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Inês Ribeiro
N.º 14252
Índice
Introdução....................................................................................................................................2
NUT III: Área Metropolitana de Lisboa.........................................................................................3
Região em análise: Sintra.............................................................................................................3
Oferta turística.............................................................................................................................4
N.º de estabelecimentos..........................................................................................................4
N.º de estabelecimentos por tipo (2022).............................................................................5
N.º de estabelecimentos por categoria (2022).....................................................................6
Capacidade de alojamento.......................................................................................................7
Capacidade de alojamento por tipo (2022)..........................................................................8
Capacidade de alojamento por categoria (2022)..................................................................9
Evolução da oferta......................................................................................................................10
Procura turística.........................................................................................................................12
Dormidas................................................................................................................................13
Dormidas por tipo (2022)...................................................................................................14
Dormidas por categoria (2022)...........................................................................................15
Hóspedes (2022)....................................................................................................................16
Evolução da procura...................................................................................................................17
Desempenho das empresas.......................................................................................................19
Rev Par...................................................................................................................................19
Taxa líquida de ocupação........................................................................................................19
Conclusão...................................................................................................................................20
Bibliografia.................................................................................................................................21
1
Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Geografia e Mercados Turísticos da
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), sob a orientação da docente Eunice
Gonçalves.
Este tem como objetivo analisar a dinâmica do mercado turístico na Área Metropolitana de
Lisboa (no período de 2018 a 2022), com especial atenção à região de Sintra. Através desta
investigação, procura-se compreender a evolução da oferta e da procura em alojamento, bem
como o desempenho das empresas do setor e a relação do alojamento com o território.
Todos os dados deste trabalho foram retirados do INE – Instituto Nacional de Estatística.
Pretende-se que este trabalho contribua para uma visão abrangente do panorama turístico na
área acima referida, contendo perceções relevantes para compreender a dinâmica turística.
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NUT III: Área Metropolitana de Lisboa
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) é uma região em Portugal que inclui 18 cidades, como
Lisboa, Sintra, Cascais e Amadora. Analisando dentro da NUTS III, a AML é a região mais
populosa do país com cerca de 2,9 milhões de habitantes. Os concelhos mais populosos são
Lisboa (com cerca de 510 mil habitantes) e Sintra (com aproximadamente 392 mil habitantes).
Tem cerca de 319,23 km² de área e 385.606 habitantes (dados do Censo de 2021). O município
é limitado a norte pelo município de Mafra, a leste por Loures, Odivelas e Amadora, a sudeste
por Oeiras, a sul por Cascais e a oeste pelo oceano Atlântico.
A Vila de Sintra é notável pela presença da sua arquitetura romântica, resultando na sua
classificação enquanto Paisagem Cultural de Sintra, Património Mundial da UNESCO. A serra de
Sintra é considerada um local místico e mágico, cheio de vegetação, nos arredores da Grande
Lisboa, bem no coração do Parque Natural Sintra-Cascais.
Em termos turísticos, Sintra tem diversos pontos de interesse que podem ser visitados como o
Palácio da Pena; a Quinta da Regaleira; o Palácio Nacional de Sintra; o Palácio de Monserrate; o
Palácio Real de Queluz e o Museu de Arte Moderna em Sintra.
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Oferta turística
Para a análise da oferta turística nas áreas de estudo, foram utilizados dois fatores: o número
de estabelecimentos e a capacidade de alojamento.
Para além dos valores totais destes fatores, tanto o número de estabelecimentos como a
capacidade de alojamento, foram divididos em “tipo” e “categoria”.
N.º de estabelecimentos
Podemos ainda ver que em ambas as regiões (não contando com a AML), o ano em que foram
constatados mais estabelecimentos de alojamento turístico, foi em 2019. A razão principal do
decréscimo de 2019 para 2020 foi, com certeza, a pandemia COVID-19.
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N.º de estabelecimentos por tipo (2022)
Falando mais concretamente nos tipos de estabelecimento turístico, o que apresenta uma
maior quantidade percentual em todas as regiões é o alojamento local, seguido da hotelaria e,
por fim, o TERH.
Sintra é a região que apresenta uma maior percentagem relativamente ao alojamento local.
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N.º de estabelecimentos por categoria (2022)
Os aldeamentos turísticos têm ainda um pouco peso na hotelaria sendo que, nas regiões
estudadas, apenas existem dados de que Cascais possuí 2 aldeamentos turísticos.
Relativamente a Sintra, esta região apresenta apenas uma unidade de cada estabelecimento,
exceto de aldeamentos turísticos que, como já mencionei anteriormente, não tem nenhum.
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Capacidade de alojamento
Relativamente à capacidade de alojamento das regiões em análise, Lisboa foi a região que, em
todos os anos, se destacou com maior capacidade, seguida de Cascais e, por fim Sintra.
Podemos ver que em Lisboa, o ano em que foi constatada uma maior capacidade de
alojamento foi em 2022 e, tanto em Sintra como em Cascais, a capacidade máxima foi atingida
em 2019 (dentro do intervalo estudado).
Para se ter uma noção mais rigorosa, em 2022, a AML tinha uma capacidade de alojamento de
94 545. Destes valores, 67 283 correspondiam à região de Lisboa, 8529 à região de Cascais e
3631 à região de Sintra
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Capacidade de alojamento por tipo (2022)
Falando mais concretamente nos tipos de estabelecimento turístico, o que apresenta uma
maior quantidade é a hotelaria, seguido do alojamento local e, por fim, o TERH (existindo mito
pouca quantidade em Lisboa e Sintra e nenhuma quantidade em Cascais).
Dessa capacidade, 2 025 fazia parte da hotelaria (56%), 1 523 em alojamentos locais (42%) e 83
em estabelecimentos de TERH (2%).
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Capacidade de alojamento por categoria (2022)
Relativamente à capacidade de alojamento por categoria, existem muito poucos dados. Dos
dados fornecidos pelo INE, existem 1 895 hotéis-apartamentos em Cascais e 2 028
apartamentos turísticos em Lisboa. De resto, não existem ou não foram fornecidos os restantes
dados.
Relativamente aos tipos de hotéis, também não existem ou não foram fornecidos os restantes
dados.
Portanto, os únicos dados existentes, são que existem 638 hotéis de 4 estrelas (64% do gráfico
circular) e 356 hotéis de 2 estrelas (36% do gráfico circular), em Sintra.
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Evolução da oferta
Em Cascais, a tendência foi semelhante à da AML. O índice atingiu um pico de 126,8 em 2019,
caiu para 92,7 em 2020, e tem vindo a recuperar desde então, atingindo 117,1 em 2022.
Em Lisboa, a queda em 2020 foi ainda mais acentuada, com o índice caindo para 65,6. Apesar
de uma recuperação nos anos seguintes, o índice em 2022 ainda era o mais baixo entre as
quatro áreas, com um valor de 104,2.
Finalmente, em Sintra, apesar de uma ligeira queda em 2020 para 80, o índice tem vindo a
aumentar de forma constante, atingindo 124 em 2022, o mais alto entre as quatro áreas.
Estas tendências podem ser indicativas de vários fatores, incluindo o impacto de eventos
globais como a pandemia COVID-19, mudanças na procura turística, políticas locais, entre
outros.
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O gráfico acima representa a evolução da capacidade dos estabelecimentos de alojamento
turístico em quatro áreas de Portugal: Área Metropolitana de Lisboa (AML), Cascais, Lisboa e
Sintra, de 2018 a 2022. O ano de 2018 é usado como base, com um índice de 100.
Em Cascais, o índice aumentou ligeiramente para 104,9 em 2019, caiu para 79,5 em 2020, e
tem vindo a recuperar desde então, atingindo 100,2 em 2022.
Em Lisboa, a queda em 2020 foi ainda mais acentuada, com o índice a diminuir para 63. Em
2022, o índice registou os valores mais altos entre as quatro áreas, em 113,2.
Por fim, em Sintra, apesar de uma ligeira queda em 2020 para 74,4, o índice tem vindo a
aumentar de forma constante, atingindo 104,5 em 2022.
A queda acentuada em 2020 em todas as áreas pode ser atribuída à pandemia COVID-19, que
teve um impacto significativo no turismo global. As restrições de viagem e o medo podem ter
levado a uma diminuição na demanda por alojamento turístico.
Além disso, a recuperação em 2021 e 2022 é um sinal de que o setor de turismo já começou a
recuperar.
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Procura turística
Para a análise da procura turística nas áreas de estudo, foram utilizados dois fatores: o número
de dormidas e o número de hóspedes.
Para além dos valores totais do número de dormidas, este fator ainda foi dividido em “tipo” e
“categoria”.
Como já foi mencionado anteriormente (Oferta turística – pág. 4), o tipo corresponde aos
valores da hotelaria, do alojamento local e do turismo rural e de habitação. Já a categoria
engloba todos os valores dentro da hotelaria, ou seja, os hotéis (de 1 a 5 estrelas), os hotéis-
apartamento, as Pousadas/Quintas da Madeira, os apartamentos turísticos e os aldeamentos
turísticos.
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Dormidas
Relativamente ao número de dormidas nos estabelecimentos turísticos, Lisboa foi a região que,
em todos os anos, se destacou com um maior número de dormidas, seguido de Cascais e,
depois, Sintra.
As três regiões tiveram aproximadamente o dobro do número de dormidas de 2021 para 2022.
Para uma melhor compreensão dos dados, eis a tabela abaixo:
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Dormidas por tipo (2022)
Falando nas dormidas nos estabelecimentos por tipo, onde existiu uma maior quantidade de
dormidas em todas regiões foi na hotelaria, seguido do alojamento local e, por fim, o TERH.
Em cascais apenas existem dados da hotelaria (total de 1 331 390 dormidas em 2022).
Dessas dormidas, 395 696 faziam parte da hotelaria (60%), 247 489 em alojamentos locais
(38%) e 12 290 em estabelecimentos de TERH (2%).
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Dormidas por categoria (2022)
Relativamente ao número de dormidas por categoria, existem poucos dados. Dos dados
fornecidos pelo INE, houve 338 658 dormidas nos hotéis-apartamentos em Cascais e 301 838
dormidas em apartamentos turísticos em Lisboa. De resto, como capacidade de alojamento por
categoria, não existem ou não foram fornecidos os restantes dados.
Relativamente aos tipos de hotéis, também não existem ou não foram fornecidos os restantes
dados.
Porém sabe-se que existiram 144 342 dormidas em hotéis de 4 estrelas (60% do gráfico
circular) e 98 145 dormidas hotéis de 2 estrelas (30% do gráfico circular), em Sintra.
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Hóspedes (2022)
Como todos os fatores apresentados anteriormente, mais uma vez, Lisboa apresenta uma parte
significativa do número de hóspedes na AML, sendo a região estudada com mais hóspedes nos
estabelecimentos turísticos anualmente, seguido de Cascais e em seguida Sintra. O número de
hóspedes relaciona-se diretamente com a capacidade de alojamento (onde também consta a
mesma ordem da maior para a menor capacidade– Lisboa; Cascais e Sintra).
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Evolução da procura
Na AML, houve uma queda bastante acentuada de 2019, para 2020, passando de 106,4 para 30
(possivelmente devido ao impacto da pandemia COVID-19 no setor de turismo). Desde então,
tem havido uma recuperação gradual, tendo atingido 102,7 em 2022.
Em Cascais, o índice aumentou ligeiramente para 102,0 em 2019, caiu para 29,4 em 2020, e
tem vindo a recuperar desde então, atingindo 96,7 em 2022.
Em Lisboa, a queda em 2020 foi ainda mais acentuada, com o índice a diminuir para 26,4.
Apesar de uma recuperação nos anos seguintes, o índice em 2022 foi de 101,1.
Por fim, em Sintra, apesar de uma queda em 2020 para 39, o índice tem vindo a aumentar de
forma constante, atingindo 103,1 em 2022.
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O gráfico acima representa a evolução do número de hóspedes nos estabelecimentos de
alojamento turístico em quatro áreas de Portugal: Área Metropolitana de Lisboa (AML),
Cascais, Lisboa e Sintra, de 2018 a 2022. O ano de 2018 é usado como base, com um índice de
100.
Na AML, houve, de 2019 para 2020, uma queda acentuada para 32,3, possivelmente devido ao
impacto do COVID-19 no setor de turismo. Desde então, tem havido uma recuperação gradual,
tendo atingido 101,5 em 2022.
Em Cascais, o índice aumentou ligeiramente para 106,4 em 2019, caiu para 31,3 em 2020, e
tem vindo a recuperar desde então, atingindo 95,9 em 2022.
Em Lisboa, a queda em 2020 foi ainda mais acentuada, com o índice a diminuir para 27,6.
Apesar de uma recuperação nos anos seguintes, o índice em 2022 era de 100,8.
Por fim, em Sintra, apesar de uma queda em 2020 para 44,9, o índice tem vindo a aumentar de
forma constante, atingindo 104,1 em 2022.
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Desempenho das empresas
Rev Par
Localização geográfica (NUTS - 2013) Rendimento médio por quarto (Rev Par) (€) nos
estabelecimentos de alojamento turístico por
Localização geográfica (NUTS - 2013) e Tipo
(alojamento turístico); Anual
2022
2022
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Conclusão
Este estudo proporcionou uma análise aprofundada da dinâmica do mercado turístico na Área
Metropolitana de Lisboa, com um foco especial na região de Sintra, de 2018 a 2022.
Os dados revelaram que o setor de turismo foi significativamente impactado pela pandemia
COVID-19 em 2020, com uma queda acentuada em todos os indicadores. No entanto, também
foi evidente uma recuperação gradual em 2021 e 2022, sugerindo a resiliência do setor e a sua
capacidade de se adaptar a circunstâncias desafiantes.
Em conclusão, este trabalho contribuiu para uma compreensão mais abrangente do panorama
turístico na Área Metropolitana de Lisboa. As perceções obtidas são valiosas para a
compreensão da dinâmica turística na região e podem informar futuras decisões estratégicas
no setor de alojamento turístico.
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Bibliografia
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