Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seis da tarde
I. Ave-Marias
Noite profunda
I . Ave-Marias
Sentimentos
🞃
Provocam o «desejo
Melancolia
absurdo de sofrer»
Seis da tarde Soturnidade
Náusea
I . Ave-Marias
Desejo associado
«desejo absurdo
ao espaço e às sensações
de sofrer» que o eu lírico regista
Sensações Impossibilidade
— visuais, auditivas e olfativas — de repetir
captadas em deambulação: a epopeia
🞃
• Tinir de louças
Desencanto
• Hotéis que flamejam
e regresso
• O rio que reluz, viscoso ao presente
• Os dentistas que arengam
• As varinas hercúleas
• O cheiro do peixe pobre
I. Ave-Marias
Metáfora Adjetivação
Comiseração
do sujeito poético:
«Vêm sacudindo as ancas opulentas!
«E algumas, à cabeça,
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;» embalam nas canastras /
Os filhos que depois
naufragam nas tormentas.»
Comparação
II. Noite fechada
«iluminam-se Estrofes 1 e 2:
os andares» descrição da prisão (sentido literal)
🞃 🞃
A escuridão adensa-se «Toca-se às grades,
nas cadeias»
O eu lírico continua
a evocação — aventura-se Passagem para um
pela História e emociona-se: sentido metafórico:
«Chora-me o coração que a realidade aprisiona o eu lírico
🞃
se enche e que se abisma.»
«Muram-me as construções»
«épico doutrora»:
Camões como símbolo
🞃
Acentua-se a ideia de
aprisionamento/clausura:
• Espaço da doença
— o hospital como metonímia —
e da prostituição
• Espaço em que o espírito
consumista começa a imperar
Impureza da cidade
≠
Honestidade do trabalho
(representada no «cheiro
salutar e honesto do pão»)
Toulouse-Lautrec, Prostitutas (1895).
III. Ao gás
«E eu que medito um livro que exacerbe, Síntese da intenção
Quisera que o real e a análise mo dessem» do eu lírico
(conceção poética):
fazer uma poesia
• Retrata espaços associados ao consumismo de análise e crítica
e à burguesia: à sociedade
«Casas de confeções e modas»;
«luxo […] / que ao longo dos balcões
de mogno se amontoa»
🞃
«Mas tudo cansa!»
Simboliza, no seio
de uma sociedade onde
• Reencontra o velho professor de latim:
o luxo se amontoa,
«Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso, o desprezo pela cultura
Meu velho professor nas aulas de latim!» e pelo saber
IV. Horas mortas
Luz baça das estrelas:
«Vêm lágrimas de luz
Noite profunda dos astros com olheiras»
(metáfora e personificação)
Ideias que
prevalecem
na conclusão «triste cidade»
do poema •sem liberdade:
onde vivem os «emparedados», A cidade é
«sem árvores», no «vale das muralhas» o espaço da
«dor humana»
•violenta e decadente:
onde «os cães [doentes] parecem lobos»
Recursos expressivos e linguagem
Dimensão impressionista:
• Centralidade das sensações visuais, auditivas e olfativas
(«a maresia»: «tinir de louças»; «reluz, viscoso, o rio»; «cheiro […] a pão»).