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Texto II
TORTURA ETERNA
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(SOUSA, Cruz e – in Poesias Completas de Cruz e Sousa Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, página 33)
Questão 4 (FAAP)
Avalie as seguintes afirmações sobre os textos dados.
Leia estes versos de Olavo Bilac:
I- Percebe-se que, no texto I, o “Poeta” (designado com inicial maiúscula) sente-se frustrado ao
ter consciência de que sua obra, que resulta perfeita, só atingirá um número reduzido de pessoas; Não se mostre na fábrica o suplício
notexto II, tal frustração se dá pela incapacidade do poeta verbalizar as sensações adormecidas Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
na alma. Sem lembrar os andaimes do edifício:
II – Comparado ao texto I, o texto II revela-se bastante hermético, qualidade decorrente (como na Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
maioria dos poemas do Simbolismo) de palavras de significado ambíguo e complexa organização Arte pura, inimiga do artifício,
sintática, permeada de vocativos, apostos, inversões bruscas e combinações inesperadas. É a força e a graça na simplicidade.
III- No texto II, como é comum na estética simbolista, a realidade sensível é percebida como sons, Eles denunciam:
formas e cores (absolutizadas pelo emprego de iniciais maiúsculas). No caso do soneto em a pouca preocupação com as qualidades técnicas do poema.
questão, tal realidade é fonte da “tortura eterna” porque inexprimível pela palavra. b a busca da perfeição sem perder a simplicidade na procura da Beleza.
c a emoção expressa irracionalmente pelo poeta.
IV- As formas verbais “trabalhar” e “doma” (texto I) são compatíveis com o ideal parnasiano
d que o suplício do artista deve transparecer na obra.
perseguido pelos poetas dessa estética, para os quais a elaboração do poema é, sobretudo, a
capacidade de se obter um produto estético com esforço e racionalidade, típicos de um artesão. e que a Beleza da Arte reside na complexidade.
Questão 5 (CESMAC)
V- Para o poeta francês Mallarmé(1842/1898), nomear um objeto seria suprimir três quartos do
prazer de adivinhá-lo pouco a pouco; o importante seria sugeri-lo. Tal afirmação aplica-se A tríade do Parnasianismo brasileiro é constituída por Alberto de Oliveira (1859-1937), Raimundo
igualmente aos dois textos em estudo, visto que, em ambos, as palavras mais sugerem do que Correia (1859-1911) e Olavo Bilac (1865-1918). Dos três, Bilac foi, no dizer de Alfredo Bosi, “o
nomeiam, valendo-se, sobretudo, pela sua carga sonora, além do seu significado. mais antológico dos nossos poetas”. Dentro os poemas abaixo, qual pertence à sua lavra?
a todas corretas, sem exceção. a Cada manhã ressuscito
b todas corretas, com única exceção. Do sono, esse irmão da Morte,
Que é minha estrela do norte,
c todas corretas, exceto II e III.
Meu professor de infinito.
d todas corretas, exceto I e V.
b Vai-se a primeira pomba despertada...
e todas incorretas, exceto III e IV. Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Questão 3 (ACAFE)
Raia sanguínea e fresca a madrugada...;
Preencha as lacunas dos textos abaixo e depois faça o que se pede. c Auriverde pendão de minha terra,
I. “Em flagrante oposição aos ________, a poesia amorosa dos __________ está mais próxima Que a brisa do Brasil beija e balança,
do relacionamento humano comum; as figuras femininas não são idealizadas.” Estandarte que a luz do sol encerra
ll. “Não restam dúvidas de que o _______ teve em profundidade uma extensão maior do que o E as promessas divinas da esperança;
Parnasianismo. Como também não restam dúvidas de que o melhor de nossa poesia ________
d Nem a Dor, nem o Prazer,
tem sua origem nos poetas __________.”
No seu vaivém arbitrário,
lll. “O ___________, tendo sido um movimento eminentemente destruidor, principalmente no
Souberam dar ao meu ser
começo, combateu a ênfase oratória, a eloquência verbal, o tom declamatório da literatura
As regras do seu fadário.;
__________, e, em consequência, simplificou a prosa e a poesia, adotando o uso da linguagem
cotidiana, da frase despojada, das palavras usuais e singelas.” e "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Assinale a sequência correta que completa, de cima para baixo, as afirmações acima. Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
a simbolistas, românticos, Modernismo, contemporânea, pré-modernistas, Parnasianismo, Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto....
naturalista
b parnasianos, simbolistas, naturalismo, romântica, simbolistas, Modernismo, simbolista.
c românticos, parnasianos, Romantismo, contemporânea, românticos, Modernismo, parnasiana.
d parnasianos, românticos, Simbolismo, simbolista, românticos, Modernismo, futurista.
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Considerando o poema Paisagem, da poeta brasileira Francisca Júlia, publicado em 1895, julgue
o item a seguir.
Questão 12 (UnB)
Questão 13 (EsPCEx)
Os parnasianos acreditavam que, apoiando-se nos modelos clássicos, estariam combatendo os
exageros de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o equilíbrio que
almejavam. Propunham uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, bem-
acabada do ponto de vista formal e voltada para temas universais. Esse racionalismo, que
enfrentava os “exageros de emoção” e fixava-se no formalismo, fica bem claro na seguinte estrofe
parnasiana de Olavo Bilac:
a E eu vos direi: “Amai para entendê-las!/Pois só quem ama pode ter ouvido/Capaz de ouvir e
de entender estrelas.”
b Não me basta saber que sou amado,/Nem só desejo o teu amor: desejo/Ter nos braços teu
corpo delicado,/Ter na boca a doçura de teu beijo.
c Pois sabei que é por isso que assim ando:/Que é dos loucos somente e dos amantes/Na
maior alegria andar chorando.
d Mas que na forma se disfarce o emprego/Do esforço; e a trama viva se construa/De tal modo,
que a imagem fique nua,/Rica, mas sóbria, como um templo grego.
e Esta melancolia sem remédio,/Saudade sem razão, louca esperança/Ardendo em choros e
findando em tédio.
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a “Quem a primeira vez chegou a ver-vos, Questão 15 (Unit-SE)
Nise, e logo se pôs a contemplar-vos,
Bem merece morrer por conversar-vos TEXTO:
E não poder viver sem merecer-vos.”
· Gregório de Matos Guerra é poeta do Barroco brasileiro, cuja obra se caracteriza por temas O lamento das coisas
variados:
poesia religiosa, lírico-amorosa e satírica. Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
b “No entanto o capitão manda a manobra,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
E após fitando o céu que se desdobra,
O choro da Energia abandonada!
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
[5] É a dor da Força desaproveitada
‘Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
O cantochão dos dínamos profundos,
Fazei-os mais dançar!...’"
Que, podendo mover milhões de mundos,
· Castro Alves, pertencente à terceira geração romântica, emprestou o seu gênio criador à causa
jazem ainda na estática do Nada!
dos
escravos; daí a sua relação com a poesia de tema social.
É o soluço da forma ainda imprecisa...
c “Sabei, amigos Zéfiros, que cedo, [10] Da transcendência que se não realiza...
Entre os braços de Nise, entre estas flores, Da luz que não chegou a ser lampejo...
Furtivas glórias, tácitos favores,
Hei-de enfim possuir: porém segredo!” E é em suma, o subconsciente ai formidando*
· Os árcades produziram poesia de concepção clássica; daí a notória presença de referências à Da Natureza que parou, chorando,
mitologia. No rudimentarismo do Desejo!
Os versos de Bocage são a confirmação desta prática poética. ANJOS, Augusto. O Lamento das coisas. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2013.
d “Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma
A esta tortura de homem e de artista: “E, em vez de achar a luz que os céus inflama,
Desdém pelo que encerra a minha palma, Somente achei moléculas de lama
E ambição pelo mais que não exista;” E a nota alegre da putrefação.”
· No texto parnasiano, é comum a identificação de elementos de conformação subjetiva, como se
observa O trecho destacado faz parte do poema Idealização da Humanidade Futura, de Augusto dos
nos versos de Bilac transcritos acima. Anjos, e tem em comum com o poema O Lamento das Coisas uma visão de mundo
e “Assim eu te amo, assim; mais do que podem a otimista.
Dizer-te os lábio meus, – mais do que vale b niilista.
Cantar a voz do trovador cansada:
c futurista.
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em tí. – Por tudo quanto sofro, d investigativa.
Por quando já sofri, por quanto ainda e darwinista.
Me resta sofrer, por tudo eu te amo!”
· Gonçalves Dias, ainda que reconhecido como o autor de textos assinalados por motivos de TEXTO BASE 2
grande Observe os versos do poema “Profissão de Fé”, para responder à questão.
nacionalismo, produziu poemas de expressão lírico-amorosa indiscutível.
Torce, aprimora, alteia, lima,
A frase, e enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
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Texto II
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
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Questão 23 (Unifenas)
II- “Lá sou amigo do rei” (verso 2) - O poeta considera que seu desejo será facilitado pelo tipo de
Vou-me embora pra Pasárgada amizade e proximidade com o poder.
Vou-me embora pra Pasárgada III- “Rosa vinha me contar” (verso 24) - O verso confirma uma característica marcante de
Lá sou amigo do rei Bandeira: a presença, em sua poesia, de vultos familiares.
Lá tenho a mulher que quero
Na cama que escolherei IV- “Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive” (versos 12 e 13) - Traindo influência
Vou-me embora pra Pasárgada surrealista, esses versos mostram o espaço buscado como lugar onde o impossível acontece.
Vou-me embora pra Pasárgada V- “Farei, andarei, montarei, subirei, tomarei” (estrofe 3) - A sequência de verbos no futuro indica
Aqui eu não sou feliz a consciência do poeta da impossibilidade de remover obstáculos que se interpõem entre sua
Lá a existência é uma aventura aspiração e a realização do desejo.
De tal modo inconsequente
a todas corretas, sem exceção.
Que Joana a Louca da Espanha
Rainha e falsa demente b todas corretas, com única exceção.
Vem a ser a contraparente c todas corretas, exceto I e III.
Da nora que nunca tive d todas corretas, exceto II e V.
e todas corretas, exceto I e V.
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
I. Ora afirmando a superioridade do EU sobre o mundo, ora a do mundo sobre o EU, ora I - Percebem-se, em textos parnasianos, a revalorização da mitologia, o intimismo e certa
escavando os seus próprios abismos pessoais, ora investigando a visão objetiva, Carlos flexibilidade quanto ao aspecto formal.
Drummond de Andrade fará dessa dualidade a marca de um poesia tanto lírica, expressando o II - O Simbolismo caracteriza-se pela contraposição da realidade com o imaginário.
sujeito, como social e metafísica, delimitando os objetos. III - No Pré-Modernismo, pode-se destacar, dentre outras características, a denúncia da realidade
II. Olavo Bilac tratou do amor a partir de dois ângulos distintos: um platônico e outro sensual. brasileira, negando o Brasil literário herdado do Romantismo.
III.Se escreveu folhetins para sobreviver, foi na literatura de denúncia social que Aluísio Azevedo
encontrou as condições para o desenvolvimento de uma obra adulta. Está correto o que se afirma em
a Somente a afirmação II está correta. a I, apenas.
b Todas as afirmações estão incorretas. b I e II, apenas.
c Somente a afirmação III está correta. c I e III, apenas.
d Somente a afirmação I está correta. d II e III, apenas.
e Todas as afirmações estão corretas. e I, II e III.
Questão 27 (Unit-SE)
TEXTO:
Vozes da morte
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Questão 31 (USF)
As afirmações a seguir dizem respeito a alguns momentos da literatura brasileira, bem como às
obras selecionadas para este vestibular. Após lê-las com atenção, assinale a alternativa correta.
a O Romantismo brasileiro – cuja obra de maior destaque é Memórias de um sargento de
milícias – apresenta, como principais características, a idealização da mulher e do sentimento
amoroso, os finais felizes e o nacionalismo exacerbado. Na obra citada, este último elemento
aparece no desejo da personagem Leonardo de se tornar um membro das milícias e, assim,
defender a pátria.
b Estéticas como o Arcadismo e o Parnasianismo diferem apenas pela época em que surgiram
em nossa literatura, uma vez que a estrutura formal – com predomínio do uso de sonetos –,
as temáticas – essencialmente a natureza e a Antiguidade Clássica –, e a linguagem escolhida –
O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o formal e preciosista – repetem-se em ambas as estéticas.
início de uma vertente importante na arte contemporânea, que amplia as funções da arte. Tendo c O escritor mineiro João Guimarães Rosa é um dos maiores nomes da literatura ocidental.
como referência a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a) Representante da Segunda Fase do Modernismo brasileiro, destaca-se com obras como
a participação efetiva do espectador na obra, o que determina a proximidade entre arte e vida. Sagarana e Grande sertão: veredas, de cunho marcadamente regionalista, tanto na temática – já
b percepção do uso de objetos cotidianos para a confecção da obra de arte, aproximando arte e que registra as agruras do homem mineiro –, quanto na linguagem, em que faz um apurado
realidade. registro do falar de Minas Gerais.
c reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que determina a consolidação de d A segunda geração do Modernismo brasileiro desponta como o núcleo das narrativas de forte
valores culturais. cunho social e ideológico. Não à toa, registra a realidade frente a seus elementos históricos e
d reflexão sobre a captação artística de imagens com meios óticos, revelando o sociais, dentro de uma perspectiva crítica, comum às obras desse período neorrealista, também
desenvolvimento de uma linguagem própria. conhecido como Geração de 30.
e entendimento sobre o uso de métodos de produção em série para a confecção da obra de e O Simbolismo de Cruz e Souza e a poesia pré-modernista de Augusto dos Anjos apresentam,
arte, o que atualiza as linguagens artísticas. como elementos comuns, a linguagem de caráter marcadamente cientificista – fruto da
influência das correntes científico-filosóficas do início do século XX –, a liberdade formal – como
reação a uma sociedade que condenava os impulsos – e o caráter de indefinição da poética –
“Sugerir, eis o sonho!” era o mote desses poetas.
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“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo “Nero, com o manto grego ondeado ao ombro, assoma
Perdeste o senso!” e eu vos direi, no entanto, Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto Lira em punho, celebra a destruição de Roma”.
E abro as janelas, pálido de espanto...
“Ah! por estes sinfônicos ocasos
E conversamos toda a noite, enquanto A terra exala aromas de áureos vasos,
A Via Láctea, como um pálio aberto, Incensos de turíbulos divinos”.
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, a A impassibilidade de Nero (1º terceto) perante o incêndio devastador pode ser interpretada
Inda as procuro pelo céu deserto. como a representação ideal do artista na estética parnasiana.
b A destruição de Roma (1º terceto) alude a um fato histórico e faz do Imperador Nero a
Direis agora: “tresloucado amigo! representação de um louco.
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?” c Ao contrário de Olavo Bilac, Cruz e Sousa conseguiu vencer os preconceitos e sobrepor-se
ao jugo de uma sociedade hostil e escravocrata.
E eu vos direi: “amai para entendê-las! d A exploração da musicalidade, de assonâncias e de aliterações e a presença de vocabulário
Pois só quem ama pode ter ouvido litúrgico são comuns na poesia de Cruz e Sousa.
Capaz de ouvir e de entender estrelas”. e A percepção do objeto (pôr do sol) não pela visão, mas pela audição – sinestesia –
caracteriza o poema aludido no 2º terceto
http://letras.mus.br/olavo-bilac/via-lactea/
Em relação à poesia Via Láctea de Olavo Bilac, pode-se afirmar que TEXTO BASE 5
a traz como temática a beleza física da mulher com linguagem descritiva. Vaso grego
b exprime as tendências conservadoras do início do século XX.
Esta, de áureos relevos, trabalhada
c apresenta como tema o sentimento amoroso, o amor sensual.
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
d descreve objetos com vocabulário precioso. Já de aos deuses servir como cansada,
e representa uma visão melancólica do mundo. Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Acerca do soneto Vaso grego, de Alberto de Oliveira, e do período histórico-literário a que ele
remete, julgue o item.
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PARA RESPONDER A QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 5 Considerado um dos principais nomes do Parnasianismo brasileiro, Olavo Bilac foi, no dizer de
Alfredo Bosi, quem “melhor exprimiu as tendências conservadoras vigentes depois do interregno
No período em que o Parnasianismo se destacou, o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, vivia florianista”. Ainda sobre Bilac, é verdadeiro afirmar que a sua poesia cantou:
forte influxo de modernização tardia em relação aos centros europeus, o que incentivou o
consumo de mercadorias culturais luxuosas, mas desligadas da realidade local. Assim, verifica-se 1) a beleza física da mulher.
que a recorrência a temas advindos da Antiguidade Clássica era a correspondência estética 2) os momentos épicos da história nacional.
dessa tendência manifestada na objetividade social brasileira. 3) as armas nacionais.
a CERTO 4) o crepúsculo da vida.
5) a temática greco-romana.
b ERRADO
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Olavo Bilac integrou a tríade parnasiana e, no soneto lido, a filiação ao Parnasianismo explicita-
se, marcadamente, na
a oposição entre desejos humanos e lei divina, manifesta na visão da árvore velha.
b manifestação idealizando o envelhecimento humano
c preocupação com o rigor formal, expressa na rima nos quartetos do soneto.
d preocupação em criticar os problemas sociais e sublinhar valores positivos, representados na
força da árvore velha.
e busca de uma estética nacionalista que valoriza elementos da natureza brasileira.
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PARA RESPONDER A QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 8 Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. De origem francesa, suas primeiras
manifestações datam de 1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de poemas;
Assinale a alternativa que apresenta a ideia original do primeiro período do texto. em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Os poetas desse movimento literário pregam o
a Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois tinha princípio da Arte pela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada e a ninguém, uma
em mente, através de uma poesia de aspectos polimórficos, modificar o cenário literário arte inútil, uma arte voltada para si própria. A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam
nacional. nos seres concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma
que o reveste, e não com algo que existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejam
b Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois
formalistas e preguem o cuidado da forma artística como exigência preliminar. Para consegui-lo,
analisava os aspectos polimórficos de sua poesia.
defendem uma atitude de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar jamais; antes,
c Olavo Bilac encarnou brilhantemente o lado bom e as críticas mordazes de nosso impessoalizar-se tanto quanto possível pela descrição dos objetos, via de regra inertes ou
Parnasianismo por causa da forma única com que desenvolvia sua poesia. obedientes aos movimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das ondas do mar, o voo dos
d Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois tinha pássaros, etc.). Esteticistas, anseiam uma arte universalista.
um jeito único de fazer poesia. Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; certamente, impregnou alguns poetas,
e Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, porque exerceu influência, mas não passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literário do tempo. Na
não se prendia a uma só forma de fazer poesia. verdade, o modo fortuito como alguns se deixaram contaminar da nova moda poética revelava
apenas veleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pessoal ou de grupos restritos:
Questão 50 (UNESP) faltou-lhes intuito comum.
Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do (Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)
sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo As informações apresentadas no texto referem-se à literatura
cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. a simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade na expressão dos sentimentos. O texto
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.) deixa claro que essa literatura alcançou notável aceitação entre os poetas da época.
b simbolista, cuja preocupação com a expressão do sentimento filia-se à tradição poética do
A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte Renascimento. O texto deixa claro que essa literatura teve um desenvolvimento tímido na
estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937): cena literária portuguesa.
a Quando em meu peito rebentar-se a fibra, c parnasiana, cuja preocupação com a objetividade a opõe ao subjetivismo romântico. O texto
Que o espírito enlaça à dor vivente, deixa claro que essa literatura não se impôs na cena literária portuguesa.
Não derramem por mim nem uma lágrima
d parnasiana, cuja liberdade de expressão e cujo compromisso social permitem fundamentar a
Em pálpebra demente. Arte pela Arte. O texto deixa claro que essa literatura teve pouco espaço na cena literária
b Erguido em negro mármor luzidio, portuguesa.
Portas fechadas, num mistério enorme, e realista, cuja influência da tradição clássica é fundamental para se chegar à perfeição. O texto
Numa terra de reis, mudo e sombrio, deixa claro que essa literatura teve uma disseminação irregular na cena literária portuguesa.
Sono de lendas um palácio dorme.
c Eu vi-a e minha alma antes de vê-la
Sonhara-a linda como agora a vi;
Nos puros olhos e na face bela,
Dos meus sonhos a virgem conheci.
d Longe da pátria, sob um céu diverso
Onde o sol como aqui tanto não arde,
Chorei saudades do meu lar querido
– Ave sem ninho que suspira à tarde. –
e Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia…
Como o cisne de outrora… que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
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Questão 62 (FAGOC)
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi‐las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
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(...) Ter Gutenberg escolhido a Bíblia como primeiro livro a ser divulgado amplamente foi um gesto
revolucionário; foi colocar o sagrado em mãos profanas. Mas vai ser no século XVIII, com o
Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, Iluminismo, aprofundando algumas questões colocadas pelo Renascimento, que a leitura avança
fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras ainda mais, pois passou a traduzir para as línguas ocidentais muitas das obras clássicas até
a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela então acessíveis apenas em grego e latim, decorrendo daí uma maior popularização da tradição
para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a cultural do Ocidente e do Oriente. (Affonso Romano de Sant´Anna. Ler o mundo. S.Paulo: Global, 2011. p.
pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que 144)
ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que
altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De Questão 65 (PUC-SP)
alguns quartos saiam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e
PARA RESPONDER A QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 9
os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz
nova do dia. A valorização da mitologia clássica, em suas fontes em grego e latim, repercutiu também entre os
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de a poetas do Parnasianismo, como Olavo Bilac e Alberto de Oliveira.
machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água
que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já b prosadores naturalistas, como Aluísio Azevedo e Adolfo Caminha
prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do c cronistas do fim do século XIX, como Machado de Assis e João Ribeiro.
pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses d dramaturgos modernos, como Nelson Rodrigues e Plínio Marcos
não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e modernistas de 22, como Raul Bopp e Oswald de Andrade.
e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão.
As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair TEXTO BASE 10
sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as Texto para responder a questão.
crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos,
por detrás da estalagem ou no recanto das hortas. Vila Rica
(...)
(AZEVEDO, Aluísio. Coleção a obra prima de cada autor. O Cortiço - fragmento. 3ª ed. São Paulo. Martin Claret, O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
2010. P.36-37)
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre:
Considerando que, de acordo com a periodização da literatura brasileira, Realismo e Naturalismo [4] E cada cicatriz brilha como um brasão.
ocorreram simultaneamente, após a leitura do fragmento, analise as afirmativas abaixo e, a
seguir, assinale a resposta correta O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
O último ouro de sol morre na cerração.
I. Texto naturalista de desdobramento realista, pois retrata pessoas marginalizadas pela [7] E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
sociedade. É fruto da experiência e, por isso, as personagens são tidas como parte da natureza. O crepúsculo cai como uma extrema-unção.
II. O texto é parnasiano, pois retrata uma literatura de combate social, crítica à burguesia, ao
adultério e ao clero. Analisa psicologicamente as ações das personagens. Agora, para além do cerro, o céu parece
III. Texto essencialmente realista. A maior preocupação dos escritores realistas é com o fazer [10] Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...
poético. Arte pela arte com vocabulário nobre; objetividade. A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
A alternativa que responde à questão é: Como uma procissão espectral que se move...
a I e II estão corretas; [13] Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
b I, II e III estão corretas; Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.
c Apenas a I está correta; BILAC, Olavo. Disponível em: http://www.escritas.org/pt/ poema/11447/vila-rica. Acesso em: 22 set. 2015.
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( ) Configura a disposição dos modernistas de provocar uma ruptura com a arte do passado.
( ) O estilo parnasiano no texto beira a perfeição. O belo é a poesia com sua correção métrica
gramatical, com versos decassílabos, modelo clássico de composição. O belo, o sublime e a
natureza permeiam o poema.
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Questão 74 (Unifenas) aproximam através de recursos que demonstram grande preocupação formal, visível sobretudo
no emprego do soneto, com métrica e rimas bem elaboradas, além de cuidadosa seleção
Texto I vocabular.
VANITAS II – Ambos os textos são metalinguísticos e têm como centro temático o fazer poético. No caso do
texto I, esse ofício representa a falsa possibilidade de imortalização e um impulso da vaidade. No
Cego, em febre a cabeça, a mão nervosa e fria, texto II, a impossibilidade de traduzir o mundo sensível por meio de palavras.
Trabalha. A alma lhe sai da pena, alucinada,
E enche-lhe, a palpitar, a estrofe iluminada III – No texto I, manifestam-se duas entidades poéticas: o “narrador”, que observa o envaidecido
De gritos de triunfo e gritos de agonia. “Poeta” (cujas falas são encerradas por aspas); no texto II, há apenas uma: o eu-lírico de um
poeta que se coloca vítima da “tortura eterna”, ou seja, da impossibilidade de encontrar palavras
Prende a ideia fugaz; doma a rima bravia; capazes de expressar o que sente.
Trabalha..E a obra, por fim, resplandece acabada:
“Mundo, que as minhas mãos arrancaram do nada!” IV- As vozes poéticas dos textos experimentam um sentimento de frustração: a do texto I, por se
“Filha do meu trabalho! ergue-te à luz do dia!” mostrar incapaz, em decorrência da vaidade, de atingir a absoluta perfeição formal por ela
buscada; a do texto II, por não poder – conscientemente – escolher as palavras adequadas à
“Cheia de minha febre e da minha alma cheia” expressão do pensamento.
“Arranquei-te da vida ao àdito profundo,”
“Arranquei-te do amor à mina ampla e secreta!” V- De modo geral, o Parnasianismo (de que Olavo Bilac é representante) obriga o poeta à postura
objetiva e racional, com absoluta contenção lírica. No texto I, porém, predomina uma intensa
“Posso agora morrer, porque vives!” E o Poeta subjetividade, a mesma que se observa no texto II (que é exemplo da poesia simbolista).
Pensa que vai cair, exausto, ao pé do mundo,
a todas corretas, sem exceção.
E cai – vaidade humana !– ao pé de um grão de areia...
b todas corretas, com única exceção.
(BILAC, Olavo – iLiteratura Comentada. São Paulo:Abril Educação, 1980, p. 32) c todas corretas, exceto IV e V.
d todas corretas, exceto III e IV.
Texto II e todas incorretas, exceto I e II
TORTURA ETERNA
(SOUSA, Cruz e – in Poesias Completas de Cruz e Sousa Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, página 33)
Avalie as afirmações seguintes sobre os textos dados.
I – Embora difiram quanto à maneira de expressar o conteúdo temático, os autores dos textos os /
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Questão 75 (UFRGS) a V – F – V – V.
b F – V – F – F.
Leia o soneto de Augusto dos Anjos, na coluna da esquerda, e o poema de Manuel Bandeira, na
coluna da direita. c V – V – V – F.
d F – F – V – V.
Psicologia de um vencido e V – F – F – V.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Pneumotórax
( ) Os dois poemas tratam do problema da finitude do corpo, corroído por doenças, utilizando um
vocabulário técnico, pouco comum à poesia.
( ) O soneto de Augusto dos Anjos apresenta as energias do universo, que se associam para
formar o “Eu”, e não conseguem evitar a decomposição do corpo.
( ) O poema de Manuel Bandeira mostra a fragilidade do corpo, encarada de forma irônica, sem o
tom grave de conspiração encontrado em Augusto dos Anjos.
( ) Os dois poemas evidenciam o destino implacável da destruição do homem desde que nasce,
marcado pela presença dos vermes.
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Questão 76 (UNISC)
Por isso, corre, por servir-me,
Os Sapos Sobre o papel
Manuel Bandeira A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.***
Enfunando os papos,
Saem da penumbra, Corre; desenha, enfeita a imagem,
Aos pulos, os sapos. Aideia veste:
A luz os deslumbra. Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
........................................ Azul-celeste.
O sapo-tanoeiro*,
Parnasiano aguado, Torce, aprimora, alteia, lima
Diz: — “Meu cancioneiro A frase; e, enfim,
É bem martelado. No verso de ouro engasta a rima,
........................................ Como um rubim.
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro: Quero que a estrofe cristalina,
— “A grande arte é como Dobrada ao jeito
Lavor de joalheiro. Do ourives, saia da oficina
........................................ Sem um defeito:
Longe dessa grita, ........................................
Lá onde mais densa
A noite infinita *ourives: artífice em metais preciosos, como ouro, prata etc.
Verte a sombra imensa; **Carrara: em uma relação metonímica, a região da Itália de Carrara, na Toscana, que produz mármore, está sendo
tomada pela própria pedra.
Lá, fugido ao mundo, ***cinzel: instrumento com lâmina de metal usado para entalhar, esculpir, cortar ou gravar materiais duros.
Sem glória, sem fé, I-O discurso do sapo-tanoeiro, revelado no poema de Manuel Bandeira, pode ser aproximado do
No perau profundo procedimento estético parnasiano, que exalta e valoriza o seu fazer, preocupando-se,
E solitário, é principalmente, com aspectos relativos à forma.
II- O sapo-cururu, à maneira do espírito modernista de Manuel Bandeira, expõe a subjetividade do
Que soluças tu, poeta, que confessa aspectos pessoais com espontâneo despojamento.
Transido de frio, III- A oposição entre claro e escuro, no poema “Os sapos”, reforça a oposição entre parnasianos e
Sapo-cururu** modernistas: os primeiros objetivando a perfeição ideal e o deslumbramento, e os segundos, a
Da beira do rio... simplicidade e o isolamento.
*sapo-tanoeiro: também conhecido como tanoeiro, é o mesmo sapo-martelo ou sapo-ferreiro, cujo canto grave e forte Assinale a alternativa correta.
originou os nomes populares.
a Somente as afirmativas I e II estão corretas.
**sapo-cururu: anfíbios de pele áspera e seca, com muitas verrugas e grandes glândulas de veneno situadas atrás
dos olhos, introduzidos em alguns países para o controle de pragas. b Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c Somente as afirmativas II e III estão corretas.
Profissão de fé d Nenhuma afirmativa está correta.
Olavo Bilac e Todas as afirmativas estão corretas.
........................................
Invejo o ourives* quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Nosso problema linguístico não é a regência desse ou daquele verbo; não é esta ou aquela Questão 79 (UPE)
concordância verbal; não são as regras de colocação dos pronomes oblíquos. Em relação ao Parnasianismo e ao Simbolismo, analise as proposições abaixo e assinale com V
as Verdadeiras e com F as Falsas.
Nosso problema linguístico são 5 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. ( ) O Parnasianismo é uma manifestação vigorosamente antirromantismo, por isso a presença do
Nosso problema são os elevados índices de evasão escolar. Nosso problema é termos ainda algo culto extremo da forma.
em torno de 12% de analfabetos na população adulta. Nosso problema é o tamanho do ( ) A origem do Parnasianismo é na Inglaterra, onde foi lançada, em 1866, uma coletânea
analfabetismo funcional, isto é, a quantidade daqueles que, embora frequentem ou tenham chamada Parnasse Contemporain.
frequentado a escola, não conseguem ler e entender um texto medianamente complexo. ( ) Sobre os poetas simbolistas, percebe-se que, na França, em Portugal e no Brasil, suas
características são muito parecidas e bem próximas dos poetas parnasianos.
Os estudos sugerem que apenas 25% da população adulta brasileira, perto de 30 milhões de ( ) Os simbolistas preservaram a preocupação com a versificação dos parnasianos, mas,
pessoas, conseguem ler e entender um texto medianamente complexo. desejosos de manter um clima de mistério e fluidez, optaram por ritmos musicais e insinuantes.
FARACO, Carlos Alberto. Norma culta brasileira. São Paulo: Parábola, 2008.p. 71-72. ( ) Missal e Broquéis são as mais importantes obras de Alphonsus de Guimaraens, poeta que
inicia o movimento simbolista no Brasil.
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I. Não se observa nele a preocupação parnasiana de trabalhar com rimas ricas, pois em todo o
texto só há duas delas.
II. É característica parnasiana a ausência do eu lírico, que está do lado “de fora” do quadro que
descreve.
III. Observa-se um encadeamento (“enjambement”) entre o primeiro e segundo versos da primeira
estrofe.
IV. Também entre o primeiro e o segundo versos da primeira estrofe observa-se a existência de
um hipérbato.
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I. O movimento Barroco procurou solucionar os dilemas do homem que perdeu sua I. Sua poesia traz minuciosas descrições, ora de objetos ou de fatos históricos, ora do sentimento
confiança ilimitada na razão e na harmonia dos conceitos renascentistas. O Barroco, em sintonia amoroso, ora da paisagem.
com a Contrarreforma, adquire uma conotação extremamente religiosa. II. O poeta, para Bilac, deve fazer um verdadeiro exercício verbal, trabalhando a palavra como um
II. Entre os poetas do romantismo, Gonçalves Dias consegue equilibrar os temas ourives em sua oficina.
sentimentais, patrióticos e saudosistas com linguagem harmoniosa. Seus versos apresentam III. Um aspecto perturbador de sua obra está no cultivo do romance histórico, seguindo as pistas
eloquência, lirismo e grandiosidade. de um realismo mágico e apresentando uma crítica social preocupada com valores autênticos e
III. Para os parnasianos, a arte não pode ter qualquer sentido utilitário, deve ser distinta de sempre chamando a atenção para a ganância, a corrupção e os interesses econômicos.
qualquer tipo de compromisso. Justifica-se apenas por sua beleza formal: é o culto à forma, a
Arte pela Arte. A sequência correta é
IV. Os poetas simbolistas retomaram a subjetividade romântica, mas desceram até os limites a F–F–F
do subconsciente e até do inconsciente, o que explica o caráter ilógico dos poemas, como
b F–V–F
no fragmento:Cristais diluídos de clarões álacres/ Desejos, vibrações, ânsias, alentos,/
Fulvas vitórias, triunfamentos acre, / Os mais estranhos estremecimentos. c F–V–V
V. No início do século XX, várias correntes e estilos se intercruzam, e torna-se quase d V–V–F
impossível nomear o período por características específicas. O termo escolhido foi Pré- e V–V–V
Modernismo, que passou a designar a maior parte das obras produzidas no período.
a I, III e IV. Questão 109 (UFAM)
b II e V. A propósito da poesia parnasiana é CORRETO afirmar que:
c I, II, III, IV e V. a concebe a atividade poética como uma habilidade, acentuando a importância da forma na
composição do poema.
d III e IV.
e II, III, IV e V. b cultua o sentimento nativista, numa espécie de renovação do Romantismo.
c se preocupa com o ambiente poético que envolverá o leitor, criando uma rede sinestésica
através do vocabulário e jogos sonoros.
d cultua o contraste, a oposição entre vida e morte, amor e sofrimento, razão e fé, tentando
conciliar polos opostos.
e se aproxima da música, explorando ecos, aliterações e assonâncias.