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Avaliação Morfológica Endotelial da Córnea em
Cirurgia Pediátrica de Catarata com Lente Intraocular
Implantação: uma comparação entre pré-operatório e precoce
Microscopia especular pós-operatória
ABHAY R. VASAVADA, MAMIDIPUDI R. PRAVEEN, VIRAJ A. VASAVADA, SAJANI K. SHAH, VAISHALI VASAVADA E
RUPAL H. TRIVEDI
• OBJETIVO: Observar alterações longitudinais no endotélio corneano
após cirurgia pediátrica de catarata com implante de lente intraocular. •
DESENHO: Estudo prospectivo
longitudinal. • MÉTODOS: LOCAL: Iladevi Cataract and
IOL Re-search Centre, Ahmedabad, Índia. POPULAÇÃO DO ESTUDO: Este
estudo incluiu 100 olhos pediátricos submetidos à cirurgia de catarata
com implante de lente intraocular. O manejo da cápsula posterior foi
baseado no status da cápsula posterior. A vitrectomia limbal anterior de
dois portais foi realizada após descamação da placa da cápsula posterior.
PROCEDIMENTOS DE OBSERVAÇÃO: Foram avaliadas características
morfológicas endoteliais da córnea: densidade de células endoteliais
(célula/mm2 ), coeficiente de variação, porcentagem de hexagonalidade e
espessura central da córnea. MEDIDAS PRINCIPAIS DO RESULTADO:
Avaliar se há uma diferença nas características morfológicas das células
endoteliais antes da cirurgia e 3 meses após a cirurgia e também se a
cirurgia pediátrica de catarata com e sem vitrectomia anterior tem algum
impacto nas características morfológicas das células endoteliais. •
RESULTADOS: Uma comparação da microscopia especular pré-operatória
e pós-operatória é apresentada aqui: densidade de células endoteliais,
3.225,1 346,8 células/mm2 versus 3.057,7 330,1 células/mm2 (P < 0,001);
coeficiente de variação, 27,5 ± 10,6 versus 37,7 ± 16,3 (P < 0,001);
porcentagem de hexagonalidade, 58,1 15,3 versus 48,6 13,4 (P < 0,001); e
espessura central da córnea, 529,30 m versus 527,34 m (P 0,64). Houve
redução de 5,1% na perda média de células endoteliais 3 meses após a
cirurgia. Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada
na diminuição percentual na densidade média de células endoteliais entre
olhos submetidos à cirurgia de catarata com cápsulas posteriores
intactas, olhos submetidos à capsulorrexe posterior manual sem
vitrectomia limbal anterior e olhos submetidos à vitrectomia limbal anterior
(P 0,543). .
Aceito para publicação em 13 de fevereiro de 2012.
Do Iladevi Cataract & IOL Research Center, Raghudeep Eye Clinic, Gurukul Road,
Memnagar, Ahmedabad, Índia (ARV, MRP, VAV, SKS, VV); e o Storm Eye Institute,
Universidade Médica da Carolina do Sul, Charleston, Carolina do Sul (RHT).
Consultas para Abhay R. Vasavada, Iladevi Cataract & IOL Research Center,
Raghudeep Eye Clinic, Gurukul Road, Memnagar, Ahmedabad 380052, Índia; e-
mail: icirc@abhayvasavada.com
0002-9394/$36,00 © 2012 POR ELSEVIER INC. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
doi:10.1016/j.ajo.2012.02.018
• CONCLUSÕES: A perda de células endoteliais com as técnicas
atualmente praticadas de cirurgia pediátrica de catarata está
dentro dos limites aceitáveis, seguindo os princípios da técnica
de câmara fechada. (Am J Ophthalmol 2012; 154:259 –265. ©
2012 por Elsevier Inc. Todos os direitos reservados.)
melhor compreensão das complexidades da vida de uma criança
AVANÇOS NAS
O olho TÉCNICAS
e sua resposta àMICROSIRÚRGICAS E UMos
cirurgia ajudaram a melhorar
resultados da cirurgia de catarata pediátrica.1–5 Embora os princípios da
cirurgia de catarata em adultos sejam adotados durante a cirurgia de
catarata pediátrica, várias características do olho da criança tornam o
tratamento cirúrgico da catarata pediátrica distintamente diferente. A baixa
rigidez escleral predispõe o olho a um raso recorrente da câmara anterior.6
Além disso, esses olhos apresentam uma maior propensão para inflamação
pós-operatória e glaucoma. Essas complicações podem ser deletérias ao
endotélio da córnea.7–10 A monocamada endotelial é um conjunto finito
de células no qual a divisão mitótica não ocorre rotineiramente. Devem
ser tomadas
medidas durante todas as cirurgias intraoculares para minimizar o dano
endotelial. Foi relatado que a perda de células endoteliais é de 4,6% a
15,6% após a facoemulsificação em olhos adultos.11–14 Alguns estudos
pediátricos relataram características morfológicas endoteliais da córnea
em olhos com lentes transparentes e em olhos pseudofácicos.15–17 No
entanto, a maioria destes os estudos foram transversais. Devido à escassez
de literatura disponível, este ensaio clínico prospectivo e longitudinal
comparou as características morfológicas das células endoteliais da córnea
pré-operatórias e pós-operatórias precoces em crianças submetidas à
cirurgia de catarata com implante de lente intraocular primária (LIO).
MÉTODOS
UM ENSAIO CLÍNICO PROSPECTIVO, LONGITUDINAL EM 106 OLHOS de 70
pacientes submetidos à cirurgia pediátrica de catarata com implante de LIO entre janeiro
de 2009 e abril de 2011 foi realizado no Iladevi Cataract & IOL Research Center,
Ahmedabad, Índia. Crianças maiores de 4 anos submetidas
259
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TABELA 1. Comparação das características morfológicas do endotélio da córnea e da espessura central da córnea antes da cirurgia e 3
Meses após cirurgia em olhos submetidos à cirurgia pediátrica de catarata
Densidade celular endotelial (célula/mm2 )
Três meses depois
Antes da cirurgia Cirurgia
Significar 3225,1 346,8 3057,7 330,1 27,5 10,6 37,7 16,0 58,1 15,3 48,6 13,4 529 30
Mediana 3157 2981,5
Faixa 2724 a 3977 2446 a 3748
Valor Pa 0,001
a
Teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.
cirurgia de catarata com implante de LIO foram incluídas. Os critérios de
exclusão foram os seguintes: olhos com lesões traumáticas ou subluxadas
catarata e incapacidade de obter uma contagem especular pré-operatória.
Durante a cirurgia, LIOs fixadas no sulco e olhos sem LIO
implantação foram excluídas. Foi realizada avaliação pré-operatória
minuciosa. Foi realizada biomicroscopia com lâmpada de fenda
após dilatação pupilar. A pressão intraocular (PIO) foi
medido com um tonômetro de aplanação portátil Perkins.
Inicialmente, o olho foi anestesiado com proparacaína 0,5%
gotas (Sunways, Mumbai, Maharashtra, Índia). A Central
a espessura da córnea (CCT) foi então avaliada por ultrassom
paquimetria (Ocuscan; Alcon, Mumbai, Maharashtra, Índia).
O comprimento axial e a profundidade da câmara anterior foram medidos com
biometria de coerência óptica (IOL Master; Zeiss) ou ultrassonografia
A-scan pela técnica de imersão (Ocuscan;
Alcon).
Após exame oftalmológico de rotina, todas as crianças foram
submetidas à microscopia especular com aparelho sem contato.
microscópio especular (SP2000; Topcon Corp, Tóquio, Japão). Um
único examinador (MRP) obteve todas as medidas. Da córnea central,
o examinador
obteve uma única imagem de pelo menos 100 células contíguas e
marcou-o manualmente com um mouse usando um software integrado
programa. O computador avaliou, calculou e exibiu automaticamente
a densidade média de células endoteliais
(ECD; células/mm2 ), coeficiente de variação (CV) na célula
tamanho e porcentagem de células de 6 lados (6A).
O mesmo cirurgião (ARV) realizou todas as cirurgias
sob anestesia geral usando um procedimento cirúrgico padronizado
técnica. Inicialmente foram feitas 2 incisões de paracentese de 1 mm
criada, seguida de capsulorrexe manual anterior contínua em orelha
curvilínea. Nos olhos com catarata total, a parte anterior
cápsula foi corada com solução de azul de tripano antes
realizar capsulorrexe anterior (0,1 mL/0,6 mg;
0,0125%; pH, 7,39; pressão osmótica, 1,22 mm Hg).
Após isso, foi realizada irrigação e aspiração bimanuais.
realizado. O manejo da cápsula posterior foi baseado em
o status da cápsula posterior (posterior manual
capsulorrexe curvilínea contínua [PCCC] ou placa
peeling).18 A vitrectomia limbal anterior de dois portais foi
realizado após a conclusão da placa da cápsula posterior
descamação. Mais tarde, uma incisão temporal clara na córnea de 3,2
260
Coeficiente de variação Hexagonalidade Espessura Central da Córnea (m)
Antes Três meses Antes Três meses Antes Três meses depois
Cirurgia Depois da cirurgia Cirurgia Depois da cirurgia Cirurgia Cirurgia
527 34
26 35 59 49 532 530
11 a 54 15 a 13 22 a 92 21 a 90 453 a 592 432 a 596
0,001 0,001 0,64
mm foi criado para hidrofóbico de peça única no saco
Implante de LIO acrílica (SA60AT; Alcon). A implantação foi realizada
utilizando o injetor tipo shooter (ASICO; Royale Injector, EUA). O
residual
dispositivo viscocirúrgico oftálmico foi removido por 2 portas
vitrectomia limbal anterior. As incisões foram suturadas
usando náilon 10-0. A pupila foi contraída pela injeção
Carbacol (0,01%; Biotech Ophthalmics, Ahmedabad,
Gujarat, Índia) intracameralmente. Em todos os olhos no final
do procedimento, 0,1 mL de moxifloxacino intracameral
Foi injetada solução oftálmica a 0,5% contendo 500 g de moxi-
floxacina. Após a cirurgia, os pacientes foram examinados aos 3
meses para CCT e endotélio corneano.
Os resultados foram analisados para ECD, CV, 6A e CCT
aos 3 meses após a cirurgia. Foi feita uma comparação
entre os valores pré-operatórios e pós-operatórios usando
o teste pareado de Wilcoxon. Analisamos ainda a diferença percentual
na média de CCT e média de ECD e
entre CV médio e média 6A entre o pré-operatório
período e 3 meses após a cirurgia. A diferença percentual foi calculada
da seguinte forma, por exemplo, no caso de
DCE: ((diferença entre pré-operatório e pós-operatório
Contagens de ECD)/(contagens de ECD pré-operatórias)) 100. Além disso,
idade pré-operatória na cirurgia, comprimento axial e
a profundidade da câmara foi correlacionada com a perda de DPI aos 3 meses
após a cirurgia utilizando o coeficiente de correlação de Spearman.
Também foi feita uma comparação entre os valores
registrado para ECD médio, CV, 6A e CCT em 3 meses
após a cirurgia entre os 3 grupos: olhos com região posterior intacta
cápsulas, PCCC manual sem limbo anterior de 2 portas
vitrectomia e descamação da placa da cápsula posterior com
Vitrectomia limbal anterior de 2 portas. Os dados não foram
distribuído normalmente; foram utilizados testes não paramétricos. O
O teste dos postos sinalizados de Wilcoxon foi utilizado para comparar
os valores pré-operatórios com os valores obtidos 3 meses após a cirurgia.
O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar mudanças na
ECD, CV, 6A e CCT entre os 3 grupos.
• CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA: Depois de considerar e
avaliar cuidadosamente os dados publicados de um estudo com crianças
submetidos à cirurgia de catarata com implante de LIO, observações
publicadas em relatório sobre valores pré-operatórios de
REVISTA AMERICANA DE OFTALMOLOGIA AGOSTO DE 2012
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DPI e discussões com o painel de especialistas, assumimos

que haveria um declínio de 4% nas células endoteliais
densidade aos 3 meses após a cirurgia com uma correlação de 0,5%

535,5

524,5
530
(pré-operatório menos pós-operatório).19 Usando essas informações
cirurgia
Depois

531,9

529,5

521,6
596
455

573
432

568
445
42,8

31,9

31,4
da

a
e considerando uma taxa de abandono de 10%, concluímos que um
tamanho da amostra de 69 olhos teria 90% de poder para detectar o
diferença no DPI pré-operatório e pós-operatório.
Espessura

525,5

537,5
Córnea
Central

525
(m)

cirurgia
da

519,5

525,2

535,8
Antes

568
453

589
477

592
474
34,6

26,6

31,3
da

a
RESULTADOS

• ANTES DA CIRURGIA: Excluímos 6 olhos (100/106) da

a análise porque não recebemos o pós-operatório

50,0
42,0

49,0

resultados do microscópio especular como resultado de má cooperação.

cirurgia
Depois

11,9
43,0

13,4
49,8
13,9
49,6
67,0
21,0

90,0
22,0

83,0
29,0
da

Assim, avaliamos 100 olhos. Dos 70 pacientes, 40 foram

a
a

a
Hexagonalidade

casos unilaterais e 30 eram casos bilaterais. A idade média

foi de 6,6 2,3 anos (variação de 4 a 13 anos). A distribuição
dos diferentes tipos de catarata foi a seguinte: lamelar
60,0

60,5

52,0
cirurgia

catarata em 77 (77%) olhos, catarata total em 18 (18%) olhos,

Antes

13,7
60,4

15,3
60,9

15,6
54,6
82,0
39,0

92,0
33,0

82,0
22,0
da

e catarata subcapsular posterior em 5(5%) olhos. Significar

o comprimento axial foi 22,27 1,7 mm (mediana, 21,95 mm),
a espessura média da lente foi de 3,81 0,89 mm (mediana, 3,35
37,0

37,0

34,5

mm), a profundidade média da câmara anterior foi de 3,29 0,54 mm

cirurgia
Depois

37,2

19,1
38,6

16,3
37,1
13,0
15,0

98,0
15,0

(mediana, 3,40 mm), e a PIO média foi de 15,09 2,2 mm

56,0
30,0
6,3
da

a
a

Hg (mediana, 15 mm Hg).
Coeficiente
variação

• DURANTE A CIRURGIA: Em 18 (18%) olhos, a

de

29,0

27,0

24,5

cápsula anterior foi corada com solução de azul de tripano antes

cirurgia
Antes

13,5
29,2

11,0
29,2

25,3
54,0
12,0

54,0
12,0

47,0
11,0
8,8

foi realizada capsulorrexe. A energia faco ultrassonográfica foi

da

não é necessário para nenhum olho. Irrigação e aspiração bimanual

foram usados. A capsulorrexe posterior manual foi realizada em
42 (42%) olhos; 16 (16%) olhos tiveram pós-operatório intraoperatório
2.939,0

placa da cápsula e teve que passar por peeling de placa com 2 portas
3191

3033
cirurgia
Depois

330,3
3249

3080,0

2991,8
3687
2630

3748
2501

3712
2446

vitrectomia anterior limbal. Nenhum dos olhos teve que passar

341,6

308,2
da

vitrectomia pars plana. Outros 42 (42%) olhos tinham o olho intacto

cápsula posterior. Sem grandes complicações intraoperatórias
foram observados durante a cirurgia de catarata.
Vitrectomia
posteriores
pediátrica

Densidade
cápsulas

2.991,5
endotelial
catarata
intactas
durante
cirurgia

(célula/

3326

3318
celular
mm2)

• RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIOS: A Tabela 1 ilustra características

cirurgia
de

Antes
e

3356,1

3259,2

3141,3
3881
2777

3977
2724

3881
2777
357,7

357,8

317,1
da

morfológicas das células endoteliais e valores de CCT

a

antes e 3 meses após a cirurgia. Houve um significativo

mudança em ECD (P 0,001), CV (P 0,001) e 6A
(P 0,001) do pré-operatório até 3 meses após
cirurgia. Houve aumento da TCC desde o período pré-operatório até 3
meses após a cirurgia, mas isso não
alcançar significância estatística (P 0,64). Houve 5,1%
diminuição na porcentagem média de perda de células de DCE, uma
Aumento de 19,84% no CV, uma diminuição de 9,20% no hexagonal
células, e um aumento de 2,1% na média do CCT desde o período pré-
operatório até 3 meses após a cirurgia. Avançar,
não houve correlação estatística entre
vitrectomia

perda celular e a mudança no CCT após a cirurgia no

olhos)
limbal

Capsulorrexe
descascando

Acompanhamento de 3 meses (coeficiente de correlação de Pearson,

Mediana

Mediana

Mediana
16

Significar

Significar

Significar
anterior

(n
cirurgia

Faixa

Faixa

Faixa
posterior
posterior

posterior
Cápsula
cápsula
anterior

manual
olhos
limbo

0,20; Pág.11 ).
após

intacta
sem
com

olhos)

olhos)
Placa
em

e
TABELA
a
e

42
da

42
(n

(n

A idade média pré-operatória na cirurgia, o comprimento axial, a

profundidade da câmara anterior e a PIO não mostraram qualquer diferença significativa.

VOL. 154, NÃO. 2 ENDOTÉLIO DA CÓRNEA NA CIRURGIA DE CATARATA PEDIÁTRICA 261

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TABELA 3. Comparação da alteração percentual na perda de células endoteliais da córnea e alteração na espessura central da córnea
Antes e depois da cirurgia em olhos com e sem vitrectomia do limbo anterior e cápsulas posteriores intactas durante a pediatria
Cirurgia de catarata
Densidade Celular Endotelial
(% Perda Celular)
Placa da cápsula posterior descascando o limbo anterior
vitrectomia (n 16 olhos)
Significar 4,7 2,8
Mediana 4,5
Capsulorrexe posterior manual (n 42 olhos)
Significar 5,5 3,0
Mediana 5.1
Cápsula posterior intacta (n 42 olhos)
Significar 3,1 1,6
Mediana 3.7
correlação com a porcentagem de perda de células endoteliais após
cirurgia no acompanhamento de 3 meses (idade na cirurgia: Pearson
coeficiente de correlação, 0,159; P.114 ; comprimento axial: Pearson
coeficiente de correlação, 0,04; P.69 ; Camâra anterior
profundidade: coeficiente de correlação de Pearson, 0,124; P.128 ;
PIO: coeficiente de correlação de Pearson, 0,02; Pág.86 ).
A Tabela 2 ilustra uma comparação entre olhos com
cápsulas posteriores intactas, PCCC manual sem cápsula anterior
vitrectomia limbal e descamação da placa da cápsula posterior
com vitrectomia limbal anterior. Não houve nenhum significativo
diferença observada entre esses 3 grupos em relação ao
ECD, CV e 6A antes da cirurgia e após a cirurgia às 3
meses (ECD, P 0,06; CV, P 0,286; 6A, P 0,301).
Além disso, não houve porcentagem estatisticamente significativa
diminuição na média de DPI, diferença percentual no CV ou
diferença percentual em 6A entre os 3 grupos (teste de Kruskal-Wallis:
ECD, P 0,543; CV, P 0,57; 6A, P 0,06;
Tabela 3).
Além disso, no grupo de vitrectomia limbal anterior de 2 portas
após descamação da placa da cápsula posterior, houve uma redução de 2,8%
aumento na média do CCT do período pré-operatório para 3
meses (média, desvio padrão, 2,8 11,1%; mediana, 4,1%) após a
cirurgia. No único grupo PCCC manual,
houve um aumento de 1% na média do CCT desde o período pré-
operatório (desvio padrão médio, 1,0 8,5%;
mediana, 0,9%). Em olhos com cápsula posterior intacta,
houve uma diminuição de 2,3% na CCT média em relação ao
período pré-operatório até 3 meses após a cirurgia (média, desvio
padrão, 2,3 8,1%; mediana, 3,91%). Lá
não houve diferença estatisticamente significativa na mudança de
CCT desde o período pré-operatório até 3 meses após
cirurgia entre os 3 grupos (teste de Kruskal-Wallis, P 0,06).
DISCUSSÃO
MUITOS FATORES PODEM INFLUENCIAR O DPI DURANTE A CATARATA
cirurgia. Estes incluem tipo de catarata, comprimento axial,
profundidade da câmara, técnica cirúrgica, experiência cirúrgica,
262 REVISTA AMERICANA DE OFTALMOLOGIA
Coeficiente de variação Hexagonalidade Mudança na Central
(% Perda Celular) (% Perda Celular) Espessura da córnea (%)
23,7 29,5 2,0 50,5 2,8 11,1
20.6 16,8 4.1
15,8 35,8 13,5 32,6 1,0 8,5
15.6 24.3 0,9
20,2 37,7 27,3 20,7 2,3 8,1
19,0 31.3 3,91
tamanho e formato do túnel, viscocirúrgico oftálmico
dispositivos, fluidos de irrigação, volume de irrigação, tipo de LIO
implantado, injeções intracamerais, duração da cirurgia,
inflamação pós-operatória e IOP.20–26 Para comparar
o efeito da cirurgia no endotélio da córnea humana,
é importante estudar tanto o pré-operatório quanto o precoce
características morfológicas celulares pós-operatórias. Para o
melhor do nosso conhecimento, apenas alguns estudos relataram
comparações entre alterações endoteliais pré e pós-operatórias após
cirurgia de catarata pediátrica e LIO
implantação.10,19
Nossos achados sugerem que o DPI pós-operatório, CV,
e os valores de 6A foram significativamente diferentes dos valores pré-
operatórios. Encontramos uma redução de 5,1% no DPI médio
desde o pré-operatório até 3 meses após a cirurgia.
Kora e associados relataram uma perda de células endoteliais em 25
olhos pediátricos na faixa etária de 5 a 15 anos que
foi submetido à facoemulsificação com implante de LIO. De
desses 25 olhos, apenas 6 eram de catarata não traumática, e
descobriu-se que a perda média de células endoteliais foi de 6% em
olhos submetidos à cirurgia de catarata congênita com facoemulsificação
e implante de LIO na câmara posterior em
acompanhamento de 3 anos.27 Além disso, no presente estudo, no
Acompanhamento de 3 meses, descobrimos que o valor endotelial médio
a perda celular foi de 3,1% nos olhos submetidos à facoaspiração com
Implante de LIO (cápsula posterior intacta), enquanto foi
4,7% em olhos submetidos à capsulotomia posterior primária
e vitrectomia limbal anterior de 2 portas juntamente com facoaspiração
e implantação de LIO. Basti e associados encontrados
a perda média de células endoteliais é de 5,28% nos olhos
submetidos à extração extracapsular de catarata (ECCE) com
implante de LIO, enquanto foi de 7,50% em olhos submetidos à
capsulotomia posterior primária e vitrectomia anterior juntamente com
ECCE e implante de LIO (média
idade do paciente de 9,3 anos; faixa, 5 a 15 anos; e um
acompanhamento de 24 a 36 semanas).19 Relatórios anteriores
abordou a perda de células endoteliais após catarata pediátrica
cirurgia, e maior perda celular foi observada em olhos que tiveram
uma LIO (33,3%) do que aqueles que não usaram (9,6%).28
AGOSTO DE 2012
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Entretanto, este estudo não comparou a contagem especular pré e
pós-operatória. Em outro estudo realizado em olhos submetidos a
ECCE e implante de lente intraocular de polimetilmetacrilato com
cápsula posterior intacta, a perda média de células endoteliais foi
de 10,94% após 1 mês e 17,85% após 6 meses.10 As técnicas
cirúrgicas utilizadas nesse período diferem significativamente
daqueles usados agora e fazer uma comparação de nossos dados
com os deles inadequada. Atribuímos nossos resultados
encorajadores à vasta experiência do cirurgião na realização de
cirurgia pediátrica de catarata e também ao uso de um dispositivo
viscocirúrgico oftálmico apropriado. Acreditamos ainda que esse
achado está relacionado à nossa observação anterior de que,
durante a cirurgia, o uso de parâmetros de aspiração baixos,
juntamente com o uso da técnica de câmara fechada, permite ao
cirurgião continuar a remoção do cristalino em um plano posterior,
longe do endotélio da córnea. A redução do fluxo de fluido reduz a
turbulência na câmara anterior e especulamos que isso pode
reduzir o dano endotelial. Acreditamos que técnicas e parâmetros
que permitem com segurança a emulsificação do plano posterior
também podem reduzir a lesão endotelial da córnea.
No presente estudo, todos os olhos com catarata total receberam
azul de tripano. Utilizamos a quantidade padrão recomendada (0,1
mL) de azul de tripano, a menor concentração recomendada
(0,0125%) e a menor duração da coloração (30 segundos do início
da primeira injeção). Geralmente são preferidas a concentração
mais baixa e a exposição mínima eficaz para facilitar a cirurgia.
Alguns relatos sobre o azul tripano29,30 discutem sua toxicidade
ocular. Porém, no presente estudo, não realizamos análises
estatísticas adicionais para avaliar a toxicidade do azul de tripano
no endotélio da córnea devido ao pequeno tamanho da amostra.
Não houve diferença significativa na média de ECD, média de
CV ou média de 6A entre olhos com e sem vitrectomia limbal
anterior de 2 portas. Além disso, acreditamos que o tamanho da
nossa amostra foi muito pequeno para permitir um poder estatístico
adequado na análise, ou seja, apenas 16 olhos necessitaram de
vitrectomia limbal anterior de 2 portas, enquanto 42 olhos tinham
cápsulas posteriores intactas e foram submetidos à capsulotomia
posterior sem vitrectomia. É provavelmente por isso que não
encontramos nenhuma mudança significativa nas características
morfológicas endoteliais da córnea entre os dois grupos. Basti e
associados também não encontraram nenhuma diferença
estatisticamente significativa na contagem de células endoteliais e
características morfológicas entre olhos com ECCE e implante de
LIO (perda média de células endoteliais, 198,39 células/mm2
[5,28%]) e olhos com capsulotomia posterior primária e vitrectomia
anterior juntamente com ECCE e implantação de LIO (perda média
de células endoteliais, 295,17 células/mm2 [7,50%] em 24 a 36
semanas).19 As observações no presente estudo estão de acordo
com aquelas relatadas anteriormente na literatura.
Além do DCE, também avaliamos o CV porque reflete o formato
da célula e é um bom indicador de dano endotelial. O CV no
tamanho celular (desvio padrão dividido pela área celular média) foi
utilizado como índice da extensão da variação na área celular
(polimegatismo).
VOL. 154, NÃO. 2 ENDOTÉLIO DA CÓRNEA NA CIRURGIA DE CATARATA PEDIÁTRICA
Os resultados do nosso estudo sugerem uma mudança no CV
de 27,5 para 37,7. Basti e associados descobriram que a mudança
no CV foi de 32,20 para 32,78, com a mudança percentual sendo
de 1,86% em olhos submetidos a ECCE com implante de LIO.19
Em olhos submetidos a capsulotomia posterior primária e vitrectomia
anterior juntamente com ECCE e implante de LIO, os mesmos
autores descobriram que a variação pré-operatória no CV do pré-
operatório foi de 32,41 a 32,42, com uma variação percentual no
CV de 0,75% no acompanhamento de 6 meses.
Embora o DCE seja usado mais comumente para descrever o
estado de saúde do endotélio da córnea, uma alta porcentagem
de hexagonalidade é vista como um indicador de um endotélio da
córnea saudável.29–31 Em uma córnea típica, 60% a 80% do
endotélio as células têm uma configuração hexagonal, mas o
estresse nas células endoteliais pode diminuir a porcentagem de
células de formato hexagonal e, portanto, pode aumentar o
pleomorfismo.29–31 Foi relatado que a porcentagem de
hexagonalidade do endotélio da córnea diminui gradualmente com
o avanço da idade.32 –34 Isto apoia a visão de que o endotélio
pleomórfico dos olhos mais velhos é mais suscetível ao trauma
cirúrgico do que o dos olhos mais jovens. Os resultados do nosso
estudo sugerem uma diminuição em 6A de 58,1 para 48,6. Basti e
associados descobriram que a mudança pré-operatória para pós-
operatória em 6A foi de 65,13 a 57,75, com a diferença em 6A
sendo de 9,74% em olhos submetidos a ECCE com implante de
LIO.19 Em olhos submetidos a capsulotomia posterior primária e
vitrectomia anterior junto com ECCE e LIO implantação, os mesmos
autores encontraram que a variação pré-operatória para pós-
operatória em 6A foi de 59,60 a 54,80, com a diferença em 6A
sendo de 6,12% no acompanhamento de 6 meses.
No presente estudo, não encontramos diferença na DPI quando
avaliada em relação à CCT em nenhum dos exames de
acompanhamento. No entanto, no acompanhamento de 3 meses,
encontramos uma alteração significativamente menor na CCT em
olhos pseudofácicos que não foram submetidos à vitrectomia em
comparação com os olhos que foram submetidos à vitrectomia.
Também foi sugerido que a espessura da córnea fornece uma
medida da quantidade de lesão endotelial induzida cirurgicamente.
Alguns autores sugerem que o aumento da CCT no primeiro dia de
pós-operatório se correlaciona com o trauma cirúrgico do endotélio
e que é proporcional à perda celular aos 3 meses.35 As limitações
do presente
estudo incluem que não avaliamos a influência de fatores como
conforme a quantidade de fluido utilizado e o tempo cirúrgico no DPI
pós-operatório mudam.
Além disso, no presente estudo, não randomizamos os olhos com
base no manejo da cápsula posterior.
Novos estudos utilizando um tamanho amostral maior e com
acompanhamento em longo prazo são necessários para determinar
o comportamento em longo prazo do endotélio corneano nesses
olhos. Além disso, nossos resultados podem não ser generalizados
para olhos com catarata traumática, lentes subluxadas, LIOs fixadas
em sulco e assim por diante. No entanto, a inclusão de tais olhos
teria confundido os resultados deste estudo. Além disso, um único
263
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cirurgião experiente realizou todas as cirurgias em nosso estudo,
limitando assim sua generalização para outros centros ou estudos que
incluam vários cirurgiões com experiência variável.
Em conclusão, nosso estudo mostrou que a perda de células
endoteliais foi de 5,1%. Como as córneas destes olhos jovens devem
permanecer limpas durante toda a vida, esta série destaca a importância
de exercer um cuidado meticuloso para minimizar os danos às células endoteliais.
idade durante a cirurgia pediátrica de catarata. Sabe-se que a perda de
células endoteliais ocorre com o envelhecimento e que os olhos operados
continuam a perder células endoteliais a uma taxa elevada (2,5% ao
ano) durante vários anos após a cirurgia de catarata. Portanto, é provável
que o grau de perda celular documentado em nossa série seja compatível
com a retenção de um número de células bem acima do considerado
mínimo para a clareza da córnea, mesmo depois de várias décadas.

TODOS OS AUTORES PREENCHERAM E ENVIARAM O FORMULÁRIO DO ICMJE PARA DIVULGAÇÃO DE POTENCIAIS CONFLITOS DE INTERESSE e nenhum foi
relatado. A publicação deste artigo foi apoiada em parte por uma doação do Fundo Grady Lyman (Universidade Médica da Carolina do Sul, Charleston, Carolina do Sul) ao
Dr. Trivedi; e por uma concessão irrestrita da Research to Prevent Blindness, Inc, (Nova York, Nova York) ao Storm Eye Institute. Envolvido no desenho e condução do estudo
(ARV, RHT, MRP); Coleta, gestão, interpretação e análise de dados (MRP, SKS, VV, VAV); e Preparação e revisão de manuscritos (ARV, MRP, RHT, VV, VAV). O Conselho
de Revisão Institucional do Iladevi Cataract & IOL Research Center aprovou este estudo prospectivo antes do início do estudo. Foi tomado cuidado para garantir que aderisse
aos princípios da Declaração de Helsínquia. O consentimento informado foi obtido dos pais de todas as crianças participantes do estudo antes de sua inscrição no estudo. O
estudo foi registrado no site do National Institutes of Health Clinical Trials, http://www.clinicaltrials.gov (identificador NCT01504607). Os autores agradecem a Jignasu Yagnik,
Instituto de Desenvolvimento de Empreendedorismo da Índia, Ahmedabad, Índia, pela sua experiência estatística.

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Biosketch
Abhay R. Vasavada é o Diretor da Raghudeep Eye Clinic e do Iladevi Cataract & IOL Research Center em Ahmedabad,
Índia. Ele é reconhecido mundialmente como um excelente clínico, acadêmico e professor na área de cirurgia de catarata. Ele
foi premiado com a Medalha Binkhorst no ano de 2011. Ele tem mais de 135 publicações em vários periódicos revisados por pares.
Ele treinou mais de 100 oftalmologistas nacional e internacionalmente.

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