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ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1. p.2799-2805 jan./feb. 2021
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RESUMO
O objetivo da pesquisa foi avaliar o grau de dor pela escala visual analógica (eva) antes e
após a aplicação da série de williams adaptada (swa) aliada ao treinamento resistido (tr).
A amostra foi constituída de uma paciente idosa de 83 anos, acometida de artrose e
osteoporose lombar. O teste de eva foi realizado antes e após as 9 sessões. Com o tr houve
diminuição no nível de dor.
ABSTRACT
The objective of the research was to evaluate the degree of pain by the Visual Analogue
Scale (VAS) before and after the application of the Adapted Williams Series (SWA)
combined with Resistance Training (TR). The sample consisted of an 83-year-old woman
with arthrosis and lumbar osteoporosis. The EVA test was performed before and after 9
sessions. With TR there was a decrease in the level of pain.
1 INTRODUÇÃO
A dor lombar (DL) pode ser gerada por um estresse mecânico localizado na região
entre o último arco costal e a prega glútea causando desconforto, e até mesmo
incapacidade (CARGNIN et al, 2019). Segundo Zulamar (2019), a DL “faz parte de uma
doença ocupacional que constitui um problema de saúde pública mundial devido a sua
alta prevalência. Afeta todas as faixas etárias e níveis socioeconômicos e requer
promoção, educação e prevenção, não apenas a reabilitação da saúde com iniciativas
globais eficazes”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
aproximadamente 11,9% da população mundial sente algum tipo de dor lombar, e no
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Brasil, ela é a segunda condição de saúde mais prevalente, afetando 13,5% da população
(IBGE, 2010). Embora a sua etiologia seja multifatorial, o estresse mecânico é um dos
fatores significativos na causa de dor, dentre essas causas, as mais comuns são:
levantamento impróprio, má postura, falta de exercícios regulares, hérnias de disco,
ciática, artrite, osteoporose, entre outras (FURTADO et al, 2014).
Na abordagem terapêutica, para alívios dos sintomas e tratamento, tem sido
utilizado, comumente, abordagens medicamentosas e não medicamentosas como
alongamentos, fortalecimento, relaxamento e agentes térmicos. Nesse sentido, a Série de
Williams (SW) apresenta- se como uma alternativa viável para esse fim. A SW é um
conjunto de exercícios, os quais buscam o alongamento e estabilização da região
toracolombar pela realização de movimentos voluntários (SILVA et al, 2020). A SW
desenvolvida pelo professor Doutor Paul Williams, que publicou o seu primeiro programa
de exercício em 1937 para pacientes com dor posterior crônicas, devido a doenças de
disco degenerativas (RODRIGUES, 2002). Para fins desse trabalho, utilizamos a SW
original e realizamos algumas adaptações, por este motivo denominamos SW Adaptada
(SWA).
A SWA, concomitante com o treinamento resistido (TR), uma modalidade de
exercício físico, o qual utiliza pesos livres, máquinas, peso corporal e outras formas de
equipamentos, promove melhora da flexibilidade e fortalecimento da região lombar
(SANTARÉM, 2012). Segundo Silva et al (2020), “o fortalecimento dos músculos é de
suma importância, no que tange, a visão de diminuição do processo de dor, pois,
desempenham um papel muito importante como protetor das estruturas passivas da
coluna vertebral”.
2 OBJETIVO
Analisar o grau de dor pela Escala Visual Analógica (EVA) antes e após a
aplicação da SWA aliada ao TR.
3 METODOLOGIA
POPULAÇÃO
A pesquisa foi um estudo de caso realizado no Laboratório de Exercício Resistido
e Saúde (LERES) da Universidade do Estado do Pará (UEPA).
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AMOSTRA
A amostra foi constituída de uma paciente idosa de 83 anos acometida de artrose
e osteoporose lombar.
PROTOCOLO DE TREINAMENTO
No início e no final de cada sessão, o sujeito realizava a SWA composto por seis
exercícios de flexão com inclinação pélvica anterior e posterior. A SWA inicia-se com o
paciente em decúbito dorsal, com os pés apoiados em uma cadeira formando um ângulo
de 90 graus entre a perna, a coxa e o quadril, realizando a respiração eletiva passiva no
início da SWA, permanecendo durante todo o processo de alongamento, cada movimento
é realizado com duas séries, mantendo a postura alongada de 10 a 20 segundos.
Em seguida, realizava-se o aquecimento prévio, o qual é composto por exercícios
com movimentos de mobilidade para as principais articulações do corpo.
O protocolo de TR teve duração de 9 sessões com duas séries de 8 a 12 repetições,
realizadas duas vezes na semana em dias não consecutivos, tempo médio de sessão de 50
minutos, contendo os seguintes exercícios: supino vertical, leg press, tração frente,
remada em pé unilateral, panturrilha em pé, abdominal infra, desenvolvimento e flexora.
Para a progressão de carga, realizou-se um aumento entre 2 a 10% sempre que a
pessoa conseguisse realizar uma ou duas repetições a mais do que as planejadas. Além
disso, a intensidade de treino foi submáxima, caracterizada pelas alterações biomecânicas
nas últimas repetições: alteração da cadência, tendência a isometria, bloqueio respiratório
e alteração da técnica.
AVALIAÇÃO
Para analisar o grau de dor foi utilizada a Escala Visual Analogica (EVA) antes e
após cada sessão de TR. Para análise de dados, foi utilizado a estatística descritiva
(Imagem 1).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a aplicação da EVA, antes do TR a paciente apresentou o nível 8 de dor
classificada como intensa e no final das 9 sessões de TR apresentou um nível 0 de dor
classificada como ausência. Dessa forma, apresentou uma diminuição de nível de dor em
100% (tabela 1).
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estruturas articulares moles que normalmente estão associadas a micro lesões, inflamação
e dor (CECCATO et al, 2014).
Estudos apontam que a realização de um programa de exercício físico para
estabilizar as ações mecânicas lombares proporciona um avanço no tratamento e no
melhoramento da dor lombar (FERREIRA; COSTALONGA; VALENTI, 2013)
No estudo de Reis, Gomes, Júnior e Pinheiro, (2011), após a realização de um
programa de exercício resistido, associado a exercícios de flexibilidade, partindo de uma
análise da percepção subjetiva de dor lombar, foi constatado que houve tanto a diminuição
da dor lombar quanto a diminuição de uso de medicamentos dos tipos analgésicos,
relaxantes musculares e/ou anti-inflamatórios (REIS; GOMES; JÚNIOR; PINHEIRO,
2011).
No estudo de Silva et al (2020), realizado com um indivíduo com hérnias de disco,
foi possível observar a melhora do quadro de dor após 24 sessões de TR associado a
SWA. Durante o exercício há produção de substâncias analgésica, como a liberação de
neurotransmissores pelo sistema nervoso e a liberação de substâncias anti-inflamatórias,
as chamadas miocinas anti-inflamatórias produzidas pela contração muscular. Essas
substâncias são responsáveis pela modulação da sensibilidade álgica (SILVA et al, 2020).
5 CONCLUSÃO
Foi possível verificar que houve diminuição da dor lombar após o término da
realização do programa de treinamento avaliado pela EVA. Dessa forma, podemos
concluir que a SWA aliada ao TR pode promover melhora no quadro de dor na região
lombar. Este protocolo de intervenção tem se configurado com uma estratégia segura e
eficiente para gerar alivio em quadros de dores oriundos de disfunções da coluna
vertebral.
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REFERÊNCIAS
FURTADO, Rita Neli Vilar; RIBEIRO, Luiza Helena; ABDO, Bruno De Arruda; DESCIO,
Fernanda Justo; JUNIOR, Celso Eduardo Martucci; SERRUYA, Débora Coutinho. Dor
lombar inespecífica em adultos jovens: fatores de risco associados [Nonspecific low back
pain in young adults: associated risk factors]. Rev Bras Reumatol, v. 54, n. 5, p. 371-377,
Sep-Oct, 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25627301/. Acesso: 07 jan.
2021.
REIS, Thaísa Evelin Trevizan; GOMES, Antonia Jaciliene; JÚNIOR, Olavo Raimundo de
Macedo Barreto da Rocha; PINHEIRO, Claúdio Joaquim Borba. Efeitos do treinamento
resistido associado ao flexionamento sobre variáveis relacionadas à dor lombar: um relato de
caso. EFDeportes.com, Buenos Aires, n°152, janeiro de 2011. Disponível em <
https://www.efdeportes.com/efd152/treinamento-resistido-associado-a-dor-
lombar.htm#:~:text=O%20presente%20estudo%20de%20relato,for%C3%A7a%20muscular
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SILVA, L.B.P. et al. Efeito de destreinamento em idosos com síndrome metabólica. Brazilian
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