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Alexis tem sido sempre a criança selvagem.

Ela é a garota que todos


sempre falam por trás. Agora que ela está noiva do bad boy da cidade, Travis, ela
finalmente acha que está indo na direção certa. Então a vida joga um homem
alto, moreno e bom em seu caminho e faz com que todo o seu mundo balance.
Grant está de volta à cidade. Ajudar seu pai no escritório de advocacia
nunca esteve em seus planos. Mas depois de tentar viver na cidade e decidir que
não era para ele, ele não quer nada mais do que voltar para sua cidade natal. Ele
até mesmo compra uma pequena fazenda para provar a si mesmo que ele está de
volta para ficar. Depois de ajudar a garota má da cidade uma noite, ele começa a
ver sob o ato de Alexis. Agora, tudo o que ele precisa fazer é convencê-la de que
escolher um bom rapaz nem sempre é uma coisa ruim.
Prólogo
Alex estava no supermercado. Ela olhou para cima e para baixo pelo
corredor antes de deslizar a pequena estatueta no bolso do casaco. Oh, ela sabia
que roubar era errado, mas uma vez que Deus levara sua mãe há alguns meses,
ela imaginou que ele lhe devia uma. Além disso, sua mãe havia prometido
comprar o pequeno cavalo para ela em seu sétimo aniversário. Aquele dia foi na
semana passada. Ela rezou e rezou para que sua mãe mandasse o pequeno
cavalo de metal do céu de alguma forma, mas depois que ela abriu o último dos
presentes em sua festa de aniversário, e ainda não havia nenhum cavalo, ela
sabia exatamente o que precisava fazer.
Era o primeiro dia de escola, e ela convenceu Lauren a ir com ela até o
mercado Grocery depois da escola. Era o único mercado de Fairplay, e estava a
apenas alguns quarteirões da sua escola. Elas tinham uma hora inteira para
esperar pelo seu pai antes dele ser capaz de vir buscá-las.
Conseguir que sua irmã a deixasse sozinha no corredor onde as pequenas
estatuetas estavam em uma grande caixa de vidro levou algum tempo.
Finalmente, Alex disse a sua irmã mais velha que ela precisava usar o
banheiro. Quando Lauren quis ir com ela, Alex deu uma desculpa.
— Eu sou uma menina grande. Eu não quero você me observando.
Ela ficou lá com as mãos nos quadris, assim como nossa mãe costumava
fazer. Sua irmã finalmente disse que ia esperar por ela no balcão da frente e
deixou-a sozinha. Ela esperou no banheiro tempo suficiente para que sua irmã
pudesse ir à frente. Em seguida, espiou pela fresta da porta para se certificar de
que sua irmã havia desaparecido. Então, na ponta dos pés, ela foi até o corredor
e embolsou o cavalo sem problemas. Ela não contava com uma mão caindo sobre
o seu ombro.
— Você não deveria fazer isso.
Alex se virou para ver Grant benfeitor Holton em pé atrás dela. Grant era da
mesma idade de Alex e ganhara o apelido por ser o maior fofoqueiro da
cidade. Ele achava que só porque seu pai era um advogado figurão da cidade, ele
tinha que dizer a todos o que fazer. Todas as outras crianças na escola faziam
piada com ele sobre isso.
Grant era um pouco mais alto do que ela. Então, novamente, quase todo
mundo era mais alto do que ela. Sua mãe disse que ela era uma estatueta. Alex
não sabia o que isso significava, mas não estava feliz que Haley, sua irmã mais
nova, já era mais alta que ela.
Ela olhou através do corredor para Grant. Ele era gordinho e usava
óculos, que sempre escorregavam por seu nariz. Ele estava sempre vestindo suas
melhores roupas de igreja, ou assim Alexis sempre pensou, já que ela nunca o viu
em um par de jeans ou uma camiseta, nunca. Seu cabelo sempre parecia que
tinha acabado de ser penteado, e ela nunca o viu sujo.
Alex pensou que os óculos o faziam parecer mais inteligente e ela desejava
precisar de óculos, para que fosse melhor nas aulas de matemática, mas o
médico disse que ela tinha olhos perfeitos. O cabelo de Grant era um tom mais
escuro do que seu próprio loiro, mas o dele tinha ondas ao contrário do seu. Ela
desejava ter o cabelo encaracolado, uma vez que o seu cabelo era tão fino e difícil
de trançar.
Ela colocou os dedos pequenos em todo o metal frio do cavalo em seu
bolso.
— Eu não vou devolver. — Ela bateu o pé. — Deus está me devendo desde
que levou a minha mãe embora. — Os olhos dela começaram a encher de água e
seu lábio inferior tremeu.
— Roubar é um pecado. Além disso, você pode ir para a cadeia se eles
pegarem você. — Seu rosto começou a ficar com um tom mais escuro de
vermelho. — Eu vou ter que contar.
Ela estendeu a mão e pegou o casaco antes que ele pudesse ir embora.
— Não se atreva, Grant Holton. — Ela olhou para ele e pensou em uma
maneira de sair dessa bagunça. — Se... se você prometer que não vai contar a
ninguém... — Sua mente pequena desesperadamente buscou alguns meios para
prendê-lo a uma promessa. — Eu prometo... — Ele esperou, seus grandes olhos
azuis olhando para o dela, e ela deixou escapar. — Eu vou deixar você me beijar.
Os olhos de Grant ficaram maiores por trás dos óculos. Ele pensou um
momento e depois disse:
— De verdade? — Ele olhou em volta.
O que era para ela? Ela viu sua mãe e seu pai fazê-lo muitas vezes. Ela
não viu por que tanto alarme sobre isso, desde que parecia desleixado e grosseiro,
mas se isso faria Grant se calar sobre a estátua, ela toleraria isso.
Ela assentiu com a cabeça e sorriu.
— Claro.
— Nos lábios? — Sua cabeça inclinada enquanto esperava.
— Por que não? É um acordo?
Grant pensou por um segundo, em seguida, acenou com a cabeça quando
ele empurrou para cima os óculos. Quando ele deu um passo mais perto dela, ela
quase perdeu a coragem. Em vez disso, fechou os olhos e franziu os lábios como
viu sua mãe fazer. Quando seus lábios se tocaram ela quis se afastar e limpar a
boca, mas então algo aconteceu. Ela começou a gostar. Seus lábios eram macios
e não molhado, depois de tudo. Sentiam-se como penas que agradavam seus
lábios e ela realmente sentiu os pés e as mãos começarem a formigar.
Depois do que pareceram anos, ele finalmente se afastou, com um enorme
sorriso nos lábios. Depois se virou e correu para o corredor e saiu pela porta da
frente sem dizer uma palavra. Ela ainda não tinha a certeza que ele manteria a
sua boca fechada.
— Vamos, Alexis. Papai está aqui. —Sua irmã chamou da frente da loja.
Sorrindo, ela segurava o pequeno cavalo em seu bolso e caminhou para
frente. Ela pensou sobre o beijo de Grant e decidiu que ela gostava de
beijar. Queria fazê-lo novamente e sempre que pudesse. E com tantos meninos
que ela quisesse.
Capítulo 01
Dez anos mais tarde...

Alex prendeu a respiração quando o caixão de seu pai estava sendo


enterrado. Seu mundo foi despedaçado, novamente. Olhando Haley, ela se
perguntou o que aconteceria com as três. Afinal, Haley tinha apenas quatorze
anos. Ela estendeu a mão e agarrou a mão de Lauren em sua própria, então
segurou Haley.
As três se levantaram e observaram enquanto o caixão de seu pai afundou
mais na terra vermelha no cemitério da igreja, no túmulo ao lado de sua mãe.
Os olhos de Lauren se fecharam por apenas um segundo, até que sua
irmã deixou cair sua mão e caminhou até colocar uma rosa branca na cova. Ela
pousou suavemente sobre o caixão. Lauren se virou e acenou, então ela a
seguiu. Assim que deixou cair a rosa, se levantou e disse seu adeus ao homem
que fez o seu melhor para criar as três meninas, sozinho, e fazê-las felizes.
Quando ela se virou, Haley se aproximou e ficou ao lado da cova. Alex não
aguentava mais. Virou-se e caminhou rapidamente em direção as
árvores. Mesmo que fosse primavera, o calor era quase demais para
suportar. Aqui na sombra ela podia sentir a brisa, e sentiu como se pudesse
finalmente respirar.
Apoiando-se contra o tronco de um grande carvalho, fechou os olhos e se
concentrou em tomar respirações lentas. Ela havia ficado na casa de Cheryl Lynn
na noite em que Lauren encontrara seu pai no chão do quarto. Ela deveria ter
ficado em casa naquele fim de semana. Se ela tivesse ficado...
— Oi.
Ela olhou para os olhos de um azul profundo de Grant. Ele parecia
praticamente o mesmo de sempre, mas o seu cabelo cor de areia estava um pouco
mais escuro e ele conseguiu um novo óculos. A nova armação ficou melhor em
seu rosto. Ele tinha um pouco de acne no rosto redondo, mas suas roupas ainda
estavam impecáveis.
— Oi.
Ela continuou a inclinar-se contra a árvore, cruzando os braços sobre o
peito. Começava a sentir frio e desejou ir para o calor do sol novamente.
— Eu sinto muito sobre o seu pai.
Ele olhou para suas botas lustrosas e chutou uma pedrinha. O pai de
Grant e seu pai eram melhores amigos desde a infância. Mesmo as mães foram
amigas, desde que todos cresceram na pequena cidade.
— Espero que você não tenha que vender seu rancho ou qualquer coisa.
Se desencostando da árvore, ela olhou para ele.
— Por que nós? — Ela franziu a testa.
Ele olhou para cima de sua bota e olhou para ela.
— Eu não sei, eu só ouvi o meu pai falar sobre alguns problemas de
dinheiro que seu pai teve e como Lauren não tem idade suficiente para cuidar de
você, sua irmã, uma casa e do rancho ao mesmo tempo. — Ele levantou, em
seguida baixou os ombros.
— Ela não está sozinha. Ela tem Haley e eu. — Ela deu um passo mais
perto dele.
— Bem, eu espero que você esteja certa. Eu vou embora ao final deste
ano. Eu fui aceito em Harvard. — Ele sorriu.
Seu queixo caiu e ela disse:
— Nós estamos apenas com dezessete anos.
— Eu sei. Eu terminei todos os meus créditos para o ensino médio
durante o verão e meu pai e eu enviamos aplicações. Dá para acreditar? — Ele
enfiou as mãos nos bolsos da calça.
— Você tem somente dezessete anos. — Ela repetiu.
— Você vai sentir minha falta?
Isso saiu como um sussurro, e Alex não o ouviu. Sua mente estava presa
no fato de que ela tinha dezessete anos e agora ambos os seus pais foram embora
e ela estava próxima de perder o único lar que conheceu.
Então, ela olhou por cima do ombro e franziu a testa um pouco. Ela viu
que o pai de Grant e Sr. Graham, outro melhor amigo de seu pai, conversavam
com Lauren ao lado de sua caminhonete.
Fugindo sem se despedir, ela correu para onde Haley estava ao lado de
seus amigos e agarrou a mão dela.
— Temos de ir. — Haley assentiu e A seguiu. Elas caminharam até a sua
irmã, juntas. — Estamos prontas para ir para casa.
Alex olhou para o Sr. Graham e Sr. Holton, que rapidamente olharam para
o chão. Chase, o filho do Sr. Graham, estava de pé ao lado. Ele sorriu um pouco e
acenou com a cabeça, em seguida, as meninas deixaram o local.
A viagem para casa foi tranquila. Alex queria perguntar a sua irmã quais
eram seus planos, mas sabia que não era o momento certo. Lauren estava a uma
semana antes de seu décimo nono aniversário. Ela tinha idade suficiente para
assumir legalmente os cuidados de Alex e Haley, até onde ela sabia. Ela não sabia
nada sobre os problemas de dinheiro que seu pai estava tendo, ou mesmo se o
rancho foi deixado para Lauren. Lauren saberia tudo isso. Afinal, nos últimos
anos, Lauren estava ajudando o seu pai com o lugar.
Quando a caminhonete virou para a entrada, Alex olhou para a sua casa
de três andares a distância. A casa branca, uma vez pintada, poderia ficar
nova. O telhado tinha acabado de ser substituído há alguns anos. Alex sabia que
o velho lugar teve seus problemas, mas ela não teria trocado por qualquer outra
casa no condado.
— Lauren?
Ela olhou para sua irmã quando ela estacionou a caminhonete, querendo
fazer tantas perguntas. Então, Haley correu para fora da caminhonete e foi em
direção ao celeiro.
Lauren olhou para ela e sorriu.
— Eu vou buscá-la.
Lauren deixou Alex sozinha na caminhonete, enquanto corria atrás de sua
irmã mais nova.
Os olhos de Alex arregalaram. Isso estava realmente acontecendo. Elas
perderiam o rancho. Muito provavelmente, seriam separadas também. Onde
viveriam? O que iria acontecer com elas?
Alex correu para dentro da casa e caminhou lentamente em torno do
lugar. Ela estava tentando memorizar cada pequeno detalhe, todos os móveis, a
aparência e o cheiro do lugar. Ela terminou no quarto de seu pai e quando ela se
sentou na cama, começou a chorar baixinho.
Foi exatamente como quando sua mãe morreu. Se ela não tivesse parado
para pegar os biscoitos, Haley não teria escapado e corrido lá para cima. Em
seguida, sua mãe não teria ido e ficado com ela. Elas teriam tudo pronto para o
abrigo a tempo. Em vez disso, as três meninas tiveram que assistir com horror
quando o tornado arrancou sua mãe para a escuridão e fora de suas vidas para
sempre.
Se ela tivesse ficado em casa neste último fim de semana, seu pai ainda
estaria vivo. Foi tudo culpa dela. Caindo de sua cama, ela inalou seu rico aroma
almiscarado e chorou até que seu coração e sua cabeça doeram. Ela deve ter
caído no sono, porque, quando acordou, estava escuro do lado de fora da janela.
Levantando-se, foi para seu próprio quarto e vestiu sua calça jeans e
camisa de trabalho. Ela sabia que os cavalos necessitavam de alimentação e que
foi o seu trabalho nos últimos anos. Quando ela saiu para o celeiro, viu que a
tarefa já tinha sido feita. Seus ombros caíram e ela sentou-se no feno macio,
sentindo como se tivesse desapontado sua família novamente. Ela fez um pacto
ali mesmo que nunca deixaria suas irmãs na mão novamente.
Ao longo dos próximos meses, tornou-se evidente que Lauren tinha tudo
sob controle ao redor da fazenda. Sua irmã cuidou de todas as tarefas de Haley,
dizendo-lhes que ambas precisavam se concentrar em seus estudos em vez de
seus deveres no rancho.
Lauren levara Alex para obter sua carteira de motorista, e deu a ela o
velho Honda vermelho para que ela e Haley fossem para a escola todos os
dias. Ela não se importava em dirigir o tempo todo, uma vez que sabia que
Lauren estava ocupada. Elas conversaram e Lauren dissera que todas as contas
foram pagas e que ninguém levaria o rancho. O melhor foi que ela assinara a
documentação com o Sr. Graham, que afirmou que tinha a custódia total de Alex
e Haley. Lauren era sua tutora legal. Ninguém ia separar as três, nunca.
Alex entrou em uma rotina, sabendo que sua irmã cuidaria de tudo na
fazenda. Depois de alguns meses, se sentiu culpada quando percebeu o quanto
sua irmã fez em torno do lugar, e ela começou a fazer as coisas sem ser
pedido. Ela perguntou a Jamella sobre um trabalho em Mama por tempo parcial
e pegou tantas horas como pôde, apenas para pagar por seu combustível. Mas ela
começou a ganhar dinheiro extra e sempre guardava no escritório de Lauren para
ela. Sua irmã nunca mencionou isso, então ela continuou a dar-lhe metade de
seu salário. Até mesmo Haley, sabendo o que estava acontecendo, começou a
ajudar com os animais ainda mais.
Mas, então, apenas um ano mais tarde, Alex começou a namorar Travis, e
sua vida tinha um novo propósito: fazer tudo o que podia para se tornar a Sra.
Travis Nolan.

Quase oito anos depois...

Alex estava no estacionamento escuro, sentindo vontade de chutar algo ou


alguém. Como ele pôde fazer isso com ela de novo? Ela olhou ao redor do monte
quase vazio e teve vontade de gritar.
Em vez disso, jogou a garrafa de cerveja que segurava e sorriu quando o
vidro se espatifou na caminhonete azul. O anel de noivado em seu dedo esquerdo
brilhava com a pouca iluminação do estacionamento. Queria arrancar de seu
dedo e jogá-lo, mas parou antes que ela pudesse seguir adiante. Era seu
aniversário e Travis ficou tão bêbado. Ele agora estava desmaiado ao volante de
sua preciosa caminhonete nova. Mesmo a quebra de sua garrafa de cerveja sobre
o para-brisa não o acordou.
Ao longo dos últimos meses, ela disse a si mesma que avaliaria sua
relação. Ela tomou a decisão depois que Lauren e Chase comunicaram a todos
que se casaram no dia após o funeral de seu pai. Lauren se casara com ele por
causa do desespero para sair de uma dívida esmagadora, mas agora eles estavam
completamente felizes com isso. Chase se mudara para a casa e eles agiram como
recém-casados, o que ela supunha que eram desde que estavam casados nos
últimos sete anos.
Ela andou até a caminhonete de Travis e olhou para ele através de sua
janela aberta. Ainda era tão bonito como o dia em que se apaixonara por ele. Ele
tinha o olhar clássico de cowboy rude que ela sempre gostou. Mesmo a covinha
no queixo derreteu seu coração. Mas, ultimamente, suas ações falaram mais alto
para ela, e estava caindo cada vez mais longe do que o sentimento que tinha
despertado nela.
Ela virou e inclinou-se sobre a caminhonete, cruzando os braços sobre o
peito. O ar úmido da noite de verão grudou sua blusa branca na sua pele e ela
queria desesperadamente ir para o chuveiro. Seu cabelo estava grudado em seu
pescoço e rosto, já que ela e seus amigos passaram as últimas horas na pista de
dança no The Rusty Rail, o bar local e salão de dança. Todo mundo saiu para
comemorar seu aniversário. Uma pilha dos presentes encheu a traseira da
caminhonete de Travis. Ela sorriu quando olhou para os pacotes. Travis
prometera a ela que não beberia muito hoje à noite, uma vez que ela odiava
quando ele ficava tão bêbado que passava a ficar grosseiro. Ele nunca levantou
um dedo em sua direção, mas a atacou com as suas palavras e, algumas vezes,
ela teve que caminhar até a casa de algum amigo e passar a noite em vez de
deixar que ele a levasse para casa.
— Hey, baby. — Ela se virou para vê-lo sorrindo para ela. — Feliz
aniversário. — Ele olhou para ela engraçado, depois se inclinou através da janela
e vomitou em suas botas brancas.
— Travis! — Ela pulou a tempo de ficar um pouco longe.
— Oh, eu sinto muito, baby. — Ele começou a sair da caminhonete.
— Você está arrependido? Você arruinou toda a minha noite. Você estava
muito ocupado bebendo e ficando com seus amigos em vez de dançar comigo. —
Ela se afastou dele quando ele tentou estender a mão e puxá-la para perto. —
Você se esqueceu de trazer o meu presente e, para ser honesta, eu não acho que
você se lembrou de comprar um em primeiro lugar.
— Eu juro que comprei. É que está na casa do meu pai.
Ela podia ver a mentira em seus olhos, o que machucou ainda mais.
— Agora você está tão bêbado que arruinou minhas botas favoritas. Dê-
me as suas chaves. — Ela estendeu a mão e bateu o pé. — Eu estou te levando
para a sua casa, em seguida, vou para a minha casa.
Ele balançou a cabeça, em seguida, agarrou-a e quase caiu.
— Não! Você sabe que eu não deixo ninguém levar esta beleza, exceto eu.
— Ele bateu em sua caminhonete e sua mão ficou molhada. — Puta que
pariu. Alguém jogou garrafas na minha caminhonete. — Ele correu e olhou para
o vidro quebrado e a cerveja quase seca.
— Fui eu. — Ela cruzou os braços e esperou.
— Você? — Ele se virou e olhou para ela. — Você a arranhou. Por que você
faria isso? Vai custar centenas de dólares para consertar isso.
Ele estava correndo os dedos sobre um pequeno arranhão no capô. Então
ele se virou para ela com um leve sorriso no rosto.
— Lá se vai o seu presente de aniversário. Estou levando-o de volta para a
loja, para eu poder assim pagar por esse dano.
— Que seja. Você sabe que não comprou nada de qualquer maneira. —
Ela começou a se afastar.
— Aonde você vai? Volte aqui — ele a chamou.
— Eu vou para a casa da Cheryl Lynn — ela disse por cima do ombro.
— Não, querida. Volta. Vou te dar uma carona de volta para minha casa.
Era um velho argumento que ele nunca ganhou. Ela nunca tinha e nunca
iria passar a noite em seu apartamento, na garagem do seu pai. Travis mantinha
o lugar tão sujo que ela nunca realmente pisou nele. O apartamento sujo não foi
a única razão pela qual ela não passou a noite na casa dele. Ela não conseguia
explicar, mas simplesmente não queria ficar lá, com ele. Pelo menos, até que eles
se casassem.
— Alex, devolva a sua bunda de volta aqui.
Ela sabia que ele tentaria uma tática diferente. A próxima seria dirigir ao
lado dela e gritar com ela através da janela aberta. Ele começaria a chamar-lhe de
nomes conforme ela caminhava, mas ela sempre ignorou tudo isso, dizendo a si
mesma que era por causa da cerveja.
No dia seguinte, ele mandaria algumas flores e passaria na casa dela e
eles fariam as pazes. Sempre foi assim.
Mas, enquanto ela andava mais longe da rua escura em direção a Cheryl
Lynn, ele não dirigiu atrás dela. Ela se virou e olhou para o estacionamento e
notou que ele tinha voltado para a caminhonete.
Provavelmente desmaiou novamente, ela disse a si mesma quando
continuou andando. A casa de Cheryl ficava a dois quilômetros de distância, uma
caminhada bastante fácil durante o dia. Mas esta noite, com a lua iluminando
apenas uma pequena parte no céu, ela se manteve tropeçando em pedras e na
grama ao longo da estrada estreita.
Menos de dois minutos depois, luzes bateram nela e ela parou e esperou
até que ele parou ao seu lado. Mas em vez da caminhonete de Travis, um Ford
preto parou. Quando os vidros escuros foram abaixados, Grant Holton chamou.
— Alexis West, é você? Que diabos você está fazendo caminhando ao longo
de uma estrada escura, nesta hora da noite? Eu poderia ter batido em você.
Era muito escuro para vê-lo totalmente, mas ela sabia que era a voz dele.
— Cale a boca, Grant.
Ela se aproximou e abriu a porta de seu Ford. Ela estava feliz por seu
banco do passageiro estar vazio, e subiu para sentar-se ao lado dele.
— Leve-me para a casa de Cheryl Lynn, ok? — Ela cruzou os braços sobre
o peito e franziu a testa para fora da janela.
Grant voltara para casa no início do ano e, embora o gordinho, coberto de
espinha e óculos, tenha se transformado em um lindo magro de pele clara, para
ela, ele era o mesmo velho Grant benfeitor Holton. Sempre tentando corrigir
problemas de todo mundo.
— Travis não vai te levar para casa? — Perguntou.
Ela se virou e olhou para ele.
— Não — disse ela, em seguida, viu quando ele se virou e olhou para fora
da janela. Ele ainda tinha que começar a dirigir, e ela estava lentamente ficando
louca.
— Hmm — disse ele, e ela viu quando ele olhou pelo retrovisor de sua
caminhonete para o Rusty Rail.
— O quê? — Ela virou-se em sua cadeira e olhou para ele no escuro.
Ele balançou a cabeça.
— Nada.
— Grant Holton, você está mentindo.
Todo mundo sempre sabia quando ele tinha algo a dizer. A cidade inteira
sabia que não podia esconder nada de ninguém.
— Não é nada.
Ele estendeu a mão e puxou o cinto de segurança. Quando seu braço
roçou seu peito, ela prendeu a respiração. Ela sabia que ele não tinha a intenção
de dizer qualquer coisa, mas ainda assim, o toque acidental a chocou.
— Desculpe — ele murmurou e deixou cair o braço. — Eu não começo a
dirigir até que os cintos de segurança estão presos.
Ela revirou os olhos e estendeu a mão para terminar de prender o cinto de
segurança no lugar.
— Você vai me dizer qual é o seu segredo? — Ela olhou para ele.
— Nenhum segredo — disse ele e, em seguida, finalmente, colocou seu
Ford na estrada.
— Tudo bem, não me diga. Não é como eu se me importasse de qualquer
maneira. — Ela olhou para fora da janela da frente, sentindo-se triste.
— Sinto muito que vocês dois se separaram em seu aniversário — disse
ele, fazendo a cabeça dela girar em direção a ele.
— Nós não nos separamos. Quem te disse que terminamos? — Sua voz
presa.
— É só que... eu pensei... — Houve um momento de silêncio e, em
seguida, ele limpou a garganta. — Eu apenas assumi.
— Por quê? — Ela agarrou seu braço, cravando as unhas em sua pele um
pouco.
Ele olhou para ela, em seguida, de volta para a estrada. Ele permaneceu
em silêncio até que ele direcionou o Ford para fora da estrada, para a antiga
estação de trem.
— Quando eu saí do Rusty Rail, eu o vi se agarrando com Savannah
Douglas, no estacionamento, contra a sua caminhonete. — Sua voz tinha um tom
de tristeza, e seus olhos, pelo menos o que ela podia ver na escuridão,
preocupação.
— Quem te contou isso? — Ela cruzou os braços sobre o peito novamente.
— O quê? — Ele piscou e inclinou-se um pouco para trás. Parecia que ele
esperava que ela lhe desse uma tapa no rosto.
Em vez disso, ela começou a rir.
— Oh, isso é ótimo. Será que Billy o colocou nisso? — Ela parou de rir e
enxugou uma lágrima de seu olho. — Billy está sempre tentando me fazer
acreditar que Travis e Savannah tiveram uma coisa no passado.
Grant balançou a cabeça.
— Sinto muito, Alex.
Ele se virou e olhou para fora da janela da frente, em seguida, ficou em
silêncio. Sentaram-se lá por alguns segundos antes dela pular para fora do Ford e
começar a caminhar de volta para o Rusty Rail.
Ela ouviu a porta bater atrás dela, então Grant agarrou seus ombros. Ela
se virou, conectando seu punho com o queixo dele enquanto as lágrimas cegavam
seus olhos.
— Aquele desgraçado! — Ela gritou. — Ele jurou que foi algo único. — Ela
bateu outra vez, cegamente, apenas conectando-se com o ar, enquanto suas
mãos seguravam delicadamente em torno de seus pulsos. — Nós tínhamos
terminado e ele estava bêbado, ele disse...
Ela chutou Grant e tentou libertar seus pulsos, apenas para ser presa
contra um corpo duro como pedra com braços musculosos em volta dela. Sua dor
era demais e com a barragem por trás de seus olhos finalmente solta, ela ouviu
Grant sussurrar palavras de bondade em seu cabelo enquanto ela chorava o seu
coração contra o seu peito.
Capítulo 02

Grant segurou Alex e desejou com todo o seu coração poder levar toda
mágoa dela. Ele sabia o que viu no Rusty Rail. Testemunhando o calor entre
Travis e Savannah, ele duvidava que fosse algo único.
Os rumores sobre o relacionamento já duravam em torno da cidade por
meses, e ficou claro que ninguém estava disposto a avançar e dizer a Alex sobre
isso. Quando ele viu Alex caminhando ao longo do lado da estrada, assumiu que
ela já sabia sobre Travis e Savannah no estacionamento. Ele não podia deixá-la
andar em uma estrada escura quase as duas da manhã sozinha.
Estendendo a mão e passando a mão suavemente para baixo em seu
cabelo, ele desejou não ser o único a dar a notícia a ela. Ele deveria ter
continuado a dirigir e chamado sua irmã para vir buscá-la. Mas seus pais o
criaram para ser um homem melhor do que isso, e tinha o dever de parar e
ajudá-la.
A frente de sua camisa estava ensopada, até que ela finalmente se afastou
e olhou para ele. Ela estava com seu cabelo loiro bagunçado, e ele estendeu a
mão para colocar uma mecha atrás da orelha. Seus olhos castanhos suavizaram
um pouco.
— Obrigada por ser honesto comigo. — Disse ela em voz baixa.
Sentia-se como um cão. Ele deveria ter mentido para ela. Deveria ter
aprendido a manter sua boca fechada anos atrás. Mas, quando ela olhou para ele
com seus profundos olhos castanho, as palavras apenas saíram de sua boca.
— Eu sinto muito. — Ele tirou a mão e deu um passo para trás.
— Por quê? — Ela estendeu a mão e trançou o cabelo que estava sobre o
ombro, de modo que não voaria com o vento.
— Eu não deveria ter dito nada.
Ele olhou para suas botas e desejou que pudesse recomeçar a noite. O
matou quando ele apareceu no bar só para vê-la comemorando seu aniversário
com amigos e familiares, Travis ao seu lado na mesa.
Grant se encontrara com alguns de seus amigos para jogar sinuca, mas
passou o resto da noite bebendo uma cerveja e vendo-a dançar até o chão com as
amigas. Desde aquele beijo quando tinha sete anos, ele tinha uma queda por
ela. Nenhum outro beijo em seus longos anos, e foram muitos, foram comparados
com o doce beijinho de tantos anos atrás. Era o único segredo que ele sustentou
por muitos anos, e ele provavelmente, ia levá-lo para o seu túmulo.
— Estou feliz que ouvi primeiro de um amigo. — Ela olhou para trás para
o Rusty Rail e estremeceu.
Ele tirou a jaqueta e colocou-a sobre os ombros nus dela. Seu top de
strass e saia vermelha faziam pouco para aquecê-la. Ainda era 21ºC essa hora da
noite, mas havia uma brisa fresca vinda do sul.
— Você deve ter um casaco. — Disse ele ajustando mais a jaqueta nela.
— Ainda está tentando ajudar a todos? — Ela olhou para ele e sorriu
levemente.
— Somente aqueles que necessitam. — Ele sorriu. — Vamos lá, eu vou
levá-la para casa.
— Você não tem que fazer isso. Eu posso ficar em...
— Eu vou te levar para casa. Você vai querer sua própria cama e suas
irmãs.
Ele esperou até que ela acenou com a cabeça e, em seguida, virou em
direção ao Ford. Abrindo a porta, ele a ajudou a sentar no banco do passageiro.
Quando ele entrou no carro novamente, eles ficaram em silêncio por um
tempo enquanto dirigia em direção ao rancho Saddleback. Não foi uma longa
viagem, mas esta noite, na escuridão e no silêncio, o tempo parecia estender-se.
— Por que você voltou para Fairplay? — A pergunta o pegou de surpresa.
— Por quê? — Ele rapidamente olhou para ela.
— Sim. Por que voltou aqui? Você teve seu diploma de Harvard. Você
poderia abrir um escritório de advocacia em qualquer lugar. Por que voltar para
casa?
— Porque gosto de estar em casa. — Ele sorriu.
Ela franziu a testa e virou um pouco mais em direção a ele.
— Você não quer ir a lugares? Ver cidades estrangeiras?
— Eu fiz isso por um tempo. — Ele sorriu para ela. — Eu gosto mais
daqui.
Ela suspirou e virou para frente novamente.
— Eu sempre quis viajar. Ver Paris na primavera. Ou passar as férias de
primavera em alguma praia mexicana deserta.
— Por que não? — Ele olhou para ela de novo e viu seu suspiro, seus
ombros caindo um pouco.
— Até alguns meses atrás, eu pensei saber a resposta. Mas agora... — Ela
olhou pela janela lateral e ficou em silêncio.
— Suas irmãs? — Ele se virou para o longo caminho que levava ao rancho
Saddleback.
— Sim, uma das razões.
Ela olhou em frente na grande casa branca. Grant ajudou Chase e metade
dos homens na cidade a colocar o novo telhado há alguns meses. Ele sabia que
todas as janelas foram substituídas, também. Chase estava no processo de
refazer metade da casa. Desde que Chase se mudou, anunciando oficialmente a
todos na cidade sobre seu casamento de sete anos com Lauren, estava
movimentado, restaurando o antigo lugar e o devolvendo à sua antiga glória. Ou
então o seu amigo disse. Para ser honesto, Grant não conseguia lembrar-se de o
lugar parecer tão bom assim antes.
Ele parou o Ford em frente à varanda e colocou-o em ponto morto,
deixando-o ligado.
— Eu não acho que essas razões a estão segurando agora.
Ela olhou para ele.
— Não, eu acho que eu não encontrei a pessoa certa com quem fazer
todas essas coisas. Eu pensei...
Ele viu uma lágrima rolar pelo seu rosto e inclinou-se para limpá-la
suavemente.
— Não lhe dê suas lágrimas. Ele não merece, ou você.
Ela estendeu a mão e afastou a dele de seu rosto, mas a segurou por um
momento.
— Obrigada, Grant. Obrigada por estar aqui.
Ela baixou a mão e a estendeu para a maçaneta da porta, só para parar,
quando o cinto de segurança a prendeu no lugar.
Ele riu e estendeu a mão para desatá-la, mas ela se virou ao mesmo
tempo. Seus rostos estavam a centímetros de distância, e tudo o que ele podia
fazer era olhar em seus olhos escuros, paralisado pela riqueza que viu lá. Antes
que ele soubesse o que estava fazendo, sua boca estava sobre a dela em um beijo
suave. Suas mãos foram para seu cabelo, nem afastando, nem a segurando no
lugar. Em vez disso, seus dedos se entrelaçaram através de seus cachos como se
fizesse um balanço de cada um.
Sua boca se moveu lentamente sob a dela e antes que ele percebesse,
suas línguas se tocaram e ele derreteu em seu doce sabor. Ela gemeu, e então ele
gemeu. Seus dedos percorriam seu pescoço, deixando um rastro quente, mas
quando sentiu o anel em seu dedo raspar apenas sob seu ouvido, ele se afastou e
piscou.
— Sinto muito. — Ele murmurou, percebendo que ela ainda estava
oficialmente noiva de outra pessoa.
Ela sorriu.
— Você continua dizendo isso.
Ela estendeu a mão para puxá-lo mais perto de novo, mas ele se afastou e
balançou a cabeça.
— Eu sinto muito.
Ele sabia que estava se repetindo, mas não se importou. Ele sabia que ela
precisava de tempo para se recuperar do choque de perder Travis. Ele não queria
ser o estepe dela.
— É apenas um beijo. Não é como se eu estivesse pedindo para você vir
para o meu quarto.
Ela sorriu e ele sentiu seu rosto aquecer. Quantas vezes nos últimos anos
ele apenas imaginou isso? Mesmo agora, sua mente estava levando-o até aquelas
escadas, arrancando suas roupas apertadas, tocando a macia... ele balançou sua
cabeça.
— É melhor eu ir. — Ele se inclinou para trás para o seu lado do Ford,
bloqueando eficientemente a chance deles de se tocarem mais.
— Grant? — Ela esperou até que ele olhou para ela novamente. — Obrigada
por me dizer a verdade e pela carona até em casa.
Ela soltou o cinto de segurança e saiu. Ele a viu desaparecer na casa
escura e queria chutar a si mesmo.
Todo o caminho até em casa repreendeu a si mesmo por tirar proveito
dela. Afinal, ela acabara de descobrir que o homem com quem ela namora há
quase oito anos a traía. Ótimo, ótimo. Diga a garota dos seus sonhos que o
homem dos seus sonhos é um pedaço de merda, e depois a beije até que você não
consiga enxergar direito.
Ele dirigiu os cinco quilômetros até sua nova fazenda. Quando ele saiu da
rodovia na estrada longa e sinuosa, ele parou no topo da colina e olhou para seu
pequeno vale. Era muito escuro para ver agora, mas em sua mente conhecia cada
detalhe.
Sua casa de pedra estava à esquerda, um celeiro cinza maior à direita. Ali
estavam seus três cavalos, cinco cabras, dois porcos e dois bois. Na parte
traseira, havia um pequeno galinheiro entre o celeiro e a casa. Era tudo dele. Até
o último ponto deste lugar era seu futuro. O futuro que ele decidiu que queria há
três anos após o trágico acidente que mudou o curso de sua vida para sempre. O
segundo maior segredo que ele já evitara proferir em voz alta.

***
Alex estava em um sono profundo, quando foi atacada por uma grande
criatura peluda. Suas presas afiadas e babadas para fora e arranhando seus
braços, fazendo-a sentar-se e empurrar a criatura de cima dela. Se sentiu mal
quando o pequeno cachorro de três pernas saiu voando do seu colchão e caiu
com um pequeno baque no chão ao lado de sua cama.
— Oh, Buddy, eu sinto muito.
Ela pegou o cachorro pequeno, apenas para tê-lo fugindo para longe. Ela
pulou da cama e correu atrás da pequena coisa. Ele era surpreendentemente
rápido para um cachorro de três pernas, mas ela finalmente o encontrou na
cozinha. Ela estava sobre suas mãos e joelhos e acabando de pegá-lo deu-lhe um
abraço e acariciou o rosto em seu pelo macio, quando ouviu alguém limpar a
garganta.
Olhando para cima através de seus cabelos bagunçados, ela
engasgou. Grant estava sentado com Chase à mesa da cozinha. Chase tinha um
sorriso no rosto, mas Grant parecia preferir estar em qualquer lugar, menos
sentado à mesa da cozinha. Seu rosto estava vermelho, o que só fez com que seus
olhos azuis ficassem ainda mais azuis.
Colocando o pequeno cão de volta em suas três pernas, ela rapidamente
se levantou e viu os olhos de Grant viajar sobre ela. Olhando para baixo, para si
mesma, sorriu um pouco quando percebeu que sua blusa de seda branca e short
eram quase completamente transparentes. Ela comprou-os na Victoria’s Secret
no mês passado, e esperava que fosse uma surpresa de casamento para Travis,
mas depois do que aconteceu algumas noites atrás, ela começou a usar tudo o
que ela comprou para dormir, trapaceando... Balançando sua cabeça, ela limpou
sua mente de Travis. Então percebeu que esta era a primeira vez em dois dias
que ela estava fora de sua cama e que deveria estar horrível. Virando
rapidamente, ela saiu correndo da sala sem dizer uma palavra.
Indo para o banheiro, ela pulou no chuveiro e tentou não pensar sobre a
última vez que viu Grant. Como ela poderia ter se deixado ficar tão empolgada
com o beijo? Ele mexeu tanto com ela que esteve em sua mente constantemente
nos poucos dias.
Depois de tomar banho, ela teve a ideia de limpar sua mente, indo a um
longo passeio a cavalo depois de pegar um pouco de comida. Vestiu-se
rapidamente com suas roupas de montaria e ficou um pouco triste quando voltou
para a cozinha e viu que Grant já não estava mais. Chase e Lauren estavam
sentados à mesa, comendo sanduíches.
— Bom dia. — Ela disse enquanto caminhava até a cafeteira e se servia de
um copo grande.
— Boa tarde. — Disse Lauren e olhou por cima do copo para a irmã.
— Sim, bem. Suponho que seja. O que Grant Holton estava fazendo aqui?
— Ela se inclinou para trás na bancada e deu um longo gole de café morno.
Chase, na verdade, deu uma risadinha, então respondeu:
— Conseguindo uma gata.
Lauren riu, então ela tossiu e voltou a ler o jornal.
— Realmente engraçado. — Alex sorriu um pouco para seu cunhado.
— Você realmente deveria investir em um robe. — Disse Chase,
inclinando-se para trás na cadeira.
— Eu tenho vários. — O queixo de Alex subiu e seu sorriso cresceu ainda
mais. — Mas quando essa besta de três patas de vocês vai à espreita e ataca uma
pessoa dormindo, você não espera que eu pare e vista um roupão para perseguir
o animal através da casa, não é?
Chase olhou para seus pés no cachorro dormindo em questão.
— Besta? — Suas sobrancelhas se ergueram. — Você ouviu isso,
Buddy? Você nunca foi chamado a besta antes. — O sorriso de Chase ficou ainda
maior. — Ele tem sido chamado de muitas coisas... — Ele marcou-os com os
dedos enquanto falava. — Tripé, atarracado, manco, e meu favorito, livre, mas
nunca besta.
Alex riu.
— Ok, então o cachorrinho me acordou de um sono profundo, e eu
acidentalmente o lancei para fora da minha cama.
Ela se aproximou e pegou o cão dormindo e o levantou. Seus olhos se
abriram e sua cauda começou a abanar quando ele colocou beijos molhados por
todo o seu rosto.
— Eu apenas tentava me desculpar com o cachorrinho, e não sabia que
você tinha companhia. Acho que vou até a casa dele e pedir desculpas.
— Oh, por favor. — Disse Haley quando entrou na sala. Sem dúvida, ela
estava de pé atrás da porta ouvindo toda a conversa. Alex olhou para sua irmã
mais nova; ela parecia estar trabalhando no celeiro. Suas roupas estavam
cobertas de palha e suor. — Todos nós sabemos que a última coisa que Grant
quer de você é um pedido de desculpas.
Ela riu enquanto caminhava até a geladeira e pegou uma garrafa de água,
tomando um longo gole antes de fechar a porta.
— Além disso, ele ainda está lá atrás, carregando o feno que ele comprou
de Chase.
— Ele comprou feno de nós? — Alex foi até a janela da cozinha, mas o
celeiro bloqueava qualquer visão que não seja a frente de seu Ford escuro.
— Sim. Ele comprou a fazenda na estrada há um tempo, mas ele não teve
a chance de plantar qualquer feno em seus domínios nesta temporada. Tivemos
extra e poderia usar o dinheiro. — Disse Lauren, olhando para o jornal.
— Eu vou para um passeio. — Disse Alex, em seguida, virou-se e saiu sem
dizer mais nada.
Ela correu pelo quintal, mas abrandou quando chegou ao lado do
celeiro. Podia ouvi-lo mover os grandes fardos de feno, mas não podia vê-lo sobre
a caminhonete, que estava meio cheia de fardos. Olhando para trás, em direção a
casa, viu três pares de olhos que espreitavam para fora da janela da
cozinha. Endireitando os ombros, virou a esquina e bateu solidamente em um
peito nu, suado, cheio de músculos. Ela tentou dar um passo atrás, mas os
braços fortes a seguraram.
— Desculpe.
Ela sentiu-se cair para trás, em seguida, para frente, depois para trás
novamente. Finalmente, ela caiu de lado em um fardo de feno. O ar foi expulso de
seus pulmões quando um Grant muito suado e seminu caiu por cima dela.
Imediatamente, ela podia ouvir risadas vindas da casa e cerrou os dentes
quando tentou empurrar o homem pesado de cima dela. Ele estava molhando sua
camisa de suor. Agora ela precisava de outro banho, antes que pudesse
sair. Então, ela olhou para cima e perdeu o fôlego novamente.
O chapéu de Grant foi empurrado para trás em sua cabeça. Seus olhos
sorriam para ela, e seu sorriso era contagiante. Ela esqueceu tudo sobre seu
corpo suado deitado sobre o dela e começou a rir com ele. Ela nem sabia por que
estava rindo. Ele saiu de cima dela e o riso desapareceu. Os músculos de seus
braços incharam quando ele fez uma flexão para remover o corpo do
dela. Quando o riso parou, ele fez uma pausa e olhou para ela.
— Eu sinto muito, você está bem?
Ela assentiu com a cabeça, porque sua boca estava totalmente seca. Não
havia nenhuma maneira que ela teria sido capaz de formar uma única vogal, e
muito menos montar uma palavra inteira. Como ele foi de rechonchudo, menino
de óculos com espinha, para isso? Será que ele ainda precisa de óculos?
— Onde estão os seus óculos? — Ela perguntou olhando em seus olhos
azuis. Ela já havia percebido que seus olhos eram tão azuis por trás dessas lentes
grossas?
Ele sorriu um pouco e manteve-se acima dela.
— Eu fiz cirurgia a lazer há alguns anos.
— Oh.
Ela se sentiu estúpida deitada debaixo dele, mas realmente não queria
que ele se movesse no momento. Ela estava triste quando ele finalmente fez. Ele
estendeu a mão e a ajudou a ficar de pé.
— Eu acho que eu estava muito ocupado para observá-la em pé ali. — Ele
pegou alguns fios de feno de seu cabelo. — Eu não te machuquei, não é?
— Não. — Ela balançou a cabeça. — Você perdeu muito peso, você está
magro.
Ela imediatamente se arrependeu de suas palavras e corou um pouco.
Suas sobrancelhas se ergueram, em seguida, um rápido sorriso se formou em
seus lábios.
— Obrigado, eu acho.
— Eu só quero dizer que... você parece bem.
Ela mordeu a língua e jurou não falar com ele novamente até que ela
pudesse dizer algo mais inteligente. O que estava fazendo? Ela era boa em
flertar. Esta não era ela divagando como uma estudante ignorante. Ela
geralmente fazia homens corar, e não o contrário.
Agora, seu sorriso cresceu a um sorriso cheio, até mesmo seus olhos
brilhavam.
— Você parece bom, seguro de si mesmo.
Ela olhou para os olhos dele, segurou seus ombros para trás um pouco,
em seguida, estendeu a mão e fixou seu chapéu, endireitando-o na cabeça. Ela
estava feliz quando viu seu rosto ficar um pouco rosa.
— Pronto, agora você está perfeito.
Ela sorriu.
Capítulo 03

As mãos de Grant tremiam, então ele as empurrou profundamente em


seus jeans. Ele percebeu tarde demais que tinha um par de luvas de couro grossa
e acabou parecendo um tolo. Alex riu, um pequeno som tão bonito, mas ele se
perguntou quando perdera o controle
— Vou montar mais tarde.
Ela deu um passo mais perto dele e a imagem dela em pé na cozinha um
tempo atrás surgiu em sua mente. Ela ficou na frente da janela ensolarada com
nada além de um pedaço de seda transparente. Ele esperava que a imagem
nunca deixasse sua cabeça. Sua mente esteve tão nebulosa que ele não ouviu o
resto do que ela disse.
— Huh? — Ele limpou a garganta e tentou dar um passo atrás.
Ela sorriu e moveu-se com ele, em seguida, deu mais um passo até que
ela estava apenas uma respiração longe dele.
— Eu perguntei se você gostaria de ir a um passeio comigo
Uma imagem dos dois enrolados brilhou tão rapidamente na frente de
seus olhos, ele sabia que ficara alguns tons de vermelho.
— Hum, claro. Eu só tenho que terminar de carregar.
Ele fez um gesto em direção à caminhonete quase cheia. Ele simplesmente
não conseguia pensar quando ela estava quase se pressionando contra ele. Tão
perto, de fato, que ele podia sentir a doçura dela.
Ele virou para terminar a tarefa e ficou um pouco nervoso quando ela
sentou em um grande fardo de feno para vê-lo. Ele tentou fazer a tarefa de forma
rápida e terminou em tempo recorde. Assentando o feno, ele foi até a cerca onde
deixou sua garrafa de água e tomou um gole. A mulher estava tentando matá-
lo. Quando ela estava por perto, ele simplesmente não conseguia se
controlar. Seu coração pulava como se fosse uma lebre que está sendo
perseguida. Forçou-se a pensar sobre as tarefas que ele ainda tinha para
completar na fazenda; era tudo o que podia fazer para manter sua mente fora
dela e em seu trabalho.
Quando ele pegou a camisa da cerca e começou a puxá-la sobre a sua
cabeça, ele pensou ouvir um gemido baixo dela. Virando-se, levantou as
sobrancelhas e perguntou:
— Você está bem?
Ela suspirou e sorriu.
— Apenas tonta. Você está pronto? — Ela se levantou e esperou ele
caminhar em sua direção.
— Claro. Você tem um cavalo para emprestar?
Ele a seguiu até o celeiro escuro.
— Claro, você pode montar Carl. Ele é relativamente novo, mas provou ser
um gigante gentil.
Ela sorriu e caminhou até uma baia onde um grande cavalo de cor clara
estava. Ele amava os animais, especialmente cavalos, então ele aproximou e,
depois de deixar Carl cheirar as mãos, começou a acariciar sua juba.
— Carl, hein? — Ele sorriu.
— Claro. Eu dei o nome a alguns dos animais. Eu sempre odiei dar a eles
nomes de animais. — Ela inclinou-se e, depois de olhar ao redor, sussurrou: —
Eu gosto que sejam nomes humanos, como Tanner ou Sandy. — Então ela ficou
para trás. — Depois de tudo, alguns deles são tão semelhantes aos humanos. —
Ela inclinou a cabeça e começou a esfregar Carl entre os olhos. O cavalo fechou
os olhos e abaixou a cabeça, aparentemente curtindo ser o animal de
estimação. — Carl ama o seu nome. — Ela deu um passo para trás e sorriu. — As
selas estão aqui. — Ela caminhou em direção à parte de trás do celeiro. — Faça a
sua escolha. — Em seguida, ela foi até uma sela bronze e a pegou, levando-a para
outra baia.
Ele levou o seu tempo escolhendo uma sela que se encaixava em sua
ossatura. Ele cresceu em torno dos cavalos e conhecia uma boa sela quando via
uma. Ele tinha uma boa sela, mas planejava comprar uma nova antes do próximo
ano.
Levou alguns minutos para encontrar o resto do equipamento, mas depois
de 15 minutos, ele teve Carl selado e pronto para ir.
Ela puxou um cavalo mais escuro para o quintal e estava terminando de
amarrar a sela quando Carl e ele saíram do celeiro.
Deixando Carl ao lado da cerca com as rédeas amarradas a um poste, ele
se aproximou e tomou Alex pelos quadris e ajudou-a a montar seu cavalo. Sua
cintura era tão pequena que os dedos quase a rodearam completamente. Ela
pesava quase nada e ele queria colocar as mãos sobre ela novamente, mas ele
caminhou até seu cavalo e montou em um movimento rápido e suave. O cavalo
empinou um pouco, em seguida, estabeleceu-se sem problemas depois de falar
com ele.
Inclinando-se para frente, ele acariciou sua crina.
— Bem. — Ele olhou para Alex — Para onde?
Ela sorriu e abaixou seu chapéu um pouco, deixando suas tranças cair
em um dos seus ombros. — Eu estava pensando para o sul e de volta. É em torno
de uma hora ir e voltar.
— Parece bom para mim. Mostre o caminho.
Ele balançou a cabeça e empurrou o chapéu um pouco mais para baixo
em sua cabeça para não perdê-lo se ela quisesse ir mais rápido.
Assim que começaram a sair do quintal, Haley correu para fora da casa.
— Alex!
Ambos pararam.
— Eu fiz um lanche. Eu sei que você esteve aqui por algumas horas, em
trabalho duro, Grant, por isso fiz alguns sanduíches e bebidas para você.
Ela entregou um alforje cheio e ajudou a amarrá-lo na parte de trás de seu
cavalo.
— Obrigado. — Ele sorriu para Haley. — Eu estaria faminto até voltarmos.
— Obrigada, Haley.
Alex sorriu para a irmã. Grant pensou ter visto humor nos olhos de Haley,
mas ele não a conhecia bem o suficiente para dizer se era isso ou outra coisa.
Eles fizeram o seu caminho lentamente através do campo norte. Aqui as
árvores e colinas do lado sul morreram, deixando vastos campos abertos de
feno. Ocasionalmente, uma grande árvore de carvalho aparecia, dando abrigo
para o gado que parava ou deitava debaixo dos galhos. Ele adorava essa parte do
Texas, embora preferisse as áreas mais arborizadas. Quando ele olhou ao redor
dos campos, ele podia imaginar como costumavam serem centenas de anos atrás,
quando os búfalos vagavam estas partes, selvagens.
— Você vai me dizer por que você realmente voltou? — Ela perguntou
depois de passarem por uma porteira.
— O que você quer dizer? — Ele olhou para ela.
Ela encolheu os ombros.
— Eu não sei. Há apenas uma coisa que você não está dizendo.
Ele riu.
— Você acha que alguém teria que ser louco para voltar para Fairplay?
— Não, não é isso. — Ela sorriu. — Mas, pelo que eu ouvi, você teve uma
vida fora bastante confortável. Todos na cidade estão se perguntando por que
você largou tudo para voltar para casa. E não me diga que é para ajudar o seu
pai.
Seus olhos se estreitaram e os lábios franziram um pouco.
Ele se virou e olhou para frente.
— Ele precisa da minha ajuda. Mamãe não pode levá-lo a diminuir o ritmo
e sua pressão arterial é maior do que ela gosta.
— Foi por uma garota? — Perguntou ela, inclinando a cabeça para ele.
— Foi o que uma garota? — Ele queria que o assunto mudasse
rapidamente.
— O que fez com que você voltasse correndo para casa.
Ele balançou a cabeça levemente, não querendo dizer mais nada. Ele
sabia que não era capaz de guardar segredos e decidiu que uma tática diferente
podia funcionar melhor.
— Que tal nós corrermos para a próxima cerca? — Ele acenou com a
cabeça em direção ao horizonte.
— Se eu ganhar, você vai me dizer? — Seu sorriso se espalhou,
iluminando os olhos. Ele não podia deixar de concordar. — Tudo bem. — Ela
disse por cima do ombro depois que já tinha arrancado com seu cavalo. Ele cavou
os calcanhares nos lados de Carl e enviou o cavalo atrás dela.
Levou tempo para alcançá-la, mas no meio do caminho para a cerca, Carl
começou a perder velocidade.
— Vamos, rapaz, nós podemos ganhar dessas duas. Mostre que você é
mais jovem e mais forte.
Ele incentivou seu cavalo. No momento em que estavam a poucos metros
da cerca, eles estavam lado a lado novamente. Quando Alex parou, o cavalo dela
estava apenas um pescoço na frente de seu. Ele sabia que ela iria persegui-lo até
que contasse a ela a história de por que ele voltara para casa. Mas isso não
significa que ele não poderia fazê-lo em seus próprios termos.
Puxando o cavalo ao lado do dela, ele sorriu para ela.
— Vamos encontrar alguma sombra e comer um lanche?
Ela estava sem fôlego, mas acenou com a cabeça. Parte dele pensou que
ele poderia ter empurrado o cavalo um pouco mais, mas ele segurou em seu
lugar. Talvez, subconscientemente, ele queria que ela soubesse por que ele
escolheu voltar para casa.
Eles levaram os cavalos ao longo da cerca, até que encontraram uma
pequena árvore com folhas verdes escuras que iria protegê-los do calor do sol de
verão.
Ele levou o seu tempo, arrumando um pequeno cobertor que Haley
dobrara no outro lado do alforje. Então ele começou a puxar pequenos recipientes
de comida e sorriu. Haley pensou em tudo. Havia sanduíches, batatas fritas,
fatias de maçãs e um recipiente de uvas, um pouco de queijo, e um par de
garrafas de água. Foi um longo tempo desde que ele se sentou sob a sombra de
uma árvore com uma garota e teve um piquenique.
— Isso é bom. — Ela se inclinou sobre os cotovelos no cobertor e assisti-o
organizar os pratos de comida. — Eu não estive em um piquenique, desde que as
minhas irmãs e eu ficamos em uma cabana no vigésimo terceiro aniversário de
Lauren. — Ela suspirou e tirou o chapéu, então inclinou a cabeça para trás.
— Travis nunca te levou a um piquenique? — Perguntou.
Ela riu.
— Travis nunca me levou a qualquer lugar, e muito menos a um
piquenique.
Seus olhos se abriram um pouco e ela olhou para ele.
— Eu terminei com ele, você sabe. Bem... — Ela se endireitou um
pouco. — Acho que não cara-a-cara, mas deixei uma mensagem de voz. — Ela se
ergueu e pegou um pedaço de queijo, mordiscando-o.
— Você não acha que algo como isso é necessário que se faça
pessoalmente?
— Ele teve a coragem de me dizer que estava me traindo? — Seus ombros
ficaram rígidos.
— Calma. — Disse ele. — Eu estou do seu lado, lembra? — Ele sorriu,
tentando levá-la a relaxar.
Ela balançou a cabeça, em seguida, fechou os olhos.
— Eu não quero falar sobre Travis mais. — Em seguida, ela se sentou e
olhou para ele. — Você prometeu que me diria o que fez você voltar a Fairplay.
Ela pegou o prato de comida que ele lhe ofereceu e o colocou na frente dela,
dando-lhe toda a sua atenção.
Ele suspirou.
— Você não vai deixar isso passar, não é?
Quando ela balançou a cabeça, ele suspirou novamente. Então, para
parar, ele pegou seu sanduíche de peru e deu uma grande mordida. Haley
embalara alguns pacotes de mostarda picante, e ele colocou. O sabor picante
inundou sua boca, e ele percebeu o quanto estava faminto.
Ele sempre amou comer. Ao longo dos últimos cinco anos, ele aprendeu a
ter um melhor relacionamento com isso, não só alimentos, mas seu corpo. Essa
foi a coisa mais difícil do mundo para ele perder o que a maioria das pessoas
chamam de gordura infantil. Ele sabia qual era a verdadeira razão dele sempre
estar acima do peso. Sua mãe. Para ser mais exato, a culinária sulista de sua
mãe. Ela acrescentou manteiga, gordura, açúcar e tudo o mais que não era
saudável para cada refeição. Ela também exigiu que ele terminasse seu prato, o
tempo todo.
Quando ele foi para longe, ele manteve sua dieta com fast food, pizzas, e
qualquer outra coisa que pudesse colocar as mãos nos dormitórios. Sendo um
dos mais jovens estudantes universitários de Harvard tinha pagado um preço
com sua saúde, para não falar de seu estado mental. Ele foi escolhido para
apanhar, e, ainda uma vez, trancado para fora dos dormitórios durante uma
tempestade de neve.
— Você sabe como eu costumava ser. — Ele olhou para ela e viu a
compreensão atravessando seu rosto.
— Você quer dizer, estar um pouco acima do peso?
Ele riu.
— Isso é colocá-lo educadamente, mas sim. Levei os primeiros anos em
Harvard para me encaixar. Mesmo assim, eu sempre fui um pouco solitário. O
oposto completo de como eu me sentia aqui. Claro, eu sabia que as crianças
sempre zombavam de mim, mas na maior parte, eu ainda considerava todos aqui
meus amigos. — Ele deu outra mordida, então jogou algumas uvas em sua boca e
mastigou. — Não foi até que eu comecei a trabalhar para o escritório de advocacia
em Boston que eu comecei a pensar em voltar para casa. As horas eram longas e
o trajeto era uma cadela. — Ele olhou para ela e fez uma careta. — Desculpe. —
Ela sorriu e acenou com a cabeça, então ele continuou. — Então eu conheci
Sam. Eu me enchi com comida italiana uma noite, e a culpa obrigou os meus pés
a me levarem a um ginásio. Sam era um treinador lá, e ele deu uma olhada para
mim e recusou-se a deixar-me sair até eu prometer que estaria de volta na
primeira hora da manhã com um par de tênis e moletom. — Ele sorriu. —
Quando um construtor de corpo de duzentos quilos ameaça caçá-lo, você tende a
aparecer mais cedo. Durante o próximo ano, ele me ensinou a comer direito, fazer
exercício e ficar saudável. Então, um dia, eu entrei na academia e ele estava
trabalhando com Terry. Terry era sua irmã mais nova. Uma coisa levou a outra e
começamos a namorar. — Ele pegou a garrafa de água e bebeu profundamente.
— Você ainda a ama? — Ela perguntou, terminando seu sanduíche.
Ele balançou a cabeça.
— Eu nunca amei Terry. Ela era mais como uma amiga com quem eu
convivia. Terry não vê dessa forma. —Ele franziu a testa, olhando para o seu
meio-comido sanduíche, sentindo a sensação de vazio no estômago. — Ela era o
que você chamaria de alta manutenção. Ela sempre quis que eu escrevesse para
ela, atualizasse o meu status online com tudo o que fazíamos. Ela queria que
tirássemos fotos para que ela pudesse publicá-las. Isso me deixou louco. — Ele
revirou os olhos.
Alex riu, e ele parou para olhar para ela. Ela encolheu os ombros.
— Todo mundo conhece alguém assim. Eu não sou um desses tipos de
pessoas. Eu nem sequer tenho uma conta no Facebook. — Disse ela.
Ele sorriu.
— Eu também não, ou não tinha, até que ela abriu uma para mim e
assumiu. Bem, com um ano de relacionamento decidimos ir de carro com Sam e
sua namorada para a praia. Até então, a minha relação com Terry ia muito bem,
se você não contar a atualização compulsiva que ela tinha. Eu perdi todo o meu
peso e trabalhava com Sam para ajudar com seu projeto com os jovens. Ele
visitava gratuitamente clínicas para jovens com excesso de peso, e eu comecei a
participar junto, conversando com as crianças. Era estranho ver o quão longe eu
cheguei aos olhos dessas crianças. — Ele balançou a cabeça e tomou outro gole.
— Isso é maravilhoso. — Ela sorriu para ele. — Eu aposto que você
realmente os ajudou.
Ele assentiu com a cabeça.
— Na viagem... — Ele respirou fundo e fechou os olhos. — Estávamos a
meio caminho da costa, em direção a um lugar um pouco fora de Portland. Sam
estava dirigindo, e ele desviou para evitar um cervo. O carro rodou e bateu de
frente em uma árvore.
— Oh! — Ela engasgou.
— Sam morreu com o impacto. — Seu coração ainda dói quando ele pensa
nisso. — Terry, eu e a namorada de Sam, Julie, acabamos com apenas pequenos
arranhões. — Seus olhos ardiam quando ele se lembrou dele, vendo seu amigo
Hércules dessa forma. — As coisas mudaram depois do acidente. Terry ficou
alterada. Ela tornou-se mais obcecada. Ela sempre queria saber onde eu estava,
com quem eu estava. No começo eu achei que era a sua maneira de se recuperar
da morte de seu irmão, mas depois eu entrei na minha conta do Facebook, e ela
postara que estávamos prestes a nos casar. — Ele balançou a cabeça. — Então.
— Ele suspirou — Eu terminei. Eu me senti terrível, mas eu não estava pronto
para me comprometer com ela. — Ele balançou a cabeça.
Ele não sabia por que era tão importante o que Alex pensava dele, mas ele
estava segurando a respiração até que ela falou. Até que ela disse a ele o que
pensava dele.
Quando ela se aproximou e pegou a mão dele, ele podia ver o olhar sincero
em seus olhos.
— Você fez a coisa certa ao terminar as coisas. Acho que nós dois
fizemos.
Capítulo 04

— Como ela reagiu? — Perguntou Alex, depois de um momento de


silêncio.
Ele balançou a cabeça e franziu a testa.
— Não muito bem. Ela postou coisas online que acabou por levar a
empresa em que eu trabalhava a questionar seriamente se eles queriam que eu
continuasse trabalhando lá.
— Que horrível. Cadela.
Ela viu quando ele sorriu e seus olhos se suavizaram.
— Eu acho que ela estava apenas mal orientada. Perder seu único irmão
soltou algumas coisas em sua cabeça. Pelo menos eu gosto de pensar assim.
— E lá estava eu, preocupada em terminar com Travis. — Ela balançou a
cabeça e sentiu seu estômago afundar um pouco. — Não é que eu não queira
magoá-lo depois do que ele me fez passar. — Ela balançou a cabeça. — Eu
gostaria de pendurá-lo em cima da maior árvore de cabeça para baixo. — Grant
riu. — É só que ele sempre parece saber o que falar para voltar comigo. Nós
terminamos umas dez vezes ao longo dos últimos três anos. — Ela deixou
escapar. — Eu não sei como ele faz isso. Um minuto estamos separados, o
próximo estamos juntos novamente. — Ela franziu a testa para baixo em suas
mãos. — Eu tenho medo de não ter força em mim para enfrentá-
lo. Especialmente agora que isso realmente importa.
A mão dele foi até seu queixo e puxou seu rosto até que ela estava olhando
em seus olhos azuis.
— Talvez vocês apenas não tiveram o motivo certo para ficarem separados.
Ele inclinou-se para ela e sua respiração ficou presa.
Então sua boca estava sobre a dela, e suas mãos a puxando para mais
perto. Ele cheirava a suor e couro de sela, e a mistura foi inebriante para ela. Sua
pele enviando pequenos arrepios em todos os lugares que ele a tocou. Sua língua
tocou suavemente os lábios até que ela se abriu para ele, jogando a ponta da
língua sobre a dele, timidamente. Então, ele inclinou a cabeça e aprofundou mais
o beijo. Ela gemeu e passou as mãos até sua calça jeans, tocando os dedos sobre
os músculos que encontrou em suas coxas. Ele a puxou para mais perto até que
estava quase sentada em seu colo. Arrastando beijos em seu pescoço, ele abriu os
botões em sua camisa xadrez. Ela usava uma regata por baixo. Ele empurrou a
camisa de seus ombros, a afastou e olhou para ela. Apenas olhou. Ela nunca foi
olhada assim antes. Como se fosse algo precioso. Algo a ser estimado. Isso a fez
ficar quente até desejar que ele a tocasse, em todos os lugares e rapidamente.
Em seguida, ele a beijou novamente, e eles caíram para trás sobre o
cobertor. Sua camisa foi aberta, permitindo-lhe passar as mãos sobre o material
da sua regata enquanto beijava seu caminho até seu pescoço. Ele empurrou sua
regata para cima, lentamente, deixando seus dedos andar para cima até que ele
segurou-a delicadamente. Sua cabeça rolou para trás e ela gemeu de prazer
quando seus dedos beliscaram os mamilos suavemente. Ela arqueou as costas,
tentando se aproximar, empurrando seu peito em suas mãos ainda mais. Sentiu-
o sorrir ao lado de sua pele e colocou os dedos em seus cabelos, puxando-o para
onde ela queria que ele fosse. Sua boca quente pairava sobre seu botão sensível,
o qual se enrugava através do material macio. Finalmente, ele baixou a boca,
usando sua língua para molhar o algodão, enviando ondas de prazer pulsando
através de seu corpo inteiro. Ela enrolou as pernas em torno de seus quadris,
puxando-o ao lado dela quando sentiu seu desejo contra seu núcleo.
Ela o queria. Ela o queria agora. Em seus campos, na toalha de
piquenique. Ela se moveu lentamente, esfregando o núcleo contra sua ereção. Ele
engasgou, então gemeu e continuou a brincar com seus mamilos. Quando ele
puxou sua camisa para cima, expondo-a para o calor do dia, ela suspirou. Ele
olhou para ela, sua mão descansando em sua lisa barriga quando ele sorriu.
— Maravilhosa.
Ele murmurou apenas antes de mergulhar a cabeça e colocar sua língua
em sua pele nua. Ela colocou a mão sob a camisa dele, puxando e puxando até
que, finalmente, ele sentou e a jogou de lado, em seguida, rapidamente voltou
para onde havia parado. Ele correu sua boca sobre cada centímetro de sua pele
exposta. Suas mãos percorreram seus músculos, ombros, peito. Então, ela se
inclinou e provou sua pele aquecida. Sal e pecado. Ela nunca experimentou nada
parecido. Ele tinha gosto de homem e se sentia absolutamente maravilhoso
pressionando-a para baixo no cobertor.
Quando estendeu as mãos para os botões da calça jeans, suas mãos se
aproximaram dela e a afastou. Ela deve ter feito um barulho, porque ele riu.
— Temos tempo de sobra. Não precisa ter pressa. — Disse ele contra seu
umbigo. — Deixe-me apenas saborear você.
Ele liberou as mãos ao passar os dedos sobre seus quadris, então ele
puxou levemente, baixando a calça jeans até que suas calcinhas brancas foram
expostas.
— Maravilhosa. — Disse ele novamente. — Sua pele é tão suave aqui. —
Ele correu um dedo levemente em seus quadris. — E aqui.
Ele atravessou seu estômago lentamente, tomando o tempo para
mergulhar o dedo um pouco abaixo do umbigo.
— Eu quero tocar em você, cada centímetro.
Ela olhou em seus olhos e viu o calor lá que combinava com seu próprio.
— Sim, por favor.
Ela pegou suas mãos, só para ele agarrar seus pulsos novamente. Então,
ele sorriu para ela e balançou a cabeça.
— Você vai rápido demais.
Ele colocou as mãos ao seu lado, em seguida, lentamente abriu o zíper da
calça jeans, puxando-os para baixo até alcançarem os joelhos e botas. Ele
balançou a cabeça e riu.
— As botas são sempre o problema. Vamos deixá-las por agora.
Ela queria protestar, mas ele abaixou a cabeça novamente e estava
passando a boca onde seus dedos acabaram de estar. Suas mãos foram para seu
cabelo de novo, apreciando as ondas suaves que sentia lá. Quando sua boca
mergulhou mais baixo e ficou pouco acima de sua calcinha, ela pensou que
ficaria louca de desejo. Travis nunca, jamais a levou a querer tanto assim
antes. Olhando para baixo para a cabeça de Grant, ela sorriu. Grant não era
Travis, o único homem com quem ela já estivera assim antes. Grant não seria o
amante egoísta que Travis sempre foi, nunca a levando ao ponto do prazer antes
que ele tivesse o próprio.
Grant puxou sua calcinha para o lado e colocou a língua em sua pele
sensível, fazendo-a levantar seus ombros do cobertor, com as mãos em punho em
seu cabelo enquanto ele lambia, usando sua boca e língua espalhando sobre a
pele sensível. Suas mãos agarraram seus quadris, mantendo-a imóvel enquanto
ele repetia o movimento mais e mais até que ela fechou os olhos e gritou com a
sua libertação.
Alexis ficou lá, olhando para o céu através da cobertura espessa de folhas
nos ramos acima dela e percebeu que teve seu primeiro orgasmo. Por que, oh, por
que não ela teve isso anos atrás? Ela sabia a resposta assim que sua mente fez a
pergunta. Travis.
Em seguida, os olhos azuis vieram pairar sobre ela e ela sorriu quando
Grant olhou para seu rosto.
— Você acha que foi distração suficiente?
Ela sorriu ainda mais e puxou-o para baixo em direção a ela.
— Eu não tenho certeza. Talvez seja melhor você terminar o trabalho.
Ele riu.
— Da próxima vez. Eu acho que é hora de voltar. Eu tenho que
descarregar todo esse feno hoje à noite.
Ele a ajudou a colocar as calças novamente, mas antes que ele permitisse
que ela puxasse a camisa de volta para baixo, ele correu os dedos sobre sua pele
macia, uma última vez.
— Maravilhosa. — Ele sorriu para ela.
Ela o assistiu colocar a camisa de volta e pensou a mesma coisa sobre
ele. Da próxima vez, ela pensou. Ela se certificaria de que houvesse uma próxima
vez, e isso significava lidar com Travis de uma vez por todas.
Quando voltaram ao celeiro um pouco menos de uma hora depois, ela
estava tão relaxada que quase não viu a caminhonete azul estacionada na frente
de seu carro. Quando ela viu Travis sentado atrás do volante, os ombros se
endireitaram, e ela sentiu uma dor aguda no lado esquerdo de sua têmpora. Ela
sabia que precisava lidar com ele, mas ela esperava fazê-lo mais tarde essa
semana.
— Quer que eu fique por aqui?
Grant sussurrou enquanto a ajudava a descer do cavalo. Ela balançou a
cabeça, e ele acenou com a cabeça em Travis quando ele se aproximou.
— Ei você aí, Grant.
Travis se aproximou e deu um beijo na boca dela. Ela não teve qualquer
momento para evitá-lo, e quando ela virou a cabeça, ele já alcançara à metade de
seus lábios. Ele tinha gosto de cigarros e cerveja. Ela empurrou-o e entregou as
rédeas do cavalo para Grant, que caminhou com os cavalos para o celeiro.
— Eu não gosto desse cara atrás de você. O que ele está fazendo aqui?
Travis deu poucos passos para longe, para a parte traseira da
caminhonete de Grant.
— Carregando feno. — Ela assentiu com a cabeça em direção a
caminhonete.
— Bem, os homens que trabalham para você não devem ter as mãos em
cima de você. Não está certo. Você é a minha noiva, afinal.
Ela deu um passo para longe dele.
— Não, eu não sou. Não mais. Especialmente depois do que você e
Savannah fizeram em sua caminhonete no meu aniversário.
Ela observou os olhos bem abertos, quando ele ficou chocado. O
pensamento de Travis e Savannah transando virou seu estômago. Quanto tempo
estava acontecendo?
— Escute... — Ele a pegou pelo braço e puxou-a para a parte de trás do
celeiro, onde ninguém iria ver ou ouvi-los. — Eu estava bêbado, você sabe disso.
Depois que você foi embora, Savannah se aproximou e começou a me atacar. Eu
não queria dormir com ela.
Ela engasgou.
— Você realmente dormiu com ela? — A voz dela subiu para um tom
alto. — Você dormiu com ela no meu aniversário? — Ela se abaixou e tirou o anel
de seu dedo e jogou-o no peito dele. — Adeus, Travis. Eu não quero falar com
você ou te ver na minha propriedade novamente. Se fizer isso, eu vou atirar na
sua bunda gorda.
Ela virou e entrou na casa, tremendo todo o caminho até o quarto dela,
onde bateu a porta e sentou-se calmamente em sua cama. Nos dois primeiros
minutos, sua mente estava em branco, enquanto ouvia a caminhonete de Travis
indo embora. Então ela soltou a respiração que estava segurando e se sentiu
livre. Pela primeira vez em anos, se sentiu livre. Ela nunca pensou em seu
relacionamento como um fardo antes, mas de alguma forma, passar as últimas
horas com Grant a obrigou a abrir os olhos para as possibilidades que estavam lá
fora. Não apenas fisicamente. Saber o que Grant passou em Boston realmente a
ajudou a colocar as coisas em perspectiva.
Ela não precisava de Travis. Ela não precisava de nenhum homem. Claro,
ela gostava de ter um em seu braço, mas o pensamento de entrar em outro
relacionamento como o que teve com Travis não parecia atraente para ela. Ela iria
viver a sua vida, fazer o que ela queria, pelo menos uma vez.
Olhando ao redor do quarto, ela percebeu que não sabia exatamente o que
era. Ela namorou Travis desde uma semana depois de seu aniversário de
dezessete anos. Ele foi o único homem que ela deixou tocá-la, até hoje. Sua
mente se virou e uma imagem da cabeça de Grant a satisfazendo apareceu em
sua mente. Ela corou, e sentiu-se derreter e ficar molhada com o pensamento do
que ele fez. Travis nunca fez nada parecido. Oh, ela sabia que era possível, uma
vez que suas amigas falavam abertamente sobre seus relacionamentos, mas
nunca aconteceu com ela antes.
Pensando nisso, ela percebeu que havia muito que não experimentara
antes. Talvez Grant fosse o homem certo para mostrar a ela tudo o que
faltou? Afinal de contas, não havia medo dela se apaixonar por ele, já que ela
sempre pensou nele como o cara bom, e todos na cidade sabiam que não havia
nenhuma maneira de ela se apaixonar por alguém tão puro.

***

Grant praguejou no celeiro vazio pela décima vez. O suor cobria cada
centímetro de seu corpo e todos os músculos do seu corpo doíam. Seus jeans
estavam completamente cobertos de suor, poeira e feno. Ele olhou para os
animais observando-o a partir do piso principal em seu celeiro e riu. Eles
realmente pareciam preocupados por ele.
— Não se preocupe gente, eu vou ter isso descarregado hoje.
Ele voltou para transportar os feixes e ao subir as escadas se perguntou
por que não contratou alguém para ajudá-lo a descarregar tudo. Não apenas
passou os últimos dois dias fazendo suas tarefas normais ao redor do lugar, como
passou tanto tempo quanto podia puxando o feno sobre as escadas para seu
sótão.
Os últimos dois dias foram um inferno, não só em seu corpo; sua mente
se recusava a parar de se concentrar no piquenique com Alex. Ele não conseguia
parar de pensar nela, o doce gosto em sua língua. Levou toda a sua força de
vontade parar naquele dia, debaixo da árvore.
Ele sabia que ela estava superando um rompimento difícil e não queria
que ela o usasse. Como se ele tivesse usado a ela. Inferno. Ele xingou a si
mesmo. Ele fez o que fez para um propósito. Então, ela saberia o quão bom ele
poderia ser. Para mostrar a ela o que poderia ser. Ele queria tomá-la ali mesmo,
mas algo dentro dele havia parado. Ela não estava pronta. Ele sabia disso.
No final, ele levou muito mais tempo para descarregar a caminhonete,
então, teve que carregá-lo, porque ele continuava parando e pensando nela. No
momento em que entrou em sua casa, na terceira noite, tudo o que podia pensar
era em chuveiro e cama. Quando ele entrou, viu a pequena luz vermelha
piscando em sua secretária eletrônica, o que o fez perceber que ele não foi à
cidade comprar um novo telefone celular. Desde que estava gostando de se
esconder do mundo, não se importava de ter apenas a linha de casa e uma antiga
secretária eletrônica.
Apertando o botão, ele ouviu a sua mãe lembrá-lo sobre algum jantar com
convidados de fora do estado e dizer que ele não deve esquecer-se de usar a nova
gravata que ela comprara para ele. Foi só na metade do seu banho que ele se
lembrou que o jantar que sua mãe falou era esta noite. Ele gemeu e olhou para o
relógio na parede do banheiro. Ele devia estar na casa de seus pais, em menos de
uma hora. Ele gemeu novamente.
Forçando seus músculos cansados a sair do banho, ele vestiu suas
melhores roupas e a gravata que sua mãe queria que ele vestisse. Ele desejou que
sua irmã mais nova, Melissa, estivesse na cidade em vez de frequentar a
faculdade em Dallas. Então, talvez, sua mãe não estaria tentando alimentá-lo o
tempo todo.
Em sua última visita, ele finalmente convenceu o pai de que ele era
homem o suficiente para encher seu próprio prato, em vez de deixar sua mãe
fazer uma pilha de frango e purê de batatas fritas de um quilômetro de
altura. Sua mãe não foi tão feliz. Ela continuou a tentar esgueirar mais comida
em seu prato, alegando que ele estava ficando muito magro.
Quando ele dirigiu-se a simples casa de um andar, ele viu dois carros que
não reconheceu. Exatamente o que ele queria, um jantar com um bando de
estranhos. Quando ele entrou na casa, podia ouvir a risada de sua mãe do
caminho para a sala. Havia um casal mais velho sentado no sofá. Ele se
aproximou e beijou sua mãe na bochecha, esperando para ser apresentado.
Sua mãe deu um pulo da cadeira e deu um tapinha no braço dele. —
Oh! Aqui está ele. Roger, Regina, este é o nosso filho, Grant.
Os dedos de sua mãe cavados nas costas dele, forçando-o a dar um passo
à frente e apertar a mão deles. Ele deve ter murmurado algo como: — Como vão
vocês?
Porque ambos assentiram e responderam. Em seguida, seu pai entrou
pela porta dos fundos, seu avental do churrasco em volta do seu barrigão.
— Oh, você está aí meu menino. Eu estava dizendo a Terry que você
chegaria em breve.
O coração de Grant começou a bater mais rápido. Ele sentia cada veia em
seu corpo correndo e batendo freneticamente. Quando sua ex-namorada entrou
na casa de seus pais segurando um copo de vinho na mão, a sua cabeça quase
explodiu. Ela tinha um grande sorriso colado no rosto e um olhar preocupado em
seus olhos.
— Me dê licença por um momento? — Disse ele entre os dentes, então ele
agarrou seu braço e saiu com ela. Quando ficaram sozinhos, ele se virou para ela.
— O que diabos você está fazendo aqui?
— O quê? — Ela olhou para ele chocada. — Você não recebeu minhas
mensagens? Meus pais foram me visitar na Califórnia e queriam conhecê-lo. —
Ela olhou para suas mãos. — Por causa de Sam. —Ela cruzou os braços sobre o
peito, em seguida, olhou para ele.
— Esses são os seus pais? — Ele se virou e olhou para a
casa. Simplesmente ótimo, pensou. — O que você disse a eles sobre nós? — Ele se
virou para ela, prendendo-a com um olhar.
Ela tentou evitar sua resposta passando por ele, mas ele agarrou seu braço
novamente. Ele não a viu em quase um ano. Além do fato de que seu cabelo
estava mais curto, mais nada havia mudado, e parecia que a maneira que ela
pensava sobre ele também não.
— Terry. O quê?
— Eles ainda podem pensar que nós somos noivos, já que eu nunca
realmente atualizei nossa página no Facebook. — Ela suspirou e desviou o olhar.
— Eu não vou fazer isso. — Ele virou e entrou na casa de seus pais, Terry
em seus calcanhares. — Sr. e Sra Walkins. — Ele esperou até que os dois
olharam para ele. — Eu quero que vocês saibam que Terry e eu nunca estivemos
realmente noivos e que nós terminamos mais de um ano atrás. — Ele sentiu as
unhas de Terry cravar em seu braço. — Sinto muito sobre Sam. Ele foi um dos
meus melhores amigos por mais de cinco anos. Não há um dia que passa que eu
não me lembre de seus conselhos e treinamento. Mesmo contra uma das
melhores cozinheiras do Sul. — Ele acenou com a cabeça em direção a sua mãe,
que sorriu de volta para ele, com as mãos passando por cima de seu coração. —
Sinto muito que vocês vieram até aqui para me encontrar sob a suposição de que
estávamos noivos. Espero que não tenham sido enganados. — Ele esperou.
— Obrigada. — A mãe de Terry, Regina, levantou-se e sorriu para ele. —
Assumimos que seu relacionamento havia terminado assim que ouvimos que você
voltou para casa e Terry ainda estava morando em Boston. — Seu marido estava
ao lado dela. — Espero que isso não vá atrapalhar o jantar maravilhoso que seus
pais planejaram para nós. O cheiro dos bifes que seu pai está grelhando está
delicioso e sua mãe me prometeu uma cópia da receita de sua torta de pêssego.
Ele sorriu rapidamente.
— Nem um pouco. — Então ele estendeu a mão novamente e apertou a
mão de Roger, mais uma vez. — É realmente uma honra conhecê-lo.
Três horas mais tarde, ele estava de volta a sua casa, pensando em como
Sam e Terry vieram a serem alguns dos melhores amigos que ele teve em
Boston. Terry ainda tinha suas peculiaridades, mas no momento em que sua mãe
serviu a sobremesa, ele acreditava que Terry não estava mais sob o pressuposto
de que eles eram um casal.
Eles falaram sobre o negócio on-line que o pai de Grant estava tentando
começar com ele. Ele estava a bordo, mesmo sabendo que muito provavelmente
seria ele fazendo todo o trabalho. Era um local de aconselhamento jurídico que
ajudaria aos clientes com arquivamentos legais básicos e papelada. Eles
contrataram uma empresa em Houston para criar o site e eles fizeram todo o
trabalho visual para eles. Tudo o que eles deixaram foram algumas pequenas
coisas básicas, que seu pai cuidava atualmente. Seu pai falou detalhadamente
sobre o negócio com Regina e Roger. Eles estavam tão interessados que seu pai
retirara seu laptop e eles passaram quase uma hora olhando tudo. Agora os olhos
de Grant estavam queimando, bem como todos os músculos do seu corpo.
Quando ele chegou a sua cama depois de tirar as botas e a gravata, ele
caiu de cara no seu colchão macio e dormiu imediatamente.
Capítulo 05
Alex trabalhava na Mama’s Dinner desde seu segundo ano. Ela adorava
trabalhar para Jamella, também conhecida como Mama, a proprietária. Jamella
estava na casa dos sessenta anos e era grande o suficiente para que a maioria
das pessoas lhe desse espaço e respeito. Mama’s Diner era dela, nos últimos vinte
anos. Jamella sabia de todos e de tudo o que havia para saber sobre a pequena
cidade de Fairplay.
Mama foi como uma mãe de aluguel para Alex desde que sua mãe morreu
quando ela tinha apenas seis anos. Desde então, Jamella tratou as três irmãs
como se fossem suas, e elas a adoravam por isso.
Não só Alex amava o trabalho, ela amava as pessoas. Ver quase todo
mundo na pequena cidade tinha suas vantagens. Você sempre estava atualizada
sobre as fofocas e era a primeira a ouvir qualquer notícia. Ela até gostava de
trabalhar lá quando isso significava servir a mulher que terminara seu noivado.
Após alguns dias depois de seu piquenique com Grant ela acidentalmente
derramou um prato inteiro de espaguete sobre o vestido de renda branca de
Savannah Douglas. Ela se desculpou enquanto usava o pano sujo da cozinha
para ajudá-la a limpar a bagunça de seu vestido novo. Assim que Savannah
gritou alto o suficiente para que todos nos dois próximos municípios pudessem
ouvi-la, ela marchou para fora do restaurante, ameaçando processar Mama.
Quando Alex voltou para a cozinha, Jamella e Willard, o cozinheiro de
longa data, riam tanto que Alex teve que rir também
— Você com certeza mostrou a essa menina. Talvez agora ela mantenha as
mãos oleosas para si mesma. — Disse Jamella em seu sotaque de Louisiana. Ela
sorriu e deu um tapa no ombro de Willard.
— Me senti bem.
Alex cruzou os braços sobre o peito e encostou-se na bancada,
sorrindo. Mas seu bom humor foi embora mais tarde naquela noite, quando ela
ouviu um dos funcionários da mercearia Grocery conversando com Patty Nolan,
mãe de Travis, que era uma cliente regular no Mama, sobre como o Holton tivera
visitantes de fora da cidade mais cedo. Alex teve problemas com Patty desde que
ela começou a namorar Travis. A mulher sempre parecia ter o nariz em seus
negócios, mas depois de um tempo, Alex encontrara um método para lidar com
ela. Ela praticamente a ignorava.
Pelo que ouviu, parecia que a noiva de Grant e seus pais vieram à cidade
para jantar. O coração de Alex caiu.
Grant estava noivo? Ela continuou a tentar convencer-se de que isso não
importava. Afinal, ela estava praticamente o usando, certo? E ela planejara
continuar usando ele para ajudá-la a superar Travis e toda a situação. Então ela
ficou com raiva. Como é que ele se atreve a usá-la assim! Ela tentou afastar o
pensamento de sua mente, mas no resto de seu turno, toda a confusão continuou
jogando mais e mais em sua cabeça. No momento em que ela deixou o
estacionamento escuro, ela tinha uma ligeira dor latejante por trás de seus
olhos. Ela não sabia o que lhe enviou na direção do rancho Saddleback, mas ela
encontrou-se em direção a fazenda de Grant. Quando ela parou e viu que sua luz
do quarto ainda estava acesa, ela bateu a porta do carro e caminhou até a
varanda da frente. Bateu até que alguém respondeu, rezando o tempo todo que
não fosse uma mulher vestida pela metade.
Em vez disso, ela foi recebida por um Grant muito irritado, que estava
descalço e parecia ter dormido em suas roupas.
— O quê? — Ele disse e fechou a boca rapidamente quando viu quem
estava batendo em sua porta à uma da manhã. — Alex? O que você está fazendo
aqui? — Ele olhou ao redor. — Você está em algum tipo de problema?
— O quê? Não.
Ela olhou por ele, tentando ver se havia alguém dentro com ele. Talvez
eles tivessem acabado de começar a despir uns aos outros?
— Então eu vou repetir a minha primeira pergunta. O que você está
fazendo aqui?
— Eu...
Sua mente ficou em branco. Ela conduziu até ali e bateu em sua porta,
esperando encontrar seus braços em volta de alguma outra mulher, mas ela
nunca esperou ter que se explicar.
— Ouvi dizer que você teve um jantar com a família de sua noiva. — Ela
deixou escapar.
Ele olhou para ela, e suas sobrancelhas subiram lentamente com a
questão.
Ela suspirou e cruzou os braços sobre o peito. — Grant Holton, você vai
me deixar entrar ou me fará ficar aqui tentando ver se você está sozinho nessa
casa.
Seu sorriso era rápido.
— Alexis West, você poderia entrar, por favor?
Ele se inclinou e fez uma reverência, esperando por ela passar por ele.
Então ele se virou e fechou a porta com o pé.
— Como você pode ver, sou só eu. Você é bem-vinda para vir e verificar
debaixo da minha cama, se você sentir vontade.
Ela virou e o viu piscar um sorriso para ela.
— Isso não será necessário.
Ela entrou em uma sala grande, o que felizmente ela notou ser a sua sala
de estar. Entrando, ela se sentou no sofá e começou a morder suas unhas. Ela
nunca roía as unhas, a menos quando estava nervosa. Como ela se explicaria a
ele?
Ele se aproximou e sentou-se em frente a ela, em seguida, esfregou as
mãos sobre o rosto.
— Me desculpe se eu acordei você. Eu trabalhava no turno da tarde no
Mama e ouvi Jenny, a funcionária do mercado Grocery, falando sobre sua mãe
chegando, comentando sobre fazer o jantar para alguns convidados de fora da
cidade...
Ela parou quando ele gemeu. Ela olhou para ele, em questionamento.
— Agora estará por toda a cidade. — Ele colocou a cabeça entre as mãos e
a apertou. — Ótimo.
— Por favor, me diga o que está acontecendo? — Ela se inclinou para
frente.
— Foi Terry. Ela arrastou seus pais por todo o caminho da Califórnia para
me conhecer. Bem, eles queriam me encontrar de qualquer maneira, por causa de
Sam, mas ela se esqueceu de mencionar que terminamos há mais de um ano, oh,
e que nunca fomos realmente noivos.
Ela soltou a respiração que estava segurando e recostou-se no sofá.
— Isso é tudo?
Quando ele assentiu com a cabeça, ela começou a rir tanto que teve que
segurar seus lados.
— Você acha que isso é engraçado? — Ele olhou para ela como se fosse
louca.
— Sim. — Ela assentiu com a cabeça. — Eu derramei molho de espaguete
quente por todo o vestido branco novo de Sanannah hoje, então, fui limpá-la com
o pano mais oleoso que eu pude encontrar, e você passou a noite jantando com
uma ex-namorada louca e seus pais.
Ela riu um pouco mais.
Então, ela olhou para ele e notou que ele estava franzindo a testa.
— O quê? — Ela parou de sorrir um pouco. — O que está errado?
— Você ainda está louca por Travis, não é?
— É claro que eu estou. — Ela sorriu um pouco. — Louca é a palavra
certa. Eu percebi que eu deixei de amá-lo anos atrás. — Ela se inclinou para trás
de novo e olhou para ele. — Eu acho que eu estava apaixonada por estar
apaixonada. Eu sempre quis o que meus pais tinham. — Ela suspirou e olhou
além do ombro dele. — Eu me lembro deles dançando na cozinha, abraçados. Eu
nunca ouvi meu pai dizer uma palavra ruim sobre a minha mãe, nem o
contrário. Acho que eu esperava que um dia Travis e eu fôssemos assim.
Quando ela olhou para ele novamente, ele estava sorrindo.
— Alexis West, você é uma romântica.
Ela negou.
— Não, eu não sou. Você retire o que disse.
Em seguida, ele estava rindo.
— Isso é uma coisa boa, querida.
Ela começou a corar.
— Oh. — Ela balançou a cabeça. — Eu devo estar cansada.
Ela olhou para baixo e brincou com a parte inferior da saia do uniforme.
— Você realmente ficou chateada com a possibilidade de eu ser noivo? —
Ele se aproximou e sentou ao lado dela.
— Não. — Ela puxou a mão da dele.
— Alex?
Ele colocou os dedos sob o queixo e virou a cabeça dela em direção a sua.
— Tudo bem, sim. Eu estava tentando descobrir o que eu poderia
derramar em você na próxima vez que você atravessasse as portas da Mama.
Ela se afastou e cruzou os braços.
Ele se inclinou e beijou-a rapidamente.
— Obrigado.
— Pelo quê?
Ela queria que ele a beijasse novamente.
— De certa forma estranha, você acabou de me dizer que se importa
comigo.
Ele sorriu e ela percebeu pela primeira vez que ele tinha um sorriso um
pouco torto. Ele sempre teve isso? E por que ela não percebeu quão sexy o seu
sorriso e seus olhos eram antes? Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, no
entanto, um grande bocejo escapou.
— Sinto muito. Fiz turno duplo hoje. Eu perdi alguns dias de trabalho
nesta última semana.
Ela bocejou novamente. Ele sorriu para ela.
— Não se preocupe com isso. Eu estava tão cansado durante o jantar no
outro dia que a minha mãe tinha que continuar me chutando por baixo da mesa,
quando eu ia cochilar. — Ele riu. — Se você quiser, você é bem-vinda a dormir no
meu quarto de hóspedes no andar de cima.
Ela esticou os braços sobre a cabeça e pensou em como seria maravilhoso
dormir em um quarto ao lado dele, em sua casa, ou próximo a ele em sua
cama. Em seguida, sacudiu a cabeça.
— Tudo bem. Eu quero um banho e minha própria cama. Obrigada,
apesar de tudo.
Ela se levantou e sorriu quando ele a seguiu rapidamente, em seguida,
puxou-a para um beijo.
— Alex?
— Hmmm? — Ela disse contra seus lábios.
— Como você pode trabalhar com gordura e café e ter um cheiro tão sexy?
Ele mordeu o pescoço dela por um momento. Ela riu e se afastou.
— Sinto muito por me intrometer sobre isso a esta hora. Acho que eu não
estava pensando claramente.
Ela afastou o cabelo dos seus olhos. Sem dúvida, ela parecia com a
bagunça que sentia.
— Quando quiser.
Ele sorriu e caminhou até a porta.
Quando ela chegou em casa, foi na ponta dos pés passando pelos quartos
de suas irmãs. Ela duvidava que iria aguentar um banho de chuveiro, portanto,
em vez disso, ela encheu a banheira nova que Chase instalara há alguns
meses. Descansou a cabeça contra a borda enquanto a água quente acalmava
seus músculos e ela sonhava com Grant.

***

Grant estava começando a se perguntar se ele enlouquecera. Ele era um


advogado, não um fazendeiro. Seus animais significavam muito para ele, e ele
cuidava bem deles, mas às vezes desejava que eles pudessem conversar.
Ele chamou Chase mais vezes do que ele queria admitir, com medo de que
um animal ou outro estivesse doente. Chase tinha certeza de que cada um estava
perfeitamente saudável.
Mas agora ele estava olhando para uma de suas cabras, Mojo,
perguntando-se por que ela não se levantava. Ele sentou-se com ela durante os
últimos minutos antes de correr para dentro da casa e freneticamente ligar para
Chase, que havia chegado a tempo de ver a primeira cria nascer.
— Por que você não me disse que ela estava prenha? — Perguntou
Grant. Ele olhou para Chase, que apenas riu.
— Eu nunca olhei para ela antes. Você me fez verificar todos os outros
animais primeiro. Além disso, você deveria ter sido capaz de dizer, olhando para
ela.
— Eu pensei que ela era apenas gorda. — Disse Grant, sentado ao seu
lado no chão, segurando a cabeça dela. Ele olhou para cima a tempo de ver
Chase balançando a cabeça e rindo.
— Aí vem outro. — Menos de dez minutos depois, a terceira e última cabra
nasceu. — Parabéns. — Chase bateu nas costas de Grant e riu, olhando os dois
primeiros filhotes tropeçarem em torno do pequeno espaço. — Você é o papai
orgulhoso de trigêmeos.
Ele manteve seu amigo por mais de uma hora fazendo-lhe uma pergunta
atrás da outra. O que comem? Que injeções precisam? E o mais importante, o
que a mãe precisa?
Chase foi paciente e respondeu a todas as perguntas, até mesmo mostrou
como limpar os filhotes, mas Mojo estava fazendo um bom trabalho por ela
mesma. Em seguida, eles recarregaram a pequena barraca com feno fresco e
Grant andou com Chase de volta para sua caminhonete.
— Ouvi que seus pais tinham alguma companhia na outra noite. — Chase
inclinou-se contra a sua caminhonete e sorriu.
Grant gemeu.
— Sim. Qual é a melhor maneira de espalhar um boato em torno da
cidade sobre eu não estar noivo?
Chase riu.
— Você poderia começar a namorar todas as garotas disponíveis no
município. — Em seguida, ele riu. — Ou dizer a todos que você casou em
segredo. Isso pareceu funcionar bem para mim.
Eles riram.
Mais tarde naquela noite, Grant foi ao celeiro para verificar a nova
família. Os filhotes foram dormir em um canto. Mojo, por outro lado, parecia
fria. Ele se sentou e conversou com ela por um tempo, em seguida, fez suas
rondas normais da noite. Durante a sua rotina noturna, ele veio com um plano
para que os rumores parassem pela cidade.
No dia seguinte, ele entrou no Mama’s com o maior buquê de flores que
ele poderia comprar no mercado Grocery, se certificando de escrever um pequeno
recado, à vista do funcionário e de algumas senhoras em pé na fila atrás
dele. Sentou-se no bar e esperou por Alex voltar dos fundos. Então ele se
levantou e, para a surpresa dela e de todos os demais no salão, deu um longo e
quente beijo nela, em seguida, entregou as flores.
— Oh, Grant. — Ela sorriu. — São lindas.
Ele podia ver uma pitada de humor em seus olhos e se perguntou se ela
sabia o que estava fazendo.
— Eu os vi e pensei em você e no nosso piquenique no outro dia.
Ele realmente ouviu várias pessoas começando a fofocar ali na lanchonete
e teve vontade de rir.
— Elas são perfeitas. — Em seguida, ela se aproximou e deslizou seu
braço em volta do pescoço e ronronou. — Que tal mais um piquenique neste fim
de semana?
Ela sorriu e piscou para ele. Ele apenas assentiu em resposta e tinha
certeza de que seu rosto acabara de ficar de um profundo tom de vermelho na
frente de metade da cidade de Fairplay.
No momento em que chegou em casa após um longo almoço e sobremesa
no restaurante, ele tinha certeza que a fofoca mudou sobre ele na cidade. Se o
seu nome seria amarrado a ninguém, ele queria ter certeza de que era alguém a
quem ele realmente estava perseguindo.
Ele estacionou o Ford na frente do celeiro e decidiu verificar os
animais. Ele não sabia o que o fez optar por entrar no celeiro em vez da casa, mas
algo o chamou para entrar lá.
Quando abriu a porta, o cheiro de gasolina o atingiu
imediatamente. Abrindo amplamente a porta, ele começou a olhar ao redor
freneticamente. Ele não sentia cheiro de fogo, mas sabia que de forma alguma ele
deixaria gasolina no celeiro.
Menos de cinco minutos depois, ele estava correndo para dentro da casa
para chamar o xerife. Ele deixou tudo onde encontrou. No momento em que
Stephen Miller, o xerife local que estava no cargo desde que Grant tinha dois
anos, estacionou atrás de sua caminhonete, ele estava fumegante.
— Agora, Grant. O que quer dizer que alguém tentou incendiar seu
celeiro. Ele ainda está de pé.
O homem mais velho bateu a porta do carro e tirou o chapéu para limpar
a testa suada.
— Alguém queria queimá-lo, xerife. — Ele passou o tempo em que
esperava pelo xerife retirando todos os seus animais para fora do celeiro cheio de
gás. — Basta dar uma olhada. Ele fez um gesto em direção à porta.
— Whoo-wee. — O delegado ficou para trás e acenou com o chapéu na
frente de seu rosto. — O que você tem aí?
Ele entrou e olhou em volta. Grant sabia o que encontraria. Alguém
derramou quatro de seus baldes de combustível espalhando em todo o
celeiro. Ainda salpicaram algum sobre os animais. Mas o que realmente o
incomodava era a caixa de fósforos deixada à direita das portas do celeiro. Era
um aviso.
— Eles queriam que eu soubesse que eles poderiam ter queimado tudo.
Ele ficou logo atrás do xerife, que olhava para a caixa de fósforos de
Mama’s.
— Bem, maldição. — O xerife bateu com o chapéu contra a perna. — Eu
acho que vamos precisar nos sentar e descobrir quem você anda chateando
ultimamente.
Grant riu acentuadamente. Houve apenas um nome que veio através de
sua mente. Foi o primeiro que estalou em sua cabeça quando viu a caixa de
fósforos.
— Travis Nolan.
O xerife virou para ele rapidamente.
— Agora Grant, você não vai jogar esse nome muito rapidamente. Nós dois
sabemos que qualquer problema que o menino começar a ter, seu pai vai varrer
para debaixo do tapete tão rápido que eu não consigo nem terminar de preencher
a minha papelada.
— Eu sei que foi ele. Eu parei no restaurante hoje e publicamente fiz um
movimento em Alexis.
Grant registrou o sorriso no rosto do xerife. Então o velho assobiou.
— Nem sequer deixou a poeira baixar antes de começar a ir atrás da
menina, não é? — Ele sorriu novamente.
— Não senhor, não quando eu esperei por ela por um longo tempo. — Ele
sorriu um pouco quando o xerife deu um tapinha em suas costas.
— Você é um bom garoto, você sabe disso. Você cuida de seus pais.
Então ele se virou e olhou para trás para o celeiro vazio.
— Bem, eu acho que vou preencher essa papelada e ver o quão longe
chegamos. Eu vou para o Nolan e perguntar onde Travis está. Quando você disse
que saiu de casa?
Ele tirou um pequeno bloco de notas e fez a Grant algumas perguntas
antes de caminhar através do celeiro à procura de qualquer outra coisa fora do
lugar.
Levou o resto da noite para Grant retirar o feno encharcado de gás do
celeiro. O filho da puta, felizmente, não foi até a escada e colocou qualquer gás no
feno empilhado. Mas isso ainda o perturbava enquanto ele usava o carrinho de
mão para puxar carga após carga de feno arruinado para fora do celeiro. Uma vez
que o lugar estava livre de gasolina, ele colocou os animais de volta e os deu água
e comida. Em seguida, ele dirigiu para a cidade e comprou um par de cadeados
grandes, tanto para a porta da frente quanto a de trás do celeiro. Ele mesmo
pegou uma menor para seu galinheiro.
Apenas quando o sol estava se pondo, ele viu o carro de Alex parar e
estacionar atrás de sua caminhonete. Quando ela saiu, ele sorriu para o vestido
bonito que ela usava. O azul turquesa convinha.
— Boa noite.
Ele tinha tomado banho para retirar o cheiro de gás e estava sentado na
varanda tentando reunir força suficiente para grelhar um pouco de frango.
— Você parece bonita hoje à noite. Gostaria de ficar para o jantar?
Ele andou até ela e puxou-a quando ela sorriu e colocou os braços em
volta do pescoço.
— Ouvi dizer que você teve alguns problemas por aqui. — Ela fez uma
careta. — Ouça Grant, eu não tive a intenção de fazer com que...
— Psiu, você não teve nada a ver com isso e você sabe disso. Se você sair
por aí dando desculpas por esse saco de merda... — Ele balançou a cabeça. —
Nenhum dano foi feito. Apenas alguns fenos estragados. Ele estava apenas sendo
um mau perdedor. E quanto a ficar para o jantar?
Ela sorriu e acenou com a cabeça.
— Ouvi dizer que você tem algumas cabras novas.
Ele sorriu e pegou a mão dela e começou a caminhar com ela em direção
ao celeiro.
— Primeiro vamos ver as cabras, então vamos sair ao quintal para grelhar
um pouco de frango. — Ele parou e puxou-a em seus braços. — Então eu vou
levá-la para dentro e ter você na minha cama.
Ele sorriu para ela e ficou satisfeito quando viu um resplendor de luz em
suas bochechas. Ele nunca a fez corar antes. Sempre foi o contrário. Ele
percebeu que poderia se acostumar a ter esse poder.
Capítulo 06

Alex prendeu a respiração. Ela tinha estado nervosa na curta distância de


carro para a casa dele. Ela sabia por que levou tempo colocando o seu vestido
mais bonito, um spray extra de perfume, e até mesmo sua nova calcinha. Ela ia
dormir com Grant Holton, e desfrutaria de cada segundo de seu tempo.
Quando ela chegou, parou e tentou controlar sua respiração, desde que
nunca esteve tão nervosa com ninguém antes. Ela olhou para sua casa. O lugar
pertenceu a várias outras pessoas no passado, e era o seu vizinho mais
próximo. Era um rancho de pedra com um telhado vermelho. Parecia pertencer
às colinas da Califórnia em vez de East Texas. Ele mudou algumas coisas ao
redor do lugar. Acrescentou um grande balanço de madeira na varanda da frente
e pintou o celeiro de um vermelho brilhante. Havia alguns novos arbustos e flores
na frente e ao longo da entrada.
Levou toda a sua força de vontade não virar e voltar para casa. Não tinha
nada a ver com Travis e tudo a ver com a forma como ela se sentia nervosa sobre
a nova experiência que estava prestes a ter. Ela sabia que isso era um passo
necessário na obtenção de mais coisas e seguir em frente. Finalmente, ela foi em
frente. Ele estava em pé na varanda da frente, parecendo sexy em jeans e uma
camisa cinza. Ele sorriu e tudo parecia certo.
Ele tomou sua mão, tirando-a do feitiço, e a levou para o celeiro. Ainda
havia um leve cheiro de gasolina no ar. Ela descobriu o que aconteceu quando o
xerife entrou no Mama’s e interrogou Jamella e ela. Ele perguntou se elas viram
Travis por perto e se ela sabia se Travis tinha uma caixa de fósforos de Mama’s.
Jamella rira disso. Todos na cidade tinham uma caixa de fósforos da
lanchonete. Elas ficavam em uma enorme taça ao lado da caixa registradora.
Jamella encomendara mil deles a alguns anos de uma empresa na China, mas o
pedido foi errado e ela recebeu dez mil. Eles não podiam dar as coisas rápido o
suficiente. Ainda havia dez caixas guardadas no sótão na lanchonete.
Alex piscou algumas vezes para deixar os olhos se ajustarem ao celeiro
escuro. Em seguida, eles se aproximaram de uma pequena baia, onde três novas
cabras estavam correndo, batendo em si e brincando.
— Sua mãe está na outra baia. Ela é muito bonita, mas cansou delas e
precisava de uma pausa.
Ele riu quando as três cabras o notaram. Todas estavam agora de pé, com
suas patas dianteiras no primeiro degrau da porta, as suas caudas curtas
batendo rápido, implorando por atenção.
— Oh, não são vocês três tão bonitas.
Alex inclinou-se e tentou acariciar todas elas, cada uma empurrando a
outra para fora do caminho.
— Qual nome você deu a elas? — Ela olhou para Grant.
Ele balançou a cabeça.
— Não pensei nisso ainda. Elas são todas fêmeas. — Então ele sorriu. —
Você sempre tinha um jeito em dar nomes a animais. O que você acha?
— Bem... — Ela se levantou e pensou sobre isso. — Nomes para três
irmãs... — Ela bateu no queixo e caminhou alguns passos, em seguida, virou e
caminhou de volta. — Havia três irmãs na mitologia grega das Górgonas, mas
aquelas eram irmãs más e feias. — Ela olhou para as cabras bonitas. Em
seguida, um grande sorriso atravessou seu rosto. — Já sei! Três irmãs,
também. Que tal, as Superpoderosas?
Suas sobrancelhas se ergueram, então ele riu.
— Florzinha, Lindinha e Docinho? — Quando ela acenou com a cabeça,
ele continuou. — Isso é apenas hilário.
Ele riu novamente e acenou para a próxima barraca onde uma cabra-
cabeça-preta exigia atenção.
— Aqui está a mãe, Mojo.
Ela olhou para ele, em seguida, deu uma risada.
— Não me diga que você a nomeou de Mojo Jojo.
Ele sorriu.
— Eu não sabia, mas a filha do fazendeiro que comprei sim, e bem, o
nome pegou.
— Então está decidido. — Ela se virou para as cabras. — Agora só
precisamos decidir quem é quem?
Ele riu, em seguida a pegou pela mão e puxou-a para seus braços.
— Eu tenho alguns porcos lá atrás que eu não dei nome ainda.
Ele sorriu para ela e ela sentiu seu coração pular. Quando ele baixou a
cabeça, ela gostou da sensação e o gosto de seus lábios nos dela. Seu gosto era
inebriante, e estava muito agradecida que ele não fumava. Travis sempre tinha
gosto de cigarros.
Grant afastou e escovou o cabelo dela de lado.
— Se continuarmos fazendo isso, nós vamos acabar pulando o jantar.
— Eu não me importo. — Ela tentou puxá-lo de volta, mas ouviu o
estômago dele roncar alto e sorriu. — Mas eu acho que você sim.
Ele riu.
— Eu trabalhei duro o dia todo.
Ela ficou em seu quintal e viu quando ele fez churrasco de frango com um
pouco de milho e batatas sobre a grelha. Ela percebeu que nunca teve isso com
Travis. Pensando sobre isso, havia muito que ela não fez com Travis. Ele nunca a
levou para sair em uma data especial. Claro, eles comeram no Mama’s ou na casa
de seus pais várias vezes. Eles até mesmo foram a um drive-thru em Tyler em
várias ocasiões, mas nunca se arrumaram e saíram para um encontro antes. Eles
nunca foram ao cinema juntos, nunca...
— Por que você está franzindo a testa? Eu prometo a você que a minha
comida não é tão ruim assim. — Grant veio e sentou-se em frente a ela.
— Eu sinto muito. —Ela balançou a cabeça para esquecer Travis e seus
muitos defeitos, depois sorriu para Grant. — É tão difícil, pensar em todas as
coisas que eu perdi.
Ela respirou fundo e se recostou na cadeira e olhou em volta.
Ele inclinou a cabeça.
— Sim? Como o quê?
Ele tomou um gole de chá e ficou observando.
— Como encontros. Encontros de verdade. — Ela se levantou e foi até a
beira do gramado. — Conversas, ir ao cinema. Coisas assim. Travis nunca quis
fazer nada comigo, não qualquer coisa em público, de qualquer maneira. — Ela
corou, percebendo o que ela acabara de admitir. — Claro, ele gostava de ir para o
Rusty Rail e sair com seus amigos. — Ela se virou e fez uma careta. — Eu sempre
imaginei que teria uma longa fila de caras esperando para me levar.
Ela suspirou e olhou para longe. Ela riu, então, virou novamente. Ele ficou
lá, olhando para ela com um leve sorriso no rosto e ela se sentiu uma tola. Ela
não tinha a intenção de dizer tudo isso a ele.
Ele se levantou e caminhou em sua direção.
— Eu sempre imaginei que teria uma longa fila de caras batendo uns aos
outros só para ganhar a sua atenção.
Ele pegou a mão dela e roçou os lábios em seus dedos. Foi a coisa mais
romântica que já aconteceu com ela. Sua respiração engatou e ela realmente
sentiu-se tonta com o simples contato de seus lábios contra a parte de trás da
sua mão. Então, para seu prazer, ele virou a mão e colocou outro beijo no interior
de seu pulso, enviando calor por seu braço e todo o seu corpo.
— Você cheira tão bem. — Disse ele contra sua pele, em seguida, mordeu
o pulso. — Talvez eu não esteja com tanta fome depois de tudo.
Ele a puxou para mais perto.
— Oh, não. — Ela se afastou de brincadeira. — Essa comida cheira muito
bem.
Ele riu e tentou puxá-la para mais perto, então mordeu seu pescoço
enquanto ela segurava seus ombros. Se alguém dissesse a ela há um ano que os
joelhos ficariam fracos se alguém apenas a beijasse debaixo da orelha, ela não
teria acreditado.
Durante o jantar, ela olhou para ele do outro lado da pequena mesa e
nunca se sentiu mais nervosa em sua vida. Ela tentou afastar essa
sensação. Afinal, ela teve relações sexuais antes, muitas vezes, com Travis. Ela
não via como um grande negócio. Embora gostasse de pensar que gostou, metade
do tempo só queria que ele acabasse logo. Mas os beijos de Grant acordaram algo
nela que Travis nunca conseguiu. Ela sabia que havia muito mais a ser
experimentado e se perguntou o quanto não sabia quando o assunto era
romance. Será que Grant via através dela? Ele seria capaz de dizer que ela ainda
não sabia bem o que os homens gostavam ou queriam? Ela era muito boa em
fingir coisas. Talvez ele não fosse capaz de dizer.
Ela estava tão nervosa que mal tocou em seu prato. Grant franziu a testa
e perguntou:
— Havia algo de errado com a refeição?
Ela tentou sorrir e achar um caminho sem ter que responder à pergunta,
mas Grant apenas olhou para ela, com os olhos voltados para os lábios,
esperando pela verdade. Ela deu de ombros e tomou um gole de chá, em seguida,
deixou escapar.
— Estou nervosa, ok?
Ela pensou que podia ver compreensão em seus olhos quando ele se
inclinou para trás em sua cadeira. Ele quase parecia estar exultante.
— Você? — Seu sorriso ficou ainda maior. — Você está nervosa sobre o
que, exatamente?
Ela sentiu seu rosto ficando rosa.
— Nós. Você. Isso.
Ela fez sinal com as mãos para a casa.
Ele levantou rapidamente, então se aproximou e tomou suas
mãos. Puxando-a para perto dele, ele passou os braços ao redor da cintura.
— Estou tão feliz. — Ele a beijou suavemente nos lábios. — Se você não
estivesse nervosa, então isso não significava muito.
— O quê?
Ela tentou se afastar e olhar em seus olhos, mas ele balançou a cabeça e
descansou sua testa contra a dela.
— Você não é a única que está nervosa. — Seus lábios voltaram aos dela
em um suave beijo lento, que fez seus joelhos tremerem. — Você mexe comigo,
sempre mexeu. — Ele começou a mordiscar lentamente pelo pescoço. — Você me
deixa fraco. Faz eu me sentir como se não conseguisse me controlar. — Sua boca
estava deixando um rastro quente abaixo de seu corpo enquanto suas mãos
começaram a correr até seus lados e para trás.
— Há tanta coisa que quero dizer e fazer, mas eu nunca tive a coragem.
Ele começou a caminhar lentamente para trás, em direção à porta de vidro
deslizante.
— Está tudo bem, estar nervosa.
Ele se afastou e sorriu para ela. Em seguida, em um movimento rápido,
ele puxou-a em seus braços quando ela gritou.
Era outra primeira vez em seu livro. Ela nunca foi levada para a cama por
um homem que estava prestes a fazer amor com ela. Seu sorriso se espalhou
quando pensou sobre toda a emoção que estava escondida bem na frente dela por
anos. Grant era mais do que apenas o benfeitor da cidade. Ele era mais complexo
do que ela jamais imaginou. Envolvendo os braços em volta do pescoço dele, ela
se agarrou a ele quando ele andou pela casa, seguindo para seu quarto. Ela o
encheu de beijos no pescoço e mordiscou sua orelha como ele havia feito.
Em um ponto, ele parou de andar e tomou a boca dela sobre a dele,
fazendo com que sua cabeça girasse. Em seguida, moveu-se mais rapidamente e
sua respiração era mais pesada. Suas mãos tremiam quando ele a colocou
suavemente na cama e olhou para ela.
— Você é tão bonita. Mal posso acreditar que você está aqui comigo.
Ela sentiu o calor em todo seu corpo quando ele olhou para ela assim. Ele
ficou de pé ao lado da cama, e lentamente colocou um joelho ao lado de seu
quadril e pairou sobre ela. Sua mão subiu lentamente, correndo os dedos pelo
seu rosto, seu cabelo, seu pescoço. Ela fechou os olhos para o toque suave. Ela
nunca foi tratada assim antes, como se fosse frágil. Ela desejou que ele acelerasse
e apenas terminasse, para aliviar esses sentimentos contraditórios que estava
tendo. Em seguida, deitou-se ao lado dela e começou a beijá-la novamente, e ela
esqueceu tudo sobre velocidade. Em vez disso, sua mente estava cheia com o que
sua boca e mãos estavam fazendo com ela, consumida por ele, só ele, como ele
lentamente a despiu, com uma habilidade que ela nunca experimentou
antes. Pequenos incêndios começaram em cada centímetro que sua pele
tocou. Seu joelho surgiu quando ele passou as mãos sobre as pernas, erguendo a
saia até a sua mão repousar em sua coxa. Seus dedos seguravam seu cabelo,
mas quando ele se afastou, suas mãos caíram para os lados.
Seus olhos azuis estavam nublados enquanto olhava profundamente
neles. Sua voz era grossa quando ele sussurrou para ela, dizendo como ela era
bonita, o quanto ele a queria. Lentamente, ele estendeu a mão e começou a abrir
os pequenos botões na parte da frente de seu vestido, seus olhos avidamente
assistindo cada centímetro de pele que ele expôs. Quando a frente de seu vestido
foi completamente aberta, ele puxou os dois lados para expor sua pele. Ela
fechou os olhos ao sentir o olhar aceso sobre a pele nua. Ela não poderia ter
explicado se ela tivesse tentado, mas apenas ter Grant a olhando assim a levou a
sentir algo que nunca sentiu antes.
— Por favor. — Ela gemeu quando olhou para o rosto dele. Estendendo a
mão, ela pegou seu rosto em suas mãos. — Eu preciso de você.
Ele sorriu quando ela tentou puxar a camisa sobre a cabeça. Ele se
inclinou para trás e rapidamente tirou a camisa.
— Eu quero aproveitar cada centímetro, cada momento.
Seus olhos aquecidos enquanto ele continuava a puxar para baixo o
vestido.
Seus olhos exploraram seu peito e braços. Ele era tão bronzeado e
tonificado; ela nunca imaginou que ele ficaria assim. Ela correu os dedos
lentamente sobre ele até que ele parou de se mover e fechou os
olhos. Empurrando em seus ombros até que ele rolou de costas, ela se aproximou
dele, montando-o com as pernas sobre seus quadris. Ela sentiu seu desejo
esfregar-se contra seu núcleo e gemeu com a dureza e comprimento. Suas mãos a
seguraram até que ela ficou pouco acima dele. Seu vestido subia, expondo suas
pernas. Seu top foi aberto e ela estava totalmente exposta. Seus lábios estavam a
apenas alguns centímetros acima dos seus, e ela se sentiu um pouco mais no
controle. Ela fechou os olhos e o beijou, suas mãos se moviam no alto de suas
pernas. Suas mãos grossas suavemente esfregando contra a pele macia. Seus
dedos brincavam com a seda de sua calcinha, jogando com o elástico, até que,
finalmente, ele empurrou-o de lado e tocou a pele nua.
Seus quadris saltaram em seguida, começou a bombear com seus
movimentos enquanto ele continuava a tocá-la. Seu beijo tornou-se mais forte
quando ela se moveu acima dele. Ela o sentiu mover os braços, então ele
rapidamente inverteu suas posições novamente, fazendo uma pausa para
remover o resto de suas roupas, então a sua própria. Seu sorriso vacilou quando
o viu em pé ao lado da cama, totalmente pronto para ela. Parte de sua mente
gritava que isso não daria certo, que estar com ele não funcionaria. Mas algo
dentro dela estava determinado além de toda razão, querendo-o
completamente. Ele inclinou-se e puxou uma camisinha de sua cabeceira, em
seguida, voltou ao seu lado, correndo os olhos por cada centímetro de sua pele
exposta.
Quando suas mãos correram suavemente para baixo ao seu lado, ela
fechou os olhos enquanto seus dedos mais uma vez encontraram sua pele
sensível. Sua boca se moveu lentamente sobre seu seio de cume a cume
enquanto ele lambia sua pele macia. Seus dedos em volta do seu comprimento e
ela sorriu quando o sentiu saltar em sua mão, todo o seu corpo enrijeceu
enquanto acariciava-o lentamente. Sentiu-o mudar, abrindo as pernas com os
joelhos enquanto ele pairava sobre ela, dando o beijo mais profundo que ela
poderia ter imaginado.
Quando ele deslizou lentamente dentro dela, ela sentiu a mudança e sabia
que nunca queria que a sensação chegasse ao fim, nunca quis que o momento
terminasse. Seus dedos cravaram em seus quadris e ombros, seus movimentos
aceleraram. Sua mente girava com a maravilha, a sensação dele enchendo-a
completamente. Ela nunca experimentou nada parecido.
A sensação, os cheiros, e o gosto dele preenchendo todos os seus sentidos,
até que ela se sentia completa. Pela primeira vez em sua vida, ela sabia o que
queria. Ela nunca sentiu mais medo do que ela estava naquele momento da
descoberta. Então, ele tocou o ponto certo enquanto se movia dentro dela, e todo
o seu mundo explodiu enquanto ela experimentava a sensação mais doce que ela
jamais tinha experimentado.

***

Grant sentiu Alex tremer com a liberação, mas ele não havia terminado
com ela ainda. Ela não estava saindo fora disso facilmente, não depois de todos
os anos o provocando, torturando. Puxando as pernas mais perto, ele continuava
a se mover, seus quadris em suas mãos, sua boca viajando sobre sua pele,
causando pequenos choques sobre ela. Seu corpo inteiro estava relaxado após a
sua libertação, mas ele podia a sentir gozando novamente. Suas mãos estavam
na cama ao lado de seu corpo, mas agora se moviam sobre seus quadris e
bumbum, segurando ele para ela, puxando-o ainda mais profundo. Quando ela
gemeu seu nome, ele a beijou até que ele também gemeu de prazer.
A tensão que ele sentia foi transferida para ela, e ele podia sentir cada
centímetro do desejo que ele sentia também. A maciez de sua pele aumentando
ainda mais a sensação enquanto se moviam sobre o outro. Ela enrolou as pernas
em torno de seus quadris, e ele podia sentir-se gozar muito rápido. Ele queria
desacelerar, torturá-la, mantê-la gozando. Ele queria que durasse para sempre,
mas quando a sentiu tremer em torno dele novamente, ele perdeu seu próprio
controle e a seguiu. Havia mais energia aqui do que ele esperava, e quando
apoiou a cabeça ao lado de seu ombro, pensou que sentiu seu coração pular.
Ele ficou ali ouvindo seus corações batendo juntos e se perguntou o que
ele teria que fazer para convencê-la a passar a noite. Ele sentiu seu corpo esfriar
e virou para puxar um cobertor sobre eles. Ela gemeu e tentou agarrá-lo. Ele riu.
— Eu só estou nos cobrindo. Eu deixei a janela aberta e parece que vai
chover.
Ele olhou pela janela e viu que o sol tinha se posto, e percebeu que ele
perdeu totalmente a noção do tempo enquanto estava com ela. Ela aconchegou-se
ao lado dele, e ele enterrou o rosto em seu cabelo e tomou uma respiração
profunda de seu perfume suave. Sua pele era tão macia quando ele passou as
mãos sobre os ombros e os braços. Seus seios foram empurrados contra o lado
dele, e ele podia sentir cada respiração que ela dava. Suas longas pernas estavam
envolvidas em torno dele. Ele fechou os olhos, desejando que pudessem ficar
assim para sempre.
— Você pode ficar? — Ele perguntou, colocando um beijo em seu cabelo.
— Hmmm. — Ela se aconchegou mais perto dele e balançou a cabeça. —
Acho melhor não. Nós começaremos a juntar o gado amanhã para o leilão. Esta
época do ano é ocupada. — Ela virou a cabeça e olhou para ele. — Se você tiver
tempo, talvez você possa aparecer para o almoço.
Ele pensou sobre isso. Era o início do outono e era um tempo ocupado
para ele, especialmente desde que tinha animais que precisavam ser
supervisionados e o negócio de seu pai para começar.
— Que tal um jantar em vez disso?
Ela olhou para ele.
— Tudo bem, mas desta vez eu vou cozinhar. Claro, você terá que lidar
com minhas irmãs e Chase.
Ela franziu a testa um pouco.
Ele passou o dedo sobre os lábios suavemente.
— O que está errado?
Ela balançou a cabeça.
— Nada. Eu acho que eu percebi que provavelmente é hora de eu me
mudar. Desde... — Ela balançou a cabeça, em seguida, continuou. — É
engraçado. Eu nunca percebi o quão pouco de privacidade, na verdade, nós
temos lá. — Ela sorriu para ele. — Deve deixar Chase louco.
Grant riu.
— Eu aposto. — Ele a puxou e beijou-a novamente. Quando ambos
estavam sem fôlego novamente, ele disse: — Diga-me que você não tem que sair
imediatamente.
— Hmm, não. — Ela balançou a cabeça e recostou-se para outro beijo.
Quando ela foi embora, duas horas depois, ele ficou na varanda da frente
e viu o carro dela desaparecer. Começou a chover e ele sentiu a brisa fria bater
nele, refrescando sua pele, mas não o que estava lá dentro. Ele estava queimando
por Alex e estava preocupado que ele estava expondo-se demais para a dor que
estava prestes a acontecer. Afinal, nenhum dos seus outros relacionamentos
durou muito tempo. Mas, quando ele se encostou à grade da varanda, ele pensou
sobre todas as maneiras que desta vez era diferente. Esta era Alexis West, a
primeira garota que ele beijou, a primeira e única mulher por quem ele já se
apaixonou. Ele estava apaixonado por ela desde aquele dia no mercado Grocery,
quando a pegou roubando. Ele sorriu e se virou para voltar para casa, pensando
nas diferenças entre o que eles fizeram na época e o que fizeram nas últimas três
horas.

***
Era logo depois de meia-noite, quando o veículo passou lentamente pelo
rancho de Grant. Vendo o carro de Alex, o motorista agarrou o volante com mais
força.
Como se atreve essa cadela fazer algo assim? Como ela ousa se comportar
de uma maneira tão humilhante? Ela atuou na lanchonete, agindo como uma
vagabunda, e Grant era parte também. Bem, eles precisavam aprender uma lição,
e logo.
O carro partiu em alta velocidade, e os pensamentos de como punir o
casal brilhou por trás dos olhos irritados do motorista. Talvez houvesse uma
oportunidade perfeita para mostrar a eles como estavam estragando tudo.
Não faria mal pensar em maneiras de puni-los pelo que fizeram.
Capítulo 07
O dia seguinte foi uma cadela. A chuva da noite esfriou a manhã o
suficiente para que uma névoa espessa dificultasse seu trabalho de limpar um
pedaço de terra. Ele planejava construir um curral para seus cavalos e cabras,
mas primeiro, as árvores e arbustos teriam que ser tirados. Trabalhar na névoa, a
qual era muito grossa para ver até o final do seu machado, não era sua ideia de
diversão.
Ele causou um pequeno incêndio para queimar os arbustos e cardo. As
moitas de cardos cortaram através de seu jeans várias vezes, e ele sentiu o
sangue escorrer para baixo de suas coxas. Ao meio-dia o nevoeiro finalmente
passou, e o calor era tão avassalador que ele tirou a camisa enquanto
trabalhava. Ele acabou ficando mais arranhado dos arbustos espinhosos ao longo
da cerca que alinhava sua propriedade, mas pela tarde, ele havia limpado toda a
área e estava pronto para começar a construir o curral.
Ele voltou para casa, tomou banho, e se preparou para o jantar na casa de
Alex. Sua mente estava tão consumida com estar com ela que, quando saiu com
seu carro, não percebeu os pneus furados, até que havia percorrido alguns
metros. Caminhando ao redor de sua caminhonete, ele chutou cada pneu,
notando as grandes marcas de perfuração nas laterais de cada um deles.
— Maldição.
Ele sentiu uma dor de cabeça chegando enquanto caminhava de volta
para dentro de casa para chamar o xerife. Então ele ligou para Alex para dizer
que se atrasaria, mas ela lhe disse que iria para sua casa. No momento em que o
xerife chegou, o carro de Alex estava bem atrás dele.
Todos ficaram em torno de sua caminhonete olhando para os pneus
furados e apenas um nome surgiu.
— Você sabe Grant, não há nada que eu possa fazer, a não ser que você
tenha algum vídeo de Travis fazendo isso. Além disso, o pai dele o livraria mais
rápido do que você poderia piscar. — O homem mais velho balançou a cabeça. —
Se você quiser, eu vou levá-lo até a cidade para que você possa consertar esses
pneus.
Grant olhou para Alex, que assentiu com a cabeça.
— Eu vou ajudá-lo com isso. Temos uma caminhonete velha que ele pode
usar até que receba pneus novos.
Tinha os braços cruzados sobre o peito. Ela estava usando um top florido
com jeans e botas desbotadas e parecia muito bonita. Parecia ter passado o dia
nos campos, mas mesmo com as roupas empoeiradas, ela parecia melhor de
alguma forma do que no vestido que usara na noite anterior. Talvez fosse porque
parecia pertencer a essas roupas, como se nascera para agrupar o gado durante
todo o dia.
Ele passou um braço ao redor dela enquanto observavam o xerife sair
alguns minutos mais tarde.
— Sinto muito por tudo isso. — Ela se virou e colocou os braços ao redor
dele. — Eu não entendo por que Travis está fazendo tudo isso. Afinal de contas,
ele é o único que traiu.
Ela franziu a testa e se afastou um pouco, mas ele apertou os braços em
volta dela e puxou-a para mais perto.
— Ele está apenas brincando. Ele sempre foi assim. — Ele balançou a
cabeça e lembrou-se das muitas vezes quando o temperamento de Travis
conseguiu o melhor dele. — Ele vai esquecer em breve.
Ela suspirou e sentiu-a relaxar um pouco.
— Ainda assim, eu vou ajudá-lo a pagar...
— Não se atreva. — Ele se afastou. — Você não tem nenhuma
responsabilidade por sua estupidez. Além disso — ele sorriu, — o seguro vai
pagar os pneus. O empréstimo da caminhonete vai ajudar, uma vez que pode
levar alguns dias até ser concertado.
Ela sorriu.
— Claro que sim. Vamos voltar. Eu estou morrendo por um banho e um
pouco de comida.
Na curta viagem de volta para o rancho Saddleback, eles falaram sobre os
seus dias. Seu dia soou como um passeio no parque, em comparação com o dela.
Criação de gado sempre foi um péssimo trabalho em sua mente, mas ela falou
sobre isso como se tivesse adorado cada minuto.
— Eu sempre amei trazer o gado, ajudando a separá-los.
Ela sorriu para ele depois de estacionar seu carro ao lado da linha de
caminhões pelo celeiro.
— Você pode pegar a velha Betty lá. — Ela assentiu com a cabeça em
direção a uma velha caminhonete azul que esteve lá durante o tempo que ele
podia se lembrar.
Ele riu.
— Será que a velha Betty ainda anda?
Ela riu com ele.
— Ela anda, mas você tem que tratá-la com muito carinho. — Alex
ronronou e mudou de posição no assento, quase sentando em seu colo. — Algo
me diz que não será um problema para você.
Ela passou as mãos em seus cabelos e puxou-o para um beijo que fez
suas botas fumegar. Em seguida, ela estava em seu colo, abrangendo seus
quadris, e ele queria que eles estivessem em sua casa, em vez de estacionado na
frente da casa cheia dela.
— Alex? — Ele tentou se afastar, mas ela estava dificultando, sua boca
fundida com a dele.
— Eu não conseguia parar de pensar em você, sobre isso, durante todo o
dia. — Ela correu beijos ao longo de sua mandíbula, seus olhos fechados. Ele
pensou em desfrutar da sensação de seu corpo por apenas um momento, quando
ouviram uma tosse fora da janela. Ambos saltaram para ver Haley sorrindo para
eles.
— Bem, bem. Olhe para o que temos aqui. — Os braços de Haley estavam
cruzados sobre seu peito do lado de fora do carro, sorrindo.
Grant gemeu e tentou mover Alex de seu colo, mas depois percebeu que o
que ela fez para ele agora estava em plena vista de Alex e sua irmã. Seu rosto
ficou um profundo tom de vermelho quando as duas riram. Alex saiu de seu lado
do carro e caminhou com a irmã para a casa, falando por cima do ombro para
Grant ir para quintal onde Chase e Lauren estavam enquanto ela tomava banho.
Ele levou alguns momentos para se acalmar antes de ir para o lado da
casa. Quando o fez, ele pegou Lauren e Chase em um beijo quente e quase riu
quando os dois saltaram.
— Sinto muito. — Desculpou-se.
Chase apenas riu.
— Não se preocupe, nós estamos acostumados a isso. Vivendo com Haley,
há uma séria falta de privacidade por aqui. — Chase passou o braço em torno do
ombro de Lauren.
— Alex mencionou algo sobre seus pneus sendo cortados? — Lauren
perguntou quando Chase foi virar os hambúrgueres na grelha.
— Sim.
Grant sentou e contou a eles o que aconteceu. Lauren serviu-lhe um copo
de chá gelado enquanto conversavam. Alex saiu pela porta de trás, meia hora
depois, vestindo shorts, uma blusinha e botas, sua marca registrada de roupa de
verão, a qual ele sempre achou muito atraente.
Até o momento em que Haley saiu, poucos minutos depois, os
hambúrgueres foram feitos. Grant sempre teve jantares de família em sua
casa; seus pais começaram o ritual noturno, quando ele e sua irmã viviam em
casa. Mas a família de Alex tinha um nível de conforto um com o outro que ele
nunca sentiu. Mesmo Chase estava agora incluído nele. Havia dois cães correndo
ao redor do quintal, e depois de todos comerem, Chase e ele saíram para lançar
um pedaço de pau para eles. O cão menor, Buddy, tinha apenas três pernas, mas
manteve-se bem o suficiente com o pastor australiano.
— Sabe, se você tivesse um desses, você poderia não ter tantos problemas
perto de sua casa. — Disse Chase, jogando a vara de novo.
— Um de quê? — Grant olhou para cima, após coçar os ouvidos de Buddy.
— Um cão. — Chase riu. — O McKay tem uma labrador chocolate de dois
anos de idade, que teve filhotes na semana passada. Eles estão começando a
procurar casa para quando os filhotes tiverem idade suficiente. — Chase sorriu.
Grant pensou nisso por um segundo.
— Eu não sei. Estou perto da estrada. Isso pode ser um problema.
Chase sorriu e jogou a vara de novo.
— Você pode treiná-los. Na verdade, Haley pode trabalhar com ele por um
fim de semana e estaria tudo certo. — Ele apontou para Haley, que estava deitada
em um banco, cochilando. — Ela fez maravilhas para Buddy.
— Acho que posso passar pelo McKay e dar uma olhada neles.
Grant pensou a sério sobre isso o resto do tempo que andava com os cães.
Já que ele tinha vários tipos de animais, por que não um cão neste momento?
Então, Alex começou a caminhar em direção a eles, e ele esqueceu de
tudo, exceto ela, enquanto observava seus quadris balançar. Até o momento que
ela parou em frente a ele, sua boca estava completamente seca.
— Bem, eu vou ajudar minha esposa... — Chase desculpou-se
rapidamente.
— Quer ir para um passeio?
Alex pegou a mão dele e puxou-o para o lado da casa. Eles caminharam,
de mãos dadas, em silêncio pelos campos até que chegaram a um velho carvalho
que tinha um grande balanço debaixo. Alex se sentou e Grant empurrou-a,
observando seu cabelo balançar com a brisa.
— Eu nunca pensei seriamente sobre deixar este lugar. — Disse ela, de
repente.
— Por que você faria? É perfeito. — Ele sorriu, olhando através do campo
com o sol sumindo atrás da casa branca, fazendo com que ele quase brilhasse.
— É, não é?
Ela suspirou. Ele parou de empurrá-la e deu a volta, segurando as cordas
em sua mão até o balanço parar.
— Você está pensando em partir? — Ele perguntou olhando para ela.
Ela balançou a cabeça.
— Eu fiquei por um tempo, então... — Ela olhou para ele e balançou a
cabeça novamente. — Não, eu vou ficar. — Ela sorriu.
— Eu fui a um monte de lugares nos últimos anos. Viajar é emocionante,
mas sabendo que você pode voltar aqui...
Ele virou e acenou com a cabeça em direção a casa. Um riso distante
podia ser ouvido da parte de trás da casa. O som dos cachorros latindo com
alegria e o gado mugindo nos campos distantes fizeram o lugar parecer um
lar. Ele balançou a cabeça.
— É a razão pela qual eu voltei. — Ele se virou para ela.
Ela se levantou e colocou os braços ao redor de seus ombros.
— Estou tão feliz por isso.
Em seguida, ela o beijou. Ele caminhou com ela para trás alguns passos
até as suas costas estarem contra o tronco da árvore e tornou o beijo mais
profundo, com as mãos vagando sobre sua pele lisa até que ele sentiu que não
podia controlar-se por mais tempo. Mas suas mãos estavam em volta dela,
segurando-a com força contra ele. Ele desesperadamente queria que estivessem
em qualquer lugar, menos de pé em um campo aberto. Então, suas mãos foram
para seu jeans, e sua mente ficou em branco quando ela começou a esfregar
através de seu jeans.
— Eu quero você. Eu não parei de pensar em você desde a noite passada.
— Disse ele contra sua pele. — Deus me ajude, se você não parar. — Ele tirou
suas mãos tentando assim acabar com a tortura. — Eu vou acabar tomando você
aqui mesmo no campo aberto, não me importando com quem vê ou ouve.
Ele levou um par de respirações profundas para se firmar.
— Eu não me importo. — Ela sorriu para ele, puxando-o a poucos metros
atrás da árvore e deitou-se na grama alta. — Faça amor comigo aqui, Grant. Sob
esta árvore, com as estrelas surgindo.
Ele a seguiu até o chão; ele não poderia ter se interrompido nem se
quisesse. Seus braços e pernas em volta dele quando ele veio ao seu lado. Ela
puxava sua roupa rapidamente, e suas próprias mãos tremiam quando ele tentou
remover as dela suavemente. Ela se movia muito rápido, ele não conseguiria
controlar sua necessidade muito mais tempo se mantivesse esse ritmo. Então, ela
estava empurrando-o, abrangendo seus quadris, movendo-se contra ele,
arrastando beijos pelo peito até que chegou a bainha da calça jeans. Em seguida,
ela foi puxando-os sobre seus quadris. Quando ela o levou em sua boca, seus
ombros atingiram o chão, e ele mordeu o lábio em um gemido. Suas mãos foram
para seu cabelo enquanto ela usava a boca para agradá-lo.
Quando ele inverteu as posições, olhou para ela. Ela tinha um sorriso
malicioso no rosto.
— Você acha que isso é engraçado? — Sua voz estava rouca.
Ela assentiu com a cabeça e mexeu debaixo dele. Em um movimento
rápido, ele arrancou seus shorts para baixo e teve um dedo em seu calor,
fazendo-a suspirar e gemer. Jogando a cabeça para trás, ela mordeu o lábio
inferior e cravou os dedos na grama, ainda se segurando. Quando ele abaixou a
cabeça e provou sua pele macia, ela gritou e agarrou sua cabeça, segurando-o
para seu núcleo. Seus dedos se moviam lentamente para dentro e para fora dela
enquanto ele usava a sua língua na pequena protuberância apertada que
encontrou. Quando ele sentiu o convulsionar e provou sua doçura em sua língua,
ele moveu-se e deslizou lentamente dentro ela.
Ela colocou os braços e as pernas ao redor dele, segurando-se à medida
que balançava junto com o pôr do sol atrás deles, lançando sombras sobre eles.
Quando as estrelas estavam altas, eles estavam entrelaçados e viram o
céu escuro, falando sobre suas esperanças e sonhos. Ele nunca se sentiu mais
ligado a alguém em toda a sua vida.
Eles finalmente vestiram-se novamente e voltaram para o celeiro. Alex deu
um beijou de boa noite e deu-lhe as chaves da caminhonete. Enquanto dirigia
para casa com a velha Betty, ele pensou em um plano para fazer Alex ir morar
com ele. Pelo menos até que pudesse convencê-la a se casar com ele.

***

Foi tão engraçado ver Grant dirigir até sua casa na velha caminhonete
azul. Então, percebeu. Era a velha caminhonete dos West.
Cortar os pneus dele deu um pouco de prazer, mas não o
suficiente. Talvez houvesse algo mais que poderia ser feito para impedir mais
humilhação. Afinal, a cidade inteira sabia que eles estavam se vendo
agora. Talvez o jogo precisasse ser intensificado um pouco mais? Talvez fosse
hora de encarar um deles e mostrar como as suas ações estavam estragando
tudo?
Talvez atacando Grant em sua casa fosse o melhor método? Tantas
possibilidades... Qual escolher?
***

No dia seguinte, Alex acordou tarde. Ela normalmente não se importava,


mas hoje sim, pois deveria estar no Mama’s para o primeiro turno. Jamella não
era uma chefe tirana, mas ela sempre fazia quem estava atrasado levar o lixo
para fora no final do seu turno. Alex odiava transportar o lixo para fora, de modo
que ela quase nunca estava atrasada.
Quando ela chegou, teve o olhar de repreensão de Jamella, mas
rapidamente pegou suas mesas e começou a trabalhar. Ela realmente não sabia o
que a levara a começar a trabalhar em primeiro lugar, não que fosse bom um
pouco de dinheiro extra e gasolina. Talvez tivesse visto Lauren lutando para
pagar a conta de luz naquele ano. Fosse o que fosse, ela rapidamente começou a
gostar de trabalhar lá. O trabalho não era árduo, mas ainda era trabalho. Ela
aprendeu a lidar com o trabalho pesado; o que ela mais gostava era ver e interagir
com as pessoas. Algumas pessoas na cidade ela gostava de conversar, com
outras, nem tanto. Foi por volta de meio-dia quando Savannah e sua multidão de
seguidores entraram. Elas foram recebidas por várias senhoras idosas que faziam
eventos de caridade ao redor da cidade. O jornal local estava sempre cheio de
detalhes e fotos de tudo o que as senhoras fizeram. Às vezes parecia que cada vez
que espirrava, era incluído. Mas quando a vaca da Haley venceu a feira municipal
no ano passado, não houve uma palavra impressa nos jornais locais sobre o
assunto. Lauren ficara tão chateada com isso que pegou um anúncio de página
inteira para si mesma, apenas para mostrar a cidade quão excelente sua irmã
era.
Alex colocou seu melhor sorriso e se aproximou para anotar os
pedidos. Savannah procurou sentar-se no meio da cabine, longe de qualquer
comida que pudesse cair neste momento. Quando Alex entrou na parte de trás
para anotar os pedidos, ela percebeu que Savannah realmente fez um favor a
ela. Se ela ainda estivesse com Travis, ela não se sentiria tão livre, e não estaria
com Grant. E se havia uma coisa que ela já sabia, era que ela queria estar com
Grant o quanto quisesse.
Estar com ele era a maior alegria que teve em anos. Não era apenas o
relacionamento físico, um milhão de vezes melhor do que era com Travis, Grant
realmente a escutava quando falava. Ele a tratava como se ela fosse uma pessoa
a ser amada, como se fosse inteligente. Ela ainda não conseguia esquecer o
quanto eles já sabiam sobre o outro. Ajudou que ele sempre esteve por perto no
rancho quando eram mais jovens. Ela sempre o ignorou, e ele sempre a tratou
como uma irmã. Ou então ela pensava.
Quando ela trouxe o pedido do grupo, todo mundo de repente ficou muito
quieto. Ela sabia que eles falavam dela; estava escrito em seus rostos
culpados. Ela colou um sorriso e entregou a comida, desejando que elas se
apressassem, sufocassem e fossem embora. Mas, ao invés disso, as mulheres
mais velhas saíram, deixando as três mais jovens e Savannah para trás.
Quando ela se aproximou delas com a conta, Savannah zombou dela.
— Eu não penso assim, Alexis. Custaram-me quatrocentos dólares para
ter o meu vestido limpo na última vez que estive aqui. — Ela olhou para as unhas
e sorriu. — Você vai ter que descontar do seu salário.
Alex deixou a conta na mesa, em seguida, cruzou os braços sobre o peito.
— Savannah, eu suspeito que você possa ler.
Os olhos de Savannah ficaram arregalados.
— É claro que posso. Que tipo de declaração é essa?
Alex assentiu para o sinal sobre a porta.
— Você conhece as regras de Mama. Ou você paga, ou você limpa. De uma
forma ou de outra, a conta será paga.
Alex se afastou com um sorriso.
Ela tinha acabado de entrar na parte de trás, quando ouviu o barulho na
frente. Olhando pela janela, viu Jamella agarrar o braço de Savannah,
impedindo-a de sair.
— Agora garota, eu sei que você é mais esperta do que isso. Ouvi Alex
avisá-la. Ou você paga a conta, ou vou chamar seus pais. Melhor ainda, a polícia.
Todas as amigas de Savannah a deixaram quando Jamella a agarrou.
— Jamella, você sabe muito bem que Alexis arruinou o meu vestido novo
na última vez que estive aqui. Ela é sua empregada e, portanto, a
responsabilidade é dela de pagar essa conta.
— Isto é entre você e ela. No Mama’s, se você comer da comida, você paga
por ela. Agora, você vai pagar ou eu vou... — Jamella pegou o telefone.
— Tudo bem, mas eu nunca vou pisar aqui de novo. — Os olhos de
Savannah correram ao redor para encontrar Alex sorrindo de volta para ela.
Quando Jamella entrou na parte de trás, um sorriso enorme no rosto, ela
murmurou: — Veja se eu vou deixar essa garota magrela voltar aqui. Me processe
se aquela menina nunca mais voltar.
No resto do seu turno, Alex se sentiu alegre e livre. Até o final da noite, ela
sentiu como se tivesse vencido a guerra com Savannah. Ela sabia que as pessoas
iriam falar sobre o que aconteceu. Afinal de contas, a pequena cidade não
costuma ter um monte de fofocas. Desde seu rompimento com Travis, tinha feito
a lista das principais notícias do ano, qualquer coisa a ver com isso com certeza
se espalhava rapidamente.
Já passava das sete horas quando ela saiu para levar o lixo. Ela fez uma
pausa momentânea quando viu Travis fumando inclinado contra sua
caminhonete no estacionamento. Deixando a porta aberta, ela endireitou a
coluna e passou por Travis para jogar o lixo na lixeira. Quando ela tentou passar
por ele de novo, ele agarrou seu braço e a obrigou a parar.
— O que quer causando todo este problema?
Sua voz era baixa e as suas palavras um pouco arrastadas. Ele sacudiu o
cigarro. Ele provavelmente estava bêbado. Farejando, ela cheirava a bebida sobre
ele, além do cigarro.
— Solte o meu braço, Travis.
Ela tentou se livrar, apenas para ser virada e empurrada contra a sua
caminhonete.
— Eu a deixarei ir quando eu quiser. Agora, responda a minha pergunta.
Ele balançou o braço dela e inclinou-se para ela, sua respiração batendo
no seu rosto. Cigarros e cerveja barata. Como ela permitiu que este homem a
beijasse, cheirando assim? Seu estômago revirou.
— Eu não sei do que você está falando. — Ela disse mais alto, na
esperança que Willard escutasse. Quando ele não se mexeu, ela empurrou o peito
e disse: — Travis Nolan, me solte agora.
— Por que você fez o xerife ir à minha casa? Eu não fiz nada. Além disso,
Grant benfeitor merece tudo o que está acontecendo com ele.
Seus dedos estavam cravando em seu braço e ela sentiu a maçaneta da
porta bater em seu quadril.
— Deixe Grant fora disso. Você é a pessoa que traiu.
Ela o empurrou de novo, só para tê-lo mais perto e prendendo seu corpo
contra a sua caminhonete com o dele. Suas mãos estavam presas entre eles e ela
começou a entrar em pânico. Então se lembrou do que seu pai ensinou e ela
usou toda a sua força para pisar em seu pé e empurrar seu joelho até acertá-lo
em sua virilha.
Quando ele se dobrou, ela correu para a porta de trás, gritando atrás
dela.
— Deixe Grant fora disso. — Ela parou ao lado da porta e olhou para
trás. Ela estava satisfeita quando viu que ele ainda estava curvado, agarrando
sua virilha. — Basta deixá-lo ir, Travis.
Então ela fechou a porta e encostou a cabeça contra o metal frio.
— Você lidou bem com isso. — Alex saltou com a voz de Jamella atrás
dela. Quando olhou, viu Jamella ali com uma enorme frigideira nas mãos. — Se
aquele menino vier aqui de novo, ele vai conhecer o peso disso.
Ela deu um tapinha na panela e sorriu enquanto Alex sorria.
Capítulo 08

Grant levou três dias para arrumar a cerca de madeira para o curral. As
tábuas pesadas eram fortes o suficiente para manter até mesmo um touro. Ele se
afastou e sorriu ao sentir o ar fresco vindo dos campos. Era indicativo de um
pouco mais de chuva, e ele estava feliz por começar o trabalho antes da chuva
chegar. Parecia que tudo estava finalmente se encaixando; ele pegou seu Ford de
volta mais cedo naquela manhã.
Ele virou e viu o carro de seus pais parando na frente de sua casa. Seu
pai saiu e acenou enquanto Grant caminhava em sua direção e apertou sua mão.
— Parece bom, filho. — Seu pai acenou em direção ao curral. — Você fez
um bom trabalho.
Ele deu um tapa nas costas dele.
— Obrigado. O que o traz aqui?
Seus pais frequentemente vinham a sua casa. Sua mãe sempre trazia
comida ou tortas, e seu pai vinha para dar uma mãozinha quando podia. Mas
algo disse a Grant que seu pai não estava aqui para uma visita social. O sorriso
de seu pai desapareceu.
— Bem...
Ambos olharam para o céu, quando começou a chover levemente.
— Vamos até a varanda para não ficarmos encharcados.
Subiram os degraus de pedra juntos.
— Você quer uma cerveja?
Quando seu pai balançou a cabeça e sentou-se em uma de suas cadeiras
de varanda, Grant sabia que era grave.
— Eu odeio dizer isso, mas parece que alguém apresentou uma denúncia
contra você no conselho de advocacia do Texas. Eles alegam que ainda não
apresentou as suas horas MCLE1 e querem que o Estado revogue sua licença. —
Seu pai levantou a mão. — Agora, antes de querer matar alguém, eu já apresentei
um recurso de apelação.
Ele se levantou pronto para lutar.
— Droga pai, entramos com aqueles papeis no mês passado. Irá demorar
mais algumas semanas.
Ele pensou sobre como isso atrasaria seus planos de negócios e sentiu a
raiva crescer.
— Eu sei, eu sei. — Seu pai levantou-se e colocou a mão em seu ombro. —
É uma tática de intimidação. Parece-me que alguém no poder por aqui quer você
fora da cidade. Ou, pelo menos fora de um trabalho. — Seu pai piscou para ele.
— Não se preocupe, nem mesmo o prefeito tem o poder de tirar a sua licença.
Mas eles têm poder suficiente para dificultar a nossa vida. — Seu pai franziu a
testa, e deu um tapinha nas costas dele novamente. — Será que ela vale a pena?
— Ela vale.
Ele sorriu quando seu pai riu e acenou com a cabeça.
— Bom. — Seu pai sorriu para ele.
Depois que seu pai foi embora, Grant tomou banho e se vestiu, então
decidiu ir ao rancho Saddleback e ver o que Alex estava fazendo.
Quando ele chegou lá, ela estava apenas parada na frente do celeiro. Ele
sorriu e colocou a velha Betty de volta em seu lugar.
— Oi. — Ela sorriu e caminhou até a caminhonete.
— Oi, eu só estou trazendo a velha menina de volta. — Ele fechou a porta
e puxou Alex para seus braços e deu um beijo suave em seus lábios. — Obrigado.
— Disse ele quando ela se afastou.
Suas sobrancelhas se ergueram. — Pelo beijo? — Ela sorriu e colocou os
braços em volta do pescoço dele.

1 Cada membro ativo do conselho de advocacia no Texas deve completar um mínimo de


15 horas de trabalho e estudo ao longo de cada ano de curso
Ele riu.
— Pelo empréstimo. Eu peguei meu Ford de volta hoje mais cedo.
Ela sorriu.
— A qualquer hora. Você já jantou?
— Sim, mas eu não me importaria de ter um pouco de sobremesa.
Ele se inclinou e pairava acima de seus lábios quando ambos ouviram
uma tosse. Haley estava apenas fora das portas do celeiro, com um grande
sorriso no rosto. Grant se afastou, mas passou um braço em torno de Alex,
abraçando-a.
— Ouvi dizer que você deu a Travis o que mereceu hoje. — Disse Haley,
andando por eles. — Já era sem tempo
Grant observou Haley entrar em casa. Ele virou-se para Alex e olhou para
ela.
— O que ela quer dizer com isso?
Alex olhou para sua irmã com uma careta.
— Isso significa que Haley tem uma boca grande, e Jamella não pode
esconder nada de minhas irmãs.
Grant a virou ligeiramente. Ele notou uma contusão escura em seu braço
esquerdo.
— Travis fez isso com você?
Ele deixou cair os braços e olhou em seus olhos.
Ela deu de ombros e sorriu um pouco.
— Tenho certeza que não é nada comparado a como suas bolas parecem
agora.
Grant sentiu seu sangue começar a ferver. Quando ele olhou para seu
braço, podia ver a marca em torno dele, onde a mão de Travis esteve. Ele sabia
que Alex era frágil, e ele foi criado para nunca levantar a mão para uma
mulher. Inferno, ele nunca esteve em uma luta de verdade. Mas sua mente
piscava imagens para arrebentar Travis no momento.
— Escute...
Ela se aproximou dele, tirando de sua mente as imagens dele de pé sobre
o corpo inconsciente de Travis. Então, ela pegou sua camisa em suas mãos
suavemente, tentando puxá-lo para mais perto.
— Eu cuidei dele. Não é a primeira vez que ele age um pouco duro
comigo. Desta vez, eu não tinha nenhuma razão para não revidar.
Ela sorriu.
Seu coração batia forte em seu peito, e ele sentia vontade de bater no
rosto de Travis. Mas ela olhou para ele com aqueles olhos cor de chocolate, e ele
não podia deixar de estar orgulhoso de como ela lidou com Travis sozinha.
— Se ele vier de novo, me ligue. — Ele encostou a testa contra a dela.
— Claro. — Ela sorriu para ele, então colocou os braços ao redor de seu
pescoço novamente e sussurrou: — O que você me diz de subir e me ajudar a
lavar minhas costas?
Sua mente brilhou com as imagens de Alex molhada, escorregadia e
nua. Um sorriso voou para os lábios tão rápido que ele não podia parar. Então,
ouviu uma porta de tela bater e fechar em algum lugar, e ele afastou a imagem
para longe.
— Eu adoraria, mas o lugar está um pouco cheio no momento.
Eles ouviram latidos de cachorro e Haley e Lauren rindo.
— Eu acho que você está certo. — Ela suspirou.
— Eu poderia arrumar uma mochila e ir para sua casa? — Ela se inclinou
contra ele.
— Eu gostaria disso. — Ele deu um beijo em seus lábios, de forma rápida.
Quando ela se virou e correu para dentro da casa, ela chamou por cima do
ombro.
— Eu estarei de volta em alguns minutos.
Ele ficou lá, a assistido ir, sentindo-se animado. Em seguida, ele ouviu
outra tosse atrás dele. Virando-se, viu Chase inclinado contra a cerca alguns
metros de distância.
— É muito duro conseguir qualquer privacidade por aqui. — Chase sorriu.
Grant se aproximou dele e apertou sua mão.
Chase acenou na direção a velha Betty.
— Parece que você tem tudo consertado novamente.
— Sim.
Grant colocou o pé na primeira tábua da cerca e viu um cavalo cinzento
mais velho no curral.
— Parece que Travis decidiu abordar Alex hoje em vez de se esgueirar em
minha propriedade.
— O quê? — Chase se inclinou para cima, parecendo estar pronto para
uma luta.
— Ela está bem. — Grant olhou em direção a casa. — Chutou onde
importa. — Ele riu e olhou para Chase. — Mas, se eu fosse você, eu ficaria de
olho por aqui. Travis gosta de se esgueirar.
— Aquele filho da... — Disse Chase, e, em seguida, começou a andar.
— Exatamente.
Grant sorriu e relaxou contra a cerca, sabendo que Chase se certificaria
que tudo estivesse seguro e protegido em todo o rancho.
No momento em que viu Alex chegar, sua mente estava em apenas uma
coisa. Ela.
Quando entrou na casa, ele não deu a ela uma chance de falar. Em vez
disso, a puxou para perto dele e levou-a em direção ao seu quarto enquanto
beijava ao longo de seu pescoço, mordiscando o seu caminho até os ombros. No
momento em que chegou ao quarto, ambos estavam nus, suas roupas, deixadas
em qualquer lugar desde a porta da frente. Ele não parou no quarto. Em vez
disso, caminhou de costas, até que atingiu a parede do chuveiro. Ele estendeu a
mão e ligou a água, realmente não percebendo a água fria até que a sentiu tremer
em seus braços.
— Oh, desculpe.
Ele riu, em seguida, ligou a água quente. Ele pegou um pouco de shampoo
e começou a esfregar seu cabelo e seu corpo até que ela estava gemendo e
segurando as paredes do chuveiro. Virando-a até que ela estava de costas, ele
usou as mãos com sabonete para lavar os cabelos e as costas.
— Eu gosto do seu cabelo neste comprimento. Claro que seria bom mais
curto também, mas este parece se encaixar melhor.
O cabelo dela era tão suave enquanto ele corria para o meio das
costas. Ela gemeu e colocou as palmas das mãos contra a parede do chuveiro,
mantendo-se de pé. Ele continuou a vagar suas mãos para a parte inferior, ao
longo de suas costelas e sua cintura estreita, até que alcançou seu bumbum
perfeito. Ele se inclinou mais perto, o peito batendo as costas quando chegou ao
redor e correu os dedos sobre seus quadris, puxando-a contra ele.
— Por favor. — Ela gemeu e recostou a cabeça em seu ombro.
Ele sorriu.
— Eu nunca pensei que eu teria Alexis West implorando no meu chuveiro.
Ele disse baixinho em seu ouvido. Ele a sentiu tremer quando ela
empurrou e tentou puxar seus quadris mais perto. Ele se afastou por apenas um
momento, tempo suficiente para deslizar o preservativo que ele teve a sorte de
pensar em pegar antes de entrarem no chuveiro. Em seguida, ele a puxou de
volta para ele.
— Aqui, coloque o pé em cima da cadeira.
Ele a ajudou a mover o pé direito para cima, em seguida, ela se inclinou
para frente, enquanto corria os olhos sobre ela. Ela era perfeita. Tinha um pouco
de sardas na bochecha direita, e ele passou o dedo sobre elas, sorrindo. Então,
ela arqueou as costas e ele esqueceu tudo, exceto a necessidade de estar dentro
dela.

***

Era outra primeira vez para Alex. Ela nunca fez amor em um chuveiro
antes, ou de pé, para falar a verdade. Ela sorriu para si mesma e arqueou as
costas. A antecipação era quase demais. Ela sentiu as pernas tremerem enquanto
esperava que ele a tocasse novamente.
Em seguida, suas mãos estavam levemente em sua parte inferior e nos
quadris enquanto ele a manteve imóvel e, lentamente, entrou nela. Ela
gemeu. Ele a encheu completamente enquanto ela tentava segurar as paredes
lisas do chuveiro. Suas mãos a puxavam de volta para ele quando ele empurrou
mais fundo dentro dela. Ela fechou os olhos, deixando a água correr sobre ela,
apreciando o movimento enquanto ele lentamente a deixava louca, aumentando
seu desejo por ele.
— Meu Deus. — Disse ele, e a virou um pouco para que ela pudesse
agarrar a prateleira onde guardava o shampoo. Ela agarrou-a com força,
segurando-se enquanto ele se movia mais rápido. Suas mãos lisas se movendo,
correndo sobre cada centímetro dela, fazendo com que seus mamilos
endurecessem nas suas mãos. Então, ele se inclinou e sussurrou em seu ouvido,
dizendo o quanto ela era gostosa, e ela sentiu-se convulsionar em torno dele,
gritando seu nome.
Ela sentiu como se estivesse se afogando. A cabeça dela estava sob o
chuveiro, e água caindo nas costas, cabeça, olhos e nariz.
Grant a pegou e tirou da água, em seguida, a virou quando a água foi
desligada. Ele pegou uma toalha e gentilmente começou a secá-la.
Ela sorriu.
— Eu poderia me acostumar com este tipo de tratamento.
— Bom.
Ele sorriu para ela e continuou a esfregar sua pele, suavemente. Então,
quando ele estava satisfeito, secou rapidamente seu peito e pernas. Ela observava
cada movimento. Ele estava bronzeado e tonificado, e quando ela estendeu a mão
para tocar seu peito, percebeu que cada parte dele era dura. Sorrindo, ela
caminhou para mais perto dele e colocou os braços ao seu redor, enquanto ele
jogava a toalha sobre a bancada.
Ela riu quando ele a pegou e levou-a para o quarto.
— Eu definitivamente poderia me acostumar com isso.
Ela beijou seu pescoço logo abaixo da orelha e ouviu-o rosnar um pouco.
Então ele a colocou na cama e cobriu-a de novo.
— Onde estávamos? — Ele perguntou se colocando entre suas pernas. —
Ah, eu acho que me lembro agora.
Ele deslizou dentro dela lentamente novamente, e seus quadris subindo
para acompanhar seus impulsos. Em seguida, ele foi se inclinando e beijando-a,
e seu corpo parecia estar fora de controle. Suas mãos percorriam suas costelas,
sobre as pernas, puxando-o para mais perto de seu peito até que ela sentiu-o
completamente dentro a cada estocada.
Suas unhas cravaram em seus quadris e seu bumbum apertado enquanto
ela tentava corresponder cada impulso. Sua respiração estava ofegante e ela
sentiu como se houvesse arrepios crescentes por todo o corpo. Ainda assim, ela
enrolou as pernas em torno de seus quadris e segurou até que se sentiu derreter
em torno dele enquanto ele se segurava ainda sobre ela.
Quando ele caiu, fez questão de passar para o lado para não esmagá-la,
outra coisa que ela gostava dele. Ele era tão atencioso. Ela sorriu para o teto e
começou a listar mentalmente as razões que Grant era muito melhor para ela do
que Travis foi. Ela foi até vinte e quatro quando sua mão se moveu sobre seu
quadril e ela perdeu a linha de pensamento.
Ele a puxou para perto e se aconchegou em seu cabelo.
— Agora você tem o meu cheiro. — Ele riu.
— O quê? — Ela piscou algumas vezes ao tentar compreendê-lo.
— O shampoo. — Ele se inclinou e olhou para ela. — Eu acho o seu cheiro
melhor. É mais suave, mais sexy. — Ele se inclinou e cheirou. — Sim, tudo o que
eu cheiro sou eu. — Ele franziu a testa. — Talvez você possa trazer algumas de
suas coisas para cá, então se a gente acabar fazendo isso de novo, eu sentirei seu
cheiro em vez disso. — Ele sorriu para ela.
Ela riu.
— Você é tão engraçado. — Ela se sentou e olhou para trás. — Se você
recuperar a minha bolsa no corredor da frente, você pode simplesmente começar
a cheirar-me.
Ele levantou e pegou sua bolsa. Ela entrou no banheiro, fechando-o e
rapidamente se enxaguou novamente, desta vez usando seu próprio shampoo e
condicionador. Ela chegou a passar seu spray corporal. Em seguida, ela vestiu
sua lingerie mais sexy, colocou uma camisa de seda e uma saia jeans, e saiu para
vê-lo comer uma tigela de cereal na cama. Ele parecia um garoto preso em casa
assistindo desenhos animados. Ela riu dele.
— O quê? — Ele olhou para ela e sorriu. — Sabe, eu tinha planos de levá-
la para sair em algum lugar em breve. — Ele franziu a testa. — É claro que, talvez
nós vamos planejar para quando pudermos dirigir para Tyler, uma vez que
Mama’s é realmente o único lugar na cidade para comida.
— Eu gostaria muito. — Ela veio e sentou-se ao lado dele. Ele estava
vestindo calça jeans, sem meias e sem camisa, e ele parecia sexy. Ela inclinou e
olhou para dentro da tigela. — É Fruity Pebbles?
Ele sorriu.
— Sim, você ficaria surpresa com o quão saudável são essas coisas.
Ela riu.
— Sério?
— Você quer um pouco? — Ele segurou a tigela. — Eu acho que há um
filme antigo esta noite.
Ele deu um tapinha no local ao lado dele. Ela sentou e deu uma mordida
de seu cereal.
— Cereal e um filme antigo soa bem. — Ela deu outra mordida. — Sabe,
faz tempo que não como cereal na cama enquanto assisto TV. — Ela sorriu
quando o Mágico de Oz começou.
— Eu amo esse filme. — Grant deu uma porção do cereal. Seus olhos
estavam grudados na tela e Alex sentiu seu coração saltar para o homem que
comia cereal na cama enquanto assistia a um dos seus filmes favoritos de todos
os tempos.
Mais tarde naquela noite, enquanto ela estava se preparando para ir para
casa, ele a puxou para perto e beijou-a até que seus dedos curvaram.
— O que você acha de sair comigo para The Rusty Rail na próxima quinta-
feira?
Ele perguntou quanto eles estavam na varanda. Quinta-feira eram noites
de karaokê no Rusty Rail, o único bar local da cidade com dança. Alex sempre
amou ir ao Rusty Rail, mas não foi lá desde seu rompimento com Travis.
— Parece bom.
Ela sabia que era hora de mostrar a todos na cidade que ela seguiu em
frente. Mesmo a perspectiva de ver Travis com Savannah não a incomodou como
teria se ela não estivesse com Grant.
Enquanto ela dirigia para casa, ela pensou em seu tempo com Grant e,
por uma vez, seu futuro parecia realmente bom. Ela pode ainda não saber o que
queria fazer ou ser na vida, mas sabia que desfrutaria de cada momento de seu
tempo juntos.
Quando ela entrou pela porta da frente, era apenas meia-noite. Cada luz
estava apagada na casa, exceto a de Haley. Ela bateu de leve na porta de sua
irmã e entrou quando sua irmã respondeu.
— Oi.
Alex entrou e sentou-se no final da cama de sua irmã. Haley estava
sentado em cima de seu edredom, um livro na mão, com o cabelo comprido e
escuro amarrado para trás com uma torção. Lauren e Haley foram abençoadas
com os olhos verdes de seu pai. Não era que Alex não gostava de ter os olhos
castanhos de sua mãe. Ela só queria poder se lembrar mais de sua mãe para que
pudesse vê-la quando se olhasse no espelho.
— Acabou de chegar em casa? — Haley deixou seu livro para baixo e
sorriu. — Nós apostamos se você passaria a noite. Parece que eu ganhei.
A irmã dela cruzou os braços sobre o peito, um sorriso satisfeito nos
lábios.
Alex inclinou a cabeça.
— Sério? Por que eu ficaria lá? Eu nunca passei a noite com Travis.
— Sim, mas... — Haley chegou mais perto de sua irmã e pôs a mão em
seu joelho. — Grant não é Travis.
Sua irmã estava certa. A única razão pela qual ela nunca passou a noite
com Travis era que ela realmente queria estar em casa em vez de enrolada em
seus braços. Ela queria ficar com Grant, aconchegar-se ao lado dele, acordar em
seus braços.
— Terra para Alex. — Haley balançou seu joelho, fazendo-a piscar e
perceber que sonhava em estar com Grant.
— Desculpe, eu acho que eu estou um pouco mais cansada do que eu
pensava. — Alex esfregou os olhos e bocejou.
— Claro que você está. — Haley sorriu e piscou.
Alex levantou-se e caminhou até a porta.
— Boa noite.
— Alex. — Haley esperou até que ela se virou. — Da próxima vez,
fique. Você não vai se arrepender.
Naquela noite, Alex teve dificuldade para pegar no sono. Seu corpo estava
cansado do longo dia de trabalho e as horas de fazer amor com Grant, mas sua
mente apenas se recusou a desligar.
Ela continuou a pensar sobre listas. Listas de como Grant era diferente,
melhor do que Travis. Ela perguntou por que sua mente se sentia insegura sobre
dar o próximo passo com Grant. Não era como se ela fosse morar com ele. Eles
estavam juntos há algum tempo agora, e eles curtiam um ao outro. Ela sabia que
Grant nunca a trairia. Não havia nenhuma maneira de o Sr. Benfeitor fazer algo
assim, mesmo que ele tivesse mudado muito desde que ela dera o apelido para
ele. Ele ainda era o mesmo Grant, e ela sabia que ele não era capaz de algo
assim.
Ele era gentil e mais carinhoso do que qualquer um com quem já saiu. Ele
a levava até seu carro, abria a porta, e sempre se inclinava e a beijava, dizendo
para conduzir em segurança no caminho para casa. Ela sorriu e virou na cama,
tentando ficar mais confortável. Ela desejou que ele tivesse um telefone celular,
para que pudesse mandar uma mensagem para ele, mas ela sabia que ele estava
adiando a obtenção de um telefone. Talvez ela comprasse um para ele. Poderia
ser um presente de aniversário antecipado.
Ela sentou na cama e suspirou. Ela nem sabia o seu aniversário. Ela
correu para sua estante e procurou através de seus anuários. Puxando um após
o outro, viu imagem após imagem dele, mas nenhum deles mostrou a data de seu
nascimento. Sentindo-se frustrada, ela caminhou até o laptop e abriu. Ela sabia
que ele realmente não gostava de tecnologia, mas talvez estivesse lá em algum
lugar na web.
Ela procurou no Facebook e ficou chocada ao ver uma foto dele e uma
menina de pele escura, sorrindo para a câmera sobre o que parecia ser a sua
página pessoal do Facebook. Ela relaxou quando se lembrou que ele disse sobre
sua ex, Terry. Então, esse era o tipo de garota com quem ele namorava? Ela
olhou para a beleza de cabelos escuros. Seu cabelo escuro e encaracolado
pendurado pelos ombros, e sua pele brilhava à luz do sol. Alex passou por mais
algumas fotos. Havia apenas uma dúzia, mas ela olhou para cada uma, tendo em
cada detalhe a sua transformação de Grant robusto com óculos para Grant com
um corpo bem tonificado. Havia uma foto de Grant com outro homem, um grande
tipo fisiculturista, que parecia muito com Terry. Ela percebeu que ele deveria ser
Sam. Ela se sentiu um pouco triste ao olhar para as imagens dos três. Ela
poderia dizer que Grant realmente admirava o homem, e ela desejou ter tido a
oportunidade de conhecê-lo. Então ela olhou para sua irmã, Terry, e se
perguntou o que ela passou, perdendo seu único irmão.
Aproveitando a chance, ela usou o Google para pesquisar o nome de
Grant. Estreitando a pesquisa, ela digitou, Fairplay, e ficou chocada quando um
site profissional surgiu: Holton Assessoria Jurídica. Ela clicou e viu uma imagem
de Grant e seu pai. O site parecia novo, uma vez que alguns dos links não
funcionavam ainda, mas pelo que ela podia dizer, eles estavam com um negócio
on-line para ajudar as pessoas a arquivar a papelada legal simples, como
testamentos. Ela passou quase uma hora olhando o site. Até o momento em que
desligou o computador, ela sabia várias coisas mais sobre Grant, incluindo que o
seu aniversário estava a menos de um mês. Perfeito. Ela poderia dirigir até Tyler e
comprar um novo telefone celular para ele e ter uma desculpa
maravilhosa. Afinal, com um negócio online assim, ele precisava estar conectado.
Fechando seu laptop, ela voltou para a cama com um sorriso no rosto. Ela
compraria um telefone celular, e da próxima vez que ela fosse para a casa dele,
ela passaria a noite inteira com ele.
Capítulo 09

Até o final da semana, a fofoca sobre a pequena cena atrás do Mama’s se


espalhou por toda cidade. Quando as pessoas entravam na lanchonete, sorriam
ou riam para ela. Ela sabia a algum tempo que a pequena cidade gostava de
fofocar sobre ela, e ela nunca se esquivou antes. Desta vez, ela desejou que as
pessoas apenas a deixassem em paz.
Ela não via Travis ou Savannah há algum tempo, e ela realmente não
ouviu qualquer fofoca sobre os dois também. Era quase como se eles não
estivessem realmente envolvidos. As pessoas na cidade sabiam por que ela
terminou o noivado, e também sabiam que atualmente ela estava saindo com
Grant. Mas a maioria das fofocas em torno da cidade era sobre o que ela fez para
os dois.
Ela esperava que com a feira municipal no final do mês, as pessoas
encontrariam outra coisa para falar e as fofocas diminuiriam um pouco. Mas em
diversas ocasiões naquele dia no restaurante, ela ouviu o nome dela e se virou
para ver alguém rir com a história que estava sendo contada.
No momento em que ela avistou a entrada na fazenda, ela estava exausta
e ainda não era nem meio-dia. Ela estava na metade da entrada quando viu
Lauren andando ao lado com seu cavalo, Tanner. No início, ela pensou em
apenas diminuir, acenar e então, continuar seu caminho, mas sua irmã a
assustou se curvando e vomitando.
Alex freou e correu para o lado de sua irmã.
— O que é isso? Você está bem?
Ela segurou o cabelo de sua irmã enquanto ela continuava a vomitar tudo
sobre suas próprias botas. Então Lauren inclinou e deu-lhe um sorriso
fraco. Alex esticou o braço e sentiu a testa de sua irmã.
— Oh, querida, você está doente. Vou chamar o Chase.
— Não! — Lauren agarrou seu braço, impedindo-a. — Eu estou bem. Eu
vou ficar bem.
Ela sorriu e pegou uma garrafa de água de seu alforje e lavou a boca.
— Lauren, você provavelmente tem insolação ou algo assim. Você sabe
melhor do que...
Lauren a interrompeu, rindo.
— O quê?
Alex bateu o pé em frustração. Lauren nunca pensou em si mesma. Sua
irmã mais velha sempre desistiu de tudo o que ela queria para Alex e Haley. Ela
provavelmente trabalhou no sol o dia todo, desde o nascer do sol e, conhecendo-
a, não comera muito ou tomara qualquer líquido. Alex pensou mentalmente sobre
dedurá-la para Chase. Afinal, ela viu uma grande mudança na sua irmã desde
que o casal contou a todos no ano passado que se casaram há quase oito anos.
— O quê? — Alex soltou a mão que ainda estava em sua irmã. — O que é
tão engraçado?
— Você. Isto. — Lauren fez sinal ao redor do campo, e em direção a
casa. — Eu. Chase. Tudo.
Alex ficou em choque quando sua irmã virou em círculos, abraçando-se
quando ela riu.
— Ok, definitivamente insolação. Vou levá-la para casa agora.
Ela agarrou o braço de sua irmã.
— Alex. — Lauren pegou-a pelos ombros e sorriu para ela. — Não é
insolação. Estou grávida. Ou pelo menos eu acho que estou.
O sorriso de sua irmã ficou maior, enquanto esperava que as palavras se
afundassem.
A mente de Alex parou. Sua visão, na verdade, acinzentou nas bordas, de
modo que tudo o que ela podia ver era o rosto de Lauren. O verde dos olhos de
sua irmã quase brilhava à luz do sol. Seu cabelo escuro explodiu na brisa leve e
suas bochechas estavam um rosa escuro. Um bebê! Lauren teria um bebê. Chase
e Lauren teriam um bebê.
Em seguida, ela pegou Lauren pelos ombros e puxou-a para um abraço
tão forte que pelo tempo que ela a soltou, lágrimas caíam de seus rostos.
— Um bebê? — Alex sorriu para a irmã. — Você terá um bebê?
Lauren balançou a cabeça com um sorriso.
— Acho que sim. Fiz um teste e ele deu positivo. Além disso, eu estou
atrasada e você sabe sobre os enjoos matinais. Bem, para mim, é enjoo
noturno. Eu estive enjoada nas últimas três noites seguidas. Na hora do jantar,
alguns pãezinhos ajudam a melhorar. Eu venho saindo nas últimas duas noites
com Tanner para não deixar Chase saber o que está acontecendo. Eu sou uma
covarde.
— Por quê? — Alex recuou e fez uma careta. — Você não quer que Chase
saiba? Será que ele não quer ter filhos? — Perguntou.
Lauren rapidamente balançou a cabeça.
— Oh, não. Ele absolutamente quer filhos. Nós temos tentado desde que
se mudou no ano passado. É só que...
Alex sorriu.
— Você queria ter certeza primeiro?
— Exatamente. — Lauren agarrou a mão de sua irmã e começou a
caminhar com ela e Tanner em direção ao carro de Alex. — Agora que eu tenho
quase certeza, eu quero dizer a ele de uma forma especial.
Alex sorriu.
— Eu posso ajudá-la com isso. — Ela parou em seu carro e se inclinou
para pegar seu telefone celular. — Deixe tudo para mim.
Ela apertou alguns botões e fez algumas ligações. Até o momento que
desligou, Lauren e Chase tinham o lugar mais romântico da cidade só para eles
naquela noite. Alguns amigos ajudaram com tudo sem questionar, e ficaram à
disposição para ajudar.
As oito da noite, Alex fez Chase levá-la para a cidade, sob o pretexto de
que ela havia esquecido algo no restaurante e tinha uma dor de cabeça que não
podia ver bem o suficiente para dirigir. Em parte era verdade, desde que ela
passou quase três horas preparando a surpresa. Seu novo cunhado não se
queixou sobre levá-la. Em vez disso, ele a ajudou a entrar em sua caminhonete e
a conduziu os dez minutos para a cidade.
— Talvez você possa correr e pegar minha bolsa. Está bem atrás do
balcão. Jamella disse que deixaria a porta da frente destrancada para mim desde
que ela fechou cedo hoje. Ela pode estar na parte de trás, mas... — Ela gesticulou
e apoiou a cabeça contra o vidro. — Eu estou vendo tudo em dobro agora.
Ela fechou os olhos para enfatizar um pouco mais. Quando ela o ouviu
suspirar, quase riu. Sem dúvida, ele estava pensando em como ficaria
transportando a bolsa de uma mulher no outro lado da rua principal. Mas, em
seguida, a porta do carro se abriu, e ele saiu na chuva leve que começara a
cair. Ele atravessou a rua e a porta da frente do restaurante escuro.
Saindo rapidamente, Alex correu para a porta de trás e observou junto
com Jamella e Willard da janela da cozinha como Chase ficou imóvel dentro da
porta da frente.
Lauren estava na frente de uma pequena mesa, bem no meio da sala de
jantar. Velas brancas iluminando o quarto inteiro, fazendo o restaurante chato
parecer como o local mais romântico da cidade. A toalha da mesa cor de creme
cobrindo a mesa redonda, e as flores brancas e pétalas de rosa cobrindo quase
cada centímetro dela e o chão.
— O quê? — Ela ouviu Chase dizer. Então ele sorriu e caminhou
lentamente para frente. Eles assistiram como ele puxou Lauren em um beijo
profundo. — Esta é uma agradável surpresa.
Ele se afastou.
— Eu espero que você goste. — Disse Lauren com uma voz suave.
— Eu amei. — Ele olhou ao redor, em seguida, uma pequena carranca se
formou em seu rosto. — Mas por quê? Nosso aniversário não é até a
primavera. Não é meu aniversário, ou o seu.
Ele sorriu um pouco.
— Bem, é... — Ela viu os ombros de sua irmã subir e descer. — É só que
eu fiz um teste hoje e eu passei.
Chase arqueou as sobrancelhas.
— Teste?
Lauren assentiu.
— Um teste de gravidez.
Alex observou o rosto de Chase olhando toda a sala. Todo mundo estava
espiando pela janela, segurando a respiração. Todos eles pularam um pouco
quando Chase soltou um grande
— Whoop.
E, em seguida, correu, pegou Lauren no colo, e girou várias vezes.
Rindo, Jamella sussurrou.
— Vamos deixá-los para o seu momento. Temos trabalho a fazer.
Ela empurrou o braço de Willard e acariciou a mão de Alex.
Grant apareceu alguns minutos depois, vestido com um terno preto e
parecendo sexy.
— Por que eu tenho que usar isso e vir até aqui? — Ele tirou a gravata e
franziu a testa um pouco. — E por que eu tenho que entrar por trás?
Ele parecia um pouco irritado.
— Por que... — Ela agarrou seu braço e puxou-o para a janela e apontou
para dentro, onde Chase e Lauren dançavam. — Eles terão um bebê e nós
serviremos o jantar.
Ela apontou para a cozinha, onde eles estavam trabalhando duro fazendo
uma comida maravilhosa. Willard e Jamella chamaram todos os reforços hoje à
noite.
Grant olhou pela janela para Chase e Lauren enquanto dançavam
lentamente na sala mal iluminada, balançando junto com a música fluindo da
antiga jukebox. Seu rosto irritado ficou suave e quando se virou para ela, havia
um grande sorriso no rosto.
— Sério? — Ele acenou para a janela. — Eles terão uma criança?
Ela sorriu e acenou com a cabeça, envolvendo os braços em volta do
pescoço dele quando ele a puxou para mais perto.
Só então Haley chegou apressada. Seu cabelo estava emaranhado e sua
camisa estava parcialmente para fora da calça.
— Onde eles estão? Estou atrasada?
— O que aconteceu com você? — Alex se afastou e franziu a testa para a
irmã.
— Pneu furado. — Ela disse arrumando sua camisa.
— Essa é a segunda vez esta semana. — Alex franziu a testa.
— Eu sei. Chase me disse para substituir os quatro pneus na primeira
vez, mas... — Ela parou e deu de ombros.
— Eles não foram cortados, foram? — Grant começou a caminhar em
direção Haley.
— Não, só velho e careca. — Haley sorriu. — Estou atrasada? — Ela
correu para a janela e olhou para fora. — Oh, olhe para eles. — Haley sorriu, em
seguida, virou-se para Alex. — Nós vamos ter um bebê!
Isso saiu um pouco alto, e eles ouviram Lauren e Chase rir da sala da
frente.
Menos de um minuto depois, Chase entrou pela porta de vaivém.
— Todo mundo pode muito bem vir para frente. Podemos ouvir tudo
daqui, de qualquer maneira.
Ele riu.
— Oh, não. — Alex agarrou o braço de Haley quando ela começou a andar
em direção à porta seguindo para o salão. — Esta é a noite deles, apenas os dois.
Quero dizer – ela sorriu – vocês três agora.
— E se forem quatro? — Perguntou Haley, ganhando um beliscão no
braço de Alex. — Eu só estou dizendo... — Ela sussurrou.
— Vá lá para frente. Levaremos a comida em um minuto. — Disse Alex,
empurrando Chase. Então ela virou para todos na cozinha. — Ok, vamos fazer
desta uma noite inesquecível para eles.
Duas horas mais tarde, Alex olhou para Grant e sorriu.
— Foi perfeito, não foi?
Ela se inclinou sobre a mesa, olhando através dela para Grant. Ele tirara
a gravata e desabotoara os primeiros botões de sua camisa branca. Seu casaco foi
arremessado sobre o encosto da cadeira na qual estava recostado.
Ele sorriu para ela e seu coração pulou um pouco.
— Sim, você tem um verdadeiro talento para eventos.
Ele estendeu a mão e pegou a dela.
Todo mundo encerrou a noite, exceto Willard, que ainda estava na parte
de trás limpando. Depois que Lauren e Chase saíram, houve comida suficiente
para que Grant e Alex aproveitassem uma refeição tranquila entre eles. Alex
considerou como seu primeiro encontro. As luzes eram baixas e música tocava
suavemente. Grant parecia extremamente bonito em seu terno, e ela estava
usando um de seus vestidos favoritos. Ela sorriu para ele.
— Falando de juntar as coisas... — Ela se inclinou sobre a mesa
inclinando a cabeça um pouco. — Por que você não me disse que estava
começando um negócio on-line com o seu pai?
Ele revirou os olhos e gemeu, em seguida, tomou outro gole de sua
cerveja.
— Porque não está instalado e funcionando ainda. Foi apenas uma ideia
que eu sugeri ao meu pai anos atrás no telefone. Eu não sabia que ele contrataria
uma empresa para montarmos. — Ele sorriu. — Entretanto, é uma boa ideia.
— Eu acho que é uma ideia maravilhosa. — Ela sorriu quando ele se
inclinou para frente um pouco mais.
— Sério? — Perguntou ele.
— Bem, com certeza. Quer dizer, só de pensar em quantos usuários on-
line há que precisam de coisas simples, como ajuda para atualizar seus
testamentos. — Ela suspirou. — Eu acho que é um plano muito
inteligente. Talvez eu possa ajudar.
Ele balançou a cabeça e sorriu estendendo a mão. Justo então houve um
grande acidente com o vidro da janela da frente da lanchonete caindo sobre
ambos. Grant rapidamente enfiou o corpo de Alex atrás dele, mas não antes de
cacos de vidro voar para seu rosto e cabelo.

***

Oh, que diversão. Se sentiu tão bem em ouvir o estilhaçar de vidro. A


adrenalina. Ouvindo e vendo a destruição. Talvez seja esta a chave? Talvez agora
eles parassem?
Se não, havia outras ideias. Outros planos. Outras formas de provar a eles
que estragaram tudo. Além disso, era divertido demais para parar agora.
Os faróis atingiram a linha branca quando o carro desceu a rua em
direção a casa de Grant. Por que parar agora? Um sorriso espalhou
lentamente. Havia muito mais para destruir. Afinal, eles estariam ocupados por
um tempo. Havia muito tempo para um pouco mais destruição.

***

Grant segurou a cabeça de Alex em suas mãos enquanto olhava para


vários pequenos cortes ao longo de sua bochecha e ombro. Seu vestido branco
sem alças a deixou linda, mas fez pouco para protegê-la do vidro que caiu sobre
ela. O ombro esquerdo estava machucado com pequenos cortes e cacos de vidro.
Só então, Willard veio correndo para fora da parte de trás, uma grande
panela de ferro fundido em suas mãos.
— O que...
Ele olhou em volta.
Grant se afastou e olhou ao redor do salão. Quando ele viu o grande tijolo
que foi atirado através do vidro, ele saiu da cadeira e correu para fora da porta da
frente.
— Cuidado! — Alex gritou atrás dele.
Saindo alguns passos para a calçada, ele percebeu a cidade
completamente tranquila. Eram 10h15min em um dia de semana e não havia
uma alma na rua. Sem carros passando, ele não podia ver ninguém
fugindo. Quem quer que tenha jogado o tijolo se foi há muito tempo.
— Maldição. — Disse ele, sentindo-se frustrado, ele não pensou em
verificar a rua mais cedo. Ele esteve tão preocupado por Alex.
— Parece que quem fez isso foi embora. — Willard estava bem atrás
dele. Quando Grant virou, ele assentiu. — Você está bem? — Ele perguntou.
— Eu estou bem. Alex está cortada, apesar de tudo.
Os dois voltaram para dentro, onde Alex segurava uma toalha limpa sobre
o corte em seu ombro.
Grant a fez sentar-se em uma cabine limpa na parede oposta. — Deixe-me
dar uma olhada.
Ele puxou a toalha e olhou. O corte em seu ombro era mais profundo do
que ele pensava.
Willard estava sobre eles.
— Eu vou chamar Jamella de volta para cá. Talvez chamar o xerife,
enquanto eu estiver lá.
Ele virou-se e entrou na cozinha de volta.
— Você pode precisar de pontos. — Grant franziu a testa enquanto
gentilmente limpava o corte.
— Há um kit de primeiros socorros atrás do balcão. — Ela apontou para a
caixa registradora. — Bem ali.
Levantou-se e pegou o pequeno kit e olhou. Retirou o creme antibiótico e
gaze, e começou a limpar o vidro de sua pele e cabelo, em seguida, cobriu alguns
dos cortes maiores.
Até o momento em que Jamella chegou, ele já havia passado um pouco de
pomada em cada pequeno corte.
Jamella entrou apressada pela porta da frente. Quando ela viu Alex, ela
correu e se ajoelhou.
— Você está bem, querida? — Ela tomou o rosto de Alex em suas mãos e
olhou para ela. — Oh, minha pobre criança.
— Eu estou bem, Jamella, realmente.
Alex agarrou a mão de Jamella, e Grant poderia dizer que sua amizade era
mais forte do que uma relação de apenas trabalho.
Quando o xerife entrou poucos segundos depois, Jamella começou a gritar
com ele.
— Como é alguém pode fazer isso. — Ela jogou os braços e fez sinal em
direção a Alex. — E leva 30 minutos para chegar aqui?
— Agora, Jamella, acalme-se.
Stephen Miller era o xerife em Fairplay por tanto tempo quanto qualquer
um poderia se lembrar. O velho ainda podia se mover como se estivesse em seus
trinta anos, embora sua cabeça estivesse coberta de cabelo branco como a
neve. Todos na cidade sabiam que ele ainda era o melhor no tiro, já que ele
sempre levou para casa os prêmios pela pontaria na feira do condado. Houve
rumores uma vez que ele foi casado há muito tempo, mas ele não foi visto com
alguém de uma forma romântica por um longo tempo.
— Tenho certeza de que seu seguro cobrirá os danos.
Disse o xerife, batendo nos ombros de Jamella para acalmá-la.
— Eu não dou rabo de um rato peludo sobre minha janela, mas quando
eles machucam minha pobre criança aqui. — Ela apontou para Alex. — Isso é
quando fico com raiva.
Grant observou com um pouco de humor quando percebeu o quão louca
Jamella estava. Mais louca que ele já tinha visto, e uma vez testemunhou ela
gritando com um empregado por roubar.
— Jamella, eu estou bem, realmente.
Alex começou a se levantar, mas Jamella colocou a mão em seu ombro
ileso.
— Você fica, filha. Deixe-me lidar com isso. — Então ela virou para o xerife
novamente. — Agora, todos nós sabemos quem é o responsável por isso. A
pergunta é, você vai lidar com isso, ou vou?
O rosto do xerife ficou um pouco vermelho, e Grant podia ver
entendimento e raiva vir nos olhos do velho.
— Agora, Jamella, não vá ficar com ideias engraçadas em seu cérebro. Se
houvesse qualquer prova, se alguém viu Travis fazer isso... — Ele olhou para
Grant, que rapidamente balançou a cabeça em frustração. — Então, não há nada
que eu possa fazer. Só porque você acha que é Travis Nolan, não significa que é.
— Ele ergueu a mão quando Jamella começou a falar, silenciando-a. — Mas eu
vou investigar mesmo assim e perguntar pelo seu paradeiro na última hora. Até
eu ter alguma prova sólida, todos nós sabemos que não há nada que eu possa
fazer para manter esse menino atrás das grades.
O xerife se virou e saiu rapidamente.
— Isso que é um homem inútil. — Disse Jamella, cruzando os braços
sobre o peito.
— Não seja tão dura com ele. Afinal de contas, ele está certo. — Grant
sentou em frente a Alex e tomou-lhe a mão. — Só porque achamos que é Travis,
não significa que é. Poderiam ter sido alguns adolescentes. Eu ouvi dizer que há
um grupo de adolescentes do ensino médio que invadiu uma loja de bebidas na
semana passada. Poderia ser os mesmos adolescentes tentando entrar aqui.
Jamella soltou um ruído Humpf e pegou a vassoura e a pá.
— Não são adolescentes, todos nós sabemos. — Ela começou a varrer o
vidro, então ela olhou para Grant diretamente. — Leve essa menina para casa e
tenha certeza que ela receba uma boa noite de descanso.
Ele sorriu.
— Sim, senhora.
Ele se levantou e estendeu a mão para ajudar Alex a levantar.
— Você não precisa de alguma ajuda? — Perguntou Alex.
— Não, filha. — Jamella se aproximou e colocou suavemente a mão no
rosto de Alex. — Você vai para casa com o seu homem agora e descanse um
pouco. — Então ela olhou para Grant novamente. — Tenho certeza que posso
confiar nele para garantir que você fique segura para o resto da noite.
Grant sorriu e acenou com a cabeça.
— Sim, senhora.
Capítulo 10

— Eu acho que Jamella aprova você. — Disse Alex na volta para casa.
— Sim? — Ele olhou para ela. Os curativos em sua testa quase brilhavam
na escuridão.
— Sim. — Alex riu. — Ela sempre me disse que Travis não era bom e
encontrava várias maneiras de me manter até tarde no trabalho quando sabia
que eu ia sair com ele.
— Mulher inteligente. — Grant sorriu.
— Sim. — Ela disse, então suspirou. — Eu acho que eu deveria escutar as
pessoas ao meu redor com mais frequência.
Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, ao dirigir com a outra.
— O que é importante é que você finalmente recuperou os sentidos.
Ela riu.
— Eu suponho que você pode olhar para isso como se eu fosse
temporariamente insana.
Ele riu e entrou em sua garagem, em seguida, freou.
— Droga.
Ele pulou para fora do Ford e caminhou para frente, certificando-se de
manter os faróis em seu curral.
O dano não foi tão grande, mas várias de suas estacas foram
arrancadas. Pela aparência dos grandes sulcos em seu quintal, isso foi feito por
uma caminhonete com um guincho.
— Oh. — Disse Alex, de pé ao lado dele. — Quão ruim é?
Ela olhou em volta.
— Nada mau. — Disse ele enquanto ele avaliava os danos.
Alex pegou o telefone celular da bolsa e discou o número do xerife.
— Oi, xerife, é Alex. Estou aqui na casa de Grant e, bem, é melhor você vir
e ver por si mesmo. — Ela fez uma pausa e disse: — Sim, nós estaremos aqui.
Quando ela desligou seu telefone, imediatamente discou novamente.
— Lauren, eu estou na casa de Grant.
Ela fez uma pausa e ouviu a sua irmã, e um grande sorriso atravessou
seu rosto.
— Sim, bem, eu só queria que você soubesse o que estava acontecendo.
Alex caminhou de volta para o Ford enquanto enchia sua irmã de detalhes
da noite.
Eles estavam sentados no deck da frente quando o xerife chegou, suas
luzes iluminando as estacas derrubadas.
— Talvez, pegamos uma pegada aqui. — Ele disse se inclinando e olhando
mais de perto as marcas de pneu. — Se nós pudermos dizer que tipo de pneus fez
esse dano, então podemos compará-lo com o que Travis tem em sua
caminhonete.
Grant se sentiu como um idiota por não ter pensado nisso antes.
— Eu tenho um foco de luz na parte de trás do meu carro, se você precisar
de mais luz.
— Claro. — O xerife disse, apontando seus holofotes na direção das
marcas de pneus. Quando Grant se aproximou com seu holofote, o xerife pegou
seu telefone celular e tirou algumas fotos das marcas de pneu. — Eu vou
comparar isso com a caminhonete de Travis na parte da manhã. — Ele balançou
a cabeça. — Fez uma bagunça, não foi?
— São apenas três estacas. — Disse Grant, sabendo que ele levara quase
uma hora para colocar cada uma.
O xerife voltou a Grant e baixou a voz.
— Grant, mesmo que estas marcas correspondam, você sabe que metade
dos homens neste condado compram pneus de um único lugar na
cidade. Inferno, eu provavelmente tenho pneus que correspondem a estas na
minha caminhonete de caça.
— Sim, ainda à procura de uma prova sólida. — Grant balançou a cabeça
em desgosto.
— Sim. — O xerife enfiou o celular no bolso e começou a caminhar em
direção ao seu carro. — Bem, é melhor eu voltar. Boa noite.
Grant observou o xerife sair, em seguida, virou-se para Alex, que ainda
estava sentada na varanda parecendo muito doce em seu vestido e
botas. Sorrindo, ele subiu os degraus e parou bem na frente dela.
— Agora, onde estávamos antes de toda essa confusão começar?
Ele puxou-a em seus braços e começou a dançar com ela.
Ela sorriu para ele.
— O que você está fazendo?
— Dançando. Antes do tijolo vir voando pela janela, eu estava prestes a
pedir-lhe para dançar.
Ele sorriu quando ela se aproximou mais e descansou a cabeça em seu
ombro.
— Isso é bom.
Ela suspirou.
Ele sorriu enquanto dançavam em sua varanda.
— Nós teremos que agitar o Rusty Rail no próximo fim de semana. A feira
estará na cidade e com certeza será um grande momento.
— Oh! — Ela se afastou, sorrindo para ele. — Isso parece muito bom. Eu
não posso esperar.
Ele sorriu para ela e gentilmente moveu uma mecha de seu cabelo longe
do seu rosto.
— Você vai comigo?
Ela sorriu para ele e balançou a cabeça.
— Claro.
— Você ficará comigo esta noite? — Ele perguntou, segurando a
respiração.
Seu sorriso ficou maior e ela balançou a cabeça novamente.
— Sim, é claro.
Ela estendeu a mão para se levantar, e deu um beijo suave em seus
lábios. A doçura de seu beijo se desfez. Suas mãos tremiam quando ele a puxou
para mais perto de seu quadril. Ele passou as mãos para cima e sobre os ombros
macios até que ele segurou a parte de trás de sua cabeça, segurando-a contra
ele. O calor se espalhou tão rápido por toda parte, que ele quase parecia que era
muito, e muito rápido. Em seguida, ela gemeu e ele começou a caminhar em
direção a sua porta da frente. Ela riu quando seus ombros bateram contra a
parede ao lado da porta.
— Droga, eu sou geralmente mais gentil do que isso. — Ele sorriu para
ela. — Eu acho que você faz algo em mim.
Ela olhou para baixo de seu corpo e sorriu.
— Sim, eu posso ver o que eu faço em você a partir daqui.
Ele riu.
— Sua bruxinha.
Ele abriu a porta de tela e puxou seus quadris com as mãos e empurrou-a
para dentro com ele. Ela veio para ele de novo, sua boca jogando com a dele
enquanto ele caminhava lentamente para dentro da casa. Quando seus joelhos
bateram no sofá, ele a puxou para baixo em cima dele nas almofadas macias. Ela
arfou um pouco, em seguida, deitou-se em cima dele, beijando sua mandíbula e
pescoço. Suas mãos viajaram sobre os ombros e os braços enquanto ela abria os
botões da camisa.
— Você estava muito lindo com esse terno. Eu amo o que você fez com o
seu corpo. — Disse ela contra sua pele, arrastando beijos no peito.
Ele se inclinou para trás e fechou os olhos, apreciando a sensação de sua
boca em sua pele aquecida. Suas mãos foram para seus quadris, segurando-a
perto dele, mas ela se mudou mais para baixo, seus dedos indo para o botão de
suas calças.
— Alex — ele gemeu, — me dê um minuto. — Ele capturou as mãos com
as dele. — Volte aqui em cima, e me deixe desfrutar de você.
Ela balançou a cabeça, brincando, em seguida, sorriu e começou a abrir
lentamente suas calças. Ele fechou os olhos novamente e tentou retardar o
momento. Mas, em seguida, seus dedos estavam ao redor dele e ele gemeu seu
nome e pediu mais. Sua boca se moveu sobre seu estômago apertado, arrastando
beijos quentes sobre seu abdômen perfeito. Ele estendeu a mão e puxou-a para
cima, erguendo seu vestido até que seus dedos estavam cavados em seus quadris
nus. Ele a puxou para o lado enquanto se beijavam. Arrancando um preservativo
do bolso, rapidamente embainhou a si mesmo e puxou sua calcinha de seda para
o lado. Quando ele deslizou em seu calor, ela engasgou então gemeu e sentou-se
um pouco. Ela colocou as mãos sobre o peito dele e olhou para ele.
— Você é a única que não queria ir mais devagar. — Ele sorriu para ela.
— Eu gosto da velocidade. — Disse ela e começou a mover os quadris
lentamente.
Ele olhou para ela. Sua cabeça estava inclinada para trás, e seu cabelo
estava por cima do ombro enquanto ela se movia em cima dele. Seus lábios
estavam entreabertos, e ele sabia que nunca esqueceria o olhar dela sobre ele
assim. Seus dedos cravaram em seus quadris, segurando-a enquanto ela se
movia. Em seguida, ela se inclinou e beijou-o, e ele sentiu algo mudar dentro de
seu peito. Seus lábios estavam mais suaves, seus beijos mais profundos do que
ele jamais conheceu, e ele podia dizer que nada voltaria a ser o mesmo
novamente.

***

Alex acordou na manhã seguinte com chuva, trovão e Grant. Ela sorriu
para ele enquanto ele olhava para ela do seu travesseiro.
— Bom dia.
Ela bocejou e se espreguiçou. Era a primeira vez que ela acordava em uma
cama com um homem e se sentiu um pouco desconfortável.
Sem dizer nada, ele estendeu a mão e gentilmente a puxou para mais
perto, colocando beijos suaves em suas bochechas e olhos. As mãos dela vieram
até tocar o peito e desejo espalhar através dela como uma tempestade. Rolando,
ele a prendeu debaixo dele, enquanto suas mãos começaram a vagar sob as
cobertas sobre a pele nua. Desta vez, eles fizeram amor lentamente, tendo tempo
para explorar um ao outro à luz do dia. Suas mãos tremiam quando ela passou
levemente sobre cada centímetro de seu corpo.
Finalmente, quando eles gozaram juntos, ela fechou os olhos e calou
pensamentos sobre como isso significava mais para ela do que qualquer
relacionamento que ela já teve antes. Ela se recusou a acreditar que Grant era
nada mais do que uma etapa de cura para sair de um relacionamento ruim.
Ele fez seu café da manhã, enquanto ela tomava banho. Quando ela
entrou em sua cozinha, ele estava de pé no fogão parecendo muito sexy em
apenas calça jeans. Fosse o que fosse, cheirava delicioso. Seu estômago roncou
quando ela se sentou à mesa. Ele colocou um prato na frente dela.
— O que é isso? — Ela olhou para seu prato e franziu a testa um pouco.
Ele sorriu e se sentou ao lado dela com seu prato.
— Bacon e omeletes de clara com cogumelos, tomates, cebolas e pimentão
verde. Confie em mim. — Ele pegou o garfo. — Eu tenho uma alimentação
saudável como esta há vários anos e não vou mudar.
Ele pegou uma colher e gemeu quando deu uma mordida.
Ela foi criada com carne e batatas. Ela gostava de uma omelete no café da
manhã, mas normalmente havia bacon e presunto que parasse até mesmo o
coração mais forte. Olhando para o seu prato, ela percebeu que havia mais coisas
verdes em sua omelete do que carne. Pegando uma pequena parte, ela decidiu
que se ele mudou sua vida de forma tão drástica, ela
experimentaria. Especialmente desde que ele se transformou do garoto de quatro-
olhos gordinho para o homem sexy que estava sentado sem camisa na frente dela
agora.
Quando ela provou os ovos picantes, ela se apaixonou.
— Oh, meu Deus. — Ela deu outra mordida e outra. — Isto está
maravilhoso! — Ela olhou para ele e sorriu.
— Eu disse. — Ele sorriu e deu outra mordida. — Você deveria ir para a
academia comigo algum dia. — Ele riu da cara que ela fez. — Antes de você dizer,
não, eu não acho que você precisa perder algum peso. — Ele sorriu para ela. — A
academia é bastante viciante.
— Eu não sei. Lembro-me de ter aula de ginástica na escola. Eu odiava
isso.
Ela franziu a testa para ele, então, pegou um pedaço de seu bacon. Ela
nunca tentou isso antes e estava desesperadamente desejando uma verdadeira
peça de bacon. Isto é, até que mordeu. A carne provou ser tão boa, que ela
pensou em roubar um pedaço de seu prato.
— Eu odiava as aulas de ginástica também. Lembra-se da senhorita
Gulden? — Ele disse, franzindo a testa.
Alex riu.
— Quando ela usava o agasalho vermelho, ela se parecia com uma grande
maçã.
Eles riram.
— Como adultos, podemos escolher quais exercícios que fazemos. Eu
encontrei o boxe, é o que eu mais gosto. Você seria boa nisso. — Seu sorriso se
tornou travesso. — Vai dar-lhe outra opção em vez de chutar um homem onde
importa.
Ela riu.
— Acho que eu poderia acrescentar algumas novas ferramentas para o
meu vasto arsenal de armas.
Ela levantou os braços e flexionou os bíceps enquanto ele ria.
Após Grant a levar para casa, ela decidiu passar o resto de seu dia em
Tyler. Ela procuraria o telefone certo para ele e, eventualmente, pegaria alguns
itens para si mesma para quando estivesse com ele.
Haley decidiu ir junto com ela. Ela estava grata com a companhia e com a
ajuda na escolha de alguns outros itens. Sua primeira parada foi em uma loja de
bebê onde passaram várias horas escolhendo itens para Lauren e Chase. Quando
caminharam ao lado da loja de telefone, as duas estavam se divertindo tanto,
rindo sobre o que compraram para sua irmã, que não perceberam que Savannah
estava bem na frente delas. Ela estava em pé na calçada, um cigarro pendurado
em seus lábios, e elas quase se esbarraram nela.
— Oh! — Disse Haley, dando alguns passos para trás. Alex pegou os
pacotes da loja do bebê com uma mão e fez questão de colocar sua irmã atrás
dela.
— Bem, bem, bem. — Savannah ronronou, soprando fumaça na direção
delas. — O que temos aqui? — Ela disse em um tom sarcástico, os olhos correndo
entre eles.
— Não é da sua conta. — Haley tossiu e ergueu o queixo, olhando para a
outra mulher.
Alex achou engraçado como sua irmã tratou Savanna, considerando que
ela destruiu o relacionamento de Alex, não de Haley. Ela sentiu ainda mais amor
por sua irmã mais nova, sabendo que Haley seguraria Savannah no chão,
enquanto Alex a agredia. Ela superou Travis. Ela superou Savannah. E o mais
importante, ela estava cansada de se punir por algo que não era culpa dela.
Entregando a Haley suas sacolas, Alex deu um passo mais perto de
Savannah e observou o calor nos olhos da outra mulher.
— Você sabe o que eu estou cansada, Haley?
Ela olhou para a mulher quando sua irmã riu atrás dela e respondeu:
— Não, o quê?
Savannah apagou o cigarro com os calcanhares e olhou para ela com um
sorriso.
— Estou cansada de ser tratada como a pessoa ruim em todo este
fiasco. Estou cansada das pessoas descontando em alguém que não tinha nada a
ver com duas pessoas traindo outra uma pessoa inocente. Estou cansada dos
pneus do Grant serem cortados. — Ela observou o rosto de Savannah, mas seus
olhos não mostraram nada, nenhum indício de culpa ou conhecimento. — Estou
cansada da propriedade dele ser destruída. — Ela deu um passo para frente até
que elas estavam cara a cara. — Estou cansada de ter as pessoas jogando coisas
em mim. — Ela viu quando um sorriso lentamente se arrastou nos lábios de
Savannah. — Agora, se estamos acabamos com isso. — Ela fez uma pausa e
olhou para cima e para baixo de Savannah. — Eu não quero nada mais do que
seguir em frente com a minha vida.
Ela se virou e pegou suas sacolas, em seguida, foi embora sem dizer mais
nada.
— Essa cadela. — Disse Haley baixinho.
— Não. — Alex parou no interior da loja de telefone celular. —
Esqueça. Todos nós sabíamos o que ela era antes daquela noite com Travis, e
todos nós sabemos que não será a última vez. Eu só desejo que os dois se casem.
Ela olhou para fora das janelas da frente e assistiu a cabeça de Savannah
em frente ao estacionamento vazio.
— Eles se merecem. Mas — ela suspirou. — Infelizmente, eu ouvi que eles
não estão nem mesmo se vendo oficialmente.
Haley olhou pela janela, seguindo o olhar de Alex.
— Ela só quer atenção. Ela fará de tudo para qualquer um para ter
atenção.
Alex voltou para sua irmã e sorriu.
— Então, não vamos dar a ela. Eu tenho um telefone celular para
comprar. — Ela sorriu. — Vamos ao lugar do iogurte congelado depois.
— Woohoo. — Haley sorriu e levantou o punho.
Capítulo 11

Grant passou o resto dos seus dias limpando a bagunça que ficou o seu
curral. Não demorou muito para colocar as estacas novamente nos buracos de
onde foram arrancadas. Ele fez questão de compactar a terra ao redor novamente
para que ficasse tão forte como a primeira vez. Algumas das vigas transversais
estavam além do reparo, e ele precisava ir à serraria na parte da manhã para
substituí-las.
Pouco antes do pôr do sol, ele entrou em seu celeiro e verificou seus
animais. As três irmãs Superpoderosas iam bem. Elas aprenderam a escapar de
sua baia e sempre acabavam soltas no celeiro à noite. Ele passou alguns minutos
brincando com os animais depois de alimentá-los. Ele realmente gostava de cada
um e pensava neles como família.
Quando voltou para a casa, sua mente vagava para a noite anterior e em
ter Alex em sua cama. Ele abria a porta quando ouviu um carro chegar. Seu
coração parou quando notou o carro de Alex atrás de sua caminhonete. Como é
que apenas a visão dela o fazia sentir como um colegial apaixonado?
Sorrindo, ele foi até a beira da varanda quando ela subiu os degraus.
— Boa tarde. — Disse ele enquanto caminhava diretamente aos seus
braços.
— Oi. — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou nos lábios. A sensação e o
cheiro dela faziam sua cabeça quase girar. — Eu tenho algo para você.
Ela sorriu e em sua mente vieram imagens dela sem nada, somente um
laço e saltos vermelhos. Seu sorriso caiu um pouco quando ela levantou uma
pequena bolsa amarela com um laço em cima.
— O que é isso?
Ele caminhou com ela até o banco debaixo da janela da sala e sentou-se
ao lado dela.
Ela lhe entregou a bolsa e sorriu.
— Bem, eu estava pensando no outro dia sobre o seu novo negócio com o
seu pai. — Ela sorriu e, sem esperar por ele para abrir a bolsa, estendeu a mão e
abriu-a, entregando-lhe uma pequena caixa. — Eu espero que você não se
importe. — Ela olhou para ele, esperando que seus olhos mostrassem a emoção
que ela esperava ver lá. — Eu sei que o seu aniversário é em uma semana.
Ele olhou para a caixa, e para ser honesto, ele levou alguns segundos para
entender. Fazia alguns anos desde que ele comprara algo parecido. Lentamente,
ele abriu um sorriso no seu rosto.
— Sério? — Ele olhou para a caixa e pensou em um milhão de coisas que
ele queria fazer com o novo brinquedo em suas mãos.
— Sim. — A voz dela não parecia tão segura como estava um segundo
atrás.
Ele olhou para ela e viu a incerteza em seus olhos escuros. Deixando a
caixa em seu colo, ele pegou o rosto dela entre as mãos e beijou-a, mostrando-lhe
o que estava sentindo. Há poucos minutos e um milhão de batimentos cardíacos
mais tarde, ele se afastou, um pouco sem fôlego.
— É perfeito. É claro. — Ele olhou para o presente e depois de volta para
ela. — Você terá que me mostrar como usá-lo.
Ela sorriu.
— Esse é o plano.
Duas horas e algumas centenas de aplicativos mais tarde, o novo telefone
Android ficou na mesa de café, esquecido. Desde que a noite tinha esfriado, ele
acendeu um fogo na lareira de pedra que ficava ao longo da parede na sala de
estar. Eles sentaram juntos, não pelo calor, mas por necessidade. Ele sentia
como se não pudesse chegar perto o suficiente dela. Havia muitas roupas e seus
dedos não iria cooperar enquanto percorriam sua pele delicada.
Quando suas roupas atingiram o chão, eles se moveram lentamente em
conjunto, suas respirações combinando com a luz fraca. A luz do fogo atrás dela
iluminou seu cabelo, parecendo que usava um halo. Seu rosto estava nas
sombras, mas a luz acentuava suas curvas e ele não conseguia parar de correr as
mãos para cima e para baixo em seus lados, apreciando sua maciez. Ela se
inclinou para frente e quando seu aroma sexy bateu nele, e sua pele macia
esfregou-se contra o seu rosto e no peito, ele não poderia manter-se por mais
tempo. Usando as mãos nos quadris, ele facilmente inverteu suas posições até
que ele estava de joelhos na borda do sofá, e ela com as pernas em volta dele,
com o seu cabelo se espalhando sobre as almofadas.
A luz do fogo lançava um brilho quente sobre sua pele, fazendo-a parecer
ainda mais suave, de alguma forma.
— Tudo bem?
Alex olhou para ele. Ele não percebeu que ele parara de se mover até que
ela falou, sua voz um sussurro sexy na sala silenciosa. Ele olhava para ela,
apenas olhava. Ela era mais bonita do que... bem, do que qualquer uma que ele
já conheceu. Tudo o que sabia era que seu peito estava apertado quando olhou
para ela, seu coração parou várias batidas, e os seus joelhos ficaram fracos.
Ele começou a mover-se novamente, desta vez inclinando-se para ela e
tomando aquela boca doce com a sua até que ele a sentiu segui-lo em sinal de
rendição.
Quando ele sentiu seu corpo relaxar, ele a puxou para baixo com ele para
o tapete macio na frente da lareira. Puxando um cobertor e algumas almofadas
do sofá com ele, posicionou-os de modo que ela estava em frente a ele, olhando
para o fogo.
— Isso é bom. — Ela suspirou e esfregou o braço dele com as pontas dos
dedos.
— Sim. — Ele sorriu em seu cabelo. — Eu estou me divertindo, também.
Ela riu.
— Sabe... — Ela parou seus dedos sobre o cotovelo e virou até que ela
olhou para ele. — Estou inscrita na corrida de barril na próxima semana.
Ela se virou.
Ele sorriu.
— Você ganha a fita azul a cada ano que eu me lembre. Você se sairá bem.
— Oh, eu sei que vou. — Ela riu. — Eu só estava pensando que você
deveria tentar derrubar o novilho ou pelo menos entrar com Mojo e as meninas
na competição de cabra leiteira. Eu acho que as meninas terão idade suficiente
até lá.
Ele riu.
— Eu pensei sobre isso. Estou muito orgulhoso de todas elas, mas
Docinho vai ganhar a fita azul.
— Sério? — Ela se virou e sorriu para ele. — Tem um ponto fraco para as
meninas ásperas, hein?
— Você sabe disso. — Ele sorriu e puxou o cabelo dela de brincadeira.
Foi depois da meia-noite quando finalmente conseguiram entrar no
quarto. Levou-a enquanto ela tentava distraí-lo, e ele quase a deixou cair em seu
lindo traseiro várias vezes. Ela riu e se segurou, tentando deixa-lo vesgo usando a
boca e as mãos.
Quando o despertador tocou às quatro da manhã, ela gemeu e cobriu a
cabeça com o travesseiro.
— Fazendeiro e advogado sempre madrugam. —Ele rapidamente o
desligou e pediu desculpas. Ela se virou e gemeu novamente enquanto ele ria. —
Você fica aí, não se mova. — Ele beijou seu pescoço exposto e ouviu um tipo
diferente de gemido. Virou para sair da cama, mas ela virou e o puxou de volta
para ela.
Os animais reclamaram quando ele entrou no celeiro com quase uma hora
de atraso. Ele foi saudado pelas meninas Superpoderosas, e elas mostraram sua
desaprovação pelo seu atraso batendo continuamente sua perna com suas
cabeças.
— Ok, ok. Esperem. Sabe — ele falou enquanto servia a alimentação —,
vocês entenderão um dia. Não é, Mojo? — Ele sorriu quando a cabra mãe baliu
para ele em entendimento. — Mas, por agora, apreciem a sua comida.
Ele foi para os cavalos e conversou com cada um enquanto pensava em
Alex e o rodeio.
As irmãs West sempre tiveram um papel importante no condado de
rodeio. Primeiro e mais importante era o seu gado. Elas sempre tiveram a fita azul
com o boi e a novilha, para não mencionar o talento de Alex durante a corrida de
barril. Haley entrou com vários outros animais, os quais, ele não tinha nenhuma
dúvida, que ganhou também.
Quando era mais jovem, ele tentou domar o carneiro, mas depois de quase
quebrar seus óculos, sua mãe o proibiu de chegar perto de qualquer coisa
selvagem assim novamente. Ele sempre queria tentar a sua sorte no laço ou
derrubar o novilho, como Alex sugeriu. Ele fez isso antes, apenas nunca como
uma competição. Talvez ele fosse à feira e veria no que poderia competir.
Quando ele voltou para casa uma hora depois, encontrou cheiros
maravilhosos. Ele deixara Alex em sua cama e pensou que ela ficaria lá, mas ela
estava de pé atrás do fogão, seu avental sobre shorts e uma blusa cor de
creme. Seu cabelo estava trançado em duas tranças e coberto com um lenço
vermelho. Quando ela se virou e sorriu para ele, com uma espátula em suas
mãos, ele se esqueceu de respirar.
— Eu pensei em fazer o café da manhã para nós. Mas desde que tudo que
você tem é comida saudável, eu decidi fazer panquecas. — Ela riu.
— Você não tem que cozinhar. — Ele se aproximou e passou os braços em
volta dela, puxando-a contra sua frente, ela virou uma panqueca. — Cheira
maravilhoso. — Disse ele enquanto enterrava o rosto em seu cabelo.
— Eu ou a comida? — Ela riu.
— Ambos. — Ele beijou seu ombro. — Que tal um café?
— Parece bem. Eu tenho uma caneca lá.
Ela assentiu com a cabeça em direção a uma caneca vazia. Ele se
aproximou e preencheu uma para si e encheu novamente a dela, em seguida,
passou a trabalhar arrumando a mesa.
No café da manhã eles falaram sobre o rodeio, o seu site, e seus planos
para a fazenda. Quando o seu novo telefone tocou, ele respondeu e ficou surpreso
ao ouvir o pai do outro lado.
— Então, você está finalmente começando a se atualizar, hein, rapaz? —
Brincou o pai. Ele podia ouvir sua mãe falando no fundo, em seguida, seu pai lhe
disse. — Eu estou começando a falar com ele. Dê-me uma chance de dizer oi ao
menino primeiro. — Então, seu pai disse a ele. — Nós só queríamos perguntar se
você vem jantar nesta sexta-feira.
— Sexta-feira? — Ele olhou para Alex e sorriu, sabendo o que estava por
vir. Quando ela sorriu e acenou com a cabeça, ele disse. — Claro. Está tudo bem
se eu levar uma convidada?
Seu pai riu e ele só podia imaginar sua mãe dançando no fundo.
— Claro, Alexis é sempre bem-vinda aqui. Vamos vê-los em torno de sete
horas.
Ele desligou e estendeu a mão e pegou a mão de Alex.
— Você acabou de fazer os meus pais muito felizes.
Ela sorriu para ele.
— Eu gosto de seus pais. Você sabia que eles se encontram na lanchonete
toda segunda-feira para almoçarem juntos? Eles são tão fofos. Eles dão as mãos e
sentam-se lado a lado. — Ela suspirou, em seguida, olhou para suas mãos
unidas.
— Sim. — Ele riu. — Mas eu tento não pensar nos meus pais como fofos.

***

Como eles ousam? Será que não entendem os sinais? Eles não poderiam
ver o que de forma tão simples estava na frente deles? Todos na cidade sabem
que eles não pertencem um ao outro. Mas eles continuam se encontrando. Agora,
ela se hospeda na sua casa!
Mãos bateram contra o volante em frustração. Isso era demais!
Um plano lentamente se formou enquanto o carro se
afastava. Pense! Quando haveria outra oportunidade para atacar?
Em seguida, a névoa de raiva passou e paz se estabeleceu. O rodeio estava
chegando. O que era um momento perfeito. Mas desta vez, precisava fazer algo
maior. Algo bem pensado e planejado. Havia muito que fazer e pouco tempo para
executar tudo.
Sim, esse seria o último movimento neste selvagem e divertido jogo.

***
Alex apertou mais as rédeas e sentia a adrenalina de ser puxada na
direção oposta, quando ela virou o barril rapidamente. Ela cravou os calcanhares
nos lados de Sophie, enviando o cavalo correndo em direção ao próximo
barril. Ela praticou com o cavalo quase todos os dias durante o ano passado; este
era o seu esporte. Ela sorriu quando parou no portão. Ela olhou para Chase
enquanto ele acenava com a cabeça e sorria.
— Bateu sua última vez por três segundos.
Ele tirou o chapéu e limpou o suor escorrendo pelo seu rosto. As noites
podem ser refrescantes, mas os dias ainda estavam quentes e abafados. Suor
rolava pelas costas de Alex e ela estava louca por um banho de água fria, mas
queria bater até mesmo seu último tempo. Quando se tratava de corrida, Alex
queria ser a mais rápida.
Deixando Sophie descansar por alguns minutos, ela saltou e tomou um
gole da garrafa de água que Chase ofereceu a ela. Ela sorriu para ele.
— Sabe, eu estava pensando em voltar para meu antigo quarto, de modo
que vocês dois podem ter o maior para o bebê. — Ela se inclinou contra a cerca e
assistiu Sophie. — Lauren gostaria que o bebê crescesse em seu antigo quarto. —
Ela se virou e olhou para Chase. Quando ela percebeu que ele estava franzindo a
testa, ela se levantou e perguntou: — O que?
Ele olhou para ela, então balançou a cabeça.
— Oh, não, não é nada. Eu só estava pensando em tudo o que ainda
precisa ser feito na casa antes que o bebê chegue. Temos que colocar todo o local
à prova de bebê. Para não falar da pintura. Eu acho que algumas das paredes
ainda têm tinta com chumbo nelas. — Ele franziu a testa um pouco mais quando
Alex riu. Era a sua vez de perguntar: — O quê?
— Você. — Disse Alex, sorrindo para seu cunhado. — Você já pensou que
falaria sobre o tipo de tinta que precisa no quarto do seu bebê?
Ela olhou para ele, realmente olhou para ele. Ele era alto como Grant. Mas
onde Chase tinha o cabelo quase preto e olhos escuros chocolate, o cabelo de
Grant era da cor de areia e macio, encaracolado, fazendo seus olhos azuis
brilhar. Os homens eram quase igualados em forma, mas por alguma razão,
Grant preenchia suas camisas melhor. Talvez ela fosse tendenciosa?
— Hey. — Ela se inclinou para trás novamente e sorriu. — Eu tenho outra
ideia. Vai ser complicado de conseguir, mas acho que com a ajuda de todos,
podemos surpreender Lauren.
Ela sorriu, planejando tudo em sua cabeça.
— O que você tem em mente? — Perguntou Chase, parecendo um pouco
preocupado.
Ela riu.
— Vamos. — Ela agarrou seu braço e começou a puxá-lo para o celeiro,
onde ela estava certa que Haley estaria escovando Oliver, seu boi de dois anos de
idade. — Eu vou dizer a você e Haley juntos.
Ela puxou-o para o fresco celeiro, encontrando Haley, e começou a contar
seus planos para surpreender Lauren. Ela assistiu a um programa onde um
grupo de pessoas remodelou um quarto em um dia, enquanto a futura mãe
estava fora. Quando ela chegou em casa, o quarto do bebê estava concluído. Ela
pensou que se eles tivessem o número suficiente de pessoas, e se Haley não
deixasse escapar, eles poderiam surpreender Lauren dessa forma. Quando saiu
do celeiro, meia hora depois, todos tinham tarefas que precisavam completar para
o evento acontecer. As primeiras coisas primeiro – Alex precisava sair do quarto
maior.
Naquela noite, Grant a pegou as 8:15, e eles foram para o Rusty Rail para
noite de karaokê. Todos na cidade sempre acabavam no bar uma noite de quinta
de cada mês. Mesmo Chase e Lauren iriam para lá. Haley cancelou a ida naquela
noite, devido a uma dor de cabeça.
Quando Grant chegou, o pequeno estacionamento estava cheio, por isso
eles entraram no campo do outro lado dos trilhos do trem e estacionaram ao lado
da caminhonete de Lauren.
— Está cheio esta noite. — Disse Alex, olhando para as luzes que vinham
do antigo edifício. Música alta podia ser ouvida sempre que alguém abria a
porta. O edifício de madeira foi reformado após o grande tornado que passou 18
anos atrás, aquele que levou a mãe de Alex.
Sob o novo telhado de metal verde, a cidade de Fairplay viu mais do que
seu quinhão de ação sob a forma de lutas, embora a maioria das lutas aqui fosse
entre amigos íntimos ou membros da família e quase sempre terminavam com
uma cerveja gelada.
Enquanto caminhavam em direção à porta, de mãos dadas, Alex se sentiu
um pouco nervosa. Esta era a primeira vez em público como um casal. Desde a
separação, ela descobriu o que as pessoas pensavam sobre seu relacionamento
com Travis. A maioria das pessoas sorria e falavam quão doce eles eram juntos,
quando eles namoravam, mas depois de sua separação, todo mundo começou a
dizer que Travis não era bom e não era certo para ela. Será que as pessoas fariam
o mesmo para Grant e ela?
Ela olhou para Grant e notou que seus olhos estavam grudados na
porta. Seu perfil era algo para sonhar. Seu nariz era perfeito. Sua mandíbula era
forte e sexy e ele tinha apenas a quantidade certa de barba no rosto. Sua camisa
azul e velha, jeans desgastados parecia ainda mais sexy, uma vez que se
encaixavam como uma luva. Seu chapéu preto causava sombras sobre o rosto,
protegendo os olhos. Ele parecia um cowboy sexy e perigoso que sabia o que
queria e como conseguir.
Mas era mais do que a sua aparência que a tinha segurando sua mão e
sorrindo para ele. Ele era a pessoa mais gentil que ela conhecia, além de seu
cunhado. Grant a tratava como se ela fosse algo especial. Ela nunca foi tratada
assim por um namorado antes. Ela olhou para ele mais de perto, ele parecia tão
nervoso quanto ela se sentia. Puxando sua mão, ela o deteve no começo das
escadas e colocou os braços ao redor de seus ombros. Seu sorriso nervoso quase
parou seu coração. O que ela estava fazendo com alguém tão puro?
— Eu já disse o quão bonita você está hoje à noite? — Ele sussurrou para
ela, a puxando um pouco mais até que eles estavam olhando olho no olho.
Ela balançou a cabeça, não confiando em sua voz uma vez que sua
garganta estava seca.
— Você está maravilhosa. — Ele disse enquanto esfregava as mãos para
cima e para baixo em seus lados e os braços. — Eu sou o homem mais sortudo
daqui.
Ela usava uma de suas saias jeans favorita, uma blusa preta rendada
abotoada na frente e exibia seu top rosa. Seus brincos e colar combinados
acentuando o brilho rosado de sua pele. Seus olhos viajaram sobre ela,
descansando em seus lábios.
Ela colocou os dedos em torno de seu pescoço, puxando-o para baixo até
que seus lábios se encontraram. O choque que sentiu quando seus lábios
tocaram os dela foi direto para os dedos dos pés, fazendo com que eles se
enrolassem em suas botas. Quando ela finalmente se afastou, estava sem fôlego e
sua visão estava um pouco nublada.
Ele apoiou a testa na dela e sorriu.
— Você tem certeza que quer entrar?
Ela riu e acenou com a cabeça, assim que a porta se abriu e música alta
veio para fora, fazendo-a querer dançar. Agarrando sua mão, sua confiança
aumentou, ela correu pela porta, um grande sorriso nos lábios enquanto
deslizavam pela sala cheia, direto para a pista de dança.
Seus braços em volta dela, puxando-a para perto quando eles
atravessaram a velha pista de dança de madeira. Girando, junto com outros
casais, eles balançavam com a música, sorrindo e rindo juntos. Grant tinha um
talento para a dança. Ele a girou, levantou e abaixou, e fez tudo muito bem. Ela
nunca dançou com alguém tão bom como ele antes. Quando a música acabou,
eles caminharam até a mesa onde Chase e Lauren estavam. Chase estava
tomando uma cerveja, Lauren o que parecia ser Sprite e suco de cranberry.
— Boa noite. — Grant acenou para eles.
— Vocês dois pareciam bem lá. — Chase sorriu e acenou para a garçonete,
levantando os dedos para sinalizar que eles precisavam de mais duas cervejas.
— Onde você aprendeu a dançar assim? — Ela se sentou na cadeira, sem
fôlego.
Ele sorriu.
— Minha mãe nunca me deixou ir a qualquer baile da escola, mas isso
não a impediu de me ensinar todos os movimentos.
Alex lembrou que a mãe de Grant era uma mulher temente a Deus,
altamente envolvida com todos os eventos da igreja. Ela era mesmo o secretário
da Igreja Batista local.
— Impressionante. — Lauren disse, tomando outro pequeno gole de sua
bebida. Alex percebeu que ela parecia um pouco pálida.
Inclinando-se, ela sussurrou para a irmã.
— Você está se sentindo bem?
Lauren assentiu um pouco e fechou os olhos. Quando ela saiu correndo
da mesa em direção ao banheiro, Alex pediu desculpas e seguiu sua irmã.
Ela correu para o banheiro, bem a tempo de ouvir sua irmã perder o seu
jantar. Ela não sabia o que fazer, então ficou atrás da porta, desejando poder
fazer alguma coisa, qualquer coisa para ajudá-la.
Quando Lauren saiu do banheiro, uma mão na barriga e um sorriso no
rosto, Alex a envolveu em um abraço.
— Você está bem? Talvez devêssemos voltar para casa?
Ela se afastou e olhou para a irmã. Seus olhos estavam um pouco
entorpecidos. A cor de sua pele estava voltando, mas ela podia ver que ela não
estava de volta ao seu estado normal, ainda.
Lauren balançou a cabeça:
— Não, eu vou ficar bem agora. — Ela se aproximou e lavou a boca, olhou
pelo espelho para a irmã. — Eu quase sempre só vomito uma vez. Agora vai
acalmar.
Ela colocou a mão sobre a barriga novamente.
Alex colocou os braços ao redor de sua irmã.
— Eu vou ser feliz quando o enjoo acabar.
Ambas ouviram um grito e viraram para ver as costas de Savannah
recuando para fora da porta do banheiro.
Lauren olhou e deu de ombros.
— Agora, pelo menos, sabemos que a notícia vai viajar rápido. — Ela riu.
— Vamos lá, eu tenho certeza que meu marido está doente de preocupação.
Elas saíram e quando Chase as viu, correu e pegou sua esposa em um
abraço apertado, sussurrando para ela. Alex se aproximou e sentou ao lado de
Grant, sorrindo para ele.
— Ela está bem.
Ela pegou sua cerveja gelada e tomou um gole quando o casal voltou e
sentou-se.
— Alex, diga a sua irmã que devemos ir para casa. — Chase franziu a
testa e fez um gesto em direção a Lauren.
Alex balançou a cabeça.
— Se você conseguir fazer com que ela faça algo que não quer, então você
tem mais influência sobre ela do que eu já tive.
Lauren riu.
— Eu estou bem, realmente. — Ela tomou um gole de sua bebida e
sorriu. — Além disso, você prometeu dançar comigo, cowboy.
Ela puxou Chase da cadeira e caminhou com ele para a pista de
dança. Alex suspirou quando os viu lentamente deslizando pelo chão nos braços
um do outro.
— Eles ficam bem juntos. — Disse Grant ao seu ouvido. Seu braço veio ao
redor de seus ombros, puxando-a para mais perto.
— Sim. — Ela suspirou de novo. — Eles ficam.
Só então Savannah andou até eles, com duas de suas amigas, um sorriso
de escárnio estampado em seu rosto.
— Ouvi dizer que tenho que dar os parabéns.
Ela cruzou os braços sobre o peito, fazendo com que os botões na parte da
frente da blusa vermelha quase estourassem.
Alex assentiu, sem realmente dar-lhe toda a atenção. Ela sabia que estava
apenas tentando provocá-la na frente de seus amigos. Então, em vez disso, ela
puxou Grant para a pista de dança.
— O que foi aquilo? — Ele sussurrou em seu ouvido enquanto eles
lentamente se moviam com a música lenta.
— Ela entrou no banheiro logo após Lauren vomitar. Ela é amiga de
Lauren desde que eram crianças. O mínimo que posso fazer é ser educada
quando se trata de Lauren. — Ela se inclinou para trás e sorriu para ele. — Não
significa que eu tenho que realmente falar com ela, apesar de tudo.
Ele riu.
— Sabe, eu nunca gostei daquela garota. Ela costumava me chamar de
hipopótamo. — Ele franziu a testa e ela podia ver a dor em seus olhos. —
Hipopótamo com fome.
— Que horrível.
Alex olhou de volta para Savannah, querendo despejar algo sobre sua
cabeça novamente. Talvez um caneco de cerveja?
Ele riu.
— Eu devo ser o único a defender sua honra, e não o contrário.
— Hmm. O quê? — Ela olhou de volta para ele.
Ele riu e balançou a cabeça.
— Não importa. Esqueça-a. Foi há muito tempo e não significa nada. —
Ele se inclinou e beijou-a suavemente nos lábios. — Além disso, isso me fez uma
pessoa mais forte. — Ele a beijou novamente enquanto eles dançavam na pista de
dança.
— Mmmm, o que estávamos falando? — Ela riu e puxou-o para outro
beijo.
Capítulo 12

Naquela noite, Alex ficou na casa de Grant novamente. Ele adorava


quando acordava com o cheiro sexy dela enchendo seus sentidos. Sua pele macia
contra a sua, e quando ele abriu os olhos e olhou para seu rosto adormecido,
começou a sonhar com seu futuro juntos.
Esta noite era o jantar com seus pais, e mesmo que ele estivesse um
pouco nervoso por levá-la, ele estava muito ansioso para torná-lo oficial com seus
pais. Não era como se eles não soubessem de Alex. Seus pais foram melhores
amigos desde a escola primária. Ele até pensou que seus pais eram padrinhos
das três irmãs West, mas ele não tinha certeza.
Ele rolou um pouco e viu seu sono pelos últimos minutos antes do alarme
disparar. Seu cabelo loiro estava preso em uma trança solta, que caía sobre o
ombro. Era suave e com cheiro de flores. Ela trouxera algumas coisas mais e
agora o seu banheiro lentamente se enchia de vidros com cheiro sexy.
Sua pele era suave e cor de pêssego. Seus lábios estavam rosados e
sempre pareciam tão bons que ele nunca queria parar de prová-los. Chegando
perto, ele correu as pontas dos dedos sobre sua bochecha. No sono, ela gemeu e
se aconchegou mais perto dele, fazendo com que seu corpo reagisse à
proximidade de seu corpo nu. Fechando os olhos, ele pensou que se ela
acordasse, ele poderia se atrasar para alimentar o gado novamente. Quando seus
olhos escuros se abriram, ele sabia que não deixaria a cama por um tempo.
Quando ele finalmente chegou do lado de fora, saiu para a varanda à
chuva e trovões. Ele voltou e pegou sua capa de chuva e botas e fez suas rondas
matinais.
Ao meio-dia o sol saiu através da camada de nuvens, e suor escorria pelas
costas enquanto ele trabalhava com um de seus novos cavalos. Alex saiu pouco
depois de o sol aparecer, indo para o trabalho no restaurante. Ele a buscaria em
casa em torno das seis e meia para que eles estivessem em sua casa com tempo
de sobra para o jantar. Sua mãe era uma defensora da pontualidade. Ela sempre
defendeu isso, ele aprendeu desde cedo a ser alguém que sempre estivesse
adiantado.
Ele alcançou o curral menor e os animais menores passaram muito tempo
lá brincando no sol, enquanto os cavalos e gado passavam os dias nos campos
maiores.
Adorava que seu pequeno pedaço de terra estivesse cheio de todos os tipos
de animais. Ele nunca teve permissão para ter um animal de estimação quando
criança, embora tivesse tentado várias vezes quando criança falar com seus pais
sobre isso. Sua mãe era o tipo clássico de personalidade A, aspirando e varrendo
pelo menos quatro vezes por dia. Pelos eram a última coisa que ela permitiria na
casa dela.
Ao longo dos anos, ele trouxe para casa tudo, desde gatinhos até um
pequeno jacaré que encontrou na grama atrás de uma lixeira quando viajaram
para perto da costa em um fim de semana.
Ele implorou a mãe para deixá-lo ficar com ele quando ela o pegou
deixando Roger nadar na banheira. Fazia três dias desde que ele conseguiu
colocá-lo para dentro de casa sob o casaco. Ele prometeu a ela que Roger viveria
na banheira e não deixaria o resto da casa suja. Mas, no final, o seu pai levou
Roger para longe, prometendo que ele o colocaria de volta na água.
Quando ele olhou em torno de seu quintal agora, ele sorriu para a
diversidade que viu lá. Ele tinha um monte de diferentes tipos de animais, mas
não havia jacarés.
Ele riu com os gansos e patos enquanto lutavam por espaço em sua
pequena lagoa. Por algum motivo eles sempre voltavam, e mesmo que ele
tecnicamente não tinha direito a eles, pensava neles como seus. Não faria mal
jogar pão dormido todos os dias para os animais. Ele sabia que eles estavam
aninhados na grama alta ao redor da lagoa menor.
Ele sorriu e olhou ao redor novamente. O lugar era dele, e de forma
alguma o deixaria tão cedo. Ele estava em casa, e sabia com quem queria
compartilhá-la no futuro.
Ele olhou em direção a casa onde podia imaginar Alex saindo pela porta
dos fundos e acenando para ele. Crianças estariam correndo ao redor do quintal
dos fundos, perseguindo uns aos outros, três, talvez quatro. Ela plantando flores
em todos os parapeitos de janela e ao longo do caminho de entrada; seus rostos
pegando a luz do sol.
Olhando para o relógio, ele percebeu que passara muito tempo sonhando
acordado e provavelmente se atrasaria. Reunindo os animais, ele os colocou para
dentro e entrou para tomar banho e trocar de roupa, certificando-se de colocar
sua boa camisa e gravata, por causa de sua mãe.
Quando ele atravessou os portões do rancho Saddleback, ele notou o
grande rebanho de gado a ser conduzido nos campos por meia-dúzia de
vaqueiros. Acenando, ele continuou a subir a longa entrada e parou na frente da
varanda da frente. O lugar era realmente grande, quase o triplo do tamanho de
sua casa.
Ele sabia que o terceiro andar era um sótão grande, mas mesmo assim, o
lugar tinha espaço suficiente para que as quatro pessoas que vivem nele
estivessem confortáveis. Seu coração pulou e começou a se perguntar o que seria
necessário para convencer Alex a viver em um lugar menor.
Até o momento em que ele caminhou até a porta da frente e bateu,
praticamente se convenceu que ela nunca concordaria em viver em uma pequena
fazenda com um homem que costumava ser gordinho, míope e vítima de bullying.
Quando a porta se abriu, ele se perguntou por que ela estava até mesmo
concordando em ir jantar com ele. Nada poderia tê-lo preparado para a mulher
elegante que viu do outro lado da porta.

***
Alex estava tão nervosa, ela mudou de roupa sete vezes. Um novo
recorde. Ela finalmente correu para o quarto de Haley enrolada apenas em sua
toalha e começou a cavar através de seu armário. Quando Haley entrou dez
minutos depois, ela gritou.
— O que você está fazendo?
Haley se abaixou e pegou a saia marrom que Alex jogara no chão por
acidente.
— Socorro! — Ela se virou com um olhar desesperado em seus olhos. —
Jantar. Os Holton. Em menos de uma hora.
Haley sorriu e agarrou os ombros de sua irmã. — Respire. Nós vamos
conseguir.
Então ela fechou os olhos e Alex poderia dizer que ela estava imaginando a
melhor roupa. Alex sabia que Haley tinha um talento para ver qual seria a roupa
perfeita, então ficou em silêncio até que finalmente Haley abriu os olhos e um
grande sorriso atravessou seu rosto.
— Venha comigo.
Ela puxou sua mão até que ela seguiu pelo corredor. Primeiro, Alex
pensou que ela pretendia levá-la para o quarto de Lauren e Chase. Lauren tinha
roupas bonitas, mas ela era, pelo menos, dois tamanhos maiores nos quadris do
que Alex. Mesmo as roupas de Haley eram um tamanho maior, mas com o cinto
certo, Alex poderia ter feito isso acontecer. Mas quando Haley passou pelo quarto
de sua irmã, ela se sentiu ainda mais frustrada.
— Onde você está me levando?
Ela puxou sua irmã pela mão.
— Espere e veja.
Haley puxou-a para a porta que leva ao sótão. Alex não ia lá há anos. Para
ser honesta, ela não quer ir lá em cima. Havia muitas lembranças de sua mãe,
muitas emoções. Ela evitou abrir a porta de madeira pesada, o máximo que ela
podia. Agora ela seguiu Haley subindo as escadas estreitas, ouvindo os rangidos
enquanto subiam na escuridão acima.
— Haley. — Ela queria se afastar de sua irmã e correr.
— Espere. Você vai adorar isso. Eu estava aqui no outro dia vendo se
havia alguma coisa aqui para a nossa surpresa. — Ela sussurrou a última
parte. — De qualquer forma, me deparei com este velho baú cheio de roupas. Eu
acho que eram da vovó, ou talvez da mamãe. — Ela encolheu os ombros e soltou
a mão de Alex. — De qualquer forma, eu achei o vestido mais perfeito.
Haley se abaixou e abriu a tampa da velha caixa.
O primeiro pensamento de Alex foi que qualquer coisa que saísse dali
deveria ser muito velho e destruído por agora, mas quando Haley mexeu e tirou
um quadrado de material cinza escuro, Alex deu um passo mais perto.
— O que é isso?
Ela se abaixou e pegou o pacote de sua irmã. Haley sentou e sorriu.
Alex abriu o saco selado a vácuo e tirou o vestido. Era lindo. O material
leve facilmente se endireitou quando ela o retirou. Um grande colar atravessava
os seios e terminava abaixo dos ombros nas laterais; as mangas batiam no meio
do braço. Havia dois grandes botões que ficavam em frente a suas costelas
inferiores, logo acima de uma ampla faixa preta com uma fivela de prata
simples. A saia rodada, e quando ela o segurou em frente ao corpo, percebeu que
bateria no meio da sua panturrilha.
Olhando para Haley, ela sorriu.
— É perfeito.
— Oh... — Haley virou e cavou ao redor do baú novamente. — Há sapatos.
Ela tirou par depois de par, alguns dos quais, Alex jurou que voltaria lá
em cima e testaria mais tarde. Finalmente, ela pegou um par de saltos pretos
simples, mas elegante, o qual teria sido a última moda na década de trinta. Se ao
menos eles servissem.
Haley os colocou na frente dela, uma vez que seus pés estavam
descalços. Ela escorregou em direção a eles e fechou os olhos para o conforto que
ela encontrou.
— Se eles fossem um tamanho menor, caberiam em Lauren, ou um
tamanho maior seria perfeito para mim. Mas — Haley olhou para Alex e sorriu. —
Eles foram feitos para você. Eles são perfeitos.
Ela sorriu para sua irmã mais nova e por um momento acreditou no
destino. Demorou quase meia hora para ela tentar arrumar seu cabelo. No final,
ela deixou Lauren entrar e prender o cabelo em um coque no alto da
cabeça. Lauren correu de volta para o quarto e pegou os brincos de pérolas de
sua mãe e gargantilha para terminar o conjunto. Olhando no espelho de corpo
inteiro no quarto de Lauren, as três irmãs suspiraram juntas.
— Você se parece com a mamãe. — Lauren disse, em voz baixa.
— Sério?
Alex virou um pouco, e a saia do vestido girou em torno dela. Ela mal
conseguia lembrar-se de como sua mãe parecia. Mas ela tinha que admitir, ela
nunca esteve melhor. Nenhuma de suas saias curtas e tops já fizeram o que o
simples e elegante vestido estava fazendo para ela agora. Clássico era a melhor
palavra para ela. Agora, se ela só pudesse passar por esta noite, talvez ela não
estragasse seu relacionamento com Grant.
Cinco minutos antes do horário que estava programado para ele chegar,
ela deu os últimos retoques em sua maquiagem e desceu as escadas para
esperar. Haley tirou algumas fotos dela quando ela desceu a longa escadaria. Sua
irmã sempre tentava capturar momentos especiais como este, mas na maior
parte, ela e Lauren faziam tudo o que podiam para evitar ficar posando por
longas sessões na frente da câmera da sua irmã.
— Só mais uma. — Disse Haley assim que a batida leve soou na porta.
Alex se aproximou e, respirando fundo, abriu a porta.
A expressão no rosto de Grant foi inestimável. Ele só foi sacudido fora de
seu estado de choque pelo clique da câmera de Haley. Seus olhos piscaram
algumas vezes, e ela pensou que o viu balançar um pouco.
Estendendo a mão, tomou-lhe o braço e riu.
— Grant?
Ele parecia bem em um terno preto e calças. Sua camisa de colarinho
estava solta na parte superior, e ele deixou o botão de cima aberto.
— Apenas me dê um momento. — Ele fechou os olhos rapidamente, em
seguida, voltou a abri-los. Um sorriso cruzou lentamente os lábios. — Uau.
Alex sorriu e Lauren e Haley riram no fundo.
— Uau. — Disse ele novamente e balançou a cabeça ligeiramente. —
Onde? — Ele começou, então balançou a cabeça novamente.
— Foi da nossa avó. Bem, pelo menos nós pensamos que era. Você
gostou? — Ela virou para ele, mostrando-lhe como a saia balançava com seus
movimentos.
— Eu amo isso. Você parece tão... — Ele balançou a cabeça novamente,
ela sorriu.
— Obrigada. — Então ela olhou para baixo e sorriu ainda mais. — São
para mim?
— Huh?
Ele olhou para o pequeno buquê de flores brancas que estava
segurando. Elas pareciam tão suaves como o material que ela usava e, sem
dúvida, cheirava tão bom.
— Oh, sim.
Ele entregou a ela, com os olhos ainda fixos nela. Então seus olhos
viajaram até os pés e ela o viu lutando tudo de novo.
— Lauren, você colocaria isso em um pouco de água? Tenho certeza que
Grant gostaria de chegar à casa de seus pais antes de começarem a servir a
sobremesa.
Ela riu quando Lauren se adiantou e pegou as flores dela, mas não antes
que ela as levasse ao rosto para sentir seu doce perfume.
Quando ela se virou, ele estendeu seu cotovelo para ela tomar. Ela o
tomou e segurou enquanto caminhavam até a borda da varanda.
— Hey! — Disse Haley, e quando se virou, ela tirou uma foto deles
juntos. — Obrigada! Tenham uma noite maravilhosa.
Então sua irmã fechou a porta quando eles riram.
No momento em que eles dirigiram para a casa de seus pais, ela falou em
estar nervosa novamente. Ela não sabia por quê. Afinal de contas, ela viu seus
pais a cada semana de sua vida. Ela sabia todos os detalhes sobre eles e foi até a
casa deles em numerosas ocasiões. Mas, desta vez, era diferente. Ela ainda não
conseguia entender o motivo, a não ser que ela queria a aprovação para namorar
seu filho. Não era como se ela fosse se casar com ele. Depois de todo o calvário
com Travis, desistira de se casar com alguém por pelo menos alguns anos. Afinal,
vinte e quatro anos era muito jovem para saber o que você queria, ou com quem
você queria estar para o resto de sua vida.
Grant entrou pela porta da frente sem bater. O lugar era exatamente como
ela lembrava – impecável. Sua casa era limpa, mas nada comparado a isso. Nem
mesmo a casa de Grant era mantida assim. Alex tinha certeza que uma equipe da
Better Homes and Gardens esperava do lado de fora para correr e tirar fotos do
local para a revista do próximo mês. Havia flores frescas nas mesas em vasos de
cristal, e algumas toalhas de renda estavam nas superfícies de madeira
brilhantes para evitar que os vasos danificassem. Os antigos pisos de madeira
brilhavam, e ela jurou que podia ver seu reflexo neles.
Só então o pai de Grant entrou na sala da frente.
— Oh, vocês estão aí.
Seu pai sorriu e cruzou a sala de estar, apertando a mão de Grant.
— Eu trouxe a cerveja. — Grant levantou um pacote e apertou.
— Isso é um bom menino. — Seu pai pegou o pacote dele e pegou a mão
de Alex. — Alexis, você está muito bonita esta noite. — Ele sorriu, se inclinou e
beijou as costas da mão. — A cara de Laura.
Ela não ouviu o nome da mãe em anos. Ainda a chocava ouvir as pessoas
falarem sobre ela, especialmente quando eles tinham um olhar triste em seus
olhos no mencioná-la.
— Glenn?
A mãe de Grant, Carolyn veio andando para a sala. Sua simples saia prata
e top florido pareciam intocados, como pareciam a camisa e calça de seu marido.
— Oh, vocês estão aí. Bem na hora, também.
Sua mãe sorriu e andou, não, mais como deslizou para eles, e deu um
beijo na bochecha de seu filho. Ela virou para Alex e seu sorriso ficou maior.
— Oh, olhe para você. — Ela pegou as mãos de Alex e as segurou. — Que
linda. — Ela olhou de cima a baixo com um sorriso no rosto. — Que lindo vestido,
ele combina com você.
Ela se inclinou e deu um beijo na bochecha dela também.
— Obrigada, Sr. e Sra Holton. Obrigada a ambos por me convidarem esta
noite. — Disse Alex, nervosa.
O pai de Grant bufou.
— O que é tudo isso de senhor e senhora? Você nos chama pelo primeiro
nome desde que você começou a falar. Não adianta mudar isso agora. — Seu pai
se aproximou e tomou a mão da sua esposa. — Agora, me conte sobre como você
planeja bater em todo mundo nas corridas de barril amanhã.
Ele caminhou com ela na parte de trás da casa, para a sala de jantar.
Até o momento em que a mousse de chocolate foi servida, Alex tinha
certeza que teria que soltar o cinto em volta da cintura. Ela não comeu um
maravilhoso jantar, tão caseiro, em anos. Embora os pais de Travis se
orgulhassem de serem alguns dos melhores anfitriões na cidade, ela nunca foi
convidada para jantar. Nem mesmo depois que seu noivado foi anunciado. Ela
nunca foi realmente na grande mansão, que estava no topo de uma colina, bem
dentro dos limites da cidade.
Os pais de Grant, Glenn e Carol, como sempre gostaram de serem
chamados, eram velhos amigos da família. Sua mãe foi a melhor amiga de Carol
por toda a escola.
— Carol, eu realmente sou parecida com a minha mãe?
Ela perguntou quando se sentaram na varanda dos fundos sob as velas e
luzes de chá, enquanto os homens acendiam o fogo na fogueira e bebiam cerveja.
Carol olhou para ela e suspirou.
— Sim, querida. De vocês três, você é a única que me faz lembrar tanto de
Laura. Não apenas por ter seus olhos, eu ouço em você a voz dela cantando.
Ela sorriu e se inclinou para acariciar sua mão.
Alex assentiu com a cabeça.
— Papai costumava me dizer isso. — Ela olhou para suas mãos com
tristeza. — Eu gostaria de me lembrar mais sobre ela.
— Oh... — Carol se levantou rapidamente. — Eu posso ajudá-la. Eu não
sei por que eu nunca pensei nisso antes.
Ela virou-se para o marido e disse.
— Glenn, por que você não pega o velho projetor na garagem. Grant, o
siga e traga a tela de filme. Vamos sentar aqui para uma surpresa.
À medida que os homens caminharam em direção à garagem, Alex assistiu
Carol correr para dentro da casa.
— Você fica aí mesmo. — Disse ela sobre seu ombro com um sorriso. —
Você vai adorar isso.
Dez minutos mais tarde, depois de ouvir o pai de Grant explicar a ele
como abrir a tela de cinema, todos eles se sentaram nas cadeiras almofadadas da
varanda quando o velho projetor acendeu.
As imagens em preto-e-branco de adolescentes na antiga fase do ensino
médio encheram a tela. O barulho vindo do alto-falante do projetor estava
distorcido. O auditório da escola secundária parecia o mesmo. A mesma cortina
escura pairava no fundo.
— Eu acho que sua mãe é a próxima. — Disse Carol, avançando o velho
filme. — Aqui vamos nós.
Ela voltou e sentou-se ao lado de seu marido.
Em seguida, Alex viu a mãe subir no palco com uma velha guitarra. Ela
vestia uma saia branca e uma blusa de cor clara. Seu cabelo era um pouco mais
longo que o de Alex e muito parecido com o dela, liso com algumas ondas. Então
ela começou a tocar e Alex se esqueceu de respirar. Ela ouviu sua mãe cantar
uma velha canção de Dolly Parton, sua voz suave e muito parecida com a de Alex
e como ela cantou:

Às vezes eu tento contar as maneiras e as razões do por que eu te amo


Mas eu nunca consigo contar até agora
eu te amo em um milhão de maneiras e por um milhão de razões
mas mais do que isso, eu te amo como você é
mais do que isso eu te amo assim como você é
Você é a minha inspiração, você é a música que eu canto
Você é o que me faz feliz, você é meu tudo
Você é o meu sol diariamente, você é minha estrela
Tudo que eu já esperava encontrar, isso é o que você é
Tudo o que eu sempre vou querer para mim, é o que você é

Enquanto a música continuava, ela sentiu as lágrimas escorregando por


suas bochechas. Grant pegou sua mão com seus olhos focados, sem piscar, sobre
a mulher que desistiu de sua vida por elas.
Ela poderia fracamente lembrar sua mãe sussurrando para ela antes de
dormir, inclinando-se e colocando um beijo suave na testa, dizendo a ela: — Você
é meu tudo.
Quando a música terminou, o público no ginásio se levantou e aplaudiu.
Carol entregou-lhe um lenço de papel e ela calmamente limpou o rosto.
— Obrigada.
Ela sorriu para a melhor amiga de sua mãe e sabia que ela tinha uma
nova memória de sua mãe que nunca esqueceria.
Capítulo 13

Grant saiu com Alex pouco antes das dez. Ela tinha um grande dia
amanhã, e ele sabia que começaria antes do raiar do dia. Ele inscreveu Mojo e as
meninas na feira e precisava estar lá cedo, também. Eles estariam competindo
contra outras trinta cabras pela fita azul, assim que a competição era dura. As
meninas tinham que ser carregadas e entregues as suas barracas no prazo
máximo de sete da manhã.
Eles decidiram que Alex ficaria melhor em casa naquela noite, desde que
ela tinha que descansar e chegar cedo lá.
Ele se revirou por uma hora, então finalmente desistiu e mandou uma
mensagem para ela.
Você está acordada?
Ela respondeu alguns segundos depois.
Sim.
Eu sinto sua falta. O que você diria se eu subisse pela calha e entrasse pela
sua janela?
Eu diria que é uma coisa boa, Chase reforçou nossas calhas na primavera
passada. LOL.
?
LOL? Isso significa rindo em voz alta.
Oh, eu ainda estou aprendendo a fazer tudo isso. Como você está digitando
tão rápido?
LOL, você vê o pequeno botão de microfone na parte inferior
esquerda? Clique nele e, em seguida fale claramente em seu telefone e clique em
enviar.
Ele tentou fazê-lo e viu que o que ele disse apareceu na tela
automaticamente.
O que faz isso... Oh, o quão legal é isso?
Ele tentou dizer algumas outras coisas, se acostumando com a nova
tecnologia. Finalmente, ele digitou.
Bem, é melhor deixá-la dormir. Boa sorte amanhã.
Obrigada, você também. Vejo você por aí. Vou tentar parar no celeiro das
meninas antes de ir. Sinto sua falta.
Eu também, boa noite.
Ele ficou acordado por mais algum tempo, pensando em Alex antes de
finalmente dormir.
A manhã chegou muito rápida e as coisas não correram bem. No momento
em que Grant terminou de carregar as meninas, ele precisou mudar sua camisa
amarrotada. Todos, exceto Docinho, entraram facilmente no trailer. Docinho, no
entanto, decidiu que era hora de brincar na lama que se formou com a chuva
duas noites antes. Depois de lavá-la e tentar secá-la o melhor que podia, ele
correu para dentro de casa e trocou de roupa. Ele chegou ao local do rodeio na
hora, mas depois teve que se sentar e esperar por toda a bagunça com todos
descarregando seus animais. Demorou quase duas horas, com a ajuda de vários
feirantes, para descarregar as meninas e levá-las para seus lugares. Ele tinha os
números para cada uma que combinava com os números que estavam sobre as
suas portas. Ele levou alguns minutos para escovar cada uma e verificar se elas
estavam limpas, especialmente Docinho.
Quando ele finalmente se afastou do grande celeiro, se dirigiu para as
barracas de alimentos. O céu estava limpo de nuvens e o calor causava filas nas
barracas de sorvetes e limonada. Ele passou por alguns poucos amigos ao longo
do caminho, apreciando conversar com cada um.
Ele encontrou Alex e caminharam para a área da praça de alimentação,
pegaram um par de pratos de frango frito, purê de batatas e salada de batata, e
dois refrigerantes. Eles seguiram até um morro gramado em direção a um
pequeno lago cheio de patos e gansos e comeram sob a grande árvore de carvalho
que pairava sobre as águas frias. Quando comeram tudo em seus pratos, ele
puxou Alex em seu colo e eles assistiram os patos que nadavam e ouviam as
crianças rolando ladeira abaixo.
Alex parecia mais sexy do que nunca em seu traje, pronta para a
competição de corrida do barril. Seu chapéu pendurado em seu pescoço, e usava
uma camisa branca, um cinto e botas que foram todas revestidas com contas de
turquesa.
Quando chegou a hora, eles caminharam até a arena principal, e Grant
encontrou Haley nas bancadas quando a primeira rodada da competição
começava. Todo mundo riu enquanto eles observavam as crianças agarrando os
carneiros. Quando a competição do barril começou, Grant estava no limite de seu
assento enquanto Alex passava de barril para barril. Ele estava sempre surpreso
com o quão rápido ela montava e quão bem ela e o cavalo se moviam como uma
unidade.
No final da primeira competição, Alex estava com segurança na frente do
marcador. Grant foi até a cerca e conversou com ela enquanto ela escovava sua
égua, Sophie.
Conversaram até que Alex teve que montar novamente. Antes de sair, ela
se inclinou sobre a cerca e deu um beijo na boca de Grant. Ele a puxou para
mais perto e aprofundou o beijo, tomando seu tempo para explorar sua boca e
apreciar o sabor e senti-la.
Ela se afastou e caminhou de volta para seu cavalo, sorrindo e acenando
para ele. Ele se virou e quase bateu em Travis e seus pais. Roy e Patty Nolan
eram algumas das pessoas da mais alta classe da cidade. Pelo menos é isso o que
eles queriam que todos pensassem. Mas o povo de Fairplay sabia melhor.
Roy foi o prefeito por vários anos agora, e não havia fim à vista. Mas em
casa, as coisas não estavam tão no controle. Travis era imprudente e tinha uma
habilidade para acabar no lado errado das barras no presídio local, e Roy sempre
dava um jeito. Patty era quem governava a casa. Talvez foi assim que Travis
acabou sendo do jeito que ele era.
O trio fez uma careta em sua direção, e, em seguida, Roy adiantou-se e
estendeu a mão para Grant.
— Grant, é bom ver você. Ainda por estas bandas, eu vejo. — Ele riu.
— Sim, senhor. Estou de volta para casa para ficar.
Ele viu flash de algo nos olhos do homem, mas tentou evitar a sensação
estranha. Este era o homem que estava tentando conseguir sua licença revogada,
ou pelo menos é o que ele e seu pai pensavam. A denúncia veio do gabinete do
prefeito, depois de tudo.
— Bom, muito bom. Você está com seus pais?
Grant podia sentir os olhos de Travis queimando nele, mas evitou olhar
diretamente para ele.
— Não, senhor. Eu comprei a casa de Wilkinson no final do ano passado.
— Wilkinson? Fora de Saddleback, hein? — Houve uma faísca nos olhos
do homem mais velho. Em seguida, ele limpou a garganta. — Eu estava
conversando com meu velho amigo da secretaria estadual sobre esse novo
negócio que você e seu pai estão começando. — Disse Roy, com um sorriso,
quando sua esposa tossiu.
Quando Grant olhou em sua direção, ele podia ver que seu rosto e pescoço
viraram uma máscara profunda de vermelho.
— Sim, senhor. Nós estamos realmente animados sobre isso. Meu pai está
ansioso para colocá-lo em funcionamento. Bem...
Grant tirou o chapéu e tentou desculpar-se da situação
constrangedora. Quando ele finalmente se livrou, caminhou ao redor da arena e
sentou-se ao lado de Chase, quando Alex e Sophie vieram correndo para fora da
cerca.
Ela raspou quatro segundos sua última corrida. As rodadas finais foram
marcadas para amanhã à noite, pouco antes dos cavalos saírem.
Alex se trocou para uma saia jeans e blusa, em seguida, saiu e sentou
com Grant. Eles assistiram o rodeio por outra meia hora antes de voltarem para
verificar suas cabras. Alex sentou com todas as meninas, as escovou e abraçou a
cada uma. Sua cerimônia de fita era somente no dia seguinte, mas Grant e Alex
passaram algum tempo andando por ali, olhando para todos os outros animais.
Em seguida, eles caminharam de mãos dadas em volta da feira,
observando tudo, incluindo a tenda de alimentação, onde várias tortas da mãe de
Grant e enlatados tinham grandes fitas azuis ligadas às placas de identificação.
Depois de um par de pratos de cada uma das várias tortas e guloseimas
diferentes, eles fizeram o seu caminho através do campo em direção a todas as
atrações, enquanto o sol quente estava se pondo, fazendo com que o céu tivesse
uma linda sombra de fúcsia. O ruído aqui facilmente triplicou. Parecia que a
maioria da multidão os seguiu até aqui. Pequenas crianças corriam com balões
brilhantemente coloridos amarrados a seus pulsos e algodão doce preso a seus
rostos.
Eles foram a quase todas as atrações. Quando foram à roda-gigante, ele a
puxou para perto quando ela parou com eles no topo. Ele passou os braços em
volta dela e baixou a cabeça para um beijo. Ela estava mais doce do que ele se
lembrava. Ele a sentiu tremer quando a puxou para mais perto e olhou no fundo
de seus olhos. Ele aprofundou o beijo e não conseguia parar de desfrutar tudo o
que ela tinha para oferecer.
Eles não perceberam quando a roda-gigante começou se mover
novamente, e quando o atendente abriu o portão, os dois estavam sem fôlego e
tentando descobrir a maneira mais rápida de voltar para sua caminhonete.
— Depressa.
Disse ela quando eles finalmente se aproximaram de sua caminhonete no
estacionamento. Ela empurrou os ombros para cima contra a lateral de sua
caminhonete, derretendo-se contra a frente dele, usando a boca para aquecê-lo
ainda mais.
— Alex, meu Deus, você tem que ir devagar.
Ele sussurrou e depois gemeu quando ela lentamente desfez vários dos
botões da camisa e passou as unhas através de seus músculos do estômago. Ele
rapidamente inverteu as posições, puxando-a para cima enquanto ele abaixou a
cabeça e tomou seu lábio mais rápido, mais duro. Suas respirações altas no
tranquilo estacionamento. As luzes fracas do estacionamento deram a eles muita
privacidade. Suas botas raspando pela grama macia sob seus pés quando ele
empurrou as pernas mais afastadas para que pudesse ficar entre elas. Suas mãos
corriam sobre seus quadris, puxando sua camisa até que finalmente pudesse
tocar sua pele quente. Seus dedos cavados nele, segurando, puxando.
Quando ouviram vozes, eles se separaram e olharam um para o
outro. Alex riu nervosamente enquanto arrumava sua camisa. Ele rapidamente
abriu a porta para ela e a ajudou a entrar na caminhonete.
Quando ele ficou atrás do volante, ele notou que suas mãos tremiam. Em
vez de ligar a caminhonete, sentou-se ali, enquanto seus dedos ficavam brancos
segurando o volante enquanto tentava igualar sua respiração.
— Grant? — Ele podia ouvir o desejo em sua voz. — Eu não quis dizer...
Eu não posso pensar... — Quando ele olhou para ela, ele poderia dizer que ela
estava tão afetada quanto ele. Em seguida, ela estava em seu colo, como a boca
na sua novamente. Suas mãos correram sobre ela, agarrando sua roupa. Ouviu
algo rasgar e sentiu satisfação quando finalmente sua pele foi exposta para sua
exploração. Ela arqueou quando ele deslizou mais para o meio do grande banco
da frente para que ela pudesse envolver seus quadris em torno dele. Sua saia
apertada subindo em seus quadris. Ele afastou a calcinha para o lado,
afundando os dedos em seu calor enquanto ela gemia.
Ela grudou a boca na dele, enquanto seus dedos se atrapalhavam para
libertá-lo de sua calça jeans, em seguida, ela o montou novamente, sua pele
macia contra a dele enquanto suas mãos passavam em sua pele sedosa. As
janelas embaçando com eles ofegando, se movendo mais rápido do que ele tinha
imaginado. Antes que ele pudesse manter qualquer tipo de controle, ela estava
escorregando em seu comprimento e balançando os quadris em seu próprio
ritmo. Ele inclinou a cabeça para trás contra o encosto de cabeça e segurou
enquanto ela o levava um pouco mais perto de perder a sanidade.

***

Alex voltou a si quando ouviu um par de portas de carro batendo. Quando


as luzes do carro de alguém piscaram por um segundo dentro da cabine da
caminhonete de Grant, ela fechou os olhos para o brilho e se encolheu, esperando
que alguma jovem família não tivesse conseguido uma visão do que aconteceu
momentos antes.
Ele a destruiu. Durante todo o dia, ele foi o perfeito cavalheiro, abrindo
portas para ela, comprando seus badulaques na feira, beijando-a suavemente no
alto da roda-gigante. Ela nunca experimentou nada parecido antes. Travis
sempre estava muito ocupado consigo mesmo para dar a ela um bom tempo.
Em todos os anos que ela participou do rodeio, nunca se divertiu tanto
quanto com Grant hoje.
Deixando os olhos abrir um pouco, ela olhou para ele e sorriu. Seu cabelo
estava uma bagunça em seus dedos. Ele estava descansando a cabeça para trás e
seus olhos estavam fechados enquanto tentava acalmar sua respiração. Ela podia
sentir seu coração batendo freneticamente contra ela própria e sorriu um pouco
mais. Eles destruíram um ao outro. Satisfação. Satisfação completa e absoluta.
— Eu nunca fiz isso antes. — Disse ele, sem abrir os olhos.
Ela riu.
— Sério?
— Bem, eu já fiz isso. — Seus olhos se abriram e ela quase podia vê-lo
corar na escuridão. — Só não...
Ela riu, se inclinou e deu um beijo em seus lábios.
— Eu também.
— Vamos lá. — Disse ele quando ouviram mais portas de carro se
fechando. — Parece que os portões estão se fechando. É melhor eu te levar para
casa para que você possa descansar para o grande evento de amanhã.
Quando eles dirigiram até a casa, a caminhonete de Lauren e Chase já
estava estacionada sob a luz.
Os olhos de Grant ficaram focados em frente.
— Escute, eu não quis dizer... — Ele parou quando se virou para ela. —
Quero dizer... Nós fomos tão rápido que me esqueci...
Ela olhou para ele, com a cabeça inclinada um pouco. Então ela começou
a rir quando finalmente entendeu. Ele franziu a testa ainda mais até que ela se
inclinou e deu um beijo em seus lábios.
— Não se preocupe com isso. Eu estou tomando a pílula desde os
dezessete anos e não perdi nem um dia desde então. — Ela riu.
— Oh.
Ele disse, franzindo a testa um pouco mais. Ela pensou que veria o alívio
em seu rosto, mas não havia nenhum.
— O quê? — Ela perguntou, seu sorriso lentamente desaparecendo.
— O quê? — Ele olhou para ela. — Oh, não, não é nada.
Ele sorriu lentamente para ela, passando as mãos sobre os braços.
— Grant? Há quanto tempo nos conhecemos?
Seu sorriso era mais rápido desta vez.
— Não o suficiente, querida.
Ele a puxou para mais perto e quando ele finalmente a deixou ir, ela tinha
esquecido o que estava tentando tirar dele.
Quando ela entrou pela porta da frente, ela se surpreendeu ao ver Haley
sentada na sala de estar com um rapaz. Alex quase tropeçou em seus pés e teve
que pegar a moldura da porta para não cair.
— Hey. — Disse Haley, olhando por cima do encosto do sofá. Um filme
antigo estava passando e o braço do rapaz estava nos ombros de sua irmã.
— Hey.
Ela respondeu de volta, e quando o menino se virou, ela percebeu que era
Tom Blake, um dos meninos da classe de Haley na escola. Tom era um cara bom,
mas não o tipo de cara que ela imaginou que sua irmã se interessaria. Afinal,
Haley foi irremediavelmente dedicada a Wes Tanner desde a escola
primária. Quando Wes deixara Haley destruída, ao se juntar ao Exército, ela
havia esperado. Ela não saiu nem uma vez em todo o tempo que ele foi embora, e
Lauren e Alex pensaram que sua irmã se juntaria a um convento, ao invés de
tentar namorar qualquer outra pessoa.
Por isso, foi um choque ver Haley e Tom aconchegados juntos no sofá,
assistindo a filmes antigos.
— Bem, eu vou para cima. Boa noite.
Ela correu até as escadas e parou no topo, ouvindo por um curto
tempo. Quando ela não poderia fazer nada, ela calmamente fez seu caminho pelo
corredor e bateu na porta de Lauren e Chase.
Chase abriu a porta de cueca, e Alex entrou apressada no quarto. Lauren
tinha o lençol sobre os ombros. Alex sabia que ela interrompera alguma coisa,
mas não se importou.
— Você sabia que a nossa irmã está lá embaixo com um garoto?
Lauren piscou algumas vezes, o registro de choque no rosto.
— Um garoto!
Alex repetiu e sentou ao lado de sua irmã, ouvindo Chase suspirar quando
ele fechou a porta.
— Quem? — Lauren sentou-se um pouco mais, ajustando o lençol.
— Tom Blake.
— Tommy Blake? O que ela está...? Eu pensei...
— Sim, eu também.
— Eu não sabia. — Disse Lauren, sacudindo a cabeça.
— Eu sei, nem eu. Eu pensei... — Alex começou.
— Eu também. — Disse Lauren.
Eles pararam o jogo de palavras quando Chase pigarreou.
— Será que alguém, por favor, me diz qual é o grande problema? Por que
importa se Haley tem um garoto lá embaixo? Acontece que eu conheço Tom e ele
é um bom cara.
— Oh. — Disse Lauren, acenando com a mão para o marido. — Não é
sobre com quem ela está; é só que ela está com alguém que não é Wes.
— O quê? — Chase se aproximou e pegou a calça e puxou rapidamente.
— Wes Tanner. — Lauren disse. — O único príncipe encantado de Haley.
— Wes está no Iraque ou no Afeganistão em algum lugar, eu não me
lembro onde agora. Mas ouvi dizer que ele não voltou para cidade por quase três
anos.
— Nós sabemos. — Disse Alex, em seguida, virou-se para sua irmã. —
Você acha que isso significa...?
— Eu não sei, nós vamos ter que esperar e ver. — Lauren interrompeu e
respondeu sua pergunta não feita.
— Ugh, eu desisto. Eu vou buscar um copo de água. — Chase começou a
ir em direção à porta, mas as duas mulheres gritaram com ele.
— Não!
— Querido, tome um gole do banheiro. Vamos dar a Haley alguma
privacidade. — Disse Lauren, sorrindo.
Chase deu de ombros e entrou no banheiro.
Naquela noite, Alex estava deitada na cama pensando em Grant. Sua
mente brilhou para o que ele estava insinuando. Viu em seus olhos. Ela o
conhecia e sempre pensou que sabia o que ele estava pensando. Ele ficou triste
com a possibilidade de não ter filhos com ela.
Não, disse a si mesma. De maneira alguma ele pensaria tão longe. Ela
tinha apenas vinte e quatro anos, e ele era apenas um mês mais velho. Eles não
eram sequer realmente um casal oficial. Mais como apenas distrações. Amigos
ajudando um ao outro, certo? Talvez ela tenha se esquecido de dizer a ele que é
assim que ela via seu relacionamento. Talvez ela devesse ter estabelecido alguns
limites antes que tivesse começado. Afinal, ela tinha acabado de sair de um
relacionamento sério e não estava à procura de qualquer coisa permanente.
Além disso, Grant não era o tipo dela. Bem, não para um relacionamento
sério. Ele era muito bom; ela acabaria machucando-o. Certo? Ele era um cara
honesto. Ela não conseguia pensar em nada de errado com isso, além do fato de
que costumava irritá-la na escola.
Ela não era boa o suficiente para ele. Ela sabia disso e, provavelmente, a
cidade inteira sabia disso também. Ela era uma garçonete em uma lanchonete
decadente. Ela não tinha perspectivas reais de um futuro. Nem sequer mudou
muito ao longo dos anos. Ela era a mesma velha Alex.
Grant não era o mesmo garoto que era na escola. Ele não era o mesmo
garoto por fora também. Lembrou-se de passar as mãos sobre seu corpo rígido
mais cedo naquela noite em sua caminhonete. Como seus músculos saltaram e
flexionaram sob seus dedos. Sua pele estava tonificada e bronzeada graças ao
trabalho duro que ele fazia no sol. Seus cabelos também estavam mais claros,
dando-lhe um aspecto de praia e cowboy rude.
Ele era inteligente, responsável, sexy e muito bom na cama. Somando
tudo, Alex começou a se perguntar por que ela ainda sentia que tinha o direito de
pensar em ter um relacionamento sério com Grant. Ela ainda sentia como se
houvesse algo segurando-a, ela simplesmente não conseguia entender o que era.
Capítulo 14

Grant sentiu sua falta na última noite e sabia que sua cama seria solitária
novamente esta noite, já que ela tinha planos para comemorar com sua família
após os grandes fogos de artifício. Ele também tinha planos de passar tempo com
sua família. Ele tinha alguns primos chegando à cidade mais tarde e sabia que a
casa de seus pais estaria cheia ao anoitecer.
Então, quando ele avistou Alex em frente ao estacionamento da feira, ele
correu para falar com ela.
— Alex.
Ele chamou e sorriu quando ela parou e virou para ele. Mas, quando um
leve franzido apareceu em seus lábios, ele quase parou. Ele correu ao lado dela e
olhou para ela.
— O que há de errado?
Ele a puxou para perto, olhando em seus olhos escuros. Ele podia ver as
sombras sob eles e se perguntou se aconteceu alguma coisa.
— Não é nada.
Ela balançou a cabeça e tentou sorrir para ele, mas seus olhos mostravam
que ela ainda estava pensando em outra coisa.
Ele a puxou para o lado de fora do portão de entrada, e levou-a para a
sombra, onde poderiam falar sozinho.
— Alguma coisa está errada. — Disse ele, passando as mãos para cima e
para baixo em seus braços.
Ela suspirou e olhou para ele.
— Eu acho que preciso de um tempo.
Disse ela, sem olhar em seus olhos, concentrando-se em um botão em seu
peito.
— Um tempo? — Ele perguntou, sentindo seu coração falhar uma batida.
Ela assentiu com a cabeça.
— Sim, eu preciso de algum tempo para pensar sobre as coisas. Estou
pensando em ir para os meus primos por um tempo. Acho que só preciso ficar
longe por um tempo.
Ela gentilmente puxou as mãos para longe dele, removendo toda a dúvida
em sua mente do que ela queria dizer.
— Tempo?
Disse ele, sentindo seu coração saltar novamente. Inferno, ele tinha
certeza de que acabara de quebrar em dois. Ele não sabia o que dizer. Se não
tivesse tomado seu tempo e lhe falado como se sentia? Talvez ela não
soubesse? E depois de ontem à noite! Talvez ele tivesse feito alguma coisa
errada?
— Ouça Alex, se eu fiz alguma coisa... — Ele parou quando ela começou a
sacudir a cabeça.
— Não, claro que não. Você foi... — Ela suspirou. — Maravilhoso.
Seus olhos corriam por cima do ombro. Ele virou a tempo de ver a irmã
dela caminhando em direção a eles, de mãos dadas com Tom Blake. Alex franziu
o cenho ainda mais.
— Escute, eu tenho que ir me arrumar.
Ela se virou e começou a ir embora, e ele sentiu como se todo o seu
mundo desabasse em cima dele.
Ele caminhou até a seção de cabra, sem realmente ver nada nem ouvir
ninguém. Quando chegou lá, ele encostou-se à porta e teria continuado olhando
para o espaço se Mojo não fosse inflexível sobre chamar sua atenção.
— O quê? — Ele finalmente perguntou depois que ela bateu nele com a
cabeça pela décima vez. — Eu vou lhe dar o seu maldito café. — Ele virou para
pegar um pouco de grãos quando ele percebeu que havia apenas duas cabras no
curral com ela.
— Onde está Docinho?
Ele perguntou a Mojo, meio que esperando o bode lhe responder. Ele
desceu a primeira fila, olhando em cada curral, procurando a cabra
perdida. Depois que ele procurou o celeiro inteiro, cada curral, ele começou a
pedir ajuda. Uma hora depois, todos estavam à procura de Docinho. Depois de
duas horas, trabalhando em um estado frenético, seu bebê tinha ido embora.

***

Os planos foram arruinados. Ela terminou com Grant pelos motivos


certos. Problema resolvido. Então o alarme soou quando uma nova cena se
desenrolava. Grant caminhava para o grande celeiro onde Alex estava. Talvez isso
pudesse ser um pouco divertido, afinal.

***

Alex achou muito difícil se concentrar. Ela era a próxima e seus olhos
ainda ardiam. Ela passou a maior parte da noite passada repassando o quanto
Grant estaria melhor sem ela. Ela só o atrapalharia. Ela era problema. Ela sabia
disso por toda sua vida. Foi culpa dela que sua mãe voltou para dentro atrás de
Haley. Ela distraíra Lauren tempo suficiente para que Haley escapasse. Ela seria
uma distração para Grant, ela só sabia disso. Seu negócio na Internet e fazenda
precisavam de sua total atenção. Ele tinha um futuro. Planos.
Ela balançou a cabeça e preparou-se para a corrida. Sophie nervosamente
sacudiu sob ela quando a campainha tocou, e ela enfiou os joelhos e se segurou
enquanto o cavalo correu em seu ritmo programado. Quando elas atravessaram o
portão, ela sabia que tinha ganhado tempo. Fechando os olhos quando Sophie
parou, ela olhou para o placar e suspirou. Ganhou cinco segundos.
Aguardando as outras competidoras para fazer suas voltas, ela levou o seu
tempo escovando Sophie e preparando o cavalo para o passeio em casa mais
tarde naquela noite. Chase, Lauren e Haley ajudariam a carregar Sophie e o boi
de fita azul de Haley depois que todos saíssem à noite.
Quando ela estava acalmando o cavalo, Travis caminhou até ela e se
inclinou sobre a cerca.
— Ouvi dizer que você rompeu com Holton. Decidiu que não era homem
suficiente para você? — Travis se inclinou e tirou uma mecha de seu cabelo dos
olhos.
— Algo assim.
Ela se afastou, não querendo dar-lhe qualquer atenção. Ele se aproximou
e colocou-a na tenda.
— Bem, se você decidir que gostaria de voltar...
Ele se inclinou para baixo e ela o empurrou, a escova de cavalo ainda
agarrada firmemente em suas mãos.
— Cai fora. — Ela disse em voz baixa.
Ele puxou seus quadris em direção a ele e ela podia sentir que ele estava
duro, causando um arrepio em sua espinha. Ele cheirava a álcool e cigarros, um
perfume que fez seu estômago revirar. Ela o empurrou ainda mais forte, com a
escova ainda entre eles.
— Vamos lá, Alex. Nós dois sabemos que você estava apenas brincando
com Sr. Santinho.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ela olhou e viu Grant de pé no
final da barraca. Ele ouviu claramente o que Travis acabara de dizer. Os olhos
azuis de Grant estavam vazios e o olhar em seu rosto lhe disse que ele acreditava
em tudo.
Antes que ela pudesse gritar para ele, ele decolou, caminhando
rapidamente para fora da pista. Travis riu quando viu Grant ir embora.
— Bem feito. Agora ele sabe como é ter a sua mulher tirada de você. — Ele
tentou puxá-la para mais perto.
— Seu idiota. — Ela gritou. — Eu não sou sua mulher. Foi você quem me
traiu, seu filho da puta!
Ela deu um chute e o acertou no queixo, machucando o suficiente para
conseguir que a soltasse. Empurrando a escova de aço entre eles, ela chutou
novamente.
No momento em que ela finalmente libertou-se de Travis, Grant estava
longe de ser encontrado. Ela correu para fora do celeiro e começou a procurar por
ele.
Era meio-dia e todo mundo estava do lado de fora tentando encontrar
algum lugar para comer. Os estandes e tendas que ladeavam a praça de
alimentação estavam lotados. Ela mal podia percorrer a crescente multidão de
pessoas que estavam com fome. Ela procurou em toda parte por Grant. Ela girou
pelo celeiro de cabra. Ele não estava lá, mas ela viu uma placa afixada à porta
sobre Docinho. Seu coração falhou. Docinho estava perdida. Ele provavelmente
veio pedir-lhe ajuda para procurar a cabra perdida.
Finalmente, ela se dirigiu para a sua caminhonete para deixar-lhe uma
nota. Ela caminhava pelo estacionamento repleto de caminhonetes e reboques
quando ouviu um balido. Ela se aproximou do trailer e olhou pelas janelas
escuras, mas não conseguia ver nada. Subindo na cavidade da roda, ela olhou
para dentro da janela maior e viu Docinho batendo na porta.
Saltando, ela correu para a porta e a abriu. A cabrita olhou para ela como
se ela estivesse pensando que já era hora dela chegar lá. Uma sombra caiu sobre
elas, e quando Alex se virou para ver o que era uma luz explodiu no lado
esquerdo de sua cabeça seguido rapidamente por escuridão.
Capítulo 15

Grant saiu correndo, sem realmente ver para onde ia. Quando ele se
deparou com alguém, se desculpou rapidamente e continuou andando até que
acabou no lago sob o carvalho onde ele e Alex fizeram um piquenique no dia
anterior. Ele sentou-se na sombra e pensou sobre o rumo dos acontecimentos.
Onde deu errado? Ele cruzou os joelhos para cima e colocou os cotovelos
sobre eles, observando dois rapazes jogar pedras na água.
— Hey. — Ele pulou com a voz atrás dele. Quando ele olhou, Haley ficou
olhando para ele. — Posso sentar com você?
Ele acenou com a cabeça, e ela se sentou ao lado dele, cruzando as pernas
e observando as crianças.
— Eu ouvi sobre o que aconteceu entre você e Alex. — Disse ela, sem
olhar em sua direção.
Ele se virou para ela, e a cena que ele acabara de testemunhar de Alex nos
braços de Travis, como eles estavam rindo e falando dele.
— Que ela terminou com você nesta manhã. — Disse ela, deixando-o
saber do que ela estava falando.
Ele balançou a cabeça e olhou para suas mãos.
— Minha irmã pode ser estúpida. — Ela sorriu para ele e colocou uma
mão em seu braço. — Escute, eu a conheço e posso dizer sem dúvida que você é a
melhor coisa que já aconteceu com ela.
Ele riu, asperamente.
— Eu duvido disso.
Ele balançou a cabeça, olhando para a água. E pensar que ele estava
pensando em se casar com ela. Criar uma família.
— Eu sei que pode ser difícil de entender. — Ela puxou seu braço até que
ele olhou para ela novamente. — Mas ela precisa de você. Travis a destruiu. Não
fisicamente, mas emocionalmente. Ela foi tão traumatizada, ela achava que não
sabia o que queria. Nos últimos meses, desde que começou a vê-lo, pela primeira
vez em muito tempo, ela tem um propósito. Ela está focada. Ela ficou ferida
quando Travis a traiu, mas por causa de você, se esqueceu dele. Esqueceu sobre
qualquer outro homem que veio antes.
— Aparentemente não é suficiente. Eu acabei de pegá-los juntos.
— O quê? — A mão de Haley se afastou de seu braço. — Alex e Travis?
Ele assentiu com a cabeça.
— Seu idiota! — Haley levantou-se e olhou para o celeiro. Ela olhou para
ele com uma carranca. — Eu suponho que você só deixou-a lá para se defender.
Ele se levantou e pensou sobre isso. Fechando os olhos, ele se lembrou de
como eles estavam parados na tenda e a verdade o atingiu com força total. Travis
tinha encurralado Alex. Os braços dela estavam contra seu peito em defesa,
tentando afastá-lo. Raiva e medo estavam escritos em seu rosto.
Haley estava certa; ele era tão idiota.
Abrindo os olhos, ele olhou para Haley.
— Sabe, você é muito inteligente.
Ele puxou sua trança e correu em direção ao celeiro, esperando que não
fosse tarde demais para um pedido de desculpas.
Quando ele não encontrou Alex na baia de Sophie, ele correu para o curral
dos bodes e perguntou ao redor. Ela tinha estado lá cinco minutos antes que ele
chegasse. Seguindo as instruções de algumas pessoas, ele saiu correndo para o
estacionamento para procurar por ela.
Ele estava prestes a desistir quando avistou a escova de cavalo. Ela estava
amassada por um pneu, mas ele sabia que era dela. Era o mesmo rosa brilhante
que ela segurava contra o peito de Travis.
Ele começou a gritar por ela. Ele não podia explicar a urgência que sentia
para encontrá-la, além do fato de que queria pedir desculpas por ser um tolo e
ver se ela estava bem depois de ser deixada sozinha para lidar com Travis. Ele a
chamou mais algumas vezes quando Haley, Lauren e Chase, todos correram para
o estacionamento.
— Você a encontrou? — Perguntou Lauren, olhando ao redor.
— Não. Alguém disse que ela veio para cá cerca de dez minutos
atrás. Achei isso.
Ele estendeu a escova.
— Isso é de Alex. — Disse Haley, em seguida, gritou pela irmã.
Eles se espalharam, chamando seu nome até que Chase finalmente gritou:
— Por aqui. Ela está aqui.
Todo mundo correu. Grant estava sem fôlego quando chegou ao
trailer. Seu trailer. Ele a viu inconsciente em uma bola com Docinho aconchegada
ao lado dela. Ele teria pensado que a cena era cativante, se não fosse pelo grande
galo crescente em sua testa. A contusão estava se formando e havia um fio de
sangue escorrendo lentamente pela sua testa.
Ele correu para o lado dela. Chase estava lá verificando seus sinais
vitais. Ele o empurrou de lado e puxou-a para o seu colo, chamando seu nome
repetidas vezes. Suas pálpebras lentamente se abriram enquanto ele a
observava. Viu-a tentar se concentrar em seus dedos quando ele empurrou uma
mecha de seu cabelo de lado.
Olhando para cima, ele percebeu que tinha uma audiência, agora. O
xerife, o prefeito e a família do prefeito estavam do lado de fora de seu trailer,
olhando a cena.
— O que está acontecendo aqui? — O xerife pulou na parte de trás do
trailer e olhou para Alex.
— Parece que alguém bateu na cabeça dela. — Disse Grant, então notou a
roda de ferro deitada ao lado dele. — Provavelmente com isso.
Ele acenou com a cabeça.
— Alguém chamou uma ambulância? — Perguntou o xerife.
— Eu chamei. — Disse Lauren com uma voz trêmula. Haley e Lauren
estavam sentadas do outro lado de sua irmã, enquanto Alex olhava para elas.
— O quê? — Ela perguntou, tentando se sentar.
— Não. — Disse Chase, mantendo-a imóvel. — Fique parada,
querida. Onde dói?
— Eu sinto como se fosse atingida por um cavalo na minha cabeça. O que
aconteceu? — Ela agarrou a cabeça com as mãos e gemeu.
— Nós estávamos esperando que você pudesse nos dizer. — Lauren
inclinou sobre sua irmã.
— Eu realmente não me lembro. Eu vim para cá para encontrar Grant e
ouvi Docinho chorando. — Ela puxou a cabra no colo novamente onde ela
aconchegou-se a ela. — Então eu não me lembro.
— Bem, não é óbvio? — Foi Travis quem falou. Todos se viraram para
olhar para ele. Grant ainda não notara que ele estava bem ali com sua
família. Ele olhou em volta, deu de ombros e acenou com a cabeça em direção a
eles. — Todo mundo sabe que eles tiveram uma briga hoje mais cedo e
terminaram. Além disso, ele nos pegou no celeiro apenas um tempo atrás. É óbvio
que Grant não aguentou e a seguiu até aqui, atingindo-a na cabeça. Ela está em
seu trailer. É a sua roda de ferro.
— Você tem que estar brincando comigo! — Foi Haley quem falou desta
vez. Ela levantou-se lentamente. — Primeiro de tudo, todos nós sabemos que você
está perseguindo Alex desde o seu término, há quatro meses. Para não mencionar
todas as coisas terríveis que você fez a Grant aqui. Em segundo lugar, Grant
estava comigo a quinze minutos, do outro lado da feira à beira do lago. Ele estava
um minuto à nossa frente andando no estacionamento.
Ela olhou para Lauren e Chase para confirmação, e ambos concordaram
com a cabeça.
— Bem, eu não vou levar a culpa por isto. Não desta vez. Eu estava na fila
para conseguir algum churrasco, há poucos minutos. Meu pai e o xerife aqui me
puxaram para fora, dizendo que iriam para o Mama’s com o xerife.
— Ele está certo. — O xerife confirmou. — Todos nós o vimos em pé na
fila. Ele era o segundo na fila para ser servido em torno de dez. Ele esteve lá a
algum tempo. — O delegado olhou para Grant. — Bem, por agora, vamos levar
Alex para fazer os exames e podemos debater quem teve parte no que mais tarde.
Todos olharam quando a ambulância chegou.
Grant foi com Lauren e Chase em sua caminhonete, enquanto Haley foi
com Alex na ambulância. Todos entraram na clínica, sentaram em silêncio, a
mesma pergunta atravessando a mente de todos. Quem fez isso?
Levou quase uma hora para Alex voltar depois de ver o médico. Grant
sentou na pequena sala de espera com Chase desde que a sala do médico era
muito pequena e apenas os membros da família foram autorizados a entrar com
os pacientes.
Quando saiu, ela tinha pequenas ataduras brancas sobre a testa. Seus
olhos estavam fechados, mas quando Grant disse o nome dela, ela abriu e franziu
a testa um pouco.
— Eu não posso... — Ela balançou a cabeça e gemeu. — Por favor.
Ela olhou para Haley, que assentiu para sua irmã, então caminhou em
direção a ele. Tomando seu braço, ela levou-o para fora da porta e disse-lhe.
— Grant, eu tentei falar com ela, mas ela não quer ouvir. — Ela olhou
para dentro e balançou a cabeça. — Teimosa. — Em seguida, ela suspirou. —
Escute, eu vou tentar novamente mais tarde. É melhor você dar algum tempo
para ela. Basta dar um dia, a deixe clarear a cabeça com tudo isso.
Ele balançou a cabeça, não realmente aceitando tudo isso. — Ela ficará
bem?
— Sim. — Ela suspirou novamente. — Não há pontos, apenas uma leve
concussão. Nós devemos observá-la por um tempo.
— Eu posso fazer...? — Ele começou, mas parou quando ela balançou a
cabeça negativamente.
— Não, ela não quer nada agora.
Ambos olharam para cima quando os pais de Grant se aproximaram.
— Nós acabamos de saber. — Sua mãe correu para seu lado. — Alex está
bem? — Perguntou a Haley.
— Sim.
Haley pegou a mão de sua mãe e levou-a para dentro para ver Alex, que
ainda estava sentada na cadeira de rodas, esperando para ser liberada.
— Que pena. Parece que alguém foi longe demais desta vez.
— Hmmm.
Ele estava apenas ouvindo metade do que seu pai dizia.
— Eu ouvi que eles roubaram a sua cabra, aquela que venceu a fita azul.
— O quê?
Ele olhou e viu como sua família a levou para a caminhonete do Chase.
— Sua cabra. Eu sei que não é o tempo, mas você acha que alguém a
atacou para roubar a sua cabra fita azul?
— Minha cabra não ganhou. — Disse ele, distraidamente.
— Claro que sim. Aquela pequena que encontraram no trailer com
Alex. Todo mundo está dizendo que ela ganhou o prêmio mais alto, melhor na
mostra.
Ele se virou e olhou para o seu pai.
— Docinho ganhou?
Seu pai acenou e sorriu então, quando ele olhou para Alex, seu sorriso
desapareceu.
— Eu espero que não tenha nada a ver com sua cabra.
No momento em que Grant tinha todas as quatro cabras em casa,
incluindo sua premiada Docinho, com troféu e tudo, ele estava tão cansado que
não conseguia enxergar direito.
Ele enviou várias mensagens para Alex, mas não ouviu nada de volta. Ele
foi tão tolo e sabia que tinha de fazer as pazes com ela. No momento em que o sol
finalmente se levantou, ele pensou ter um plano. Não havia nenhuma maneira
que ela pudesse dizer não, não depois do que ele planejou. Agora, ele só precisava
convencê-la a falar com ele.

***

Alex estava deitada na cama assistindo TV com o som desligado. Ela olhou
para o seu telefone quando ele apitou pela centésima vez desde a noite
passada. Ela ainda não leu as primeiras mensagens de Grant, e rapidamente
evitou olhar para essa também.
Ela pensou em desligá-lo, mas queria saber se ele estava sofrendo como
ela. Não apenas fisicamente, mas emocionalmente.
Oh, ela sabia que era a única que poderia terminar com tudo isso, ou
tentar. Ela foi uma tola pensando que poderia ter uma vida normal. Ela não era
boa o suficiente para alguém como Grant. Ela fez uma verdadeira busca
espiritual na noite passada após chegar em casa e colocou tudo para fora. Ela era
uma garçonete em uma lanchonete gordurosa. Ela não tinha habilidades reais e
nenhuma ideia do que queria fazer no futuro. Grant era um graduado de Harvard
com uma licenciatura em Direito e um plano de negócios inteligente. Para não
mencionar uma casa própria e planos definidos para seu futuro.
A única coisa que tinha em seu futuro era... bem, nada que ela pudesse
pensar. É por isso que ela decidiu ir ver os primos. Ela poderia ficar com eles por
um tempo e pensar sobre seu próximo passo. Ela tinha um pouco de dinheiro
guardado; pode até ser suficiente para tomar algumas aulas à noite.
Ela começou a arrumar suas coisas de manhã cedo, para que pudesse
volta para seu antigo quarto. Eles poderiam redecorar o quarto maior para o
bebê. Ela estava pensando em apenas armazenar todas as suas coisas no
sótão. Dessa forma, ela só teria que levar uma pequena mala com ela.
Saindo da cama lentamente, ela testou as águas para ver como ela se
sentia. Quando sua visão nublou um pouco, ela fechou os olhos e respirou fundo
várias vezes. Sua cabeça doeu a maior parte do dia e suas irmãs a trancaram em
seu quarto, entregando-lhe comida e a verificando. Haley estava chateada quando
viu suas caixas. Ela disse que era para Alex descansar, mas ela ignorou e só
parou quando se sentiu tonta. Agora, o sol estava se pondo e ela estava ficando
cansada de estar em seu quarto sozinha. Quando ela abriu os olhos novamente,
ela soltou um grito alto.
Do outro lado de sua janela estava um rosto. Ela não parou de gritar até
que percebeu que o rosto pertencia a Grant. Então, ela correu para a janela e
abriu-a rapidamente.
— O que diabos você está fazendo? Você não sabe que é uma queda de
cinco metros?
Ela segurou as mãos e olhou para fora da janela. Ele estava de pé em uma
escada de prata. Uma escada de prata muito alta.
Então Lauren e Chase vieram correndo ao seu quarto. Chase com um taco
de beisebol, pronto para bater a cabeça de alguém. Lauren tinha seu confiável
revólver, armada e pronta para atirar no que quer ou quem quer que fez a sua
irmã gritar tão alto.
— O que está acontecendo?
Perguntaram ambos ao mesmo tempo.
— Está tudo bem. — Disse Alex, segurando as mãos para cima, rindo. —
Eu estou bem.
Quando perceberam a cabeça de Grant aparecendo pela janela, ambos
relaxaram.
— Você tem uma esposa muito assustadora. — Disse Grant, içando-se
sobre o parapeito da janela e olhando para a arma na mão de Lauren. Chase se
virou e percebeu a arma enquanto Lauren liberava o taco.
Chase riu.
— Você não tem ideia do que se esconde sob a cama dela. — Disse ele,
apontando para Alex. Ele acenou para Grant, então virou sua esposa e marchou
para fora do quarto.
Lauren gritou por cima do ombro.
— Se você precisar de ajuda, apenas grite.
Chase fechou a porta atrás de si.
— Você vai a algum lugar? — Perguntou Grant, olhando ao redor de seu
quarto.
Ela se virou para ele, com os braços cruzados sobre o peito.
— Sim. — A cabeça dela latejava de toda a emoção, então ela se
aproximou e sentou-se na beira da cama. — Eu estou indo para os meus primos,
lembra-se.
Ele olhou ao redor novamente.
— Para sempre?
Ela encolheu os ombros.
— Por minha causa? — Ele se aproximou e sentou ao lado dela.
Ela se recusou a olhar para ele. Se ela olhasse para aqueles profundos
olhos azuis, ela poderia perder a coragem. Ir embora era o melhor. Para ambos.
— Alex, você poderia, por favor, olhar para mim? — Ele perguntou,
tocando-lhe o queixo com apenas um dedo e puxando-a para ele.
Ela fechou os olhos e suspirou.
— Eu não posso. Eu não posso fazer isso.
Ela manteve os olhos bem fechados.
— Eu sinto muito. — Disse ele em voz baixa.
Em seguida, seu peso levantou do colchão. Ela manteve os olhos bem
fechados e ouviu-o caminhar de volta para a janela. Ela ouviu atentamente, mas
não o ouviu sair, então ela espiou com um olho e viu quando ele se inclinou para
fora da janela.
— O que você está fazendo? — Ela perguntou, cruzando os braços sobre o
peito.
— Eu tenho algo para você, mas a corda está presa. — Disse ele,
grunhindo um pouco.
— A menos que você vá se enforcar. — Ela se afastou da janela sorrindo.
— É melhor você levar tudo de volta. Eu não quero nada de você.
— Aqui. — Ele disse, ignorando-a. — Consegui. Aqui vamos nós. — Disse
ele enquanto puxava a corda, deixando um amontoado caído no chão do quarto
ao lado de seus caixas.
Sua curiosidade, finalmente, levou a melhor sobre ela e ela foi até a janela
a tempo de vê-lo puxar uma pequena cesta amarrada firmemente com a corda
através de sua janela.
— O que é isso? — Perguntou ela, inclinando-se contra a sua janela.
— Você tem que prometer que vai me ouvir. Deixar-me falar com você
primeiro.
Ela balançou a cabeça, mas não conseguindo colocar muita emoção por
trás.
— Alex? — Ele olhou para ela e segurou a cesta ao seu lado, virando seus
ombros para que ela não pudesse vê-lo.
— Tudo bem!
Ela levantou as mãos em frustração. Como ele sabia que ela tinha uma
fraqueza por surpresas? Ela tinha certeza de que era tudo coisa de Haley; sua
irmã não conseguia manter a boca fechada.
— Eu vou ouvi-lo, mas se eu não gostar do que você tem a dizer, você e
tudo o que está no cesto sairá pela janela, sem o uso da escada.
Ela cruzou os braços sobre o peito novamente.
Ele sorriu.
— É justo.
Em seguida, ele virou e entregou-lhe a cesta. No início, ela pensou que ele
tinha dado a ela uma toalha marrom, mas em seguida, ele se mexeu e ela quase
deixou a cesta cair em estado de choque. Suas mãos ficaram sob a dela para
firmá-las, então ele gentilmente levantou o filhote de cachorro da cesta e entregou
a ela.
— Você me comprou um filhote de cachorro? — Ela perguntou, olhando
para a mancha marrom.
— Eu nos comprei um filhote de cachorro. — Disse ele, sorrindo para ela.
Ela olhou para ele.
— Você acha que, ao comprar um filhote de cachorro você fará tudo de
ruim, tudo de errado entre nós ir embora?
Ele franziu a testa e olhou para seus pés.
— Não, claro que não. Pensei em Júnior aqui como uma oferta de paz e
um meio de conseguir o meu pé na janela, eu quero dizer, porta.
Ele olhou para cima e sorriu um pouco, fazendo com que seu coração
pulasse.
Como ele havia passado por suas defesas tão rápido? Ela se preparou
para isso, ou então ela disse a si mesma. Ela tentou entregar o pequeno pacote
de volta para ele, mas ele cruzou os braços e balançou a cabeça.
— Eu não vou fazer isso. — Ela se aproximou e soltou o filhote de
cachorro feliz em sua cama onde ele começou a farejar e mastigar sua colcha.
— Alex, eu só precisava falar com você. Honestamente. Se depois de 10
minutos você não gostar do que eu falar, você pode chutar Júnior e eu para
fora. Fechado?
Ela tentou não derreter quando seus olhos azuis ficaram tristes e
implorando. Ela suspirou e sentou-se ao lado do cão que imediatamente subiu
em seu colo. Ela o pegou e começou a acariciar sua pele macia de bebê quando
Grant começou a andar na frente dela.
— Bem, vamos começar pelo começo. — Ele se virou e olhou para ela. —
Há dezoito anos. — Ele começou, mas parou quando ela suspirou e olhou para
ele. Ele balançou a cabeça, em seguida, continuou. — Dezoito anos atrás, eu
entrei e peguei você roubando um cavalo. Você sabe que no Texas, você ainda
pode ser presa por esse crime. — Ele deu um sorriso fraco, então continuou. —
Você usava um vestido amarelo, seu cabelo estava em duas tranças para baixo
em suas costas, e o sol estava atrás de você. — Ele parou de andar o tempo
suficiente para olhar para ela novamente, a tristeza em seus olhos. — Eu perdi o
meu coração no corredor três no mercado Grocery naquele dia. Eu teria dado
qualquer coisa naquele momento. Então você me deu o meu primeiro beijo e eu
sabia o que eu queria na vida. Eu queria um dia tornar-me digno de ter Alexis
West, a garota dos meus sonhos.
Ela sentiu vontade de rir e chorar ao mesmo tempo. Como ela poderia
saber? Mas o que ela fará com esse conhecimento? Antes que ela pudesse dizer
qualquer coisa, ele continuou.
— Então, num piscar de olhos estávamos no ensino médio, em seguida, o
ginásio, e eu estava de pé no canto no baile vendo você dançar com cada menino,
menos comigo. No ensino médio, você estava lá para impedir os garotos de
chamar-me de nomes, e você foi gentil comigo, embora eu fosse o nerd da classe e
o garoto gordo da escola. Eu fui para a faculdade, o tempo todo pensando que eu
voltaria para a cidade e te mostraria que eu era digno de estar com você. Toda vez
que eu chegava em casa do ginásio, após Sam me destruir durante uma sessão,
eu pensava em você. Em estar com você. — Ele se agachou na frente dela. —
Alex, eu te amei desde a primeira série. Eu quero continuar a te amar. Ontem de
manhã, quando você terminou, eu meio que enlouqueci. — Ele franziu a testa e
balançou a cabeça. — Então, quando eu vi você com Travis e ouvi o que ele disse,
eu senti, apenas por um momento, que o que ele dizia era verdade. Lembre-se,
alegando insanidade aqui. — Ele sorriu e pegou uma de suas mãos. — Eu estava
errado. Eu deveria ter confiado em meu instinto e não no automático. Você pode
me perdoar?
Lágrimas levemente fluíam pelo seu rosto, e ele estendeu a mão com um
dedo gentil as limpando. Ela não confiava em si mesma para falar, então ela
apenas balançou a cabeça.
— Bom, agora vem à parte difícil. — Ele respirou fundo e segurou a outra
mão. — Alexis West, você me faria a honra de morar comigo?
Seu coração pulou por uma fração de um momento. Não! Sua mente
gritava. De novo não. Ela não ficaria noiva de novo, e tão cedo. Mas então ela
repetiu suas palavras. Morar comigo. Ela não sabia o que dizer. Ela tentou a
coisa de noivado, mas isso não era um noivado, e não era Travis. Olhando para
os olhos azuis de Grant, ela sabia, sem dúvida que ele nunca a trairia, ele nunca
levantaria a voz ou a mão em sua direção. Além disso, ele apenas disse que a
amava desde que tinham sete anos. Como ela não podia dizer sim? Então ficou
claro para ela. Essa era a única coisa que faltava. O conhecimento de seus
sentimentos por ele. A ideia de se acostumar a alguém dia e noite. Ela o
amava? Ela sabia que não amava Travis. Ela pensou que o amava, mas
basicamente o tolerava para conseguir o que queria: o casamento.
Será que ela usaria Grant dessa forma também? Não. A resposta bateu em
sua cabeça. Piscando as lágrimas, sabia a sua resposta. Sabia que ela o amava
desde a noite em que ele a pegou no lado da estrada e foi gentil com ela. Desde
aquele primeiro beijo de verdade há muitos meses, quando a surpreendeu
completamente. Ele foi o único homem que a fez gaguejar e se sentir tímida. Ele
era o único com quem ela se via envelhecendo.
— Isso é uma longa pausa aí. — Ele sorriu nervosamente para ela.
— Essa foi uma pergunta bastante intensa. — Ela sorriu e acenou com a
cabeça. — Mas eu tenho pensado sobre isso, e eu tenho algumas coisas a dizer
primeiro.
Ela entregou-lhe o cachorro e começou a andar, muito parecido como ele
tinha feito.
— Primeiro eu preciso saber, por que eu? Eu não sou nada especial. Eu
trabalho em uma lanchonete gordurosa e não tenho graduação, como você. Eu
sou teimosa e sempre vou exigir que as coisas sejam do meu jeito.
Ele sorriu e acenou com a cabeça.
— Você é duas vezes tão inteligente como a maioria das mulheres que eu
conheci em Harvard. Mais bonita do que todas elas. E eu amo que você é
teimosa. Estou ansioso para dar-lhe tudo que você realmente quer.
Ela sorriu. — Bajulador.
Ele riu para ela.
— Mais alguma pergunta?
Ela pensou sobre isso. — Se eu concordar em morar com você... — Ela fez
uma pausa e poderia dizer que ele estava segurando a respiração. — Não vamos
chamá-lo de Júnior.
Ele piscou, então riu e pulou da cama para abraçá-la, o minúsculo cão
esmagado levemente entre eles.
Capítulo 16

Quando eles desceram as escadas uma hora depois e entraram na


cozinha, todo mundo estava lá. Estavam todos sentados ao redor da mesa
tomando café e parecendo muito preocupado.
— Nós não ouvimos nada quebrando. — Disse Chase e depois sorriu. Ele
foi recompensado com um pontapé por debaixo da mesa de sua esposa.
— Oh, olhe. — Haley levantou e correu para tirar o pequeno cachorro das
mãos de Alex.
— Está tudo bem. — Disse Alex. — Nós estamos bem. — Ela pegou a mão
de Grant e sorriu para ele. — Eu vou morar com Grant.
Todo mundo ficou quieto por um segundo, absorvendo a notícia, em
seguida, todos deram os parabéns e abraços. Todo mundo disse como estavam
felizes por eles.
Como Alex teria que trabalhar na manhã seguinte, ela arrumou algumas
coisas em uma grande mala que Grant trouxe em sua caminhonete. O cachorro,
que ela estava pensando em chamar Romeo, estava escondido em seu colo
dormindo enquanto seguia Grant para sua casa em seu carro.
Quando eles chegaram, ele carregou as malas para dentro, virou para ela,
e envolveu-a em seus braços.
— Bem-vinda ao lar.
Ele a beijou suavemente nos lábios, derretendo a última de suas defesas.
Na manhã seguinte, seu alarme disparou cedo e ela virou o travesseiro
sobre a cabeça. Ela poderia ter ignorado o alarme e Grant assobiando no
chuveiro, mas quando o cachorro começou a choramingar, vestiu o robe e calçou
os sapatos para deixar o cão sair.
Quando ela abriu a porta de correr, ela notou que o sol estava apenas
surgindo. Seus olhos não estavam muito abertos, enquanto observava as belas
cores inundando o céu sobre as folhas de outono. Romeo fez suas necessidades,
em seguida, sacudiu o orvalho da manhã se enrolando e entrando pela
porta. Sentou e olhou para ela.
— Eu suponho que você vai querer um café da manhã agora.
Ela entrou na cozinha e pegou um pouco de comida e jogou na nova tigela
do cão que Grant comprou para ele. O nome Júnior estava escrito em letras
elegantes, mas Alex sabia que ela teria a palavra final sobre o seu nome.
Ela ligou a máquina de café enquanto Grant entrava na cozinha. Ele
andou até ela e envolveu-a em seus braços, dando-lhe um beijo que lhe disse que
ela estava exatamente onde pertencia.
Pouco antes do meio-dia, ela se perguntou por que não ligou para o
restaurante e falara que estava doente. Sua cabeça latejava e, em várias ocasiões,
ela teve que se sentar enquanto anotava o pedido de alguém. Jamella continuou a
tentar convencê-la a voltar para casa, mas ela queria ficar até que Grant e seus
pais viessem para o almoço por volta de 12h30min. Eles contariam aos seus pais
que ela foi morar com ele. Quando os pais de Travis chegaram poucos minutos
mais tarde, ela desejou ter seguido o conselho de Jamella.
— Bom dia. Sabem o que querem pedir?
Ela tentou dar um grande sorriso. Ela sabia o que todo mundo via quando
olhavam para ela. O lado esquerdo da testa ainda estava inchado e havia um
curativo cobrindo um pequeno corte. O hematoma, que começava na linha dos
cabelos até um pouco abaixo de seu olho esquerdo parecia desagradável esta
manhã, de modo que ela só podia imaginar o que parecia agora. Mesmo ela
habilmente cobrindo com maquiagem, podia dizer pela maneira como as pessoas
olhavam para ela que eles ainda podiam ver.
— Você pode trabalhar em sua condição? — Patty Nolan olhou por baixo
do nariz para Alex. Patty sempre parecia empertigada e apropriada. Mesmo
quando trabalhava no quintal, a mulher nunca tinha um fio de cabelo fora do
lugar. Suas unhas bem cuidadas, sua roupa intocada, mesmo seu cabelo nunca
estava fora do lugar. Alex se encolheu quando pensou em como ela estava
parecendo agora.
— Eu estou bem. — Ela sorriu e perguntou se ela poderia anotar seu
pedido novamente.
— Eu não sei. — Disse Patty, abaixando seu menu. — Pelo que eu ouvi,
você teve muita coisa acontecendo. É verdade que você se mudará? Algo sobre ir
para seus primos?
Ela a encarou e piscou. Havia um sorriso torto em seu rosto, e Alex sentiu
um arrepio percorrer sua espinha.
— Oh. — Roy entrou na conversa. — É verdade? Você está deixando
Fairplay? — Havia um brilho em seus olhos, também, e Alex sentiu todo o ar ser
sugado para fora da sala.
— Não. — Ela sabia que toda cidade estaria sabendo, desde que ela
praticamente gritou para Grant no outro dia na feira. Mas ela não pensou em ter
que explicar que estava vivendo com ele. — Não, eu vou ficar em Fairplay.
Ela viu como ambos seus rostos caíram e sentiu vapor sair de sua
pele. Como se atrevem estes dois fazê-la sentir-se inferior. Era quase como se
estivessem felizes em saber que ela iria embora. Bem, deixe-os engasgar com este
pedaço de notícias.
— Na verdade, eu vou morar com Grant. — Ela sorriu largamente quando
viu o queixo dos dois cair.
— Desculpe? Mas ouvimos... — Patty começou, apenas para ser calada
pelo marido.
— Suponho que também não é verdade que você está grávida? —
Perguntou Roy.
Alex olhou entre o casal. A noite que Savannah a abordou na Rusty Rail
surgiu em sua cabeça. Ela não poderia segurar, ela riu tanto que várias pessoas
viraram a cabeça.
— Não admira que todos olhassem para mim engraçado toda a semana. —
Ela riu mais forte, segurando seus lados. — Não. — Ela disse em voz alta: — Eu
não estou grávida. Mas eu estou feliz em dizer que Lauren e Chase terão seu
primeiro filho no início do próximo verão.
Pronto, deixe a cidade falando sobre isso.
— Agora, vocês gostariam de pedir alguma coisa ou vocês só vieram aqui
para ouvir as últimas fofocas sobre a minha vida? — Ela sorriu ainda mais
quando viu o rosto de Patty começando a ficar roxo. — Eu vou dar aos dois mais
alguns minutos para olharem o menu, certo? — Ela se virou e foi embora sem
dizer mais nada.
Caminhando para a parte de trás, ela esperou até que a porta se fechou,
então desmoronou na relaxante cadeira de Jamella dentro de seu escritório.
— O que eles falaram que deixou você chateada? — Jamella entrou e
tomou o assento em frente a ela.
— Nada. — Ela fechou os olhos por um momento, desejando que o pulsar
diminuísse um pouco. — Jamella? Eu sou inteligente?
— Que tipo de pergunta é essa? É claro que você é inteligente. Você é a
mais inteligente das garotas que eu conheço. Por que você acha que eu mantive
você por tanto tempo?
Ela encolheu os ombros.
— Eles lhe disseram que você não era inteligente?
Ela viu sua chefe levantar, sem dúvida, para ir e dizer ao prefeito e sua
esposa para saírem.
— Espere. — Ela pegou o braço dela e a segurou. — Não, eles não
fizeram. É só que eu sempre pensei em mim como apenas comum. Quero dizer...
— Ela deixou cair sua mão e olhou para seus dedos. — Eu fiz tudo certo na
escola. Tinha boas notas e tudo, mas eu nunca fui para a faculdade. Eu só estive
em duas grandes cidades toda a minha vida. Eu realmente nunca estive fora do
Texas. Só tenho medo que Grant mereça alguém melhor. Alguém mais inteligente.
— Ela suspirou.
— Menina, nenhuma dessas coisas importa. Você tem o que importa,
aqui. — Ela bateu no peito e levemente colocou os dedos contra sua testa. — E
aqui dentro. Menina, você é minha filha, você e suas irmãs. Os meus filhos... —
Ela resmungou e balançou a cabeça. — Mmm, eles foram embora e me deixaram
sozinha todos os dias. Mas, você... — Ela olhou para ela. — Você entrou naquele
dia e preencheu um lugar no meu coração. — Ela deu um tapinha no peito. —
Garota, você vale mais que qualquer uma dessas meninas que foram para uma
escola chique. — Ela a puxou e deu-lhe um grande abraço. — Agora, erga esse
queixo. — Ela sorriu quando Alex fez. — Boa menina.
— Obrigada, Jamella. Seus filhos não sabem o que estão perdendo.
Ela deu um beijo na bochecha molhada da mulher e saiu se sentindo
melhor.
No momento em que Grant e sua família entraram, os pais de Travis já
tinham saído. Ela estava grata por isso e sentou-se ao lado de Grant.
— Você parece cansada. — Disse ele, franzindo a testa. — Como está a
cabeça?
Ele tirou uma mecha de seu cabelo longe de seus olhos.
— Eu estou bem, agora que você está aqui.
Ela se inclinou e beijou-o ali mesmo.
— Vocês dois ficam bem juntos. — Disse sua mãe, inclinando-se contra o
ombro de seu pai. — Eles não ficam, querido?
— Sim, eu sempre soube que vocês ficariam juntos. — Ele sorriu e riu
quando sua esposa bateu-lhe suavemente no braço.
— Alex está morando comigo. — Disse Grant, sorrindo para Alex. — Oh, e
você tem um neto.
Grant riu quando o rosto de sua mãe ficou um pouco pálido.
— Um neto filhote de cachorro. — Alex corrigiu e deu um tapa no ombro
de Grant. — Não assuste seus pais assim.
— Susto? Minha querida, eu estava animada. Mas um cachorro vai me
satisfazer por agora.
Ela sorriu.

***

Ela riu deles. Na verdade, riu deles na frente de todos no Mama’s. Como
ela ousa fazer isso. Como ela ousa estragar tudo. Bem, só havia uma maneira de
lidar com isso agora. Olhando para o que estava no banco, um sorriso surgiu nos
lábios lentamente.
Levando tudo que amava para longe dela iria provar a ela que não era
digna. Talvez então ela fosse embora e nunca mais voltasse. Talvez então ela fosse
entender que você não mexe com os Nolans.

***

Grant convenceu Alex para ir para casa com ele depois do almoço. Ela
realmente estava parecendo muito cansada para continuar seu turno, e ele
poderia dizer que ela teve uma dor de cabeça. Depois que seus pais saíram, ele
ficou ao redor até que ela fechou e então a levou para casa em sua caminhonete,
uma vez que ela parecia cansada demais para dirigir. Ele disse a ela que a levaria
de carro na parte da manhã. Ela fechou os olhos e apoiou a cabeça todo o
caminho de casa. Sua casa. Ele ainda não conseguia se acostumar com isso. Ele
sabia que este era apenas um passo em seu plano mestre para convencê-la a se
casar com ele até o Natal.
Alex estava ao fim do corredor, tirando uma soneca, e Grant trabalhando
no site, respondendo e-mails de clientes, uma vez que sua licença foi totalmente
aprovada. Ele caíra em um padrão de passar algumas horas por dia respondendo
a perguntas. Na verdade, achou muito agradável e aguardava conseguir mais
clientes. Seu pai ajudou e levava a sua parte de perguntas todos os dias também.
A campainha tocou, e Júnior começou a latir. Grant rapidamente pegou o
cão antes que ele pudesse acordar Alex.
— Shhh. — Disse ele enquanto caminhando até a porta. — Silêncio agora
ou você vai acordar sua mãe. Devemos ver quem vem nos visitar?
Ele segurou o pequeno cão em seu peito.
Quando ele abriu a porta, ele estava sorrindo e não teve tempo de
reagir. Ele viu a fumaça na parte inferior da escada primeiro. Ela ondulava em
uma nuvem branca, nublando seu ponto de vista. Em seguida, ele ouviu o estalo
alto quando o ar foi rasgado. Ele bateu no chão antes de sentir qualquer
dor. Tudo o que ele podia sentir era tristeza pelo que ele sabia que estava por vir
para Alex.

***
Alex pulou quando ouviu o estalo alto. Seus olhos abriram enquanto se
sentava na cama. Sua mente nebulosa se perguntou se ela apenas sonhou, então
ela ouviu latidos frenéticos e correu pelo corredor. Ela ficou de pé no final do
corredor, congelada, enquanto olhava para o horror que estava à sua frente.
Grant estava deitado de costas, com os pés na borda da porta. Havia um
buraco do tamanho de um punho em sua camisa e sangue escorria lentamente
para fora do buraco. Apressando-se para a porta da frente, ela apertou a mão
sobre o peito de Grant, tentando parar o sangramento, que já cobriu toda a frente
de sua camisa.
Quando ela ouviu barulho de cascalho e pneus, ela olhou para a porta a
tempo de ver uma caminhonete azul acelerar a sua entrada.
— Grant!
Ela gritou mais e mais, sem saber o que fazer. Ela manteve as mãos sobre
o peito enquanto o seu rosto e braços ficavam sem cor. Com as mãos trêmulas,
ela pegou o celular em cima da mesa. Ele estava carregando e ela lutou com o
cabo enquanto tentava puxá-lo mais perto para que ela pudesse manter a
pressão sobre o peito.
Quando ela ligou, sangue espalhado na tela, fazendo com que ela discasse
lentamente. Ela sentiu seu peito subir e descer de forma esporádica, fechou os
olhos por um momento, rezando a mãe de todas as orações.
Quando ela abaixou o telefone, ainda em viva-voz com 911, percebeu que
Romeo estava deitado ao lado de Grant. O cachorrinho respirava com dificuldade
como o sangue que escorria lentamente para fora de seu quadril. Mantendo a
pressão sobre o peito de Grant, ela estendeu a mão e começou a colocar pressão
sobre a ferida dele também.
Horas mais tarde, ela correu para a sala de espera do Hospital Madre
Francisca, em Tyler. Eles levaram Grant para o hospital de helicóptero do seu
quintal.
Alex, Lauren e Haley levaram quase uma hora para chegar lá de
carro. Chase ficou para trás para cuidar do cão, com a promessa de que estaria lá
o mais rápido que pudesse. Ela não conseguia parar de tremer. Ela ainda estava
coberta de sangue, um pouco de Romeo.
A preocupação com o cão não tinha sequer registrado ainda, uma vez que
sua mente estava completamente focada em Grant. Ele perdeu muito sangue.
Será que a bala atingiu o seu coração? Tantas perguntas passaram por sua
mente. Haley tentou impedi-la de balançar, segurando sua mão, mas Alex apenas
balançava para frente e para trás em seu lugar.
Quando chegaram, os pais de Grant já estavam lá. Preocupação
estampada em seus rostos quando eles viram o quanto de sangue ainda estava
em suas mãos e braços. Ela trocou de roupa no carro, graças a Haley, que tinha
um par de jeans e uma camiseta na parte de trás da caminhonete. Mas as mãos e
os braços ainda estavam cobertos com o sangue que ela tentou manter em seu
corpo.
— Onde ele está? — Ela correu para a sala de emergência.
— Ele está em cirurgia.
Disseram juntos. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— O que aconteceu? — Perguntou Carolyn.
Ela rapidamente disse ao xerife o que viu enquanto a equipe da
ambulância trabalhava em Grant, enquanto esperavam pelo helicóptero para
buscá-lo. Ela disse quem viu saindo de sua casa, mas ele ainda não estava
totalmente convencido.
— Foi a mãe de Travis. Patty Nolan quem fez isso. — Ela sussurrou,
balançando a cabeça. — Eu a vi indo embora na caminhonete de Travis.
Ela balançou a cabeça de novo, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu
rosto.
— Patty? — Disse Carolyn. — Não. — Ela balançou a cabeça. — Não
poderia ter sido Patty. — Ela agarrou o braço do marido.
— Por quê? — Perguntou Glenn, andando até a sua esposa e ajudando-a a
sentar-se. — Por quê? — Ele perguntou novamente.
— Eu acho que foi para se vingar de mim. — Disse ela baixinho enquanto
suas irmãs puxavam seus braços, forçando-a a sentar-se. — É tudo culpa minha.
— Não.
Haley e Lauren disseram no mesmo momento. Elas olharam uma para a
outra.
— Não. — Disse Lauren novamente. — Você não fez nada de errado. Eu
não sei por que Patty Nolan fez isso, mas eu tenho certeza que não é culpa sua.
— Ela está certa. — Disse Glenn quando ele esfregou os ombros da
esposa. — Se ele não tivesse convencido a você sair do trabalho mais cedo, ele
teria morrido. —Sua voz quebrada. — Você estava lá. Sua ação rápida salvou
nosso filho. Os paramédicos nos disseram isso. — Ele sorriu um pouco.
— Como você sabe? — Ela levantou-se e jogou os braços para cima. — Se
ele não estivesse comigo, nada disso teria acontecido.
Ela saiu da sala de espera cegamente, descendo corredor após corredor do
hospital desconhecido. Ela podia ouvir suas irmãs chamando atrás dela, mas ela
entrou em um quarto escuro. Ela prendeu a respiração quando passaram pelo
local, chamando por ela.
Fechando os olhos, ela descansou a cabeça contra a porta e tentou nivelar
sua respiração. Mas quando sua respiração engatou, ela caiu contra a porta e
gritou.
— Oh, qual é o problema querida? — Veio uma voz doce.
Olhando para cima com os olhos lacrimejantes, ela notou que ela estava
no quarto de alguém.
— Oh! — Ela piscou e enxugou os olhos. — Sinto muito. Eu não sabia...
Ela olhou em volta.
— Está tudo bem, querida. Venha até aqui. — Uma mulher frágil de
cabelos grisalhos bateu ao lado da cama. — Não seja tímida. Eu parei de morder
depois que eles levaram os meus dentes.
Ela sorriu e Alex viu que a mulher estava completamente banguela. Ela
não podia nem sorrir com a brincadeira.
— Qual é o problema? Por que uma coisa tão linda e jovem como você está
chorando como se o mundo tivesse acabado?
— Ele acabou.
Disse ela, com a voz presa enquanto caminhava para mais perto da cama
da mulher. Então, tudo saiu. Toda a história de como ela foi a causa da morte da
mãe, de como ela era a culpada por Grant. Tudo. Foi tudo culpa dela.
— Eu sou venenosa.
Ela soluçou e enxugou os olhos com o lenço que a mulher lhe entregou.
— Oh, não seja boba. — Disse ela. — Você não é nada disso. Foi o destino.
— Ela assentiu com a cabeça e seus olhos se estreitaram. — Basta olhar para
mim. —Ela fez um gesto com as mãos. Havia fios saindo de seu braço esquerdo,
mas a mulher não pareceu se importar. — Sabe por que eu estou aqui?
Alex balançou a cabeça e enxugou os olhos.
— Você não pensaria ao olhar para mim, mas eu farei cem anos amanhã e
eu posso te dizer, eu nunca pensei que fosse chegar tão longe. — Ela sorriu um
pouco, a tristeza em seus olhos. — Eu já sobrevivi a três maridos, dois filhos, dois
netos e até um bisneto que morreu durante o parto. Eu estou pronta e feliz para
ir para casa. Tudo o que me colocou aqui ou levou meus doces bebês para longe
era para ser. Você passou por alguns períodos difíceis, e seu homem passará por
isso.
Ela assentiu com a cabeça.
— Basta esperar e ver. Vocês dois serão mais fortes depois disso. — Ela
inclinou a cabeça e olhou para ela. — Às vezes, coisas como estas acontecem, a
fim de mudar a direção em que você seguia. — Ela suspirou e recostou-se no
travesseiro. — É esperar para ver. Você e seu Grant olharão para trás neste dia e
se lembrarão como o dia em que tudo mudou.
Ela suspirou e fechou os olhos.
Alex ficou lá na sala escura, ouvindo a velha respirar enquanto ela
dormia. Ela não sabia o nome dela ou se ela estava certa. Ela só sabia que ela
não poderia sair pela porta e descobrir o que estava acontecendo. Ela estava com
medo de que a notícia fosse ruim e quanto mais ela se escondia, mais ela poderia
acreditar que Grant estava bem. Que ele estava fora da cirurgia e que tudo ficaria
bem.
Finalmente, quando uma enfermeira entrou, ela calmamente se desculpou
e foi encontrar sua família. Quando ela foi até o balcão principal por informações,
a enfermeira sorriu.
— Sua família estava procurando por você. — A mulher se levantou. —
Vamos lá, querida, eu vou levá-la a eles.
Ela não perguntou sobre Grant. Ela não aguentaria se ela o perdesse. Sua
mente pensou em tantos cenários nas últimas duas horas e nenhum deles
acabava feliz. Quando ela entrou na sala de espera privada, o coração de Alex
caiu. O olhar no rosto de todos disse a ela tudo o que ela precisava saber. Ela
fechou os olhos enquanto balançava e, então, todo o seu mundo mudou.

***

Patty estava no fogão, um sorriso colocado em seus lábios perfeitamente


pintados. Seu avental estava no lugar, e as mangas arregaçadas para que a
gordura do frango não respingasse em sua roupa.
Tudo tinha que ser perfeito para quando Roy e Travis chegassem em
casa. Afinal, eles eram o marido e filho perfeitos e que mereciam o melhor.
Virando um pedaço de frango, ela viu o carro do xerife parando em sua
garagem e perguntou o que Stephen estava fazendo aqui. Talvez ele gostasse de
ficar para o jantar, ela pensou desligando o fogo.
Saindo, ela cumprimentou-o assim que o carro de Roy parou.
— Boa noite, xerife. Gostaria de ficar para o jantar? — Ela perguntou
quando Roy caminhou até a calçada, uma carranca no rosto.
— Não, senhora. Eu estou... — Ele limpou a garganta e olhou para Roy.
— Patty, ele está aqui para te prender por atirar em Grant Holton. Por que
você fez isso, Patty?
Roy correu para o lado dela, tomando suas mãos. Ela empurrou-o. Afinal,
não se demonstrava emoções em público; apenas não era assim.
— Realmente, Roy. Ele não é grande coisa. — Ela se virou para o xerife. —
Isso tudo é algum tipo de mal-entendido. Afinal de contas, eu os avisei várias
vezes que seu comportamento era inaceitável. Eles machucaram nosso Travis. É
tudo culpa deles que ele não sai da cama, e todo mundo na cidade sabe que essa
menina West não era boa para o nosso menino. O fazendo beber e entrar em
todos os problemas por isso. — Ela balançou a cabeça. — Realmente,
honestamente. — Ela limpou as mãos no avental. — Estou surpresa que alguém
não tivesse feito algo sobre isso mais cedo.
— Você está confessando ter atirado Grant Holton? — Perguntou o xerife.
— Bem. — Ela franziu a testa para ele. — Eu não sei sobre confissão, mas
é claro que eu atirei. — Ela inclinou-se para o xerife. — Realmente Stephen,
aquela menina precisava de uma lição. Alguém poderia pensar que ela se
comportaria melhor, pois Deus levou a mãe e o pai. Mas é evidente que a única
maneira que ela vai aprender é perdendo tudo o que ela quer. Eu tentei entrar no
rancho Saddleback para lhe ensinar algumas lições, mas Chase e os homens
estavam sempre por perto, então... — Ela encolheu os ombros. — Eu decidi que
Grant era a única maneira de chegar até ela. — Ela balançou a cabeça e riu.
— Patty Nolan, você está presa por tentativa de assassinato de Grant...
Ela riu.
— Realmente, tudo isso é apenas um mal-entendido. Uma vez que eu
explicar tudo para você de novo...
Ela parou quando Stephen colocou algemas em suas mãos e começou a
puxá-la em direção ao seu carro. Quando olhou para trás em sua casa, Roy
estava ali olhando para ela como se ele não a conhecesse. Mas o que realmente a
feriu foi ver seu filho, seu único filho, de pé ao lado de seu pai, olhando para ela
como se fosse completamente louca.
Capítulo 17

Ela acordou com a voz mais doce que ela já ouviu. O som profundo vibrou
em sua mente. Mantendo os olhos fechados, ela ouviu quando ele chamou o seu
nome uma e outra vez. Ela deve estar sonhando... ou morta. Esse pensamento fez
seus olhos se abrirem. Ela olhou para o rosto de sua irmã e fez uma
careta. Jurara ter ouvido Grant.
— Onde ele está? — Ela começou a sentar-se.
— Ele está aqui. — Haley sorriu e acenou com a cabeça para a direita.
— Alex, meu Deus, não me assuste assim novamente. — Disse Grant
enquanto ela olhava para ele.
Ele estava sentado em uma cama de hospital, uma tipoia branca em seu
ombro esquerdo. Grandes curativos foram enrolados em seu peito. Seu rosto
bronzeado estava pálido e parecia muito cansado. Seu cabelo era uma bagunça,
mas ele estava vivo.
Alex levantou correndo e foi ao seu lado.
— Você está bem? — Perguntou ela, correndo os olhos sobre cada
centímetro dele.
Ele estendeu a mão, tocando seu rosto e balançando a cabeça.
— Parece que sim.
A sala se esvaziou silenciosamente conforme eles olhavam um para o
outro, as lágrimas escorrendo pelo rosto dela.
— Eu pensei... — Ela respirou fundo e tentou de novo quando ele pegou
suas mãos com as dele. — Eu pensei ter perdido você.
Ele sorriu fracamente.
— Nem de perto. O médico disse que a bala ricocheteou em minhas
costelas. — Ele riu, em seguida, segurou seu lado e gemeu um pouco. — Ele me
perguntou quanto eu bebia de leite quando criança. — Ele sorriu.
Ela olhou para suas mãos unidas e tentou tirar, mas ele segurou,
puxando suavemente até que ela se sentou ao lado dele, a seu nível de olhos.
— Sinto muito. Grant, eu nunca pensei que algo assim aconteceria.
— É claro que você não pensou. — Ele franziu a testa. — Eu nem sequer o
vi chegando. Me pergunto se foi Patty quem fez todas essas outras coisas o tempo
todo, em vez de Travis. — Ele colocou um dedo sob o queixo dela e ergueu até que
ela olhou para ele novamente. — Não há como qualquer um de nós poder ter visto
isto.
— Sim, mas... Eu poderia ter...
Ele colocou o dedo sobre os lábios.
— Você estava lá. — Ela viu quando uma lágrima escorreu pelo seu
rosto. — Se você não estivesse lá, eu poderia ter ficado deitado lá e sangrado até a
morte até que você chegasse em casa. Você me salvou. — Ele piscou e tentou
puxá-la para mais perto. Ela se inclinou. — Você me salvou. — Ele repetiu e
colocou seus lábios nos dela.
O beijo foi diferente do que todo o resto que compartilharam. Marcou-a,
com a marca dela. Ela sentiu algo mudar por dentro e fechou os olhos para
isso. Em seguida, lançou o que ela engarrafara dentro de si mesma por tanto
tempo, desde aquele dia, no qual viu sua mãe morrer. Abrindo os olhos e se
afastando, ela tomou seu rosto entre as mãos e sorriu.
— Ela estava certa. — Ela sorriu.
— Quem? — Ele sorriu para ela.
— A velha senhora. Isso mudou tudo.
As sobrancelhas dele se ergueram em pergunta.
— Grant, eu não quero viver com você. — Ela viu a sua carranca
instantaneamente e riu. — Eu quero casar com você. Eu te amo. Eu te amo pela
sua bondade, pela sua honestidade, pela forma como você é com as pessoas e
animais. Há tantas razões para isso. — Ela riu. — Pode levar uma vida inteira
listar todas elas. Diga-me que você passará a vida inteira comigo ouvindo todas
as minhas razões.
Ele sorriu.
— Eu pensei que você nunca pediria.
Ele puxou-a com o braço bom e beijou-a novamente.

***

Dois dias depois, Grant entrou em sua casa com a ajuda de Alex. Eles
foram recebidos por Chase, Lauren, Haley e os pais de Grant. Todos estavam
sentados na sala sorrindo enquanto observavam eles andando lentamente.
— Eu espero que você não se importe, eu estive aqui vigiando os animais.
— Disse Chase, então, apontou para a cama do cão junto à lareira.
Quando eles entraram, a cauda do cão pequeno começou a abanar.
— Hey, Júnior. — Ele sorriu para o pequeno animal cuja metade traseira
foi completamente coberta de grossas ataduras brancas. — Como é que ele está?
— Ele perguntou enquanto Alex o ajudava a sentar-se no sofá.
Chase se aproximou e sentou em frente a eles. — Ele vai viver. Pode levar
algum tempo para voltar para o modo de filhote de cachorro, e ele provavelmente
ficará manco. Mas ele passará por isso, o que é sempre um bom sinal.
O cachorrinho reclinou a cabeça para baixo novamente e fechou os olhos.
— Patty confessou. — Sua mãe interrompeu, ganhando a atenção de
todos. — Diga-lhes, Glenn. — Ela pegou a mão dele.
Seu pai concordou.
— Sim, bem. Ela confessou e está alegando insanidade. — Seu pai franziu
a testa. — Ela fez tudo o que aconteceu nos últimos dois meses. Até o ataque a
Alex no rodeio.
— Por quê? — Perguntou Alex, tomando a mão de Grant na dela. Ela
sentiu-se tremer enquanto corria os dedos sobre as palmas das mãos.
Glenn balançou a cabeça.
— Ela afirma que ela só queria fazer seu filho feliz. — Ele acenou para
Alex. — Então, ela fez tudo que podia para se vingar de você e Grant por
machucá-lo, incluindo acusar Grant de atacar você. Ela falou sobre como você
havia envergonhado a família. Como você destruiu e arruinou seu filho. — Ele
balançou a cabeça. — Ela disse que Travis era mais feliz quando estava com
você. Então, ela fez tudo que podia para tirar Grant fora do caminho. Ela
acreditava que você estava grávida, em vez de Lauren. Ela ainda não acredita que
você não está carregando o bebê de Travis.
— Ela deve ser louca. — Disse Lauren, caminhando e sentando-se ao lado
de Chase. — O que vai acontecer com ela?
— Bem, caberá aos tribunais agora. Se a julgarem culpada de tentativa de
homicídio, ela terá de dois a 20 anos. Se a julgarem criminalmente insana, ela
pode ficar tão pouco quanto um ano em uma instituição.
— O quê? — Lauren se endireitou, a raiva piscando em seus olhos.
Chase se aproximou e pegou o braço dela.
— Cabe aos tribunais.
Ele deu um tapinha no braço dela e todos puderam vê-la relaxar um
pouco.
— E o prefeito? — Alex perguntou aos pais de Grant.
Glenn balançou a cabeça.
— Ele não sabia nada sobre o que sua esposa estava fazendo. Ele está
deixando o cargo de prefeito. Será oficializado amanhã. Haverá uma reunião de
emergência no conselho municipal na próxima semana para decidir quem vai
cobrir até a seguinte eleição.
— Travis? — Alex perguntou em seguida.
Glenn balançou a cabeça novamente.
— Ele deixou a cidade logo depois que prenderam sua mãe. Ele ficou
chocado e envergonhado.
Alex suspirou e descansou de volta contra o ombro bom de Grant. Ele
colocou seu braço ao redor dela e segurou firme. Ela se sentiu bem em seus
braços. Parecia certo.
No momento em que todos saíram da casa, Grant estava cansado. As duas
costelas quebradas pesavam e desaceleravam-no. Sem mencionar os pontos que
mantinham sua pele unida. Ele estava todo rígido e dolorido. Até mesmo os
joelhos feridos.
Alex balbuciou sobre Júnior até que, finalmente, ela o levou de volta para
o seu quarto, deitando-o em sua cama ao lado do quarto para que pudesse vigiá-
lo.
— Sabe. — Disse ele, quando ela se deitou ao lado dele. — O médico disse
que se a bala não fosse abrandada por ele. — Ele acenou para o pequeno cão
dormindo. — Ela poderia ter penetrado completamente em minhas costelas e
atingido um órgão vital. Então, de certa forma. — Ele sorriu. — Vocês dois me
salvaram.
Ela sorriu e inclinou-se para ele, colocando um beijo suave em seus
lábios.
— Eu acho que nós dois devemos a Júnior, muito.
Seu sorriso aumentou.
— O quê? — Ela perguntou, se afastando um pouco.
— Você o chamou de Júnior. — Ele sorriu, sabendo que ganhara tudo o
que sempre quis.
Epílogo

Alex estava ao lado do vidro e observou a enfermeira deitar o bebê. Sua


brilhante cabeça careca era a coisa mais linda que já viu. Como ela poderia estar
apaixonada tão rapidamente? Ela sorriu e acenou enquanto os olhos do pequeno
menino piscavam freneticamente enquanto a enfermeira o limpava.
— Ele não é lindo? — Ela perguntou Grant, que estava de pé ao lado dela.
— Ele é um cuidador. — Grant inclinou-se contra o vidro e olhou para ela,
então suspirou.
— O quê? — Ela olhou rapidamente para longe de seu sobrinho por um
segundo para piscar ao seu marido de três meses.
— Só de olhar para a garota mais bonita no Texas. — Ele sorriu.
— Grant Holton. — Ela virou e cruzou os braços sobre o peito. — O que
você quer agora?
Seu sorriso era rápido.
— Crianças. — Ele disse, simplesmente. — Como esse. Uma menina faria
muito bem, também.
Ele cruzou os braços sobre o peito. Sua postura gritava cowboy, embora
suas roupas gritassem advogado no momento.
Ela sorriu lentamente para ele.
— Sério? Quão cedo você está pensando em ter um desses?
— Um? — Ele franziu a testa um pouco. — Se você se lembra
corretamente, eu disse crianças, no plural.
Ela se aproximou e colocou os braços em volta do pescoço.
— Oh, eu ouvi você, tudo bem. De quantos estamos falando?
— Bem... — Ele estendeu a mão e coçou o queixo e sorriu. — Uma vez que
temos quatro quartos extras, eu estava pensando que este é um bom número.
Ela sorriu.
— Quão cedo você está pensando em começar esta família, advogado?
— Em breve. — Ele se inclinou e deu um beijo suave em seus lábios. Ela
puxou sua cabeça para baixo, aprofundando até que ambos estavam sem fôlego.
— Nós sempre podemos começar agora... — Ele sorriu e começou a puxá-la pelo
corredor.
— Oh, não. Não podemos tirar este momento especial de Lauren e
Chase. Além disso, eu estou morrendo de vontade de saber como eles chamarão
meu sobrinho.
— Tudo bem. — Ele revirou os olhos, então se inclinou para outro beijo
longo e lento. — Vamos ver o nome do pequeno sapeca.
— Deus. — Disse ela, tomando-lhe o braço: — Eu espero que eles não o
chamem de alguma coisa idiota.
Quando voltou para o quarto de Lauren, todo mundo estava lá. Haley
estava sentada no canto, conversando com a nova madrasta de Chase,
Charlotte. Chase conversava com seu pai perto da janela.
— Bem, ele está recebendo o seu primeiro banho e gritando muito
enquanto está lá. — Disse Alex, entrando e sentando-se suavemente perto de sua
irmã. — Você está pronta para nos dizer o nome dele?
Chase se aproximou e sentou-se no outro lado da Lauren, pegando sua
mão. Eles sorriram um para o outro.
— Nós decidimos chamá-lo como o homem que criou um bando de
vaqueiras desordeiras sozinho. — Disse Lauren, sorrindo. — Chase Richard
Graham.

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