lapa , Malandra do C'abaré da Lapa
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- Malandro Maria do Cais , Malandrinha do C'ais , Malandro da Beira do C'ais
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Trabalham dentro da linha de Esquerda em alguns terreiros de Hmbanda (nâo todos) e
sâo tratados muitas redes como Esus, mas os lualandros nâo são Exüs de fato. Essa
idéia existe porque quando nâo sâo homenageadas em festas ou sessões particulares
manifestam-se tranqíiilametite nas sessões de Exu e parecem um deles.
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chapéus ao estilo Panamá e sua tradicional vestimenta: C'alça Branca, sapato branco
(ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco
com uma fu ve elha ou chapêu de palha e finalmente sua bengala,
fnf2lOPfH festa mesma é de roupas leves, camisas de seda. Bebem de tuda, da Cachaça
ao Whisfi, fúmam na maioria das vezes cigarros, mas utili m também o charuta.
Gostam de dançar gingando as pernas e corpo como se fosse parecido com a gafieira.
Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras e dos termos com os quais
sâo compostos os pontos e cantigas dessas entidades. Assim o malandro, simples,
amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a
menor cerimônia na frente de todos. Apesar da figura do malandro, do jogador, do
arruaceiro, detesta que façam mal ou enganem aos demais.
Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante
elevada para resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, coma podem proteger
e abrir caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vâo visitar em suas
sessões ou festas. Costa muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa
‹ompleta, é muito vaidoso, tem duas características marcantes:
Uma é de ser muita brincalhão, gosta muito de dançar, gosta iziui/o da presença de
mulheres, gosta de elogiá-las ,etc.
Outra é ficar mais séria parado num canto observando os mavimentos ao seu
redor, mas sem perder suas características.
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E muito conhecido por sua irreverência, suas guias podem ser d g jsfyp ios tipos, desde
coquinhos corri olho de Exu, nré vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e
branco.
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A Umbanda, religiâa brasileira, é uma mistura de vários outros cultos como o
catolicismo, espiritisma, o culto aos Orizãs e às religiões ameríndias, além de cati b .
C'antudo, há de ressaltar que suas bases estâo solidificadas no Evangelho de Jesus.
Portanto, seus objetivos estâo voltado para a caridade material e espiritual. Trabalha
com Espíritos em diferentes faixas vibratôrias e tem seus fundamentos
em yfiantras cantados e riscados.
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queiram praticar a caridade. Nô nos cabe julgar ninguém, jã que temos uma enorme
trave em nossos olhos. O respeito ao ser humano, reencarnado ou desencarnado, é a
base fundamental para o nosso progresso como espíritos em aprendilado constante.
O Ze* que conhecemos, foi introduzido na Hmbanda a partir do catimbó, culto praticado
no Nordeste brasileiro, que se apóia bastante na religião católica, apesar de guardar
um pouco das praticas Pagâs, vindas da bruxaria européia. Ela pode se parecer um
pouco com a Umbanda, ruas, tem um pouco com a Candomblê. A semelhança com a
Unibanda é devido ao trabalha com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do
C'atimbó possuem htm teatralidade de fHcorpornptio muito típica e discreta que está
longe do "trabalho de palco" umhnnd/s/a. Neste cenário, Zn Pelintra um dos mestres
desse culto. Poucos sabem, mas o mesmo teve vida na Terra. Nascido em Pernambuco,
José ‹:somes da Silva, como era chamado, ainda jovem foi viver no Rio de Carreira, onde
frequentava a baemia da central bairro da Lapa.
Fed amigos entre a malandragem e bandidagem da época, sendo querido por todos.
Perito em jogos de amar (baralho e dados) ga y p fyjsa de todos os que ousassem desafiá-
lo. Exirnio no manejo de armas brancas, sempre estava pronto a defender os
injustiçados, coisa que ainda fay, hoje em dia, só espiritualmente.
Assim, fé Pelintra formou uau bela falante de inalandros de fui, que vem ajudar
aqueles que necessitam. Eles sâo as entidades amigas e de muita respeito, sendo assim,
nâo aceitamos que pessoas que nâo respeitam a religião digam que estâo incorporadas
‹oui seu fé ou qualquer outro malandro, e façam uso de maconha ou tóxicos. As
entidades usam cigarros e charutos, pois a firmada funciona como defúmador astral e
nâo visa. Entre os membros de swa falante, há. Seu C'hico Pelintra, C'ibamba, Zn da
Virada, Zn C'amisa Preta, Zn Mineiro, Zn C'amisa Vermelha, Ze Camisa Listrada,
Malandrinho
Os malandros vêm na L.inha de Exu, mas nâo sâo Esus! Aderiram ã linha das Almas
da Umbanda. Sâo Guias Inteiros que sâo frequentemente encontrados em giras de Exu
devido à afinidade com o sub-mundo e também por nâo haver camumente nos terreiros
umn gira a eles dedicado. fé Pelintra é considerado o "advogado dos pobres" Possui
conhecimentos para curas de males físicos e espirituais. Devido a sua extrema simpatia
é adorado quando baixa nos terreiros, canalidando para si a atenção de todos.
Tornou-se chefe da linha dos Malandros, que compreende espíritos que tiveram vida
nos morros cariocas, na boemia da LaPa, nos subtirbios cariocas, baianos e recifenses.
Trata-se de um coringa tanto incorporando na direita como na esquerda. Isto é, Seu Zn
pode baixar em qualquer gira, tanto de Ext, como de Preto Velho, Mineiro Baiana,
boiadeiro, marinheiro e caboclo.
Sâo entidades de Luz carismáticas, e chegam nos terceiros de Umbanda, com seu
samba ou capoeira no pé, seu cigarro na boca, chapéu de panamá de lado, com toda a
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Pá gina 115
ginga de um malandro. do contrário dos Deus que estâo nas encruzilhadas,
encontramas os malandros em bares, subidas de morros, festas, esquinas e muita mais.
Suas cores sâo vermelho e branco, ou branco e preto. Pra oferendas sâo recomendados
camarões, carne seca com farofa, e outros petiscos servidos em bares. Medida é a
cerveja branca bem gelada. Salve a malandragem.! Saravá Seu fé Pelintra.!
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Iviuitos me chamam de malandro, aproveitador, enganador até de exu sou chamados
Eééé.!!ll Os eticarnados gostam de colocar muitas palavras na ”boca dos mortos” o que
nem sempre traduz aquilo que nôs deste lado de cá da vida realmente somos. Mas como
nossa Umbanda já passou de seus 100 anos, resolvi agora dar a minha palavra para
”fechar“ um pouco a boca daqueles que muito falam da Umbanda e suas entidades, ruas
infeligente nada sabem da mesma e muito pouco de nós.
Quando falamos de ”malandros” logo Lembramos daquele que leva vantagem em tudo
na vida, enganando, sentindo e se aproveitando da boa vontade dos que sâo
conhecidos como mais fracos o que eu José Pelintra diria ”menos informados e
Para quem tem uma mente doentia este seria o melhor adjetivo para os malandros, inas
Driblar os obstáculos que a vida lhe impôe com um sorriso e confiança em Deus, pois
se tudo na vida tem começo e fim inclusiva nossa passagem neste mundo, suas dores
nâo sâa eternas. Sorrir quanda tudo é alegria é fãcil, ele jã nasce na face, mas sorrir
e ter fé quando as caisas andam meio ”de lado” ao só para quem tem ginga.
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Malandragem, é saber seu limite, onde se deve parar e nâo querer mostrar para os
outros o que nâo é e o que nâo se tem. Deus minha gente criou todos iguais, ‹om as
mesmas possibilidades. Na vida nâo tem ”jeitinho” , tem é atitude de buscar melhorar-se
c ndn vez mais de aprender a viver e ganhar maturidade. "rsó ” ensina quem jã aprendeu
e nâã quem ainda esta na primeira séri
F
Iviuitos me criticar pelas minhas vestes brancas e tratem seu eorngdo escuro pelo
preconceito vacilo de quem se julgO Sf4perior a todos e segue uma verdade que nem ele
mesma conhece.
Muitos falam de meu punhal, mas cortam e yerem seu semelhante com suas palavras
todos os dias dentro e fora de seus lares e o meu punhal ”innfa Hdro' r só corta demanda.
Na minha imagem ”figura” o branco simbolida coma dever ser nosso interior ou se ja,
LIMPO!
1 tinhas mâos juntas simbaliTam a fé que infelizmente de Amanda vemos pong as ”aqui
em baixo” praticá-la em qualquer credo.
O livro em meus pés, significa que para crescer preciso conhecer-se a si próprio.
Muitos falam, poucos conhecem.° Muitos jul gani poucos compreendem F assim
caminha a nossa f/ mbanda esclarecendo e lutando para com muita ”malandragem” e
muita ginga ganhar seu espaça.
Saravá Malandragem!
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”Ele Seu Zn elintra. Nego do P derramada. Quem quiser frigar com ele, está doido
Hantam-se histórias mirabolantes sobre essa Entidade e a que parece ser a mais
próxima da realidade humana que ele tivera afirma que se chamava José Gomes da
Silva, era oriunda do interior pernarnbucano, boêmio, jogador totalmente ligado ãs
mulheres. Brigadar de primeira nâo entrava numa para nâa vencer. duas escaramuças
com a policia eram canhecidas principalmente, porque mesma enfrentando mais de dei
homens, min sempre vencedor. Apesar de jogador inveterado nâa gostava de ganhar
dos incautos, a esses aSsfZ Stava e oS mandava de volta para duaS casas e famllias. AoS
espertos” sim, gostava de ”limPã-los”. Primeiro os enganava, perdendo, inicialmente
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Pá gina 119
de forma astuciosa, nos dados ou nas cartas, para depois, aproveitan o-se dos ânimos
inflamados dos ”ganhadores”, virava o jogo.
e mulhe res edicava intensa paizâo, nas apesar de seus envolvimentos amorosos nâo
ser o que se pode chamar de fiéis, contam que morreu em funçâo de uma g rante
Bebedor inveterado, mas, ainda que bebesse muito, controlava muito bem tudo o que
ocorria õ sua volta.
Existem algumas histórias pessoais sobre fé Pelintra, mas sabemos que as Entidades
de Umbanda representam, além de um ser especifico, representa também o personagem
central que aquela Entidade significa. Isso quer diter que nâo somente José Gomes
da Silva que transformou-se na famoso Pelintra, mas qualquer um que tivesse tido
aquelas mesmas características, ou seja ”José Gomes da Silva” é o chefe da Falante,
quem deu origem a ela.
”La no morro é que lugar de tirar anda, tomando cerveja de meia, jogando baralho
e ronda”.
Esta é untn de suas cantigas onde mostra a todos sua ãrea e forma de trabalho, mas é
através de outra cantiga que se pode ter mm idéia mais intensa dessa ntnravilhosa
”Se a Radio Patrulha chegasse aqui agem, seria uma grande vitória, ninguém poderia
correr... Agora que eu que ra ver, quem Malandro nâa pode correr.”
Salve seu fé Pelintra.
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Zé Pelintra e Sua Ealaiige de luz
Para Zn Pelintra, todas as religiões sâo baas, e o principio delas é fazer o homem se
tornar espiritualilado, se aproximando cada ve mais dos valores reais, que sâo Deus
e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, fé Pelintra, afirma que todos
sâa sempre aprendi Res, mesmo que estejam em graus evolutivos superiares, pois quem
sabe mais, deve ensinar a quem ainda nâo apreender e compreender aquele que nâo
consegui saber.
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Pá gina 121
Zn Pelintra, esfrírito da Umbanda e mestre Catimbozeiro, fay suas orações pelo povo do
mundo, independente de suas religiôes. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e
que o plantio livre, mas a colheita obrigatória. Zé Pelintra fay da Umbanda, o local
de encontro para todos os necessitados, prosuranda solução para o problema das
pessoas que lhe procuram.
Assim, fé Pelintra formou uau bela Falante de fui, que rm ajudar aqueles que
necessitam, ele jsp gp de Baianos e sâo entidades amigas e de muito respeito.
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Pá gina 122
Há pouco tempo atrás nâo existia essa discussão. Porém, de alguns tempos para cá,
percebeu-se que ocorria um fenômeno na Umbanda de y rma tal que algunias
entidades, parecidas com Zé Pilintra, forniavam uma linha de trabalho ã parte.
Percebendo isso, nlgens dirigentes espirituais passaram a abrir giras com essas
ei4idades do unirerão da iimlandrageiiç eis que surge n linlm dos “nmlandros”.
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A partir daí, verificou-se que eles também trabalhavam tanto na direita quanto na
esquerda. Além dissa, possuíam outras características que os aproximavam mais ainda
desse que é personagem principal desse artiga. Assim sendo, falemos um pouco mais
sobre fé Pilintra.
Sobre suas características principais tal coma gostar de bebida, de cigarrilhas e tudo o
mais que for especial, além de fa r dedicados grace jos para as mulheres, algo que
muito já foi citado em outros artigos. Sobre suas vestimentas, terno ‹oui um
‹ravo na Capela, chapéu branco com uma fita vermelha de cetim e sua bengala, também
Muitos sâo os livros que tentam retratar a história de Zn Pilintra. Mas, para que
tenhamos uma pequena noçâo de sua trajetória, nâo podemos levar ao pé da letra
nenhuma delas. Basta diter que José (o Pilintra ) era um hamem tâo famoso, innis tâa
famos o que se tornou FF @ o ”, isto ê, unm lenda rzra De tõo fanmso que era, suas
histórias fideram parte da literatura de Cordel (arte literária típica do nordeste).
Nâo obstante, precisanias considerar que um mito pode ser ‹onceituado como uma
realidade que tem ugh F
r
num fmüasia qin tem i r F ”de realidade.
Imagem que alguns a afirmar que ele era capaz de se transformar em um pé de
bananeira, quando fugia da policia. Outros afirmam que morreu assassinato por uma
mulher apaixonado.
Sâo muitas as lendas, mas o que as mais antigas histórias nos dibem é que ele nasceu
no interior de Pernambuco depois se mudou para o Recife, local onde ocorreu toda a
sua trajetória de vida boêmia, regada a bebidas, jogos e mulheres.
Recentemente fala-se de uma possível passagem pela Lapa carioca, local em que teria
aprendido a arte da malandragem. Alguns confundem o homem que viveu na Terra, o
Sr. José (conhecido como Pilintra}, com os guias de trabalho cuja falante espiritual é
enorme. Haja vista que quase todos os terreiros possuem pelo menos um médium que
inc arpora essa entidade. Algunias pessoas chegam a dizer que fé Pilintra nâo vem
mais em Terra, e que nós que o incorporanios estamos enganadas. Tolice.!
Algumas dessas entidades têm um forte sotaque nordestino, outros, carioca. Nem iodos
possuem sotaque. Pois é sabido que ele se fay presente tia Jurenia e também no
C'andomblé. Essa é uma prova viva de que as entidades nâo estâa adstritas a esta ou
aquela religião. Para fé Pilintra nâo tem porta fechada. Seja Jurema ou C'andomblé,
seja Batuque ou Omolokô, seja Tambor de Mina, ou Umbanda, nâo importa, onde
chamar fé Pilintra ele responde. Na direita ou na esquerda.
Ê preciso acabar com alguns mitos que giram em torno de nossa religiãa. Nâo podemos
relacionar alguns defeitos que existem no interior de algumas pessoas com a má
interpretação que dâo ãs entidades. Nâo é admissível crer que uma pessoa tenha muitas
mulheres e coloque a culpa no}’ato de ser gerado por Zé Pilintra. Também nâo se pode
diter que alguém sofre de alcoolismo por causa de sua religião. Permitam-me diter que
jamais tive problemas com bebidas, baemia ou excesso de mulheres. Pelo contrário,
meu guia sempre me deu forças para agir com disciplina e respeito.
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Mas voltando õ temática inicial, creio que se perguntarem a Seu Zé se ele é Exu ou
Sou malandro, sou Eu, sou mestre da Jurema, sou o que você quiser.
Na Jurema sento-me ã mesa, toma a bebida sagrada, trago a força do coveiro, o axé da
Na encru a eu trabalho, cruze e risco ponto. Bebo e solto a minha gargalhada. Kiumba
nenhum fica pra ver o resultado.
F por tudo isso sou malandro. Na malandragem da vida, gingando de lá, gingando de
cá, nunca me esquivando do dever de trabalhar. Há, mas se passa uma mulé bonita
(src), nâo me diga pra nâo olhar. Pois se assim nâo fosse nâo seria fé Pilintra. Nego
faceiro que tá sempre pronto pra ajudar.
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Salve Defis Pai criador de o Universo.
Para
Para que todos os homens sejam felizes on terra, e possam viver sem amargliras, sem
lágrimas e sem ódios.
E que Deus nosso Senhor em sua iiifliiita misericórdia, nos cobra de bêiiçãos e
afim ente a vossa liu e vossa força.
Para gue mais e mais possa espafhar sobre a terra a caridade de Senhor Jesus
Cristo.