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08.01.

2024

AULA 9: Indicadores de
Qualidade da Educação Infantil
Paulistana e Currículo Integrador
da Infância
Sonia Larrubia Valverde
Pedagoga e Mestre em Psicologia da Educação
Uma das organizadoras destes documentos.

COLETIVO EDUCAÇÃO
EM PRIMEIRO
LUGAR
Cursinho para o Concurso de PEI e ATE, da
Rede Municipal de Educação de São Paulo

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08.01.2024

MARCOS LEGAIS

Define a Educação Infantil


Lei 9.394/96
como 1ª etapa da
de Diretrizes e Bases
Educação Básica;

Diretrizes Documento mandatório para


Curriculares Nacionais todas Unidades de
para Educação
Infantil Educação Infantil do país.

MARCOS LEGAIS

Lei 11.274/06 Cria o ensino fundamental de 09 anos, com o


de ingresso da criança de 06 anos no ensino
06/02/2006 fundamental;

EMENDA Muda o Art. 208 da Constituição,


Constitucional 59 tornando obrigatória a educação dos
de 11/11/09 04 aos 17 anos;

Lei 12.796 de Altera a LDB tornando obrigatoriamente a


04/04/2013 pré - escola para crianças de 4 e 5 anos.

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Orientação Normativa nº
01/2013 Avaliação na Educação
Infantil: aprimorando os olhares
• Disponível no Portal SME,
através do link:
http://portal.sme.prefeitura.s
p.gov.br/Portals/1/Files/150
7 6.pdf
(Na página “Educação Infantil
– Documentos Institucionais”)

De onde a Orientação Normativa


01/13 parte?
Orientação Normativa 01/04 –
Construindo um Regimento da Infância;

“A criança desde o nascimento, é produtora de conhecimento


e de cultura, a partir das múltiplas interações sociais e das
relações que estabelece com o mundo, influenciando e sendo
influenciado por ele, construindo significados a partir dele”.

(...) criança como sujeito de direitos, ativa e competente, com


poder de criação, imaginação e fantasia. Com direito à voz,
deve ser levada a sério, tendo as suas ideias e teorias
ouvidas, questionadas e desafiadas.

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A Orientação Normativa nº 1/13


é composta pelos itens:
- Concepção de Educação Infantil;
- Concepção de Criança/Infância;
- Concepção de Currículo;
- Perfil do (a) Educador (a) da Infância;
- Participação da Família;
- Projeto Político Pedagógico;
- Contextualizando a Avaliação na Educação Infantil;
- Avaliando o Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento
da criança;
- Avaliação Institucional;
- Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental;
- Registrando o Processo de Avaliação;
- Expedindo Documentação Educacional.

Orientação Normativa nº
01/2013 Avaliação na Educação
Infantil: aprimorando os olhares

A avaliação não se dá em um vazio conceitual,


ao contrário, deve ser um elo significativo entre as
experiências vividas pelas crianças e a prática de
planejamento do professor.
Assim, a Orientação Normativa 01/13 ao tratar da
avaliação, recupera todos os elementos que compõem a
prática pedagógica e que precisam estar alicerçados em
uma mesma concepção.

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Concepção de Criança:
• criança em sua integralidade e
singularidade;
• sujeito de direitos
• sujeito potente desde o nascimento;
• cuidar e educação como ação
indissociável;
• com direito à voz e à participação nas
escolhas;
• que cria e recria;
• vê o mundo com seus próprios olhos;
• levanta hipóteses, constrói teorias,
relações e produz culturas infantis;
• se expressa e se manifesta por meio das
diferentes linguagens.

Concepção de Criança:
• (...) que considere a criança em sua integralidade, ou seja, que
considere a criança como pessoa capaz, que tem direito de ser
ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades
enquanto ‘sujeito potente’, socialmente competente, com
direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que
consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das
coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social;
como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos,
levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas
infantis por meio da expressão e da manifestação nas
diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir,
construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o
mundo com “olhos de criança”. (Orientação Normativa, nº01/13)

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CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
INFANTIL

(...) um oásis, um lugar onde


se torna criança, onde não se
trabalha, onde se pode crescer, sem
deixar de ser criança, onde se
descobre (e se conhece) o mundo
através do brincar, das relações
mais variadas com o ambiente, com
os objetos e as pessoas,
principalmente entre elas: as
crianças. (FARIA, apud
Orientação2003,
Normativa nº 01/13)

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CONCEPÇÃO DE
EDUCAÇÃO
INFANTIL
• Dessa forma, a organização do
tempo e dos espaços nas
Unidades deve privilegiar as
relações entre as crianças com
a mesma idade e também de
faixas etárias diferentes, suas
escolhas e autonomia, a
acessibilidade aos materiais, o
deslocamento pelas salas e
outras dependências da
instituição e fora dela.
(Orientação Normativa nº01/13)

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Concepção de Currículo
• O currículo que se dá no espaço e tempo
vivido, na relação e interlocução entre as
crianças e os adultos, mas também no tempo do
recolhimento, da individualidade e da
imprevisibilidade, dos acontecimentos do
cotidiano e, bem ainda para além das situações
planejadas, “(...) isto é, o currículo diz respeito a
acontecimentos cotidianos que não podem ser
objetivamente determinados, podem ser apenas
planejados, tendo em vista sua abertura ao
inesperado.” (BRASIL, 2009, p. 57)

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Concepção de Currículo

• (...) o currículo na educação infantil, deve


contemplar um caráter integrador e construir-
se envolvendo todos os atores do processo
educativo, famílias, bebês, crianças, educadores
(as) e comunidade, tendo como eixo o lúdico, o
brincar e a arte, rompendo com o caráter
prescritivo e homogeneizador, bem como, com a
cisão entre CEI e EMEI e desta com o Ensino
Fundamental. (Orientação Normativa, nº 01/13)

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Perfil do (a) educador (a) da infância


• Os (as) educadores (as) devem ser conhecedores da
importância de seu papel e da sua atuação nas relações
com as crianças, com as famílias e com a comunidade
educativa. Sendo um dos co-construtores do Projeto
Político Pedagógico da unidade, faz-se necessário ter
clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito
de todos os temas pertinentes à infância, em especial
sobre o cuidar e educar, consciência de que a educação e
uma prática social, portanto supõe intencionalidade na
Educação Infantil esta intencionalidade não está
relacionada com práticas de escolarização e antecipação
de processos, nem tão pouco, adaptação de práticas
didáticas do Ensino Fundamental devendo estar em
consonância com os princípios da Pedagogia da Infância
construída para e com as crianças e com suas famílias.
(Orientação Normativa 01/13)

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PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS


• “A participação da família na instituição é de
extrema importância para o desenvolvimento das
crianças e, sobretudo, para a promoção do trabalho
democrático participativo, portanto há de se garantir
condições para se realizar trocas, interações com
outras pessoas, sejam crianças ou adultos. essa
participação efetiva contribui imensamente na medida
em que informações são compartilhadas,
aprendizagens são construídas e reconstruídas em
contextos específicos(...) . (Orientação Normativa nº 01/13)

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Projeto político pedagógico

• Um Projeto Político Pedagógico da Educação


Infantil em consonância com esta normatização
deve ser constituído com a proposição de
instrumentalizar ao máximo as oportunidades
de escuta às crianças; contemplar as dimensões
do cuidar e educar, do brincar, da cultura da
infância e das culturas infantis. (Orientação
Normativa, nº01/13)

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Avaliação da educação infantil


• A avaliação da educação infantil toma esse fenômeno
sociocultural (“a educação nos primeiros cinco anos de vida
em estabelecimentos próprios, com intencionalidade
educacional, configurada num projeto político-pedagógico ou
numa proposta pedagógica”), visando responder se e quanto
ele atende à sua finalidade, a seus objetivos e às diretrizes
que definem sua identidade. Essa questão implica perguntar-
se sobre quem o realiza, o espaço em que ele se realiza e
suas relações com o meio sociocultural. enquanto a primeira
avaliação aceita uma dada educação e procura saber seus
efeitos sobre as crianças, a segunda interroga a oferta que
é feita às crianças, confrontando-a com parâmetros e
indicadores de qualidade. (Orientação Normativa nº 01/13 apud,
Didonet,2013)

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Avaliação na educação
infantil
• A avaliação na Educação Infantil
constitui-se em um elo
significativo entre a prática
cotidiana vivenciada pelas crianças
e o planejamento do (a) educador
(a). Para que ela se efetive é
necessário acompanhar o
crescimento das crianças na
elaboração de suas hipóteses e
conhecimento do mundo, não se
restringindo a um rol de
comportamentos desejados, mas
sim como fundamento da ação
educativa que parte da valorização
da criança em suas manifestações.
(Orientação Normativa nº 1/13)

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Avaliação na educação infantil:


• A avaliação na educação infantil se refere àquela feita
internamente no processo educativo, focada nas
crianças enquanto sujeitos e coautoras de seu
desenvolvimento. Seu âmbito é o microambiente.
(Orientação Normativa nº 01/13 apud, DIDONET, 2013)

• Ela se efetiva pela:


-Escuta;
-Observação;
-Registro;
-Documentação Pedagógica;
- Prática partilhada com as crianças e com as famílias.

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Orientação Normativa
nº01/2013
PORTFÓLIOS VÍDEOS

AVALIAÇÃO E FALAS
PRODUÇÕES
DAS ACOMPANHAMEN DAS
CRIANÇAS TO DO PERCURSO CRIANÇAS
VIVIDO

RELATÓRIOS CONHECER FOTOS


DESCRITIVOS PARA
INTERVIR !

REGISTRANDO O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E


EXPEDINDO
DOCUMENTAÇÃO EDUCACIONAL

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Questões pertinentes ao realizarmos a


avaliação na educação infantil
• Quais os interesses dos bebês e crianças?
• Que tipos de teorias meninos e meninas elaboram?
• Como posso instigar/desafiar essas teorias?
• Como propiciar que os bebês e as crianças possam ampliar
suas experiências com as diferentes temáticas e linguagens
garantindo situações significativas de construção de
conhecimento, superando atividades desconexas e
apartadas?
• Como os bebês e as crianças constroem as suas culturas de
pares e com os adultos?
• Como os bebês demonstram na relação entre si e com os
adultos suas preferências e os seus sentimentos?
• O que as crianças e suas famílias pensam
sobre a Educação Infantil?

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O que se almeja, na realidade


é que as Unidades de Educação Infantil, a partir de suas
concepções, construam um documento educacional que
colabore para que o(a) professor(a) do Ensino Fundamental
detenha condições de proceder a realização do processo de
transição de uma para outra etapa de forma harmoniosa e,
ainda, que tenha subsídios para planejar suas atividades em
continuidade ao trabalho desenvolvido na Educação Infantil.
A elaboração de um relatório descritivo que reflita
a trajetória percorrida pela criança e que forneça
aos educadores (as) os elementos necessários para
a continuidade do trabalho pedagógico pode ser a
melhor forma de se expedir a documentação prevista
em lei.

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O que deve conter os


Relatórios Descritivos
• O percurso realizado pelo grupo decorrente dos registros
semestrais
• O percurso realizado pela criança individualmente nesse
processo
• Anotações contendo falas ou outras formas de expressão da
criança que reflitam sua autoanálise
• Parecer do(a) educador(a) fundamentado nas observações
registradas no decorrer do processo
• Parecer da família quanto às suas expectativas e os
processos vividos
• Observações sobre a frequência da criança na Unidade, como
indicador de sua interferência no processo de desenvolvimento
e aprendizagem da criança
• Outras informações julgadas pertinentes

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O processo de transição da educação


infantil para o ensino fundamental:
Deve contemplar desde o currículo, compreendido como um
instrumento vivo, até a criação de espaços adequados
tanto nas salas, quanto na área externa, além de práticas
que viabilizem as interações criança/criança para que possam
desenvolver suas culturas de pares infantis. Assim, a transição
efetiva-se como um momento positivo que respeita o desejo
de conhecer e considera a continuidade do processo de
aprendizagem. Pode ser articulada com ritos de passagem
significativos (ações conjuntas entre as duas etapas da
educação básica), a partir de contextos próximos do universo
significativo dos meninos e meninas. Nessa linha, são
consideradas descontextualizadas as formaturas, pois não fazem
parte do universo infantil.
(Orientação Normativa nº01/13)

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Currículo Integradorda
Infância Paulistana

• Disponível no Portal SME,


através do link:

https://acervodigital.sme.prefeitu
ra.sp.gov.br/acervo/curriculo-
integrador-da-infancia-
paulistana/
(Na página “Educação Infantil –
Documentos Institucionais”)

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Currículo Integradorda
Infância Paulistana

Link do vídeo:

(175) CURRÍCULO INTEGRADOR DA


INFANCIA PAULISTANA - YouTube

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O que nos une?

⚫Concepção de criança/infância;
⚫Princípios da Pedagogia da Infância;
⚫A organização dos espaços tempos;
⚫A valorização do brincar, do lúdico, da
imaginação e das interações;
⚫As diferentes leituras que as crianças fazem
do mundo por meio de suas manifestações
expressivas – múltiplas linguagens.

Currículo que integra as Infâncias permite o


diálogo da
Educação Infantil com o Ensino Fundamental
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CONCEPÇÕES DE CRIANÇA E
INFÂNCIAS:

• Defesa de que a Infância não se


encerra aos 05 anos quando as crianças
saem da Educação Infantil.

• Sua entrada no Ensino Fundamental,


não a destitui dessa categoria que
segundo alguns autores se estendem
até aos doze anos, ECA por exemplo.

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre


a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:
Considera:
⚫A criança como centro do Projeto Político
Pedagógico refletindo isso em suas práticas
cotidianas;

⚫A relação democrática entre adultos e as crianças;

⚫A possibilidade de parceria entre escola e a família;

⚫A diversidade cultural, de gênero e de etnia das


crianças e suas famílias;

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre a


Educação Infantil e o Ensino Fundamental:
Considera:
⚫A não fragmentação do conhecimento;

⚫As múltiplas linguagens que emergem das


brincadeiras das crianças como os meios pelos quais
elas experimentam e interpretam, conhecem e
constroem seus conhecimentos sobre si e sobre o
mundo;

⚫A linguagem midiática como elemento cultural


que potencializa o uso das tecnologias;

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre


a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:
Considera:
⚫O tempo e o espaço como elementos
fundamentais desse currículo;

⚫Os materiais disponíveis às crianças em seu cotidiano


e em suas brincadeiras como mobilizadores das
experiências criativas, socioculturais, da sensibilidade,
das vivências estéticas, das possibilidades de
construção de hipóteses e teorias infantis;

⚫A relação da infância com a cidade.

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Um Currículo que permite o diálogo


entre a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental:
Rompe com a cisão entre:

⚫A Educação Infantil e Ensino


Fundamental;
⚫O corpo e a mente;
⚫O brincar e o aprender;
⚫A razão e a fantasia;
⚫A experiência e a atividade;
⚫As concepções e as práticas.

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Como vemos a brincadeira?


⚫É uma maneira singular da criança se expressar, de
conhecer, de investigar e de compreender a
cultura na qual ela está inserida;

⚫Um direito da criança e deve ser assegurado;

⚫Como uma forma de expressão;

⚫Como possibilidade de vivenciar as experiências


culturais através das quais estabelece relações com
o mundo, com seus pares e com os adultos;

⚫Como uma forma pela qual constrói conhecimento.

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Como vemos a brincadeira?

• É durante a brincadeira de papéis que meninos e meninas desenvolvem sua


personalidade por meio do aprendizado do controle da vontade e do colocar-
se no lugar de outra pessoa.

• Ao criar condições adequadas para que a brincadeira ocorra, professoras e


professores do Ensino Fundamental e da Educação Infantil criam condições
para uma educação promotora do máximo desenvolvimento humano na
infância.

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“Onde é o parque? Que hora vamos poder


brincar? Aqui não tem brinquedos?”

• Bebês, crianças e suas infâncias têm sido considerados?

• Ou as crianças têm sido transformadas precocemente em alunos?

• Como tais questões têm sido respondidas tanto do ponto de


vista individual de cada educadora e educador, como do ponto de
vista coletivo?

Tais reflexões legitimam e fortalecem as bases do Projeto Político


Pedagógico de cada unidade quando estão presentes nos espaços de
formação permanente na educação infantil e no ensino fundamental,
envolvendo professoras e professores, as famílias e a comunidade.

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As diferentes leituras que as


crianças fazem do mundo
• As múltiplas linguagens como forma de manifestação,
expressão e conhecimento de mundo fazem parte do universo
infantil

• Garantir experiências integradoras sem fragmentá-las como


conteúdos disciplinares

• Dialoguem com as diversas culturas, que


considerem as diferenças e aproximem as crianças das
práticas sociais.

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O que buscamos?
Que a transição da educação infantil para o
ensino fundamental seja:
• um momento positivo que respeita o desejo de
conhecer e considere a continuidade do
processo de aprendizagem.
• articulada com ritos de passagem significativos
com ações conjuntas entre as duas etapas
da educação básica.
• significativa considerando os contextos
próximos do universo dos meninos e meninas.

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A cultura da leitura e da escrita : a


função
social e a beleza poética
• Na creche: quando educadoras/es e professoras/es leem
para as crianças, deixam livros bonitos e atraentes
em prateleiras na altura dos olhos e das mãos do bebês,
usam livros e revistas para contar histórias e ler
sobre tema de interesse das crianças. Também
quando educadoras/es e professoras/es escrevem
pequenas histórias que as crianças narram.
• Na pré-escola: o convívio das crianças com a cultura escrita
apresentada sempre como textos informativos,
histórias, formas de registro para organização do dia
[enfim, a escrita utilizada em sua função social] se
amplia e a autoria em textos em que a professora é a
escriba do grupo vai criando nas crianças a atitude
própria ao ato de escrever.

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A cultura da leitura e da escrita : a


função
social e a beleza poética
• No Ensino Fundamental: a relação com a
cultura escrita [não com letras ou sílabas]
se aprofunda e a convivência das crianças
com os textos escritos vai aos poucos se
tornando consistente, sem perder de vista
que escrever é um ato de expressão, não se
confunde com cópia nem com atividade
repetitiva de escrita de letras ou números.
Da mesma forma, ler é um ato de busca de
significados na mensagem lida por um
leitor.

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Documentação pedagógica e acompanhamento


das aprendizagens dos bebês e crianças na
Educação Infantil e no Ensino Fundamental

• Documentar, pressupõe contextualizar, conhecer,


olhar minúcias da realidade vivida coletivamente;

• A documentação pedagógica exige uma ação


sistemática e atenta de observação e de reflexão
sobre a vida diária na escola.

• Fundamenta-se numa concepção teórica e em


intenções pedagógicas que orientem as práticas
educativas na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental;

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Indicadores de Qualidade
da
Educação Infantil Paulistana
• Disponível no Portal SME,
através do link:
http://portal.sme.prefeitura.sp.go
v.br/Portals/1/Files/25101.pdf

(Na página “Educação


Infantil
– Documentos Institucionais”)

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O que são os Indicadores de


Qualidade da Educação
Infantil Paulistana?
• É um instrumento de autoavaliação
institucional participativa destinado a todas
as unidades diretas, indiretas e parceiras da
Rede Municipal de Ensino de São Paulo e tem
como foco o contexto educativo, o que
significa que ele visa promover o debate
sobre as condições necessárias para uma
Educação Infantil de qualidade.

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Como a Qualidade é entendida?

Este documento representa, como nos aponta


Bondioli (2003), a compreensão de que a Qualidade:

• não é um valor absoluto, não é um produto, não é um


dado,

• mas sim se constrói, através da consciência, da troca


de saberes, do confronto construtivo de pontos
de vista, do hábito de pactuar e examinar a
realidade, da capacidade de cooperar para
aspectos da “transformação para melhor”.

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Antecedentes
Indicadores da Qualidade na Educação Infantil
• Indicadores da qualidade na educação
infantil
• Ação
Educativa/UNICEF/UNDIME/Orsa/ME
C, 2009
• Monitoramento do uso do Indique EI
• Pesquisa: Ação
Educativa/UNDIME/UNICEF
• 44% dos 5. 700 municípios do Brasil
• Quase metade utilizava o Indique EI
• Diversos usos

• São Paulo não se incluía nessa


política e praticava outro tipo de avaliação
excluindo a participação das famílias,
crianças e demais funcionários.
• Avaliação institucional ficava
restrita a equipe gestora das Unidades
Educacionais.

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O que consideramos
em sua elaboração?

• Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação Infantil (2010);

• Indicadores da Qualidade na Ed. Infantil (MEC,


2009);

• Orientação Normativa 01/13;

• Percursos de 2013, 2014 e 2015

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A experiência paulistana
OBJETIVOS

✔ Fortalecimento dos
profissionais que atuam
diretamente na UE
✔ Diálogo entre
educadores e família
✔ Incentivo a práticas de gestão
democrática
✔ Aperfeiçoamento do projeto
pedagógico da unidade
✔ Colaboração entre as equipes
de DREs e das unidades
✔ Elaboração do document
paulistano
✔ A melhoria da qualidade da EI
paulistana

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Metodologia da autoavaliação
- Participação de toda a equipe da
unidade, incluindo pessoal
operacional
- Participação de pais e representantes
da comunidade
- Uso de cartões coloridos para indicar
níveis de qualidade: verde, amarelo,
vermelho
- 4 a 5 horas de discussão de grupos

- 1 – pequenos grupos mistos avaliam


cada um, uma das 7 dimensões
2 – plenária discute e avalia todas
as dimensões
3 – plenária elabora um plano de
ação com prioridades para a
unidade e demandas para outras
instâncias

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O processo desenvolvido na rede municipal de São


Paulo 2013/2016
Autoavaliação por adesão em 441 unidades com uso
do Indique nacional – 2013/2014

Registro e troca de experiências; seminários com


especialistas nacionais - 2014

Elaboração da versão preliminar do instrumento paulistano por


um GT representativo da rede – 2014/2015

Autoavaliação e Plano de Ação previstos no


calendário escolar e realizados em toda a rede –
2015
Revisão e publicação dos Indicadores de
Qualidade da Educação Infantil Paulistana – início
de 2016

Autoavaliação e Plano de Ação previstos no


calendário escolar e realizados em toda a rede –
2016

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Indicadores:
1.1 Projeto Político Pedagógico construído
e conhecido por todos

1.2 Planejamento , acompanhamento,


documentação pedagógica e avaliação

1.3 Gestão Democrática

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Indicadores:

2.1 Escuta de bebês e crianças em suas


diferentes formas de se expressar
2.2 As vozes infantis no planejamento e na
formação
2.3 Autoria, participação e escuta na
documentação pedagógica e avaliação

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Indicadores:
3.1 Bebês e crianças construindo sua autonomia
3.2 Bebês e crianças vivendo experiências com o
próprio corpo
3.3 Bebês e crianças expressando-se por meio de
diferentes linguagens que permitem experiências
agradáveis, estimulantes
e enriquecedoras
3.4 Bebês e crianças reconhecendo
e construindo culturas infantis por meio
dos brinquedos e brincadeiras
tradicionais
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Indicadores:
4.1 Interação criança/adulto

4.2 Interação criança/criança

4.3 Interação adulto/adulto

4.4 Interação Unidade Educacional/


Comunidade

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Indicadores:
5.1 Currículo e prática pedagógica

5.2 Relacionamentos e atitudes

5.3 Atuação dos Profissionais

5.4 Construção positiva da identidade

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Indicadores:
6.1 Ambientes espaços, materiais e
mobiliários

6.2 Tempos destinados às diferentes


experiências

6.3 A exploração dos espaços do CEU

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Indicadores:
7.1 Promoção da saúde e bem-estar
7.2 Responsabilidade pela alimentação
saudável dos bebês e crianças
7.3 Limpeza, salubridade e conforto
7.4 Segurança

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Indicadores:
8.1 Formação continuada da equipe
docente
8.2 Formação continuada da equipe
gestora
8.3 Formação continuada da equipe de
apoio
8.4 Condições de trabalho

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Indicadores:
9.1 Respeito , acolhimento e adaptação

9.2 Participação da Unidade Educacional


na Rede de Proteção dos Direitos de
todas as crianças

9.3 A Unidade Educacional na


Cidade Educadora

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Participação das famílias


▪ Um dos objetivos cuja concretização ultrapassou as mais
otimistas previsões
▪ As famílias participaram ativamente , surgindo diversas
propostas para incentivar o diálogo unidade educacional/família.
▪ Ocorreu uma maior aproximação entre familiares e UEs nos
dois últimos anos.
▪ A participação das famílias incentivou o debate sobre gestão
democrática e papel do Conselho Escolar (e sua criação nas
unidades conveniadas).
▪ Uma das principais dificuldades mencionadas pelas UEs foi a
necessidade de explicar aos pais detalhes do trabalho
pedagógico realizado com as crianças, o que também
foi reconhecido como prova do interesse das famílias
em conhecer melhor o projeto educativo da unidade.

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Plano de Ação: aspectos


importantes
• Refletir sobre como será o acompanhamento do
Plano de Ação ( comissão de acompanhamento, Conselho
de Escola, uso de painéis, informativos, outras
possibilidades), pois ele deve ser revistado durante
todo o ano.

• Integração das metas do Plano de Ação aos


demais instrumentos de planejamento como o Projeto
Político Pedagógico e o Projeto Especial de Ação.

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Algumas questões para refletir:


• Qual a representatividade dos resultados
apresentados?
• O que podemos fazer para que o uso dos Indicadores
não se torne uma ação episódica?
• A autoavaliação pode contribuir para a melhoria da
qualidade da educação infantil?

73

Lembrete importante
Plano Municipal de Educação:
• Meta 3- Fomentar a qualidade da Educação Básica
em todas as etapas e modalidades, com a melhoria
do fluxo escolar e da aprendizagem.

• Estratégia 3.1. Construir padrões e indicadores de


qualidade da educação básica no sistema municipal de
ensino para uso da autoavaliação das unidades
educacionais, assim como para definição dos
parâmetros de melhoria do sistema municipal,
valorizando a participação popular.
De Olho nos Planos - www.deolhonosplanos.org.br

74

37
08.01.2024

Obrigada pela atenção!

Boa sorte a todas e todos no concurso!

sonialv641@gmail.com

Sonia Larrubia
Valverde

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