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Tendência: o consumo de
conteúdo está cada vez mais veloz.
E agora?
Redação Ecomunica

26 Maio 2022 0 Comentários

Criado em 2013 por Thalita Meneghim e Gabie Fernandes, o canal de YouTube “Depois das
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Onze”, que conta com 3,2 milhões de seguidores, vai encerrar as atividades - e o anúncio dessa
decisão, no dia 6 de maio, deu o que falar na web. Isso porque muitas pessoas que criam
conteúdo estão desistindo da plataforma por causa da queda de ganhos e do baixo
engajamento. A notícia levou o youtuber Felipe Neto a postar um desabafo nas redes,
questionando o que será do futuro.

Tudo o que Felipe Neto diz vira notícia, porque ele é o youtuber com maior audiência do País e,
no mês passado, entrou para a lista dos cinco maiores youtubers do mundo, depois de bater a

marca de 44 milhões de inscritos em seu canal (algo inédito no Brasil). E essa re exão dele
sobre o caso também nos fez re etir. “Muito triste ver o canal ‘Depois das Onze’ encerrando as 
atividades. Muito triste ver cada vez mais canais de Youtube fechando ou despencando a 
audiência, enquanto uma nova geração inteira se forma baseada em conteúdos de até 30
segundos”, escreveu ele.

Captura de tela mostra desabafo do YouTuber Felipe Neto sobre o consumo veloz de
conteúdos, publicado nos Stories de seu per l no Instagram.

Desabafo do youtuber Felipe Neto questiona imediatismo de novas gerações

De fato, o mundo está mais veloz, e o fenômeno TikTok, que consolidou um novo tipo de
linguagem, de vídeos cada vez mais curtos, ágeis e engraçadinhos, já domina todas as
experiências nas redes. Segundo pesquisa da GWI, focada em comportamento de consumo,
vídeos curtos, de até 4 minutos, já são os mais assistidos por todas as gerações (incluindo os
baby boomers, que nasceram entre 1946-1964).

Grá co mostra que Vídeos curtos já são mais assistidos em todas as gerações.

Fonte: Instagram @rkiso, com dados da GWI

Claro que muito desse fenômeno tem a ver com o “efeito dopamina” provocado pelo formato
de feed in nito (aquele que você rola, rola e… não acaba nunca, sempre com uma sugestão
nova de vídeo pensado para você pelo algoritmo) do TikTok e do Reels. É a estratégia perfeita
para fazer com que o usuário não abandone as redes tão facilmente. Isso explica por que 58%
dos brasileiros concordam totalmente que, ao começar a assistir a um Reels, acabam vendo
vários na sequência, de acordo com a pesquisa “Instagram no Brasil”, realizada em janeiro, pela
Opinion Box.

Mas são inúmeros os exemplos de que a velocidade dos conteúdos tem aumentado
juntamente com a falta de paciência das pessoas para consumir mensagens longas e em
ritmos mais contemplativos.

Não à toa, segundo o WhatsApp, o acelerador de mensagens de voz (lançado em maio de 2021)
era uma das funções mais solicitadas pelos usuários, por possibilitar que as pessoas ganhem
tempo. No Telegram, principal rival do WhatsApp, o recurso permite acelerar não apenas
mensagens de voz, mas também áudios encaminhados.

Pelo mesmo motivo, cada vez mais plataformas de streaming têm oferecido ferramentas de
speed watching, que permitem alterar o ritmo do que se assiste ou se escuta. Na Net ix, é
possível ver um lme ou série com até o dobro da velocidade original. As possibilidades são as
mesmas no Youtube, para gravações no Google Meet e no Zoom, e em streamings de música,
como a Deezer (cliente da Ecomunica). Isso estende a funcionalidade para podcasts, palestras
e até aulas online.

A ansiedade, para além das redes

Esse comportamento de consumo de conteúdo acelerado afeta também o mercado


fonográ co. O fenômeno que vem sendo chamado de “audição ansiosa” tem feito as músicas
carem mais curtas e “objetivas”. Em reportagem do O Estado de S. Paulo, o jornalista Julio
Maria comprova, com dados das plataformas de streaming e entrevistas com artistas e
produtores musicais, que os jovens hoje não ouvem músicas com mais de dois minutos e meio
de duração até o m.

"Além das facilidades do streaming, a geração nova é bombardeada por informações rápidas
ao mesmo tempo. Stories são de 15 segundos, músicas para o TikTok têm um minuto, o Twitter
aceita pouco texto. Se sua música não for direto ao ponto, você perde esse ouvinte", disse ao
Estadão Tiago da Cal Alves, o Papatinho, DJ, beatmaker e produtor de artistas como Anitta,
Ludmilla, Marcelo D2, Seu Jorge, Criolo e Black Alien. Ele também disse que a tendência é
diminuir ainda mais o tempo das canções. “Pre ro ter uma música de dois minutos ouvida por
duas ou três vezes pela mesma pessoa a ter uma de quatro que ninguém ouve. Tento bater os
dois minutos e meio, estourando.”

Na mesma reportagem, Lulu Santos revelou que, recentemente, precisou cortar o tempo da
sua música Inocente, mas gostou do resultado.

O comportamento de consumo de conteúdo veloz tem impactado inclusive a experiência dos


clientes: o tempo de atendimento tolerado pelos consumidores vem caindo, segundo o estudo
CX Trends 2022, da Opinion Box e Octadesk. No ano passado, a maioria da população brasileira
esperava ser atendida em até quatro horas pelas marcas (juntando todos os canais de
atendimento, como WhatsApp, redes sociais, e-mail, chat e telefone). Neste ano, a pesquisa
mostrou que esse tempo máximo caiu para uma hora. Sendo que, o tempo médio tolerado,
segundos os respondentes, seria:

80% em até 10 minutos nos chats online

78% em até 10 minutos no telefone

70% em até 10 minutos nos apps de mensagem, como WhatsApp

76% em até 1 hora nas redes sociais

73% em até 4 horas no email

Agora o mundo é só dos vídeos curtos?

Sabe essa sensação de ansiedade que você está sentindo ao ler tudo isso? Pois é: ela bateu Os curtos estão dominando os feeds e as pessoas que o assistem,
forte por aqui também. Sem dúvida, os conteúdos rápidos, principalmente vídeos curtos e porém, os vídeos longos traz a sensação e a atenção daqueles que o
buscam. Fazer vídeos que monta um atmosfera que entretém o
ágeis, são linguagens com as quais as marcas precisam se familiarizar. espectador trazendo informação e conhecimento faz desse formato
especial. Mas precisa usar estratégias para captar seu publico, como
fazer uma storytelling sobre o que vira ao longo do video e fazer uma
Mas a nossa função como agência de comunicação integrada é ter um olhar mais global para edição boa. Essa é a formula para caminhar aos espectadores fieis.

esses fenômenos. Nesse caso, a máxima “para toda corrente, há uma contracorrente” é real.
Não se pode negar que, na outra ponta dessa tendência, há um comportamento oposto em
alta no mercado: o slow content, que preza mais qualidade e menos quantidade nos
conteúdos, além de aprofundamento nas informações e análises.

Não é por acaso que as newsletters, os textões no Instagram e as threads do Twitter estão com
tudo.

Além disso, embora os vídeos curtos sejam a preferência da vez, os vídeos longos ainda têm
seu lugar. Quem está no chamado “topo do funil de vendas” talvez não queira gastar muito
tempo assistindo ou consumindo conteúdo sobre aquilo que não conhece. Mas quando há
uma real intenção ou decisão de compra, as pessoas tendem a dar muito mais atenção aos
conteúdos longos, como vídeos com mais de quatro minutos, lives, podcasts, textos em blog
etc.

Assim, TikTok e Reels se tornaram ótimas plataformas para quem quer descobrir novos
produtos e serviços. Também são “o” lugar para quem vende produtos que as pessoas
compram por impulso, sabe? Já o YouTube atende ao público que está em busca de algo,
oferecendo tutoriais e review de produtos, por exemplo, além de outros conteúdos mais
aprofundados.

Para decidir o melhor formato, é fundamental que as marcas façam pesquisas periódicas para
conhecer muito bem o seu público, tendo em vista, inclusive, que seu comportamento pode
ter mudado ao longo dos últimos dois anos. A nal, qual a real necessidade dessa audiência?
Em que momento da jornada de compra ela está?

A regra de um bom roteiro, porém, vale para qualquer um dos formatos: é preciso engajar logo
nos três primeiros segundos, criar um storytelling que encadeie as ideias e encante ao longo
do vídeo e fechar com algo marcante. E, acima de tudo, saber que, sem um conteúdo
verdadeiramente útil, que informe, entretenha ou inspire as pessoas, não há formato, curto ou
longo, que dê jeito de sgar uma audiência.

Redação Ecomunica

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