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Grant segurou Alex e desejou com todo o seu coração poder levar toda
mágoa dela. Ele sabia o que viu no Rusty Rail. Testemunhando o calor entre
Travis e Savannah, ele duvidava que fosse algo único.
Os rumores sobre o relacionamento já duravam em torno da cidade por
meses, e ficou claro que ninguém estava disposto a avançar e dizer a Alex sobre
isso. Quando ele viu Alex caminhando ao longo do lado da estrada, assumiu que
ela já sabia sobre Travis e Savannah no estacionamento. Ele não podia deixá-la
andar em uma estrada escura quase as duas da manhã sozinha.
Estendendo a mão e passando a mão suavemente para baixo em seu
cabelo, ele desejou não ser o único a dar a notícia a ela. Ele deveria ter
continuado a dirigir e chamado sua irmã para vir buscá-la. Mas seus pais o
criaram para ser um homem melhor do que isso, e tinha o dever de parar e
ajudá-la.
A frente de sua camisa estava ensopada, até que ela finalmente se afastou
e olhou para ele. Ela estava com seu cabelo loiro bagunçado, e ele estendeu a
mão para colocar uma mecha atrás da orelha. Seus olhos castanhos suavizaram
um pouco.
— Obrigada por ser honesto comigo. — Disse ela em voz baixa.
Sentia-se como um cão. Ele deveria ter mentido para ela. Deveria ter
aprendido a manter sua boca fechada anos atrás. Mas, quando ela olhou para ele
com seus profundos olhos castanho, as palavras apenas saíram de sua boca.
— Eu sinto muito. — Ele tirou a mão e deu um passo para trás.
— Por quê? — Ela estendeu a mão e trançou o cabelo que estava sobre o
ombro, de modo que não voaria com o vento.
— Eu não deveria ter dito nada.
Ele olhou para suas botas e desejou que pudesse recomeçar a noite. O
matou quando ele apareceu no bar só para vê-la comemorando seu aniversário
com amigos e familiares, Travis ao seu lado na mesa.
Grant se encontrara com alguns de seus amigos para jogar sinuca, mas
passou o resto da noite bebendo uma cerveja e vendo-a dançar até o chão com as
amigas. Desde aquele beijo quando tinha sete anos, ele tinha uma queda por
ela. Nenhum outro beijo em seus longos anos, e foram muitos, foram comparados
com o doce beijinho de tantos anos atrás. Era o único segredo que ele sustentou
por muitos anos, e ele provavelmente, ia levá-lo para o seu túmulo.
— Estou feliz que ouvi primeiro de um amigo. — Ela olhou para trás para
o Rusty Rail e estremeceu.
Ele tirou a jaqueta e colocou-a sobre os ombros nus dela. Seu top de
strass e saia vermelha faziam pouco para aquecê-la. Ainda era 21ºC essa hora da
noite, mas havia uma brisa fresca vinda do sul.
— Você deve ter um casaco. — Disse ele ajustando mais a jaqueta nela.
— Ainda está tentando ajudar a todos? — Ela olhou para ele e sorriu
levemente.
— Somente aqueles que necessitam. — Ele sorriu. — Vamos lá, eu vou
levá-la para casa.
— Você não tem que fazer isso. Eu posso ficar em...
— Eu vou te levar para casa. Você vai querer sua própria cama e suas
irmãs.
Ele esperou até que ela acenou com a cabeça e, em seguida, virou em
direção ao Ford. Abrindo a porta, ele a ajudou a sentar no banco do passageiro.
Quando ele entrou no carro novamente, eles ficaram em silêncio por um
tempo enquanto dirigia em direção ao rancho Saddleback. Não foi uma longa
viagem, mas esta noite, na escuridão e no silêncio, o tempo parecia estender-se.
— Por que você voltou para Fairplay? — A pergunta o pegou de surpresa.
— Por quê? — Ele rapidamente olhou para ela.
— Sim. Por que voltou aqui? Você teve seu diploma de Harvard. Você
poderia abrir um escritório de advocacia em qualquer lugar. Por que voltar para
casa?
— Porque gosto de estar em casa. — Ele sorriu.
Ela franziu a testa e virou um pouco mais em direção a ele.
— Você não quer ir a lugares? Ver cidades estrangeiras?
— Eu fiz isso por um tempo. — Ele sorriu para ela. — Eu gosto mais
daqui.
Ela suspirou e virou para frente novamente.
— Eu sempre quis viajar. Ver Paris na primavera. Ou passar as férias de
primavera em alguma praia mexicana deserta.
— Por que não? — Ele olhou para ela de novo e viu seu suspiro, seus
ombros caindo um pouco.
— Até alguns meses atrás, eu pensei saber a resposta. Mas agora... — Ela
olhou pela janela lateral e ficou em silêncio.
— Suas irmãs? — Ele se virou para o longo caminho que levava ao rancho
Saddleback.
— Sim, uma das razões.
Ela olhou em frente na grande casa branca. Grant ajudou Chase e metade
dos homens na cidade a colocar o novo telhado há alguns meses. Ele sabia que
todas as janelas foram substituídas, também. Chase estava no processo de
refazer metade da casa. Desde que Chase se mudou, anunciando oficialmente a
todos na cidade sobre seu casamento de sete anos com Lauren, estava
movimentado, restaurando o antigo lugar e o devolvendo à sua antiga glória. Ou
então o seu amigo disse. Para ser honesto, Grant não conseguia lembrar-se de o
lugar parecer tão bom assim antes.
Ele parou o Ford em frente à varanda e colocou-o em ponto morto,
deixando-o ligado.
— Eu não acho que essas razões a estão segurando agora.
Ela olhou para ele.
— Não, eu acho que eu não encontrei a pessoa certa com quem fazer
todas essas coisas. Eu pensei...
Ele viu uma lágrima rolar pelo seu rosto e inclinou-se para limpá-la
suavemente.
— Não lhe dê suas lágrimas. Ele não merece, ou você.
Ela estendeu a mão e afastou a dele de seu rosto, mas a segurou por um
momento.
— Obrigada, Grant. Obrigada por estar aqui.
Ela baixou a mão e a estendeu para a maçaneta da porta, só para parar,
quando o cinto de segurança a prendeu no lugar.
Ele riu e estendeu a mão para desatá-la, mas ela se virou ao mesmo
tempo. Seus rostos estavam a centímetros de distância, e tudo o que ele podia
fazer era olhar em seus olhos escuros, paralisado pela riqueza que viu lá. Antes
que ele soubesse o que estava fazendo, sua boca estava sobre a dela em um beijo
suave. Suas mãos foram para seu cabelo, nem afastando, nem a segurando no
lugar. Em vez disso, seus dedos se entrelaçaram através de seus cachos como se
fizesse um balanço de cada um.
Sua boca se moveu lentamente sob a dela e antes que ele percebesse,
suas línguas se tocaram e ele derreteu em seu doce sabor. Ela gemeu, e então ele
gemeu. Seus dedos percorriam seu pescoço, deixando um rastro quente, mas
quando sentiu o anel em seu dedo raspar apenas sob seu ouvido, ele se afastou e
piscou.
— Sinto muito. — Ele murmurou, percebendo que ela ainda estava
oficialmente noiva de outra pessoa.
Ela sorriu.
— Você continua dizendo isso.
Ela estendeu a mão para puxá-lo mais perto de novo, mas ele se afastou e
balançou a cabeça.
— Eu sinto muito.
Ele sabia que estava se repetindo, mas não se importou. Ele sabia que ela
precisava de tempo para se recuperar do choque de perder Travis. Ele não queria
ser o estepe dela.
— É apenas um beijo. Não é como se eu estivesse pedindo para você vir
para o meu quarto.
Ela sorriu e ele sentiu seu rosto aquecer. Quantas vezes nos últimos anos
ele apenas imaginou isso? Mesmo agora, sua mente estava levando-o até aquelas
escadas, arrancando suas roupas apertadas, tocando a macia... ele balançou sua
cabeça.
— É melhor eu ir. — Ele se inclinou para trás para o seu lado do Ford,
bloqueando eficientemente a chance deles de se tocarem mais.
— Grant? — Ela esperou até que ele olhou para ela novamente. — Obrigada
por me dizer a verdade e pela carona até em casa.
Ela soltou o cinto de segurança e saiu. Ele a viu desaparecer na casa
escura e queria chutar a si mesmo.
Todo o caminho até em casa repreendeu a si mesmo por tirar proveito
dela. Afinal, ela acabara de descobrir que o homem com quem ela namora há
quase oito anos a traía. Ótimo, ótimo. Diga a garota dos seus sonhos que o
homem dos seus sonhos é um pedaço de merda, e depois a beije até que você não
consiga enxergar direito.
Ele dirigiu os cinco quilômetros até sua nova fazenda. Quando ele saiu da
rodovia na estrada longa e sinuosa, ele parou no topo da colina e olhou para seu
pequeno vale. Era muito escuro para ver agora, mas em sua mente conhecia cada
detalhe.
Sua casa de pedra estava à esquerda, um celeiro cinza maior à direita. Ali
estavam seus três cavalos, cinco cabras, dois porcos e dois bois. Na parte
traseira, havia um pequeno galinheiro entre o celeiro e a casa. Era tudo dele. Até
o último ponto deste lugar era seu futuro. O futuro que ele decidiu que queria há
três anos após o trágico acidente que mudou o curso de sua vida para sempre. O
segundo maior segredo que ele já evitara proferir em voz alta.
***
Alex estava em um sono profundo, quando foi atacada por uma grande
criatura peluda. Suas presas afiadas e babadas para fora e arranhando seus
braços, fazendo-a sentar-se e empurrar a criatura de cima dela. Se sentiu mal
quando o pequeno cachorro de três pernas saiu voando do seu colchão e caiu
com um pequeno baque no chão ao lado de sua cama.
— Oh, Buddy, eu sinto muito.
Ela pegou o cachorro pequeno, apenas para tê-lo fugindo para longe. Ela
pulou da cama e correu atrás da pequena coisa. Ele era surpreendentemente
rápido para um cachorro de três pernas, mas ela finalmente o encontrou na
cozinha. Ela estava sobre suas mãos e joelhos e acabando de pegá-lo deu-lhe um
abraço e acariciou o rosto em seu pelo macio, quando ouviu alguém limpar a
garganta.
Olhando para cima através de seus cabelos bagunçados, ela
engasgou. Grant estava sentado com Chase à mesa da cozinha. Chase tinha um
sorriso no rosto, mas Grant parecia preferir estar em qualquer lugar, menos
sentado à mesa da cozinha. Seu rosto estava vermelho, o que só fez com que seus
olhos azuis ficassem ainda mais azuis.
Colocando o pequeno cão de volta em suas três pernas, ela rapidamente
se levantou e viu os olhos de Grant viajar sobre ela. Olhando para baixo, para si
mesma, sorriu um pouco quando percebeu que sua blusa de seda branca e short
eram quase completamente transparentes. Ela comprou-os na Victoria’s Secret
no mês passado, e esperava que fosse uma surpresa de casamento para Travis,
mas depois do que aconteceu algumas noites atrás, ela começou a usar tudo o
que ela comprou para dormir, trapaceando... Balançando sua cabeça, ela limpou
sua mente de Travis. Então percebeu que esta era a primeira vez em dois dias
que ela estava fora de sua cama e que deveria estar horrível. Virando
rapidamente, ela saiu correndo da sala sem dizer uma palavra.
Indo para o banheiro, ela pulou no chuveiro e tentou não pensar sobre a
última vez que viu Grant. Como ela poderia ter se deixado ficar tão empolgada
com o beijo? Ele mexeu tanto com ela que esteve em sua mente constantemente
nos poucos dias.
Depois de tomar banho, ela teve a ideia de limpar sua mente, indo a um
longo passeio a cavalo depois de pegar um pouco de comida. Vestiu-se
rapidamente com suas roupas de montaria e ficou um pouco triste quando voltou
para a cozinha e viu que Grant já não estava mais. Chase e Lauren estavam
sentados à mesa, comendo sanduíches.
— Bom dia. — Ela disse enquanto caminhava até a cafeteira e se servia de
um copo grande.
— Boa tarde. — Disse Lauren e olhou por cima do copo para a irmã.
— Sim, bem. Suponho que seja. O que Grant Holton estava fazendo aqui?
— Ela se inclinou para trás na bancada e deu um longo gole de café morno.
Chase, na verdade, deu uma risadinha, então respondeu:
— Conseguindo uma gata.
Lauren riu, então ela tossiu e voltou a ler o jornal.
— Realmente engraçado. — Alex sorriu um pouco para seu cunhado.
— Você realmente deveria investir em um robe. — Disse Chase,
inclinando-se para trás na cadeira.
— Eu tenho vários. — O queixo de Alex subiu e seu sorriso cresceu ainda
mais. — Mas quando essa besta de três patas de vocês vai à espreita e ataca uma
pessoa dormindo, você não espera que eu pare e vista um roupão para perseguir
o animal através da casa, não é?
Chase olhou para seus pés no cachorro dormindo em questão.
— Besta? — Suas sobrancelhas se ergueram. — Você ouviu isso,
Buddy? Você nunca foi chamado a besta antes. — O sorriso de Chase ficou ainda
maior. — Ele tem sido chamado de muitas coisas... — Ele marcou-os com os
dedos enquanto falava. — Tripé, atarracado, manco, e meu favorito, livre, mas
nunca besta.
Alex riu.
— Ok, então o cachorrinho me acordou de um sono profundo, e eu
acidentalmente o lancei para fora da minha cama.
Ela se aproximou e pegou o cão dormindo e o levantou. Seus olhos se
abriram e sua cauda começou a abanar quando ele colocou beijos molhados por
todo o seu rosto.
— Eu apenas tentava me desculpar com o cachorrinho, e não sabia que
você tinha companhia. Acho que vou até a casa dele e pedir desculpas.
— Oh, por favor. — Disse Haley quando entrou na sala. Sem dúvida, ela
estava de pé atrás da porta ouvindo toda a conversa. Alex olhou para sua irmã
mais nova; ela parecia estar trabalhando no celeiro. Suas roupas estavam
cobertas de palha e suor. — Todos nós sabemos que a última coisa que Grant
quer de você é um pedido de desculpas.
Ela riu enquanto caminhava até a geladeira e pegou uma garrafa de água,
tomando um longo gole antes de fechar a porta.
— Além disso, ele ainda está lá atrás, carregando o feno que ele comprou
de Chase.
— Ele comprou feno de nós? — Alex foi até a janela da cozinha, mas o
celeiro bloqueava qualquer visão que não seja a frente de seu Ford escuro.
— Sim. Ele comprou a fazenda na estrada há um tempo, mas ele não teve
a chance de plantar qualquer feno em seus domínios nesta temporada. Tivemos
extra e poderia usar o dinheiro. — Disse Lauren, olhando para o jornal.
— Eu vou para um passeio. — Disse Alex, em seguida, virou-se e saiu sem
dizer mais nada.
Ela correu pelo quintal, mas abrandou quando chegou ao lado do
celeiro. Podia ouvi-lo mover os grandes fardos de feno, mas não podia vê-lo sobre
a caminhonete, que estava meio cheia de fardos. Olhando para trás, em direção a
casa, viu três pares de olhos que espreitavam para fora da janela da
cozinha. Endireitando os ombros, virou a esquina e bateu solidamente em um
peito nu, suado, cheio de músculos. Ela tentou dar um passo atrás, mas os
braços fortes a seguraram.
— Desculpe.
Ela sentiu-se cair para trás, em seguida, para frente, depois para trás
novamente. Finalmente, ela caiu de lado em um fardo de feno. O ar foi expulso de
seus pulmões quando um Grant muito suado e seminu caiu por cima dela.
Imediatamente, ela podia ouvir risadas vindas da casa e cerrou os dentes
quando tentou empurrar o homem pesado de cima dela. Ele estava molhando sua
camisa de suor. Agora ela precisava de outro banho, antes que pudesse
sair. Então, ela olhou para cima e perdeu o fôlego novamente.
O chapéu de Grant foi empurrado para trás em sua cabeça. Seus olhos
sorriam para ela, e seu sorriso era contagiante. Ela esqueceu tudo sobre seu
corpo suado deitado sobre o dela e começou a rir com ele. Ela nem sabia por que
estava rindo. Ele saiu de cima dela e o riso desapareceu. Os músculos de seus
braços incharam quando ele fez uma flexão para remover o corpo do
dela. Quando o riso parou, ele fez uma pausa e olhou para ela.
— Eu sinto muito, você está bem?
Ela assentiu com a cabeça, porque sua boca estava totalmente seca. Não
havia nenhuma maneira que ela teria sido capaz de formar uma única vogal, e
muito menos montar uma palavra inteira. Como ele foi de rechonchudo, menino
de óculos com espinha, para isso? Será que ele ainda precisa de óculos?
— Onde estão os seus óculos? — Ela perguntou olhando em seus olhos
azuis. Ela já havia percebido que seus olhos eram tão azuis por trás dessas lentes
grossas?
Ele sorriu um pouco e manteve-se acima dela.
— Eu fiz cirurgia a lazer há alguns anos.
— Oh.
Ela se sentiu estúpida deitada debaixo dele, mas realmente não queria
que ele se movesse no momento. Ela estava triste quando ele finalmente fez. Ele
estendeu a mão e a ajudou a ficar de pé.
— Eu acho que eu estava muito ocupado para observá-la em pé ali. — Ele
pegou alguns fios de feno de seu cabelo. — Eu não te machuquei, não é?
— Não. — Ela balançou a cabeça. — Você perdeu muito peso, você está
magro.
Ela imediatamente se arrependeu de suas palavras e corou um pouco.
Suas sobrancelhas se ergueram, em seguida, um rápido sorriso se formou em
seus lábios.
— Obrigado, eu acho.
— Eu só quero dizer que... você parece bem.
Ela mordeu a língua e jurou não falar com ele novamente até que ela
pudesse dizer algo mais inteligente. O que estava fazendo? Ela era boa em
flertar. Esta não era ela divagando como uma estudante ignorante. Ela
geralmente fazia homens corar, e não o contrário.
Agora, seu sorriso cresceu a um sorriso cheio, até mesmo seus olhos
brilhavam.
— Você parece bom, seguro de si mesmo.
Ela olhou para os olhos dele, segurou seus ombros para trás um pouco,
em seguida, estendeu a mão e fixou seu chapéu, endireitando-o na cabeça. Ela
estava feliz quando viu seu rosto ficar um pouco rosa.
— Pronto, agora você está perfeito.
Ela sorriu.
Capítulo 03
***
Grant praguejou no celeiro vazio pela décima vez. O suor cobria cada
centímetro de seu corpo e todos os músculos do seu corpo doíam. Seus jeans
estavam completamente cobertos de suor, poeira e feno. Ele olhou para os
animais observando-o a partir do piso principal em seu celeiro e riu. Eles
realmente pareciam preocupados por ele.
— Não se preocupe gente, eu vou ter isso descarregado hoje.
Ele voltou para transportar os feixes e ao subir as escadas se perguntou
por que não contratou alguém para ajudá-lo a descarregar tudo. Não apenas
passou os últimos dois dias fazendo suas tarefas normais ao redor do lugar, como
passou tanto tempo quanto podia puxando o feno sobre as escadas para seu
sótão.
Os últimos dois dias foram um inferno, não só em seu corpo; sua mente
se recusava a parar de se concentrar no piquenique com Alex. Ele não conseguia
parar de pensar nela, o doce gosto em sua língua. Levou toda a sua força de
vontade parar naquele dia, debaixo da árvore.
Ele sabia que ela estava superando um rompimento difícil e não queria
que ela o usasse. Como se ele tivesse usado a ela. Inferno. Ele xingou a si
mesmo. Ele fez o que fez para um propósito. Então, ela saberia o quão bom ele
poderia ser. Para mostrar a ela o que poderia ser. Ele queria tomá-la ali mesmo,
mas algo dentro dele havia parado. Ela não estava pronta. Ele sabia disso.
No final, ele levou muito mais tempo para descarregar a caminhonete,
então, teve que carregá-lo, porque ele continuava parando e pensando nela. No
momento em que entrou em sua casa, na terceira noite, tudo o que podia pensar
era em chuveiro e cama. Quando ele entrou, viu a pequena luz vermelha
piscando em sua secretária eletrônica, o que o fez perceber que ele não foi à
cidade comprar um novo telefone celular. Desde que estava gostando de se
esconder do mundo, não se importava de ter apenas a linha de casa e uma antiga
secretária eletrônica.
Apertando o botão, ele ouviu a sua mãe lembrá-lo sobre algum jantar com
convidados de fora do estado e dizer que ele não deve esquecer-se de usar a nova
gravata que ela comprara para ele. Foi só na metade do seu banho que ele se
lembrou que o jantar que sua mãe falou era esta noite. Ele gemeu e olhou para o
relógio na parede do banheiro. Ele devia estar na casa de seus pais, em menos de
uma hora. Ele gemeu novamente.
Forçando seus músculos cansados a sair do banho, ele vestiu suas
melhores roupas e a gravata que sua mãe queria que ele vestisse. Ele desejou que
sua irmã mais nova, Melissa, estivesse na cidade em vez de frequentar a
faculdade em Dallas. Então, talvez, sua mãe não estaria tentando alimentá-lo o
tempo todo.
Em sua última visita, ele finalmente convenceu o pai de que ele era
homem o suficiente para encher seu próprio prato, em vez de deixar sua mãe
fazer uma pilha de frango e purê de batatas fritas de um quilômetro de
altura. Sua mãe não foi tão feliz. Ela continuou a tentar esgueirar mais comida
em seu prato, alegando que ele estava ficando muito magro.
Quando ele dirigiu-se a simples casa de um andar, ele viu dois carros que
não reconheceu. Exatamente o que ele queria, um jantar com um bando de
estranhos. Quando ele entrou na casa, podia ouvir a risada de sua mãe do
caminho para a sala. Havia um casal mais velho sentado no sofá. Ele se
aproximou e beijou sua mãe na bochecha, esperando para ser apresentado.
Sua mãe deu um pulo da cadeira e deu um tapinha no braço dele. —
Oh! Aqui está ele. Roger, Regina, este é o nosso filho, Grant.
Os dedos de sua mãe cavados nas costas dele, forçando-o a dar um passo
à frente e apertar a mão deles. Ele deve ter murmurado algo como: — Como vão
vocês?
Porque ambos assentiram e responderam. Em seguida, seu pai entrou
pela porta dos fundos, seu avental do churrasco em volta do seu barrigão.
— Oh, você está aí meu menino. Eu estava dizendo a Terry que você
chegaria em breve.
O coração de Grant começou a bater mais rápido. Ele sentia cada veia em
seu corpo correndo e batendo freneticamente. Quando sua ex-namorada entrou
na casa de seus pais segurando um copo de vinho na mão, a sua cabeça quase
explodiu. Ela tinha um grande sorriso colado no rosto e um olhar preocupado em
seus olhos.
— Me dê licença por um momento? — Disse ele entre os dentes, então ele
agarrou seu braço e saiu com ela. Quando ficaram sozinhos, ele se virou para ela.
— O que diabos você está fazendo aqui?
— O quê? — Ela olhou para ele chocada. — Você não recebeu minhas
mensagens? Meus pais foram me visitar na Califórnia e queriam conhecê-lo. —
Ela olhou para suas mãos. — Por causa de Sam. —Ela cruzou os braços sobre o
peito, em seguida, olhou para ele.
— Esses são os seus pais? — Ele se virou e olhou para a
casa. Simplesmente ótimo, pensou. — O que você disse a eles sobre nós? — Ele se
virou para ela, prendendo-a com um olhar.
Ela tentou evitar sua resposta passando por ele, mas ele agarrou seu braço
novamente. Ele não a viu em quase um ano. Além do fato de que seu cabelo
estava mais curto, mais nada havia mudado, e parecia que a maneira que ela
pensava sobre ele também não.
— Terry. O quê?
— Eles ainda podem pensar que nós somos noivos, já que eu nunca
realmente atualizei nossa página no Facebook. — Ela suspirou e desviou o olhar.
— Eu não vou fazer isso. — Ele virou e entrou na casa de seus pais, Terry
em seus calcanhares. — Sr. e Sra Walkins. — Ele esperou até que os dois
olharam para ele. — Eu quero que vocês saibam que Terry e eu nunca estivemos
realmente noivos e que nós terminamos mais de um ano atrás. — Ele sentiu as
unhas de Terry cravar em seu braço. — Sinto muito sobre Sam. Ele foi um dos
meus melhores amigos por mais de cinco anos. Não há um dia que passa que eu
não me lembre de seus conselhos e treinamento. Mesmo contra uma das
melhores cozinheiras do Sul. — Ele acenou com a cabeça em direção a sua mãe,
que sorriu de volta para ele, com as mãos passando por cima de seu coração. —
Sinto muito que vocês vieram até aqui para me encontrar sob a suposição de que
estávamos noivos. Espero que não tenham sido enganados. — Ele esperou.
— Obrigada. — A mãe de Terry, Regina, levantou-se e sorriu para ele. —
Assumimos que seu relacionamento havia terminado assim que ouvimos que você
voltou para casa e Terry ainda estava morando em Boston. — Seu marido estava
ao lado dela. — Espero que isso não vá atrapalhar o jantar maravilhoso que seus
pais planejaram para nós. O cheiro dos bifes que seu pai está grelhando está
delicioso e sua mãe me prometeu uma cópia da receita de sua torta de pêssego.
Ele sorriu rapidamente.
— Nem um pouco. — Então ele estendeu a mão novamente e apertou a
mão de Roger, mais uma vez. — É realmente uma honra conhecê-lo.
Três horas mais tarde, ele estava de volta a sua casa, pensando em como
Sam e Terry vieram a serem alguns dos melhores amigos que ele teve em
Boston. Terry ainda tinha suas peculiaridades, mas no momento em que sua mãe
serviu a sobremesa, ele acreditava que Terry não estava mais sob o pressuposto
de que eles eram um casal.
Eles falaram sobre o negócio on-line que o pai de Grant estava tentando
começar com ele. Ele estava a bordo, mesmo sabendo que muito provavelmente
seria ele fazendo todo o trabalho. Era um local de aconselhamento jurídico que
ajudaria aos clientes com arquivamentos legais básicos e papelada. Eles
contrataram uma empresa em Houston para criar o site e eles fizeram todo o
trabalho visual para eles. Tudo o que eles deixaram foram algumas pequenas
coisas básicas, que seu pai cuidava atualmente. Seu pai falou detalhadamente
sobre o negócio com Regina e Roger. Eles estavam tão interessados que seu pai
retirara seu laptop e eles passaram quase uma hora olhando tudo. Agora os olhos
de Grant estavam queimando, bem como todos os músculos do seu corpo.
Quando ele chegou a sua cama depois de tirar as botas e a gravata, ele
caiu de cara no seu colchão macio e dormiu imediatamente.
Capítulo 05
Alex trabalhava na Mama’s Dinner desde seu segundo ano. Ela adorava
trabalhar para Jamella, também conhecida como Mama, a proprietária. Jamella
estava na casa dos sessenta anos e era grande o suficiente para que a maioria
das pessoas lhe desse espaço e respeito. Mama’s Diner era dela, nos últimos vinte
anos. Jamella sabia de todos e de tudo o que havia para saber sobre a pequena
cidade de Fairplay.
Mama foi como uma mãe de aluguel para Alex desde que sua mãe morreu
quando ela tinha apenas seis anos. Desde então, Jamella tratou as três irmãs
como se fossem suas, e elas a adoravam por isso.
Não só Alex amava o trabalho, ela amava as pessoas. Ver quase todo
mundo na pequena cidade tinha suas vantagens. Você sempre estava atualizada
sobre as fofocas e era a primeira a ouvir qualquer notícia. Ela até gostava de
trabalhar lá quando isso significava servir a mulher que terminara seu noivado.
Após alguns dias depois de seu piquenique com Grant ela acidentalmente
derramou um prato inteiro de espaguete sobre o vestido de renda branca de
Savannah Douglas. Ela se desculpou enquanto usava o pano sujo da cozinha
para ajudá-la a limpar a bagunça de seu vestido novo. Assim que Savannah
gritou alto o suficiente para que todos nos dois próximos municípios pudessem
ouvi-la, ela marchou para fora do restaurante, ameaçando processar Mama.
Quando Alex voltou para a cozinha, Jamella e Willard, o cozinheiro de
longa data, riam tanto que Alex teve que rir também
— Você com certeza mostrou a essa menina. Talvez agora ela mantenha as
mãos oleosas para si mesma. — Disse Jamella em seu sotaque de Louisiana. Ela
sorriu e deu um tapa no ombro de Willard.
— Me senti bem.
Alex cruzou os braços sobre o peito e encostou-se na bancada,
sorrindo. Mas seu bom humor foi embora mais tarde naquela noite, quando ela
ouviu um dos funcionários da mercearia Grocery conversando com Patty Nolan,
mãe de Travis, que era uma cliente regular no Mama, sobre como o Holton tivera
visitantes de fora da cidade mais cedo. Alex teve problemas com Patty desde que
ela começou a namorar Travis. A mulher sempre parecia ter o nariz em seus
negócios, mas depois de um tempo, Alex encontrara um método para lidar com
ela. Ela praticamente a ignorava.
Pelo que ouviu, parecia que a noiva de Grant e seus pais vieram à cidade
para jantar. O coração de Alex caiu.
Grant estava noivo? Ela continuou a tentar convencer-se de que isso não
importava. Afinal, ela estava praticamente o usando, certo? E ela planejara
continuar usando ele para ajudá-la a superar Travis e toda a situação. Então ela
ficou com raiva. Como é que ele se atreve a usá-la assim! Ela tentou afastar o
pensamento de sua mente, mas no resto de seu turno, toda a confusão continuou
jogando mais e mais em sua cabeça. No momento em que ela deixou o
estacionamento escuro, ela tinha uma ligeira dor latejante por trás de seus
olhos. Ela não sabia o que lhe enviou na direção do rancho Saddleback, mas ela
encontrou-se em direção a fazenda de Grant. Quando ela parou e viu que sua luz
do quarto ainda estava acesa, ela bateu a porta do carro e caminhou até a
varanda da frente. Bateu até que alguém respondeu, rezando o tempo todo que
não fosse uma mulher vestida pela metade.
Em vez disso, ela foi recebida por um Grant muito irritado, que estava
descalço e parecia ter dormido em suas roupas.
— O quê? — Ele disse e fechou a boca rapidamente quando viu quem
estava batendo em sua porta à uma da manhã. — Alex? O que você está fazendo
aqui? — Ele olhou ao redor. — Você está em algum tipo de problema?
— O quê? Não.
Ela olhou por ele, tentando ver se havia alguém dentro com ele. Talvez
eles tivessem acabado de começar a despir uns aos outros?
— Então eu vou repetir a minha primeira pergunta. O que você está
fazendo aqui?
— Eu...
Sua mente ficou em branco. Ela conduziu até ali e bateu em sua porta,
esperando encontrar seus braços em volta de alguma outra mulher, mas ela
nunca esperou ter que se explicar.
— Ouvi dizer que você teve um jantar com a família de sua noiva. — Ela
deixou escapar.
Ele olhou para ela, e suas sobrancelhas subiram lentamente com a
questão.
Ela suspirou e cruzou os braços sobre o peito. — Grant Holton, você vai
me deixar entrar ou me fará ficar aqui tentando ver se você está sozinho nessa
casa.
Seu sorriso era rápido.
— Alexis West, você poderia entrar, por favor?
Ele se inclinou e fez uma reverência, esperando por ela passar por ele.
Então ele se virou e fechou a porta com o pé.
— Como você pode ver, sou só eu. Você é bem-vinda para vir e verificar
debaixo da minha cama, se você sentir vontade.
Ela virou e o viu piscar um sorriso para ela.
— Isso não será necessário.
Ela entrou em uma sala grande, o que felizmente ela notou ser a sua sala
de estar. Entrando, ela se sentou no sofá e começou a morder suas unhas. Ela
nunca roía as unhas, a menos quando estava nervosa. Como ela se explicaria a
ele?
Ele se aproximou e sentou-se em frente a ela, em seguida, esfregou as
mãos sobre o rosto.
— Me desculpe se eu acordei você. Eu trabalhava no turno da tarde no
Mama e ouvi Jenny, a funcionária do mercado Grocery, falando sobre sua mãe
chegando, comentando sobre fazer o jantar para alguns convidados de fora da
cidade...
Ela parou quando ele gemeu. Ela olhou para ele, em questionamento.
— Agora estará por toda a cidade. — Ele colocou a cabeça entre as mãos e
a apertou. — Ótimo.
— Por favor, me diga o que está acontecendo? — Ela se inclinou para
frente.
— Foi Terry. Ela arrastou seus pais por todo o caminho da Califórnia para
me conhecer. Bem, eles queriam me encontrar de qualquer maneira, por causa de
Sam, mas ela se esqueceu de mencionar que terminamos há mais de um ano, oh,
e que nunca fomos realmente noivos.
Ela soltou a respiração que estava segurando e recostou-se no sofá.
— Isso é tudo?
Quando ele assentiu com a cabeça, ela começou a rir tanto que teve que
segurar seus lados.
— Você acha que isso é engraçado? — Ele olhou para ela como se fosse
louca.
— Sim. — Ela assentiu com a cabeça. — Eu derramei molho de espaguete
quente por todo o vestido branco novo de Sanannah hoje, então, fui limpá-la com
o pano mais oleoso que eu pude encontrar, e você passou a noite jantando com
uma ex-namorada louca e seus pais.
Ela riu um pouco mais.
Então, ela olhou para ele e notou que ele estava franzindo a testa.
— O quê? — Ela parou de sorrir um pouco. — O que está errado?
— Você ainda está louca por Travis, não é?
— É claro que eu estou. — Ela sorriu um pouco. — Louca é a palavra
certa. Eu percebi que eu deixei de amá-lo anos atrás. — Ela se inclinou para trás
de novo e olhou para ele. — Eu acho que eu estava apaixonada por estar
apaixonada. Eu sempre quis o que meus pais tinham. — Ela suspirou e olhou
além do ombro dele. — Eu me lembro deles dançando na cozinha, abraçados. Eu
nunca ouvi meu pai dizer uma palavra ruim sobre a minha mãe, nem o
contrário. Acho que eu esperava que um dia Travis e eu fôssemos assim.
Quando ela olhou para ele novamente, ele estava sorrindo.
— Alexis West, você é uma romântica.
Ela negou.
— Não, eu não sou. Você retire o que disse.
Em seguida, ele estava rindo.
— Isso é uma coisa boa, querida.
Ela começou a corar.
— Oh. — Ela balançou a cabeça. — Eu devo estar cansada.
Ela olhou para baixo e brincou com a parte inferior da saia do uniforme.
— Você realmente ficou chateada com a possibilidade de eu ser noivo? —
Ele se aproximou e sentou ao lado dela.
— Não. — Ela puxou a mão da dele.
— Alex?
Ele colocou os dedos sob o queixo e virou a cabeça dela em direção a sua.
— Tudo bem, sim. Eu estava tentando descobrir o que eu poderia
derramar em você na próxima vez que você atravessasse as portas da Mama.
Ela se afastou e cruzou os braços.
Ele se inclinou e beijou-a rapidamente.
— Obrigado.
— Pelo quê?
Ela queria que ele a beijasse novamente.
— De certa forma estranha, você acabou de me dizer que se importa
comigo.
Ele sorriu e ela percebeu pela primeira vez que ele tinha um sorriso um
pouco torto. Ele sempre teve isso? E por que ela não percebeu quão sexy o seu
sorriso e seus olhos eram antes? Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, no
entanto, um grande bocejo escapou.
— Sinto muito. Fiz turno duplo hoje. Eu perdi alguns dias de trabalho
nesta última semana.
Ela bocejou novamente. Ele sorriu para ela.
— Não se preocupe com isso. Eu estava tão cansado durante o jantar no
outro dia que a minha mãe tinha que continuar me chutando por baixo da mesa,
quando eu ia cochilar. — Ele riu. — Se você quiser, você é bem-vinda a dormir no
meu quarto de hóspedes no andar de cima.
Ela esticou os braços sobre a cabeça e pensou em como seria maravilhoso
dormir em um quarto ao lado dele, em sua casa, ou próximo a ele em sua
cama. Em seguida, sacudiu a cabeça.
— Tudo bem. Eu quero um banho e minha própria cama. Obrigada,
apesar de tudo.
Ela se levantou e sorriu quando ele a seguiu rapidamente, em seguida,
puxou-a para um beijo.
— Alex?
— Hmmm? — Ela disse contra seus lábios.
— Como você pode trabalhar com gordura e café e ter um cheiro tão sexy?
Ele mordeu o pescoço dela por um momento. Ela riu e se afastou.
— Sinto muito por me intrometer sobre isso a esta hora. Acho que eu não
estava pensando claramente.
Ela afastou o cabelo dos seus olhos. Sem dúvida, ela parecia com a
bagunça que sentia.
— Quando quiser.
Ele sorriu e caminhou até a porta.
Quando ela chegou em casa, foi na ponta dos pés passando pelos quartos
de suas irmãs. Ela duvidava que iria aguentar um banho de chuveiro, portanto,
em vez disso, ela encheu a banheira nova que Chase instalara há alguns
meses. Descansou a cabeça contra a borda enquanto a água quente acalmava
seus músculos e ela sonhava com Grant.
***
***
Grant sentiu Alex tremer com a liberação, mas ele não havia terminado
com ela ainda. Ela não estava saindo fora disso facilmente, não depois de todos
os anos o provocando, torturando. Puxando as pernas mais perto, ele continuava
a se mover, seus quadris em suas mãos, sua boca viajando sobre sua pele,
causando pequenos choques sobre ela. Seu corpo inteiro estava relaxado após a
sua libertação, mas ele podia a sentir gozando novamente. Suas mãos estavam
na cama ao lado de seu corpo, mas agora se moviam sobre seus quadris e
bumbum, segurando ele para ela, puxando-o ainda mais profundo. Quando ela
gemeu seu nome, ele a beijou até que ele também gemeu de prazer.
A tensão que ele sentia foi transferida para ela, e ele podia sentir cada
centímetro do desejo que ele sentia também. A maciez de sua pele aumentando
ainda mais a sensação enquanto se moviam sobre o outro. Ela enrolou as pernas
em torno de seus quadris, e ele podia sentir-se gozar muito rápido. Ele queria
desacelerar, torturá-la, mantê-la gozando. Ele queria que durasse para sempre,
mas quando a sentiu tremer em torno dele novamente, ele perdeu seu próprio
controle e a seguiu. Havia mais energia aqui do que ele esperava, e quando
apoiou a cabeça ao lado de seu ombro, pensou que sentiu seu coração pular.
Ele ficou ali ouvindo seus corações batendo juntos e se perguntou o que
ele teria que fazer para convencê-la a passar a noite. Ele sentiu seu corpo esfriar
e virou para puxar um cobertor sobre eles. Ela gemeu e tentou agarrá-lo. Ele riu.
— Eu só estou nos cobrindo. Eu deixei a janela aberta e parece que vai
chover.
Ele olhou pela janela e viu que o sol tinha se posto, e percebeu que ele
perdeu totalmente a noção do tempo enquanto estava com ela. Ela aconchegou-se
ao lado dele, e ele enterrou o rosto em seu cabelo e tomou uma respiração
profunda de seu perfume suave. Sua pele era tão macia quando ele passou as
mãos sobre os ombros e os braços. Seus seios foram empurrados contra o lado
dele, e ele podia sentir cada respiração que ela dava. Suas longas pernas estavam
envolvidas em torno dele. Ele fechou os olhos, desejando que pudessem ficar
assim para sempre.
— Você pode ficar? — Ele perguntou, colocando um beijo em seu cabelo.
— Hmmm. — Ela se aconchegou mais perto dele e balançou a cabeça. —
Acho melhor não. Nós começaremos a juntar o gado amanhã para o leilão. Esta
época do ano é ocupada. — Ela virou a cabeça e olhou para ele. — Se você tiver
tempo, talvez você possa aparecer para o almoço.
Ele pensou sobre isso. Era o início do outono e era um tempo ocupado
para ele, especialmente desde que tinha animais que precisavam ser
supervisionados e o negócio de seu pai para começar.
— Que tal um jantar em vez disso?
Ela olhou para ele.
— Tudo bem, mas desta vez eu vou cozinhar. Claro, você terá que lidar
com minhas irmãs e Chase.
Ela franziu a testa um pouco.
Ele passou o dedo sobre os lábios suavemente.
— O que está errado?
Ela balançou a cabeça.
— Nada. Eu acho que eu percebi que provavelmente é hora de eu me
mudar. Desde... — Ela balançou a cabeça, em seguida, continuou. — É
engraçado. Eu nunca percebi o quão pouco de privacidade, na verdade, nós
temos lá. — Ela sorriu para ele. — Deve deixar Chase louco.
Grant riu.
— Eu aposto. — Ele a puxou e beijou-a novamente. Quando ambos
estavam sem fôlego novamente, ele disse: — Diga-me que você não tem que sair
imediatamente.
— Hmm, não. — Ela balançou a cabeça e recostou-se para outro beijo.
Quando ela foi embora, duas horas depois, ele ficou na varanda da frente
e viu o carro dela desaparecer. Começou a chover e ele sentiu a brisa fria bater
nele, refrescando sua pele, mas não o que estava lá dentro. Ele estava queimando
por Alex e estava preocupado que ele estava expondo-se demais para a dor que
estava prestes a acontecer. Afinal, nenhum dos seus outros relacionamentos
durou muito tempo. Mas, quando ele se encostou à grade da varanda, ele pensou
sobre todas as maneiras que desta vez era diferente. Esta era Alexis West, a
primeira garota que ele beijou, a primeira e única mulher por quem ele já se
apaixonou. Ele estava apaixonado por ela desde aquele dia no mercado Grocery,
quando a pegou roubando. Ele sorriu e se virou para voltar para casa, pensando
nas diferenças entre o que eles fizeram na época e o que fizeram nas últimas três
horas.
***
Era logo depois de meia-noite, quando o veículo passou lentamente pelo
rancho de Grant. Vendo o carro de Alex, o motorista agarrou o volante com mais
força.
Como se atreve essa cadela fazer algo assim? Como ela ousa se comportar
de uma maneira tão humilhante? Ela atuou na lanchonete, agindo como uma
vagabunda, e Grant era parte também. Bem, eles precisavam aprender uma lição,
e logo.
O carro partiu em alta velocidade, e os pensamentos de como punir o
casal brilhou por trás dos olhos irritados do motorista. Talvez houvesse uma
oportunidade perfeita para mostrar a eles como estavam estragando tudo.
Não faria mal pensar em maneiras de puni-los pelo que fizeram.
Capítulo 07
O dia seguinte foi uma cadela. A chuva da noite esfriou a manhã o
suficiente para que uma névoa espessa dificultasse seu trabalho de limpar um
pedaço de terra. Ele planejava construir um curral para seus cavalos e cabras,
mas primeiro, as árvores e arbustos teriam que ser tirados. Trabalhar na névoa, a
qual era muito grossa para ver até o final do seu machado, não era sua ideia de
diversão.
Ele causou um pequeno incêndio para queimar os arbustos e cardo. As
moitas de cardos cortaram através de seu jeans várias vezes, e ele sentiu o
sangue escorrer para baixo de suas coxas. Ao meio-dia o nevoeiro finalmente
passou, e o calor era tão avassalador que ele tirou a camisa enquanto
trabalhava. Ele acabou ficando mais arranhado dos arbustos espinhosos ao longo
da cerca que alinhava sua propriedade, mas pela tarde, ele havia limpado toda a
área e estava pronto para começar a construir o curral.
Ele voltou para casa, tomou banho, e se preparou para o jantar na casa de
Alex. Sua mente estava tão consumida com estar com ela que, quando saiu com
seu carro, não percebeu os pneus furados, até que havia percorrido alguns
metros. Caminhando ao redor de sua caminhonete, ele chutou cada pneu,
notando as grandes marcas de perfuração nas laterais de cada um deles.
— Maldição.
Ele sentiu uma dor de cabeça chegando enquanto caminhava de volta
para dentro de casa para chamar o xerife. Então ele ligou para Alex para dizer
que se atrasaria, mas ela lhe disse que iria para sua casa. No momento em que o
xerife chegou, o carro de Alex estava bem atrás dele.
Todos ficaram em torno de sua caminhonete olhando para os pneus
furados e apenas um nome surgiu.
— Você sabe Grant, não há nada que eu possa fazer, a não ser que você
tenha algum vídeo de Travis fazendo isso. Além disso, o pai dele o livraria mais
rápido do que você poderia piscar. — O homem mais velho balançou a cabeça. —
Se você quiser, eu vou levá-lo até a cidade para que você possa consertar esses
pneus.
Grant olhou para Alex, que assentiu com a cabeça.
— Eu vou ajudá-lo com isso. Temos uma caminhonete velha que ele pode
usar até que receba pneus novos.
Tinha os braços cruzados sobre o peito. Ela estava usando um top florido
com jeans e botas desbotadas e parecia muito bonita. Parecia ter passado o dia
nos campos, mas mesmo com as roupas empoeiradas, ela parecia melhor de
alguma forma do que no vestido que usara na noite anterior. Talvez fosse porque
parecia pertencer a essas roupas, como se nascera para agrupar o gado durante
todo o dia.
Ele passou um braço ao redor dela enquanto observavam o xerife sair
alguns minutos mais tarde.
— Sinto muito por tudo isso. — Ela se virou e colocou os braços ao redor
dele. — Eu não entendo por que Travis está fazendo tudo isso. Afinal de contas,
ele é o único que traiu.
Ela franziu a testa e se afastou um pouco, mas ele apertou os braços em
volta dela e puxou-a para mais perto.
— Ele está apenas brincando. Ele sempre foi assim. — Ele balançou a
cabeça e lembrou-se das muitas vezes quando o temperamento de Travis
conseguiu o melhor dele. — Ele vai esquecer em breve.
Ela suspirou e sentiu-a relaxar um pouco.
— Ainda assim, eu vou ajudá-lo a pagar...
— Não se atreva. — Ele se afastou. — Você não tem nenhuma
responsabilidade por sua estupidez. Além disso — ele sorriu, — o seguro vai
pagar os pneus. O empréstimo da caminhonete vai ajudar, uma vez que pode
levar alguns dias até ser concertado.
Ela sorriu.
— Claro que sim. Vamos voltar. Eu estou morrendo por um banho e um
pouco de comida.
Na curta viagem de volta para o rancho Saddleback, eles falaram sobre os
seus dias. Seu dia soou como um passeio no parque, em comparação com o dela.
Criação de gado sempre foi um péssimo trabalho em sua mente, mas ela falou
sobre isso como se tivesse adorado cada minuto.
— Eu sempre amei trazer o gado, ajudando a separá-los.
Ela sorriu para ele depois de estacionar seu carro ao lado da linha de
caminhões pelo celeiro.
— Você pode pegar a velha Betty lá. — Ela assentiu com a cabeça em
direção a uma velha caminhonete azul que esteve lá durante o tempo que ele
podia se lembrar.
Ele riu.
— Será que a velha Betty ainda anda?
Ela riu com ele.
— Ela anda, mas você tem que tratá-la com muito carinho. — Alex
ronronou e mudou de posição no assento, quase sentando em seu colo. — Algo
me diz que não será um problema para você.
Ela passou as mãos em seus cabelos e puxou-o para um beijo que fez
suas botas fumegar. Em seguida, ela estava em seu colo, abrangendo seus
quadris, e ele queria que eles estivessem em sua casa, em vez de estacionado na
frente da casa cheia dela.
— Alex? — Ele tentou se afastar, mas ela estava dificultando, sua boca
fundida com a dele.
— Eu não conseguia parar de pensar em você, sobre isso, durante todo o
dia. — Ela correu beijos ao longo de sua mandíbula, seus olhos fechados. Ele
pensou em desfrutar da sensação de seu corpo por apenas um momento, quando
ouviram uma tosse fora da janela. Ambos saltaram para ver Haley sorrindo para
eles.
— Bem, bem. Olhe para o que temos aqui. — Os braços de Haley estavam
cruzados sobre seu peito do lado de fora do carro, sorrindo.
Grant gemeu e tentou mover Alex de seu colo, mas depois percebeu que o
que ela fez para ele agora estava em plena vista de Alex e sua irmã. Seu rosto
ficou um profundo tom de vermelho quando as duas riram. Alex saiu de seu lado
do carro e caminhou com a irmã para a casa, falando por cima do ombro para
Grant ir para quintal onde Chase e Lauren estavam enquanto ela tomava banho.
Ele levou alguns momentos para se acalmar antes de ir para o lado da
casa. Quando o fez, ele pegou Lauren e Chase em um beijo quente e quase riu
quando os dois saltaram.
— Sinto muito. — Desculpou-se.
Chase apenas riu.
— Não se preocupe, nós estamos acostumados a isso. Vivendo com Haley,
há uma séria falta de privacidade por aqui. — Chase passou o braço em torno do
ombro de Lauren.
— Alex mencionou algo sobre seus pneus sendo cortados? — Lauren
perguntou quando Chase foi virar os hambúrgueres na grelha.
— Sim.
Grant sentou e contou a eles o que aconteceu. Lauren serviu-lhe um copo
de chá gelado enquanto conversavam. Alex saiu pela porta de trás, meia hora
depois, vestindo shorts, uma blusinha e botas, sua marca registrada de roupa de
verão, a qual ele sempre achou muito atraente.
Até o momento em que Haley saiu, poucos minutos depois, os
hambúrgueres foram feitos. Grant sempre teve jantares de família em sua
casa; seus pais começaram o ritual noturno, quando ele e sua irmã viviam em
casa. Mas a família de Alex tinha um nível de conforto um com o outro que ele
nunca sentiu. Mesmo Chase estava agora incluído nele. Havia dois cães correndo
ao redor do quintal, e depois de todos comerem, Chase e ele saíram para lançar
um pedaço de pau para eles. O cão menor, Buddy, tinha apenas três pernas, mas
manteve-se bem o suficiente com o pastor australiano.
— Sabe, se você tivesse um desses, você poderia não ter tantos problemas
perto de sua casa. — Disse Chase, jogando a vara de novo.
— Um de quê? — Grant olhou para cima, após coçar os ouvidos de Buddy.
— Um cão. — Chase riu. — O McKay tem uma labrador chocolate de dois
anos de idade, que teve filhotes na semana passada. Eles estão começando a
procurar casa para quando os filhotes tiverem idade suficiente. — Chase sorriu.
Grant pensou nisso por um segundo.
— Eu não sei. Estou perto da estrada. Isso pode ser um problema.
Chase sorriu e jogou a vara de novo.
— Você pode treiná-los. Na verdade, Haley pode trabalhar com ele por um
fim de semana e estaria tudo certo. — Ele apontou para Haley, que estava deitada
em um banco, cochilando. — Ela fez maravilhas para Buddy.
— Acho que posso passar pelo McKay e dar uma olhada neles.
Grant pensou a sério sobre isso o resto do tempo que andava com os cães.
Já que ele tinha vários tipos de animais, por que não um cão neste momento?
Então, Alex começou a caminhar em direção a eles, e ele esqueceu de
tudo, exceto ela, enquanto observava seus quadris balançar. Até o momento que
ela parou em frente a ele, sua boca estava completamente seca.
— Bem, eu vou ajudar minha esposa... — Chase desculpou-se
rapidamente.
— Quer ir para um passeio?
Alex pegou a mão dele e puxou-o para o lado da casa. Eles caminharam,
de mãos dadas, em silêncio pelos campos até que chegaram a um velho carvalho
que tinha um grande balanço debaixo. Alex se sentou e Grant empurrou-a,
observando seu cabelo balançar com a brisa.
— Eu nunca pensei seriamente sobre deixar este lugar. — Disse ela, de
repente.
— Por que você faria? É perfeito. — Ele sorriu, olhando através do campo
com o sol sumindo atrás da casa branca, fazendo com que ele quase brilhasse.
— É, não é?
Ela suspirou. Ele parou de empurrá-la e deu a volta, segurando as cordas
em sua mão até o balanço parar.
— Você está pensando em partir? — Ele perguntou olhando para ela.
Ela balançou a cabeça.
— Eu fiquei por um tempo, então... — Ela olhou para ele e balançou a
cabeça novamente. — Não, eu vou ficar. — Ela sorriu.
— Eu fui a um monte de lugares nos últimos anos. Viajar é emocionante,
mas sabendo que você pode voltar aqui...
Ele virou e acenou com a cabeça em direção a casa. Um riso distante
podia ser ouvido da parte de trás da casa. O som dos cachorros latindo com
alegria e o gado mugindo nos campos distantes fizeram o lugar parecer um
lar. Ele balançou a cabeça.
— É a razão pela qual eu voltei. — Ele se virou para ela.
Ela se levantou e colocou os braços ao redor de seus ombros.
— Estou tão feliz por isso.
Em seguida, ela o beijou. Ele caminhou com ela para trás alguns passos
até as suas costas estarem contra o tronco da árvore e tornou o beijo mais
profundo, com as mãos vagando sobre sua pele lisa até que ele sentiu que não
podia controlar-se por mais tempo. Mas suas mãos estavam em volta dela,
segurando-a com força contra ele. Ele desesperadamente queria que estivessem
em qualquer lugar, menos de pé em um campo aberto. Então, suas mãos foram
para seu jeans, e sua mente ficou em branco quando ela começou a esfregar
através de seu jeans.
— Eu quero você. Eu não parei de pensar em você desde a noite passada.
— Disse ele contra sua pele. — Deus me ajude, se você não parar. — Ele tirou
suas mãos tentando assim acabar com a tortura. — Eu vou acabar tomando você
aqui mesmo no campo aberto, não me importando com quem vê ou ouve.
Ele levou um par de respirações profundas para se firmar.
— Eu não me importo. — Ela sorriu para ele, puxando-o a poucos metros
atrás da árvore e deitou-se na grama alta. — Faça amor comigo aqui, Grant. Sob
esta árvore, com as estrelas surgindo.
Ele a seguiu até o chão; ele não poderia ter se interrompido nem se
quisesse. Seus braços e pernas em volta dele quando ele veio ao seu lado. Ela
puxava sua roupa rapidamente, e suas próprias mãos tremiam quando ele tentou
remover as dela suavemente. Ela se movia muito rápido, ele não conseguiria
controlar sua necessidade muito mais tempo se mantivesse esse ritmo. Então, ela
estava empurrando-o, abrangendo seus quadris, movendo-se contra ele,
arrastando beijos pelo peito até que chegou a bainha da calça jeans. Em seguida,
ela foi puxando-os sobre seus quadris. Quando ela o levou em sua boca, seus
ombros atingiram o chão, e ele mordeu o lábio em um gemido. Suas mãos foram
para seu cabelo enquanto ela usava a boca para agradá-lo.
Quando ele inverteu as posições, olhou para ela. Ela tinha um sorriso
malicioso no rosto.
— Você acha que isso é engraçado? — Sua voz estava rouca.
Ela assentiu com a cabeça e mexeu debaixo dele. Em um movimento
rápido, ele arrancou seus shorts para baixo e teve um dedo em seu calor,
fazendo-a suspirar e gemer. Jogando a cabeça para trás, ela mordeu o lábio
inferior e cravou os dedos na grama, ainda se segurando. Quando ele abaixou a
cabeça e provou sua pele macia, ela gritou e agarrou sua cabeça, segurando-o
para seu núcleo. Seus dedos se moviam lentamente para dentro e para fora dela
enquanto ele usava a sua língua na pequena protuberância apertada que
encontrou. Quando ele sentiu o convulsionar e provou sua doçura em sua língua,
ele moveu-se e deslizou lentamente dentro ela.
Ela colocou os braços e as pernas ao redor dele, segurando-se à medida
que balançava junto com o pôr do sol atrás deles, lançando sombras sobre eles.
Quando as estrelas estavam altas, eles estavam entrelaçados e viram o
céu escuro, falando sobre suas esperanças e sonhos. Ele nunca se sentiu mais
ligado a alguém em toda a sua vida.
Eles finalmente vestiram-se novamente e voltaram para o celeiro. Alex deu
um beijou de boa noite e deu-lhe as chaves da caminhonete. Enquanto dirigia
para casa com a velha Betty, ele pensou em um plano para fazer Alex ir morar
com ele. Pelo menos até que pudesse convencê-la a se casar com ele.
***
Foi tão engraçado ver Grant dirigir até sua casa na velha caminhonete
azul. Então, percebeu. Era a velha caminhonete dos West.
Cortar os pneus dele deu um pouco de prazer, mas não o
suficiente. Talvez houvesse algo mais que poderia ser feito para impedir mais
humilhação. Afinal, a cidade inteira sabia que eles estavam se vendo
agora. Talvez o jogo precisasse ser intensificado um pouco mais? Talvez fosse
hora de encarar um deles e mostrar como as suas ações estavam estragando
tudo?
Talvez atacando Grant em sua casa fosse o melhor método? Tantas
possibilidades... Qual escolher?
***
Grant levou três dias para arrumar a cerca de madeira para o curral. As
tábuas pesadas eram fortes o suficiente para manter até mesmo um touro. Ele se
afastou e sorriu ao sentir o ar fresco vindo dos campos. Era indicativo de um
pouco mais de chuva, e ele estava feliz por começar o trabalho antes da chuva
chegar. Parecia que tudo estava finalmente se encaixando; ele pegou seu Ford de
volta mais cedo naquela manhã.
Ele virou e viu o carro de seus pais parando na frente de sua casa. Seu
pai saiu e acenou enquanto Grant caminhava em sua direção e apertou sua mão.
— Parece bom, filho. — Seu pai acenou em direção ao curral. — Você fez
um bom trabalho.
Ele deu um tapa nas costas dele.
— Obrigado. O que o traz aqui?
Seus pais frequentemente vinham a sua casa. Sua mãe sempre trazia
comida ou tortas, e seu pai vinha para dar uma mãozinha quando podia. Mas
algo disse a Grant que seu pai não estava aqui para uma visita social. O sorriso
de seu pai desapareceu.
— Bem...
Ambos olharam para o céu, quando começou a chover levemente.
— Vamos até a varanda para não ficarmos encharcados.
Subiram os degraus de pedra juntos.
— Você quer uma cerveja?
Quando seu pai balançou a cabeça e sentou-se em uma de suas cadeiras
de varanda, Grant sabia que era grave.
— Eu odeio dizer isso, mas parece que alguém apresentou uma denúncia
contra você no conselho de advocacia do Texas. Eles alegam que ainda não
apresentou as suas horas MCLE1 e querem que o Estado revogue sua licença. —
Seu pai levantou a mão. — Agora, antes de querer matar alguém, eu já apresentei
um recurso de apelação.
Ele se levantou pronto para lutar.
— Droga pai, entramos com aqueles papeis no mês passado. Irá demorar
mais algumas semanas.
Ele pensou sobre como isso atrasaria seus planos de negócios e sentiu a
raiva crescer.
— Eu sei, eu sei. — Seu pai levantou-se e colocou a mão em seu ombro. —
É uma tática de intimidação. Parece-me que alguém no poder por aqui quer você
fora da cidade. Ou, pelo menos fora de um trabalho. — Seu pai piscou para ele.
— Não se preocupe, nem mesmo o prefeito tem o poder de tirar a sua licença.
Mas eles têm poder suficiente para dificultar a nossa vida. — Seu pai franziu a
testa, e deu um tapinha nas costas dele novamente. — Será que ela vale a pena?
— Ela vale.
Ele sorriu quando seu pai riu e acenou com a cabeça.
— Bom. — Seu pai sorriu para ele.
Depois que seu pai foi embora, Grant tomou banho e se vestiu, então
decidiu ir ao rancho Saddleback e ver o que Alex estava fazendo.
Quando ele chegou lá, ela estava apenas parada na frente do celeiro. Ele
sorriu e colocou a velha Betty de volta em seu lugar.
— Oi. — Ela sorriu e caminhou até a caminhonete.
— Oi, eu só estou trazendo a velha menina de volta. — Ele fechou a porta
e puxou Alex para seus braços e deu um beijo suave em seus lábios. — Obrigado.
— Disse ele quando ela se afastou.
Suas sobrancelhas se ergueram. — Pelo beijo? — Ela sorriu e colocou os
braços em volta do pescoço dele.
***
Era outra primeira vez para Alex. Ela nunca fez amor em um chuveiro
antes, ou de pé, para falar a verdade. Ela sorriu para si mesma e arqueou as
costas. A antecipação era quase demais. Ela sentiu as pernas tremerem enquanto
esperava que ele a tocasse novamente.
Em seguida, suas mãos estavam levemente em sua parte inferior e nos
quadris enquanto ele a manteve imóvel e, lentamente, entrou nela. Ela
gemeu. Ele a encheu completamente enquanto ela tentava segurar as paredes
lisas do chuveiro. Suas mãos a puxavam de volta para ele quando ele empurrou
mais fundo dentro dela. Ela fechou os olhos, deixando a água correr sobre ela,
apreciando o movimento enquanto ele lentamente a deixava louca, aumentando
seu desejo por ele.
— Meu Deus. — Disse ele, e a virou um pouco para que ela pudesse
agarrar a prateleira onde guardava o shampoo. Ela agarrou-a com força,
segurando-se enquanto ele se movia mais rápido. Suas mãos lisas se movendo,
correndo sobre cada centímetro dela, fazendo com que seus mamilos
endurecessem nas suas mãos. Então, ele se inclinou e sussurrou em seu ouvido,
dizendo o quanto ela era gostosa, e ela sentiu-se convulsionar em torno dele,
gritando seu nome.
Ela sentiu como se estivesse se afogando. A cabeça dela estava sob o
chuveiro, e água caindo nas costas, cabeça, olhos e nariz.
Grant a pegou e tirou da água, em seguida, a virou quando a água foi
desligada. Ele pegou uma toalha e gentilmente começou a secá-la.
Ela sorriu.
— Eu poderia me acostumar com este tipo de tratamento.
— Bom.
Ele sorriu para ela e continuou a esfregar sua pele, suavemente. Então,
quando ele estava satisfeito, secou rapidamente seu peito e pernas. Ela observava
cada movimento. Ele estava bronzeado e tonificado, e quando ela estendeu a mão
para tocar seu peito, percebeu que cada parte dele era dura. Sorrindo, ela
caminhou para mais perto dele e colocou os braços ao seu redor, enquanto ele
jogava a toalha sobre a bancada.
Ela riu quando ele a pegou e levou-a para o quarto.
— Eu definitivamente poderia me acostumar com isso.
Ela beijou seu pescoço logo abaixo da orelha e ouviu-o rosnar um pouco.
Então ele a colocou na cama e cobriu-a de novo.
— Onde estávamos? — Ele perguntou se colocando entre suas pernas. —
Ah, eu acho que me lembro agora.
Ele deslizou dentro dela lentamente novamente, e seus quadris subindo
para acompanhar seus impulsos. Em seguida, ele foi se inclinando e beijando-a,
e seu corpo parecia estar fora de controle. Suas mãos percorriam suas costelas,
sobre as pernas, puxando-o para mais perto de seu peito até que ela sentiu-o
completamente dentro a cada estocada.
Suas unhas cravaram em seus quadris e seu bumbum apertado enquanto
ela tentava corresponder cada impulso. Sua respiração estava ofegante e ela
sentiu como se houvesse arrepios crescentes por todo o corpo. Ainda assim, ela
enrolou as pernas em torno de seus quadris e segurou até que se sentiu derreter
em torno dele enquanto ele se segurava ainda sobre ela.
Quando ele caiu, fez questão de passar para o lado para não esmagá-la,
outra coisa que ela gostava dele. Ele era tão atencioso. Ela sorriu para o teto e
começou a listar mentalmente as razões que Grant era muito melhor para ela do
que Travis foi. Ela foi até vinte e quatro quando sua mão se moveu sobre seu
quadril e ela perdeu a linha de pensamento.
Ele a puxou para perto e se aconchegou em seu cabelo.
— Agora você tem o meu cheiro. — Ele riu.
— O quê? — Ela piscou algumas vezes ao tentar compreendê-lo.
— O shampoo. — Ele se inclinou e olhou para ela. — Eu acho o seu cheiro
melhor. É mais suave, mais sexy. — Ele se inclinou e cheirou. — Sim, tudo o que
eu cheiro sou eu. — Ele franziu a testa. — Talvez você possa trazer algumas de
suas coisas para cá, então se a gente acabar fazendo isso de novo, eu sentirei seu
cheiro em vez disso. — Ele sorriu para ela.
Ela riu.
— Você é tão engraçado. — Ela se sentou e olhou para trás. — Se você
recuperar a minha bolsa no corredor da frente, você pode simplesmente começar
a cheirar-me.
Ele levantou e pegou sua bolsa. Ela entrou no banheiro, fechando-o e
rapidamente se enxaguou novamente, desta vez usando seu próprio shampoo e
condicionador. Ela chegou a passar seu spray corporal. Em seguida, ela vestiu
sua lingerie mais sexy, colocou uma camisa de seda e uma saia jeans, e saiu para
vê-lo comer uma tigela de cereal na cama. Ele parecia um garoto preso em casa
assistindo desenhos animados. Ela riu dele.
— O quê? — Ele olhou para ela e sorriu. — Sabe, eu tinha planos de levá-
la para sair em algum lugar em breve. — Ele franziu a testa. — É claro que, talvez
nós vamos planejar para quando pudermos dirigir para Tyler, uma vez que
Mama’s é realmente o único lugar na cidade para comida.
— Eu gostaria muito. — Ela veio e sentou-se ao lado dele. Ele estava
vestindo calça jeans, sem meias e sem camisa, e ele parecia sexy. Ela inclinou e
olhou para dentro da tigela. — É Fruity Pebbles?
Ele sorriu.
— Sim, você ficaria surpresa com o quão saudável são essas coisas.
Ela riu.
— Sério?
— Você quer um pouco? — Ele segurou a tigela. — Eu acho que há um
filme antigo esta noite.
Ele deu um tapinha no local ao lado dele. Ela sentou e deu uma mordida
de seu cereal.
— Cereal e um filme antigo soa bem. — Ela deu outra mordida. — Sabe,
faz tempo que não como cereal na cama enquanto assisto TV. — Ela sorriu
quando o Mágico de Oz começou.
— Eu amo esse filme. — Grant deu uma porção do cereal. Seus olhos
estavam grudados na tela e Alex sentiu seu coração saltar para o homem que
comia cereal na cama enquanto assistia a um dos seus filmes favoritos de todos
os tempos.
Mais tarde naquela noite, enquanto ela estava se preparando para ir para
casa, ele a puxou para perto e beijou-a até que seus dedos curvaram.
— O que você acha de sair comigo para The Rusty Rail na próxima quinta-
feira?
Ele perguntou quanto eles estavam na varanda. Quinta-feira eram noites
de karaokê no Rusty Rail, o único bar local da cidade com dança. Alex sempre
amou ir ao Rusty Rail, mas não foi lá desde seu rompimento com Travis.
— Parece bom.
Ela sabia que era hora de mostrar a todos na cidade que ela seguiu em
frente. Mesmo a perspectiva de ver Travis com Savannah não a incomodou como
teria se ela não estivesse com Grant.
Enquanto ela dirigia para casa, ela pensou em seu tempo com Grant e,
por uma vez, seu futuro parecia realmente bom. Ela pode ainda não saber o que
queria fazer ou ser na vida, mas sabia que desfrutaria de cada momento de seu
tempo juntos.
Quando ela entrou pela porta da frente, era apenas meia-noite. Cada luz
estava apagada na casa, exceto a de Haley. Ela bateu de leve na porta de sua
irmã e entrou quando sua irmã respondeu.
— Oi.
Alex entrou e sentou-se no final da cama de sua irmã. Haley estava
sentado em cima de seu edredom, um livro na mão, com o cabelo comprido e
escuro amarrado para trás com uma torção. Lauren e Haley foram abençoadas
com os olhos verdes de seu pai. Não era que Alex não gostava de ter os olhos
castanhos de sua mãe. Ela só queria poder se lembrar mais de sua mãe para que
pudesse vê-la quando se olhasse no espelho.
— Acabou de chegar em casa? — Haley deixou seu livro para baixo e
sorriu. — Nós apostamos se você passaria a noite. Parece que eu ganhei.
A irmã dela cruzou os braços sobre o peito, um sorriso satisfeito nos
lábios.
Alex inclinou a cabeça.
— Sério? Por que eu ficaria lá? Eu nunca passei a noite com Travis.
— Sim, mas... — Haley chegou mais perto de sua irmã e pôs a mão em
seu joelho. — Grant não é Travis.
Sua irmã estava certa. A única razão pela qual ela nunca passou a noite
com Travis era que ela realmente queria estar em casa em vez de enrolada em
seus braços. Ela queria ficar com Grant, aconchegar-se ao lado dele, acordar em
seus braços.
— Terra para Alex. — Haley balançou seu joelho, fazendo-a piscar e
perceber que sonhava em estar com Grant.
— Desculpe, eu acho que eu estou um pouco mais cansada do que eu
pensava. — Alex esfregou os olhos e bocejou.
— Claro que você está. — Haley sorriu e piscou.
Alex levantou-se e caminhou até a porta.
— Boa noite.
— Alex. — Haley esperou até que ela se virou. — Da próxima vez,
fique. Você não vai se arrepender.
Naquela noite, Alex teve dificuldade para pegar no sono. Seu corpo estava
cansado do longo dia de trabalho e as horas de fazer amor com Grant, mas sua
mente apenas se recusou a desligar.
Ela continuou a pensar sobre listas. Listas de como Grant era diferente,
melhor do que Travis. Ela perguntou por que sua mente se sentia insegura sobre
dar o próximo passo com Grant. Não era como se ela fosse morar com ele. Eles
estavam juntos há algum tempo agora, e eles curtiam um ao outro. Ela sabia que
Grant nunca a trairia. Não havia nenhuma maneira de o Sr. Benfeitor fazer algo
assim, mesmo que ele tivesse mudado muito desde que ela dera o apelido para
ele. Ele ainda era o mesmo Grant, e ela sabia que ele não era capaz de algo
assim.
Ele era gentil e mais carinhoso do que qualquer um com quem já saiu. Ele
a levava até seu carro, abria a porta, e sempre se inclinava e a beijava, dizendo
para conduzir em segurança no caminho para casa. Ela sorriu e virou na cama,
tentando ficar mais confortável. Ela desejou que ele tivesse um telefone celular,
para que pudesse mandar uma mensagem para ele, mas ela sabia que ele estava
adiando a obtenção de um telefone. Talvez ela comprasse um para ele. Poderia
ser um presente de aniversário antecipado.
Ela sentou na cama e suspirou. Ela nem sabia o seu aniversário. Ela
correu para sua estante e procurou através de seus anuários. Puxando um após
o outro, viu imagem após imagem dele, mas nenhum deles mostrou a data de seu
nascimento. Sentindo-se frustrada, ela caminhou até o laptop e abriu. Ela sabia
que ele realmente não gostava de tecnologia, mas talvez estivesse lá em algum
lugar na web.
Ela procurou no Facebook e ficou chocada ao ver uma foto dele e uma
menina de pele escura, sorrindo para a câmera sobre o que parecia ser a sua
página pessoal do Facebook. Ela relaxou quando se lembrou que ele disse sobre
sua ex, Terry. Então, esse era o tipo de garota com quem ele namorava? Ela
olhou para a beleza de cabelos escuros. Seu cabelo escuro e encaracolado
pendurado pelos ombros, e sua pele brilhava à luz do sol. Alex passou por mais
algumas fotos. Havia apenas uma dúzia, mas ela olhou para cada uma, tendo em
cada detalhe a sua transformação de Grant robusto com óculos para Grant com
um corpo bem tonificado. Havia uma foto de Grant com outro homem, um grande
tipo fisiculturista, que parecia muito com Terry. Ela percebeu que ele deveria ser
Sam. Ela se sentiu um pouco triste ao olhar para as imagens dos três. Ela
poderia dizer que Grant realmente admirava o homem, e ela desejou ter tido a
oportunidade de conhecê-lo. Então ela olhou para sua irmã, Terry, e se
perguntou o que ela passou, perdendo seu único irmão.
Aproveitando a chance, ela usou o Google para pesquisar o nome de
Grant. Estreitando a pesquisa, ela digitou, Fairplay, e ficou chocada quando um
site profissional surgiu: Holton Assessoria Jurídica. Ela clicou e viu uma imagem
de Grant e seu pai. O site parecia novo, uma vez que alguns dos links não
funcionavam ainda, mas pelo que ela podia dizer, eles estavam com um negócio
on-line para ajudar as pessoas a arquivar a papelada legal simples, como
testamentos. Ela passou quase uma hora olhando o site. Até o momento em que
desligou o computador, ela sabia várias coisas mais sobre Grant, incluindo que o
seu aniversário estava a menos de um mês. Perfeito. Ela poderia dirigir até Tyler e
comprar um novo telefone celular para ele e ter uma desculpa
maravilhosa. Afinal, com um negócio online assim, ele precisava estar conectado.
Fechando seu laptop, ela voltou para a cama com um sorriso no rosto. Ela
compraria um telefone celular, e da próxima vez que ela fosse para a casa dele,
ela passaria a noite inteira com ele.
Capítulo 09
***
***
— Eu acho que Jamella aprova você. — Disse Alex na volta para casa.
— Sim? — Ele olhou para ela. Os curativos em sua testa quase brilhavam
na escuridão.
— Sim. — Alex riu. — Ela sempre me disse que Travis não era bom e
encontrava várias maneiras de me manter até tarde no trabalho quando sabia
que eu ia sair com ele.
— Mulher inteligente. — Grant sorriu.
— Sim. — Ela disse, então suspirou. — Eu acho que eu deveria escutar as
pessoas ao meu redor com mais frequência.
Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, ao dirigir com a outra.
— O que é importante é que você finalmente recuperou os sentidos.
Ela riu.
— Eu suponho que você pode olhar para isso como se eu fosse
temporariamente insana.
Ele riu e entrou em sua garagem, em seguida, freou.
— Droga.
Ele pulou para fora do Ford e caminhou para frente, certificando-se de
manter os faróis em seu curral.
O dano não foi tão grande, mas várias de suas estacas foram
arrancadas. Pela aparência dos grandes sulcos em seu quintal, isso foi feito por
uma caminhonete com um guincho.
— Oh. — Disse Alex, de pé ao lado dele. — Quão ruim é?
Ela olhou em volta.
— Nada mau. — Disse ele enquanto ele avaliava os danos.
Alex pegou o telefone celular da bolsa e discou o número do xerife.
— Oi, xerife, é Alex. Estou aqui na casa de Grant e, bem, é melhor você vir
e ver por si mesmo. — Ela fez uma pausa e disse: — Sim, nós estaremos aqui.
Quando ela desligou seu telefone, imediatamente discou novamente.
— Lauren, eu estou na casa de Grant.
Ela fez uma pausa e ouviu a sua irmã, e um grande sorriso atravessou
seu rosto.
— Sim, bem, eu só queria que você soubesse o que estava acontecendo.
Alex caminhou de volta para o Ford enquanto enchia sua irmã de detalhes
da noite.
Eles estavam sentados no deck da frente quando o xerife chegou, suas
luzes iluminando as estacas derrubadas.
— Talvez, pegamos uma pegada aqui. — Ele disse se inclinando e olhando
mais de perto as marcas de pneu. — Se nós pudermos dizer que tipo de pneus fez
esse dano, então podemos compará-lo com o que Travis tem em sua
caminhonete.
Grant se sentiu como um idiota por não ter pensado nisso antes.
— Eu tenho um foco de luz na parte de trás do meu carro, se você precisar
de mais luz.
— Claro. — O xerife disse, apontando seus holofotes na direção das
marcas de pneus. Quando Grant se aproximou com seu holofote, o xerife pegou
seu telefone celular e tirou algumas fotos das marcas de pneu. — Eu vou
comparar isso com a caminhonete de Travis na parte da manhã. — Ele balançou
a cabeça. — Fez uma bagunça, não foi?
— São apenas três estacas. — Disse Grant, sabendo que ele levara quase
uma hora para colocar cada uma.
O xerife voltou a Grant e baixou a voz.
— Grant, mesmo que estas marcas correspondam, você sabe que metade
dos homens neste condado compram pneus de um único lugar na
cidade. Inferno, eu provavelmente tenho pneus que correspondem a estas na
minha caminhonete de caça.
— Sim, ainda à procura de uma prova sólida. — Grant balançou a cabeça
em desgosto.
— Sim. — O xerife enfiou o celular no bolso e começou a caminhar em
direção ao seu carro. — Bem, é melhor eu voltar. Boa noite.
Grant observou o xerife sair, em seguida, virou-se para Alex, que ainda
estava sentada na varanda parecendo muito doce em seu vestido e
botas. Sorrindo, ele subiu os degraus e parou bem na frente dela.
— Agora, onde estávamos antes de toda essa confusão começar?
Ele puxou-a em seus braços e começou a dançar com ela.
Ela sorriu para ele.
— O que você está fazendo?
— Dançando. Antes do tijolo vir voando pela janela, eu estava prestes a
pedir-lhe para dançar.
Ele sorriu quando ela se aproximou mais e descansou a cabeça em seu
ombro.
— Isso é bom.
Ela suspirou.
Ele sorriu enquanto dançavam em sua varanda.
— Nós teremos que agitar o Rusty Rail no próximo fim de semana. A feira
estará na cidade e com certeza será um grande momento.
— Oh! — Ela se afastou, sorrindo para ele. — Isso parece muito bom. Eu
não posso esperar.
Ele sorriu para ela e gentilmente moveu uma mecha de seu cabelo longe
do seu rosto.
— Você vai comigo?
Ela sorriu para ele e balançou a cabeça.
— Claro.
— Você ficará comigo esta noite? — Ele perguntou, segurando a
respiração.
Seu sorriso ficou maior e ela balançou a cabeça novamente.
— Sim, é claro.
Ela estendeu a mão para se levantar, e deu um beijo suave em seus
lábios. A doçura de seu beijo se desfez. Suas mãos tremiam quando ele a puxou
para mais perto de seu quadril. Ele passou as mãos para cima e sobre os ombros
macios até que ele segurou a parte de trás de sua cabeça, segurando-a contra
ele. O calor se espalhou tão rápido por toda parte, que ele quase parecia que era
muito, e muito rápido. Em seguida, ela gemeu e ele começou a caminhar em
direção a sua porta da frente. Ela riu quando seus ombros bateram contra a
parede ao lado da porta.
— Droga, eu sou geralmente mais gentil do que isso. — Ele sorriu para
ela. — Eu acho que você faz algo em mim.
Ela olhou para baixo de seu corpo e sorriu.
— Sim, eu posso ver o que eu faço em você a partir daqui.
Ele riu.
— Sua bruxinha.
Ele abriu a porta de tela e puxou seus quadris com as mãos e empurrou-a
para dentro com ele. Ela veio para ele de novo, sua boca jogando com a dele
enquanto ele caminhava lentamente para dentro da casa. Quando seus joelhos
bateram no sofá, ele a puxou para baixo em cima dele nas almofadas macias. Ela
arfou um pouco, em seguida, deitou-se em cima dele, beijando sua mandíbula e
pescoço. Suas mãos viajaram sobre os ombros e os braços enquanto ela abria os
botões da camisa.
— Você estava muito lindo com esse terno. Eu amo o que você fez com o
seu corpo. — Disse ela contra sua pele, arrastando beijos no peito.
Ele se inclinou para trás e fechou os olhos, apreciando a sensação de sua
boca em sua pele aquecida. Suas mãos foram para seus quadris, segurando-a
perto dele, mas ela se mudou mais para baixo, seus dedos indo para o botão de
suas calças.
— Alex — ele gemeu, — me dê um minuto. — Ele capturou as mãos com
as dele. — Volte aqui em cima, e me deixe desfrutar de você.
Ela balançou a cabeça, brincando, em seguida, sorriu e começou a abrir
lentamente suas calças. Ele fechou os olhos novamente e tentou retardar o
momento. Mas, em seguida, seus dedos estavam ao redor dele e ele gemeu seu
nome e pediu mais. Sua boca se moveu sobre seu estômago apertado, arrastando
beijos quentes sobre seu abdômen perfeito. Ele estendeu a mão e puxou-a para
cima, erguendo seu vestido até que seus dedos estavam cavados em seus quadris
nus. Ele a puxou para o lado enquanto se beijavam. Arrancando um preservativo
do bolso, rapidamente embainhou a si mesmo e puxou sua calcinha de seda para
o lado. Quando ele deslizou em seu calor, ela engasgou então gemeu e sentou-se
um pouco. Ela colocou as mãos sobre o peito dele e olhou para ele.
— Você é a única que não queria ir mais devagar. — Ele sorriu para ela.
— Eu gosto da velocidade. — Disse ela e começou a mover os quadris
lentamente.
Ele olhou para ela. Sua cabeça estava inclinada para trás, e seu cabelo
estava por cima do ombro enquanto ela se movia em cima dele. Seus lábios
estavam entreabertos, e ele sabia que nunca esqueceria o olhar dela sobre ele
assim. Seus dedos cravaram em seus quadris, segurando-a enquanto ela se
movia. Em seguida, ela se inclinou e beijou-o, e ele sentiu algo mudar dentro de
seu peito. Seus lábios estavam mais suaves, seus beijos mais profundos do que
ele jamais conheceu, e ele podia dizer que nada voltaria a ser o mesmo
novamente.
***
Alex acordou na manhã seguinte com chuva, trovão e Grant. Ela sorriu
para ele enquanto ele olhava para ela do seu travesseiro.
— Bom dia.
Ela bocejou e se espreguiçou. Era a primeira vez que ela acordava em uma
cama com um homem e se sentiu um pouco desconfortável.
Sem dizer nada, ele estendeu a mão e gentilmente a puxou para mais
perto, colocando beijos suaves em suas bochechas e olhos. As mãos dela vieram
até tocar o peito e desejo espalhar através dela como uma tempestade. Rolando,
ele a prendeu debaixo dele, enquanto suas mãos começaram a vagar sob as
cobertas sobre a pele nua. Desta vez, eles fizeram amor lentamente, tendo tempo
para explorar um ao outro à luz do dia. Suas mãos tremiam quando ela passou
levemente sobre cada centímetro de seu corpo.
Finalmente, quando eles gozaram juntos, ela fechou os olhos e calou
pensamentos sobre como isso significava mais para ela do que qualquer
relacionamento que ela já teve antes. Ela se recusou a acreditar que Grant era
nada mais do que uma etapa de cura para sair de um relacionamento ruim.
Ele fez seu café da manhã, enquanto ela tomava banho. Quando ela
entrou em sua cozinha, ele estava de pé no fogão parecendo muito sexy em
apenas calça jeans. Fosse o que fosse, cheirava delicioso. Seu estômago roncou
quando ela se sentou à mesa. Ele colocou um prato na frente dela.
— O que é isso? — Ela olhou para seu prato e franziu a testa um pouco.
Ele sorriu e se sentou ao lado dela com seu prato.
— Bacon e omeletes de clara com cogumelos, tomates, cebolas e pimentão
verde. Confie em mim. — Ele pegou o garfo. — Eu tenho uma alimentação
saudável como esta há vários anos e não vou mudar.
Ele pegou uma colher e gemeu quando deu uma mordida.
Ela foi criada com carne e batatas. Ela gostava de uma omelete no café da
manhã, mas normalmente havia bacon e presunto que parasse até mesmo o
coração mais forte. Olhando para o seu prato, ela percebeu que havia mais coisas
verdes em sua omelete do que carne. Pegando uma pequena parte, ela decidiu
que se ele mudou sua vida de forma tão drástica, ela
experimentaria. Especialmente desde que ele se transformou do garoto de quatro-
olhos gordinho para o homem sexy que estava sentado sem camisa na frente dela
agora.
Quando ela provou os ovos picantes, ela se apaixonou.
— Oh, meu Deus. — Ela deu outra mordida e outra. — Isto está
maravilhoso! — Ela olhou para ele e sorriu.
— Eu disse. — Ele sorriu e deu outra mordida. — Você deveria ir para a
academia comigo algum dia. — Ele riu da cara que ela fez. — Antes de você dizer,
não, eu não acho que você precisa perder algum peso. — Ele sorriu para ela. — A
academia é bastante viciante.
— Eu não sei. Lembro-me de ter aula de ginástica na escola. Eu odiava
isso.
Ela franziu a testa para ele, então, pegou um pedaço de seu bacon. Ela
nunca tentou isso antes e estava desesperadamente desejando uma verdadeira
peça de bacon. Isto é, até que mordeu. A carne provou ser tão boa, que ela
pensou em roubar um pedaço de seu prato.
— Eu odiava as aulas de ginástica também. Lembra-se da senhorita
Gulden? — Ele disse, franzindo a testa.
Alex riu.
— Quando ela usava o agasalho vermelho, ela se parecia com uma grande
maçã.
Eles riram.
— Como adultos, podemos escolher quais exercícios que fazemos. Eu
encontrei o boxe, é o que eu mais gosto. Você seria boa nisso. — Seu sorriso se
tornou travesso. — Vai dar-lhe outra opção em vez de chutar um homem onde
importa.
Ela riu.
— Acho que eu poderia acrescentar algumas novas ferramentas para o
meu vasto arsenal de armas.
Ela levantou os braços e flexionou os bíceps enquanto ele ria.
Após Grant a levar para casa, ela decidiu passar o resto de seu dia em
Tyler. Ela procuraria o telefone certo para ele e, eventualmente, pegaria alguns
itens para si mesma para quando estivesse com ele.
Haley decidiu ir junto com ela. Ela estava grata com a companhia e com a
ajuda na escolha de alguns outros itens. Sua primeira parada foi em uma loja de
bebê onde passaram várias horas escolhendo itens para Lauren e Chase. Quando
caminharam ao lado da loja de telefone, as duas estavam se divertindo tanto,
rindo sobre o que compraram para sua irmã, que não perceberam que Savannah
estava bem na frente delas. Ela estava em pé na calçada, um cigarro pendurado
em seus lábios, e elas quase se esbarraram nela.
— Oh! — Disse Haley, dando alguns passos para trás. Alex pegou os
pacotes da loja do bebê com uma mão e fez questão de colocar sua irmã atrás
dela.
— Bem, bem, bem. — Savannah ronronou, soprando fumaça na direção
delas. — O que temos aqui? — Ela disse em um tom sarcástico, os olhos correndo
entre eles.
— Não é da sua conta. — Haley tossiu e ergueu o queixo, olhando para a
outra mulher.
Alex achou engraçado como sua irmã tratou Savanna, considerando que
ela destruiu o relacionamento de Alex, não de Haley. Ela sentiu ainda mais amor
por sua irmã mais nova, sabendo que Haley seguraria Savannah no chão,
enquanto Alex a agredia. Ela superou Travis. Ela superou Savannah. E o mais
importante, ela estava cansada de se punir por algo que não era culpa dela.
Entregando a Haley suas sacolas, Alex deu um passo mais perto de
Savannah e observou o calor nos olhos da outra mulher.
— Você sabe o que eu estou cansada, Haley?
Ela olhou para a mulher quando sua irmã riu atrás dela e respondeu:
— Não, o quê?
Savannah apagou o cigarro com os calcanhares e olhou para ela com um
sorriso.
— Estou cansada de ser tratada como a pessoa ruim em todo este
fiasco. Estou cansada das pessoas descontando em alguém que não tinha nada a
ver com duas pessoas traindo outra uma pessoa inocente. Estou cansada dos
pneus do Grant serem cortados. — Ela observou o rosto de Savannah, mas seus
olhos não mostraram nada, nenhum indício de culpa ou conhecimento. — Estou
cansada da propriedade dele ser destruída. — Ela deu um passo para frente até
que elas estavam cara a cara. — Estou cansada de ter as pessoas jogando coisas
em mim. — Ela viu quando um sorriso lentamente se arrastou nos lábios de
Savannah. — Agora, se estamos acabamos com isso. — Ela fez uma pausa e
olhou para cima e para baixo de Savannah. — Eu não quero nada mais do que
seguir em frente com a minha vida.
Ela se virou e pegou suas sacolas, em seguida, foi embora sem dizer mais
nada.
— Essa cadela. — Disse Haley baixinho.
— Não. — Alex parou no interior da loja de telefone celular. —
Esqueça. Todos nós sabíamos o que ela era antes daquela noite com Travis, e
todos nós sabemos que não será a última vez. Eu só desejo que os dois se casem.
Ela olhou para fora das janelas da frente e assistiu a cabeça de Savannah
em frente ao estacionamento vazio.
— Eles se merecem. Mas — ela suspirou. — Infelizmente, eu ouvi que eles
não estão nem mesmo se vendo oficialmente.
Haley olhou pela janela, seguindo o olhar de Alex.
— Ela só quer atenção. Ela fará de tudo para qualquer um para ter
atenção.
Alex voltou para sua irmã e sorriu.
— Então, não vamos dar a ela. Eu tenho um telefone celular para
comprar. — Ela sorriu. — Vamos ao lugar do iogurte congelado depois.
— Woohoo. — Haley sorriu e levantou o punho.
Capítulo 11
Grant passou o resto dos seus dias limpando a bagunça que ficou o seu
curral. Não demorou muito para colocar as estacas novamente nos buracos de
onde foram arrancadas. Ele fez questão de compactar a terra ao redor novamente
para que ficasse tão forte como a primeira vez. Algumas das vigas transversais
estavam além do reparo, e ele precisava ir à serraria na parte da manhã para
substituí-las.
Pouco antes do pôr do sol, ele entrou em seu celeiro e verificou seus
animais. As três irmãs Superpoderosas iam bem. Elas aprenderam a escapar de
sua baia e sempre acabavam soltas no celeiro à noite. Ele passou alguns minutos
brincando com os animais depois de alimentá-los. Ele realmente gostava de cada
um e pensava neles como família.
Quando voltou para a casa, sua mente vagava para a noite anterior e em
ter Alex em sua cama. Ele abria a porta quando ouviu um carro chegar. Seu
coração parou quando notou o carro de Alex atrás de sua caminhonete. Como é
que apenas a visão dela o fazia sentir como um colegial apaixonado?
Sorrindo, ele foi até a beira da varanda quando ela subiu os degraus.
— Boa tarde. — Disse ele enquanto caminhava diretamente aos seus
braços.
— Oi. — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou nos lábios. A sensação e o
cheiro dela faziam sua cabeça quase girar. — Eu tenho algo para você.
Ela sorriu e em sua mente vieram imagens dela sem nada, somente um
laço e saltos vermelhos. Seu sorriso caiu um pouco quando ela levantou uma
pequena bolsa amarela com um laço em cima.
— O que é isso?
Ele caminhou com ela até o banco debaixo da janela da sala e sentou-se
ao lado dela.
Ela lhe entregou a bolsa e sorriu.
— Bem, eu estava pensando no outro dia sobre o seu novo negócio com o
seu pai. — Ela sorriu e, sem esperar por ele para abrir a bolsa, estendeu a mão e
abriu-a, entregando-lhe uma pequena caixa. — Eu espero que você não se
importe. — Ela olhou para ele, esperando que seus olhos mostrassem a emoção
que ela esperava ver lá. — Eu sei que o seu aniversário é em uma semana.
Ele olhou para a caixa, e para ser honesto, ele levou alguns segundos para
entender. Fazia alguns anos desde que ele comprara algo parecido. Lentamente,
ele abriu um sorriso no seu rosto.
— Sério? — Ele olhou para a caixa e pensou em um milhão de coisas que
ele queria fazer com o novo brinquedo em suas mãos.
— Sim. — A voz dela não parecia tão segura como estava um segundo
atrás.
Ele olhou para ela e viu a incerteza em seus olhos escuros. Deixando a
caixa em seu colo, ele pegou o rosto dela entre as mãos e beijou-a, mostrando-lhe
o que estava sentindo. Há poucos minutos e um milhão de batimentos cardíacos
mais tarde, ele se afastou, um pouco sem fôlego.
— É perfeito. É claro. — Ele olhou para o presente e depois de volta para
ela. — Você terá que me mostrar como usá-lo.
Ela sorriu.
— Esse é o plano.
Duas horas e algumas centenas de aplicativos mais tarde, o novo telefone
Android ficou na mesa de café, esquecido. Desde que a noite tinha esfriado, ele
acendeu um fogo na lareira de pedra que ficava ao longo da parede na sala de
estar. Eles sentaram juntos, não pelo calor, mas por necessidade. Ele sentia
como se não pudesse chegar perto o suficiente dela. Havia muitas roupas e seus
dedos não iria cooperar enquanto percorriam sua pele delicada.
Quando suas roupas atingiram o chão, eles se moveram lentamente em
conjunto, suas respirações combinando com a luz fraca. A luz do fogo atrás dela
iluminou seu cabelo, parecendo que usava um halo. Seu rosto estava nas
sombras, mas a luz acentuava suas curvas e ele não conseguia parar de correr as
mãos para cima e para baixo em seus lados, apreciando sua maciez. Ela se
inclinou para frente e quando seu aroma sexy bateu nele, e sua pele macia
esfregou-se contra o seu rosto e no peito, ele não poderia manter-se por mais
tempo. Usando as mãos nos quadris, ele facilmente inverteu suas posições até
que ele estava de joelhos na borda do sofá, e ela com as pernas em volta dele,
com o seu cabelo se espalhando sobre as almofadas.
A luz do fogo lançava um brilho quente sobre sua pele, fazendo-a parecer
ainda mais suave, de alguma forma.
— Tudo bem?
Alex olhou para ele. Ele não percebeu que ele parara de se mover até que
ela falou, sua voz um sussurro sexy na sala silenciosa. Ele olhava para ela,
apenas olhava. Ela era mais bonita do que... bem, do que qualquer uma que ele
já conheceu. Tudo o que sabia era que seu peito estava apertado quando olhou
para ela, seu coração parou várias batidas, e os seus joelhos ficaram fracos.
Ele começou a mover-se novamente, desta vez inclinando-se para ela e
tomando aquela boca doce com a sua até que ele a sentiu segui-lo em sinal de
rendição.
Quando ele sentiu seu corpo relaxar, ele a puxou para baixo com ele para
o tapete macio na frente da lareira. Puxando um cobertor e algumas almofadas
do sofá com ele, posicionou-os de modo que ela estava em frente a ele, olhando
para o fogo.
— Isso é bom. — Ela suspirou e esfregou o braço dele com as pontas dos
dedos.
— Sim. — Ele sorriu em seu cabelo. — Eu estou me divertindo, também.
Ela riu.
— Sabe... — Ela parou seus dedos sobre o cotovelo e virou até que ela
olhou para ele. — Estou inscrita na corrida de barril na próxima semana.
Ela se virou.
Ele sorriu.
— Você ganha a fita azul a cada ano que eu me lembre. Você se sairá bem.
— Oh, eu sei que vou. — Ela riu. — Eu só estava pensando que você
deveria tentar derrubar o novilho ou pelo menos entrar com Mojo e as meninas
na competição de cabra leiteira. Eu acho que as meninas terão idade suficiente
até lá.
Ele riu.
— Eu pensei sobre isso. Estou muito orgulhoso de todas elas, mas
Docinho vai ganhar a fita azul.
— Sério? — Ela se virou e sorriu para ele. — Tem um ponto fraco para as
meninas ásperas, hein?
— Você sabe disso. — Ele sorriu e puxou o cabelo dela de brincadeira.
Foi depois da meia-noite quando finalmente conseguiram entrar no
quarto. Levou-a enquanto ela tentava distraí-lo, e ele quase a deixou cair em seu
lindo traseiro várias vezes. Ela riu e se segurou, tentando deixa-lo vesgo usando a
boca e as mãos.
Quando o despertador tocou às quatro da manhã, ela gemeu e cobriu a
cabeça com o travesseiro.
— Fazendeiro e advogado sempre madrugam. —Ele rapidamente o
desligou e pediu desculpas. Ela se virou e gemeu novamente enquanto ele ria. —
Você fica aí, não se mova. — Ele beijou seu pescoço exposto e ouviu um tipo
diferente de gemido. Virou para sair da cama, mas ela virou e o puxou de volta
para ela.
Os animais reclamaram quando ele entrou no celeiro com quase uma hora
de atraso. Ele foi saudado pelas meninas Superpoderosas, e elas mostraram sua
desaprovação pelo seu atraso batendo continuamente sua perna com suas
cabeças.
— Ok, ok. Esperem. Sabe — ele falou enquanto servia a alimentação —,
vocês entenderão um dia. Não é, Mojo? — Ele sorriu quando a cabra mãe baliu
para ele em entendimento. — Mas, por agora, apreciem a sua comida.
Ele foi para os cavalos e conversou com cada um enquanto pensava em
Alex e o rodeio.
As irmãs West sempre tiveram um papel importante no condado de
rodeio. Primeiro e mais importante era o seu gado. Elas sempre tiveram a fita azul
com o boi e a novilha, para não mencionar o talento de Alex durante a corrida de
barril. Haley entrou com vários outros animais, os quais, ele não tinha nenhuma
dúvida, que ganhou também.
Quando era mais jovem, ele tentou domar o carneiro, mas depois de quase
quebrar seus óculos, sua mãe o proibiu de chegar perto de qualquer coisa
selvagem assim novamente. Ele sempre queria tentar a sua sorte no laço ou
derrubar o novilho, como Alex sugeriu. Ele fez isso antes, apenas nunca como
uma competição. Talvez ele fosse à feira e veria no que poderia competir.
Quando ele voltou para casa uma hora depois, encontrou cheiros
maravilhosos. Ele deixara Alex em sua cama e pensou que ela ficaria lá, mas ela
estava de pé atrás do fogão, seu avental sobre shorts e uma blusa cor de
creme. Seu cabelo estava trançado em duas tranças e coberto com um lenço
vermelho. Quando ela se virou e sorriu para ele, com uma espátula em suas
mãos, ele se esqueceu de respirar.
— Eu pensei em fazer o café da manhã para nós. Mas desde que tudo que
você tem é comida saudável, eu decidi fazer panquecas. — Ela riu.
— Você não tem que cozinhar. — Ele se aproximou e passou os braços em
volta dela, puxando-a contra sua frente, ela virou uma panqueca. — Cheira
maravilhoso. — Disse ele enquanto enterrava o rosto em seu cabelo.
— Eu ou a comida? — Ela riu.
— Ambos. — Ele beijou seu ombro. — Que tal um café?
— Parece bem. Eu tenho uma caneca lá.
Ela assentiu com a cabeça em direção a uma caneca vazia. Ele se
aproximou e preencheu uma para si e encheu novamente a dela, em seguida,
passou a trabalhar arrumando a mesa.
No café da manhã eles falaram sobre o rodeio, o seu site, e seus planos
para a fazenda. Quando o seu novo telefone tocou, ele respondeu e ficou surpreso
ao ouvir o pai do outro lado.
— Então, você está finalmente começando a se atualizar, hein, rapaz? —
Brincou o pai. Ele podia ouvir sua mãe falando no fundo, em seguida, seu pai lhe
disse. — Eu estou começando a falar com ele. Dê-me uma chance de dizer oi ao
menino primeiro. — Então, seu pai disse a ele. — Nós só queríamos perguntar se
você vem jantar nesta sexta-feira.
— Sexta-feira? — Ele olhou para Alex e sorriu, sabendo o que estava por
vir. Quando ela sorriu e acenou com a cabeça, ele disse. — Claro. Está tudo bem
se eu levar uma convidada?
Seu pai riu e ele só podia imaginar sua mãe dançando no fundo.
— Claro, Alexis é sempre bem-vinda aqui. Vamos vê-los em torno de sete
horas.
Ele desligou e estendeu a mão e pegou a mão de Alex.
— Você acabou de fazer os meus pais muito felizes.
Ela sorriu para ele.
— Eu gosto de seus pais. Você sabia que eles se encontram na lanchonete
toda segunda-feira para almoçarem juntos? Eles são tão fofos. Eles dão as mãos e
sentam-se lado a lado. — Ela suspirou, em seguida, olhou para suas mãos
unidas.
— Sim. — Ele riu. — Mas eu tento não pensar nos meus pais como fofos.
***
Como eles ousam? Será que não entendem os sinais? Eles não poderiam
ver o que de forma tão simples estava na frente deles? Todos na cidade sabem
que eles não pertencem um ao outro. Mas eles continuam se encontrando. Agora,
ela se hospeda na sua casa!
Mãos bateram contra o volante em frustração. Isso era demais!
Um plano lentamente se formou enquanto o carro se
afastava. Pense! Quando haveria outra oportunidade para atacar?
Em seguida, a névoa de raiva passou e paz se estabeleceu. O rodeio estava
chegando. O que era um momento perfeito. Mas desta vez, precisava fazer algo
maior. Algo bem pensado e planejado. Havia muito que fazer e pouco tempo para
executar tudo.
Sim, esse seria o último movimento neste selvagem e divertido jogo.
***
Alex apertou mais as rédeas e sentia a adrenalina de ser puxada na
direção oposta, quando ela virou o barril rapidamente. Ela cravou os calcanhares
nos lados de Sophie, enviando o cavalo correndo em direção ao próximo
barril. Ela praticou com o cavalo quase todos os dias durante o ano passado; este
era o seu esporte. Ela sorriu quando parou no portão. Ela olhou para Chase
enquanto ele acenava com a cabeça e sorria.
— Bateu sua última vez por três segundos.
Ele tirou o chapéu e limpou o suor escorrendo pelo seu rosto. As noites
podem ser refrescantes, mas os dias ainda estavam quentes e abafados. Suor
rolava pelas costas de Alex e ela estava louca por um banho de água fria, mas
queria bater até mesmo seu último tempo. Quando se tratava de corrida, Alex
queria ser a mais rápida.
Deixando Sophie descansar por alguns minutos, ela saltou e tomou um
gole da garrafa de água que Chase ofereceu a ela. Ela sorriu para ele.
— Sabe, eu estava pensando em voltar para meu antigo quarto, de modo
que vocês dois podem ter o maior para o bebê. — Ela se inclinou contra a cerca e
assistiu Sophie. — Lauren gostaria que o bebê crescesse em seu antigo quarto. —
Ela se virou e olhou para Chase. Quando ela percebeu que ele estava franzindo a
testa, ela se levantou e perguntou: — O que?
Ele olhou para ela, então balançou a cabeça.
— Oh, não, não é nada. Eu só estava pensando em tudo o que ainda
precisa ser feito na casa antes que o bebê chegue. Temos que colocar todo o local
à prova de bebê. Para não falar da pintura. Eu acho que algumas das paredes
ainda têm tinta com chumbo nelas. — Ele franziu a testa um pouco mais quando
Alex riu. Era a sua vez de perguntar: — O quê?
— Você. — Disse Alex, sorrindo para seu cunhado. — Você já pensou que
falaria sobre o tipo de tinta que precisa no quarto do seu bebê?
Ela olhou para ele, realmente olhou para ele. Ele era alto como Grant. Mas
onde Chase tinha o cabelo quase preto e olhos escuros chocolate, o cabelo de
Grant era da cor de areia e macio, encaracolado, fazendo seus olhos azuis
brilhar. Os homens eram quase igualados em forma, mas por alguma razão,
Grant preenchia suas camisas melhor. Talvez ela fosse tendenciosa?
— Hey. — Ela se inclinou para trás novamente e sorriu. — Eu tenho outra
ideia. Vai ser complicado de conseguir, mas acho que com a ajuda de todos,
podemos surpreender Lauren.
Ela sorriu, planejando tudo em sua cabeça.
— O que você tem em mente? — Perguntou Chase, parecendo um pouco
preocupado.
Ela riu.
— Vamos. — Ela agarrou seu braço e começou a puxá-lo para o celeiro,
onde ela estava certa que Haley estaria escovando Oliver, seu boi de dois anos de
idade. — Eu vou dizer a você e Haley juntos.
Ela puxou-o para o fresco celeiro, encontrando Haley, e começou a contar
seus planos para surpreender Lauren. Ela assistiu a um programa onde um
grupo de pessoas remodelou um quarto em um dia, enquanto a futura mãe
estava fora. Quando ela chegou em casa, o quarto do bebê estava concluído. Ela
pensou que se eles tivessem o número suficiente de pessoas, e se Haley não
deixasse escapar, eles poderiam surpreender Lauren dessa forma. Quando saiu
do celeiro, meia hora depois, todos tinham tarefas que precisavam completar para
o evento acontecer. As primeiras coisas primeiro – Alex precisava sair do quarto
maior.
Naquela noite, Grant a pegou as 8:15, e eles foram para o Rusty Rail para
noite de karaokê. Todos na cidade sempre acabavam no bar uma noite de quinta
de cada mês. Mesmo Chase e Lauren iriam para lá. Haley cancelou a ida naquela
noite, devido a uma dor de cabeça.
Quando Grant chegou, o pequeno estacionamento estava cheio, por isso
eles entraram no campo do outro lado dos trilhos do trem e estacionaram ao lado
da caminhonete de Lauren.
— Está cheio esta noite. — Disse Alex, olhando para as luzes que vinham
do antigo edifício. Música alta podia ser ouvida sempre que alguém abria a
porta. O edifício de madeira foi reformado após o grande tornado que passou 18
anos atrás, aquele que levou a mãe de Alex.
Sob o novo telhado de metal verde, a cidade de Fairplay viu mais do que
seu quinhão de ação sob a forma de lutas, embora a maioria das lutas aqui fosse
entre amigos íntimos ou membros da família e quase sempre terminavam com
uma cerveja gelada.
Enquanto caminhavam em direção à porta, de mãos dadas, Alex se sentiu
um pouco nervosa. Esta era a primeira vez em público como um casal. Desde a
separação, ela descobriu o que as pessoas pensavam sobre seu relacionamento
com Travis. A maioria das pessoas sorria e falavam quão doce eles eram juntos,
quando eles namoravam, mas depois de sua separação, todo mundo começou a
dizer que Travis não era bom e não era certo para ela. Será que as pessoas fariam
o mesmo para Grant e ela?
Ela olhou para Grant e notou que seus olhos estavam grudados na
porta. Seu perfil era algo para sonhar. Seu nariz era perfeito. Sua mandíbula era
forte e sexy e ele tinha apenas a quantidade certa de barba no rosto. Sua camisa
azul e velha, jeans desgastados parecia ainda mais sexy, uma vez que se
encaixavam como uma luva. Seu chapéu preto causava sombras sobre o rosto,
protegendo os olhos. Ele parecia um cowboy sexy e perigoso que sabia o que
queria e como conseguir.
Mas era mais do que a sua aparência que a tinha segurando sua mão e
sorrindo para ele. Ele era a pessoa mais gentil que ela conhecia, além de seu
cunhado. Grant a tratava como se ela fosse algo especial. Ela nunca foi tratada
assim por um namorado antes. Ela olhou para ele mais de perto, ele parecia tão
nervoso quanto ela se sentia. Puxando sua mão, ela o deteve no começo das
escadas e colocou os braços ao redor de seus ombros. Seu sorriso nervoso quase
parou seu coração. O que ela estava fazendo com alguém tão puro?
— Eu já disse o quão bonita você está hoje à noite? — Ele sussurrou para
ela, a puxando um pouco mais até que eles estavam olhando olho no olho.
Ela balançou a cabeça, não confiando em sua voz uma vez que sua
garganta estava seca.
— Você está maravilhosa. — Ele disse enquanto esfregava as mãos para
cima e para baixo em seus lados e os braços. — Eu sou o homem mais sortudo
daqui.
Ela usava uma de suas saias jeans favorita, uma blusa preta rendada
abotoada na frente e exibia seu top rosa. Seus brincos e colar combinados
acentuando o brilho rosado de sua pele. Seus olhos viajaram sobre ela,
descansando em seus lábios.
Ela colocou os dedos em torno de seu pescoço, puxando-o para baixo até
que seus lábios se encontraram. O choque que sentiu quando seus lábios
tocaram os dela foi direto para os dedos dos pés, fazendo com que eles se
enrolassem em suas botas. Quando ela finalmente se afastou, estava sem fôlego e
sua visão estava um pouco nublada.
Ele apoiou a testa na dela e sorriu.
— Você tem certeza que quer entrar?
Ela riu e acenou com a cabeça, assim que a porta se abriu e música alta
veio para fora, fazendo-a querer dançar. Agarrando sua mão, sua confiança
aumentou, ela correu pela porta, um grande sorriso nos lábios enquanto
deslizavam pela sala cheia, direto para a pista de dança.
Seus braços em volta dela, puxando-a para perto quando eles
atravessaram a velha pista de dança de madeira. Girando, junto com outros
casais, eles balançavam com a música, sorrindo e rindo juntos. Grant tinha um
talento para a dança. Ele a girou, levantou e abaixou, e fez tudo muito bem. Ela
nunca dançou com alguém tão bom como ele antes. Quando a música acabou,
eles caminharam até a mesa onde Chase e Lauren estavam. Chase estava
tomando uma cerveja, Lauren o que parecia ser Sprite e suco de cranberry.
— Boa noite. — Grant acenou para eles.
— Vocês dois pareciam bem lá. — Chase sorriu e acenou para a garçonete,
levantando os dedos para sinalizar que eles precisavam de mais duas cervejas.
— Onde você aprendeu a dançar assim? — Ela se sentou na cadeira, sem
fôlego.
Ele sorriu.
— Minha mãe nunca me deixou ir a qualquer baile da escola, mas isso
não a impediu de me ensinar todos os movimentos.
Alex lembrou que a mãe de Grant era uma mulher temente a Deus,
altamente envolvida com todos os eventos da igreja. Ela era mesmo o secretário
da Igreja Batista local.
— Impressionante. — Lauren disse, tomando outro pequeno gole de sua
bebida. Alex percebeu que ela parecia um pouco pálida.
Inclinando-se, ela sussurrou para a irmã.
— Você está se sentindo bem?
Lauren assentiu um pouco e fechou os olhos. Quando ela saiu correndo
da mesa em direção ao banheiro, Alex pediu desculpas e seguiu sua irmã.
Ela correu para o banheiro, bem a tempo de ouvir sua irmã perder o seu
jantar. Ela não sabia o que fazer, então ficou atrás da porta, desejando poder
fazer alguma coisa, qualquer coisa para ajudá-la.
Quando Lauren saiu do banheiro, uma mão na barriga e um sorriso no
rosto, Alex a envolveu em um abraço.
— Você está bem? Talvez devêssemos voltar para casa?
Ela se afastou e olhou para a irmã. Seus olhos estavam um pouco
entorpecidos. A cor de sua pele estava voltando, mas ela podia ver que ela não
estava de volta ao seu estado normal, ainda.
Lauren balançou a cabeça:
— Não, eu vou ficar bem agora. — Ela se aproximou e lavou a boca, olhou
pelo espelho para a irmã. — Eu quase sempre só vomito uma vez. Agora vai
acalmar.
Ela colocou a mão sobre a barriga novamente.
Alex colocou os braços ao redor de sua irmã.
— Eu vou ser feliz quando o enjoo acabar.
Ambas ouviram um grito e viraram para ver as costas de Savannah
recuando para fora da porta do banheiro.
Lauren olhou e deu de ombros.
— Agora, pelo menos, sabemos que a notícia vai viajar rápido. — Ela riu.
— Vamos lá, eu tenho certeza que meu marido está doente de preocupação.
Elas saíram e quando Chase as viu, correu e pegou sua esposa em um
abraço apertado, sussurrando para ela. Alex se aproximou e sentou ao lado de
Grant, sorrindo para ele.
— Ela está bem.
Ela pegou sua cerveja gelada e tomou um gole quando o casal voltou e
sentou-se.
— Alex, diga a sua irmã que devemos ir para casa. — Chase franziu a
testa e fez um gesto em direção a Lauren.
Alex balançou a cabeça.
— Se você conseguir fazer com que ela faça algo que não quer, então você
tem mais influência sobre ela do que eu já tive.
Lauren riu.
— Eu estou bem, realmente. — Ela tomou um gole de sua bebida e
sorriu. — Além disso, você prometeu dançar comigo, cowboy.
Ela puxou Chase da cadeira e caminhou com ele para a pista de
dança. Alex suspirou quando os viu lentamente deslizando pelo chão nos braços
um do outro.
— Eles ficam bem juntos. — Disse Grant ao seu ouvido. Seu braço veio ao
redor de seus ombros, puxando-a para mais perto.
— Sim. — Ela suspirou de novo. — Eles ficam.
Só então Savannah andou até eles, com duas de suas amigas, um sorriso
de escárnio estampado em seu rosto.
— Ouvi dizer que tenho que dar os parabéns.
Ela cruzou os braços sobre o peito, fazendo com que os botões na parte da
frente da blusa vermelha quase estourassem.
Alex assentiu, sem realmente dar-lhe toda a atenção. Ela sabia que estava
apenas tentando provocá-la na frente de seus amigos. Então, em vez disso, ela
puxou Grant para a pista de dança.
— O que foi aquilo? — Ele sussurrou em seu ouvido enquanto eles
lentamente se moviam com a música lenta.
— Ela entrou no banheiro logo após Lauren vomitar. Ela é amiga de
Lauren desde que eram crianças. O mínimo que posso fazer é ser educada
quando se trata de Lauren. — Ela se inclinou para trás e sorriu para ele. — Não
significa que eu tenho que realmente falar com ela, apesar de tudo.
Ele riu.
— Sabe, eu nunca gostei daquela garota. Ela costumava me chamar de
hipopótamo. — Ele franziu a testa e ela podia ver a dor em seus olhos. —
Hipopótamo com fome.
— Que horrível.
Alex olhou de volta para Savannah, querendo despejar algo sobre sua
cabeça novamente. Talvez um caneco de cerveja?
Ele riu.
— Eu devo ser o único a defender sua honra, e não o contrário.
— Hmm. O quê? — Ela olhou de volta para ele.
Ele riu e balançou a cabeça.
— Não importa. Esqueça-a. Foi há muito tempo e não significa nada. —
Ele se inclinou e beijou-a suavemente nos lábios. — Além disso, isso me fez uma
pessoa mais forte. — Ele a beijou novamente enquanto eles dançavam na pista de
dança.
— Mmmm, o que estávamos falando? — Ela riu e puxou-o para outro
beijo.
Capítulo 12
***
Alex estava tão nervosa, ela mudou de roupa sete vezes. Um novo
recorde. Ela finalmente correu para o quarto de Haley enrolada apenas em sua
toalha e começou a cavar através de seu armário. Quando Haley entrou dez
minutos depois, ela gritou.
— O que você está fazendo?
Haley se abaixou e pegou a saia marrom que Alex jogara no chão por
acidente.
— Socorro! — Ela se virou com um olhar desesperado em seus olhos. —
Jantar. Os Holton. Em menos de uma hora.
Haley sorriu e agarrou os ombros de sua irmã. — Respire. Nós vamos
conseguir.
Então ela fechou os olhos e Alex poderia dizer que ela estava imaginando a
melhor roupa. Alex sabia que Haley tinha um talento para ver qual seria a roupa
perfeita, então ficou em silêncio até que finalmente Haley abriu os olhos e um
grande sorriso atravessou seu rosto.
— Venha comigo.
Ela puxou sua mão até que ela seguiu pelo corredor. Primeiro, Alex
pensou que ela pretendia levá-la para o quarto de Lauren e Chase. Lauren tinha
roupas bonitas, mas ela era, pelo menos, dois tamanhos maiores nos quadris do
que Alex. Mesmo as roupas de Haley eram um tamanho maior, mas com o cinto
certo, Alex poderia ter feito isso acontecer. Mas quando Haley passou pelo quarto
de sua irmã, ela se sentiu ainda mais frustrada.
— Onde você está me levando?
Ela puxou sua irmã pela mão.
— Espere e veja.
Haley puxou-a para a porta que leva ao sótão. Alex não ia lá há anos. Para
ser honesta, ela não quer ir lá em cima. Havia muitas lembranças de sua mãe,
muitas emoções. Ela evitou abrir a porta de madeira pesada, o máximo que ela
podia. Agora ela seguiu Haley subindo as escadas estreitas, ouvindo os rangidos
enquanto subiam na escuridão acima.
— Haley. — Ela queria se afastar de sua irmã e correr.
— Espere. Você vai adorar isso. Eu estava aqui no outro dia vendo se
havia alguma coisa aqui para a nossa surpresa. — Ela sussurrou a última
parte. — De qualquer forma, me deparei com este velho baú cheio de roupas. Eu
acho que eram da vovó, ou talvez da mamãe. — Ela encolheu os ombros e soltou
a mão de Alex. — De qualquer forma, eu achei o vestido mais perfeito.
Haley se abaixou e abriu a tampa da velha caixa.
O primeiro pensamento de Alex foi que qualquer coisa que saísse dali
deveria ser muito velho e destruído por agora, mas quando Haley mexeu e tirou
um quadrado de material cinza escuro, Alex deu um passo mais perto.
— O que é isso?
Ela se abaixou e pegou o pacote de sua irmã. Haley sentou e sorriu.
Alex abriu o saco selado a vácuo e tirou o vestido. Era lindo. O material
leve facilmente se endireitou quando ela o retirou. Um grande colar atravessava
os seios e terminava abaixo dos ombros nas laterais; as mangas batiam no meio
do braço. Havia dois grandes botões que ficavam em frente a suas costelas
inferiores, logo acima de uma ampla faixa preta com uma fivela de prata
simples. A saia rodada, e quando ela o segurou em frente ao corpo, percebeu que
bateria no meio da sua panturrilha.
Olhando para Haley, ela sorriu.
— É perfeito.
— Oh... — Haley virou e cavou ao redor do baú novamente. — Há sapatos.
Ela tirou par depois de par, alguns dos quais, Alex jurou que voltaria lá
em cima e testaria mais tarde. Finalmente, ela pegou um par de saltos pretos
simples, mas elegante, o qual teria sido a última moda na década de trinta. Se ao
menos eles servissem.
Haley os colocou na frente dela, uma vez que seus pés estavam
descalços. Ela escorregou em direção a eles e fechou os olhos para o conforto que
ela encontrou.
— Se eles fossem um tamanho menor, caberiam em Lauren, ou um
tamanho maior seria perfeito para mim. Mas — Haley olhou para Alex e sorriu. —
Eles foram feitos para você. Eles são perfeitos.
Ela sorriu para sua irmã mais nova e por um momento acreditou no
destino. Demorou quase meia hora para ela tentar arrumar seu cabelo. No final,
ela deixou Lauren entrar e prender o cabelo em um coque no alto da
cabeça. Lauren correu de volta para o quarto e pegou os brincos de pérolas de
sua mãe e gargantilha para terminar o conjunto. Olhando no espelho de corpo
inteiro no quarto de Lauren, as três irmãs suspiraram juntas.
— Você se parece com a mamãe. — Lauren disse, em voz baixa.
— Sério?
Alex virou um pouco, e a saia do vestido girou em torno dela. Ela mal
conseguia lembrar-se de como sua mãe parecia. Mas ela tinha que admitir, ela
nunca esteve melhor. Nenhuma de suas saias curtas e tops já fizeram o que o
simples e elegante vestido estava fazendo para ela agora. Clássico era a melhor
palavra para ela. Agora, se ela só pudesse passar por esta noite, talvez ela não
estragasse seu relacionamento com Grant.
Cinco minutos antes do horário que estava programado para ele chegar,
ela deu os últimos retoques em sua maquiagem e desceu as escadas para
esperar. Haley tirou algumas fotos dela quando ela desceu a longa escadaria. Sua
irmã sempre tentava capturar momentos especiais como este, mas na maior
parte, ela e Lauren faziam tudo o que podiam para evitar ficar posando por
longas sessões na frente da câmera da sua irmã.
— Só mais uma. — Disse Haley assim que a batida leve soou na porta.
Alex se aproximou e, respirando fundo, abriu a porta.
A expressão no rosto de Grant foi inestimável. Ele só foi sacudido fora de
seu estado de choque pelo clique da câmera de Haley. Seus olhos piscaram
algumas vezes, e ela pensou que o viu balançar um pouco.
Estendendo a mão, tomou-lhe o braço e riu.
— Grant?
Ele parecia bem em um terno preto e calças. Sua camisa de colarinho
estava solta na parte superior, e ele deixou o botão de cima aberto.
— Apenas me dê um momento. — Ele fechou os olhos rapidamente, em
seguida, voltou a abri-los. Um sorriso cruzou lentamente os lábios. — Uau.
Alex sorriu e Lauren e Haley riram no fundo.
— Uau. — Disse ele novamente e balançou a cabeça ligeiramente. —
Onde? — Ele começou, então balançou a cabeça novamente.
— Foi da nossa avó. Bem, pelo menos nós pensamos que era. Você
gostou? — Ela virou para ele, mostrando-lhe como a saia balançava com seus
movimentos.
— Eu amo isso. Você parece tão... — Ele balançou a cabeça novamente,
ela sorriu.
— Obrigada. — Então ela olhou para baixo e sorriu ainda mais. — São
para mim?
— Huh?
Ele olhou para o pequeno buquê de flores brancas que estava
segurando. Elas pareciam tão suaves como o material que ela usava e, sem
dúvida, cheirava tão bom.
— Oh, sim.
Ele entregou a ela, com os olhos ainda fixos nela. Então seus olhos
viajaram até os pés e ela o viu lutando tudo de novo.
— Lauren, você colocaria isso em um pouco de água? Tenho certeza que
Grant gostaria de chegar à casa de seus pais antes de começarem a servir a
sobremesa.
Ela riu quando Lauren se adiantou e pegou as flores dela, mas não antes
que ela as levasse ao rosto para sentir seu doce perfume.
Quando ela se virou, ele estendeu seu cotovelo para ela tomar. Ela o
tomou e segurou enquanto caminhavam até a borda da varanda.
— Hey! — Disse Haley, e quando se virou, ela tirou uma foto deles
juntos. — Obrigada! Tenham uma noite maravilhosa.
Então sua irmã fechou a porta quando eles riram.
No momento em que eles dirigiram para a casa de seus pais, ela falou em
estar nervosa novamente. Ela não sabia por quê. Afinal de contas, ela viu seus
pais a cada semana de sua vida. Ela sabia todos os detalhes sobre eles e foi até a
casa deles em numerosas ocasiões. Mas, desta vez, era diferente. Ela ainda não
conseguia entender o motivo, a não ser que ela queria a aprovação para namorar
seu filho. Não era como se ela fosse se casar com ele. Depois de todo o calvário
com Travis, desistira de se casar com alguém por pelo menos alguns anos. Afinal,
vinte e quatro anos era muito jovem para saber o que você queria, ou com quem
você queria estar para o resto de sua vida.
Grant entrou pela porta da frente sem bater. O lugar era exatamente como
ela lembrava – impecável. Sua casa era limpa, mas nada comparado a isso. Nem
mesmo a casa de Grant era mantida assim. Alex tinha certeza que uma equipe da
Better Homes and Gardens esperava do lado de fora para correr e tirar fotos do
local para a revista do próximo mês. Havia flores frescas nas mesas em vasos de
cristal, e algumas toalhas de renda estavam nas superfícies de madeira
brilhantes para evitar que os vasos danificassem. Os antigos pisos de madeira
brilhavam, e ela jurou que podia ver seu reflexo neles.
Só então o pai de Grant entrou na sala da frente.
— Oh, vocês estão aí.
Seu pai sorriu e cruzou a sala de estar, apertando a mão de Grant.
— Eu trouxe a cerveja. — Grant levantou um pacote e apertou.
— Isso é um bom menino. — Seu pai pegou o pacote dele e pegou a mão
de Alex. — Alexis, você está muito bonita esta noite. — Ele sorriu, se inclinou e
beijou as costas da mão. — A cara de Laura.
Ela não ouviu o nome da mãe em anos. Ainda a chocava ouvir as pessoas
falarem sobre ela, especialmente quando eles tinham um olhar triste em seus
olhos no mencioná-la.
— Glenn?
A mãe de Grant, Carolyn veio andando para a sala. Sua simples saia prata
e top florido pareciam intocados, como pareciam a camisa e calça de seu marido.
— Oh, vocês estão aí. Bem na hora, também.
Sua mãe sorriu e andou, não, mais como deslizou para eles, e deu um
beijo na bochecha de seu filho. Ela virou para Alex e seu sorriso ficou maior.
— Oh, olhe para você. — Ela pegou as mãos de Alex e as segurou. — Que
linda. — Ela olhou de cima a baixo com um sorriso no rosto. — Que lindo vestido,
ele combina com você.
Ela se inclinou e deu um beijo na bochecha dela também.
— Obrigada, Sr. e Sra Holton. Obrigada a ambos por me convidarem esta
noite. — Disse Alex, nervosa.
O pai de Grant bufou.
— O que é tudo isso de senhor e senhora? Você nos chama pelo primeiro
nome desde que você começou a falar. Não adianta mudar isso agora. — Seu pai
se aproximou e tomou a mão da sua esposa. — Agora, me conte sobre como você
planeja bater em todo mundo nas corridas de barril amanhã.
Ele caminhou com ela na parte de trás da casa, para a sala de jantar.
Até o momento em que a mousse de chocolate foi servida, Alex tinha
certeza que teria que soltar o cinto em volta da cintura. Ela não comeu um
maravilhoso jantar, tão caseiro, em anos. Embora os pais de Travis se
orgulhassem de serem alguns dos melhores anfitriões na cidade, ela nunca foi
convidada para jantar. Nem mesmo depois que seu noivado foi anunciado. Ela
nunca foi realmente na grande mansão, que estava no topo de uma colina, bem
dentro dos limites da cidade.
Os pais de Grant, Glenn e Carol, como sempre gostaram de serem
chamados, eram velhos amigos da família. Sua mãe foi a melhor amiga de Carol
por toda a escola.
— Carol, eu realmente sou parecida com a minha mãe?
Ela perguntou quando se sentaram na varanda dos fundos sob as velas e
luzes de chá, enquanto os homens acendiam o fogo na fogueira e bebiam cerveja.
Carol olhou para ela e suspirou.
— Sim, querida. De vocês três, você é a única que me faz lembrar tanto de
Laura. Não apenas por ter seus olhos, eu ouço em você a voz dela cantando.
Ela sorriu e se inclinou para acariciar sua mão.
Alex assentiu com a cabeça.
— Papai costumava me dizer isso. — Ela olhou para suas mãos com
tristeza. — Eu gostaria de me lembrar mais sobre ela.
— Oh... — Carol se levantou rapidamente. — Eu posso ajudá-la. Eu não
sei por que eu nunca pensei nisso antes.
Ela virou-se para o marido e disse.
— Glenn, por que você não pega o velho projetor na garagem. Grant, o
siga e traga a tela de filme. Vamos sentar aqui para uma surpresa.
À medida que os homens caminharam em direção à garagem, Alex assistiu
Carol correr para dentro da casa.
— Você fica aí mesmo. — Disse ela sobre seu ombro com um sorriso. —
Você vai adorar isso.
Dez minutos mais tarde, depois de ouvir o pai de Grant explicar a ele
como abrir a tela de cinema, todos eles se sentaram nas cadeiras almofadadas da
varanda quando o velho projetor acendeu.
As imagens em preto-e-branco de adolescentes na antiga fase do ensino
médio encheram a tela. O barulho vindo do alto-falante do projetor estava
distorcido. O auditório da escola secundária parecia o mesmo. A mesma cortina
escura pairava no fundo.
— Eu acho que sua mãe é a próxima. — Disse Carol, avançando o velho
filme. — Aqui vamos nós.
Ela voltou e sentou-se ao lado de seu marido.
Em seguida, Alex viu a mãe subir no palco com uma velha guitarra. Ela
vestia uma saia branca e uma blusa de cor clara. Seu cabelo era um pouco mais
longo que o de Alex e muito parecido com o dela, liso com algumas ondas. Então
ela começou a tocar e Alex se esqueceu de respirar. Ela ouviu sua mãe cantar
uma velha canção de Dolly Parton, sua voz suave e muito parecida com a de Alex
e como ela cantou:
Grant saiu com Alex pouco antes das dez. Ela tinha um grande dia
amanhã, e ele sabia que começaria antes do raiar do dia. Ele inscreveu Mojo e as
meninas na feira e precisava estar lá cedo, também. Eles estariam competindo
contra outras trinta cabras pela fita azul, assim que a competição era dura. As
meninas tinham que ser carregadas e entregues as suas barracas no prazo
máximo de sete da manhã.
Eles decidiram que Alex ficaria melhor em casa naquela noite, desde que
ela tinha que descansar e chegar cedo lá.
Ele se revirou por uma hora, então finalmente desistiu e mandou uma
mensagem para ela.
Você está acordada?
Ela respondeu alguns segundos depois.
Sim.
Eu sinto sua falta. O que você diria se eu subisse pela calha e entrasse pela
sua janela?
Eu diria que é uma coisa boa, Chase reforçou nossas calhas na primavera
passada. LOL.
?
LOL? Isso significa rindo em voz alta.
Oh, eu ainda estou aprendendo a fazer tudo isso. Como você está digitando
tão rápido?
LOL, você vê o pequeno botão de microfone na parte inferior
esquerda? Clique nele e, em seguida fale claramente em seu telefone e clique em
enviar.
Ele tentou fazê-lo e viu que o que ele disse apareceu na tela
automaticamente.
O que faz isso... Oh, o quão legal é isso?
Ele tentou dizer algumas outras coisas, se acostumando com a nova
tecnologia. Finalmente, ele digitou.
Bem, é melhor deixá-la dormir. Boa sorte amanhã.
Obrigada, você também. Vejo você por aí. Vou tentar parar no celeiro das
meninas antes de ir. Sinto sua falta.
Eu também, boa noite.
Ele ficou acordado por mais algum tempo, pensando em Alex antes de
finalmente dormir.
A manhã chegou muito rápida e as coisas não correram bem. No momento
em que Grant terminou de carregar as meninas, ele precisou mudar sua camisa
amarrotada. Todos, exceto Docinho, entraram facilmente no trailer. Docinho, no
entanto, decidiu que era hora de brincar na lama que se formou com a chuva
duas noites antes. Depois de lavá-la e tentar secá-la o melhor que podia, ele
correu para dentro de casa e trocou de roupa. Ele chegou ao local do rodeio na
hora, mas depois teve que se sentar e esperar por toda a bagunça com todos
descarregando seus animais. Demorou quase duas horas, com a ajuda de vários
feirantes, para descarregar as meninas e levá-las para seus lugares. Ele tinha os
números para cada uma que combinava com os números que estavam sobre as
suas portas. Ele levou alguns minutos para escovar cada uma e verificar se elas
estavam limpas, especialmente Docinho.
Quando ele finalmente se afastou do grande celeiro, se dirigiu para as
barracas de alimentos. O céu estava limpo de nuvens e o calor causava filas nas
barracas de sorvetes e limonada. Ele passou por alguns poucos amigos ao longo
do caminho, apreciando conversar com cada um.
Ele encontrou Alex e caminharam para a área da praça de alimentação,
pegaram um par de pratos de frango frito, purê de batatas e salada de batata, e
dois refrigerantes. Eles seguiram até um morro gramado em direção a um
pequeno lago cheio de patos e gansos e comeram sob a grande árvore de carvalho
que pairava sobre as águas frias. Quando comeram tudo em seus pratos, ele
puxou Alex em seu colo e eles assistiram os patos que nadavam e ouviam as
crianças rolando ladeira abaixo.
Alex parecia mais sexy do que nunca em seu traje, pronta para a
competição de corrida do barril. Seu chapéu pendurado em seu pescoço, e usava
uma camisa branca, um cinto e botas que foram todas revestidas com contas de
turquesa.
Quando chegou a hora, eles caminharam até a arena principal, e Grant
encontrou Haley nas bancadas quando a primeira rodada da competição
começava. Todo mundo riu enquanto eles observavam as crianças agarrando os
carneiros. Quando a competição do barril começou, Grant estava no limite de seu
assento enquanto Alex passava de barril para barril. Ele estava sempre surpreso
com o quão rápido ela montava e quão bem ela e o cavalo se moviam como uma
unidade.
No final da primeira competição, Alex estava com segurança na frente do
marcador. Grant foi até a cerca e conversou com ela enquanto ela escovava sua
égua, Sophie.
Conversaram até que Alex teve que montar novamente. Antes de sair, ela
se inclinou sobre a cerca e deu um beijo na boca de Grant. Ele a puxou para
mais perto e aprofundou o beijo, tomando seu tempo para explorar sua boca e
apreciar o sabor e senti-la.
Ela se afastou e caminhou de volta para seu cavalo, sorrindo e acenando
para ele. Ele se virou e quase bateu em Travis e seus pais. Roy e Patty Nolan
eram algumas das pessoas da mais alta classe da cidade. Pelo menos é isso o que
eles queriam que todos pensassem. Mas o povo de Fairplay sabia melhor.
Roy foi o prefeito por vários anos agora, e não havia fim à vista. Mas em
casa, as coisas não estavam tão no controle. Travis era imprudente e tinha uma
habilidade para acabar no lado errado das barras no presídio local, e Roy sempre
dava um jeito. Patty era quem governava a casa. Talvez foi assim que Travis
acabou sendo do jeito que ele era.
O trio fez uma careta em sua direção, e, em seguida, Roy adiantou-se e
estendeu a mão para Grant.
— Grant, é bom ver você. Ainda por estas bandas, eu vejo. — Ele riu.
— Sim, senhor. Estou de volta para casa para ficar.
Ele viu flash de algo nos olhos do homem, mas tentou evitar a sensação
estranha. Este era o homem que estava tentando conseguir sua licença revogada,
ou pelo menos é o que ele e seu pai pensavam. A denúncia veio do gabinete do
prefeito, depois de tudo.
— Bom, muito bom. Você está com seus pais?
Grant podia sentir os olhos de Travis queimando nele, mas evitou olhar
diretamente para ele.
— Não, senhor. Eu comprei a casa de Wilkinson no final do ano passado.
— Wilkinson? Fora de Saddleback, hein? — Houve uma faísca nos olhos
do homem mais velho. Em seguida, ele limpou a garganta. — Eu estava
conversando com meu velho amigo da secretaria estadual sobre esse novo
negócio que você e seu pai estão começando. — Disse Roy, com um sorriso,
quando sua esposa tossiu.
Quando Grant olhou em sua direção, ele podia ver que seu rosto e pescoço
viraram uma máscara profunda de vermelho.
— Sim, senhor. Nós estamos realmente animados sobre isso. Meu pai está
ansioso para colocá-lo em funcionamento. Bem...
Grant tirou o chapéu e tentou desculpar-se da situação
constrangedora. Quando ele finalmente se livrou, caminhou ao redor da arena e
sentou-se ao lado de Chase, quando Alex e Sophie vieram correndo para fora da
cerca.
Ela raspou quatro segundos sua última corrida. As rodadas finais foram
marcadas para amanhã à noite, pouco antes dos cavalos saírem.
Alex se trocou para uma saia jeans e blusa, em seguida, saiu e sentou
com Grant. Eles assistiram o rodeio por outra meia hora antes de voltarem para
verificar suas cabras. Alex sentou com todas as meninas, as escovou e abraçou a
cada uma. Sua cerimônia de fita era somente no dia seguinte, mas Grant e Alex
passaram algum tempo andando por ali, olhando para todos os outros animais.
Em seguida, eles caminharam de mãos dadas em volta da feira,
observando tudo, incluindo a tenda de alimentação, onde várias tortas da mãe de
Grant e enlatados tinham grandes fitas azuis ligadas às placas de identificação.
Depois de um par de pratos de cada uma das várias tortas e guloseimas
diferentes, eles fizeram o seu caminho através do campo em direção a todas as
atrações, enquanto o sol quente estava se pondo, fazendo com que o céu tivesse
uma linda sombra de fúcsia. O ruído aqui facilmente triplicou. Parecia que a
maioria da multidão os seguiu até aqui. Pequenas crianças corriam com balões
brilhantemente coloridos amarrados a seus pulsos e algodão doce preso a seus
rostos.
Eles foram a quase todas as atrações. Quando foram à roda-gigante, ele a
puxou para perto quando ela parou com eles no topo. Ele passou os braços em
volta dela e baixou a cabeça para um beijo. Ela estava mais doce do que ele se
lembrava. Ele a sentiu tremer quando a puxou para mais perto e olhou no fundo
de seus olhos. Ele aprofundou o beijo e não conseguia parar de desfrutar tudo o
que ela tinha para oferecer.
Eles não perceberam quando a roda-gigante começou se mover
novamente, e quando o atendente abriu o portão, os dois estavam sem fôlego e
tentando descobrir a maneira mais rápida de voltar para sua caminhonete.
— Depressa.
Disse ela quando eles finalmente se aproximaram de sua caminhonete no
estacionamento. Ela empurrou os ombros para cima contra a lateral de sua
caminhonete, derretendo-se contra a frente dele, usando a boca para aquecê-lo
ainda mais.
— Alex, meu Deus, você tem que ir devagar.
Ele sussurrou e depois gemeu quando ela lentamente desfez vários dos
botões da camisa e passou as unhas através de seus músculos do estômago. Ele
rapidamente inverteu as posições, puxando-a para cima enquanto ele abaixou a
cabeça e tomou seu lábio mais rápido, mais duro. Suas respirações altas no
tranquilo estacionamento. As luzes fracas do estacionamento deram a eles muita
privacidade. Suas botas raspando pela grama macia sob seus pés quando ele
empurrou as pernas mais afastadas para que pudesse ficar entre elas. Suas mãos
corriam sobre seus quadris, puxando sua camisa até que finalmente pudesse
tocar sua pele quente. Seus dedos cavados nele, segurando, puxando.
Quando ouviram vozes, eles se separaram e olharam um para o
outro. Alex riu nervosamente enquanto arrumava sua camisa. Ele rapidamente
abriu a porta para ela e a ajudou a entrar na caminhonete.
Quando ele ficou atrás do volante, ele notou que suas mãos tremiam. Em
vez de ligar a caminhonete, sentou-se ali, enquanto seus dedos ficavam brancos
segurando o volante enquanto tentava igualar sua respiração.
— Grant? — Ele podia ouvir o desejo em sua voz. — Eu não quis dizer...
Eu não posso pensar... — Quando ele olhou para ela, ele poderia dizer que ela
estava tão afetada quanto ele. Em seguida, ela estava em seu colo, como a boca
na sua novamente. Suas mãos correram sobre ela, agarrando sua roupa. Ouviu
algo rasgar e sentiu satisfação quando finalmente sua pele foi exposta para sua
exploração. Ela arqueou quando ele deslizou mais para o meio do grande banco
da frente para que ela pudesse envolver seus quadris em torno dele. Sua saia
apertada subindo em seus quadris. Ele afastou a calcinha para o lado,
afundando os dedos em seu calor enquanto ela gemia.
Ela grudou a boca na dele, enquanto seus dedos se atrapalhavam para
libertá-lo de sua calça jeans, em seguida, ela o montou novamente, sua pele
macia contra a dele enquanto suas mãos passavam em sua pele sedosa. As
janelas embaçando com eles ofegando, se movendo mais rápido do que ele tinha
imaginado. Antes que ele pudesse manter qualquer tipo de controle, ela estava
escorregando em seu comprimento e balançando os quadris em seu próprio
ritmo. Ele inclinou a cabeça para trás contra o encosto de cabeça e segurou
enquanto ela o levava um pouco mais perto de perder a sanidade.
***
Grant sentiu sua falta na última noite e sabia que sua cama seria solitária
novamente esta noite, já que ela tinha planos para comemorar com sua família
após os grandes fogos de artifício. Ele também tinha planos de passar tempo com
sua família. Ele tinha alguns primos chegando à cidade mais tarde e sabia que a
casa de seus pais estaria cheia ao anoitecer.
Então, quando ele avistou Alex em frente ao estacionamento da feira, ele
correu para falar com ela.
— Alex.
Ele chamou e sorriu quando ela parou e virou para ele. Mas, quando um
leve franzido apareceu em seus lábios, ele quase parou. Ele correu ao lado dela e
olhou para ela.
— O que há de errado?
Ele a puxou para perto, olhando em seus olhos escuros. Ele podia ver as
sombras sob eles e se perguntou se aconteceu alguma coisa.
— Não é nada.
Ela balançou a cabeça e tentou sorrir para ele, mas seus olhos mostravam
que ela ainda estava pensando em outra coisa.
Ele a puxou para o lado de fora do portão de entrada, e levou-a para a
sombra, onde poderiam falar sozinho.
— Alguma coisa está errada. — Disse ele, passando as mãos para cima e
para baixo em seus braços.
Ela suspirou e olhou para ele.
— Eu acho que preciso de um tempo.
Disse ela, sem olhar em seus olhos, concentrando-se em um botão em seu
peito.
— Um tempo? — Ele perguntou, sentindo seu coração falhar uma batida.
Ela assentiu com a cabeça.
— Sim, eu preciso de algum tempo para pensar sobre as coisas. Estou
pensando em ir para os meus primos por um tempo. Acho que só preciso ficar
longe por um tempo.
Ela gentilmente puxou as mãos para longe dele, removendo toda a dúvida
em sua mente do que ela queria dizer.
— Tempo?
Disse ele, sentindo seu coração saltar novamente. Inferno, ele tinha
certeza de que acabara de quebrar em dois. Ele não sabia o que dizer. Se não
tivesse tomado seu tempo e lhe falado como se sentia? Talvez ela não
soubesse? E depois de ontem à noite! Talvez ele tivesse feito alguma coisa
errada?
— Ouça Alex, se eu fiz alguma coisa... — Ele parou quando ela começou a
sacudir a cabeça.
— Não, claro que não. Você foi... — Ela suspirou. — Maravilhoso.
Seus olhos corriam por cima do ombro. Ele virou a tempo de ver a irmã
dela caminhando em direção a eles, de mãos dadas com Tom Blake. Alex franziu
o cenho ainda mais.
— Escute, eu tenho que ir me arrumar.
Ela se virou e começou a ir embora, e ele sentiu como se todo o seu
mundo desabasse em cima dele.
Ele caminhou até a seção de cabra, sem realmente ver nada nem ouvir
ninguém. Quando chegou lá, ele encostou-se à porta e teria continuado olhando
para o espaço se Mojo não fosse inflexível sobre chamar sua atenção.
— O quê? — Ele finalmente perguntou depois que ela bateu nele com a
cabeça pela décima vez. — Eu vou lhe dar o seu maldito café. — Ele virou para
pegar um pouco de grãos quando ele percebeu que havia apenas duas cabras no
curral com ela.
— Onde está Docinho?
Ele perguntou a Mojo, meio que esperando o bode lhe responder. Ele
desceu a primeira fila, olhando em cada curral, procurando a cabra
perdida. Depois que ele procurou o celeiro inteiro, cada curral, ele começou a
pedir ajuda. Uma hora depois, todos estavam à procura de Docinho. Depois de
duas horas, trabalhando em um estado frenético, seu bebê tinha ido embora.
***
***
Alex achou muito difícil se concentrar. Ela era a próxima e seus olhos
ainda ardiam. Ela passou a maior parte da noite passada repassando o quanto
Grant estaria melhor sem ela. Ela só o atrapalharia. Ela era problema. Ela sabia
disso por toda sua vida. Foi culpa dela que sua mãe voltou para dentro atrás de
Haley. Ela distraíra Lauren tempo suficiente para que Haley escapasse. Ela seria
uma distração para Grant, ela só sabia disso. Seu negócio na Internet e fazenda
precisavam de sua total atenção. Ele tinha um futuro. Planos.
Ela balançou a cabeça e preparou-se para a corrida. Sophie nervosamente
sacudiu sob ela quando a campainha tocou, e ela enfiou os joelhos e se segurou
enquanto o cavalo correu em seu ritmo programado. Quando elas atravessaram o
portão, ela sabia que tinha ganhado tempo. Fechando os olhos quando Sophie
parou, ela olhou para o placar e suspirou. Ganhou cinco segundos.
Aguardando as outras competidoras para fazer suas voltas, ela levou o seu
tempo escovando Sophie e preparando o cavalo para o passeio em casa mais
tarde naquela noite. Chase, Lauren e Haley ajudariam a carregar Sophie e o boi
de fita azul de Haley depois que todos saíssem à noite.
Quando ela estava acalmando o cavalo, Travis caminhou até ela e se
inclinou sobre a cerca.
— Ouvi dizer que você rompeu com Holton. Decidiu que não era homem
suficiente para você? — Travis se inclinou e tirou uma mecha de seu cabelo dos
olhos.
— Algo assim.
Ela se afastou, não querendo dar-lhe qualquer atenção. Ele se aproximou
e colocou-a na tenda.
— Bem, se você decidir que gostaria de voltar...
Ele se inclinou para baixo e ela o empurrou, a escova de cavalo ainda
agarrada firmemente em suas mãos.
— Cai fora. — Ela disse em voz baixa.
Ele puxou seus quadris em direção a ele e ela podia sentir que ele estava
duro, causando um arrepio em sua espinha. Ele cheirava a álcool e cigarros, um
perfume que fez seu estômago revirar. Ela o empurrou ainda mais forte, com a
escova ainda entre eles.
— Vamos lá, Alex. Nós dois sabemos que você estava apenas brincando
com Sr. Santinho.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ela olhou e viu Grant de pé no
final da barraca. Ele ouviu claramente o que Travis acabara de dizer. Os olhos
azuis de Grant estavam vazios e o olhar em seu rosto lhe disse que ele acreditava
em tudo.
Antes que ela pudesse gritar para ele, ele decolou, caminhando
rapidamente para fora da pista. Travis riu quando viu Grant ir embora.
— Bem feito. Agora ele sabe como é ter a sua mulher tirada de você. — Ele
tentou puxá-la para mais perto.
— Seu idiota. — Ela gritou. — Eu não sou sua mulher. Foi você quem me
traiu, seu filho da puta!
Ela deu um chute e o acertou no queixo, machucando o suficiente para
conseguir que a soltasse. Empurrando a escova de aço entre eles, ela chutou
novamente.
No momento em que ela finalmente libertou-se de Travis, Grant estava
longe de ser encontrado. Ela correu para fora do celeiro e começou a procurar por
ele.
Era meio-dia e todo mundo estava do lado de fora tentando encontrar
algum lugar para comer. Os estandes e tendas que ladeavam a praça de
alimentação estavam lotados. Ela mal podia percorrer a crescente multidão de
pessoas que estavam com fome. Ela procurou em toda parte por Grant. Ela girou
pelo celeiro de cabra. Ele não estava lá, mas ela viu uma placa afixada à porta
sobre Docinho. Seu coração falhou. Docinho estava perdida. Ele provavelmente
veio pedir-lhe ajuda para procurar a cabra perdida.
Finalmente, ela se dirigiu para a sua caminhonete para deixar-lhe uma
nota. Ela caminhava pelo estacionamento repleto de caminhonetes e reboques
quando ouviu um balido. Ela se aproximou do trailer e olhou pelas janelas
escuras, mas não conseguia ver nada. Subindo na cavidade da roda, ela olhou
para dentro da janela maior e viu Docinho batendo na porta.
Saltando, ela correu para a porta e a abriu. A cabrita olhou para ela como
se ela estivesse pensando que já era hora dela chegar lá. Uma sombra caiu sobre
elas, e quando Alex se virou para ver o que era uma luz explodiu no lado
esquerdo de sua cabeça seguido rapidamente por escuridão.
Capítulo 15
Grant saiu correndo, sem realmente ver para onde ia. Quando ele se
deparou com alguém, se desculpou rapidamente e continuou andando até que
acabou no lago sob o carvalho onde ele e Alex fizeram um piquenique no dia
anterior. Ele sentou-se na sombra e pensou sobre o rumo dos acontecimentos.
Onde deu errado? Ele cruzou os joelhos para cima e colocou os cotovelos
sobre eles, observando dois rapazes jogar pedras na água.
— Hey. — Ele pulou com a voz atrás dele. Quando ele olhou, Haley ficou
olhando para ele. — Posso sentar com você?
Ele acenou com a cabeça, e ela se sentou ao lado dele, cruzando as pernas
e observando as crianças.
— Eu ouvi sobre o que aconteceu entre você e Alex. — Disse ela, sem
olhar em sua direção.
Ele se virou para ela, e a cena que ele acabara de testemunhar de Alex nos
braços de Travis, como eles estavam rindo e falando dele.
— Que ela terminou com você nesta manhã. — Disse ela, deixando-o
saber do que ela estava falando.
Ele balançou a cabeça e olhou para suas mãos.
— Minha irmã pode ser estúpida. — Ela sorriu para ele e colocou uma
mão em seu braço. — Escute, eu a conheço e posso dizer sem dúvida que você é a
melhor coisa que já aconteceu com ela.
Ele riu, asperamente.
— Eu duvido disso.
Ele balançou a cabeça, olhando para a água. E pensar que ele estava
pensando em se casar com ela. Criar uma família.
— Eu sei que pode ser difícil de entender. — Ela puxou seu braço até que
ele olhou para ela novamente. — Mas ela precisa de você. Travis a destruiu. Não
fisicamente, mas emocionalmente. Ela foi tão traumatizada, ela achava que não
sabia o que queria. Nos últimos meses, desde que começou a vê-lo, pela primeira
vez em muito tempo, ela tem um propósito. Ela está focada. Ela ficou ferida
quando Travis a traiu, mas por causa de você, se esqueceu dele. Esqueceu sobre
qualquer outro homem que veio antes.
— Aparentemente não é suficiente. Eu acabei de pegá-los juntos.
— O quê? — A mão de Haley se afastou de seu braço. — Alex e Travis?
Ele assentiu com a cabeça.
— Seu idiota! — Haley levantou-se e olhou para o celeiro. Ela olhou para
ele com uma carranca. — Eu suponho que você só deixou-a lá para se defender.
Ele se levantou e pensou sobre isso. Fechando os olhos, ele se lembrou de
como eles estavam parados na tenda e a verdade o atingiu com força total. Travis
tinha encurralado Alex. Os braços dela estavam contra seu peito em defesa,
tentando afastá-lo. Raiva e medo estavam escritos em seu rosto.
Haley estava certa; ele era tão idiota.
Abrindo os olhos, ele olhou para Haley.
— Sabe, você é muito inteligente.
Ele puxou sua trança e correu em direção ao celeiro, esperando que não
fosse tarde demais para um pedido de desculpas.
Quando ele não encontrou Alex na baia de Sophie, ele correu para o curral
dos bodes e perguntou ao redor. Ela tinha estado lá cinco minutos antes que ele
chegasse. Seguindo as instruções de algumas pessoas, ele saiu correndo para o
estacionamento para procurar por ela.
Ele estava prestes a desistir quando avistou a escova de cavalo. Ela estava
amassada por um pneu, mas ele sabia que era dela. Era o mesmo rosa brilhante
que ela segurava contra o peito de Travis.
Ele começou a gritar por ela. Ele não podia explicar a urgência que sentia
para encontrá-la, além do fato de que queria pedir desculpas por ser um tolo e
ver se ela estava bem depois de ser deixada sozinha para lidar com Travis. Ele a
chamou mais algumas vezes quando Haley, Lauren e Chase, todos correram para
o estacionamento.
— Você a encontrou? — Perguntou Lauren, olhando ao redor.
— Não. Alguém disse que ela veio para cá cerca de dez minutos
atrás. Achei isso.
Ele estendeu a escova.
— Isso é de Alex. — Disse Haley, em seguida, gritou pela irmã.
Eles se espalharam, chamando seu nome até que Chase finalmente gritou:
— Por aqui. Ela está aqui.
Todo mundo correu. Grant estava sem fôlego quando chegou ao
trailer. Seu trailer. Ele a viu inconsciente em uma bola com Docinho aconchegada
ao lado dela. Ele teria pensado que a cena era cativante, se não fosse pelo grande
galo crescente em sua testa. A contusão estava se formando e havia um fio de
sangue escorrendo lentamente pela sua testa.
Ele correu para o lado dela. Chase estava lá verificando seus sinais
vitais. Ele o empurrou de lado e puxou-a para o seu colo, chamando seu nome
repetidas vezes. Suas pálpebras lentamente se abriram enquanto ele a
observava. Viu-a tentar se concentrar em seus dedos quando ele empurrou uma
mecha de seu cabelo de lado.
Olhando para cima, ele percebeu que tinha uma audiência, agora. O
xerife, o prefeito e a família do prefeito estavam do lado de fora de seu trailer,
olhando a cena.
— O que está acontecendo aqui? — O xerife pulou na parte de trás do
trailer e olhou para Alex.
— Parece que alguém bateu na cabeça dela. — Disse Grant, então notou a
roda de ferro deitada ao lado dele. — Provavelmente com isso.
Ele acenou com a cabeça.
— Alguém chamou uma ambulância? — Perguntou o xerife.
— Eu chamei. — Disse Lauren com uma voz trêmula. Haley e Lauren
estavam sentadas do outro lado de sua irmã, enquanto Alex olhava para elas.
— O quê? — Ela perguntou, tentando se sentar.
— Não. — Disse Chase, mantendo-a imóvel. — Fique parada,
querida. Onde dói?
— Eu sinto como se fosse atingida por um cavalo na minha cabeça. O que
aconteceu? — Ela agarrou a cabeça com as mãos e gemeu.
— Nós estávamos esperando que você pudesse nos dizer. — Lauren
inclinou sobre sua irmã.
— Eu realmente não me lembro. Eu vim para cá para encontrar Grant e
ouvi Docinho chorando. — Ela puxou a cabra no colo novamente onde ela
aconchegou-se a ela. — Então eu não me lembro.
— Bem, não é óbvio? — Foi Travis quem falou. Todos se viraram para
olhar para ele. Grant ainda não notara que ele estava bem ali com sua
família. Ele olhou em volta, deu de ombros e acenou com a cabeça em direção a
eles. — Todo mundo sabe que eles tiveram uma briga hoje mais cedo e
terminaram. Além disso, ele nos pegou no celeiro apenas um tempo atrás. É óbvio
que Grant não aguentou e a seguiu até aqui, atingindo-a na cabeça. Ela está em
seu trailer. É a sua roda de ferro.
— Você tem que estar brincando comigo! — Foi Haley quem falou desta
vez. Ela levantou-se lentamente. — Primeiro de tudo, todos nós sabemos que você
está perseguindo Alex desde o seu término, há quatro meses. Para não mencionar
todas as coisas terríveis que você fez a Grant aqui. Em segundo lugar, Grant
estava comigo a quinze minutos, do outro lado da feira à beira do lago. Ele estava
um minuto à nossa frente andando no estacionamento.
Ela olhou para Lauren e Chase para confirmação, e ambos concordaram
com a cabeça.
— Bem, eu não vou levar a culpa por isto. Não desta vez. Eu estava na fila
para conseguir algum churrasco, há poucos minutos. Meu pai e o xerife aqui me
puxaram para fora, dizendo que iriam para o Mama’s com o xerife.
— Ele está certo. — O xerife confirmou. — Todos nós o vimos em pé na
fila. Ele era o segundo na fila para ser servido em torno de dez. Ele esteve lá a
algum tempo. — O delegado olhou para Grant. — Bem, por agora, vamos levar
Alex para fazer os exames e podemos debater quem teve parte no que mais tarde.
Todos olharam quando a ambulância chegou.
Grant foi com Lauren e Chase em sua caminhonete, enquanto Haley foi
com Alex na ambulância. Todos entraram na clínica, sentaram em silêncio, a
mesma pergunta atravessando a mente de todos. Quem fez isso?
Levou quase uma hora para Alex voltar depois de ver o médico. Grant
sentou na pequena sala de espera com Chase desde que a sala do médico era
muito pequena e apenas os membros da família foram autorizados a entrar com
os pacientes.
Quando saiu, ela tinha pequenas ataduras brancas sobre a testa. Seus
olhos estavam fechados, mas quando Grant disse o nome dela, ela abriu e franziu
a testa um pouco.
— Eu não posso... — Ela balançou a cabeça e gemeu. — Por favor.
Ela olhou para Haley, que assentiu para sua irmã, então caminhou em
direção a ele. Tomando seu braço, ela levou-o para fora da porta e disse-lhe.
— Grant, eu tentei falar com ela, mas ela não quer ouvir. — Ela olhou
para dentro e balançou a cabeça. — Teimosa. — Em seguida, ela suspirou. —
Escute, eu vou tentar novamente mais tarde. É melhor você dar algum tempo
para ela. Basta dar um dia, a deixe clarear a cabeça com tudo isso.
Ele balançou a cabeça, não realmente aceitando tudo isso. — Ela ficará
bem?
— Sim. — Ela suspirou novamente. — Não há pontos, apenas uma leve
concussão. Nós devemos observá-la por um tempo.
— Eu posso fazer...? — Ele começou, mas parou quando ela balançou a
cabeça negativamente.
— Não, ela não quer nada agora.
Ambos olharam para cima quando os pais de Grant se aproximaram.
— Nós acabamos de saber. — Sua mãe correu para seu lado. — Alex está
bem? — Perguntou a Haley.
— Sim.
Haley pegou a mão de sua mãe e levou-a para dentro para ver Alex, que
ainda estava sentada na cadeira de rodas, esperando para ser liberada.
— Que pena. Parece que alguém foi longe demais desta vez.
— Hmmm.
Ele estava apenas ouvindo metade do que seu pai dizia.
— Eu ouvi que eles roubaram a sua cabra, aquela que venceu a fita azul.
— O quê?
Ele olhou e viu como sua família a levou para a caminhonete do Chase.
— Sua cabra. Eu sei que não é o tempo, mas você acha que alguém a
atacou para roubar a sua cabra fita azul?
— Minha cabra não ganhou. — Disse ele, distraidamente.
— Claro que sim. Aquela pequena que encontraram no trailer com
Alex. Todo mundo está dizendo que ela ganhou o prêmio mais alto, melhor na
mostra.
Ele se virou e olhou para o seu pai.
— Docinho ganhou?
Seu pai acenou e sorriu então, quando ele olhou para Alex, seu sorriso
desapareceu.
— Eu espero que não tenha nada a ver com sua cabra.
No momento em que Grant tinha todas as quatro cabras em casa,
incluindo sua premiada Docinho, com troféu e tudo, ele estava tão cansado que
não conseguia enxergar direito.
Ele enviou várias mensagens para Alex, mas não ouviu nada de volta. Ele
foi tão tolo e sabia que tinha de fazer as pazes com ela. No momento em que o sol
finalmente se levantou, ele pensou ter um plano. Não havia nenhuma maneira
que ela pudesse dizer não, não depois do que ele planejou. Agora, ele só precisava
convencê-la a falar com ele.
***
Alex estava deitada na cama assistindo TV com o som desligado. Ela olhou
para o seu telefone quando ele apitou pela centésima vez desde a noite
passada. Ela ainda não leu as primeiras mensagens de Grant, e rapidamente
evitou olhar para essa também.
Ela pensou em desligá-lo, mas queria saber se ele estava sofrendo como
ela. Não apenas fisicamente, mas emocionalmente.
Oh, ela sabia que era a única que poderia terminar com tudo isso, ou
tentar. Ela foi uma tola pensando que poderia ter uma vida normal. Ela não era
boa o suficiente para alguém como Grant. Ela fez uma verdadeira busca
espiritual na noite passada após chegar em casa e colocou tudo para fora. Ela era
uma garçonete em uma lanchonete gordurosa. Ela não tinha habilidades reais e
nenhuma ideia do que queria fazer no futuro. Grant era um graduado de Harvard
com uma licenciatura em Direito e um plano de negócios inteligente. Para não
mencionar uma casa própria e planos definidos para seu futuro.
A única coisa que tinha em seu futuro era... bem, nada que ela pudesse
pensar. É por isso que ela decidiu ir ver os primos. Ela poderia ficar com eles por
um tempo e pensar sobre seu próximo passo. Ela tinha um pouco de dinheiro
guardado; pode até ser suficiente para tomar algumas aulas à noite.
Ela começou a arrumar suas coisas de manhã cedo, para que pudesse
volta para seu antigo quarto. Eles poderiam redecorar o quarto maior para o
bebê. Ela estava pensando em apenas armazenar todas as suas coisas no
sótão. Dessa forma, ela só teria que levar uma pequena mala com ela.
Saindo da cama lentamente, ela testou as águas para ver como ela se
sentia. Quando sua visão nublou um pouco, ela fechou os olhos e respirou fundo
várias vezes. Sua cabeça doeu a maior parte do dia e suas irmãs a trancaram em
seu quarto, entregando-lhe comida e a verificando. Haley estava chateada quando
viu suas caixas. Ela disse que era para Alex descansar, mas ela ignorou e só
parou quando se sentiu tonta. Agora, o sol estava se pondo e ela estava ficando
cansada de estar em seu quarto sozinha. Quando ela abriu os olhos novamente,
ela soltou um grito alto.
Do outro lado de sua janela estava um rosto. Ela não parou de gritar até
que percebeu que o rosto pertencia a Grant. Então, ela correu para a janela e
abriu-a rapidamente.
— O que diabos você está fazendo? Você não sabe que é uma queda de
cinco metros?
Ela segurou as mãos e olhou para fora da janela. Ele estava de pé em uma
escada de prata. Uma escada de prata muito alta.
Então Lauren e Chase vieram correndo ao seu quarto. Chase com um taco
de beisebol, pronto para bater a cabeça de alguém. Lauren tinha seu confiável
revólver, armada e pronta para atirar no que quer ou quem quer que fez a sua
irmã gritar tão alto.
— O que está acontecendo?
Perguntaram ambos ao mesmo tempo.
— Está tudo bem. — Disse Alex, segurando as mãos para cima, rindo. —
Eu estou bem.
Quando perceberam a cabeça de Grant aparecendo pela janela, ambos
relaxaram.
— Você tem uma esposa muito assustadora. — Disse Grant, içando-se
sobre o parapeito da janela e olhando para a arma na mão de Lauren. Chase se
virou e percebeu a arma enquanto Lauren liberava o taco.
Chase riu.
— Você não tem ideia do que se esconde sob a cama dela. — Disse ele,
apontando para Alex. Ele acenou para Grant, então virou sua esposa e marchou
para fora do quarto.
Lauren gritou por cima do ombro.
— Se você precisar de ajuda, apenas grite.
Chase fechou a porta atrás de si.
— Você vai a algum lugar? — Perguntou Grant, olhando ao redor de seu
quarto.
Ela se virou para ele, com os braços cruzados sobre o peito.
— Sim. — A cabeça dela latejava de toda a emoção, então ela se
aproximou e sentou-se na beira da cama. — Eu estou indo para os meus primos,
lembra-se.
Ele olhou ao redor novamente.
— Para sempre?
Ela encolheu os ombros.
— Por minha causa? — Ele se aproximou e sentou ao lado dela.
Ela se recusou a olhar para ele. Se ela olhasse para aqueles profundos
olhos azuis, ela poderia perder a coragem. Ir embora era o melhor. Para ambos.
— Alex, você poderia, por favor, olhar para mim? — Ele perguntou,
tocando-lhe o queixo com apenas um dedo e puxando-a para ele.
Ela fechou os olhos e suspirou.
— Eu não posso. Eu não posso fazer isso.
Ela manteve os olhos bem fechados.
— Eu sinto muito. — Disse ele em voz baixa.
Em seguida, seu peso levantou do colchão. Ela manteve os olhos bem
fechados e ouviu-o caminhar de volta para a janela. Ela ouviu atentamente, mas
não o ouviu sair, então ela espiou com um olho e viu quando ele se inclinou para
fora da janela.
— O que você está fazendo? — Ela perguntou, cruzando os braços sobre o
peito.
— Eu tenho algo para você, mas a corda está presa. — Disse ele,
grunhindo um pouco.
— A menos que você vá se enforcar. — Ela se afastou da janela sorrindo.
— É melhor você levar tudo de volta. Eu não quero nada de você.
— Aqui. — Ele disse, ignorando-a. — Consegui. Aqui vamos nós. — Disse
ele enquanto puxava a corda, deixando um amontoado caído no chão do quarto
ao lado de seus caixas.
Sua curiosidade, finalmente, levou a melhor sobre ela e ela foi até a janela
a tempo de vê-lo puxar uma pequena cesta amarrada firmemente com a corda
através de sua janela.
— O que é isso? — Perguntou ela, inclinando-se contra a sua janela.
— Você tem que prometer que vai me ouvir. Deixar-me falar com você
primeiro.
Ela balançou a cabeça, mas não conseguindo colocar muita emoção por
trás.
— Alex? — Ele olhou para ela e segurou a cesta ao seu lado, virando seus
ombros para que ela não pudesse vê-lo.
— Tudo bem!
Ela levantou as mãos em frustração. Como ele sabia que ela tinha uma
fraqueza por surpresas? Ela tinha certeza de que era tudo coisa de Haley; sua
irmã não conseguia manter a boca fechada.
— Eu vou ouvi-lo, mas se eu não gostar do que você tem a dizer, você e
tudo o que está no cesto sairá pela janela, sem o uso da escada.
Ela cruzou os braços sobre o peito novamente.
Ele sorriu.
— É justo.
Em seguida, ele virou e entregou-lhe a cesta. No início, ela pensou que ele
tinha dado a ela uma toalha marrom, mas em seguida, ele se mexeu e ela quase
deixou a cesta cair em estado de choque. Suas mãos ficaram sob a dela para
firmá-las, então ele gentilmente levantou o filhote de cachorro da cesta e entregou
a ela.
— Você me comprou um filhote de cachorro? — Ela perguntou, olhando
para a mancha marrom.
— Eu nos comprei um filhote de cachorro. — Disse ele, sorrindo para ela.
Ela olhou para ele.
— Você acha que, ao comprar um filhote de cachorro você fará tudo de
ruim, tudo de errado entre nós ir embora?
Ele franziu a testa e olhou para seus pés.
— Não, claro que não. Pensei em Júnior aqui como uma oferta de paz e
um meio de conseguir o meu pé na janela, eu quero dizer, porta.
Ele olhou para cima e sorriu um pouco, fazendo com que seu coração
pulasse.
Como ele havia passado por suas defesas tão rápido? Ela se preparou
para isso, ou então ela disse a si mesma. Ela tentou entregar o pequeno pacote
de volta para ele, mas ele cruzou os braços e balançou a cabeça.
— Eu não vou fazer isso. — Ela se aproximou e soltou o filhote de
cachorro feliz em sua cama onde ele começou a farejar e mastigar sua colcha.
— Alex, eu só precisava falar com você. Honestamente. Se depois de 10
minutos você não gostar do que eu falar, você pode chutar Júnior e eu para
fora. Fechado?
Ela tentou não derreter quando seus olhos azuis ficaram tristes e
implorando. Ela suspirou e sentou-se ao lado do cão que imediatamente subiu
em seu colo. Ela o pegou e começou a acariciar sua pele macia de bebê quando
Grant começou a andar na frente dela.
— Bem, vamos começar pelo começo. — Ele se virou e olhou para ela. —
Há dezoito anos. — Ele começou, mas parou quando ela suspirou e olhou para
ele. Ele balançou a cabeça, em seguida, continuou. — Dezoito anos atrás, eu
entrei e peguei você roubando um cavalo. Você sabe que no Texas, você ainda
pode ser presa por esse crime. — Ele deu um sorriso fraco, então continuou. —
Você usava um vestido amarelo, seu cabelo estava em duas tranças para baixo
em suas costas, e o sol estava atrás de você. — Ele parou de andar o tempo
suficiente para olhar para ela novamente, a tristeza em seus olhos. — Eu perdi o
meu coração no corredor três no mercado Grocery naquele dia. Eu teria dado
qualquer coisa naquele momento. Então você me deu o meu primeiro beijo e eu
sabia o que eu queria na vida. Eu queria um dia tornar-me digno de ter Alexis
West, a garota dos meus sonhos.
Ela sentiu vontade de rir e chorar ao mesmo tempo. Como ela poderia
saber? Mas o que ela fará com esse conhecimento? Antes que ela pudesse dizer
qualquer coisa, ele continuou.
— Então, num piscar de olhos estávamos no ensino médio, em seguida, o
ginásio, e eu estava de pé no canto no baile vendo você dançar com cada menino,
menos comigo. No ensino médio, você estava lá para impedir os garotos de
chamar-me de nomes, e você foi gentil comigo, embora eu fosse o nerd da classe e
o garoto gordo da escola. Eu fui para a faculdade, o tempo todo pensando que eu
voltaria para a cidade e te mostraria que eu era digno de estar com você. Toda vez
que eu chegava em casa do ginásio, após Sam me destruir durante uma sessão,
eu pensava em você. Em estar com você. — Ele se agachou na frente dela. —
Alex, eu te amei desde a primeira série. Eu quero continuar a te amar. Ontem de
manhã, quando você terminou, eu meio que enlouqueci. — Ele franziu a testa e
balançou a cabeça. — Então, quando eu vi você com Travis e ouvi o que ele disse,
eu senti, apenas por um momento, que o que ele dizia era verdade. Lembre-se,
alegando insanidade aqui. — Ele sorriu e pegou uma de suas mãos. — Eu estava
errado. Eu deveria ter confiado em meu instinto e não no automático. Você pode
me perdoar?
Lágrimas levemente fluíam pelo seu rosto, e ele estendeu a mão com um
dedo gentil as limpando. Ela não confiava em si mesma para falar, então ela
apenas balançou a cabeça.
— Bom, agora vem à parte difícil. — Ele respirou fundo e segurou a outra
mão. — Alexis West, você me faria a honra de morar comigo?
Seu coração pulou por uma fração de um momento. Não! Sua mente
gritava. De novo não. Ela não ficaria noiva de novo, e tão cedo. Mas então ela
repetiu suas palavras. Morar comigo. Ela não sabia o que dizer. Ela tentou a
coisa de noivado, mas isso não era um noivado, e não era Travis. Olhando para
os olhos azuis de Grant, ela sabia, sem dúvida que ele nunca a trairia, ele nunca
levantaria a voz ou a mão em sua direção. Além disso, ele apenas disse que a
amava desde que tinham sete anos. Como ela não podia dizer sim? Então ficou
claro para ela. Essa era a única coisa que faltava. O conhecimento de seus
sentimentos por ele. A ideia de se acostumar a alguém dia e noite. Ela o
amava? Ela sabia que não amava Travis. Ela pensou que o amava, mas
basicamente o tolerava para conseguir o que queria: o casamento.
Será que ela usaria Grant dessa forma também? Não. A resposta bateu em
sua cabeça. Piscando as lágrimas, sabia a sua resposta. Sabia que ela o amava
desde a noite em que ele a pegou no lado da estrada e foi gentil com ela. Desde
aquele primeiro beijo de verdade há muitos meses, quando a surpreendeu
completamente. Ele foi o único homem que a fez gaguejar e se sentir tímida. Ele
era o único com quem ela se via envelhecendo.
— Isso é uma longa pausa aí. — Ele sorriu nervosamente para ela.
— Essa foi uma pergunta bastante intensa. — Ela sorriu e acenou com a
cabeça. — Mas eu tenho pensado sobre isso, e eu tenho algumas coisas a dizer
primeiro.
Ela entregou-lhe o cachorro e começou a andar, muito parecido como ele
tinha feito.
— Primeiro eu preciso saber, por que eu? Eu não sou nada especial. Eu
trabalho em uma lanchonete gordurosa e não tenho graduação, como você. Eu
sou teimosa e sempre vou exigir que as coisas sejam do meu jeito.
Ele sorriu e acenou com a cabeça.
— Você é duas vezes tão inteligente como a maioria das mulheres que eu
conheci em Harvard. Mais bonita do que todas elas. E eu amo que você é
teimosa. Estou ansioso para dar-lhe tudo que você realmente quer.
Ela sorriu. — Bajulador.
Ele riu para ela.
— Mais alguma pergunta?
Ela pensou sobre isso. — Se eu concordar em morar com você... — Ela fez
uma pausa e poderia dizer que ele estava segurando a respiração. — Não vamos
chamá-lo de Júnior.
Ele piscou, então riu e pulou da cama para abraçá-la, o minúsculo cão
esmagado levemente entre eles.
Capítulo 16
***
Ela riu deles. Na verdade, riu deles na frente de todos no Mama’s. Como
ela ousa fazer isso. Como ela ousa estragar tudo. Bem, só havia uma maneira de
lidar com isso agora. Olhando para o que estava no banco, um sorriso surgiu nos
lábios lentamente.
Levando tudo que amava para longe dela iria provar a ela que não era
digna. Talvez então ela fosse embora e nunca mais voltasse. Talvez então ela fosse
entender que você não mexe com os Nolans.
***
Grant convenceu Alex para ir para casa com ele depois do almoço. Ela
realmente estava parecendo muito cansada para continuar seu turno, e ele
poderia dizer que ela teve uma dor de cabeça. Depois que seus pais saíram, ele
ficou ao redor até que ela fechou e então a levou para casa em sua caminhonete,
uma vez que ela parecia cansada demais para dirigir. Ele disse a ela que a levaria
de carro na parte da manhã. Ela fechou os olhos e apoiou a cabeça todo o
caminho de casa. Sua casa. Ele ainda não conseguia se acostumar com isso. Ele
sabia que este era apenas um passo em seu plano mestre para convencê-la a se
casar com ele até o Natal.
Alex estava ao fim do corredor, tirando uma soneca, e Grant trabalhando
no site, respondendo e-mails de clientes, uma vez que sua licença foi totalmente
aprovada. Ele caíra em um padrão de passar algumas horas por dia respondendo
a perguntas. Na verdade, achou muito agradável e aguardava conseguir mais
clientes. Seu pai ajudou e levava a sua parte de perguntas todos os dias também.
A campainha tocou, e Júnior começou a latir. Grant rapidamente pegou o
cão antes que ele pudesse acordar Alex.
— Shhh. — Disse ele enquanto caminhando até a porta. — Silêncio agora
ou você vai acordar sua mãe. Devemos ver quem vem nos visitar?
Ele segurou o pequeno cão em seu peito.
Quando ele abriu a porta, ele estava sorrindo e não teve tempo de
reagir. Ele viu a fumaça na parte inferior da escada primeiro. Ela ondulava em
uma nuvem branca, nublando seu ponto de vista. Em seguida, ele ouviu o estalo
alto quando o ar foi rasgado. Ele bateu no chão antes de sentir qualquer
dor. Tudo o que ele podia sentir era tristeza pelo que ele sabia que estava por vir
para Alex.
***
Alex pulou quando ouviu o estalo alto. Seus olhos abriram enquanto se
sentava na cama. Sua mente nebulosa se perguntou se ela apenas sonhou, então
ela ouviu latidos frenéticos e correu pelo corredor. Ela ficou de pé no final do
corredor, congelada, enquanto olhava para o horror que estava à sua frente.
Grant estava deitado de costas, com os pés na borda da porta. Havia um
buraco do tamanho de um punho em sua camisa e sangue escorria lentamente
para fora do buraco. Apressando-se para a porta da frente, ela apertou a mão
sobre o peito de Grant, tentando parar o sangramento, que já cobriu toda a frente
de sua camisa.
Quando ela ouviu barulho de cascalho e pneus, ela olhou para a porta a
tempo de ver uma caminhonete azul acelerar a sua entrada.
— Grant!
Ela gritou mais e mais, sem saber o que fazer. Ela manteve as mãos sobre
o peito enquanto o seu rosto e braços ficavam sem cor. Com as mãos trêmulas,
ela pegou o celular em cima da mesa. Ele estava carregando e ela lutou com o
cabo enquanto tentava puxá-lo mais perto para que ela pudesse manter a
pressão sobre o peito.
Quando ela ligou, sangue espalhado na tela, fazendo com que ela discasse
lentamente. Ela sentiu seu peito subir e descer de forma esporádica, fechou os
olhos por um momento, rezando a mãe de todas as orações.
Quando ela abaixou o telefone, ainda em viva-voz com 911, percebeu que
Romeo estava deitado ao lado de Grant. O cachorrinho respirava com dificuldade
como o sangue que escorria lentamente para fora de seu quadril. Mantendo a
pressão sobre o peito de Grant, ela estendeu a mão e começou a colocar pressão
sobre a ferida dele também.
Horas mais tarde, ela correu para a sala de espera do Hospital Madre
Francisca, em Tyler. Eles levaram Grant para o hospital de helicóptero do seu
quintal.
Alex, Lauren e Haley levaram quase uma hora para chegar lá de
carro. Chase ficou para trás para cuidar do cão, com a promessa de que estaria lá
o mais rápido que pudesse. Ela não conseguia parar de tremer. Ela ainda estava
coberta de sangue, um pouco de Romeo.
A preocupação com o cão não tinha sequer registrado ainda, uma vez que
sua mente estava completamente focada em Grant. Ele perdeu muito sangue.
Será que a bala atingiu o seu coração? Tantas perguntas passaram por sua
mente. Haley tentou impedi-la de balançar, segurando sua mão, mas Alex apenas
balançava para frente e para trás em seu lugar.
Quando chegaram, os pais de Grant já estavam lá. Preocupação
estampada em seus rostos quando eles viram o quanto de sangue ainda estava
em suas mãos e braços. Ela trocou de roupa no carro, graças a Haley, que tinha
um par de jeans e uma camiseta na parte de trás da caminhonete. Mas as mãos e
os braços ainda estavam cobertos com o sangue que ela tentou manter em seu
corpo.
— Onde ele está? — Ela correu para a sala de emergência.
— Ele está em cirurgia.
Disseram juntos. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— O que aconteceu? — Perguntou Carolyn.
Ela rapidamente disse ao xerife o que viu enquanto a equipe da
ambulância trabalhava em Grant, enquanto esperavam pelo helicóptero para
buscá-lo. Ela disse quem viu saindo de sua casa, mas ele ainda não estava
totalmente convencido.
— Foi a mãe de Travis. Patty Nolan quem fez isso. — Ela sussurrou,
balançando a cabeça. — Eu a vi indo embora na caminhonete de Travis.
Ela balançou a cabeça de novo, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu
rosto.
— Patty? — Disse Carolyn. — Não. — Ela balançou a cabeça. — Não
poderia ter sido Patty. — Ela agarrou o braço do marido.
— Por quê? — Perguntou Glenn, andando até a sua esposa e ajudando-a a
sentar-se. — Por quê? — Ele perguntou novamente.
— Eu acho que foi para se vingar de mim. — Disse ela baixinho enquanto
suas irmãs puxavam seus braços, forçando-a a sentar-se. — É tudo culpa minha.
— Não.
Haley e Lauren disseram no mesmo momento. Elas olharam uma para a
outra.
— Não. — Disse Lauren novamente. — Você não fez nada de errado. Eu
não sei por que Patty Nolan fez isso, mas eu tenho certeza que não é culpa sua.
— Ela está certa. — Disse Glenn quando ele esfregou os ombros da
esposa. — Se ele não tivesse convencido a você sair do trabalho mais cedo, ele
teria morrido. —Sua voz quebrada. — Você estava lá. Sua ação rápida salvou
nosso filho. Os paramédicos nos disseram isso. — Ele sorriu um pouco.
— Como você sabe? — Ela levantou-se e jogou os braços para cima. — Se
ele não estivesse comigo, nada disso teria acontecido.
Ela saiu da sala de espera cegamente, descendo corredor após corredor do
hospital desconhecido. Ela podia ouvir suas irmãs chamando atrás dela, mas ela
entrou em um quarto escuro. Ela prendeu a respiração quando passaram pelo
local, chamando por ela.
Fechando os olhos, ela descansou a cabeça contra a porta e tentou nivelar
sua respiração. Mas quando sua respiração engatou, ela caiu contra a porta e
gritou.
— Oh, qual é o problema querida? — Veio uma voz doce.
Olhando para cima com os olhos lacrimejantes, ela notou que ela estava
no quarto de alguém.
— Oh! — Ela piscou e enxugou os olhos. — Sinto muito. Eu não sabia...
Ela olhou em volta.
— Está tudo bem, querida. Venha até aqui. — Uma mulher frágil de
cabelos grisalhos bateu ao lado da cama. — Não seja tímida. Eu parei de morder
depois que eles levaram os meus dentes.
Ela sorriu e Alex viu que a mulher estava completamente banguela. Ela
não podia nem sorrir com a brincadeira.
— Qual é o problema? Por que uma coisa tão linda e jovem como você está
chorando como se o mundo tivesse acabado?
— Ele acabou.
Disse ela, com a voz presa enquanto caminhava para mais perto da cama
da mulher. Então, tudo saiu. Toda a história de como ela foi a causa da morte da
mãe, de como ela era a culpada por Grant. Tudo. Foi tudo culpa dela.
— Eu sou venenosa.
Ela soluçou e enxugou os olhos com o lenço que a mulher lhe entregou.
— Oh, não seja boba. — Disse ela. — Você não é nada disso. Foi o destino.
— Ela assentiu com a cabeça e seus olhos se estreitaram. — Basta olhar para
mim. —Ela fez um gesto com as mãos. Havia fios saindo de seu braço esquerdo,
mas a mulher não pareceu se importar. — Sabe por que eu estou aqui?
Alex balançou a cabeça e enxugou os olhos.
— Você não pensaria ao olhar para mim, mas eu farei cem anos amanhã e
eu posso te dizer, eu nunca pensei que fosse chegar tão longe. — Ela sorriu um
pouco, a tristeza em seus olhos. — Eu já sobrevivi a três maridos, dois filhos, dois
netos e até um bisneto que morreu durante o parto. Eu estou pronta e feliz para
ir para casa. Tudo o que me colocou aqui ou levou meus doces bebês para longe
era para ser. Você passou por alguns períodos difíceis, e seu homem passará por
isso.
Ela assentiu com a cabeça.
— Basta esperar e ver. Vocês dois serão mais fortes depois disso. — Ela
inclinou a cabeça e olhou para ela. — Às vezes, coisas como estas acontecem, a
fim de mudar a direção em que você seguia. — Ela suspirou e recostou-se no
travesseiro. — É esperar para ver. Você e seu Grant olharão para trás neste dia e
se lembrarão como o dia em que tudo mudou.
Ela suspirou e fechou os olhos.
Alex ficou lá na sala escura, ouvindo a velha respirar enquanto ela
dormia. Ela não sabia o nome dela ou se ela estava certa. Ela só sabia que ela
não poderia sair pela porta e descobrir o que estava acontecendo. Ela estava com
medo de que a notícia fosse ruim e quanto mais ela se escondia, mais ela poderia
acreditar que Grant estava bem. Que ele estava fora da cirurgia e que tudo ficaria
bem.
Finalmente, quando uma enfermeira entrou, ela calmamente se desculpou
e foi encontrar sua família. Quando ela foi até o balcão principal por informações,
a enfermeira sorriu.
— Sua família estava procurando por você. — A mulher se levantou. —
Vamos lá, querida, eu vou levá-la a eles.
Ela não perguntou sobre Grant. Ela não aguentaria se ela o perdesse. Sua
mente pensou em tantos cenários nas últimas duas horas e nenhum deles
acabava feliz. Quando ela entrou na sala de espera privada, o coração de Alex
caiu. O olhar no rosto de todos disse a ela tudo o que ela precisava saber. Ela
fechou os olhos enquanto balançava e, então, todo o seu mundo mudou.
***
Ela acordou com a voz mais doce que ela já ouviu. O som profundo vibrou
em sua mente. Mantendo os olhos fechados, ela ouviu quando ele chamou o seu
nome uma e outra vez. Ela deve estar sonhando... ou morta. Esse pensamento fez
seus olhos se abrirem. Ela olhou para o rosto de sua irmã e fez uma
careta. Jurara ter ouvido Grant.
— Onde ele está? — Ela começou a sentar-se.
— Ele está aqui. — Haley sorriu e acenou com a cabeça para a direita.
— Alex, meu Deus, não me assuste assim novamente. — Disse Grant
enquanto ela olhava para ele.
Ele estava sentado em uma cama de hospital, uma tipoia branca em seu
ombro esquerdo. Grandes curativos foram enrolados em seu peito. Seu rosto
bronzeado estava pálido e parecia muito cansado. Seu cabelo era uma bagunça,
mas ele estava vivo.
Alex levantou correndo e foi ao seu lado.
— Você está bem? — Perguntou ela, correndo os olhos sobre cada
centímetro dele.
Ele estendeu a mão, tocando seu rosto e balançando a cabeça.
— Parece que sim.
A sala se esvaziou silenciosamente conforme eles olhavam um para o
outro, as lágrimas escorrendo pelo rosto dela.
— Eu pensei... — Ela respirou fundo e tentou de novo quando ele pegou
suas mãos com as dele. — Eu pensei ter perdido você.
Ele sorriu fracamente.
— Nem de perto. O médico disse que a bala ricocheteou em minhas
costelas. — Ele riu, em seguida, segurou seu lado e gemeu um pouco. — Ele me
perguntou quanto eu bebia de leite quando criança. — Ele sorriu.
Ela olhou para suas mãos unidas e tentou tirar, mas ele segurou,
puxando suavemente até que ela se sentou ao lado dele, a seu nível de olhos.
— Sinto muito. Grant, eu nunca pensei que algo assim aconteceria.
— É claro que você não pensou. — Ele franziu a testa. — Eu nem sequer o
vi chegando. Me pergunto se foi Patty quem fez todas essas outras coisas o tempo
todo, em vez de Travis. — Ele colocou um dedo sob o queixo dela e ergueu até que
ela olhou para ele novamente. — Não há como qualquer um de nós poder ter visto
isto.
— Sim, mas... Eu poderia ter...
Ele colocou o dedo sobre os lábios.
— Você estava lá. — Ela viu quando uma lágrima escorreu pelo seu
rosto. — Se você não estivesse lá, eu poderia ter ficado deitado lá e sangrado até a
morte até que você chegasse em casa. Você me salvou. — Ele piscou e tentou
puxá-la para mais perto. Ela se inclinou. — Você me salvou. — Ele repetiu e
colocou seus lábios nos dela.
O beijo foi diferente do que todo o resto que compartilharam. Marcou-a,
com a marca dela. Ela sentiu algo mudar por dentro e fechou os olhos para
isso. Em seguida, lançou o que ela engarrafara dentro de si mesma por tanto
tempo, desde aquele dia, no qual viu sua mãe morrer. Abrindo os olhos e se
afastando, ela tomou seu rosto entre as mãos e sorriu.
— Ela estava certa. — Ela sorriu.
— Quem? — Ele sorriu para ela.
— A velha senhora. Isso mudou tudo.
As sobrancelhas dele se ergueram em pergunta.
— Grant, eu não quero viver com você. — Ela viu a sua carranca
instantaneamente e riu. — Eu quero casar com você. Eu te amo. Eu te amo pela
sua bondade, pela sua honestidade, pela forma como você é com as pessoas e
animais. Há tantas razões para isso. — Ela riu. — Pode levar uma vida inteira
listar todas elas. Diga-me que você passará a vida inteira comigo ouvindo todas
as minhas razões.
Ele sorriu.
— Eu pensei que você nunca pediria.
Ele puxou-a com o braço bom e beijou-a novamente.
***
Dois dias depois, Grant entrou em sua casa com a ajuda de Alex. Eles
foram recebidos por Chase, Lauren, Haley e os pais de Grant. Todos estavam
sentados na sala sorrindo enquanto observavam eles andando lentamente.
— Eu espero que você não se importe, eu estive aqui vigiando os animais.
— Disse Chase, então, apontou para a cama do cão junto à lareira.
Quando eles entraram, a cauda do cão pequeno começou a abanar.
— Hey, Júnior. — Ele sorriu para o pequeno animal cuja metade traseira
foi completamente coberta de grossas ataduras brancas. — Como é que ele está?
— Ele perguntou enquanto Alex o ajudava a sentar-se no sofá.
Chase se aproximou e sentou em frente a eles. — Ele vai viver. Pode levar
algum tempo para voltar para o modo de filhote de cachorro, e ele provavelmente
ficará manco. Mas ele passará por isso, o que é sempre um bom sinal.
O cachorrinho reclinou a cabeça para baixo novamente e fechou os olhos.
— Patty confessou. — Sua mãe interrompeu, ganhando a atenção de
todos. — Diga-lhes, Glenn. — Ela pegou a mão dele.
Seu pai concordou.
— Sim, bem. Ela confessou e está alegando insanidade. — Seu pai franziu
a testa. — Ela fez tudo o que aconteceu nos últimos dois meses. Até o ataque a
Alex no rodeio.
— Por quê? — Perguntou Alex, tomando a mão de Grant na dela. Ela
sentiu-se tremer enquanto corria os dedos sobre as palmas das mãos.
Glenn balançou a cabeça.
— Ela afirma que ela só queria fazer seu filho feliz. — Ele acenou para
Alex. — Então, ela fez tudo que podia para se vingar de você e Grant por
machucá-lo, incluindo acusar Grant de atacar você. Ela falou sobre como você
havia envergonhado a família. Como você destruiu e arruinou seu filho. — Ele
balançou a cabeça. — Ela disse que Travis era mais feliz quando estava com
você. Então, ela fez tudo que podia para tirar Grant fora do caminho. Ela
acreditava que você estava grávida, em vez de Lauren. Ela ainda não acredita que
você não está carregando o bebê de Travis.
— Ela deve ser louca. — Disse Lauren, caminhando e sentando-se ao lado
de Chase. — O que vai acontecer com ela?
— Bem, caberá aos tribunais agora. Se a julgarem culpada de tentativa de
homicídio, ela terá de dois a 20 anos. Se a julgarem criminalmente insana, ela
pode ficar tão pouco quanto um ano em uma instituição.
— O quê? — Lauren se endireitou, a raiva piscando em seus olhos.
Chase se aproximou e pegou o braço dela.
— Cabe aos tribunais.
Ele deu um tapinha no braço dela e todos puderam vê-la relaxar um
pouco.
— E o prefeito? — Alex perguntou aos pais de Grant.
Glenn balançou a cabeça.
— Ele não sabia nada sobre o que sua esposa estava fazendo. Ele está
deixando o cargo de prefeito. Será oficializado amanhã. Haverá uma reunião de
emergência no conselho municipal na próxima semana para decidir quem vai
cobrir até a seguinte eleição.
— Travis? — Alex perguntou em seguida.
Glenn balançou a cabeça novamente.
— Ele deixou a cidade logo depois que prenderam sua mãe. Ele ficou
chocado e envergonhado.
Alex suspirou e descansou de volta contra o ombro bom de Grant. Ele
colocou seu braço ao redor dela e segurou firme. Ela se sentiu bem em seus
braços. Parecia certo.
No momento em que todos saíram da casa, Grant estava cansado. As duas
costelas quebradas pesavam e desaceleravam-no. Sem mencionar os pontos que
mantinham sua pele unida. Ele estava todo rígido e dolorido. Até mesmo os
joelhos feridos.
Alex balbuciou sobre Júnior até que, finalmente, ela o levou de volta para
o seu quarto, deitando-o em sua cama ao lado do quarto para que pudesse vigiá-
lo.
— Sabe. — Disse ele, quando ela se deitou ao lado dele. — O médico disse
que se a bala não fosse abrandada por ele. — Ele acenou para o pequeno cão
dormindo. — Ela poderia ter penetrado completamente em minhas costelas e
atingido um órgão vital. Então, de certa forma. — Ele sorriu. — Vocês dois me
salvaram.
Ela sorriu e inclinou-se para ele, colocando um beijo suave em seus
lábios.
— Eu acho que nós dois devemos a Júnior, muito.
Seu sorriso aumentou.
— O quê? — Ela perguntou, se afastando um pouco.
— Você o chamou de Júnior. — Ele sorriu, sabendo que ganhara tudo o
que sempre quis.
Epílogo