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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Resolução n.05 de 17 de dezembro de 2009:


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL


O que são?
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil são normatizações
obrigatórias que orientam as instituições de educação infantil na elaboração de sua
proposta pedagógica.

1
O QUE DIFERENCIA O DCNEI DO RCNEI?

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) era mais como uma
orientação dos conteúdos e objetivos de aprendizagem e que a aprendizagem depende
dos estímulos dos adultos;
O RCNEI (1998) não trazia a criança e sua identidade como foco principal;
DCNEI (2009) coloca a criança no centro e se aprofunda em como garantir o que ela tem
direito de aprender com as interações e na brincadeira.

O que diferencia a
BNCC do DCNEI?

2
Concepção da criança
na DCNEI Concepção da criança na BNCC

Intensifica a visão da criança


como protagonista no seu 2
processo de aprendizagem, ou 0
2 seja, a criança é 1
parte integrante, é ativa nas 7
0 Sujeito histórico e de direitos que,
construções e propostas de
nas interações, relações e práticas
0 cotidianas que vivencia, constrói atividades, e não é
sua identidade pessoal e coletiva, somente receptora de
9 brinca, imagina, fantasia, deseja, informações, assim sendo, ela
aprende, observa, experimenta, interage, cria, recria, e cria
narra, questiona e constrói
sinapses aprimorando assim o
sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura. desenvolvimento.

DEFINIÇÃO DE CURRÍCULO NA DCENI


Qual a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando você escuta a palavra currículo?
Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com
os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental,
científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças
de 0 a 5 anos de idade.

PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA: ENCONTROS POSSÍVEIS?


"Toda vez que eu leio ou estudo algumas coisas de Paulo Freire ou
sobre Paulo Freire eu penso: gente, Paulo Freire está presente nos
quatros cantos da educação infantil. Quer dizer, ele pode estar
presente em todos os cantinhos… em toda parte. A pedagogia dele é
um desafio para quem trabalha com as crianças. Nas rodas de
conversa, por exemplo, quando as crianças procuram entender o
mundo a partir delas próprias, quando elas interpretam as realidades
e apontam criticamente formas de mudar o mundo, o seu mundo? "

3
CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA

AS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL


O segundo diz respeito à descoberta das formas mais adequadas para
transmitir esses elementos culturais e garantir sua apropriação, ou seja,
diz respeito à “organização dos meios (conteúdos, espaço, tempo e
procedimentos) através dos quais, progressivamente, cada indivíduo
singular realize, na forma de segunda natureza, a humanidade
produzida historicamente” (SAVIANI, 2005, p. 14).

RESOLUÇÃO Nº 5 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009

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PROPOSTA PEDAGÓGICA E AS INFÂNCIAS DO CAMPO
As propostas pedagógicas da Educação Infantil das crianças filhas de agricultores
familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da
reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, devem: reconhecer os modos
próprios de vida no campo como fundamentais para a constituição da identidade das
crianças moradoras em territórios rurais (DCNEI,2010).

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QUAL O TEMPO IDEAL PARA UMA CRIANÇA FICAR NA ESCOLA?
A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino
Fundamental.
As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas próximas às residências das
crianças.
Em tempo parcial de no mínimo 4 horas diárias, e integral a jornada deve ser igual ou
superior a 7 horas diárias compreendendo o total que permanece na instituição.

FUNÇÃO SOCIOPOLÍTICA E PEDAGÓGICA DAS INSTITUIÇÕES DE


EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Libâneo, ao tratar das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na EI, ensina que
elas “têm como fundamentos norteadores princípios éticos, políticos e estéticos, de
forma que as instituições de educação infantil desenvolvam propostas pedagógicas e
assim cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica”.

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INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
De acordo com Kishimoto (1999, p. 11):

(...) o jogo e a criança caminham juntos desde o momento em que se fixa a imagem da
criança como um ser que brinca. Portadora de uma especificidade que se expressa
pelo ato lúdico, a criança carrega consigo as brincadeiras que se perpetuam e se
renovam a cada geração.

O CUIDADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Na perspectiva das DCNEI (2009 p. 10) o cuidado: é compreendido na sua dimensão
necessariamente humana de lidar com questões de intimidade e afetividade, é
característica não apenas da Educação Infantil, mas de todos os níveis de ensino.
Na Educação Infantil, todavia, a especificidade da criança bem pequena, que necessita
do professor até adquirir autonomia para cuidar de si, expõe de forma mais evidente a
relação indissociável do educar e cuidar nesse contexto.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, estes documentos trazes suicídios normativos para o trabalho com crianças em
creches e pré-escolas e devem ser seguidos por todas as instituições e por todos os
educadores dessa modalidade. Entretanto sabemos também que o campo da Educação
Infantil está em constante processo de revisão de concepções de educação,
desenvolvimento humano, currículo e de prática pedagógica e que deste modo torna-
se extremamente necessário que estes documentos sejam sempre revisados no intuito
de atender as demandas destas crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: Formação Pessoal e Social. Vol 2.
Brasília: MEC/ SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. Vol 3.
Brasília: MEC/ SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/ SEB, 2010.

8
“Cada criança é como é,
única, especial, sensível, inteira.
Todas as crianças estão em permanente
estado de transformação,
permeáveis que são ao mundo,
aos outros, aos ambientes,
às palavras e expressões que absorvem,
aos estímulos que recebem ou à falta destes.
Cada criança é como é.
E nosso desafio não é mudá-las,
mas conhecê-las e aceitá-las
acolhê-las e propiciar situações
para que tenham vez e voz.
Dar-lhes espaços, tempos e respiros
para serem quem são."

Adriana Friedman

"A vez e a voz das crianças"

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REFLEXÕES INICIAIS

REFLEXÕES INICIAIS

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O BRINCAR
Uma atividade muito importante para a criança pequena é o brincar.

O BRINCAR NAS DIRETRIZES


Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e para construir o novo,
conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se
distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso
que deles faz.

INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS
Pelo brincar, as crianças imitam o conhecido, constroem o novo, assumem personagens,
transformam objetos, desenvolvem sua criatividade e linguagem.
Brincando, as crianças ampliam suas experiências.

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CANTO DE UM POVO DE UM LUGAR

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALEMAGNA, Beatrice. O que é uma criança? 1º Edição, 2010, Edição:
WMF Martins Fontes.
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2a ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
KULHMANN JR., M. Histórias da Educação Infantil Brasileiras. Revista Brasileira de
Educação, nº14, mai/jun/jul/ago de2000.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NASCIMENTO L.B.P. Crianças pequenas e a produção de culturas. In GOBBI e
NASCIMENTO. Educação e Diversidade Cultural : desafios para os estudos da infância e
da formação docente. São Paulo: Junqueira e Marin, 2012.
SARMENTO, M.J. Visibilidade social e estudo da infância. IN VASCONCELOS, V. e
SARMENTO M.J. (org). Infância (In) Visível. Araraquara: Junqueira e Marin, 2007,p.25-49

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O fato de a criança, desde muito cedo,
poder se comunicar por meio de gestos,
sons e mais tarde representar
determinado papel na brincadeira faz
com que ela desenvolva sua imaginação.

AS BRINCADEIRAS
A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras.

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A brincadeira, sempre que possível, deve incluir o mundo adulto, na forma de faz-de-
conta.
A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual.

OS BRINQUEDOS
É nítida a importância dos brinquedos no desenvolvimento da criança, pois auxiliam no
desenvolvimento cognitivo e motor.
Os brinquedos são considerados importantes aliados no processo de aprendizagem das
crianças, em especial as que apresentam certa deficiência.

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A BRINCADEIRA PODE OU NÃO USAR O BRINQUEDO
Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-
la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras,
enfim existe maior liberdade de ação para as crianças.

BRINQUEDOS CANTADOS
A escola tem o papel importantíssimo de incentivar os brinquedos cantados para que
esse repertório imenso possa continuar fazendo parte da nossa cultura.
Brincar e cantar juntos anula as diferenças sociais, e desenvolvem nos professores e
alunos o sentido real de cidadania, pois se transformam em agentes de transmissão e
multiplicação do conhecimento.

Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

OS JOGOS PODEM SER DIVIDIDOS EM:


Jogos motores – têm como principal objetivo o desenvolvimento, o aprimoramento ou
a manutenção das capacidades físicas e das habilidades motoras.

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OS JOGOS PODEM SER DIVIDIDOS EM:
Jogos cognitivos – são aqueles que estimulam e desenvolvem funções cognitivas como
a percepção, atenção, memória, linguagem, as funções executivas.

OS JOGOS PODEM SER DIVIDIDOS EM:


Jogos afetivos - são aqueles que possibilitam às crianças trocas afetivas intensas na sua
realização. Requerem socialização.

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DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos,
com diferentes parceiros [...], ampliando e diversificando seu acesso a produções
culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
BNCC, 2018, p. 38

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALEMAGNA, Beatrice. O que é uma criança? 1º Edição, 2010, Edição:
WMF Martins Fontes.
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2a ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NASCIMENTO L.B.P. Crianças pequenas e a produção de culturas. In GOBBI e
NASCIMENTO. Educação e Diversidade Cultural : desafios para os estudos da infância e
da formação docente. São Paulo: Junqueira e Marin, 2012.
SARMENTO, M.J. Visibilidade social e estudo da infância. IN VASCONCELOS, V. e
SARMENTO M.J. (org). Infância (In) Visível. Araraquara: Junqueira e Marin, 2007,p.25-
49.

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ROTINAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA

Rotina, s.f (do francês, route, caminho).


Hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo.
Sequência de instruções ou de etapas na realização de uma tarefa ou atividade
(PRIBERAM, 2020).

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INTRODUÇÃO AO TEMA
A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança
sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior
facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que
uma rotina desestruturada pode causar.

A ROTINA DA EDUCAÇÃO INFANTIL


A rotina da educação infantil precisa levar em conta as necessidades biológicas, sociais
e psicológicas das crianças.
Biológicas - Descanso, higiene e alimentação.
Sociais - Atividades relacionadas ao estilo de vida da
escola e da comunidade.
Psicológicas: Individualidades na aprendizagem e comportamentos das crianças.

COMO MONTAR UMA ROTINA?


Acolhida;
Historinha;
Registro/Chamadinha;
Atividades;
Higiene das mãos;
Lanche;
Brincadeiras
Atividades complementares;
Saída.

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O BRINCAR NA ROTINA DA CRECHE
Brincar é a linguagem natural da criança, e a mais importante delas.

CUIDAR E EDUCAR COMO PARTE DA ROTINA NA CRECHE


Outro ponto que deve ser articulado com o ato. Conforme, Barbosa (2006, p.35-39),
rotina é uma categoria pedagógica que os responsáveis pela educação infantil
estruturam para, a partir dela, desenvolver o trabalho cotidiano nas instituições de
educação infantil.
As rotinas são importantes na Educação Infantil porque possibilita constituir uma visão
própria de concretização paradigmática de uma concepção de educação e cuidado.

21
PODEMOS CONCLUIR QUE...

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL


Conforme os RCN’s (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, p. 57,
1998), o momento em que é incluído na rotina, o banho precisa ser planejado preparado
e realizado como um procedimento que tanto promove o bem-estar quanto um
momento no qual a criança experimenta sensações, entra em contato com a água e com
objetos, interage com o adulto e com outras crianças. A organização do banho na creche
precisa prever condições materiais, como banheiras seguras e higiênicas para bebês,
água limpa em temperatura confortável, sabonete, toalhas, pentes etc.

AO PENSARMOS NA ROTINA, ESTAMOS PENSANDO EM...

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A HORA DA HISTÓRIA
Na rotina da educação infantil contar histórias é um extraordinário meio de trabalho
para o professor, nesta fase a criança passa por inúmeras transformações, e começa a
adquirir novas habilidades e conceitos, é a fase de aquisição de conhecimentos, por esse
motivo, ao incentivar a criança a ficar em contato com livros e ouvir histórias está
possibilitando a elas o pleno desenvolvimento cognitivo, imaginário, desenvolve seus
sentimentos e emoções, através da contação de histórias vê-se o prazer e a felicidade
que a criança sente.

A HORA DA ATIVIDADE
A hora da atividade nesse momento é necessária para explicação do conteúdo o qual
será desenvolvido determinada atividade pedagógica, organizar as crianças de acordo
com a atividade a ser aplicada, se em grupos ou individual, em algumas situações as
atividades podem ser planejadas e executadas foras da sala, em um passeio, por
exemplo, para observar as árvores no dia da árvore, ou as flores na primavera, ou uma
visita ao centro para ver os semáforos na semana do trânsito.

A HORA DA BRINCADEIRA
A hora da brincadeira- brincadeira é o processo de educação da criança e temos que
reconhecer o brincar em toda a sua possibilidade e o seu potencial educativo. É
necessário que os educadores infantis realizem um vasto trabalho para informar à
sociedade que o “brincar” não é uma perda de tempo, mas um processo pelo qual a
criança deve passar.

HORA DO LANCHE
Os professores podem incentivar as crianças a servirem-se sozinhas durante as
refeições, colaborando para que elas adquiram autonomia própria para escolher os
alimentos e utilizar os utensílios de forma correta (copos, pratos e talheres).
Após esse momento descrito acima, a professora leva as crianças para o parque. Ela leva
vários potes vazios de sucatas para as crianças brincar na areia.

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ROTINA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
O Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE fomenta a inclusão da Educação
Alimentar e Nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo
currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de
práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional.

HORA DA ALIMENTAÇÃO
Após o banho as crianças ficam sentadas na sala cantando musiquinhas a espera do
horário do almoço.
Durante o momento do almoço, elas formam filam e se dirigem para o refeitório
acompanhadas da professora e da auxiliar de sala. Como rotina, as crianças realizam
uma oração e cantam a musiquinha “Almoço”. Em seguida, a professora serve o prato
pronto para as crianças que estão na mesa do refeitório esperando.
Percebe-se que tinham algumas crianças que ainda não adquiriram o gosto pelas
verduras, e choravam para não comer. Outras queriam apenas comer um tipo de
alimento tais como, arroz ou feijão.

A HORA DO LANCHE E DA HIGIENE BUCAL E CORPORAL


A hora do lanche e da higiene bucal e corporal esse momento é muito importante para
o professor fazer com que as crianças aprendam de forma prazerosa e lúdica os hábitos
e práticas de higiene, incentivando-as a conhecer e a cuidar do próprio corpo, promover
uma conversa informal com as crianças sobre a importância de tomar banho, pentear
os cabelos, usar roupas limpas, escovar os dentes, lavar as mãos ao usar o banheiro e
antes das refeições, etc. desenvolver a socialização, o respeito entre si, desenvolver a
autonomia e a identidade, entre outros aspectos.

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CONSTRUÇÃO DE HÁBITOS DE HIGIENE
A infância representa um período extremamente importante para o futuro da saúde
bucal do indivíduo. Nessa fase, as noções e os hábitos de cuidados com a saúde devem
começar a se formar, permitindo assim que as ações educativas implementadas mais
tarde se baseiem no reforço de rotinas já estabelecidas, sendo, portanto, um período
propício ao aprendizado, especialmente se consolidado sob supervisão.

BANHO NA CRECHE
Esse momento do banho pode ser transformado em uma atividade lúdica e de
aprendizagem, organizando o ambiente de modo a promover a autonomia das crianças,
brincadeiras e prazer, ao invés de mordidas e choros. É importante nesse momento, a
ajuda do educador para coordenar a organização, na medida em que ele conhece os
objetos pessoais e as diferenças de cada criança
(ROSSETTI-FERREIRA, 1998, p. 115).

ROTINA DE BANHO DE SOL


Por meio dos raios do tipo ultravioleta B, o organismo obtém a vitamina D e, com ela,
melhora a absorção do cálcio, fortalecendo os ossos. Por isso, o sol é fundamental para
a saúde da criança, que está em fase de crescimento ósseo.

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HORA DA SONECA
Uma soneca durante o dia é fundamental até os 3 anos: revitaliza, relaxa e aumenta a
disposição. Em geral, elas ocorrem em dois momentos do dia, geralmente entre manhã
e tarde. Possibilitando para que o bebê esteja mais relaxado para almoçar, ter mais
apetite, além de auxiliar o ciclo circadiano dessa fase da vida. Quando não acontece, a
criança pode ficar irritada, e a fala e os movimentos, mais lentos.

A ROTINA DE SONO NA CRECHE


Após o almoço as crianças são levadas ao banheiro para lavar as mãos e em seguida ir
novamente para a sala se preparem para a hora do sono que acontece por volta das
onze horas.
Levando em consideração as observações em relação a hora do “sono” na educação
infantil, os professores precisam compreender que esse momento deve ter um olhar
pedagógico por meio de planejamento e organização oferecendo um ambiente
favorável de descanso para às crianças. Após acomodar as crianças para dormir a
professora encerra o seu trabalho no turno matutino. As crianças ficam com a auxiliar
durante o momento do soninho.

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SONO EM CADA FAIXA ETÁRIA
O sono não deve ser entendido sempre da mesma maneira para cada faixa etária, pois
cada criança possui ritmo próprio em relação às horas de sono de que necessita para
seu descanso. Desta forma, quanto menor a criança, mais tempo ela dormirá [...]. O
importante é proporcionar às crianças outras opções, além do vídeo ou da música
clássica, muitas vezes usada como estratégias para as crianças dormirem. Cabe a escola
tentar alternativas adequadas para sanar este problema
(CRAIDY e KAERCHER, 2001, p. 34).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A rotina na educação infantil precisa ser planejada estrategicamente para gerar
interesse nos alunos. Apenas, assim, será possível transformar essa técnica em
resultados satisfatórios. Na verdade, ela é a aplicação de horários e atividades definidas
durante todos os dias da semana em que a criança estiver na escola.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Por Amor e Por Força: Rotinas na Educação Infantil.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF,
1998.
GOLDSCHMIED, E.; Jackson, S. Educação de 0 a 3 anos: o atendimento em creche. 2.ed.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
OSTETTO, Luciana Esmeralda (org.). Encontros e encantamentos na educação infantil:
partilhando experiências de estágios. Campinas, SP: Papirus, 2000.

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COMO O ESPAÇO TORNA–SE ELEMENTO CURRICULAR?

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO


BÁSICA
Organização de Espaço, Tempo e Materiais
para efetivação de seus objetivos, as propostas pedagógicas das instituições de
Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a
organização de materiais, espaços e tempos que assegurem: as oitos condições da
questão estão corretas.

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Espaços
sensibilidade
estética

Físico
Ambiente
Estruturado

Internos Externos
Cantos Áreas de
Temáticos Interesse

ESPAÇO E AMBIENTE
1. Acolhedor e bonito;
2. Desafiador e inclusivo;
3. Pleno de interações, explorações e descobertas;
4. Limpo e seguro;
5. Acessível e ventilado;
6. Que tenham luminosidade;
7. Que garantam a saúde dos bebês e das crianças.

29
O CONTATO COM A NATUREZA

POSSIBILITAR EXPERIÊNCIAS CORPORAIS

30
OPORTUNIZAR O DESENVOLVIMENTO DO BRINCAR

DESENVOLVER A IMAGINAÇÃO

31
POSSIBILITAR AS INTERAÇÕES E AS BRINCADEIRAS

A MOBÍLIA E OS MATERIAIS TAMBÉM SÃO MEDIADORES DE


APRENDIZAGEM

Pátio Paredes

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CORREDORES DAS CRECHES

REFEITÓRIO DA CRECHE
Além de se constituir em um espaço para alimentação,
o refeitório deve ainda possibilitar a socialização e a autonomia das crianças.
Recomenda-se que seja articulado com a cozinha, contando com mobiliário móvel, que
viabilize diferentes organizações do ambiente. Deve seguir o dimensionamento de 1 m²
por usuário e capacidade mínima de 1/3 do maior turno, uma vez que não é necessário
nem recomendável que todas as crianças façam as refeições ao mesmo tempo.

REFEITÓRIO DA CRECHE

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BANHEIROS DA CRECHE
Os banheiros infantis devem ser implantados próximos às salas de atividades, não
devendo ter comunicação direta com a cozinha e com o refeitório. Sugerimos a seguinte
relação do número de crianças por equipamento sanitário:
1 vaso sanitário para cada 20 crianças;
1 lavatório para cada 20 crianças;
1 chuveiro para cada 20 crianças.
Devem ser previstos banheiros de uso exclusivo dos adultos, podendo acumular a
função de vestiário, próximos às áreas administrativa, de serviços e pátio coberto.

BANHEIROS DA CRECHE
Sugestões para aspectos construtivos: piso impermeável e de preferência
antiderrapante, de fácil conservação, manutenção e limpeza, com caimentos
adequados, de maneira que impeçam empoçamentos; paredes revestidas com material
impermeável, de fácil conservação, manutenção e limpeza, até uma altura mínima de
1,50 m; janelas com abertura mínima de 1/8 da área do piso, permitindo a ventilação e
a iluminação natural; as portas das cabines sanitárias individuais não devem conter
chaves ou trincos; as divisórias devem ser mais baixas, em torno de 1,50 m; os chuveiros
para crianças de 1 a 3 anos devem, sempre que possível, ser alteados, em torno de 40
cm, para facilitar o trabalho dos professores no momento do banho das crianças; as
bancadas dos lavatórios devem ter altura em torno de 60 cm; previsão de vaso sanitário,
chuveiro, cadeira para banho e lavabo para crianças com necessidades especiais;2
previsão de vaso sanitário e lavabo para adultos com necessidades.

BANHEIROS DA CRECHE

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ESPAÇO PARA CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
Espaço, assim como os demais espaços da instituição, o espaço destinado a esta faixa
etária deve ser concebido como local voltado para cuidar e educar crianças pequenas,
incentivando o seu pleno desenvolvimento. As crianças
de 0 a 1 ano, com seus ritmos próprios, necessitam de espaços para engatinhar, rolar,
ensaiar os primeiros passos, explorar materiais diversos, observar, brincar, tocar o
outro, alimentar-se, tomar banho, repousar, dormir, satisfazendo, assim, suas
necessidades essenciais. Recomenda-se que o espaço a elas destinado esteja situado em
local silencioso, preservado das áreas de grande movimentação e proporcione conforto
térmico e acústico.

ESPAÇO PARA CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO


Sala para repouso;
Sala para atividades;
Fraldário;
Lactário;
Solário.

ESPAÇO PARA CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO


Os ambientes para repouso e atividades são imprescindíveis. Os demais podem ser
substituídos por alternativas na organização do espaço institucional.

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ESPAÇO PARA CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
A) Sala para repouso
Recomenda-se que sua área permita o espaçamento de no mínimo 50 cm entre os
berços para facilitar a circulação dos adultos entre estes. Sugestões para os aspectos
construtivos: piso liso mas não escorregadio e de fácil limpeza; b c d a e > A 11 janelas
com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a iluminação
natural, visibilidade para o ambiente externo, com possibilidade de redução da
luminosidade pela utilização de veneziana (ou similar) vedada com telas de proteção
contra insetos, quando necessário; portas com visores, largas, que possibilitem a
integração entre as salas de repouso e de atividades, facilitando o cuidado com as
crianças; paredes pintadas com cores suaves; no caso de iluminação artificial, que seja
preferencialmente indireta.

B) Sala para atividades


Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil paredes
revestidas com material de fácil limpeza e manutenção, de cores claras e alegres; janelas
com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a iluminação
natural, possibilitando visibilidade para o ambiente externo, com peitoril de acordo com
a altura das crianças, garantindo a segurança; portas que possibilitem a integração com
a área externa (que pode ser um solário, parque, pátio, etc.), para banho de sol;
bancadas, prateleiras e/ou armários, tanto para guarda de fraldas, roupas de cama e
banho quanto para guarda de brinquedos e materiais utilizados pelas crianças. As
bancadas, as prateleiras e os armários destinados à guarda de brinquedos devem ser
acessíveis às crianças, mantendo-se uma altura em torno de 65 cm.

C) Fraldário local
O fraldário local para higienização das crianças, troca e guarda de fraldas e demais
materiais de higiene, pré-lavagem de fraldas de pano e eliminação de fezes. A opção
pela utilização de fraldas de pano ou fraldas descartáveis deve ser feita pelas famílias
em parceria com a comunidade escolar. Sugestões para aspectos construtivos: piso liso,
mas não escorregadio, lavável e de fácil manutenção; paredes revestidas em material
impermeável até uma altura mínima de 1,50 m, de fácil limpeza e manutenção.

D) Lactário
Local destinado à higienização, ao preparo e à distribuição das mamadeiras, prevendo
técnicas de higiene alimentar, de forma que se ofereça às crianças uma dieta saudável,
sem risco de contaminação. Esse local poderá ser implantado separadamente ou junto
da cozinha da instituição.

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E) Solário (área livre e descoberta para banho de sol)
Deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças atendidas,
recomendando-se 1,50 m² por criança, orientação solar adequada e estar contíguo à
sala de atividades, de uso exclusivo para essa faixa etária. Seu acesso deverá permitir o
trânsito de carrinhos de bebê, evitando-se desníveis que possam dificultar esta
circulação. Caso a instituição não possa contar com um solário específico para as
crianças de 0 a 1 ano, estas devem ser levadas para o banho de sol nas áreas externas
existentes.

SALAS DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS DE 1 A 6 ANOS

SALAS DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS DE 1 A 6 ANOS


O espaço físico para a criança de 1 a 6 anos deve ser visto como um suporte que
possibilita e contribui para a vivência e a expressão das culturas infantis – jogos,
brincadeiras, músicas, histórias que expressam a especificidade do olhar infantil. Assim,
deve-se organizar um ambiente adequado à proposta pedagógica da instituição, que
possibilite à criança a realização de explorações e brincadeiras, garantindo-lhe
identidade, segurança, confiança, interações socioeducativas e privacidade,
promovendo oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento.

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SALAS DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS DE 1 A 6 ANOS
Sugestões para aspectos construtivos: piso liso, de fácil conservação, manutenção e
limpeza, confortável termicamente, de acordo com as condições climáticas regionais;
paredes revestidas com material de fácil limpeza e manutenção, de cores claras e
alegres; janelas com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e
a iluminação natural e garantindo visibilidade para o ambiente externo, com peitoril de
acordo com a altura das crianças, garantindo a segurança; se possível, prever portas que
possibilitem a integração com a área externa; quadro e cabides acessíveis às crianças e,
quando possível, contemplar também quadro azulejado onde os trabalhos das crianças
possam ser afixados; bancadas, prateleiras e/ou armários, tanto para guarda das fraldas,
das roupas de cama e de banho quanto para guarda de brinquedos e materiais utilizados
pelas crianças.
As bancadas, as prateleiras e os armários destinados à guarda de brinquedos devem ser
acessíveis às crianças, mantendo-se uma altura em torno de 65 cm. Acima desta altura
devem ficar os materiais de uso exclusivo dos adultos; é recomendável que as salas para
as crianças de 1 a 2 anos estejam localizadas próximas ao fraldário ou que contenham
local apropriado para a troca de fraldas; prever espaço para colocação de espelho amplo
que possibilite a visualização das crianças; espaço para montagem e organização de
cantos de atividades. Atenção: Materiais que contêm substâncias químicas, tais como
de limpeza, de higiene pessoal, medicamentos, bem como de utilização exclusiva dos
adultos, entre outros, devem permanecer inacessíveis às crianças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educadora pode levá-las a lugares como o jardim, o pátio, o parquinho e até mesmo a
sala. Tanto a organização do tempo quanto a organização do espaço devem caminhar
junto, passando confiança e segurança para as crianças, fazendo com que assim elas
desenvolvam suas habilidades naturalmente.

38
REFLEXÕES INICIAIS

39
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1 - Fundamentos da inclusão;
2 - A legislação e a política educacional inclusiva;
3 - Políticas nacionais para a educação inclusiva;
4 -Adaptações curriculares.

40
“Dentre as atividades de atendimento educacional
especializado são possíveis programas de enriquecimento curricular, o ensino de
linguagens e códigos específicos de comunicação, sinalização e tecnologia assistiva. Ao
longo de todo o processo de escolarização esse atendimento deve estar articulado
com a proposta pedagógica do ensino comum.”
(HANSEL, A. F.; ZYCH, A. C.;GODOY, M. A., 2014, p. 22)

“A sociedade, mesmo reconhecedora dos direitos de cidadania de cada homem, ainda


desconhece suas reais funções enquanto educadora, junto à questão inclusiva, como
tendência introdutora de uma postura inovadora de formação do sujeito com
necessidades educacionais especiais.”
(HANSEL, A. F.; ZYCH, A. C.;GODOY, M. A., 2014, p. 7 e 8)

41
42
43
A rua de acesso à inclusão não tem um fim porque ela é, em sua essência, mais um
processo do que um destino.
A inclusão representa, de fato, uma mudança na mente e nos valores para as escolas e
para a sociedade como um todo (MITTLER, 2003, p. 36).

44
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.

O ART. 58 DA LEI Nº 9.394/96


Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação:
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para
atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

O ART. 59 DA LEI Nº 9.394/96


Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para
atender às suas necessidades;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para
a integração desses educandos nas classes comuns;

45
O ART. 60 DA LEI Nº 9.394/96
O art. 60 da Lei nº 9.394/96, cujo parágrafo único foi regulamentado pelo mesmo
Decreto, assim dispõe:

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de


caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em Educação Especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo
Poder Público.

Assim, a partir de 2010, os alunos com deficiência, com transtornos globais do


desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação serão contabilizadas
duplamente no âmbito do FUNDEB, quando matriculados em classes comuns do ensino
regular e no atendimento educacional especializado.

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA


EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
A nova Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva é
criada em janeiro de 2008.
Orienta os sistemas educacionais para a organização dos serviços e recursos da
Educação Especial de forma complementar
ao ensino regular.
A Educação Especial é de oferta obrigatória e de responsabilidade dos sistemas de
ensino.

46
META 4 DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (LEI 13.005/2014)
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso
à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema
educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.

LEI 13.146/2015 LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO


III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado,
assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características
dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições
de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; * Decreto
7611/2011

VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento


educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de
disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;

47
RESOLUÇÃO Nº 4 DE 2 DE OUTUBRO DE 2009
Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial

Art. 1º (...) (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de


Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.

RESOLUÇÃO Nº 4 DE 2 DE OUTUBRO DE 2009


Art. 6º Em casos de Atendimento Educacional Especializado em ambiente hospitalar ou
domiciliar, será ofertada aos alunos, pelo respectivo
Sistema de ensino, a Educação Especial de
Forma complementar ou suplementar.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

48
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS

A Lei nº 10.436/02
reconhece a Língua
Brasileira de Sinais –
Libras como meio legal
de comunicação e
expressão.

SISTEMA BRAILLE
Ela compreendendo o projeto da Grafia Braille para a Língua Portuguesa e a
recomendação para o seu uso em todo o território nacional.

UTILIZAÇÃO DO SOROBAN
O soroban mostrou-se uma importante ferramenta para o aprendizado de matemática,
em especial o conteúdo de multiplicação, bem como ajudou a trabalhar a concentração
e o raciocínio dos alunos. Assim, sugerimos e indicamos seu uso por todos, com
deficiência ou não, também nas salas das escolas regulares.

49
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
Orientação e mobilidade é a área da educação especial voltada a educação e a
reabilitação de portadores de deficiência visual, sejam por problemas congênitos ou
adquiridos.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida.

50
APROFUNDAMENTO DO REPERTÓRIO
Estudantes com altas habilidades/superdotação:
aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora,
artes e criatividade.

A Resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 10º..


O Projeto Político Pedagógico - PPP da escola de ensino regular deve institucionalizar a
oferta do AEE, prevendo na sua organização:
I - Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos,
recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
II - Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de
outra escola;
III - Cronograma de atendimento aos alunos;
IV - Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos,
definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;
V - Professores para o exercício do AEE;
VI - Outros profissionais da educação: tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais,
guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de
alimentação, higiene e locomoção;

51
VII - Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do
desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre
outros que maximizem o AEE.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A FORMAÇÃO DE


PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP nº 1/2002, que estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica,
define que as instituições de ensino superior devem prever, em sua organização
curricular, formação docente voltada para a atenção à diversidade e que contemple
conhecimentos sobre as especificidades dos estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

52
OBJETIVOS DOS PRIMEIROS SOCORROS
• PREVENIR
• ALERTAR
• SOCORRER

INTRODUÇÃO – LEI LUCAS


O que é a Lei Lucas?
A Lei Lucas (Lei Nº 13.722) estabelece a obrigatoriedade da “capacitação em noções
básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de
ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação
infantil”.

DETALHAMENTO – LEI LUCAS


ART. 1º
§ 1º O curso deverá ser ofertado anualmente e destinar-se-á à capacitação e/ou à
reciclagem de parte dos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino e
recreação a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo de suas atividades
ordinárias.

53
DETALHAMENTO – LEI LUCAS
ART. 2º
§ 2º Os estabelecimentos de ensino ou de recreação das redes pública e
particular deverão dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação das
entidades especializadas em atendimento emergencial à população.

DETALHAMENTO – LEI LUCAS


Art. 3º
São os estabelecimentos de ensino obrigados a afixar em local visível a certificação que
comprove a realização da capacitação de que trata esta Lei e o nome dos profissionais
capacitados.

DETALHAMENTO – LEI LUCAS


Art. 4º - O não cumprimento das disposições desta Lei implicará a imposição das
seguintes penalidades pela autoridade administrativa, no âmbito de sua competência:
l - Notificação de descumprimento da Lei;
ll - multa, aplicada em dobro em caso de reincidência;
lll - em caso de nova reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da
autorização concedida pelo órgão de educação, quando se tratar de creche ou
estabelecimento particular de ensino ou de recreação, ou a responsabilização
patrimonial do agente público, quando se tratar de creche ou estabelecimento público.

54
DETALHAMENTO – LEI LUCAS
Art. 5º - Os estabelecimentos de ensino de que trata esta Lei deverão estar integrados à
rede de atenção de urgência e emergência de sua região e estabelecer fluxo de
encaminhamento para uma unidade de saúde de referência.

DETALHAMENTO – LEI LUCAS


Art. 6º - O Poder Executivo definirá em regulamento os critérios para a implementação
dos cursos de primeiros socorros previstos nesta Lei.
Art. 7º - As despesas para a execução desta Lei correrão por conta de dotações
orçamentárias próprias, incluídas pelo Poder Executivo nas propostas orçamentárias
anuais e em seu plano plurianual.
Art. 8º - Esta Lei entra em vigor após decorridos 180
(cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

ANTES DE QUALQUER COISA ...


Procure manter a calma;
Cheque sinais vitais;
Procure o melhor local;
Se possível, não esteja só.

55
ITENS IMPORTANTES PARA A ESCOLA
Gaze
Compressa
Esparadrapo
Luvas descartáveis
Soro fisiológico
Band-aid
Termômetro
Álcool 70%
Pinças
Algodão
Papel toalha
Sabonete neutro
Lençóis descartáveis

56
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA


A população conta com serviços especializados para o atendimento de urgência e
emergência.
Os principais são:
SAMU — Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Corpo de Bombeiros e Polícia
Militar.

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA


Disque intoxicação.
(ANVISA)
0800-722-6001

57
“Os primeiros 10 minutos após um acidente são essenciais par salvar vidas. Atitudes
efetivas, de forma planejada, seguindo protocolos internacionais, podem prevenir
sequelas e evitar risco de vida das crianças.”
Instituto Infância Segura

ENGASGO
Engasgo, também chamado de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, pode
lavrar o cérebro, assim como os pulmões e o coração, suportam um tempo de isquemia
pequeno, de 04 a 06 minutos, a falta de oxigenação pode levar a uma parada respiratória
que leva consequentemente a uma parada cardiorrespiratória.

1ª CAUSA DE MORTE ACIDENTAL 810 VÍTIMAS CRIANÇAS ATÉ 14


ATÉ 1 ANOS ANOS EM 2015
Fonte: ONG Criança Segura Fonte: Ministério da Saúde

58
ENGASGO EM CRIANÇAS DE ATÉ 1 ANO ...

Vire a criança de costas com a cabeça mais baixa que o tronco;


05 (cinco) tapinhas nas costas (entre os ombros);
Vire a criança de frente e veja se ainda está engasgada;
Ainda engasgada? Efetue 05 (cinco) compressões abdominais com os dedos.

ENGASGO EM CRIANÇAS DE MAIS DE 1 ANO


– Abrace a criança por trás, colocando seus braços por baixo das axilas da vítima.
– Suas mãos devem estar posicionadas na região abdominal da criança, na linha do
umbigo. O ideal é que elas estejam bem firmes, uma mão segurando no punho da outra.
– Faça movimentos fortes e repetitivos até que a criança cuspir o que estiver obstruindo
a passagem de ar.

59
INTOXICAÇÃO = ENVENENAMENTO
1. Manter a calma;
2. Verificar a substância envolvida e o tempo decorrido;
3. Não provocar o vômito ou administrar substância via oral;
4. Não tomar medidas sem consultar profissional;
5. Acionar serviço médico de urgência.

EM CASOS DE INTOXICAÇÃO, FAÇA


1-Buscar o maior número de informações a respeito da origem dá intoxicação.
2-Se possível, recolher a fonte da intoxicação.
3- Evitar forçar vômito.
4-NÃO induzir ao consumo de qualquer substância.

PARADA CARDÍACA E/OU RISCOS DE PARADA


Os professores e funcionários devem estar preparados para:
- Saber realizar massagem cardíaca, devido a compressão do tórax.
- Utilizar Desfibrilador Externo Automático.

60
EM CASOS DE CARDIORRESPIRATÓRIA, FAÇA
1. Em caso de parada chamar pela vítima, na tentativa de verificar se está consciente ou
não.
2. Em seguida, verificar se a pessoa realmente não está respirando, colocando o rosto
perto do nariz e da boca e observando se o peito se mexe com as respirações:
Se estiver respirando: colocar a pessoa na posição lateral de segurança, chamar a ajuda
médica e avaliar frequentemente se a pessoa continua respirando.
Se não estiver respirando: chamar a ajuda médica, ou pedir a alguém que o faça, e iniciar
a massagem cardíaca.

PARA FAZER A MASSAGEM CARDÍACA DEVE-SE:


Colocar a pessoa de barriga para cima numa superfície dura, como uma mesa ou o piso;
Posicionar as duas mãos no ponto médio entre os mamilos da vítima, uma em cima da
outra, com os dedos entrelaçados;
Fazer compressões sobre o peito da vítima, com os braços esticados e fazendo pressão
para baixo, até que as costelas desçam cerca de 5 cm. Manter as compressões a um
ritmo de 2 compressões por segundo, até a chegada da ajuda médica.

61
Observação: A massagem cardíaca também pode ser feita intercalando 2 respirações
boca a boca a cada 30 compressões, porém, caso seja uma pessoa desconhecida ou caso
não se sinta à vontade para fazer as respirações, as compressões devem ser mantidas
de forma contínua até à chegada da ambulância.

EM CASO DE CONVULSÕES, FAÇA


Acionar o serviço móvel de emergência (192) ou solicitar para alguém que o faça.
Solicitar para que as pessoas se afastem (especialmente outras crianças) e pedir ajuda.
Apoiar a cabeça da vítima e lateralizar (virar a cabeça para o lado, isso permitirá a saída
da saliva e melhora da respiração).
Caso as contrações estejam muito fortes e impeçam a lateralização da cabeça, virar todo
o corpo da vítima.

PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE CONVULSÃO NA ESCOLA


Retirar objetos que possam machucar (óculos, pulseiras, relógios).
Afastar mobiliários que possam machucar (carteiras, mesas, cadeiras).
Garantir a privacidade da vítima (após um episódio de convulsão poderá ocorrer a perda
de fezes e urina).
Toda convulsão deverá ser avaliada por um médico, é importante que o SAMU (192)
encaminhe a vítima para um hospital preferencialmente e segundo a recomendação da
CODEPPS.

62
EM CASO DE FERIDAS ABERTAS, FAÇA
Avaliar o tamanho e profundidade do ferimento;
Evitar que a criança olhe para o ferimento;
Limpar o ferimento com soro ou água e sabão neutro;
Controlar o sangramento com compressão;
Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo.

EM CASOS DE FERRIMENTOS VOCÊ DEVE

63
EM CASO DE QUEIMADURAS, FAÇA
Avalie a gravidade das queimaduras;
Retire as roupas do local atingido respeitando a intimidade da criança;
Lave a área queimada com soro ou água, cobrindo com gaze;
Não utilize medicamentos no local.

EM CASO DE QUEIMADURAS, FAÇA

64
“EM CASOS DE QUEIMADURAS NÃO USE QUALQUER MEDICAMENTO NO LOCAL.”

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BERGERON, D. et al. Primeiros socorros. São Paulo: Ed. Atheneu, 2007.
BRASIL. Lei n. 13.722, de 4 de outubro de 2018. Torna obrigatória a capacitação em
noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos
de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação
infantil. Brasília: Senado Federal, 2018a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13722.htm. Acesso em: 18. abr. 2019.

PRÁTICAS PARA EVITAR ACIDENTES NA CRECHE


1. Identifique os locais que oferecem riscos de acidentes na escola.
2. Passe as orientações diariamente.
3. Adapte os espaços.
4. Identifique situações que provocam acidentes na creche.
5. Atente às regras da ABNT.

65
DADOS DE MORTALIDADE EM CRIANÇAS DE ZERO A NOVE ANOS

66
Receita médica, sempre. Medicamentos estão cada vez mais banalizados e seu uso
inadequado pode ter consequências sérias para a saúde. A decisão de medicar no
horário letivo não deve envolver apenas os pais e a escola, mas principalmente quem
receita. O ideal é que a escola administre os medicamentos enviados pela família
orientados devidamente por profissionais de saúde.

ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 0 A 1


ANO
Acidente do tipo:
Sufocamento (letal) e quedas (lesões);
Dicas:
Transportar o bebê no bebê conforto quando dentro de veículos;

67
Não dormir na mesma cama;
Não deixar o bebê sobre um apoio que seja alto e sem proteção como cama, poltrona,
trocador e colo de criança;
Não deixar o bebê mamar sozinho a mamadeira, pois há risco de engasgo e/ou aspiração
do leite.

DICAS DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 0 A 1 ANO


V. Não usar andadores;
VI. Nunca oferecer objetos de risco como potes de talco, embalagens de remédio, tubos
de pomada ou objetos pontiagudos;
VII. Nunca segurar o bebê no colo se estiver próximo a substâncias quentes, como café,
cigarro, chá, sopa;
VIII. Não incentivar brincadeiras com animais desconhecidos;
IX Jamais deixar objetos pesados, quebráveis ou medicamentos sobre móveis baixos e
acessíveis.

DICAS DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 2 ANO A 4


ANOS
Acidente do tipo:
2.Trânsito e afogamentos (letais) e queda e queimadura (lesões);
Dicas:
Proteger varandas, janelas e escadas com grades e redes;
Utilizar antiderrapantes em tapetes;
Restringir o acesso à cozinha durante o preparo das refeições;
Usar as “bocas” de trás do fogão com os cabos voltados para dentro;
Colocar protetores nas tomadas;

DICAS DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 2 ANO A 4


ANOS
VI. Limitar o acesso a banheiros, lavanderia e piscina;
VII. Não deixar baldes ou bacias com água em locais de fácil acesso às crianças;

68
VIII. Usar cadeiras apropriadas no automóvel para o transporte da criança;
IX. Manter medicamentos em recipientes com tampas de segurança e produtos de
limpeza em embalagens originais, em armários trancados. X. Isso vale para bebidas
alcoólicas;

DICAS DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 2 ANO A 4


ANOS
XV. Transmitir medidas educativas de proteção como subir escadas degrau por degrau,
usar capacete ou descer do sofá sentado;
XVI. Não deixar a criança andar sozinha na calçada, tendo as mãos dadas com um adulto
e do lado interno da calçada

DICAS DE SEGURANÇA POR FASE DO DESENVOLVIMENTO - 2 ANO A 4


ANOS
XI. Guardar em lugar seguro objetos pontiagudos e cortantes;
XII. Manter a supervisão constante;
XIII. Sempre ter em mente que a criança não reconhece os perigos e nem sabe se
proteger deles;
XIV. Programar “excursões supervisionadas” para suprir a curiosidade da criança: abrir
armário da cozinha ou gaveta do quarto e explorar fauna e flora no quintal;

69
Para uma correta prevenção de acidentes
Deve-se conhecer dados sobre a rotina de vida da criança: onde ela fica durante o dia, e
com quem, o ambiente de casa e da escola, os hábitos e os costumes da família, as
formas de lazer, as práticas esportivas, entre outras informações.

Prevenção de acidentes na infância é um assunto que envolve crianças, pais, educadoras


e responsáveis pelo ambiente no qual a criança convive, seja ele domiciliar, na creche
ou externo.
Sendo assim, é necessária a conscientização de todas essas classes no intuito de tornar
esta prevenção um modelo eficaz e capaz de reduzir a mortalidade e morbidade infantil.

PRINCIPAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS

70
PRINCIPAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
São patologias comuns na idade
Pré-escolar: infecções respiratórias (COVID-19, gripe comum, H1N1, H3N2, resfriados,
bronquites), varíola do macaco, otite, diarreia, inflamações (conjuntivite).

CUIDADOS NO MANEJO DE CRIANÇAS EM CRECHES


Observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há
notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem notificar os pais
quando a criança apresentar os sintomas citados acima.

CUIDADOS NO MANEJO DE CRIANÇAS EM CRECHES


Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar a transmissão da
doença.

CUIDADOS NO MANEJO DE CRIANÇAS EM CRECHES


Notificar a secretaria de saúde municipal, caso observem um aumento do número de
crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa.

71
PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO
Oferecer alimentação saudável e balanceada: Amamentação e alimentação saudável
são formas de reforçar a imunidade e, consequentemente, diminuir as chances de
contrair alguma doença. Uma alimentação insatisfatória e pouco nutritiva pode
provocar deficiências imunológicas.

Vacinação: A vacinação em dia é, sem dúvidas, uma ótima forma de prevenir doenças,
uma vez que as vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra
um determinado agente patogênico.

Ensinar a importância de lavar as mãos:


ensinar a criança a lavar as mãos é um ótimo exemplo de hábito de higiene simples que
está relacionado com a prevenção de várias doenças. Pode-se também enviar, na
mochila da criança, álcool gel para limpar as mãos antes de comer, por exemplo.

PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO
Ensinar e incentivar as crianças a lavram os brinquedos com água e sabão, quando
estiverem visivelmente sujos.
As medidas de higiene devem ser rigorosas em ambientes especiais, como creches,
devido à grande quantidade de indivíduos suscetíveis.
Explicar por que não devemos compartilhar objetos pessoais, tais como garrafinhas de
água: a prática de compartilhar copos, garrafas e outros objetos pessoais é comum entre
crianças, entretanto, eles podem ser veículos para a transmissão de doenças.

A PARTIR DE QUE IDADE A CRIANÇA DEVE USAR MÁSCARA?


A recomendação é que a máscara seja usada só a partir dos 2 anos, por causa do risco
de sufocamento.
De 2 anos a 6 anos, deve haver supervisão constante.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da
busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza
e da alegria.”
Paulo Freire

72
O Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 7/2011, estabelece em seu artigo 5º:
A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-
escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam
de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial,
regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos
a controle social.

O QUE FAZ UM AUXILIAR DE CRECHE?


O auxiliar de creche cuida da higiene e alimentação das crianças, além de prestar
suporte ao professor na promoção de atividades educativas, prevenção de acidentes,
criação de rotina e atenção aos alunos.

O QUE FAZ UM AUXILIAR DE CRECHE?

O QUE FAZ UM AUXILIAR DE CRECHE?


Por isso, o auxiliar de creche deve ser um profissional bem-preparado. Ele deve ser capaz
de auxiliar no crescimento desses indivíduos e estar atento a possíveis problemas de
saúde, como febre, para alertar os pais.

Quais são as principais atribuições do auxiliar de creche?


Dentre as principais atribuições do auxiliar de creche, podemos citar:
Auxiliar no preparo dos alimentos para os alunos e na hora das refeições;
Cuidar da organização do espaço e segurança das crianças;

73
Zelar pela higiene dos pequenos, por exemplo, trocando fraldas (se necessário) e
ensinando eles a lavar as mãos e escovar os dentes;
Ajudar o professor na elaboração e aplicação das atividades, além de promover
brincadeiras animadas que prendam a atenção dos alunos;
Observar o comportamento infantil e identificar possíveis sinais de alerta.

Características importantes para um auxiliar de creche.


O profissional que deseja atuar como auxiliar de creche deve ter algumas características
básicas, dentre elas:
Amar crianças;
Ser paciente e carinhoso (a);
Ser amigável e alegre;
Ter boa comunicação (para se comunicar com os pais e educadores);
Ter criatividade (importante para elaboração de atividades e brincadeiras);
Ter sensibilidade para detectar algum problema com a criança.
Além disso, para trabalhar como auxiliar de creche você também deve realizar cursos
específicos para aprender mais sobre a rotina escolar e sobre metodologias de ensino.
Entenda mais a seguir.
Eles ficam responsáveis por
oferecem cerca de 3 refeições
por dia, sendo café da manhã,
almoço e café da tarde.
Outro papel desse profissional
é cuidar da higiene dos
pequenos, ensinando-os bons
hábitos para que possam
adquiri-los. É o auxiliar quem
ensina hábitos como:
Escovar os dentes;
Lavar as mãos antes das refeições;
Manter as unhas limpas;
Ensinar a importância da roupa limpa;
Entre outros.

74
ÉTICA E CONSCIÊNCIA MORAL

CAPACIDADE PECULIAR DO HOMEM DE DISCERNIR O JUSTO E O INJUSTO, O CERTO E O


ERRADO, O BEM E O MAL.

ÉTICA = DISCIPLINA FILOSÓFICA = FILOSOFIA MORAL

NAS IDEIAS DO BEM E DA VIRTUDE


SÓCRATES: O PRIMEIRO A DISCUTIR SOBRE ÉTICA NO MEIO FILOSÓFICO.

75
ÉTICA PROFISSIONAL É COMPROMISSO SOCIAL:
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto,
adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as
regras propostas pela Moral e pelo Direito;
Ela é diferente de ambos - Moral e Direito -, pois não estabelece regras. Essa reflexão
sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

ÉTICA PROFISSIONAL: QUANDO SE INICIA ESSA REFLEXÃO?


Essa reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar-se
bem antes da prática profissional;
a fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser
permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas, ao escolhê-la,
o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório;
Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de
deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.

O QUE É ÉTICA PROFISSIONAL?


Ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar
seu comportamento profissional.
A Ética é importante em todas as profissões e para todo ser humano, para que todos
possam viver bem em sociedade.
Todos os códigos de ética profissional trazem em seu texto a maioria dos seguintes
princípios: honestidade no trabalho, lealdade na empresa, alto nível de rendimento,
respeito à dignidade humana, segredo profissional, observação das normas
administrativas da empresa e muitos outros.

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A ação para difundir os valores, a formação espiritual e social das consciências, a difusão
de uma mentalidade que favoreça a afirmação da moralidade pública em todos os níveis
contribui para gerar "homens novos" segundo o Evangelho, homens socialmente
preparados e inseridos profundamente no contexto social atual.

Hoje, a exigência ética fundamental é de que seja recuperada a possibilidade de se


reconstruírem relacionamentos de comunhão entre as pessoas e entre as comunidades,
em todos os níveis: familiar, social, econômico, político etc. Aqui se encontra o antídoto
para o mal moral, porque a comunhão entre as pessoas coloca na condição de crescerem
com responsabilidade diante de si mesmas e dos outros e de se doarem, realizando-se
num contexto comunitário que favorece a atuação das exigências da solidariedade
social.

Em “A ética na educação infantil”, as autoras apoiam-se no trabalho de Jean Piaget - e o


elaboram - no campo do desenvolvimento sócio moral. Elas argumentam que a
educação construtivista deve envolver mais do que as atividades especiais com as quais
é geralmente associada (tais como jogos em grupo, atividades de conhecimento físico e
da linguagem como um todo). O planejamento deve incluir também a provisão para o
desenvolvimento social e moral das crianças, uma vez que essas constroem seu
entendimento moral a partir do material bruto de suas interações sociais cotidianas.
Com esse objetivo, as autoras oferecem racionalização para uma espécie particular de
atmosfera sócio moral nas salas de aula das séries iniciais e descrevem meios práticos
pelos quais os professores podem cultivá-la.

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