O documento discute três temas da poesia de Fernando Pessoa: 1) Sua poesia como um fingimento artístico que eleva as emoções ao plano da arte, não como uma expressão espontânea; 2) A dor de pensar e o desejo de inconsciência simbolizado pela ceifeira; 3) A nostalgia do sonho e realidade da infância perdida.
O documento discute três temas da poesia de Fernando Pessoa: 1) Sua poesia como um fingimento artístico que eleva as emoções ao plano da arte, não como uma expressão espontânea; 2) A dor de pensar e o desejo de inconsciência simbolizado pela ceifeira; 3) A nostalgia do sonho e realidade da infância perdida.
O documento discute três temas da poesia de Fernando Pessoa: 1) Sua poesia como um fingimento artístico que eleva as emoções ao plano da arte, não como uma expressão espontânea; 2) A dor de pensar e o desejo de inconsciência simbolizado pela ceifeira; 3) A nostalgia do sonho e realidade da infância perdida.
- A poesia de Fernando Pessoa é um fingimento, pois não está na
expressão imediata, espontânea, direta das emoções, mas sim na elaboração mental, na transfiguração artística que o poeta faz dessas emoções, de modo a elevá-las ao plano da arte. - Para Fernando Pessoa, um poema “é produto intelectual”, e por isso, não acontece “no momento da emoção”, mas resulta da sua recordação. A emoção precisa de “existir intelectualmente”, o que só na recordação é possível - O leitor não sente a dor real, pois essa pertence ao poeta; não sente a imaginada, pois pertence ao criador; não sente as duas dores do poeta nem a dor que ele tem; apenas sente o que o objeto artístico lhe desperta.
Dor de pensar- Consciência / Inconsciência
Poemas- “A Ceifeira” e “Gato que brincas na rua”
- A dor de pensar traduz insatisfação e dúvida sobre a utilidade
do pensamento. Daí a felicidade de não pensar, pois a racionalização conduz à infelicidade. - A ceifeira é o símbolo da inconsciência e da felicidade enquanto o sujeito poético submete o sentimento à razão e, por isso, vive angustiado. - Deseja ser ela, não deixando de ser ele “Ah, poder ser tu sendo eu! / Ter a tua alegre inconsciência, /E a consciência disso”, uma vontade de permuta que é tornada inviável porque paradoxa Sonho e realidade- Regresso á infância Poemas- “Ó sino da minha aldeia” e “Quando as crianças brincam” - Ao mesmo tempo que gostava de ter a infância das crianças que brincam, sente a saudade da ternura que lhe passou ao lado. - Há uma nostalgia do bem perdido, do mundo fantástico da infância, único momento possível de felicidade