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“Às minhas filhas Pietra e Betina Santo, que passavam no quarto (que virou
escritório durante a Pandemia) quando eu redigia os capítulos, e diziam uma
para outra: “não pode fazer barulho, a mamãe está escrevendo o livro...”.
Obrigada amores da vida para a vida inteira.
Ao meu marido, que teve bastante paciência comigo e ficou ao meu lado,
muitos dias com sono, mas, sempre firme para me fazer companhia. Obrigada
Guto Baptista, muito da construção dessa minha história devo a você.
Pode ser clichê, mas preciso terminar agradecendo a Deus, que me deu a mão
para esse projeto, assim como, me sustenta sempre! Como gostaria que cada
um acreditasse, assim como eu, no poder da oração!”
Para assegurar que a ferramenta é realmente eficaz, que tal você conhecer
alguns números do mercado. Segundo a Associação Brasileira de Podcasters
(ABPod), a quantidade de podcasts de origem brasileira já ultrapassa a marca
de dois mil, e indo mais além, 63% dos entrevistados afirmam ter comprado
algum produto ou serviço anunciado durante o streaming de áudio. Já o Ibope
Inteligência revelou por meio de uma pesquisa que 40% dos 120 milhões de
usuários da internet no Brasil já ouviu - pelo menos uma vez - um programa de
podcast. Isso representa mais de 48 milhões de pessoas.
Não são apenas as empresas citadas acima que rumam à plataforma. O Google
lançou o Google Podcasts buscando alcançar pessoas que nunca ouviram um
podcast. Para isso, focam nos usuários do sistema operacional Android. Quando
fazem uma busca por qualquer tema, sugestões de podcasts relacionados ao
assunto aparecem na tela. O diferencial aqui é que o usuário não precisa baixar
um aplicativo, fica mais fácil e atraente para quem pesquisa. E como sempre o
Google facilitando a vida dos usuários.
Em julho de 2019, o CEO e cofundador do Spotify, Daniel Ek, disse à CNBC que
tinha planos de investir US$ 500 milhões em podcasts originais. Mas por que
tamanha empolgação dele? É simples, os consumidores de vídeo gastam
aproximadamente a mesma quantidade de tempo consumindo áudio e vídeo.
Porém o vídeo é um mercado de um trilhão de dólares e a indústria da música e
do rádio vale apenas cerca de 100 bilhões de dólares. Aí chegam os
questionamentos, será que os olhos valem tanto mais do que os ouvidos? Sendo
que as pessoas ainda passam mais de duas horas por dia ouvindo rádio, parece
um mercado muito promissor.
Se aqui 40% dos internautas brasileiros já ouviram pelo menos uma vez um
podcast, nos Estados Unidos, a realidade é outra, cerca de 70% da população
com mais de 12 anos já consomem podcast. Lembrando que os Estados Unidos
é o país que dita as tendências de marketing, foi assim com as redes sociais, o
YouTube, o marketing digital e outras vertentes do mundo online. As estatísticas
brasileiras tendem a seguir a mesma perspectiva que a América do Norte, até
porque o Brasil é um mercado que adota novas mídias e tendências de maneira
rápida.
E o Brasil sem dúvida é a menina dos olhos, acha vista que foi o primeiro país a
sediar um evento focado exclusivamente em podcast. Realizado no final do ano
passado, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, o Spotify for Podcasters
Summit apresentou a força dessa mídia, que tende a crescer muito com o apoio
dos meios de comunicação (os veículos já ingressaram para divulgar notícias e
comentaristas já têm seus podcasts para analisarem o mercado), sem contar as
empresas de áudio e de criadores de conteúdo.
• Sociedade/cultura;
• Comédia;
• Educação;
• TV/filmes;
• Notícias gerais;
• Negócios/empreendedorismo;
• Música;
• Espiritualidade;
• Lazer;
• Esportes.
É importante destacar que como mídia ele ganha um papel dentro das
corporações e pode ser utilizado de diversas formas, afinal, ajuda e muito o
diálogo, a união entre os interlocutores e seus públicos, o incentivo nas ações
das companhias e torna todos membros em uma só voz.
Depois dos formatos é interessante saberem que a maioria dos podcasts contam
com uma agenda e horários estabelecidos para a veiculação, isso porque a
periodicidade gera vínculo e hábito com o seu público.
Isso é tão verdade, que alguns dos podcasters mais relevantes do Brasil, como
Luciano Pires, do Café Brasil, e Léo Lopes, da Radiofobia, se uniram à rádio
CBN e realizaram uma edição da Podpesquisa. A amostra foi de 22,9 mil
respondentes e mostrou que 51% dos brasileiros que ouvem podcasts o faz
todos os dias. Outros 33% ouvem de três a seis dias por semana e, quando
começam a ouvir um episódio, nove em cada dez não param no meio eles
escutam até o fim. Tudo isso indica que os ouvintes não são apenas assíduos,
são fiéis também.
Ainda foi revelado, segundo essa pesquisa, que os ouvintes ficam em média
2h52 por dia dedicadas a ouvir podcasts. Isso talvez explique por que 42%
preferem programas com 1h a 1h30 de duração. Em segundo lugar (25%),
aparecem episódios com 30 a 60 minutos. E 80% concordam que a frequência
ideal é semanal. Estes dados podem servir de referência para escolher o melhor
para sua empresa ou programa.
Outra dica para aproximar o seu público é adicionar seus seguidores de redes
sociais ao seu podcast. Você também pode criar episódios exclusivos e
disponibilizar apenas para grupo de ouvintes e, aproveitando a nova onda, agora
é possível fazer lives com interação de ouvintes diretas por chat.
Tendências online
Que o mundo online veio para ficar ninguém tem dúvida, se havia alguma
desconfiança, caiu por terra com a pandemia gerada pelo Covid-19. A
Transformação Digital era falada em todas as apresentações, workshops, fóruns,
salas de aula, internamente dos departamentos das empresas e até em bares e
restaurantes.
O pânico que tomou conta do mundo, no entanto foi propício para o mercado
digital. Muitas empresas cresceram, outras se adequaram, algumas aprenderam
a ser online, teve até quem preferiu o novo formato e deixou o offline para trás.
Dados recentes divulgados pela Social Media Trends 2020 apresentam uma
jornada de compra mais digital, provando que as marcas exploraram a
integração com o público por meio das redes sociais. Com isso, a mídia social
está deixando de ser apenas uma inspiração para ser uma experiência completa.
Os números provam essa afirmação: 60% das pessoas são influenciadas a
comprar pelo conteúdo digital, 55% dos comerciantes utilizam as plataformas
digitais para gerar vendas.
Tudo isso é envolto por conteúdos influenciadores, sejam por pessoas ou canais
com credibilidade, como podcasts, e é exatamente por isso, que a ferramenta
vem se destacando com louvor para os profissionais de marketing.
Não podemos também deixar de lado a questão da proteção dos dados, apesar
de ser tudo muito online, hoje existe a preocupação relacionadas à informação,
seja ela verdadeira ou falsa, ou se ainda circulará para muitas pessoas, em redes
não confiáveis. Aí novamente o podcast se destaca com sua veracidade de
conteúdo e exclusividade nos temas, pois traz fidelidade aos ouvintes e gera a
podosfera, como muitos já apelidaram, pessoas que se relacionam com o
mesmo conteúdo, deixando assim os núcleos mais fechados e sólidos.
O que todos esses dados comprovam é que a versão áudio se tornará uma parte
cada vez mais importante do marketing à medida que as marcas exploram novos
conteúdos atrativos, uma narrativa mais personalizada, que a experiência levará
a uma melhor aceitação do propósito das marcas, construindo assim afinidade
com seu público.
Monetização do podcast
Agora chegou a melhor hora para alguns, para outros conhecer a força da mídia
podcast para construir marca, estabelecer canais diretos de comunicação,
educar um nicho sobre um assunto específico, já valeu a pena.
Se o Brasil está certo ou errado neste último item relacionado aos anúncios nos
podcasts não podemos afirmar, mas vale uma provocação. Se fizermos uma
retrospectiva de dez anos atrás, e perguntássemos aos youtubers se o público
deles aceitariam anúncios no meio dos conteúdos todos diriam que não. Hoje a
realidade é outra. Com os podcasts acontecerá o mesmo. As propagandas se
popularizarão e a percepção mudará.
É importante destacar que neste caso falamos de podcasters que já contam com
milhares de ouvintes, que são influenciadores digitais e os canais de
comunicação prioritários são podcasts. Eles podem facilmente negociar
patrocínios diretamente com as marcas. Porém, a partir do momento que essa
comunicação se torne uma fonte de receita interessante, a resistência tende a
diminuir. Afinal o podcast também é um business.
Isto não significa que as empresas de mídia — como TVs, jornais, sites, revistas
e rádios — reagem mal aos anúncios em seus podcasts, afinal a publicidade
sempre foi uma importante fonte de receita em seus modelos de negócios.
A aposta, segundo o ebook Como Fazer um Podcast é que o Brasil ficará entre
as maiores potências de podcasts do mundo num futuro próximo. Em algum
momento, alcançará o segundo lugar na quantidade de ouvintes, atrás apenas
dos Estados Unidos. Com isso, o mercado publicitário focado nesses ouvintes
será igualmente grande. É uma questão de tempo. E é seguro afirmar que, pela
movimentação, as marcas brasileiras estarão cada vez mais interessadas em
explorar os anúncios em podcasts e, por conseguinte, no investimento em mídia
programática.
Para finalizar este capítulo, não poderíamos deixar de mostrar os dados mais
atualizados que citam mais de 150 mil novos podcasts produzidos a partir de
março, segundo observação do Spotify.
Sem dúvida, a pandemia mudou o cotidiano das pessoas, porém o consumo dos
podcasts continuou crescendo, só que de maneira diferente. Não se ouve mais
no trânsito, no transporte, indo à escola. Os hábitos passaram a ser em casa e
o tempo para ouvir o conteúdo se deu nas tarefas do lar, nos treinos, até na hora
do descanso.
O interessante é que o CEO da Chartable, Dave Zohrob, disse que sua empresa
de análise de podcasts registrou uma queda de 20% em sua plataforma no início
de março, porém essa realidade foi logo modificada e a tendência se inverteu no
final do mesmo mês, quando começou uma nova subida. Já para Jonathan Gill,
CEO da empresa de análise Backtracks, a plataforma mostrou que a escuta geral
aumentou 2,78% em março, em comparação a fevereiro.
Referências Bibliográficas: