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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DE UMA


PRENSA HIDRÁULICA EM UM RESORT NA PRAIA DO FORTE

RAFAELA DE SOUSA CADETE1


ROGÉRIO DIAS SANTOS2
JULIANA GUEDES3

RESUMO

Este estudo explora a viabilidade financeira da substituição de uma prensa hidráulica obsoleta
em um resort na Praia do Forte, Brasil. Baseia-se na coleta e análise de dados do resort, bem
como no cálculo do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE) para comparar os custos
associados à operação da prensa atual e à substituição e operação de uma nova prensa. Os
resultados sugerem que a substituição da prensa atual pode resultar em economias
substanciais, o que pode contribuir para melhorar a eficiência e sustentabilidade das operações
do resort.

Palavras-chave: Gerenciamento de resíduos sólidos, substituição de equipamento,


viabilidade financeira, prensa hidráulica.

1 Introdução

No cenário atual, a sustentabilidade tornou-se um componente essencial nas


estratégias de empresas de todos os setores, inclusive no segmento de hospitalidade. Dentro
dessa perspectiva, um dos principais desafios é o gerenciamento eficiente de resíduos sólidos,
cuja inadequação pode gerar impactos ambientais negativos e comprometer a imagem da
empresa. Diante desse contexto, surge a problematização central deste estudo: qual a
viabilidade financeira da substituição de uma prensa hidráulica obsoleta por um equipamento
moderno e mais eficiente em um resort na Praia do Forte, Brasil?
Nossa pesquisa tem como objetivo geral analisar a viabilidade financeira da
substituição dessa prensa hidráulica. Especificamente, buscamos identificar os custos
associados à operação da prensa atual, estimar os custos de substituição e operação da nova
prensa e, por fim, comparar esses custos para fornecer uma avaliação financeira da
substituição.
A justificativa para tal estudo se baseia na relevância do gerenciamento eficiente de
resíduos sólidos para o desempenho sustentável das operações do resort, assim como a
importância de avaliações financeiras bem fundamentadas para a tomada de decisões
estratégicas. Ademais, os resultados deste estudo podem oferecer insights valiosos para outros
resorts ou empresas do setor de hospitalidade enfrentando desafios semelhantes.
Nossa metodologia consiste na coleta e análise de dados relacionados à operação da
prensa atual e aos custos potenciais associados à nova prensa. Os dados foram obtidos

1Discente de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Jorge Amado.


2Discente de Engenharia de Produção do Centro Universitário Jorge Amado.
3Docente do Centro Universitário Jorge Amado
2

diretamente de um resort na Praia do Forte, através da análise de relatórios e entrevistas não


estruturadas com a equipe de gestão. Para calcular a viabilidade financeira da substituição,
utilizamos o método de substituição idêntica.
É importante destacar que, conforme será discutido nas considerações finais, as
análises indicam que a substituição da prensa hidráulica atual por uma nova apresenta
vantagens financeiras significativas para o resort em questão. No entanto, é enfatizado que tal
decisão não deve ser baseada unicamente em considerações financeiras, mas também deve
levar em conta fatores como impacto ambiental, melhoria nas operações de gerenciamento de
resíduos e alinhamento com as metas e imagem do resort. Os resultados deste estudo podem,
portanto, oferecer insights valiosos não só para o resort analisado, mas também para outros na
indústria da hospitalidade enfrentando desafios semelhantes.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Prensa Hidráulica

A prensa hidráulica, como descrito por Bergamim (2007), é um dispositivo


amplamente utilizado com o objetivo principal de multiplicar forças. Em sua composição
básica, consiste em um tubo em U com ramos de áreas de secção transversal distintas. Um
tubo une esses ramos e o sistema é preenchido com um líquido viscoso, geralmente óleo, que
é aprisionado por dois pistões. Quando uma força é exercida em um dos pistões, o outro se
move, garantindo o funcionamento do mecanismo.
No contexto de como a prensa hidráulica funciona, a UFSM (2020) 4 destaca a
aplicação relevante da Lei de Pascal, com a máquina sendo composta por dois cilindros
comunicantes, com êmbolos de massas desprezíveis, que confinam um fluido incompressível
em equilíbrio. Devido a essa estrutura, a força exercida sobre um dos êmbolos gera pressão
que se transmite para o fluido e é direcionada integralmente para o outro êmbolo. Dessa
forma, a força aplicada no êmbolo de maior área é multiplicada, o que justifica a denominação
da prensa hidráulica como um multiplicador de forças.
Por outro lado, Maestro5 ressalta características, tipos e usos da prensa hidráulica,
enfatizando que esta máquina é normalmente utilizada em vários setores, como o automotivo,
devido à sua eficiência e rapidez na execução de tarefas. Esta ferramenta, muito semelhante à
alavanca, é capaz de gerar uma força maior do que a exercida, embora reduza a duração e a
velocidade da viagem percorrida. As prensas hidráulicas podem ser divididas em vários tipos,
incluindo prensas manuais, prensas para pés, prensas motorizadas, prensas de bancada e
prensas de alta capacidade, como as de 100 e 200 toneladas.
Referindo-se ao princípio de Pascal, Maestro recorda o físico, matemático e escritor
francês Blaise Pascal (1623-1662), cujos estudos científicos no campo da física deram origem
à Lei de Pascal, a qual afirma que qualquer pressão exercida sobre um líquido ou fluido se
espalha uniformemente por toda a substância. Este princípio é demonstrado de forma clara
nas prensas hidráulicas, onde uma força menor é aplicada aos pistões de água para gerar uma
força maior.

4https://ufsm.br/r-450-487
5https://maestrovirtuale.com/prensa-hidraulica-caracteristicas-tipos-usos/
3

Maestro6 também aponta para os diversos usos das prensas hidráulicas em campos
industriais onde trabalhos pesados são realizados, como a indústria automotiva ou
aeronáutica, porque permitem a produção em massa de qualquer produto através deste
processo. Na indústria automotiva, por exemplo, as prensas hidráulicas são usadas para
montar amortecedores, formar diafragmas ou prender freios. Estas ferramentas não só
auxiliam no processo de montagem de peças, mas também trabalham para removê-las com
facilidade. Além disso, prensas hidráulicas são encontradas em indústrias de alimentos, na
criação de cerâmica, na construção de aviões e até na fabricação de armas militares.

2.2 Engenharia Econômica

A Engenharia Econômica, conforme definido por Pilão e Humell (2004), citado por
Palhoça (2011, p.79), é um "conjunto de técnicas que permitem a comparação, de forma
científica, entre os resultados de tomadas de decisão referentes a alternativas diferentes".
Estas técnicas servem para auxiliar na tomada de decisões baseadas em ferramentas
financeiras, sejam elas decisões de investimento, escolhas entre diferentes produtos ou
definições de financiamentos mais econômicos para a empresa.
Embora nem todas as decisões de investimento em uma organização sejam baseadas
em cálculos financeiros, com algumas sendo impulsionadas por sentimentos ou vontades dos
proprietários das empresas, a Engenharia Econômica serve como uma ferramenta essencial
para a tomada de decisões que maximizam o lucro a curto, médio ou longo prazo
(PALHOÇA, 2011).
As aplicações da Engenharia Econômica são variadas e podem ser aplicadas a diversos
campos dentro de uma organização produtiva. Por exemplo, pode ser usada na escolha de
onde investir recursos financeiros, na escolha dos canais de distribuição de um produto, no
estudo dos custos e eficiência das alternativas ou no planejamento de aumentos salariais
baseados em taxas por dia trabalhado (PALHOÇA, 2011).
Além disso, a Engenharia Econômica pode ser usada para estudar as alternativas que
envolvem a escolha entre equipamentos mais ou menos poluentes, com base na eficiência
energética ou na quantidade de poluição que eles emitem. O objetivo da Engenharia
Econômica é fornecer ferramentas para a tomada de decisão em casos típicos, em vez de
esgotar todas as possibilidades de aplicação (PALHOÇA, 2011).
Segundo Costa (2019), a Engenharia Econômica surgiu no final do século XIX,
quando os engenheiros começaram a tratar de forma sistemática os problemas de alternativas
de investimento, que são inerentes aos grandes projetos de engenharia. O campo fornece os
instrumentos para comparações econômicas, facilitando a escolha da melhor solução para um
problema de acordo com um ou mais critérios.
Assim como a prensa hidráulica serve como uma ferramenta essencial na indústria e
na ciência para a aplicação de forças, a Engenharia Econômica oferece um conjunto de
ferramentas úteis para a tomada de decisões financeiras, maximizando os lucros e auxiliando
na gestão eficiente dos recursos. Ambas, portanto, se estabelecem como ferramentas
fundamentais em seus respectivos campos.

6https://maestrovirtuale.com/prensa-hidraulica-caracteristicas-tipos-usos/
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2.3 Valor Presente (VP)

O valor presente (VP) é uma ferramenta essencial em Engenharia Econômica,


fornecendo uma métrica para avaliar o valor atual de um ativo ou investimento, levando em
consideração variáveis como inflação e taxa de juros (STUMPF, 2023).
Stumpf (2023) explica que o VP é crucial para a tomada de decisões nas
organizações, permitindo avaliar o valor intrínseco das ações de uma empresa, bem como
proporcionar aos investidores uma base sólida para ponderar sobre a viabilidade de um
investimento ou gasto. Essa análise se baseia no princípio de que um valor recebido no futuro
não possui a mesma valia que o mesmo montante recebido hoje, devido a fatores como
inflação e custo de oportunidade.
VF
O valor presente é calculado através da seguinte fórmula: VP= , onde VF é o
( 1+i ) t
valor futuro, i é a taxa de juros e t é o tempo entre o primeiro e segundo período (STUMPF,
2023). Essa fórmula sinaliza que o VP é inversamente proporcional à taxa de juros.
No entanto, é importante notar que a formulação do valor presente pode mudar
dependendo de se os juros são simples ou compostos. De acordo com Costa (2022), a fórmula
de juros simples, que pressupõe que o juro total pago no final é igual ao juro multiplicado
VF
pelo número de períodos, é expressa como: VP= . Já no caso dos juros compostos, que
1+i∗n
incorporam a capitalização de juros (os juros são aplicados aos juros gerados), a fórmula
VF
muda para: VP= .
[ ( 1+i )n ]
As noções de Valor Presente e Engenharia Econômica estão fortemente interligadas. A
Engenharia Econômica, conforme explorado em 2.2, concentra-se na tomada de decisões de
investimento e, de maneira semelhante, a análise de Valor Presente é uma ferramenta valiosa
para informar essas decisões. Entender como o valor de um ativo ou investimento pode mudar
ao longo do tempo é fundamental para maximizar o retorno de um investimento, que é o
principal objetivo da Engenharia Econômica (PALHOÇA, 2011; COSTA, 2019). Assim, o
VP é uma ferramenta que auxilia no cumprimento das funções da Engenharia Econômica.
Além disso, o conceito de Valor Presente também se relaciona com a discussão
anterior sobre a tomada de decisões. Como mencionado anteriormente, uma organização
precisa tomar constantemente decisões que envolvem investimentos e o Valor Presente é um
dos fatores a serem considerados nessas decisões. Dessa forma, podemos afirmar que o
conceito de Valor Presente é uma ferramenta importante que auxilia as organizações na
tomada de decisões econômicas informadas.

2.4 Valor presente líquido (VPL)

O Valor Presente Líquido (VPL) é uma metodologia utilizada para aferir o valor atual
de um retorno futuro oriundo de um investimento. Conforme ressalta Pereira (2022), o cálculo
do VPL pode ser decisivo para avaliar a viabilidade de um projeto ou investimento, pois
permite identificar se o retorno potencial justificará o desembolso inicial.
5

A análise de VPL envolve a atualização de todo o fluxo de caixa de um investimento


para o valor atual, aplicando-se uma taxa de desconto que pode ser a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA). A fórmula de cálculo do VPL, conforme exemplificado por Pereira
(2022), é:

[ ]

FCj
VPL=∑ −Investimento Inicial
❑ ( 1+TMA ) j

Onde:
FCj = Fluxo de caixa do período j
TMA = Taxa mínima de atratividade
j = período de cada fluxo de caixa

De maneira simplificada, o VPL positivo indica que o investimento é rentável,


enquanto um VPL negativo sugere que o investimento não é rentável (Pereira, 2022). A
análise do VPL, nesse sentido, oferece uma perspectiva mais aprofundada sobre o retorno de
um investimento ao longo do tempo, complementando a análise do Valor Presente (VP),
abordado na seção 2.3, que examina o valor atual de um ativo ou investimento.
No entanto, é importante salientar que a determinação do VPL está sujeita à taxa de
desconto escolhida. Para um mesmo fluxo de caixa, quanto maior a Taxa Mínima de
Atratividade, menor será o VPL e vice-versa. Esta observação demonstra a complexidade e a
inter-relação dos conceitos abordados.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), toda operação financeira pode ser
representada em termos de fluxos de caixa, que são comparáveis quando trazidos a valor
presente, por uma dada taxa de juros composta. Nesse contexto, o VPL é um método
fundamental para a avaliação desses conjuntos, permitindo uma análise efetiva dos fluxos de
caixa.
As decisões de investimento se baseiam no conceito de custo de oportunidade, onde o
investidor avalia se o ganho potencial de um projeto supera ou não os retornos de outros
investimentos de risco semelhante. Assim, o VPL funciona como uma ferramenta essencial no
processo de tomada de decisões financeiras, uma vez que ajuda a determinar o valor atual dos
retornos futuros de um investimento, levando em consideração a taxa de desconto escolhida e
o período do investimento.
Este olhar integrado permite que sejam feitas considerações mais abrangentes e
robustas sobre o valor e a rentabilidade dos investimentos, facilitando a tomada de decisões
financeiras e econômicas das organizações (FGV). Compreender o VPL, portanto, é crucial
para uma gestão financeira eficiente e estratégica, reforçando ainda mais a importância da
Engenharia Econômica no contexto organizacional.

2.5 Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) desempenha um papel crucial na avaliação e


análise de propostas de investimento. Como Casarotto Filho e Kopittke (2010) enfatizam, ao
considerar um investimento, é fundamental levar em conta o retorno potencial que pode ser
6

perdido ao não alocar o mesmo capital em outros projetos. Eles definem a TMA como a "taxa
de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes de pouco risco".
A definição da TMA é parte integral da política de uma empresa, apresentando
natureza complexa devido à diversidade de critérios que incorpora. Estes critérios incluem
tanto elementos objetivos quanto subjetivos, variando desde prazos e relevância do projeto,
disponibilidade de recursos, até a taxa de juros oferecida no mercado por grandes bancos ou
títulos governamentais. Julgamentos pessoais do investidor também desempenham um papel
significativo.
Para simplificar a compreensão do conceito, Bernardi (2006) fornece uma equação
expressando a TMA:

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜 + 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑁𝑒𝑔ó𝑐𝑖𝑜 + 𝑃𝑟ê𝑚𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜𝑟 =


𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎

Nesta equação:

● A "Taxa livre de risco" pode ser um título do governo, uma conta de poupança
ou um Certificado de Depósito Bancário (CDB).
● O "Risco do negócio" é um percentual adicionado em função dos riscos
inerentes ao ramo de atividades.
● O "Prêmio de risco do investidor" representa a taxa de atratividade em função
da predisposição do investidor em assumir riscos em troca de um retorno
compensatório (risco x retorno). Trata-se, portanto, de uma variável subjetiva.

A TMA, portanto, é um componente vital na avaliação de propostas de investimento.


Sua determinação leva em conta uma ampla gama de fatores e serve como um parâmetro para
a empresa na determinação do retorno mínimo que um investimento deve gerar para ser
considerado viável.

2.6 Custo Anual Equivalente Uniforme (CAEU)

O Custo Anual Equivalente Uniforme (CAUE), também conhecido como Valor


Presente Líquido Anualizado (VPLa), é uma técnica de avaliação econômica. É uma
ferramenta utilizada para avaliar projetos de vida desigual, transformando o valor presente
líquido de diferentes projetos em um montante anual equivalente. O critério de decisão
estabelece que o melhor projeto é aquele com o maior saldo positivo, ou seja, com maior
receita líquida (DUARTE, et al. 2007).
De acordo com Casarotto e Kopittke (2000)7, o CAUE é particularmente útil na análise
das atividades operacionais de uma empresa, especialmente quando se lida com investimentos
que podem ser repetidos ao longo do tempo. A padronização dos resultados dos investimentos
para valores anuais equivalentes auxilia na análise desses resultados, facilitando a tomada de
decisão.

7https://abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_197_117_25041.pdf
7

O CAUE é utilizado para determinar em que ano ocorre o menor custo anual
equivalente, sinalizando assim o melhor período para substituir um ativo depreciável (VEY;
ROSA, 2004)8. Essa análise leva em consideração diversos aspectos do bem, como o valor do
investimento ou aquisição, o valor de revenda ou valor residual ao final de cada ano útil,
custos operacionais e o custo de capital ou a taxa mínima atrativa.
O cálculo do CAUE advém do uso do Fator de Recuperação de Capital (DE ROCCHI,
1987), e é através deste que se pode comparar duas ou mais oportunidades de investimento,
determinando o momento ideal para a substituição de um equipamento ou máquina (VEY;
ROSA, 2004).
Conforme Samanez (2009), o CAUE é um rateio uniforme que leva em consideração
os custos de investimento, de oportunidade e os custos operacionais das alternativas por
unidade de tempo. O método envolve a obtenção de uma série uniforme anual equivalente ao
fluxo de caixa dos investimentos, descontados a uma taxa mínima de atratividade a partir da
qual o investimento é considerado rentável (CASAROTTO & KOPITTKE, 2000 apud
BORGERT, HUNTTEMANN E SCHULTZ, 2006)9.
Portanto, o valor do CAUE é usado como critério de decisão sobre a melhor
alternativa de investimento, com a seleção da alternativa menos negativa representando um
menor custo para a empresa (SAMANEZ, 2009).
É fundamental ressaltar a relevância desse referencial teórico no contexto da gestão
financeira, pois ele fornece um mecanismo sólido e confiável para avaliar e comparar
diferentes opções de investimento. Além disso, o CAUE é uma técnica versátil que pode ser
aplicada em uma variedade de contextos, desde a substituição de equipamentos até a
avaliação de diferentes estratégias de investimento. Ao permitir uma análise detalhada dos
custos associados a diferentes opções, o CAUE apoia decisões financeiras informadas e
estratégicas.

3 METODOLOGIA

3.1 Método de Pesquisa

Para a realização desta pesquisa, adotamos um estudo de caso como principal método
de pesquisa, no qual os conceitos discutidos na seção anterior foram aplicados em um cenário
real. A coleta de dados ocorreu diretamente em um resort na Praia do Forte, por meio da
análise de relatórios elaborados pela equipe de gestão do resort e de entrevistas não
estruturadas com os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos. O estudo concentrou-se no
cálculo da vida econômica por meio do método de substituição idêntica.

3.2 Cenário

O estudo de caso foi realizado em um resort localizado na cidade de Mata de São João,
na região litorânea da Praia do Forte. O resort, que tem 16 anos de existência no Brasil, está
empenhado em se tornar sustentável, com o gerenciamento correto de resíduos sólidos como

8https://abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_197_117_25041.pdf
9https://abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_197_117_25041.pdf
8

um de seus principais desafios. Até sete anos atrás, o resort usava uma prensa para a
compactação dos resíduos, que agora está se tornando obsoleta, apresentando muitos
problemas operacionais e de manutenção. O estudo de caso focou na substituição dessa prensa
hidráulica.

3.3 Inspeção Fotográfica: O Estado Crítico do Equipamento Atual

A compreensão plena de um estudo de caso não se faz apenas por meio de dados e
relatórios técnicos, mas também através de uma visão empírica dos cenários envolvidos. As
imagens a seguir proporcionam um vislumbre concreto da realidade enfrentada pelo resort na
Praia do Forte. Elas ilustram a máquina de compactação de resíduos em seu estado atual,
demonstrando claramente a necessidade de substituição. Cada imagem destaca um aspecto
distinto dessa realidade, desde o desgaste evidente do equipamento até a rotina de manutenção
necessária para mantê-lo operacional.

Figura 1 — Visão Geral do Equipamento

Fonte: Fotografado pela autora (2023).

A primeira imagem exibe uma visão geral da máquina em questão, permitindo a


percepção de sua idade avançada. A máquina está situada ao lado de uma pilha de resíduos
que foram compactados, ilustrando seu propósito original, embora mostre claros sinais de
desgaste e envelhecimento.
9

Figura 2 — Detalhes do Equipamento

Fonte: Fotografado pela autora (2023).

A segunda imagem fornece um close na máquina, permitindo a observação do


acúmulo de óleo ou graxa, indicativos de manutenção frequente ou inadequada. A presença
excessiva desses materiais também sugere a existência de vazamentos ou outros problemas
mecânicos.
10

Figura 3 — Manutenção do Equipamento

Fonte: Fotografado pela autora (2023).

A terceira imagem mostra um operário trabalhando na manutenção da máquina, uma


cena provavelmente comum dado o estado da máquina. Isso ressalta os custos de mão de obra
e tempo associados à manutenção de um equipamento obsoleto.
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Figura 4 — Painel de Controle

Fonte: Fotografado pela autora (2023).

A quarta imagem é um close no painel de controle da máquina. Ela exibe os botões de


emergência, reset, liga/desliga e retorno. Embora esses botões sejam necessários para a
operação da máquina, seu design e condição podem não estar de acordo com os padrões
modernos de segurança e eficiência.

3.4 Etapas da Pesquisa

A pesquisa seguiu várias etapas claramente definidas para garantir a coleta de dados
confiáveis e a aplicação rigorosa do método de substituição idêntica. Inicialmente, uma
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revisão bibliográfica foi conduzida para se familiarizar com a teoria e os métodos aplicáveis à
situação em estudo.
A segunda etapa envolveu a coleta de dados diretamente no resort. Foram coletados e
analisados relatórios elaborados pela equipe de gestão do resort, e também foram realizadas
entrevistas não estruturadas com os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos no local.
Esses dados permitiram determinar a condição atual da prensa hidráulica, incluindo a
frequência e a gravidade dos problemas operacionais e de manutenção, bem como o custo
associado a esses problemas.
Além disso, os custos da substituição da prensa foram estimados. Esses incluíram o
custo da nova prensa, os custos de instalação e de treinamento dos funcionários, bem como
quaisquer alterações necessárias na infraestrutura do resort para acomodar a nova máquina.
Por último, os dados coletados foram inseridos na fórmula do Custo Anual Uniforme
Equivalente (CAUE) para calcular a vida econômica da nova prensa e determinar se a
substituição seria benéfica para o resort.

3.5 Análise de dados

A análise dos dados coletados envolveu uma combinação de métodos quantitativos e


qualitativos. As entrevistas e os relatórios da equipe de gestão do resort foram analisados para
identificar os principais problemas e custos associados à operação da prensa atual.
A análise quantitativa envolveu o uso do CAUE para determinar a vida econômica da
nova prensa, levando em consideração os custos de substituição e operação da nova prensa.
A validade e confiabilidade dos dados coletados foram garantidas através da
triangulação de diferentes fontes de dados, incluindo os relatórios do resort e as entrevistas
com a equipe de gestão.
Com a metodologia aplicada, a pesquisa foi capaz de alcançar seus objetivos de
analisar a viabilidade de substituição da prensa hidráulica obsoleta do resort por uma nova,
oferecendo uma base sólida para a tomada de decisão informada.

4 Discussão dos resultados

A discussão dos resultados obtidos neste estudo de caso abrange os custos associados
à operação da prensa hidráulica existente e os custos estimados para a substituição e operação
da nova prensa. Os resultados foram calculados com base no método de substituição idêntica
e comparados com a literatura existente sobre o tema.

4.1 Custo de operação da prensa atual

Os custos de operação da prensa hidráulica atual incluem custos regulares de


manutenção, reparos frequentes devido a falhas operacionais e tempo de inatividade causado
por essas falhas. Com base nos dados coletados dos relatórios do resort e nas entrevistas com
a equipe de gestão, estima-se que o custo anual de operação da prensa atual seja de R$
35.000,00.

4.2 Custo de substituição e operação da nova prensa


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A substituição da prensa atual por uma nova implicaria em custos de aquisição,


instalação e treinamento, além dos custos de operação. Com base nos dados disponíveis no
mercado e na consulta a fornecedores, estimamos que o custo de aquisição de uma nova
prensa seja de R$ 75.000,00, enquanto os custos de instalação e treinamento somariam cerca
de R$ 10.000,00. O custo anual estimado para operar a nova prensa seria de R$ 20.000,00, um
valor significativamente menor que o da prensa atual devido à maior eficiência e menor
necessidade de manutenção.

4.3 Cálculo do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)

O CAUE é calculado utilizando a fórmula do Fator de Recuperação do Capital (FRC)


(Samanez, 2009):

CAUE=PV x
( K
1−( 1+ K )
−n
)
Onde:

● PV é o valor presente, que neste caso é o custo de aquisição, instalação e


treinamento da nova prensa, estimado em R$ 85.000,00;
● K é a taxa mínima de atratividade, que consideramos ser 13,75% (a taxa
SELIC de 2023), ou 0,1375;10
● n é o prazo da alternativa, que neste caso é a vida útil estimada da prensa,
considerada como 10 anos.

Substituindo os valores na fórmula, temos:

CAUE=85000 x
( 0,1375
1−( 1+ 0,1375 )
−10
)
Para calcular o valor do denominador:

0,1375
¿ −10
1−1,1375

0,1375
¿
1−0,3253

0,1375
¿
0,6747

¿ 0,2038

10https://blog.nubank.com.br/taxa-selic-2023/
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Agora, multiplicamos esse valor pelo valor presente para obter o CAUE:

CAUE = 85000 x 0,2038

CAUE = R$ 17.323,00

Este é o custo anual equivalente para a nova prensa, o que significa que o resort teria
um custo anual de R$ 17.323,00 ao longo da vida útil de 10 anos da prensa para recuperar o
custo de capital investido na aquisição da nova prensa.
Comparado ao custo anual de operação da prensa atual, estimado em R$ 35.000,00, a
substituição pela nova prensa resultaria em uma economia de R$ 17.677,00 por ano (R$
35.000,00 - R$ 17.323,00), sem contar a economia adicional de operação e manutenção
devido à maior eficiência e menor necessidade de manutenção da nova prensa.
Isso reforça a conclusão de que a substituição da prensa atual pela nova seria
financeiramente vantajosa para o resort, com base nos dados coletados e nas estimativas
feitas.

4.4 Fluxo de caixa

Para analisar a viabilidade financeira de substituir o equipamento antigo pelo novo,


elaboramos um fluxo de caixa projetado para os próximos 10 anos. Este fluxo de caixa
detalha os custos operacionais associados à manutenção do equipamento antigo e ao
investimento no novo equipamento. É importante notar que consideramos a depreciação do
equipamento novo, o custo de descarte no final de sua vida útil e a variação nos custos
operacionais devido ao envelhecimento e a avanços tecnológicos. Assim, conseguimos obter
uma imagem mais precisa do impacto financeiro da substituição.
A tabela a seguir mostra os custos anuais associados ao equipamento antigo e ao novo
ao longo de uma década.
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Figura 5 — Custos Anuais de Equipamento Antigo e Novo sem Ajustes

Fonte: Elaborado pela autora (2023).

Como pode ser observado, o custo do equipamento antigo se manteve constante em R$


35.000 ao longo dos anos. Por outro lado, o custo do equipamento novo após a recuperação do
investimento inicial se manteve estável em R$ 17.323,00, um valor significativamente menor.
Adicionalmente, o equipamento novo possui uma depreciação anual constante de R$
8.500,00, a qual não ocorre com o equipamento antigo. No entanto, é importante ressaltar que
o equipamento novo apresenta um custo de descarte no final do seu ciclo de vida (ano 10), no
valor de R$ 5.000,00, enquanto que o equipamento antigo não possui este custo.
Agora, vamos ajustar os custos anuais para considerar a inflação e outros fatores
econômicos, apresentados na tabela a seguir.

Figura 6 — Custos Anuais Ajustados de Equipamento Antigo e Novo

Fonte: Elaborado pela autora (2023).

Nessa tabela, observamos que os custos dos equipamentos são ajustados anualmente.
Assim, o custo do equipamento antigo começa em R$ 35.700,00 no primeiro ano e aumenta
gradualmente ao longo dos anos, atingindo R$ 42.664,80 no décimo ano.
16

Da mesma forma, o custo ajustado do equipamento novo começa em R$ 17.149,77 no


primeiro ano e diminui progressivamente, chegando a R$ 15.666,61 no décimo ano.
A economia anual ajustada, que é a diferença entre os custos ajustados do
equipamento antigo e do novo, começa em R$ 10.050,23 no primeiro ano e cresce ano após
ano, atingindo seu valor máximo de R$ 17.503,38 no nono ano. No décimo ano, a economia
anual ajustada diminui para R$ 13.498,19, devido ao custo de descarte do equipamento novo.
Com base nessa análise, podemos concluir que o investimento no equipamento novo
resulta em economias significativas em comparação ao uso contínuo do equipamento antigo,
mesmo levando em consideração a depreciação e o custo de descarte do equipamento novo.
O fluxo de caixa projetado demonstra claramente a economia significativa que pode
ser alcançada com a substituição do equipamento antigo pelo novo. Apesar dos custos iniciais
de aquisição, instalação e treinamento para a nova prensa, a economia em termos de custos
operacionais e a diminuição das necessidades de manutenção compensam o investimento
inicial. Além disso, com o tempo, a eficiência superior do novo equipamento e a diminuição
das despesas de manutenção levarão a economias ainda maiores. Assim, o fluxo de caixa
projetado reforça a conclusão de que a substituição do equipamento antigo pelo novo seria
financeiramente vantajosa para a empresa.

4.5 Vida Econômica do Bem

A "Vida Econômica" de um bem, conforme definido por Abensur (2015), refere-se ao


período durante o qual o uso desse bem será economicamente viável. Este conceito é crucial
para a gestão de ativos, uma vez que, segundo Gitman (2010), a identificação dos fluxos de
caixa para decisões de substituição pode ser complexa, pois a empresa precisa identificar as
saídas e entradas de caixa incrementais resultantes da troca proposta. Isso porque, para
analisar a vida econômica de um bem, as empresas precisam tomar decisões informadas sobre
quando substituir equipamentos antigos por novos (ABENSUR, 2015).
Neste contexto, a análise da vida econômica do equipamento antigo e do novo é
fundamental para entender o momento certo para a substituição (BLANK e TARQUIN,
2008). Esta análise envolve uma comparação detalhada dos custos anuais ajustados de cada
equipamento ao longo de sua vida útil, conforme sugerido por Samanez (2009).
Para ilustrar isso de maneira mais clara, será apresentado a seguir um gráfico que
representa a vida econômica dos dois equipamentos. Esse tipo de representação gráfica ajuda
na compreensão do conceito de "Vida Econômica", auxiliando na decisão de quando
substituir um bem por outro, em um contexto econômico (ABENSUR, 2015).
17

Figura 7 — Comparação dos Custos e Economia Anual dos Equipamentos ao Longo dos Anos

Fonte: Os autores (2023).

Conforme ilustrado no gráfico, a vida econômica do equipamento novo é


significativamente mais longa do que a do equipamento antigo. Isso é devido ao menor custo
ajustado anual associado ao equipamento novo.
Além disso, é importante notar que a economia anual ajustada aumenta a cada ano.
Isso ocorre porque o custo do equipamento antigo aumenta a cada ano devido à inflação,
enquanto o custo do equipamento novo permanece relativamente estável.
Portanto, a partir desta análise, pode-se concluir que a substituição do equipamento
antigo pelo novo será uma decisão econômica acertada a longo prazo. Esta análise destaca a
importância de considerar a vida econômica dos bens ao tomar decisões de gestão de ativos.

5 Considerações finais

Este estudo buscou examinar a viabilidade financeira da substituição da prensa


hidráulica atual por uma nova no resort de Praia do Forte. Baseando-se no método de
substituição idêntica e no cálculo do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE), foi possível
demonstrar que a nova prensa apresenta vantagens econômicas significativas em comparação
com a manutenção da prensa existente.
Embora as estimativas apresentadas aqui sejam baseadas nos melhores dados
disponíveis, é importante reconhecer que existem incertezas associadas a qualquer análise
financeira. O custo futuro de manutenção da nova prensa, possíveis variações na taxa mínima
de atratividade e a vida útil real da nova prensa são todos fatores que poderiam impactar o
CAUE. No entanto, mesmo levando em conta possíveis variações nesses parâmetros, é
provável que a substituição da prensa atual ainda resulte em economias substanciais.
18

Este trabalho oferece uma análise valiosa para o resort em sua busca para melhorar
suas operações de gerenciamento de resíduos e se tornar mais sustentável. Além disso, a
metodologia aplicada aqui pode ser útil para outros estudos que buscam avaliar a viabilidade
financeira de substituições de equipamentos em várias outras indústrias e contextos.
No entanto, os benefícios da substituição da prensa vão além das economias
financeiras. A nova prensa é provável que seja mais eficiente, confiável e menos propensa a
falhas, o que pode resultar em uma operação mais suave e eficaz do gerenciamento de
resíduos. Além disso, a nova prensa pode contribuir para os esforços do resort em ser mais
sustentável, o que é cada vez mais valorizado pelos clientes e pela sociedade como um todo.
Finalmente, a decisão de substituir a prensa não deve ser baseada unicamente em
considerações financeiras. Aspectos como o impacto ambiental da nova vs. a prensa existente,
a melhoria da operação de gerenciamento de resíduos e o alinhamento com as metas e a
imagem do resort também devem ser levados em consideração. Este estudo é apenas uma
parte do que deve ser uma avaliação mais ampla sobre a decisão de substituir a prensa.

REFERÊNCIAS

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revisão da literatura. 2015. SCIELO. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/gp/a/NFhDsmNFfVdpbNQ8mrWs88h/. Acesso em: 20 jun. 2023.

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%20Valor%20Presente%20L%C3%ADquido_VPL.pdf. Acesso em: 2 jun. 2023.

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2007. Disponível em: https://www.academia.edu/16296156/Prensa_hidraulica. Acesso em: 2
jun. 2023.

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e-exemplos/#:~:text=Valor%20presente%3A%20%C3%89%20a%20forma%20de%20avaliar
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COSTA, Reinaldo. ENGENHARIA ECONÔMICA. 2019. Disponível em:


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DUARTE, Cristiani et al. MÉTODO DO CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE


COMO FERRAMENTA PARA A SUBSTITUIÇÃO DE FROTA. 2007. Disponível em:
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GITMAN, L. J. (2010). Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson Prentice


Hall.

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SAMANEZ, C. P. (2009) Engenharia econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

STUMPF, Kleber. Valor presente: o que é, como funciona e como calcular. 2023.
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2023.

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