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-O SERMÃO PROFÉTICO – MATEUS 24

Assim que saíram do templo os discípulos chamaram a atenção de Jesus para a grandeza do
prédio remodelado e ampliado por Herodes I, o grande. Aproximava-se o dia quando o templo seria
totalmente destruído. A história nos revela que a destruição foi patrocinada e comandada pelo
governo que havia apoiado sua construção! Tito, o general romano, foi o encarregado dessa missão
no ano 70 d. C.
A construção do ‘templo de Herodes’, assim chamado, não teve a participação voluntária do
povo. Foi apenas uma obra política e com o uso de recursos públicos. A esse respeito o Senhor
Jesus estabeleceu um princípio a ser seguido pela igreja cristã: “... Dêem a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus”. Mateus 22. 21. (NVI).
Com base nesse princípio aprendemos que Deus não aceita que ofereçam a Ele o que pertence a
‘César’ ou que ofereçam a ‘César’ o que Lhe pertence. Entenda-se ‘César’ como metáfora de poder
estatal, governo.
No monte das Oliveiras, local onde habitualmente se reunia para a oração, ensino e momentos de
descontração, o Senhor Jesus foi abordado pelos discípulos que manifestaram interesse em saber
por antecipação quando ocorreria a destruição do templo, qual seria o sinal do Seu retorno à terra e
o final dos tempos. Então, o Senhor Jesus passou a revelar os acontecimentos do futuro próximo e
remoto que havia abordado inicialmente em suas lamentações sobre Jerusalém e mais recentemente
após a saída do templo.
Primeiramente o Senhor Jesus faz um chamado à vigilância. Os sinais que antecederão o Seu
retorno glorioso estão encadeados e apontam para um futuro próximo e remoto. O cumprimento de
todos eles culminará com o final da história iniciada no Jardim do Éden e completada no juízo
final. Daí para frente terá seguimento a eternidade com Deus aos salvos e a eternidade sem Deus
àqueles que rejeitaram a Graça de Deus manifestada em Jesus Cristo. João 3. 16, 36; Atos 4. 12.
A vigilância se associa ao conhecimento das Escrituras e à oração. A observação do momento
histórico vivido pelas nações e sua influência na vida pessoal são indispensáveis a quem vigia.
Os vigilantes fortalecem sua fé nas palavras de Jesus: “Os céus e a terra passarão, mas as
minhas palavras jamais passarão” e “ Não há nada escondido que não venha a ser descoberto ou
oculto que não venha a ser conhecido”. Mateus 24. 35; Lucas 12. 2. NVI.
O próximo alerta de Jesus trata do surgimento de falsos cristos ou falsos messias.
Os falsos messias são identificados prontamente pelos salvos: a) a mensagem que anunciam está
em desacordo com as Escrituras; b) o caráter deles é oposto ao caráter do Filho de Deus; c) as obras
que realizam não glorificam a Deus, mas a si mesmos: d) são manipuladores, dominadores,
controladores e hipócritas; e) incentivam seus seguidores a acumularem bens na terra e não nos
céus. Mateus 6. 19 – 21; João 8. 42 – 47.
Os falsos messias são apresentados ao mundo pelos falsos profetas. Ambos obedecem a direção
proposta pela mente satânica do inimigo de Deus. Estes homens ou mulheres retiram textos das
Escrituras e os citam fora do seu contexto como um pretexto para justificarem seus argumentos. É
dessa forma que constroem o seu corpo de doutrinas. Usam desse artifício para dar autoridade as
suas palavras. No seguimento, retiram Deus da Palavra e apresentam sua palavra como se fosse a
Palavra de Deus.
Os falsos profetas são pessoas habilidosas e envolventes na comunicação de uma mensagem
voltada aos interesses dos ouvintes e não as suas reais necessidades espirituais. Anunciam uma falsa
paz, diferente da paz verdadeira oferecida gratuitamente pelo Príncipe da Paz – Jesus Cristo. João
14. 27; Romanos 5. 1 - 11.
Os falsos profetas não se deixam corrigir pelas Escrituras. Não apresentam a Palavra de Deus em
sua integridade: sonegam ou acrescentam o que lhes é conveniente.
Os falsos profetas são coniventes com o pecado que a Palavra de Deus expõe, condena e
apresenta a solução divina para eliminá-lo.
Os falsos profetas iniciam a mensagem com a afirmação “Assim diz o Senhor” quando o Senhor
nada disse. Trazem ‘novas revelações espirituais’ em suas mensagens e ensino como se Deus não
tivesse revelado o suficiente aos quarenta homens a quem inspirou para redigir as Escrituras.
Jeremias 23; 2 Pedro 1. 20 - 21.
Depois de falar dos sinais que afetam diretamente Sua igreja, o Senhor Jesus se volta para os
acontecimentos mundiais. Afirma que as guerras e os rumores de guerras se alastrarão pelas nações.
O desejo de domínio de algumas nações sobre as outras, a ânsia autoritária de pessoas pelo poder
e a necessidade de alimentar a indústria bélica anima a sede pela destruição entre os povos.
Nos últimos séculos a humanidade tem assistido a intensificação dos conflitos entre as nações.
A exemplo da diminuição dos espaços entre as contrações da mulher grávida até que venha à luz o
novo ser, o mesmo processo ocorre atualmente no mundo. Os meios de comunicação nos trazem em
tempo real o cumprimento dessa profecia de Jesus. Vivemos literalmente o princípio das dores.
Por fim, o Senhor Jesus fala de um sinal que será significante para os céus e a terra: o anúncio do
Evangelho a todas as nações. Esse anúncio fecha o ciclo de acontecimentos antes do Seu retorno
glorioso para estabelecer com Sua igreja o governo milenial que antecederá o final da história.
Jesus reinará sobre todas as nações da terra. Será um governo de natureza espiritual e política.
Nesse período, com a presença do Rei na terra, o Evangelho também será anunciado a todas as
nações antes do final da história. Onde está o Rei, está a Sua mensagem. Esse reino será temporal
num período e eterno após o juízo final. O profeta Daniel recebeu de Deus a interpretação dessa
revelação dada a Nabucodonosor em sonho. Leia Daniel 2 com ênfase no verso 44 – 45.
Tópico 3 – Jesus profere uma sequência de Sinais. Mt 24:5-7.

 Falsos cristos
 Guerras e rumores de guerras
 Rivalidades políticas entre nações e reinos
 Fome e Terremotos

➡. Estes sinais são chamados: Princípio das Dores. Como uma mulher com dores de parto. Essas
dores são contrações. Estes sinais são ciclos que se repetem na história. Cada ciclo é uma contração.

➡. Paulo diz que a criação esta de parto. (Rm 8:22). A história da humanidade ficou grávida por
causa do pecado. (Tg 1:15).

➡. Desde os dias de Jeremias, os líderes idolatravam o templo e no templo. Jr 7:4,9,10.

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