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Palestras sobre Temas Brasileiros e Filosofia

Mário Ferreira dos Santos

FERREIRA DOS SANTOS, Mário. Palestras sobre Temas Brasileiros e Filosofia. Mais
Indutivo Editorial, 2022.

Parte I
Vamos regravar agora uma palestra pronunciada no dia 24 de abril de 1967 no convívio.
Apenas parte, fragmentos da palestra, porque infelizmente parte dela não foi
devidamente gravada. O ar, e foram que eu não me ative. Agora eu quero expor aqui,
antes de entrarmos na matéria de hoje, que a matéria de hoje vai ser dada pelos
senhores, eu quero apenas chamar a atenção a um ponto importante, que foi falado aqui,
dos nossos amigos, e que se presta bem para explicar a minha posição. Há muitas
pessoas que se admiram de que, sendo eu um filósofo, que trate de matérias que
pertencem a tantas diversas disciplinas. Mas todas essas disciplinas pertencem à
filosofia. O que deveria preocupar, impressionar, era que, precisamente, eu, como
filósofo, não fosse capaz de tratar dessas matérias. porque na filosofia não há
especialização. Filósofo especialista é uma contradicção inadjétrica, porque a filosofia é
universalista, generalista, por natureza. E uma especialidade na filosofia pode haver de
professores de filosofia, mas não de filosofia. Nenhum grande filósofo na humanidade
foi especialista. Nenhum. Todos foram universalistas, todos trataram de tudo quanto
cabe ao campo da filosofia. Porque se nós não somos capazes, hoje alguém, uma
ocasião, chamou a atenção porque eu estava dando uma aula numa faculdade e um
professor comentou, como é que ele pode tratar, aplicar a teoria das quatro causas de
Aristóteles a teoria das quatro causas também para interpretar o socialismo. Porque
nesse caso, que valor tem a filosofia? O quê? A filosofia é um acervo de conhecimentos,
de iludição? A filosofia é apenas um acúmulo de dados? É uma ciência protocolária? É
uma ciência de fichário? Absolutamente. A filosofia não é isso. Os que pensam que
filosofia é isso estão completamente enganados. A filosofia tem que dar essa
capacidade. universalista, decatar tudo sobre o ângulo da sua universalidade, além do
ângulo também da sua particularidade. E o filósofo tem que ser um homem capaz de
penetrar em todos os temas, em todos os setores, naturalmente, onde cabe a filosofia
tratar. Fora naturalmente daquilo que não pertence propriamente ao campo da filosofia.
em sociologia ou em economia, que são específicas da economia, me perguntarem, por
exemplo, qual foi a produção de bezerros malhados na U-1965? Eu não posso saber,
nem o interesse de ter esse conhecimento. O que me interessa é ter um aspecto universal
da produção agrícola, agrária, pecuária da Holanda. Isto é que é tecnologia, portanto não
devem espantar. Deu proceder assim, porque se eu não soubesse aplicar a dialética,
qualquer disciplina, não pudesse aplicar a metafísica em qualquer disciplina, bem, se eu
não pudesse aplicar a matéria em qualquer disciplina, eu não seria filósofo. Agora, ser
um médio professor de filosofia eu não sou. Eu posso dar aulas de filosofia, dar aulas
especializadas, mas não sou propriamente um professor de filosofia. Eu sou um filósofo.
É a liseita, é uma obra realizada, a obra existe, a obra está aí publicada quer queira ou
quer não, tem 85 livros publicados, não são folhetinhos, são livros volumógrados, e tem
mais um 100 para sair, que vão começar a sair agora dois por mês, a partir do mês de
maio em diante. Mas eu tenho a minha obra realizada, feita, e é nesse sentido. e me
atrevo a tratar desses assuntos porque eu trato dentro do campo filosófico. Agora, se
vier debateiro comigo alguém, se vier debateiro comigo, pode debateiro no campo
filosófico. Agora, se quiser descer para a data, saber qual é o encaixe do Banco do
Brasil no mês passado, em finanças, estes temas eu não posso ter. Poderia ter em outra,
mas eu não posso ter, nem me cabe ter estas partes. que são puramente
particularizações, não interessa propriamente ao campo da filosofia. Eu queria
esclarecer este ponto porque eu sei que, como predomina nas escolas e nas
universidades, infelizmente, o espírito do especialismo, que desde que entrou só serviu
para perturbar o desenvolvimento da cultura humana, e fazer com que esses três séculos
sejam os três séculos mais estéreis do pensamento humano, eu sei que esse espírito
influi na juventude que não está devidamente preparada e não sabe como reagir a esta
maneira de ver. Agora podem verificar na história da filosofia dos grandes filósofos,
muito existentamente grandes filósofos, não daqueles que são insensados... de uma
publicidade mal intencionada, mas dos grandes filósofos mesmo na história da
humanidade, ele vai propor as matérias. Pode propor sobre os temas tratados e pode
propor também sobre qualquer tema de filosofia, escolha do ativo ao vitório, qualquer
matéria também que quiser. Eu tratarei, trarei as respostas aqui dentro das minhas
possibilidades, porque como nós estamos atualmente com uma turma relativamente
pequena... E como o interesse pelos problemas brasileiros é mínimo, porque eu só
queria, eu disse aqui, que os brasileiros cuidassem dos seus problemas, cuidam do
banho dos seus, como cuidam o chinês dos seus, como cuidam o russo dos seus e o
americano também dos seus. E assim, sensivelmente, os outros povos cuidam dos seus
problemas, mas nós achamos que os nossos problemas são secundários. e não queríamos
tomar consciência do risco que nós estamos tendo e do destino que nos ameaça. Porque
nós marchamos para tornarmos um país felá, um país de favelas, um país de miséria.
Nós tínhamos uma percentagem de miseráveis no século passado, que era a quinta parte
em relação ao que temos hoje, apesar de todo o nosso... e o seu do progresso, nós
aumentamos o número dos analfabetos e aumentamos o número dos miseráveis. Em São
Paulo foi feito um levantamento real sobre o analfabetismo e chegou a ser essa triste
confusão. Ah, em São Paulo, cerca de 80% de analfabetos. Por que este assinar o
número não basta? E sabe qual foi o teste exigido? Ler um artigo... da Gazeta Esportiva,
apenas, e escrever algumas linhas. Apenas 20% foi a média que deu de pessoas aptas a
ler um artigo da Gazeta Esportiva, uma notícia de partida de futebol, e saber escrever
algumas linhas. Não basta apenas saber assinar o seu nome, pra assinar a folha de
pagamento numa firma. ou ler os títulos de manchetes de jornal, isso não é coabitização
suficiente. Esta é a nossa terrível realidade que nós estamos. Isso foi feito por uma
faculdade aqui de São Paulo, cujos alunos percorreram o Estado em várias regiões,
fizeram esse levantamento, e é triste verificar-se o resultado do mesmo. Isso nós não
verificamos no tempo do império, porque se nós fizéssemos um calma... Entre os
escravos, talvez entre os escravos, mais de 20% sabiam ler e escrever. E tanto sabiam
ler e escrever que os negros deram uma floração de grandes homens no século passado,
no princípio deste século, que nós não verificamos mais. Onde estão os Cruz e Sousa?
Onde estão os Francisco e Zota Viagra? Onde estão os Luiz Ganos? Onde estão os Zé
de Patrocínio? onde estão todos esses, que eu podia citar, inúmeros negros de valor.
Inclusive, nós temos que notar que o avô do Barbosa era preto. Nós temos que notar que
o avô do esconde de rei branco era preto. Nós tivemos o Francisco Octaviano, que era
preto, que foi um dos grandes ministros brasileiros, uma das grandes capestas do Brasil.
Nós tivemos o Rebouças, um dos maiores engenheiros brasileiros. tivemos vários
economistas de valor no Brasil pretos. Pois estão! Por que a raça preta não deu mais
nada depois de libertada, de ter todos os meios que a temagogia afirmou que lhes daria?
Hoje o que ela pode dar é jogadores de boxe, jogadores de futebol, cantores, e nós não
vemos qual é o intelectual preto no Brasil que possa colocar ao lado desses valores do
passado. É preciso ver essas realidades nossas que não querem ver. Um outro assunto,
antes de nós abrirmos as perguntas aos senhores, que eu deixei de tratar na vez passada,
foi um problema que se deu durante a década, que vai de 1920 a 1930, uma década das
mais tristes para a humanidade, porque foi a grande década da decepção em
consequência da Guerra de 1418, em que houve uma revolta sobretudo dos artistas e
literários do mundo inteiro. contra todos os cânions do passado, mas contra todos os
cânions indescriminadamente e desorientadamente. Então nós tivemos aqui no Brasil
uma das coisas exalçadas como uma das grandes obras nossas, que era uma mera
imitação desse movimento de rebeldia europeia, que foi a chamada Semana de Arte
Moderna. Mas a Semana de Arte Moderna foi precisamente a campanha... que se fez
nesse Brasil para tirar do brasileiro a confiança em si própria. Porque foi a campanha
pela qual mais se combateu qualquer motivo de orgulho sobre as nossas coisas, sobre as
nossas possibilidades. Por aquela campanha foi feita a maior destruição de todo o nosso
passado, a ponto de que a juventude que entra de 30 para cá... entra completamente
desconhecedora do passado brasileiro e julgando que nós fomos sempre em fogo como
somos hoje, sem líderes, sem elites intelectuais à altura, sem realmente valores, um
deserto de homens. Mas nós não fomos um deserto de homens, não. Nós tivemos
grandes homens e grandes cabeças, mas a campanha foi tão bem feita que destruímos. É
preciso olhar esse aspecto negativo do que foi aquele movimento chamado modernista.
Se por um lado não trouxe pela libertação do artista, não sei se o artista está libertado
hoje, em um estado de angústia que ele está. Basta que nós entremos numa bienal para
nós vivemos. Ali, as angústias alheias, e sabemos como vivem angustiados esses
artistas, a sua libertação não lhes trouxe nenhuma sublimação, nenhuma elevação. Ao
contrário, desceram para as formas de cartazes mais baixas que a arte conheceu nos seus
períodos de decadência. Agora, se isso tudo é muito bonito para se defender, é muito
fácil defender, mas também é muito fácil rebater os argumentos, porque eles não têm
firmeza. O que nós temos que compreender é que, nem tanto a terra, nem tanto o mar,
que havia necessidade de se fugir do academismo, que havia necessidade de fugir da
certa canonicidade falsa que a arte moderna estava... a arte de então estava em polo nas
escolas de Belas Artes, não havia necessidade de se cair nos exageros que se tomou, que
hoje o artista é um desesperado em busca de quem não sabe o que é. e que ele não
encontra também, se não por um tempo muito restrito, uma satisfação muito passageira,
logo em seguida ele volta ao estado de angústia porque não consegue afirmar-se, nem
atingir aquela quietude que ele desejava atingir. Ora, quem acompanhou... O que foi
aquela campanha da Semana de Arte Moderna, quando eu acompanhei, era nesse tempo
estudante de escola superior, e lá vivi intensamente, e que não adivinha ela. Eu quero
que saibam que eu não adivinha, que eu reagia, não para defesa do que era ruim do
passado, mas para defesa do que era bom do passado, porque nós destruímos no Brasil
figuras de grande valor que ficaram completamente desconhecidas. Eram homens de
talento e que realizaram uma grande obra literária para se exaltar de mediocridades que
não mereciam a propaganda que depois a multidão veio dar. Então apareceu essa
floração fabulosa de poetas. Havia mais poetas de cachorro no Brasil, havia mais
pintores... do que que há piteiros nesta terra, chegamos a ponto de que o Brasil talvez,
somente naquela época, teve mais pinturas do que toda a humanidade, através de todos
os milênios da sua existência. Mas, mas que pintura? Que poesia? Que arte? Qualquer
coisa sobrou, e o que sobrou disso tudo? Aqueles que realmente tinham talento. Aqueles
que realmente se afirmariam, apesar da cadenicidade. Aqueles que têm o capacete de ser
um ser humano. nem os câmbios impediram que sófocos fosse sófocos. E basta. De
forma que é neste ponto que eu deixei de tratar. Foi um desfazer. É perder essa
confiança nos destinos do Brasil. De forma que hoje o Brasil é um país sem destino. Eu
tive aqui a oportunidade na vez passada de perguntar aos presidentes qual era o ideal do
povo brasileiro e não houve ninguém que soubesse dizer. Porque realmente é esta a
nossa verdade. É um povo que não tem o ideal. Todos os povos têm um ideal, todos os
povos preturiam alguma coisa. Só nós é que não temos. Agora, será que nós vamos
continuar assim? E se continuarmos assim, marcharemos para... país fela. Seremos no
século XX um país como a Índia, ou pior, um país fela. Há 20 anos atrás, em São Paulo,
existia apenas uma favela. Há 15 anos atrás São Paulo tinha apenas 4 mil fabeladas. E
hoje, o que tem São Paulo? Com todo o seu progresso, a cidade que mais cresce no
mundo, não sei quanta frase bonita que se diz. Onde está o nosso progresso? Que
progresso é esse enquanto a miséria cresceu no país? O Nordeste não foi sempre terra de
miséria. Lembramos que no século passado, por volta de até 1870, o Nordeste...
produzia muito mais que o suco, pelo menos pagava muito mais em costos que o suco.
Por que caiu tudo isso? Por que tudo esse Brasil foi caindo? Por que esse Brasil foi
perdendo a confiança em si mesmo? Porque nós passamos a olhar apenas o estrangeiro,
a ver as coisas do lado de fora, a valorizar apenas aquilo que pertence aos outros. E as
nossas elites nos traíram, deixaram de ser brasileiras. para serem francesas, ou inglesas,
ou americanas, ou italianas, ou alemãs, mas brasileiras? Não! Vejam as nossas escolas,
quem tem valor é só quem é estrangeiro. Ninguém acredita em coisa alguma feita por
brasileiro. Parece que o brasileiro nunca foi capaz de fazer nada. Porque também não se
conhece de que os brasileiros fizeram. Há um hiato completo, pouca gente. Hoje tem a
noção do que era o Brasil de 30 para trás. Muito pouca gente. E eu falo isso porque a
gente não diga a massa popular, porque essa é natural, o que desconhece, sempre
desconheceu. Mas eu digo a massa das escolas superiores, que também desconhece.
Pensa que está no Brasil, se estuda apenas no grupo escolar, e não procura mais analisar,
penetrar, invadir, para saber quais, onde estão as causas que estão produzindo os efeitos
de hoje. e que nós não vamos evitar esses efeitos, não atacarmos essas causas, se não
procurarmos solucionar essas causas, porque elas estão vivas, presentes, atuando e nos
levando a esse estado de coisa em que vivemos. Quem quiser pensar que pode acontecer
diferentemente, está apenas iludindo-se, enganando-se a si próprio, está num
pensamento que nem é utópico, é que mesmo... Veramente que não tem nenhuma base
real, não tem nenhum fundamento real. Bom, estou entregado à pergunta dos senhores.
Então eu vou passar a responder um conjunto de perguntas que me foram interessadas.
Naturalmente, como são perguntas que, por si só, exigiriam vários cursos e termos, eu
vou procurar ser o mais sucinto, mas também o mais preciso, para que se tenha dessas
matérias uma verdadeira... uma verdadeira colocação. Um dos grandes problemas que
eu considero, hoje em dia, no campo da filosofia que já vem de longe, já vem nesses
últimos séculos, é a falta de uma nítida compreensão entre a filosofia especulativa e a
filosofia prática, entre o que se chama ciência especulativa e o que se chama de ciência
prática. Por quê? Muitas vezes, nós nos encontramos em face do que é válido no campo
do especulativo e não é válido no campo da praticidade. Outras vezes encontramos que
aquilo que é válido no campo da praticidade não é no campo especulativo. Então,
encontramos em face de dificuldades teóricas que são fáceis de resolver. Porque eu digo
sempre que em filosofia não há questões infinitas, há apenas questões mal colocadas.
Desde que se faça uma boa colocação no problema, as questões tornam-se de fácil
solução. Ora, o que caracteriza propriamente o ser humano? É aquilo que os antigos
chamavam a sua racionalidade, que entrava na sua definição clássica, homem, animal,
racional. E nesse termo de racionalidade, inclui-se dois aspectos que possui o homem
que não possui os outros animais que nós conhecemos terrestres. É que o homem dispõe
de uma vontade e de um entendimento. uma vontade que lhe permite deliberar e
escolher entre futuros contingentes, em que o homem pode acertar ou errar na sua
escolha, porque sempre ele busca aquilo que é o seu bem, isto é, aquilo que é
conveniente à sua natureza. A natureza do homem considerado na sua estaticidade... na
sua dinamicidade, isto é, no desenvolvimento das suas possibilidades que vão se
atualizando, e também na sua cinematicidade, isto é, nas suas correlações e
interatuações com os seus semelhantes dentro da vida social. E bem é, portanto, aquilo
que é conveniente a essa natureza. A vontade tende para o bem, mas nós, ao tendermos
para o bem, podemos errar, podemos escolher mal no bem, não sabermos escolher entre
o bem e o mal, escolhendo muitas vezes um bem menor por um bem maior, ou
escolhendo o mal por um bem legítimo para nós. Este é o nosso pecado original, pecado
da espécie humana, pecado com o qual todos nós nascemos, pecado que na alegoria das
genes é apresentado pela desobediência do ato, do ato de Adão e Eva, que querem
referir-se a uma desobediência, porque o ser humano é o único ser. que pode dizer não,
porque os animais não dizem não. Os animais apenas seguem os seus instintos, ocupam-
se daquilo que é perigoso para sua existência. E os seus instintos são suficientes para
lhes indicar o que é conveniente à sua natureza. Mas o ser humano não, é um ser
desprovido de instintos. É um ser que precisa analisar, cogitar, escolher, verificar, e
consequentemente ele pode errar. Por isso, ele é o comer do fruto, da árvore da ciência,
que é a árvore do saber que o homem dispõe, ele está sujeito às negações, é possível
desobedecer, ele desobedece. porque eles obedecem à própria natureza, porque nós
mesmo perdemos os nossos instintos, logo que nascemos, os nossos instintos não duram
muito, mesmo que também não temos uma pedagogia que saiba aproveitar a nossa
instintividade. Os pedagogos não se interessaram ainda por essa matéria, porque não
conhecem teologia. Se conhecessem, procuraria outras soluções. Mas isso é outra
matéria, isso não cabe aqui. Agora, a confusão entre o especulativo e o prático está aqui,
porque o nosso entendimento ele tem uma orexas também, ele também tem um desejo,
um apetite, ele parte para alguma coisa. Assim como a nossa vontade parte para o vento,
o nosso entendimento parte para a verdade. Nós queremos captar a verdade. O homem é
um ser amelhante de bem e de verdade. É um ser que se coloca entre essas duas
exigências da sua natureza, da sua natureza humana, não animal, a verdade e o bem. E o
entendimento é esta capacidade de... de buscar a verdade enquanto a vontade, a
capacidade de buscar o bem, ou, num termo mais moderno, que aliás é clássico, termo
greco, orexis, que corresponde mais ou menos ao apetite, o apetito latino, que quer dizer
esse apetei, esse adi-petei, esse pedir para, esse pedido para alguma coisa, um pede para
o bem, pede o bem, o outro pede a verdade. Tanto consequentemente, o homem constrói
o seu mundo fundado nessas suas duas grandes realidades. O mundo da vontade é o
mundo da sua prática, é o mundo da sua dramaticidade, é o mundo da sua ser. E o
mundo do seu entendimento vai colimar na obra especulativa, o mundo da criação
intelectual. Então, nós podemos dizer assim, que o mundo da prática é uma criação da
vontade, enquanto que o mundo da especulação é uma criação do entendimento. Mas,
estando estes dois separados, será que o entendimento é algo que funciona
completamente estampi da verdade? Não. Os dois estão presentes. A vontade precisa do
entendimento para deliberar bem, e o entendimento precisa da vontade para por-se em
ação para alcançar a verdade. Ora, a filosofia surge, portanto, tem as suas raízes na ação
do homem, neste desejo do bem. porque ele aspirando o bem, ele investiga, ele anela
esse conhecimento e sobretudo tem suas raízes nesse anelo, nessa orexas pela verdade
que lhe dá o entendimento. E a filosofia, como é se polarizar? Aquela que predomina o
entendimento é especulativo e aquela que predomina a vontade é a filosofia prática.
Então, nós temos o seguinte. Na filosofia prática, o valor principal para qual atende é o
conveniente, é o certo, é o conveniente. Toda a vida prática humana, o que fala, é aquilo
que pode corresponder à natureza humana, em todos os aspectos em que ela é
considerada, de todas as formas proteicas que ela possa se manifestar, enquanto que na
especulação. É a verdade. Ora, não observamos logo, e é fácil observar, porque o que se
refere à verdade é indivisível, porque a verdade é indivisível. Ou é, ou não é. Então, no
mundo especulativo, nós estamos no mundo do alt, alt. No mundo do ou, ou. A
disciplina que nos pode guiar, com a matemática, com a lógica, trabalhando, com a
dialética que trabalha no mundo especulativo, tem que trabalhar com o trabalho da
lógica formal, entre ou verdade ou falsidade. Não há o menos falso, nem o mais falso.
Não há o menos verdadeiro, nem o mais verdadeiro. Há o verdadeiro ou há o falso. Mas
já no mundo da praticidade humana, As coisas poderão ser mais ou menos
convenientes, poderão ser melhores ou piores, poderão ser mais certas ou erradas. Então
nós temos uma gradividade, temos uma divisibilidade. Por isso, nesse mundo, domina a
gradação, a intensidade, os graus intensistas. é estático, as ideias são estáticas, os
princípios são estáticos, tudo é incongutável, ou é, ou não é. Ora, o valor, se nós
procuramos a sua origem da palavra axiologia, nós sabemos que ela vem do termo
grego axios, que significa valor. Nós temos um outro termo no grego, também
significando o valor, que é a língua mais rica neste ponto que é a portuguesa, que se
chama TINUS. O TINUS é o valor de um sentido prático, e o AXIUS é o valor de um
sentido especulativo. Do TINUS, nós temos a presença dele em palavras como estimar,
estimação... Estimamos as coisas. Aqui uma interrupção na gravação devido a ter
terminado a fita e não ter se notado, mas foi esclarecido o conceito de axiologia
predominantemente especulativa e etimologia sendo predominantemente prática. O que
não, que se salientou depois para evitar certas confusões, era que isso não impedia que a
etimologia fosse estudada somente como uma região da metafísica. Isto é, tendo como
objeto principal o bônus no sentido de conceito transcendental. há uma axiologia
também aplicada à prática, porque as leis matéticas, elas presidem também a prática.
Não foi possível fazer, nesta ocasião, a explicação deste ponto, porque o auditório não
tinha conhecimento claro da matéria, mas se apresentou mostrando que as leis
incobutáveis... os Pantheismogons, que são as leis universais, são as leis arquetípicas,
que presidem também a axiologia, presidem também a timologia e a axiologia quando
aplicada à parte prática do homem. Agora, se alguns professores de filosofia, como era
o caso do professor que estava fazendo só deve ser considerada dentro do campo da
praticidade, era uma posição que nós consideramos mal colocada, porque nós estávamos
desviando o verdadeiro sentido mais profundo da própria axiologia, que devia ser
considerada também especulativamente, além de praticamente. E mostravamos então
que os problemas axiológicos que haviam surgido deste século, de corrinho da má
colocação do problema axiológico, o qual poderia ter sido evitado desde que este
problema fosse bem colocado. E dávamos então o exemplo de quem quisesse explicar a
queda dos corpos pela interferência de uma fada. E daí prossegue então as nossas
palavras e vamos passar a regravar. Desde que a queda dos corpos... é produto de ação
de uma fada. E vai partir daí, então vai criar uma problemática, que esta fada é que faz a
queda dos corpos, etc. Vai criar uma série de problemas que lhe possam, todos mal
colocados, porque a questão foi mal colocada desde o início. Então pronto, você não
entendeu não? Entendi, eu sei que eles fazem assim, mas está errado. Não se deve fazer
assim. Há uma parte da crissiologia, como eu estava dizendo, que ela penetra na
timologia, ela auxilia os estudos timológicos com a sua parte incomutável, como nós
trabalhamos com os princípios metafísicos também na parte da ciência prática. O
princípio de não contradição é um princípio de caráter metafísico, lógico também, mas é
muito lógico primacialmente. e, no entanto, ele vai prevalecer nas outras ciências.
Então, há certos princípios da axologia especulativa que vigoram na axologia prática,
que ele chama de axologia prática, e que eu prefiro chamar de dimologia porque está
mais de acordo, porque na prática nós estimamos. O livro diz uma coisa, o senhor acha
que é de valor matar moça. Nós quando matamos os micróbios que estão dentro de nós,
que estão nos perturbando, nós não estamos prejudicando bem os micróbios, o melhor
era não deixar os títulos para eles, deixar se desenvolver e apossar esse nosso corpo,
eles diziam que o seu bem é este, mas o nosso bem não é este, e, no entanto, os valores.
Então, faça a distinção nas duas disciplinas. É como a matemática aplicada e a
matemática especulativa. Na verdade, não há uma matemática puramente especulativa,
e outra que é prática. A lógica formal não é puramente especulativa, não temos uma
lógica material realmente prática, que vai para a prática. Então, temos essas distinções.
Nós temos que fazer essas sensções. Agora não é ficar apenas num campo especulativo,
é um perigo de ficarmos num campo de abstrações, mas de não confundir os dois
campos. É o que fez, por exemplo, o senhor Roberto Campos na questão de economia
brasileira. O Roberto Campos raciocinava com argumentos especulativos, muito bem
fundados, muito bem coordenados, muito bem justificados, e praticamente não dava um
resultado, porque a prática era outra coisa. E assim foi que tem acontecido. E esse
porquê, no Brasil, nós estamos marchando para o malouco dos técnicos e para o
malouco dos professores na administração pública. Porque o povo já está desconfiando
que não serve também. Não serve o politiqueiro, mas também não serve os professores.
Nós já estamos apanhando bastante com os professores lá em cima, né? Então hoje
estamos cometendo o caso do trânsito sofá ter melhorado, sem técnicos. Então, quer
dizer, o povo brasileiro vai chegar a essa convicção que também técnico, diplomado não
serve. E isso é um coau, porque isso é uma luta contra a inteligência e consequência de
quê? Por ter efeitos de preparação intelectual, desce aos confusores. Isso não é
novidade, esse professor que deve ter usado até, não é o primeiro a fazer isso, esse é o
mundo, quase todos que escreveram sobre a axologia no mundo, ultimamente, naquele
período sobretudo, que hoje a Barraçu já não se escreve tanto, mas naquele período que
escreveu, fizeram assim. Eu escrevi um livro de axologia que se chama A Filosofia
Concreta dos Valouros, principalmente para acabar com essa confusão. Essa culpa não é
minha. Muita gente leu, muita gente comprou, porque eu já tirei quatro, cinco edições.
Mas os estudantes certamente não leem porque eles são atores brasileiros, não estão
indo no mundo. Mas a gente está perfeitamente esclarecido a matéria como deve ser
estudada e não faz confusão entre o que é prático e o que é especulativo. Agora, essa
confusão fizeram com as outras que eles assim... Por isso que eles criaram uma
problemática tremenda que uma coisa que já estava estudada pelos antigos esculares.
minha posição neste ponto está dentro. E aí e a resposta vem nas faixas terceiras. Uma
coisa, do valor tomado especulativamente, do valor tomado incomputavelmente, está na
forma da coisa. Mas há um valor da coisa na sua dinamicidade e na sua cinematicidade.
E esse valor varia. E Aristóteles estudou isso na econômica e estudou em vários outros
trabalhos. Ele procura essas outras obras que ele encontrará lá, excluídos de Aristóteles
sobre a tibodomia.

Parte II

Mas do valor tomado especulativamente, do valor tomado incomodavelmente, está na


forma da coisa. Mas há um valor da coisa na sua dinamicidade, na sua cinematicidade.
E esse valor varia. E Aristóteles estudou isso na econômica e estudou em vários outros
trabalhos. Ele procura essas outras obras que ele encontrará lá, estudos de Aristóteles
sobre etimologia. Ele encontrará. Que ele faz essa distinção. tudo na econômica. E não
só ele, todos os autores escolas da parte da econômica... Eu não me recordo do nome do
Teutero, mas daqui a pouco que ele ocorre, ele não chamava a economia como nós
chamamos, o latim tem muito nome, depois é que nós adotamos o termo grego e ficou
universalizado. Eles estudavam também esses valores variáveis, valores que variam,
porque o ente... O ente não é apenas o ente na sua forma substancial, também é ente o
acidente, também é ente a relação. Os acidentes também são entes, então há também
valores correspondentes às diversas maneiras de ser, desde os acidentes absolutos, que é
a qualidade e a quantidade na coisa, e as relações a quais pode-se dividir os acidentes de
aristóteles, porque os outros acidentes são apenas relativos. Então, segundo a
quantidade, segundo a qualidade, segundo as relações dos valores da bem-vinda. Agora,
tem um valor incomutável que é o valor substancial formal, porque esse é incomutável,
a forma é incomutável. E o aristotelismo é considerado invariante e incomutável. O
homem não é mais homem e nem menos homem. A forma, a substância não tem graus.
O senhor deve ter estudado nas categorias, o senhor sabe que se estuda assim, várias mil
escolas, substância não tem grau. Bom, quer mais? Eu fiquei que sobre a arquistologia,
está satisfeito? Quer perguntar mais um pouco? Faça a pergunta. Se tem mais algum
tema, faça. Não, isso eles vêm depois, né? Nós temos aqui umas perguntas anteriores.
Temos uma pergunta anterior, vamos primeiro tratar das outras perguntas, né? Aqui tem
uma pergunta se o Brasil se preocupa com os seus valores ou não. Bom, realmente não
caracterizar nitidamente os valores pode levar a preocupações a seu dos valores, esse é...
Valores? Realmente. Acontece o seguinte, o homem tomado na sua estaticidade, o
homem tomado na sua estaticidade, na sua natureza, ele pode ser considerado, com seu
valor supremo, atingir a plenitude da sua vida individual e a felicidade. Por isso, ele
quer alcançar ao bem supremo e à verdade supremo. Quer dizer, ele quer alcançar... a
perfeição do bem e a perfeição da verdade. Está certo? Agora... A questão que o senhor
está tratando, acontece que... que dentro do campo da prática, da vida prática humana,
que é o campo da sociologia, que é o campo da economia, que é o campo da ética, a
ética não especulativa da moral, que é o campo do direito, etc. Os valores são
estabelecidos pelo homem segundo a própria, não a estaticidade. O democracialismo
estabelece valores estáticos. O democracialismo estabelece valores primordialmente
estáticos. Mas há valores variáveis... segundo as condições históricas e segundo o drama
humano, as diversas passagens desse drama. Então nós temos escalas de valores que
variam, horas a um os valores estão assim, ou outros descem, etc., as reversões de
valores, etc. De maneira que o estudo dos valores... Tem que ser sempre em função da
história, em função do momento histórico em que ele vive. Porque o que valia, por
exemplo, para o grego pode não ter valor para nós. O que valia para nós há 200 anos
não tem valor hoje, e assim sucessivamente. É que o estudo da escada de valores é
muito sério, mas como em geral essa escada de valores é dada? pelo estamento
dominante da sociedade que impõe a sua escala de valores, então consequentemente há
essas mutações. Por exemplo, toda a sociedade humana em todos os povos, em todas as
épocas, ela passa por quatro estágios. que eu vou simplificar, porque essa matéria já de
estudo mais a mais aprofundado, eu já fiz no meu livro, O Problema Social, a cobre em
Nova Lúcia, eu escrevi sobre isso. Ela passa por esses quadros estágicos, todos os
povos, todos os ciclos culturais, e não pode deixar de ser, porque também está fundado
na própria natureza do homem. Há uma fase que domina o sacerdote, predominância do
sacerdote, há uma fase predominância do aristocrata. Há uma fase de predominância do
empresário utilitário e há uma fase de predominância do César, que seria a fase que se
diz que é de predominância do servidor. Mas o servidor, que representa a classe inferior
em todos os grupos sociais, ele nunca é o dirigente da sociedade. Marx previo que ele
seria, mas não é, nunca é. É sempre alguém que o representa, é sempre alguém que se
diz o seu representante. São Césares que vão dominar. Estas quatro estamentos,
conforme o período que eles dominam, eles estabelecem a sua escala de valores. É
lógico que na época em que predominam os sacerdotes, o valor mais alto são os valores
religiosos. Na hora que dominam os aristocráticos, os valores mais altos são os valores
nobres. Na hora que dominam o empresário utilitário, os valores mais altos são os
valores utilitários. E a massa dos servidores predomina, quase sempre, os valores
utilitários também. Porque é massa imediatista, ela tem necessidades urgentes para a
placada, ela não pode esperar, ela tem que ter soluções rápidas, ela não pode aguardar
soluções, etc. De maneira que, por isso mesmo, ela é fácil de manejar pelos outros. Ela é
sempre uma massa de manobras pelos outros por causa das suas exigências imediatas,
urgentes. Então, a história humana revela... sempre esta predominância de uma dessas
três destrezas da mesma. Agora há um período de predominância do primeiro, depois do
equilíbrio do primeiro e do segundo. Por exemplo, no nosso no acidente, o símbolo do
primeiro período, a vasilha, símbolo do segundo período, que é o clero e a nobreza, as
igrejas de duas toves, uma tova singela que representa o clero, de poucos efeitos e a
torre mais enfeitada que a torre da aristocracia. Depois vem a do empresário, que já
perde o sentido da simbólica, porque se não quer acreditar nos signos, quer entrar
diretamente nas coisas, simbólica não tem mais sentido. Então ele faz esses mostrinhos
de igreja que nós conhecemos aí, que é um misto de românico, de quótico, de.. de... e do
arroco, então faz essas coisas monstruosas que nós estamos vendo construir atualmente,
porque já a simbólica se perdeu. Então cada um desses estamentos, seus períodos de
domínio, faz predominar a sua escada de uma nova. Não é que a escala de valores na
sociedade tem que estudar isso. Agora, a luta toda está impunada em uma escala de
valores. Por exemplo, a juventude brasileira, por que escala de valores vai lutar? Isso é
preciso saber. Vai pela utilitária, pela nobre ou pela sagrada. Ela tem que saber, ela tem
que escolher uma escala de valores pela qual ela vai lutar, já que ela tem no Brasil um
papel importante, porque o Brasil é um país em elite e a juventude escolar é elite. pelo
menos os dirigentes guiam-se por esses valores, não tem a menor dúvida. É o que está
predominando. É a época própria do capitalismo, né? O capitalismo faz, tá, essa
predominância. Agora acontece, o capitalismo é diferente dos outros regimes, pois o
capitalismo deixa viver as outras escalas de valores também, quer dizer, pode-se preferir
as outras, né? É verdade também que a nobreza deixava viver a escala de valores
também? Só o que não deixa viver escala de valores de ninguém é o César. O César é a
única escala e a deles está acabado. É o período da brutalidade organizada. É o período
de libertação. É o período que se diz que é de libertação, principalmente aquele que não
tem. Só tem uma escala, só domina uma escala de valores. Quem quiser ter uma outra
escala pode tê-la, mas não pode manifestá-la. Ah, na Rússia alguém manifestar uma
escala de valores religiosa. Pode, né? Certamente ele não pode, não tem direito a
manifestar isso. Nem eu. Filosofia? Diamática. Olha, eu não sei o que é isso diamática.
Diamática. Através de... Má mente. Não sei o que quer dizer. Não sei. Porque lá tem
tantas mudas, muito, não sei. Não sei o que é. Não estou parado. Se não tenho nada, não
posso dizer nada, porque nada sei. Senhor Lócio. Calma, o senhor está com muita
pressa, presidente. Bom, então o Brasil não deve se preocupar com os seus valores, quer
dizer, pelo menos com aqueles valores que não são genuinamente nossos. Então, a gente
há muito tempo que deve ser esclarecido. Mas, infelizmente, se preocupa. Agora, há
uma pergunta aqui, se a filosofia é engajada na realidade brasileira, é possível? Bem,
esta questão de filosofia engajada é uma expressão muito moderna, que tem muitos
sentidos. E eu gostaria que a pessoa que me fez a pergunta me dissesse em que sentido
que é tomar essa filosofia engajada. Porque se é uma filosofia... De todos os filosóficos,
tem que ter todas as filosofias. Sim. Na verdade... As divergências humanas que
surgem, surgem porque não se estuda devidamente a filosofia. Porque se nós partirmos
de um princípio fundamental na filosofia, de que é este, que a verdadeira autoridade na
filosofia é a demonstração, e não há nem B nem C, e a demonstração deve ser a mais
rigorosa possível, consequentemente a demonstração apodítica, Isso é o juízo
necessário. O juízo coadissé, juízo válido coadissé de si mesmo, o juízo que esplende a
sua verdade por si mesmo, se nós estabelecermos esse juízo e nós os procurámos, e nós
os construímos, e nós temos capacidade de alcançá-los, nós só temos uma filosofia,
porque toda aquela que se afastar disso é ele. Tudo aquilo que se opuser e contradizer ao
que está estabelecido no princípio é erro. Agora, há aquelas questões que ainda são
disputadas, aquelas questões em que nós ainda não podemos colocá-las dentro destas
demonstrações. Então, estas podem se disputar, mas são questões praticamente
acidentais. Agora que as diversas posições na filosofia que surgiram foram mais
produtos da ignorância do que verdademente do sabendo. Aprende. O que surgiu na
filosofia grega, que perdeu-se numa série de escolas, foi da má compreensão do
fundador da filosofia, foi Pitágoras. Porque se tivesse seguido genuinamente o seu
mestre... não tivesse afastado dele, não aparecesse de ciclos incapazes, e começaram a
tomar uns caminhos, outros rumos, ela não teria se diversificado naquela luta tremenda
entre atomistas e os eliatas e outras coisas que foram surgindo na filosofia, que só
serviram para dividir. Agora, tem um valor isso, não é esse hora que eu sou contra. Não,
é bom, é bom porque tudo isso provocou grandes investigações assim como o
septicismo foi um grande bem. Os sépticos gregos fizeram um grande benefício, porque
os sépticos colocando a questão da verdade em xeque, eles obrigaram a formação da
lógica formal, nunca teria se formado com a histórica, nunca teria chegado a construir o
que construiu e outros mais, os históicos, com o trabalho tremendo dos históicos. e a
grande dialética dos platônicos não teria sido construída se não tivesse havido aquelas
divergências, há necessidade. O erro também é benéfico, também deve aparecer, mas
apenas com esse sentido, para estimular, a prestar-se a atenção melhor a poucos que nós
julgamos já definitivos, acabados, já solucionados. Podiam ter melhor, mais
robustecidamente, definido. Podiam ser mais robustecidamente definidos. Então, essas
dissoluções que aparecem são necessárias. Mas filosofia é só uma. Uma ciência é só
uma. Não há tua ciência. Na ciência não há escola. A ciência é só. Filosofia é filosofia
só. Religião, na verdade, é uma só. Atualmente você vai achar estranho o meu modo de
falar, mas aqueles que seguem as minhas aulas sabem perfeitamente como eu já
demonstrei isso e já aproveitei. Tudo isso surge de essas divergências, surge da má
compreensão, porque vai-se ver, por exemplo, na filosofia moderna se coloca uma
grande problemática, uma problemática já ultrapassada, uma problemática já resolvida,
questões que já foram suficientemente resolvidas. que já se julgava definitiva a solução
e agora são desenterradas do lixo da história. Mas como as pessoas não estão
preparadas, pensam que são grandes novidades. Não há nada de novo. Por isso que os
gregos quando chegaram à estrutura dos atenienses, não os gregos, os atenienses, aquele
período de decadência, eles estavam na época de fim da vida de Sócrates, e que eles
quiseram estudar os porquês da decadência grega, sobretudo da decadência ateniense.
Por que que a Atenas que havia brilhado através dos séculos que iam chegar... E esse
processo foi feito, então, uma grande discussão em Atenas, e chegou-se à conclusão de
que os culpados eram os sofistas. Os sofistas é que haviam levado a Atenas àquela
situação de desintegração intelectual. Então, procuraram o sofista para ser o... e o único
sofista que existia nessa época era a Sócrates, que não era sofista. Mas havia cinco
sofistas na sua juventude, mas o povo ignorante, e a juventude sobretudo muito
ignorante, a juventude se pôs a acusar de sacra de sacra e de sacra e de sacra. como
sofista, o culpado da deseneiscência do bombo de Atenas. E só que ele se foi julgado, e
é interessante que naquele julgamento ele perdeu como um tótono. de 500, eu não sei
quanto, mas vamos dizer 520, condenando 519, absolvendo, foi condenado à morte.
Sobre ele recaiou a culpa de toda a desgeneirecência. Mas realmente aquele processo
estava certo, porque o que degenerou apenas foram os sofistas, porque os sofistas
criaram toda aquela divergência de ideias, criaram uma dialética de persuasão. a
dialética era mera retórica, que facilitava para que se discutissem todas as ideias, e
consequentemente se tomassem todos os rugos e até nas perdeu a sua unidade, porque
quando as suas elites intelectuais, a elite aleatual de um povo, é dominada por homens
que estão divergindo uns dos outros, esse ponto está perdido. o fim de Atenas, onde os
solas conhecem a história. Não é uma única soa a filosofia, porque a filosofia, como já
definiu muito bem a de Taglans, continua com a sua velha definição. Ela nada mais é do
que o amor à sabedoria. E o que era a sabedoria? Sabedoria era o supremo
conhecimento, que está expresso no livro da sabedoria, nos livros sapienciais da Bíblia,
que deve ser lido sobretudo entre os iastes. o livro da sabedoria e o etlesiástico. Ali
também claro o que é a sabedoria. Alcançar a essa sabedoria que o homem pode
alcançar é o afu de muitos e esses que se afanam por alcançar a sabedoria são os
filósofos. Bem, pode seguir. Mas Pitágoras teve o cuidado de logo perceber os perigos
que havia, de se seguir diversos caminhos, então ele aconselhou um caminho. Uma aula
em que ele dava, uma aula de geometria, em que ele fazia demonstração de um teorema,
ele disse para os alunos, eis como se deve fazer a filosofia, amor e geométrica. também
com demonstrações rigorosas e apodíticas. Se nós procedermos assim, a filosofia não
será motivo de divergências humanos, mas de aproximação. Matemática não fez
divergências. Verdade? Porque ela entrou no campo especulativo e entrou na
demonstração rigorosa. O que existe de divergência pode haver na parte aplicação, na
parte prática. Que é lógico, não pode atingir a perfeição. Incomputável, né? Triângulo
na sua incombutabilidade, nenhuma coisa pode realizar. Triângulo perfeito. Isso era
sempre relativo. Sabia os antigos, sabia que o Einstein viesse dizer isso. Agora, a
necessidade é de dar a filosofia este sentido. Se a filosofia for construída assim, é uma
só. Então, nós encontramos uma filosofia perene, uma filosofia positiva e perene, que
vem através dos séculos, através dos milênios, filosofia que vem atravessando, que vem
vindo dos gregos, vem vindo através de pitagóricos, socráticos, platúnicos, aristotélicos,
através da escolaridade, através dos grandes árabes. E vem vindo até nós. Agora que
está entrando numa fase de solução, de confusão, porque a filosofia está invadida por
estetas. E o espírito do esteto, o espírito romântico, sobretudo esteta, é destrutivo. Então
ele acha que a filosofia é uma questão subjetiva, pessoal, etc. Até na ciência, as
subjetividades. Já não veio para o sucesso que teve o Heidegger, aliás, o Heidegger,
não, Heisenberg. A paciência confia nas explicações subjetivas, não tem nenhum
fundamento científico, mas não pressiona. Pressiona muita gente, é muito cientista. É a
época. A nossa luta é voltar outra vez àquela estrada real. Aquela estrada real que é
nossa. É nossa, não podemos tirar pra ela ir lá fora, não. Isso é do patrimônio da
humanidade. Não é a época escolar, porque a igreja católica não gosta da igreja católica.
Não tem nada a ver com uma coisa com outra. Não somos humano, não somos metano,
mas não deixo de ler o meu Averróis, o meu Avicena e os grandes árabes, porque neles
encontram pensamento firme, segura, demonstrado, político. A filosofia não é filodoxia,
a filosofia não é o campo da... Os palpites, o campo das opiniões, em filosofia não há
lugar para opinião. Quando em filosofia se diz qual é a sua opinião, já não está mais
fazendo filosofia. Está se fazendo filo-doxia, doxa. A filosofia tem que se demonstrar.
Não se pode demonstrar, a questão está suspensa. Continua se investigando até que se
chegue a demonstração. Agora, não vai achar encontrar uma explicação apodítica de
fatos contingentes. Não vai. Querendo reduzir, por exemplo, os fatos da ciência a um
sentido especulativo e em raciocínios apodíticos absolutos, não vai conseguir. Serão
sempre prováveis, mas esse é o campo da probabilidade mesmo. Ciência é o campo da
probabilidade. Provavelmente vai acontecer. a pedra solta vai cair. Tem muitas
probabilidades. Mas pode não cair também, porque não haveria nenhuma necessidade
absoluta que ela caia. Essa é outra coisa. A filosofia é diferente. Agora, como se faz
confusão na filosofia, infelizmente, então a filosofia caiu nessa variedade de tendências
de escola, porque não só a velha, por exemplo, mas a escolástica. As disputas que
existem da escolástica são as questões abertas, mas em regra geral todos escolastica em
unidade. Há um pensamento entre eles que unitário, que forma uma unidade, que dá
uma corporidade. como dar uma atenção à escola, como dar o pitagorismo, apesar das
divergências entre os pitagórios, que é uma filosofia também positiva. materialistas que
devem destruir. Por isso nós chamamos a nossa filosofia de filosofia concreta, porque
ela é uma filosofia positiva que busca concrecionar os aspectos positivos de todo o
filosofar. E nós tudo o que expomos, expomos demonstrando apodricamente. E o mais
possível evitando o termo médio. Quer dizer, evitando o raciocínio de caráter de razão.
mas o símbolo de razão, mas o símbolo propriamente irracional, que é o de siense, é
precisamente aquele que usa o tempo médio. Nós procuramos evitar, o mais possível, o
mais possível, não é possível evitar sempre. Agora, no que não se pode evitar, então é
que nós fazemos a... Deixamos a questão aberta, a questão de investigação, etc. Mas
felizmente não temos podido responder a tudo. As próximas aulas vão publicar... Por
isso que nós dizemos isso, sei que muitos não concordam. Agora temos aqui um
problema, temos uma hora, estamos 10 horas, podemos ir até as 11, porque vai tratar de
marxismo e perspectivismo espanhol, existencialismo, é um pouquinho... o tema ficará
em grande parte aberto. Mas, esse perspectiva espanhola, em minha geral, eu posso
colocar, já está respondido, já é uma maneira de se colocar fora do sentido que nós
damos ao filosofismo. A filosofia também não admite perspectivas. As perspectivas são
histórias, aí seria dar à filosofia, submeter-la de mais redamente à historicidade,
submeter-la aos valores passageiros, transegundos, etimológicos. aos valores da vida
prática, isto não é fazer filosofia. Tem que se procurar os valores internos. O homem
pode e alcança as... logo, quer dizer, as leis do todo, as leis eternas, as leis imotáveis,
aos princípios superemos, aos paradígmatas, aos arítmicos arcais, ele pode alcançar tudo
isso e pode com isso compreender o mundo. Palatramente que a demonstração disso é
um pouco demorada. Certo que muitas pessoas discordarão. Eu posso, contumamente,
estudar melhor isso, para provar. Quanto ao marxismo e ao existencialismo, eu já fiz...
Essa é uma pergunta que constantemente me fazem, sempre quando eu tenho que fazer
palestras e abro ao público, para me fazer perguntas sobre a matéria. Eu já fiz palestras
especiais, só sobre a matéria. Para sintetizar, eu creio que todos tenham noção do que é
existencialismo, eu não tenho necessidade de expondo detalhes sobre existencialismo.
Mas pelo menos sabem que existem dois tipos de existencialismo, um existencialismo
ateu, vamos chamar assim, e um existencialismo teísta. O problema existencialista não é
novo, não é uma novidade criada agora, não foi descoberto agora. porque o problema da
existência já foi estudado sobretudo pelos místicos cristãos e com muito maior
profundidade do que os modernos. Não gostaria que as senhoras lessem os místicos.
Iriam ter os momentos de maior emoção, de maior beleza. Iriam ver que esses grandes
existencialistas modernos que escrevem muito bem não escrevem tão bem como
escreviam os místicos cristãos. que é difícil conter-se até as lágrimas quando se lê, mas
não lágrimas de sofrimento, mas lágrimas de emoção estética, porque o belo é um
transcendental também que se coloca entre o bem e o verdadeiro. Todo o bem supremo
é belo, como todo verdadeiro é belo. Por isso, ao lado de uma filosofia, há também uma
filotalia, isto é, um amor ao velho. E nós, quando alcançamos as grandes verdades, os
grandes primeiros princípios, temos aquelas emoções de beleza que são tão... que nos
levam ao êxtase, e nos levam a estado em que não contemos os soluços e as largas.
porque é uma satisfação tão grande, uma vitória tão grande sobre a nossa pequenesse,
que nos sentimos nesses instantes, raiando uma felicidade tão alta, que o nosso corpo é
pobre para resistir. Por isso, ele trepida, ele estremece, ele atece a pavor, mas o nosso
espírito entra em estados de agradabilidade incomparável. O existencialismo não
colocou... É uma das maneiras de colocar no mal o problema da existência. E por isso, e
com a época, quando ele colocasse alguns matos, problemas, ele estava em sua bela
fase. Então ele teve um certo sucesso, como teve o pancalismo do século passado, como
teve o paliteísmo e outras doutrinas que também fizeram imenso furor, mas que hoje
ninguém sabe o que tem de trás. Eu não deixo de reconhecer no existencialismo as
pedras positivas, porque tem, porque realmente nós temos que chegar à conclusão da
filosofia de que toda a existência é singular. Nós não temos uma existência universal.
Universal não existe. De maneira que a existência é... é um momento perfectivo de
qualquer ser, é um árvore de qualquer ser na sua existência. Mas o existencialismo não
se preocupou propriamente com este problema da existência das coisas, mas sempre
com o problema da existência do homem. E quis escamotear o problema da sua
essência. Primeiro porque nunca compreendeu claramente o que é a essência do homem.
tiveram uma noção muito errada do que seja. E o que eles disseram, o que eles trataram,
está muito melhor tratado nas obras dos místicos, inclusive também filósofos da igreja,
como Scott, mesmo a obra de São Francisco e dos franciscantes, dos místicos
franciscantes, escutaram os diversos tipos essenciales e mostraram os seus defeitos. Mas
não é nada que me impressione. Embora eu me conheça que é uma manifestação
filosófica que está avassalando a juventude, porque ela está despreparada para
compreendendo. O panenteísmo foi no fim do século passado, mas são desses ronjões
que quando acembrilham muito, desses fogos de artifício. e que deixam depois só
trevas, e o total e absoluto esquece mesmo. Mas não deixa de ter os seus aspectos
positivos, mas os aspectos positivos que ele tem, são os que ele foi buscar e foi trazer
para as outras. Agora, quanto ao marxismo, sim, porque o marxismo já é um problema
mais sério, é uma coisa mais grave da nossa época. Porém, nós sabemos muito bem que
então o Renascimento, começaram a surgir as chamadas utopias. Quando a igreja
perdeu o poder, mesmo com seu poder espiritual, que foi restringido na formação das
nações, e o poder. temporal praticamente nu, a igreja perdeu totalmente a força. A
sociedade com a ascensão do empresário utilitário, que passou a ter um poder
extraordinário, porque já tinha o poder econômico, passou também a participar de poder
político, porque todos aqueles que têm o poder econômico sempre desejam o poder
político. as injustiças sociais foram crescendo e se agravando as próprias corporações da
Idade Média, em que mestres, aprendizes, companheiros, formavam verdadeiras
unidades. empresários, e meio a época da industrialização começaram a surgir uma
preocupação em torno do problema do homem olhado do ângulo coletivo, que é da
coletividade humana, porque o empresário utilitário por natureza é individualista. Ele
necessita de uma certa liberdade de ação para que ele possa desenvolver-se plenamente.
Ele põe necessariamente em risco os interesses coletivos. O socialismo praticamente
surge estruturado, se ideia, no século passado. E esta palavra, socialismo, surgiu de uma
polêmica que houve na Inglaterra, num jornal, em que havia um cidadão que escrevia
artigos defendendo o capitalismo anchaesteriano e assinava com este... individualismo.
E num outro jornal... alguém possa rebater os seus argumentos e assinar o Herd
Societist. E a palavra daí foi cunhada e foi se transformando, foi tomando o conteúdo,
foi significando tudo aquilo que se refere mais ao coletivo, ao geral, na sua luta contra o
individualismo. Ora, as senhoras e os senhores que estudam Filosofia, sabem
perfeitamente que o verdadeiro conceito de política, como estudavam os grandes
filósofos gregos, ela implica uma harmonização entre os interesses individuais com os
interesses coletivos. Provavelmente a política é isto, é aos costumes humanos olhados
do ângulo da coletividade. e busca conciliar, harmonizar esses interesses. Esta é
verdadeiramente a política, é conciliar os interesses do homem na pólis. Não é mais o
homem da tribo, muito menos não é o homem da horda, é o homem de uma nova horda,
porque a pólis é quase uma verdadeira horda. Mas uma horda, perdendo as suas ligações
tribais cada vez mais, a necessidade de conciliar os interesses de grupos e com os
interesses coletivos e esta arte foi se formando com essa intencionalidade. Embora hoje
política não se entenda em geral assim, se entenda como a arte de governar para uns,
mas na verdade ela é usada como a arte de conquistar e de conservar o poder.
Consequentemente... Como a política se desvirtuou do seu verdadeiro sentido, as
formações socialistas desde início foram antipolíticas. Quer dizer, política e socialismo
foi desde início considerado como água e vinho, ou aliás, como azeite e água, como
coisas inconciliáveis. Socialismo fazendo política era uma coisa absurda. porque a
política era aquilo, era a conquista do poder, era conservar o poder, exercer o poder.
Então as primeiras tentativas de formação de ideias socialistas eram genuinamente
libertárias de libertação do homem. Libertação de quê? Libertação de tudo o quanto o
opremia, do ser humano desvincular-se de todas aquelas peias que... que exerciam sobre
ele obstáculo no seu desenvolvimento. Então, para socializar, quais são? O Estado, em
primeiro lugar, maior monstro opressor que a sociedade humana conhece, pois as
classes economicamente poderosas, que fazem as leis a seus interesses, contra os
interesses da maioria. Então, todo o socialismo... formou-se no medial liquidação das
graças. para evitar a exploração do mundo do homem e sobre o homem, e sobretudo a
liquidação do Estado. Porque o Estado nada mais era, não era mais a sociedade
politicamente organizada, mas era a sociedade, era apenas um organismo político de
grupos que dominavam a sociedade. O socialismo então caracteriza-se desde o início
por uma crítica violenta e desbragada, exagerada e até injusta em muitos aspectos contra
o Estado e contra as classes dominantes. Como Cléris nessas ocasiões tomou uma
atitude mais favorável às classes dominantes, o Cléris entrou também na lista, quer
dizer, passou também a ser... combati tudo aí porque o socialismo em geral combate,
não só combatia a aristocracia, o clero, a burguesia e o estado, combatia tudo. E
naturalmente tinha que tender para quem? Para a massa da manobra, massa que se
manobra sempre, para as convulsões sociais, que são a massa dos servidores, aqueles
que não têm nenhum papel histórico na sociedade, porque se não este, muito mesmo.
Então o socialismo foi se a pouco e pouco estruturando, até que se estruturou em três
tipos de socialismo nitidamente claros. Um socialismo de caráter libertário, antistatal,
desejando abolir as classes, não pregando a luta de classes, mas abolir as classes e o
estabelecimento de uma sociedade de iguais. um socialismo democrático que quis
democratizar o Estado, transformando num órgão que manifestasse a vontade popular,
as opiniões populares, e um socialismo de caráter totalitário, único, exclusilista, que não
permitia as heterogeneidades humanas, que é o totalismo. No século passado, a
predominância dentro do campo socialista era do socialismo libertário. O socialismo
democrático não tinha mínima influência, não era desprezível porque era mínimo. Uma
percentagem sem valor. O totalitário também não era grande, mas era um pouco mais
numeroso. Mas a grande massa era libertária. Então era a época em que pudiram surgir
os grandes líderes libertários, como foram Proudhon, Robocty, Bacchus, os praticitados
do século passado, Jean Grave, o Ogre, agora o que me ocorre assim? Para este
socialismo manifestou simpatia o senhor Karl Marx, que se achava na Alemanha. O
senhor Karl Marx, na Alemanha, pretendia um cargo administrativo na Saxônia. Mas
como ele era judeu, embora casada com mulher alemã, houve uma reação e não
conseguiu o cargo. Então o senhor Karl Marx passou para a oposição. e juntou-se com
um grupo de socialistas que, nesta época, publicava uma revista famosa na Alemanha,
que foi o Heinrich Gadzetti, a Gazeta Renana, na qual ele passou a colaborar. E nessa
ocasião, o Sr. Marx começou a ter conhecimento das obras dos socialistas franceses, que
eram libertades, sobretudo as obras do Sr. Proudhon. Curvo que o Dolfion Marx saudou
como um pensamento científico. Não pudendo manter-se na Alemanha devido às
perseguições políticas, o senhor Martins exilou-se para a França. E aí procurou entrar
em contato com o senhor Proudhon, que era a figura que ele mais admirava, que ele
colocava como a supremo. Mas acontece que Proudhon era um homem muito sincero,
muito franco, e um homem que não sabia esconder a sua efetividade. Proudhon era um
homem que quando não sentia simpatia com a pessoa, manifestava sua antipatia desde
logo. E ele não gostou do Marx com aquelas barbas muito grandes, mal cuidadas, e
aquelas atitudes tanto bruxianas do Marx, aquela voz muito metádica que o Marx tinha,
o desagradou. E Proudhon, apesar de receber elogios... desmedidos do Marx, tratou em
certa separação, certa distância. Isto magoou profundamente o Sr. Marx. Então Marx
passou depois a relegar aquilo que havia dito. Quer dizer, começou a encontrar defeitos
em Proudhon. Começou a achar que o pensamento de Proudhon já não era científico, já
não era o verdadeiro pensamento socialista. Começou a analisar somente defeitos na
obra prudoniana. E surgiu então uma pequena cisão. Marx, com um pequeno grupo,
formou o grupo dos marxistas, que eram já totalitários, mais prussianos, seguindo mais
os princípios do socialismo alemão, de organização mais militarizada, e pro dom,
sentido mais latim, mais libertário, mais romântico, do socialismo, dos povos do nosso
século. Em início, Marx não teve nenhuma influência. Proudhon dominou, foi
dominando assim. Os libertários tiveram o seu domínio do socialismo até a guerra de
1418. e os libertários fizeram a revolução russa. A revolução russa não é por fim. Nós
ouvimos aí, no fim do século, um ponto importantíssimo, foi quando se fundou a
primeira internacional. E na formação dessa primeira internacional, apareciam como
duas figuras fundamentais, Marx e Bakunin, sendo que Bakunin era a figura
predominante. E depois de uma série de intrigas assuciosas e muito bem feitas, mas
muito indignas, a primeira internacional não seguiu o seu verdadeiro destino e o
movimento socialista foi que era unido, que era unificado no mundo inteiro, ele foi
destruído, porque foi roubido, libertária em uma ala totalitária. E daí é que se formou
uma ala democrática tentando uma conciliação entre os dois lados, isto é, nem tanto a
terra, nem tanto o mar, nem muita liberdade, e também muito o Estado não pode ser
muito poderoso, etc., uma fórmula intermedia. Mas Marx nunca pôde deixar de
defender as teses... Libertárias, que é da abolição do Estado. No fundo, o marxismo
prega que o fim, a verdadeira realização do comunismo, é a abolição do Estado. Só se
pode dar com a abolição do Estado. Pregaram isso muito. Eu já estou falando mais que
não desconvém. O Estado está muito bom, gostoso, está muito bem colocado, não
interessa. Mas naquela época eles chegaram a esta conclusão. Marx também admitia que
a revolução social feita através do domínio portariado, que seria a ditadura portariada,
seria para alcançar finalmente a abolição do Estado, o desaparecimento das classes. Sem
o desaparecimento das classes, também seria impossível o Estado, porque na
interpretação marxista do Estado, o Estado é uma espécie de efeito. de subproduto da
divisão de classes e do domínio das classes. De maneira que o marxismo formou-se
assim, teve a sua história, longa história, de grandezas e de misérias, vamos mais ao
chavão, de momentos extraordinários, momentos mesquinhas, tem a sua beleza e tem a
sua fealdade, e eu gostaria também. Se quisesse o senhor, fazer uma palestra especial
sobre um ponto importante. Eu até trouxe aqui um documento, talvez poucas pessoas
possam de mundo. Eu posso. Que é este documento. Se eu soubesse essa pergunta, me
viria mais dia, menos tempo. É a história da Associação Internacional dos
Trabalhadores, da IT. a única e feminina representante dos trabalhadores que ainda
existe. E aqui está o processo todo do famoso congresso que deu a sessão. Porque
lançou o socialismo, atrasou 100 anos o socialismo. E aí Esse é um assunto que eu
gostaria de tratar, porque eu vou fazê-lo para mostrar aqui, ponto por ponto, das atas,
das coisas injustas. Mas como já estamos chegando? As Dei de mim... e esse eu peço
que me deixe tratar desse assunto melhor profundamente, com resultados, eu preferia
que aproveitasse o tempo que lhe resta, mais uns 10 ou 15 minutos, para perguntas
assim, cilentais, que não sejam de porte como esta, que exijam praticamente uma longa
explanação histórica. documentada, porque eu também, para essa palestra, gostaria de
trazer documentos. e pode por dúvida, eu gosto de mostrar. E aí Eu não quero fazer
perguntas. Eu creio que para uma linha geral está compreendida a diferença. Pode fazer
perguntas. Bom, a mudança radical que se deve fazer no Brasil é em nós mesmos. O
problema nosso, o problema brasileiro que eu considero o mais importante, obriga-nos a
estudar bem as nossas possibilidades. Temos que contar com os nossos defeitos. Temos
que saber como vamos fundar a nossa ação dentro das nossas condições, dentro do que
nós somos realmente, para não começar a criar utopias, para não exigirmos de nós
aquilo que nós não podemos fazer. Porque então nós já decretamos desde início o nosso
fracasso. Não, não o povo, porque o povo brasileiro nós não vamos poder modificá-lo.
A grande massa brasileira, nós não vamos poder educá-la. Não há mais tempo para
educá-la. Nem daqueles dez gerações do Caribe se começaram a querer. Nós vamos
fazer elites, elites novas no Brasil, elites brasileiras. de espírito brasileiro, com
preocupação com problemas brasileiros, porque as elites do Brasil é que sempre
dirigiram a sua história. O povo nunca teve papel na história do Brasil. Quem sempre
teve foi elite. E se nós não formarmos novas elites, não criarmos uma outra
mentalidade, não criarmos uma confiança... e nós mesmos capaz de nós fazermos
alguma coisa por nós, porque há muita gente capaz nesse país. E mesmo no governo há
muita gente capaz. Mesmo dentro desses organismos do governo há muita gente capaz.
Mas não podem fazer, porque estão coartados pela ação de grupos e de outros elementos
que ocupam cargos, às vezes, de mando. Que vê, por exemplo, dirigindo departamentos,
pessoas que estão abaixo de toda crítica. Vamos fazer uma nova elite no Brasil, vamos
obrigar os nossos homens que tenham uma visão, que estudem as nossas coisas e deem
valor ao que é nosso. Vamos pegar uma figura como essa, por exemplo, que eu citei, do
Vilas Boas, e ver o que a Estômen fez, o que realmente a Estômen merece, e não ficar
somente em deusão de lá. para não negar o seu valor? Nós temos, e não é só ele não, aí
pelo sertão brasileiro tem homens de valor extraordinário fazendo uma obra gigantesca.
Isso para se dar esse ator, porque se dá? Outra pergunta. Não compreendido. Ah, de
puta delesto. A gesta tem desse assunto antes da sua hora de chegar, realmente os outros
não viram. A reação do mercado latino-americano é uma necessidade para nós, porque
nós somos formados no único país grande que tem uma grande população e pode dar
saída a sua produção industrial é o Brasil, que é um país que dentro de 10 anos estará
com mais de 100 milhões, 110, 120 milhões de habitantes então tem possibilidade,
desde que melhore o padrão de vida e os meios de compra deste povo que não tem que
melhor o Brasil poderá dar saída à sua indústria. Tem dado. Agora, os países pequenos
americanos, como Uruguai, Bolívia, Peru, Paraguai, não podem formar uma indústria
porque eles não têm mercado próprio. Nós sabemos que do princípio deste século para
cá, formou-se o que se chamava naquela época as autarquias, que hoje a palavra tomou
do sentido. Cada país tentou ser autárquico. Todos os povos quiseram ser suficientes
para si próprios, fechando as fronteiras aos outros povos. Isto em grande parte foi o que
surgiu por causa da guerra de 1418, e todos os países desde então... Não tem outros
produtos para comerciar, ou são as minas, seus minérios, a sua extração, ou a sua
produção agrícola. Tem que depender dos outros países. Nesse caso, se nós
continuássemos assim, a América Latina nunca se industrializaria. Para que a América
Latina se industrialize, então o México, por exemplo, o Chile possa ter uma fábrica, o
Uruguai possa montar uma grande fábrica, a Bolívia possa ter uma grande fábrica em
certos setores, há necessidade que os outros países americanos também seus produtos,
que haja troca dos produtos. Agora que a formação do mercado comum latino-
americano é uma necessidade sem dúvida uma questão vital para a salvação dos povos
latino-americanos. Agora nesse mercado não pode entrar os Estados Unidos, aí que está
o problema, porque se os Estados Unidos entrar nesse mercado ele absorve, ele tem
produtos mais baratos, melhores condições etc. Agora nos Estados Unidos não tem
interesse nisso que está aí porque não entra, porque se ele entrar não resolve para nós o
problema. Por que não vai fazer concorrência? Se nós vamos usar os americanos, ou
tomar os americanos as mesmas condições, eles vêm aqui, fazem uma concorrência,
podem arrebentar todas as nossas firmas, em pouco tempo eles tomam conta de toda a
indústria latino-americana. Então nós temos que fechar as portas a eles, quer dizer que
não pode entrar. Pois é, agora o senhor avisa o seguinte, os Estados Unidos então, por
seu lado, não interessa isso, porque se ele não entra nesse negócio e ele ainda vai
financiar esse desenvolvimento, nós, com o americano, temos que criar emparaços para
tudo isso. Nós estamos num choque de uma divergência de interesse, que não podemos
acusar os Estados Unidos de não nos auxiliar, porque se eles auxiliarem, eles estão
auxiliando contra eles. Compreendido? Temos que reconhecer essa verdade, tantos
povos são egoístas, não podemos dizer que o americano vai fazer sacrifício em nosso
benefício e prejuízo dele. Não vai fazer. ele fará em seu próprio benefício. Se ele não
pode entrar no mercado, então ele não deixa que nós nos entendamos. Ele vai criar
todos os embarassos, vai favorecer as guerrilhas, vai financiar as guerrilhas, porque as
guerrilhas são financiadas por ele. Por quê? Porque precisa haver essa perturbação na
América Latina, para a América Latina não se desenvolver e não criar mesmo seu
mercado. Enquanto a Bolívia está preocupada em vencer os guerrilheiros a Venezuela,
antes de mais o Brasil amanhã conceder os guerrilheiros, nós não podemos envolver a
nossa indústria. Temos que manter um exército numeroso, que sabe a guerrilha, é muito
despenso, é porque obriga o emprego de muita tropa para poder conter meia dúzia de
guerrilheiros. É isso que eles querem. Não os nossos. Não os nossos, a guerrilha. Por
quê? Não, nós tivemos guerrilha seríssima no Brasil. Não, não, não, nós tivemos...
Hein? Eles podem se lutar, eles foram... Não, não vamos, isso é... Isso é... Isso é o
espírito do antibrasileiro. Esse espírito nós temos que combater, não é verdade. Eles
estavam se preparando para fazer as suas guerrilhas, e o brasileiro já fez grandes
guerrilhas e lutou como ninguém. Mas devem cá, nudos, vá saber as guerras do sul. Isso
não vamos desmerecer a nossa gente. O brasileiro é naturalmente um povo que não vai
para a guerra por qualquer coisa. Não vai para a luta por qualquer coisa. Procura
solucionar, primeiramente, dentro do consenso possível. Quando não pode, ele vai
também. Ele é daquele que dá o boi para não entrar na luta, mas depois dá a boiada
inteira para não sair dela. porque poucos povos, olha, poucos povos na história
defenderam o seu território com a energia, com a valentia e com o heroísmo que o
brasileiro defendeu. Estudando a nossa história é assim. De maneira que nós temos que
ver isso. Nós não podemos agora dizer, os americanos são brindéis, nos dá capitais para
nós desenvolvermos. nos nossos parques industriais, etc. E eles não participam. Eles não
querem, absolutamente. A maneira que o João só vem aí, conversou, conversou,
conversou, com mais dinheiro mesmo, ele não dá, não dará, de maneira nenhuma. E se
eles der, eles estão cometendo um erro. Não tem que ser justo. É se eles der, eles estão
cometendo um erro contra eles mesmos. Ele não pode ser tão injeito quanto a ser tão...
De maneira que o Puta de Leste não tinha uma lograda desde antigo. Não podia dar
resultado nenhum. Não deu. Não deu. Nem pode dar. Agora, o que tem que ser feito
para os países latino-americanos é deixar os Estados Unidos de lado e procurar
solucionar com as suas próprias forças. Certo. E, claramente, nós vamos ser dos
imperialistas dos outros. Nós não fomos os imperialistas dos paraguai. Nós seremos.
Isso é inevitável, porque isso é uma fatalidade da história, do desenvolvimento natural
dos povos. Não tem dúvida nenhuma. Agora, a Láquer, vocês notaram, é o seguinte, que
ela nunca executou-se plenamente. Ouve sempre embaraços, dificuldades, criação de
polígios, os governos que mudavam de orientação. Nunca se realizou. A NAG existe a
6, a 10, a 15 anos, mas não existe nenhum ano, porque ela provavelmente não existe.
Ela executou o quê? Mínimo possível que podia ter executado. Mas foram acordos
comerciais e na base de escambos de troca etc. Porque o mercado comum não se fez na
Europa, o mercado comum europeu, da maneira como se foi vendido na Europa, aqui
não se fez. Já sabe, a mercadoria de um do Alemanha é vendida na França pelo mesmo
preço que é vendida na França. A mercadoria francesa é vendida na Alemanha pelo
mesmo preço que é vendida no Alemanha. As taxas são facilitadas de maneira que
possam manter os preços. E há algumas pequenas diferenças para equilibrar. o mercado
comum, por que a França não deixou entrar a Inglaterra no mercado comum? Porque
não podia enfrentar a produção inglesa. Divido certos pesos, por exemplo, a produção
inglesa de um comp. Porque se o inglês entra no mercado comum, entra com os
relógios, por exemplo, como eu comprei outro dia, um relógio feito em um comp por 10
contos de aréia. Para quem divide esse relógio por 10 contos, por quanto comprou em
um comp? por cinco. Agora, eu pago dez contos por isso, eu paguei dez contos pelo
relógio, porque elas estão prestes, elas estão filmando, dois anos não vai voltar. Mas eu
comprei por dez contos pra ver até quando ele vai funcionar. Para ver o que vale, agora
quer dizer, eles entram com a sua produção barata no mercado europeu, os países vão
sofrer, por isso que eles não querem deixar entrar na Inglaterra. Não pode, nas mesmas
condições, não pode entrar. A não ser que a Inglaterra já tenha que fazer diferenças de
fronteiras. Por exemplo, quando nós estamos no tempo do Benelux, Nós viajávamos
quando chegávamos no fim da fronteira da Bélgica. Pronto, bastava chegar na fronteira
da Bélgica. Os documentos valiam para todo o Belenoukse. Para a Bélgica, para a
Holanda e para o Luxemburgo. Qualquer mercadoria desse país saía sem ser a fome,
não tomava conhecimento nem nada. Quer dizer, havia plena liberdade completa para se
comprar e transferir de um país para outro. Pois a ideia do Delinux saiu a ideia do
mercado comum europeu. Mas deu resultado. Realmente esses países se desenvolveram,
tiveram um grande progresso e grande benefício. Mas no mercado comunhopeu não
puderam deixar entrar a Espanha, não puderam deixar entrar Portugal, e não puderam
deixar entrar a Inglaterra. Por quê? Porque a produção espanhola e a produção
portuguesa são mais baratas do que a produção de outros países e é criada em baratas. E
quando o operário ganha salário, o salário mínimo é 1.500 escudos, é dizer que é 150
contos, que hoje está lá mais ou menos sob 40 contos da nossa. É um salário igual ao
Brasil. O marincônio que na Alemanha o salário praticamente é 500 marcas, o salário
mínimo. certos produtos saíram tão baratos que não pode. Foi que essas dificuldades
criaram a impossibilidade da formação da federação europeia sonhada pelo Adrenal. O
Adrenal morreu sem poder realizar o seu sonho, que era a federação europeia. Porque
essas diferenças de povos, salários, de poder de vida, que levaram o povo de Portugal,
você levou o povo de Espanha, precisava que a Inglaterra não pudesse trazer a produção
as colônias onde era o que tem muito barato, onde obra baratíssimo. Então para ver um
equilíbrio para não ser prejudicial. Porque, às vezes, são coisas que só podem ser
solucionadas com decorreto tempo, com muitos agudos, com muito congresso, mas não
com congresso para passear, de tratar de um único técnico, de verdadeiros técnicos, com
ombros de negócio, de ser sem puta delé, botar num lugar ruim deles, onde não tenha
nada, eles não têm o sujeito de passear, então eles têm que se distrair e trabalhar eles,
sabe? Mas mano, a puta delé, se não é pra aqui, vai pra lá, é festa, é isso, homenagem,
não sei o que, ninguém trabalha, a puta delé é como um carnaval, é um carnaval. aí
trabalhou com umas comissões que ninguém fala, porque os grandes vinários
passeando, homenagens, banquete do outro, não sei o quê, e nós... Aliás, a grande
verdade está aqui. E aí, tem isso. Temos que devolver, outra vez, a iniciativa ao povo. E
aí isso é como o cristianismo fez em certos períodos. Na Idade Média foi o período mais
elevado de progresso humano, de bem-estar humano. Temos que estudar bem a
formação daquela cidade. É, não, não tem essa má impressão da Idade Média, não. A
Idade das Trevas se converta, isso é mentira. que viveu bem nas cidades que foram
organizadas assim, que a iniciativa econômica era de boa. Isso está escamoteado, mas
eu posso participar dos elementos que eu quero, que vão modificar esse momento. Eu já
tenho um filho de outro país que é de uma polícia, que é uma polícia de uma indígena, e
que está em uma instituição de energia econômica e que é levado a uma reunião de
polícia, mas com a mesma importância, muito pouco polícia, e a minha encarajada é que
eles podem fazer a desculpa que cada um tem. Eu só queria te desculpar, mas eu não
comprei a matriz. Às vezes só falam um pouco de pressa, ou de fúria, ou de tudo. O que
é que o sacrificado no Brasil, o que é que ele não comprei no Brasil? O sacrificado,
enfim? No Brasil, no jogo de desenvolvimento, ali há uma grande distância dos outros
países. sacrificar isso para agir a subordinação de uma unidade política que acho que
isso vai na frente? É sacrificar os seus envolvimentos na terminalidade doito? Sim, eles
querem que a gente coloque uma terminalidade política. Qual é? Esse ponto é um dos
pontos mais sérios que se tem que enfrentar. Na história da humanidade não se conhece
nenhum povo para o desenvolvimento, que não pague isso, se não se faz de graça, se faz
com grandes sacrifícios, com grandes esforços. A nossa política no Brasil, em vários
períodos, foi uma política de busca de estabilidade financeira e política à custa da
economia. Porque os períodos de desenvolvimento econômico, inevitavelmente, trazem
desequilíbrios financeiros e políticos. que você normalmente conseguiria. Então, para
não ter esse desequilíbrio financeiro e político, sacrificou-se o desenvolvimento
econômico. Agora nós temos que esconder entre os dois. Se queremos entrar no
desenvolvimento econômico no Brasil, temos fatalmente que sofrer desequilíbrios
políticos e desequilíbrios financeiros. Isso é inevitável, estátua, país para. Não pode
haver esse deslumbrimento. Agora, não duvimos a ter essa preocupação na vida prática,
de querer as coisas perfeitas. tem a preocupação de querer as coisas melhores. E mesmo
que as mesmas não sejam boas de saída, mas que pelo menos elas sejam capazes de
produzir bons frutos no futuro. Mas nós vamos ter confiança de que o sacrifício que nós
estamos fazendo realmente constrói esse futuro. Porque se a senhora, por exemplo,
sentir que vai sacrificar dois, três anos da sua vida para construir o seu futuro, a senhora
dá uns dois, três anos de sacrifício. Assim, o povo deve dar 10 anos a uma geração de
sacrifício para fazer o seu tempo. Agora, o equilíbrio absoluto da perfeição, nós vamos
afastar isso da nossa vez. O que nós devemos pensar é em condições melhores e aceitar
que tem que haver esses desequilíbrios, agora que temos a missão de jogar com
habilidade para enfrentar essas dificuldades que surgem. E não porque surge a
dificuldade, não fazemos mais nada. o equilíbrio financeiro e o equilíbrio econômico
não foi equilíbrio, foi excesso econômico. E o equilíbrio financeiro também não foi
equilíbrio financeiro. E o resultado é que nada deu certo. E o país perdeu três anos, que
vai entrar no quarto ano de peito, já vinha perdendo antes. das agitações políticas, do
pés do governo que esteja anterior, etc. Pode-se dizer praticamente que o Brasil vive há
mais ou menos 10 anos perdendo esse seu tempo. Isso representa quase uma geração, e
para recuperar isso não se recupera em 10 anos. Ah, o tempo perdido não se recupera,
porque o tempo, o senhor deve compreender, o senhor deve perder hoje, 10 horas, ao
menos, a gente já tem só 24 horas. Dentro das 24 horas, só vai recuperar as 10. O senhor
não pode recuperar todas as 10, tem que recuperar uma. Por outro dia mais uma, outro
dia mais uma, tem que recuperar as 10. Senão, já também tem que ter tempo de
descanso. Que sejam capazes de nos ensinar a saudade, não calificem. e tem algo que se
vive em tempo contente. Descendo o degrau legal, ninguém tem um degrau legal. A
maneira que é assim, tem que se considerar. Agora, nós não podemos, com o interno
almoçamento, essas visões perfeitíssimas de vida social e achar que poderíamos
alcançar. Nós devemos procurar um melhorar, mas pelo menos que a nossa melhora
intensivamente cada vez maior. Bom, por hoje o chamos de horas já é suficiente, né?
Aqui terminamos de regravar a palestra que foi pronunciada no dia 24 de abril de 1867
no convívio.

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