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Aluna: Heloysa Cristina Lagner Hass, 9° período A manhã

RESUMO PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF)


A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença imunemediada fatal causada
pela infecção pelo coronavírus felino (FCoV) que ocorre em todo o mundo. Há dois
biótipos distintos o coronavírus entérico felino (CVEF) e o vírus da peritonite
infecciosa felina (VPIF).
Existem dois sorotipos (I e II) baseados na neutralização viral, o sorotipo I
cresce com dificuldade e causa efeito citopático lento, o sorotipo II cresce
rapidamente e produz efeito pronunciado. Alta prevalência se dá em gatos jovens
(três meses a três anos de idade) e na maioria dos casos em ambientes com
muitos gatos.
O vírus pode disseminar-se pela via oronasal ou por inoculação direta (através
de mordidas de gatos, lambedura de feridas abertas). Após o contato com gatos
portadores. A via de eliminação do vírus é pelas fezes, pois após a infecção, o
vírus se replica no epitélio intestinal. Portanto, é uma importante causa de morte e
o diagnóstico ante-mortem da PIF em casos clínicos ainda é desafiador.
A doença pode se manifestar nas formas efusiva (serosite, acúmulo de líquido
na cavidade abdominal e torácica e vários graus de inflamação nos tecidos
viscerais) e não-efusiva (leptomeningite, corioependimite, encefalomielite focal e
oftalmite). A lesão básica das duas formas é uma inflamação piogranulomatosa
acompanhada por vasculites e graus variáveis de necrose
PIF é caracterizada por início insidioso, febre não responsiva persistente,
depressão, inapetência, letargia, reação piogranulomatosa em tecidos, acúmulo de
exsudatos nas cavidades corporais e alta mortalidade. São comuns icterícia e
mucosas pálidas; essa é uma das causas mais comuns de icterícia em gatos com
menos de 2 anos de idade.
O diagnóstico na PIF pode ser difícil por causa da variabilidade das
manifestações clínicas e do tempo de incubação. Devem ser avaliados sinais
clínicos, histórico, resultados clínico-patológicos, sorologia, além de histopatologia
e imuno-histoquímica ante e post mortem. E desenvolvem múltiplas alterações
hematológicas, bioquímicas séricas, urinárias e em imagens diagnósticas. Para
diagnóstico da PIF, os testes laboratoriais em efusões têm mais valor diagnóstico
que testes sorológicos. O líquido é amarelo, viscoso, e transparente, embora
possa conter fibrina. Está presente um exsudato granular branco-acinzentado
sobre todas as superfícies serosas, e é especialmente espesso sobre o fígado e o
baço. É considerado a “Prova Ouro” para o diagnóstico de PIF é a
imunocitoquímica/ imunohistoquímica em efusões ou lesões que contenham
macrófagos, sendo utilizados anticorpos monoclonais ou policlonais altamente
específicos para o CoVF e que reagem bem em tecidos fixados em formalina.
O tratamento é principalmente destinado a controlar a resposta imunológica,
que proporcionam a resposta temporária quando combinados ao tratamento
suporte. O tratamento auxiliar pode ser feito através do fortalecimento nutricional,
fluidoterapia e remoção dos líquidos efusivos. Até o momento, não foi
desenvolvido nenhum tratamento antiviral uniformemente bem-sucedido e todos os
fármacos apresentam efeitos colaterais importantes. Uso de prednisolona e de
interferon felino foi sugerido para o tratamento tanto da PIF efusiva quanto da PIF
não efusiva. A maioria dos gatos com sinais clínicos sistêmicos de PIF morre ou
requer eutanásia dias ou meses após o diagnóstico.

REFERENCIAS
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/xnncJj7PqcIe9u1_201
3-6-21-12-9-38.pdf

https://www.researchgate.net/publication/270567021_Peritonite_infecciosa_felina

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