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MANUAL

DE
READAPTAÇÃO FUNCIONAL

Belém-PA
Março/2023
1. INTRODUÇÃO

O presente Manual de Readaptação Funcional,


proposto pela Coordenadoria de Reabilitação
Profissional - CORP, subordinada diretamente à
Diretoria de Saúde Ocupacional do Servidor - DSO,
vinculada à Secretaria Adjunta de Gestão de Pessoas -
SAGEP, da Secretaria de Estado de Planejamento e
Administração – SEPLAD, orientará os procedimentos
e indicará as diretrizes necessárias a partir da
solicitação da Readaptação Funcional, identificando
as competências e as atribuições dos diferentes
níveis hierárquicos e entrará em vigor a partir da data
de sua publicação.

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2. OBJETIVOS

O presente Manual tem por objetivo apresentar um


consolidado de procedimentos e entendimentos
necessários sobre o processo para a concessão de
Readaptação Funcional, além de reunir informações
dispostas de forma sistematizada, criteriosa e
segmentada, atuando como instrumento facilitador
para consulta pelos órgãos, entidades públicas e
servidores públicos pertencentes à Administração
Pública Estadual do Pará.

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3. ABRANGÊNCIA

Os servidores públicos civis vinculados à


Administração Direta, Autárquica e Fundacional do
Poder Executivo do Estado do Pará.

4. EMBASAMENTO LEGAL
A Constituição Federal, o Regime JurídicoÚnico dos
Servidores do Estado do Pará (Lei nº 5.810 de 24 de
janeirode 1994 e suas alterações) e outros
instrumentos administrativos pertinentes
(Instruções Normativas, Pareceres, Portarias etc.).

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5. CONCEITOS/DEFINIÇÕES
Para fins deste Manual considera-se:

Atestado médico ou odontológico: documento fornecido pelo médico ou odontólogo que


justifica sua falta ou afastamento do trabalho ou outra atividade remunerada, por razões
médicas ou odontológicas

O atestado é um documento legal em que o médico ou cirurgião-dentista assistente, perante


a lei, a sociedade e a ética registram, no âmbito de sua responsabilidade profissional, estados
mórbidos e outros, inclusive para justificar falta ao trabalho. O atestado gera a presunção de
um direito que só se configurará com a avaliação pericial que confirme a necessidade de
afastamento (Manual de Perícia Oficial em Saúde do servidor Federal)

CID: Classificação Internacional de Doenças, traduzida do inglês International Classification of


Diseases (ICD), é publicada pela Organização Mundial de Saúde e tem como objetivo
padronizar e catalogar doenças e outros problemas de saúde.

·Readaptação funcional: é o cometimento ao servidor de novas atribuições e responsabilidades,


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em
inspeção médica oficial.

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6. REQUISITOS
A Readaptação Funcional será concedida ao servidor que atender aos
seguintes requisitos, independentemente de ter cumprido o estágio
probatório:
Ter o servidor sofrido limitação de sua saúde, física ou mental;

Constatação da incapacidade pela perícia médica oficial;

Que as atribuições e responsabilidades assumidas com a


readaptação sejam compatíveis com a limitação sofrida pelo
servidor;

Possuir o servidor habilitação e nível de escolaridade para o


exercício do novo cargo; e

Que seja mantida a remuneração do cargo de origem.

Atenção!
A servidora gestante poderá solicitar readaptação, que será concedida quando
verificados, após inspeção médica pericial, os riscos à gestação, a redução das
capacidades físicas ou a presença de impedimentos que impossibilite ou
desaconselhe o exercício pleno das atividades atribuídas ao cargo.

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7.PROCEDIMENTOS PARA
SOLICITAÇÃO/AGENDAMENTO DE
PERÍCIA MÉDICA

O processo para solicitação/agendamento de inspeção médica para fins


de Readaptação Funcional será iniciado:
A pedido, pelo próprio interessado, mediante requerimento(s)
e/ou apresentação de atestado médico/odontológico perante a
Unidade
de Recursos Humanos do órgão ou entidade de lotação; ou

Por solicitação da Unidade de Recursos Humanos do órgão ou


entidade de lotação do servidor, por meio do Módulo de Perícia
Médica– ERGON/PM ou nos polos periciais, de forma presencial.

Atenção!
O atestado médico/odontológico deverá ser original, atual, legível, emitido pelo
médico assistente ou odontólogo, o qual deverá especificar a limitação/restrição
para o desempenho das atividades e o respectivo prazo.

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8. DA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA MÉDICA
PARA FINS DE READAPTAÇÃO
FUNCIONAL
A inspeção médica pericial, para fins de Readaptação Funcional, será realizada por perícia médica
singular, salvo em casos específicos, onde o médico perito poderá solicitar a inspeção por junta
médica.
O(a) servidor(a) que já tenha prontuário, ou seja, que já tenha realizado alguma inspeção pericial,
mesmo que por outro motivo, deverá comparecer para o ato pericial na data e local previamente
agendado, com os seguintes documentos:
·Atestado médico/odontológico original (ou cópia autenticada);
·Exames e receitas comprobatórias da patologia; e
·Formulário para fins de Readaptação Funcional(Anexo I).
Aqueles que estiverem realizando inspeção pericial pela primeira vez, deverão apresentar, além dos
documentos supramencionados, os seguintes documentos:
·01(uma)foto 3x4; e
·Original e cópia do RG, CPF e comprovante de residência atualizado.
O Formulário para fins de Readaptação Funcional(Anexo I), documento elaborado pela Coordenadoria
de Reabilitação Profissional – CORP e Coordenadoria de Perícia Médica
–COPM, visa auxiliaras inspeções médicas periciais, a partir de informações detalhadas e específicas
acercadas atividades laborais do servidor.
O referido formulário, devidamente preenchido (digitalmente) pela chefia imediata do servidor,
deverá ser anexado em campo específico, durante o agendamento, no Modulo de Perícia Médica –
ERGON/PM.
Nos casos em que seja inviável o agendamento pelo referido Módulo de Perícia Médica, o formulário
deverá ser entregue em formato impresso, pelo servidor, durante a inspeção pericial.

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Quando a perícia médica verificar a necessidade de Readaptação Funcional, o laudo médico
pericial expedido deverá conter informações claras e específicas acerca da eventual
restrição/limitação laborativa do servidor, bem como:
·Observações e sugestões referentes às atividades a serem evitadas pelo servidor readaptado
no exercício de suas atribuições profissionais; e

·O período estipulado, data de início e fim, para a Readaptação Funcional.


Dos laudos médicos periciais para fins de Readaptação Funcional, uma via será entregue ao
servidor após inspeção em perícia médica, e, uma via será encaminhada ao órgão de lotação
por ofício, via Processo Administrativo Eletrônico (PAE), até que sejam criados de outros
mecanismos tecnológicos.
Já nas inspeções médicas onde são utilizadas as CREM’s (Comunicação de Resultado de Exame
Médico), o servidor receberá uma via após inspeção em perícia médica e as demais serão
anexadas em seu prontuário. Posteriormente, será feito o envio da respectiva CREM e do
Laudo Médico Pericial por ofício, via Processo Administrativo Eletrônico (PAE), até que sejam
criados outros mecanismos tecnológicos.
A Readaptação Funcional poderá ser cancelada antes do prazo previsto, a pedido do servidor,
quando houver melhoradas condições de saúde, mediante a apresentação de laudo do
médico assistente ou odontólogo, estando o cancelamento condicionado à nova avaliação
pericial por junta médica oficial.
Terminado o prazo estabelecido para a da Readaptação Funcional, o servidor retornará à sua
função anterior, sem necessidade de comunicado oficial ou nova inspeção médica pericial,
salvo quando o médico perito e/ou o órgão de lotação do servidor julgar necessário.
Se persistirem as condições que motivaram a Readaptação Funcional, esta poderá ser
prorrogada, por iniciativa do órgão ou entidade de lotação, a pedido do servidor ou a critério
do médico perito, após nova avaliação médico-pericial.
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Para fins de prorrogação de Readaptação Funcional, o servidor deverá apresentar:

Atestado médico/odontológico original, atual, legível, emitido pelo médico assistente ou


odontólogo, o qual deverá especificar a limitação/restrição para o exercício da função e o
respectivo prazo;

Exames comprobatórios atualizados do quadro clínico do servidor;

Formulário para fins de prorrogação de Readaptação Funcional (Anexo II).


O Formulário para fins de prorrogação de Readaptação Funcional (Anexo II) é um documento
elaborado pela Coordenadoria de Reabilitação Profissional – CORP e Coordenadoria de Perícia
Médica – COPM que visa auxiliar, a partir de informações detalhadas e específicas acerca das
atividades laborais do servidor, as inspeções médicas periciais.
O referido formulário, devidamente preenchido (digitalmente) pela chefia imediata ou
unidade responsável, deverá ser anexado, em campo específico, durante o agendamento, no
Módulo de Perícia Médica – ERGON/PM.
Nos casos em que seja inviável o agendamento pelo referido Módulo, o formulário deverá ser
entregue em formato impresso, pelo servidor, durante a inspeção pericial.

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9. DAS ATRIBUIÇÕES

Compete ao Servidor:
Requerer, junto a chefia imediata ou unidade responsável do
órgão ou entidade em que estiver lotado, o agendamento de
perícia médica, para fins de concessão de Readaptação Funcional
(ERGON/PM), ou solicitar agendamento, junto aos polos periciais,
de forma presencial;

Comparecer e dispor, no local e data agendada, de todos os


documentos necessários à inspeção médica pericial, conforme
especificados neste Manual;

Manter sob sua guarda o laudo médico pericial e os demais


documentos relacionados à inspeção médica pericial; e

Em caso de necessidade de prorrogação de Readaptação


Funcional, providenciar, com antecedência necessária ao término
do período, o agendamento de nova inspeção médica pericial.

Atenção!
O servidor deverá atentar para que a solicitação de nova inspeção médica visando
prorrogação de readaptação, ocorra antes do termino do prazo concedido para a
Readaptação Funcional anterior.

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Compete à chefia Imediata ou unidade responsável/RH do órgão ou
entidade de lotação do servidor:
Orientar o servidor sobre os procedimentos relacionados e
inerentes ao processo e efetivação da Readaptação Funcional;

Receber do órgão de lotação do servidor os documentos


referentes à concessão da Readaptação Funcional;

Instruir o servidor para o desempenho das atribuições


compatíveis com as limitações apresentadas em laudo médico
pericial, durante o período em que se encontrar readaptado;

Zelar pela integração do servidor nas atividades que lhe forem


atribuídas e nas relações entre colegas de trabalho, valorizando e
potencializando sua capacidade profissional;

Encaminhar ao órgão de lotação do servidor, relatórios obre


eventuais dificuldades encontradas, caso ocorra, na efetivação da
Readaptação Funcional do servidor.

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Compete ao órgão ou entidade de lotação do servidor:

Realizar o agendamento, por meio do Módulo de Perícia Médica–


ERGON/PM, de inspeção médica pericial, para fins de Readaptação
Funcional;

Orientar a chefia imediata ou unidade responsável sobre os


procedimentos necessários à Readaptação Funcional do servidor;

Instruir a chefia imediata ou unidade responsável sobre o correto


preenchimento dos formulários (Anexo I e II) que serão analisados,
durante a inspeção médica pericial, pelos médicos peritos desta
SEPLAD;

Inserir e manter atualizado os registros e as informações referentes


à Readaptação Funcional do servidor;

Orientar e integrar o servidor readaptado, observando as normas


que a regem e as restrições especificadas no laudo médico pericial
expedido pela Coordenadoria de Perícia Médica -
COPM/DSO/SAGEP/SEPLAD.

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Adotar as providências necessárias para a publicação do ato de
concessão da readaptação funcional; e

Quando necessário, dar lotação ao servidor readaptado,


observada a sua condição.

Atenção!
Atentar para o correto preenchimento dos formulários (Anexo I e II), pois visam auxiliar, a partir
de informações detalhadas e especificas acerca das atividades laborais do servidor, as inspeções
médicas periciais.
Compete à Coordenadoria de Perícia Médica – COPM, além das atribuições previstas no Decreto
n. 1455, de 9 de abril de 2021 (DOE n. 34.547):
Realizara inspeção médica pericial;

Emitir o Laudo Médico Pericial no ato de inspeção em perícia médica, entregando uma via ao
servidor, e, encaminhar uma via, por ofício, via Processo Administrativo Eletrônico – PAE aos
órgãos e entidades a qual o servidor esteja vinculado, até que sejam criados novos
mecanismos tecnológicos.

Compete à Coordenadoria Reabilitação Profissional – CORP, além das atribuições previstas no


Decreto n. 1455, de 9 de abril de 2021 (DOE n. 34.547):
Coordenar, executar e avaliar programas e ações relacionadas à Readaptação Funcional do
servidor com capacidade laborativa afetada.

Orientar os RHs e/ou unidades responsáveis e os demais servidores, acerca dos trâmites e
procedimentos necessários à concessão de Readaptação Funcional, sanando eventuais
dúvidas;

Criar e manter atualizado um banco de dados com informações acerca da concessão de


Readaptação Funcional dos servidores que não estão inseridos no sistema ERGON/PM.

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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A concessão de Readaptação Funcionalde que trata o
presenteManual somente será efetivada após a conclusão do
processo e a expedição do laudo médico pericial.

Fazem parte deste Manual o Anexo I (Formulário para fins de


Readaptação Funcional) e o Anexo II (Formulário para fins de
Prorrogação de Readaptação Funcional).

As dúvidas e os casos omissos neste Manual serão resolvidos


pela Diretoria de Saúde Ocupacional do Servidor/DSO, por meio
da Coordenadoria de Reabilitação Profissional/CORP e

Coordenadoria de PeríciaMédica/COPM, vinculadas à Secretaria


Adjunta de Gestão de Pessoas/SAGEP, da Secretaria de Estado de
Planejamento e Administração/SEPLAD.

Este Manual deverá ser atualizado sempre que fatores


organizacionais, legais ou técnicosassim o exigirem, a fim de
verificara sua adequação à realidade dos órgãos, bem como de
manter o processo de melhoria contínua.

Os termos contidos neste Manual não eximem a observância das


demais leis e normas competentes, que deverão ser respeitadas.
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AUTORES

Ailton Pereira Lombe

Glauber Cavalcante Pinheiro

Fátima de Nazaré do Espírito Santo Nazaré

Silvia Oliveira

Suzana Caroline Alves de Morais Nicodemos

Belém-PA
Março/2023

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