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Oftalmopediatria

Desenvolvimento da visão

Maturação anatômica Maturação funcional


Até os 10 anos
Desenvolvimento da visão

Maturação anatômica Maturação funcional


Até os 10 anos

Òptica Sensorial

Estrutura Retina
refrativa
Desenvolvimento da visão

Maturação anatômica Maturação funcional


Até os 10 anos

Òptica Sensorial

Estrutura Retina
refrativa A maturação funcional só vai acontecer na
presença de um desenvolvimento antatômico
perfeito, e da presença de estímulo luminoso
perfeito
ESTÍMULO LUMINOSO IMPERFEITO
OU
MATURAÇÃO ANATÔMICA IMPERFEITA

MATURAÇÃO FUNCIONAL INCOMPLETA

AMBLIOPIA

DISFUNÇÃO OFTÁLMICA CARACTERIZADA PELA


DIMINUIÇÃO DA ACUIDADE VISUAL, DEVIDO A UMA
MATURAÇÃO FUNCIONAL IMPERFEIRA
FATORES QUE PODEM LEVAR À AMBLIOPIA
ALTERÇÕES DOS MEIOS ÓPTICOS

QUALQUE OPACIFICAÇÃO NA CÓRNEA, CRISTALINO OU VÍTREO


FATORES QUE PODE LEVAR À AMBLIOPIA

DISTÚRBIO OCULOMOTOR

ESTRABISMO, PARALISIA
FATORES QUE PODE LEVAR À AMBLIOPIA

ANISOMETROPIA IMPORTANTE
(CONDIÇÃO EM QUE O ERRO REFRATIVO É DIFERENTE ENTRE OS OLHOS)

+1,00 +7,00

ESTRABISMO, PARALISIA
TRATAMENTO DA AMBLIOPIA
1º TRATAR A CAUSA DA AMBLIOPIA
2º USO DE TAMPÃO NO OLHO NÃO-AMBLÍOPE

FECHA-SE O OLHO NORMAL, DESSA FORMA O OLHO COM


AMBLIOPIA TEM OPORTUDADE DE RECEBER O ESTÍMULO
NECESSARIO PARA A MATURAÇÃO FUNCIONAL
Teste do Olhinho

•O Teste do Reflexo Vermelho tem o objetivo de detectar


precocemente problemas oculares congênitos.
•Inicialmente descrito por Bruckner.
•O reflexo vermelho indica que as estruturas oculares internas estão
transparentes.
•No resultado do teste há três respostas possíveis: reflexo presente,
ausente ou duvidoso.
•Principais causas de teste alterado: catarata congênita, glaucoma
congênito, retinoblastoma, leucoma, inflamação intraoculares.
Teste do Olhinho
UBM ou Ultrassonografias Biomicroscópica

Indicações: opacidade congênita da córnea, irregularidade da forma da


pupila, lesões expansivas do segmento anterior (íris e corpo),
glaucoma congênito;

Técnica:
-Transdutores de alta frequência;
-Banho de imersão anteriormente a córnea;
-Exame indolor
-Técnica de imersão: lente de acrílico entre as pálpebras;
CATARATA CONGÊNITA
Definição e epidemiologia
Perda de transparência do cristalino;
Mudança no índice de refração;
Os primeiros sinais aparecem no primeiro ano de
vida;
Doença rara com prevalência de 4,24 casos a cada
10 mil nascidos vivos;
Uma das principais causas de perda visual na
infância;
É considerada uma causa prevenível de cegueira;
Um diagnóstico tardio pode causar danos
permanentes;
Pode ser unilateral ou bilateral;
Causas e doenças associadas Classificação morfológica
A maioria considerada idiopática; Total;
Alteração da microarquitetura do cristalino; Anterior polar;
Hereditária sem doença sistêmica associada; Nuclear;
Fatores disruptivos como mutações genéticas: Posterior polar;
trissomia 21, trissomia 18, síndrome de Cridu- Posterior subcapsular;
chat; Lamelar;
Infecções intrauterinas severas, como toxo- Pulverulenta;
plasmose, rubéola, herpes, e citomegalovírus, Zonular;
sífilis, varicela; Sutural;
Uso do antibiótico tetraciclina; Ceruleana;
Unilaterais: lenticone, lentiglobo, e persistência Cart-wheel;
de vascularização fetal; Coraliforme;
Doenças metabólicas: galactosemia, S. de Lowe Polimórfica
Associada a outros distúrbios oculares:
microcornea, coloboma, defeitos do segmento
anterior, microftalmia, aniridia e distrofias
retinianas;
Cristalino saudável Diagnóstico

Imagens de ultrassom prenatal;


Testes genéticos;
Teste do olhinho;
Teste do reflexo vermelho (TRV);
Ofltalmoscopia: disco óptico
escurecido;
Cirurgia
Aspiração do cristalino opacificado: implante de lente intraocular (LIO);
A partir de 2 anos de idade;
Antes de 7 meses é considerado alto risco para efeitos colaterais pós
cirurgia;
Uso controverso em idades mais jovens;
Risco de ambliopia: cirurgia na 6 semana em na CC unilateral e 8 semanas
na bilateral de idade;
Capsulotomia posterior: reduzir opacificação após cirurgia, recomendada
até 4-8 anos;
Complicações pós cirurgia
PCO : posterior capsule opacification;
Inflamação;
Glaucoma.
Glaucoma congênito
Definição e epidemiologia
Glaucoma é um conjunto de condições que levam à
atrofia do nervo óptico, podendo causar cegueira
irreversível;
A pressão intraocular elevada é um dos principais
fatores de progressão;
Afeta bebês e crianças de atê 3 anos de idade;
Doença rara: incidência de 1:10.000
Uma das principais causas de cegueira na infância; Classificação:
Unilateral (25 a 30 % dos casos);
Bilateral;
Primário: anormalidade no sistema de drenagem
do humor aquoso;
Secundário: quando consequência de uma
condição prévia, congênita ou adquirida;
Glaucoma congênito
Classificação:
Glaucoma congênito

Clínica
História clínica inespecífica;
As alterações oculares podem aparecer desde os primeiros dias de vida até nos
primeiros anos;
Em geral, os pacientes apresentam uma PIO maior ou igual a 21 mmhg
Tríade clássica: lacrimejamento, blefaroespasmo e fotofobia;
Outros sintomas: edema corneano, alargamento de córnea, escavação do nervo óptico
e bufltalmia;
Glaucoma congênito

Buftalmia Edema corneano


Glaucoma congênito

Diagnóstico

Oftalmoscopia;
Tonometria (PIO) >20 mmhg;
Biomicroscopia (escavação de disco > 0,3);
Gonioscopia;
Paquimetria (edema de córnea, por exemplo);
Biometria óptica ou ultrassônica: acompanhar a velocidade de crescimento ocular.
Glaucoma congênito
Tratamento
Iniciar com colírios hipotensores oculares;
Realizar posteriormente o tratamento cirúrgico;
A técnica varia de acordo com a clínica do paciente;
Técnicas mais usadas: goniotomia e trabeculotomia;
Pode ser necessário mais de uma cirurgia para o controle da patologia.
Acompanhamento pós operatório
Essencial, principalmente caso não haja o controle adequado da PIO após a primeira
cirurgia;
Primeira medida da PIO (tonometria): entre 30 e 45 dias após a cirurgia;
Segunda medida após 3 a 4 meses;
Individualizar cada caso (fazer alterações quando necessário;
Em alguns casos pode-se realizar anestesia geral ou sedação para a realização do
exame;
Se anestesia geral, preferir agentes inalatórios como Flurano e Isoflurano;
Pode usar o propofol endovenoso, porém ele está associado a uma redução acentuda
da PIO, podendo subestimar o exame.
Glaucoma congênito
Tratamento
RETINOSE PIGMENTAR
Definição e epidemiologia
A Retinose Pigmentar (RP) é uma doença ocular que engloba um grupo de distrofias
retinianas progressivas, herdadas geneticamente, resultantes da morte do epitélio
pigmentar da retina e dos fotorreceptores, caracterizada pela degeneração de
receptores dos bastonetes, seguida pelos receptores de cones;
Afeta mais de 1,5 milhões de pessoas pelo mundo;
Distrofia retiniana herdada mais comum;
Incidência variando entre 1:9000 até 1:750
Grande impacto econômico: a RP custou em 2010, no mundo, aproximadamente 6
bilhões de euros ao se levar em conta dias de trabalho perdidos, impostos e custos ao
sistema de saúde;
Há evidencias de mutações em mais de 70 genes;
Podem ser autossômica dominante (2025%), autossômica recessiva (15-20%), ligada ao
sexo (10-15%) e esporádica (30%)
RETINOSE PIGMENTAR
Início
Sintomas iniciais: redução da visão noturna, seguido de tunelização e perda progressiva
de campo visual em um padrão concêntrico devido a disfunção dos bastonetes, com
posterior perda de campo visual central, causada pela disfunção de cones;

Classificação fisiopatológica
RP típica, na qual os fotorreceptores mais danificados são os bastonetes (80% dos
pacientes);
RP atípica, na qual os cones são os fotorreceptores primariamente danificados (20%);

Classificação de acordo com as manifestações clínicas


Não sindrômica, em que a distrofia retiniana aparece isoladamente (85% dos casos)
Sindrômica, em que a RP é apenas uma de um conjunto de manifestações sistêmicas
referentes a síndromes específicas (15%).
RETINOSE PIGMENTAR
RP típica
O início da doença é caracterizado por nictalopia e perda de campo visual periférico (a
retina central mantém-se preservada até os estágios finais da doença);
Fotopsia também é comum em estágios iniciais, porém tende a ser mais importante nos
estágios avançados;
Nos estágios finais se manifesta com cegueira total ou periférica

RP atípica
Os mesmos

sintomas da típica também podem ser detectados;
Como há maior prevalência de injúria de cones os pacientes referem alterações de
qualidade e quantidade de visão central, podendo evoluir com cegueira nesse local;
Os sintomas podem iniciar na infância ou na vida adulta;
Progressão imprevisível;
RETINOSE PIGMENTAR
Geralmente há acometimento importante da visão entre 40 e 50 anos;
Perda de campo visual é classicamente simétrica bilateralmente;
Começa como escotomas isolados em áreas periféricas que gradualmente formam
anéis completos de escotoma, que com a progressão da doença se estendem
concêntrica e excentricamente, permanecendo, no estágio final da doença, apenas
parte do campo visual central;
Fotofobia (desde estágios iniciais) e discromatopsia (estagios avançados, principalmente
defeitos da cor azul) também fazem parte do espectro de manifestações clínicas;
Na maioria das vezes a RP possui acometimento bilateral e simétrico.

Complicações associadas
Nistagismo, erros refrativos, edema cistóide macular, formação de membrana
epirretiliana, catarata subcapsular posterior e tumores vasoproliferativos retinianos;
Tais situações contribuem para perda do camppo visual na RP
RETINOSE PIGMENTAR

Exame oftalmológico
Depósitos de espículas ósseas pigmentadas perifericamente;
Atrofia ou distrofia do epitélio pigmentar da retina;
Atenuação dos vasos retinianos;
Palidez do nervo óptico;
Nos estágios iniciais, a fundoscopia pode ser normal, as espículas ósseas podem ser
esparsas ou ausentes, a atenuação dos vasos é mínima e o disco óptico é normal;
Síndromes de desregulações vasculares: pés e mãos geladas, enxaquecas, hipotensão e
menor sensação de sede;
RETINOSE PIGMENTAR
Exames complementares

Mapeamento de campo visual central e periférico;


Microperimetria (padrão ouro);
Eletrorretinografia (ERG): avalia o potencial elétrico da retina após estimulação luminosa
(detecta anormalidades nos fotorreceptores;
Tomografia de coerência óptica (OCT): avalia a morfologia das camadas retinianas;
Angio TC de coerência óptica : avaliação quantitativa e qualitativa do fluxo sanguíneo
retiniano;
Angiografia fluoresceínica: demonstra vascularização anormal da retina e do coroide,
incluindo estreitamento e atenuação dos vasos;
RETINOSE PIGMENTAR

Tratamento
O tratamento disponível é de suporte, com medidas auxiliares para baixa visão, testes e
aconselhamento genético e tratamento de condições associadas (como catarata e
edema macular cistóide);
Abordagem multidisciplinar;
Orientação e treinamento para otimizar as funções visuais residuais;
Aconselhamento genético e oftalmológico;
Daltonismo

pode ser daltônico em duas situações: por hereditariedade ou de
O indivíduo
forma adquirida. De forma hereditária, acontece devido a uma alteração no
cromossomo X, fazendo com que o indivíduo nasça com uma disfunção na
retina. Já de forma adquirida, a causa deve-se a lesões no córtex cerebral da
retina ou nervo ótico.
Existem três tipos de grau de daltonismo e a percepção que cada um deles
causa ao indivíduo dal- tônico variam de acordo com seu diagnóstico, são eles:
dicromacia, tricromacia e monocromacia
Daltonismo

Daltonismo

Matters
Segundo Sight (2011, apud GRADE, 2013, p. 90), cerca de uma em
cada dez crianças é afetada com problemas de visão significativos, dentro dos
quais surge o daltonismo”.
Quanto à identificação, uma das formas é a realização do teste de Ishihara,
que consiste em números formados por tons e sub-tons de cores. Contudo,
dependendo da idade, a criança ainda não conhece alguns ou todos os
números, e com isso é usado uma forma alternativa para o diagnóstico, que
se dá por executar o teste com formas geométricas.
Miopia
A miopia é decorrente de um erro refrativo, em que os raios de luz que

entram no olho paralelos ao eixo óptico convergem e focam antes da retina


quando a acomodação visual está relaxada. Possui como causa principal o
alongamento do eixo axial, mas também pode ser consequência de lentes
com maior poder óptico ou uma córnea com uma curvatura excessiva.

Aceita se que miopia é um valor menor ou igual a –0,5 dioptrias de um erro


esférico quando a acomodação está relaxada. Podemos classificar em graus
variados a miopia
de acordo com o valor de dioptrias do olho, sendo baixa entre –0,5 e –6,0 e
alta para valores menores que -6,0.

Os distúrbios de visão, são as causas mais frequentes de problemas de saúde


nas escolas, sendo diretamente relacionados com o rendimento escolar. Com
chances de aumentar por conta de fatores ambientais
Miopia

Pela avaliação ocular e pelo teste do reflexo vermelho, detecta alterações


ópticas e possibilita a melhor conduta a ser adotada. Em períodos mais
avançados existem inúmeros programas de rastreamento da visão infantil,
como a desenvolvida pela “Direção Geral da Saúde “que auxilia na qualidade
de vida dessas crianças
Uma forma de atrasar o aparecimento da miopia é aumentar o tempo com o
olhar livre, sem usar a visão de perto
Uma maneira de postergar a progressão do distúrbio visual é o tratamento
com atropina em doses reduzidas e a ortoqueratologia. A introdução de
atropina diariamente impede o afinamento ou alongamento da esclera e o
crescimento do olho, causado por degenerações mióticas. Na pediatria, o
tratamento com 0,025% de atropina para crianças reduz a progressão da
miopia em 65%, sem efeitos colaterais
Miopia

Quanto à ortoceratologia, a finalidade é reduzir temporariamente a miopia


com o uso de uma lente rígida de gás permeável que comprime a córnea
diminuindo o raio de curvatura. A recomendação é que se utilize no período
noturno e retire pela manhã. Como desvantagem há o risco de infecção, além
da redução da oxigenação da córnea no período da noite.
Existem também as lentes bifocais, progressivas e desfocadas que apesar de
aparentemente não ter uma eficácia um estudo mostrou que houve uma
redução do comprimento axial em 0,55mm em comparação com crianças que
usavam um óculos simples; e desfocagem de lentes de contato que através de
um estudo duplo cego randomizado também evidenciou uma diminuição de
0,32mm.
Miopia
Estima se que, no Brasil, a cada um milhão de pessoas, 280 mil são menores

de 16 anos.
É nesse período que ocorre o maior desenvolvimento das habilidades e
associações visuais do indivíduo, principalmente até os 7 anos.
Cerca de 20% das crianças que frequentam escolas apresentam baixa
acuidade visual.
As ametropias (astigmatismo, hipermetropia e miopia) são as principais
causas da baixa acuidade visual nas crianças
A miopia, distúrbio frequente, é caracterizada pela incapacidade do olho de
acomodar a luz direcionada a ele na própria retina, formando a imagem
anteriormente, e dificultando a visão distante dos objetos
Alguns fatores genéticos e ambientais estão em estudos e podem ser
predisponentes à miopia, como hereditariedade, relação entre a pressão
intraocular e a debilidade escleral, consumo de nicotina pelos pais, poder
aquisitivo e o tempo gasto em uso de telas.
Estudos mostram que entre 2019 e 2021, a miopia progrediu em 40% nos
jovens de 5 a 18 anos.
Daltonismo
Apesar da
deficiência das cores não possuir cura até o presente momento,
uma alternativa de correção temporária que surgiu no ano de 2015 no
mercado foram os óculos fabricados pela empresa EnChroma onde o
indivíduo daltônico ao fazer uso do objeto, tem a sua “cegueira” corrigida.
A causa para a não identificação de cores ocorre devido as células do cone da
retina responderem aos estímulos de forma sobreposta, ao invés de enviá-la
separadamente ao cérebro. Com isto, os ócu- los contêm materiais óticos
patenteados que removem determinados comprimentos de onda de luz
exatamente onde a sobreposição está ocorrendo, ocasionando assim a
correção temporária.
Existem 2 tipos de lentes, uma delas é indicada para pessoas que não
conseguem ver as cores vermelhas, que é o modelo Cx-PT, e a outra para
quem não enxerga o verde, que é o modelo Cx-D.
BLEFARITE

Blefarite é o termo geral usado para descrever a inflamação das pálpebras. Na


maioria dos casos, é um processo inflamatório crônico.

Anatomicamente, a pálpebra é constituída


por duas lamelas, a anterior (pele e músculo
orbicular) e a posterior (tarso e conjuntiva),
separadas no bordo pela linha cinzenta, e na
pálpebra superior pela aponevrose do m.
levantador da pálpebra superior.
BLEFARITE
BLEFARITE

Essa doença inflamatória é subdiagnosticada em crianças, o que pode levar


à perda de visão pelas complicações decorrentes da doença não
diagnosticada;

Crianças do sexo feminino são comumente mais afetadas;

Em relação à idade são mais identificadas entre 4 e 5 anos, mas pode


manifestar-se desde os 6 meses até a adolescência;
BLEFARITE
BLEFARITE ANTERIOR OU ESTAFILOCÓCICA

sinais e Sintomas
Os sintomas mais comuns incluem queimação. prurido. sensação de
corpo estranho ou areia nos olhos, formação de crostas e vermelhidão
na margem palpebral.
Sintomas bilaterais
Forma mais comum: caracterizada por descamação, crostas, eritema da
margem palpebral.
mulheres jones 42 anos
as pálpebras tendem a ser mais inflamadas do que em outras formas e
e comum a presenca de hordéolo externo e calázio de repetição.
colaretes normalmente sao encontrados
BLEFARITE
Sinais e Sintomas
córnea podemos observar ceratite punctata, infiltrados marginais estéreis
úlceras marginais, flictênulas, neovascularização periferica da córnea
BLEFARITE

Diagnóstico
clinico
Tratamento
direcionado para alívio sintomático, tratamento da inflamação, da
etiologia, minimização da recorrência e, principalmente, evitar as
complicações que poderiam levar à cegueira.
realização da higiene palpebral com solução saponificante (xampu
neutro) 2 x dia
ATB para controle de doença moderada a grave aritromicina topica a
1,5%
corticoide em casos moderados a graves
BLEFARITE

BLEFARITE POSTERIOR

A blefarite posterior é o tipo mais comum. Ela ocorre quando há


inflamação da porção interna da pálpebra no nível das glândulas
meibomianas.
O quadro se inicia com uma disfunção da glândula de meibomius , que
provoca alterações na composição da secreção de lipídios (gordura)
da glândula.
BLEFARITE

BLEFARITE POSTERIOR

Sinais e Sintomas

Os sintomas comuns a todas as formas de blefarite incluem ardência,


irritação, coceira, vermelhidão ocular e visão embaçada.
A margem palpebral se encontra espessada, com hiperemia,
queratinização, vascularização e telangiectasia.
BLEFARITE
BLEFARITE POSTERIOR
Sinal da “Pasta de Dente”
BLEFARITE

BLEFARITE POSTERIOR

Calázio é a obstrução não


infecciosa da glândula
meibomiana causando
extravasamento de material
lipídico irritante nos tecidos moles
da pálpebra com inflamação
granulomatosa focal secundária.
BLEFARITE
BLEFARITE POSTERIOR

Diagnostico
Clinico
Para quantificar o comprometimento: Meibomioscopia,
Meibomiografia, microscopia confocal.

Tratamento
Higiene palpebral: realizar a limpeza após compressas mornas e
massagem da borda palpebral, com exposição das glândulas para
remoção da secreção estagnada.
Avaliar o uso de ácidos graxos.
ALERGIA OCULAR

DEFINIÇÃO:
É uma inflamação da conjuntiva causada por reação de hipersensibilidade tipo
I e IV.
Tem presença de prurido, hipertrofia papilar e pode ou não acometer a córnea.
ALERGIA OCULAR

CLASSIFICAÇÃO
Conjuntivite alégica sazonal FREQUENCIA
Conjuntivite alérgica aguda 20% da população americana
Conjuntivite alégica perene Conjuntivite alégica sazonal
Ceratoconjuntivite primaveril
(50 a 80%)
Dermatoceratoconjuntivite atópica
Conjuntivite papilar gigante sensibilização por pólen
População brasileira
Ceratoconjuntivite primaveril
e atópica (70-80%)- ácaro.
ALERGIA OCULAR

SINAIS E SINTOMAS
Prurido;
Olho vermelho, lacrimejamento, fotofobia;
Visão embaçada e dor;
Fatores desencadeantes - mudança climática, viagem, reforma de casa, etc.
ALERGIA OCULAR

Conjuntivite alérgica aguda


QP - prurido e lacrimejamento;
Edema palpebral intenso;
Hiperemia conjuntival com quemose;
Conjuntivite alérgica perene
Sintomas contínuos, que duram o ano todo;
Alérgeno - ácaro;
ALERGIA OCULAR

Ceratoconjuntivite Primaveril
Regiões de clima quente e seco; (primavera e verão)
Meninos (7-10 anos);
Geralmente melhora depois de cerca de 5 - 8 anos de doença;
Classificada em 3 formas:
1. Palpebral;
2. Límbica;
3. Mista;
ALERGIA OCULAR
Ceratoconjuntivite Primaveril
1. PALPEBRAL
Hipertrofia papilar na conjuntiva palpebral superior;
Papilas podem coalescer --> grandes papilas (aspecto de paralelepípedo)
Sinal de Maxwell Lyon ;
ALERGIA OCULAR
Ceratoconjuntivite Primaveril
2. LÍMBICA
Hipertrofia de papilas no limbo;
Limbo com aspecto gelatinoso e acinzentado;
Casos mais graves podem invadir a região central da córnea,
neovascularização e opacidade;
ALERGIA OCULAR
Ceratoconjuntivite Primaveril
3. MISTA
Associação (papilar + límbica);
Pontos de Horner-Trantas - pontos esbranquiçados formados por coleções de
células epiteliais degeneradas e eosinófilos;
Localizadas no limbo, conjuntiva bulbar e na superfície da córnea;
ALERGIA OCULAR
Ceratoconjuntivite Primaveril
3. MISTA
Alterações na superfície da córnea;
Ceratite epitelial devido os mediadores inflamatórios;
Podem haver erosão franca e resultar em úlcera em escudo (oval, terço
superior, bordas regulares, placas de fibrina);
ALERGIA OCULAR

Ceratoconjuntivite Primaveril
3. MISTA
Ceratocone - causada pelo ato de coçar --> apoptose das células da córnea;
Infecções secundárias - estafilocóccicas, herpéticas, clamidianas;
ALERGIA OCULAR

Dermatoceratoconjuntivite atópica
Indivíduos com + de 40 anos;
Desenvolvem simultaneamente quadro de dermatite atópica, asma e rinite;
Mais grave das alergias oculares;
sintomas presentes no ano todo (+ intensos no inverno);
ALERGIA OCULAR
Dermatoceratoconjuntivite atópica
Perda de cílios e sobrancelhas da região temporal --> sinal de Hertoghe;
Ressecamento da pele das pálpebras e descamação;
Aspecto macerado, com formação de linhas ou dobras extras nas pálpebras
inferiores --> Linha de Dennie-Morgan);
Hipertrofia das papilas;
Pontos de Hornet-Trantas;
Desenvolvimento de ceratocone secundário;
ALERGIA OCULAR
Conjuntivite papilar gigante
Presença de papilas gigantes (>3mm) na conjuntiva palpebral superior;
Atrito mecânico prolongado com lente de contato, prótese ocular, fio de sutura
exposto, blhas filtrantes;
ALERGIA OCULAR

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Tracoma;
Conjuntivite bacteriana;
Ceratite Infecciosa;
Olho Seco;
Blefarite;
Conjuntivite tóxica ou medicamentosa;
ALERGIA OCULAR

DIAGNÓSTICO
Clínico
Exames laboratoriais: detecção do alérgeno ou
confirmação diagnóstica.
Raspado conjuntival ou citologia de impressão
Avaliação do filme lacrimal
Testes Cutâneos
ALERGIA OCULAR

CONDUTA MEDICAMENTOSO:
Não tem cura, mas regride. Vasocontritores: melhora da hiperemia
Tratamento para melhorar a conjuntival.
qualidade de vida. Anti-histaminicos: alivio dos sinais e
Medidas gerais: evitar contato sintomas, usar colírio.
com o alergeno, evitar agentes Estabilizadores da membrana de
irritantes, compressas frias para mastócitos: impede a liberação de
alívio, uso de lagrima artificial. mediadores quimicos.
Dupla- tripla ação: colírio, estabiliza a
membrana e agem como anti-
histaminicos.
ALERGIA OCULAR
CIRURGIA
MEDICAMENTOSO Ressecção das papilas gigantes: casos
Anti- inflamatórios não hormonais graves ou refratarios ao tratamento.
Corticoide: sistemico e tópico Transplante de Córnea: casos graves
Ciclosporina tópica: de Dermatoceratoconjuntivite atópica
imunimodulador, inibe a produção ou Ceratoconjuntivite primaveril (casos
de interleucinas, colírio. graves, com opacidade da córnea)

Úlcera em escudo: remoção mecanica


da fibrina, corticoide tópico, antibiotico
tópico.
TRACOMA

Definição
Conjuntivite folicular crônica


Classificação da OMS
(B) Inflamação tracomatosa
folicular (TF);
(C) Inflamação Tracomatosa
Intensa (TI);
(D) Cicatrização tracomatosa (TS);
(E) Triquíase tracomatosa (TT);
(F) Opacificação corneana (CO)
TRACOMA

TRACOMA

Transmissão Sintomas
Agente: Chlamydia trachomatis bactéria Prurido
gram negativa Lacrimejamento

Forma direta; contato indireto Ardor


Período de incubação é de 5 a 12 dias Hiperemia
Principal reservatório populações Fotofobia
são as crianças menores de 10 anos.
As formas ativas (TF e TI) são mais
encontradas em crianças pré-
escolares.
Linhas de Alrt
TRACOMA

Diagnóstico
Clínico
Linhas de Arlt
Fossetas de Herbert

Imunofluorescência direta Linhas de Herbert


TRACOMA

Tratamento
Higiene;
TTO tópico: tetraciclina 1g/dia ou eritromicina pomada 4x/ 6 semanas;
Lágrimas artificiais;

TTO sistêmico:
Tetraciclina 250mg 4x/dia, 3 semanas (> 11 anos)
Eritromicina 250mg 4x/dia 3 semanas, (50mg/kg/dia);
Cirurgia: correção de entrópio ou ectrópio ou triquíase.
CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO NEONATAL

Sinais e sintomas

Não há reação folicular em recém nascidos


Há secreção mucopurulenta
Membranas inflamatórias - nas conjuntivas
palpebrais
CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO NEONATAL

Fatores de risco

Parto normal - infecção vaginal

Diagnóstico Diferencial

Conjuntivite química por solução de nitrato de


prata ou por Streptococcus, Staphylococcus
e Herpes vírus
CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO NEONATAL

Comprovação do diagnóstico

Corpúsculo de inclusão
A confirmação com a associação com outros
agentes deve ser feita.
Tratamento
Higiene rigorosa do local
Macrolídeos - imediatamente
Azitromicina
Tópico - sulfacetamida - colírio ou pomada
CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO NEONATAL

Tratamento - se associação com Neisseria gonorrhoeae

Ceftriaxona OM ou EV - 3 dias ou dose única 100mg /Kg IV ou


IM

Para infecções disseminadas: manter dose siária por 3 dias.


CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO NEONATAL

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