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O transplante de córneas é normalmente e realizado em pessoas com deficiência visual,

mas com expectativa de vida, mobilidade e convivência social preservadas. Ele oferece
a recuperação da visão para pessoas cujos os olhos apresentem distúrbios da
transparência e da regularidade óptica da córnea, além de auxilia no alívio da dor do
edema crônico dessa estrutura. Entretanto, essa cirurgia, como qualquer outra pode
apresenta alguns ricos, já que um enxerto mal-sucedido pode levar a perda da visão do
paciente ou ao sofrimento permanente, motivado por dor ou desconforto ocular. Um dos
fatores fundamentais que influencia no sucesso dessa cirurgia é a seleção de córneas de
boa qualidade, essa seleção se baseia em três princípios: inocuidade, transparência e
vitalidade. A Inocuidade é a propriedade do enxerto não causar mal ao receptor, para
que não ocorra transmissão de doenças oculares ou sistêmicas, para isso existe dois
procedimentos em termos de inocuidade: exame sorológico e análise do prontuário
médico do doador, para evitar qualquer risco para o paciente. A transparência da córnea
é testada no globo ocular íntegro, dentro da câmara úmida, com o auxílio de uma
lâmpada de fenda, com aumento de 10 vezes. Esse procedimento auxiliar na detecção de
problemas, por exemplo, se a córnea estiver completamente acinzentada, ou com
múltiplas áreas de descamação, interpreta-se que ela estar em estado de sofrimento,
sendo não pode ser usada. A Vitalidade é a propriedade de a córnea permanecer
desidratada e transparente no leito hospedeiro, isso estar relacionado com a saúde do
endotélio. Características do olho da criança tornam o procedimento tecnicamente mais
difícil, levando menor número de cirurgiões a realizá-lo. Além disso, a prevalência de
doenças que requerem transplante de córnea em crianças é menor que em adultos.
com remoção do vítreo hemorrágico e de membrana epirretiniana, quando pertinente .
No pós-operatório são administrados colírios de antibióticos e anti-inflamatórios por um
período de 2 semanas. A recuperação pode ser lenta, durando várias semanas. O retorno
da visão após a cirurgia de exérese de membrana epirretiniana é altamente dependente
das características pré-operatórias, da duração da membrana epirretiniana, da extensão
da membrana, da causa subjacente, bem como de outros fatores. A maioria dos doentes
apresentam melhorias após 3 a 6 meses de pós-operatório.
O ceratocone faz com que a córnea se projete para a frente, formando uma saliência em
forma de cone, o que pode levar ao comprometimento da visão. O aumento da curvatura
corneana se dá por um defeito estrutural no estroma corneano. Como consequência
inicial do ceratocone temos a piora da acuidade visual corrigida com óculos. Isso ocorre
por causa da deformidade da superfície anterior da córnea. Os raios luminosos, que
seriam refratados de modo harmônico, atingem uma área de curvatura muito elevada, e
são refratados irregularmente, criando imagens retinianas sem foco, não passíveis de
focalização por um sistema óptico convencional, do tipo óculos. Portanto existe a
determinação de um astigmatismo irregular, com miopia geralmente associada
(SCHOR,1998). O Ceratocone na pediatria é frequentemente mais avançado no
diagnóstico e a sua progressão pode ser mais rápida correndo alto risco da necessidade
do transplante de córnea. Infelizmente os casos diagnosticados no início da infância têm
uma progressão mais agressiva do que os de início tardio.
(MARCOMINI, 2011).
MARCOMINI, Luís Antonio Gorla et al. Seleção de córneas para transplantes. Revista
Brasileira de Oftalmologia, v. 70, p. 430-436, 2011.
ÁVILA, Marcos et al. Vitrectomia na síndrome de Terson. Arquivos Brasileiros de
Oftalmologia, v. 60, p. 67-71, 1997.
DE SOUSA, João José Araújo Seixas. Vitrectomia, um estudo computacional do
procedimento cirúrgico. 2018.
SCHOR, Paulo. Ceratocone. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 61, p. 235-237,
1998.
PIMENTEL, Leonardo Nogueira et al. Ceratoplastia em crianças: indicações e
resultados. Revista Brasileira de Oftalmologia, v. 70, p. 99-103, 2011.

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