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Título: 5.

Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção:
Subseção:

ÍNDICE DO CAPÍTULO

5.16.10 Introdução
5.16.20 Considerações preliminares
5.16.30 Disposições específicas
5.16.40 Instrução do processo
5.16.50 Exame do processo
5.16.50.10 Aspectos gerais
5.16.50.20 Decisão do pleito
5.16.60 Providências Finais
5.16.60.10 Comunicação
5.16.70 Base legal e regulamentar
5.16.70.10 Legislação básica
5.16.70.20 Normas
5.16.80 Modelos

Atualização Sisorf nº 81, de 28.8.2013. 1561


Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 10. Introdução
Subseção:

1. Este capítulo trata dos requisitos e procedimentos aplicáveis à prorrogação de prazo para
alienação de bens imóveis não de uso das cooperativas de crédito.

2. A leitura deste capítulo não dispensa a leitura das normas que compõem sua base legal e
regulamentar.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 20. Considerações preliminares
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Bens imóveis

1. É vedado às cooperativas de crédito a aquisição de bens imóveis não destinados ao


próprio uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa
solução, caso em que deverão vendê-los dentro do prazo de um ano, a contar do
recebimento, prorrogável por até duas vezes, a critério do Banco Central do Brasil (Lei
4.595/1964, art. 35).

2. Os pedidos de prorrogação de prazo para venda de bens imóveis não destinados a uso
próprio devem ser encaminhados ao Banco Central do Brasil, no componente do
Departamento de Organização do Sistema Financeiro – Deorf ao qual está vinculada a
sede da instituição (Sisorf 3.4.70.10), por meio do sistema de correio eletrônico do Banco
Central do Brasil, BC Correio, ou carta.

3. As solicitações devem ser formuladas pela instituição antes de vencidos os prazos legais e
regulamentares ou a prorrogação eventualmente concedida pelo Banco Central do Brasil.

Bens móveis

4. Nos termos do artigo 35, inciso II, da Lei nº 4.595, de 1964, apenas a prorrogação de
prazo para alienação de bens imóveis não de uso depende de autorização do Banco
Central do Brasil. Dessa forma, eventuais pedidos de prorrogação de prazo para alienação
de bens móveis (máquinas, veículos, utensílios, etc.) também recebidos em dação em
pagamento serão devolvidos à instituição pleiteante.

Bens imóveis transferidos do ativo permanente

5. Aplicam-se aos bens imóveis transferidos do Ativo Permanente os procedimentos para a


prorrogação de prazo para a alienação dos bens imóveis recebidos em dação em
pagamento, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização
do uso (Circ. 909/1985, 2; Cosif 1-10-2, 11).

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 30. Disposições específicas
Subseção:

Contagem do prazo

1. No caso de bem imóvel recebido em dação em pagamento, a data-base de contabilização


será a do efetivo recebimento do bem, e, consequentemente, da liquidação da operação.
O prazo para a alienação é contado a partir da data da contabilização (Circ. 909/1985, 1,
b, II; Cosif 1-10-2, 5-c).

2. Quando houver cessação do uso de bens imóveis até então destinados a uso próprio,
deverão ser adotados os mesmos procedimentos referentes aos bens recebidos em dação
em pagamento. Nesse caso, o prazo para alienação do bem imóvel deve ser contado a
partir da data de descaracterização do uso e consequente transferência do ativo
permanente para o ativo circulante (Circ. 909/1985, 2; Cosif 1-10-2, 11).

3. No caso em que um imóvel alienado pela instituição retornar ao seu patrimônio, por não
cumprimento, pelo comprador, das obrigações contratuais, poderá ser conferido novo
prazo para sua alienação, desde que o contrato de compra e venda e sua respectiva
rescisão estejam devidamente formalizados. Nesses casos, a contagem do prazo será
considerada a partir da nova contabilização do bem efetuada pela instituição.

Solicitação efetuada muito antes do prazo

4. O Banco Central do Brasil não analisará solicitação efetuada muito antes do prazo previsto
para vencimento do prazo para a alienação do bem imóvel.

Pendência judicial – interrupção do prazo

5. A contagem do prazo é interrompida no caso em que o bem imóvel estiver sendo objeto
de pendência judicial. Constatada a pendência, a instituição deve manter o Banco Central
do Brasil informado a respeito do resultado da demanda judicial.

Término do Prazo

6. Depois de três anos, contados da data inicial de contabilização do bem como imóvel não
de uso, considera-se esgotado o prazo máximo para sua alienação, independentemente da
existência ou não de pleitos anteriores de prorrogação e desde que inexistam demandas
judiciais que tenham interrompido a contagem do prazo.

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Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 30. Disposições específicas
Subseção:

7. Esgotados o prazo legal e/ou regulamentar de um ano e as eventuais prorrogações, sem


que tenha sido alienado o imóvel, a instituição deverá providenciar a realização de leilão,
no prazo máximo de sessenta dias, observada a regulamentação em vigor. Não se
efetivando a alienação do imóvel no leilão obrigatório, a instituição deverá providenciar
imediatamente nova avaliação do bem, para apuração do valor real de mercado
atualizado, com vistas à eventual constituição da provisão correspondente (Circ.
909/1985, 1, d; Cosif 1-10-2, 8).

8. Os bens imóveis não de uso próprio não alienados no prazo regulamentar devem ser
transferidos para o subtítulo “Bens em Regime Especial” da conta “Bens Não de Uso
Próprio” (Cosif 1-10-2, 9).

Restrições operacionais

9. A manutenção de bens imóveis não destinados a uso próprio, após o término do prazo e
das prorrogações concedidas pelo Banco Central do Brasil, sujeita a instituição às
cominações legais cabíveis, podendo subordiná-la às seguintes restrições (Circ. 909/1985,
1, g, II e III):

a) redução, em 25% (vinte e cinco por cento), do limite de que a instituição dispõe para
as operações de empréstimos de liquidez;
b) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou
transferência de dependências.

Transferência para imóveis de uso

10. Desde que observadas as disposições estabelecidas pelo Cosif, os bens registrados em
“Bens Não de Uso Próprio”, do Ativo Circulante, que passem a ser efetivamente utilizados
pela instituição, transferem-se para a respectiva conta do “Imobilizado de Uso”.
Considerada a necessidade de eventual autorização prévia (para instalação de
dependência, por exemplo), o referido procedimento contábil passa a ser exequível a
partir da efetiva utilização do bem (Cosif 1-10-2, 7).

Locação, arrendamento ou cessão

11. Podem ser objeto de locação, arrendamento ou cessão, total ou parcial, temporariamente,
os bens imóveis (Res. 2.284/1996, art. 1º):

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 30. Disposições específicas
Subseção:

a) pertencentes às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar


pelo Banco Central do Brasil, destinados a uso próprio, enquanto não utilizados,
observado o limite fixado para o total de recursos aplicados no Ativo Permanente,
conforme disposto no artigo 4º da Resolução nº 2.283, de 1996;
b) recebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, enquanto não
alienados, observado o prazo legal e/ou regulamentar para alienação.

Reintegração de posse

12. No caso de reintegração de posse, a contagem do prazo legal para alienação do imóvel
inicia-se a partir da data da reintegração.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 40. Instrução do processo
Subseção:

1. Os pedidos de prorrogação de prazo para venda de bens imóveis não destinados a uso
próprio devem ser encaminhados ao componente do Departamento de Organização do
Sistema Financeiro – Deorf ao qual está vinculada a sede da instituição (Sisorf 3.4.70.10),
contendo o nome da instituição, nome e cargo do(s) diretor(es) estatutário(s), com as
seguintes informações: (Circ. 909/1985; Carta Circ. 2.829/1998):

a) descrição e exata localização do imóvel;


b) valor e forma de aquisição;
c) data em que se efetivou a dação em pagamento, caracterizada pela liquidação do
crédito e registro do bem na contabilidade da instituição;
d) montante dos débitos liquidados com o bem recebido;
e) nome do devedor e eventuais ligações com a instituição e seus diretores;
f) eventual prorrogação já concedida, informando o número do expediente ou correio
eletrônico do Banco Central;
g) providências adotadas para alienação.

2. Nos casos em que houver cessação do uso de bens imóveis até então destinados a uso
próprio, deverão ser apresentadas as seguintes informações:

a) descrição e exata localização do imóvel;


b) valor e forma de aquisição;
c) data da descaracterização do uso e consequente transferência para o ativo circulante –
“Bens Não de Uso Próprio”;
d) eventual prorrogação já concedida, informando o número do expediente ou correio
eletrônico do Banco Central;
e) providências adotadas para alienação.

3. Os documentos comprobatórios acerca das providências adotadas para a alienação dos


imóveis não de uso devem ser mantidos na sede da instituição, à disposição do Banco
Central do Brasil.

4. Objetivando a simplificação e a agilização dos procedimentos, os pedidos de prorrogação


de prazo para alienação de bens imóveis não destinados a uso próprio podem ser
encaminhados por meio de correio eletrônico do BC Correio.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 40. Instrução do processo
Subseção:

5. O requerimento de prorrogação de prazo para a alienação de bens imóveis recebidos em


dação em pagamento pode ser elaborado conforme o modelo Sisorf 8.2.10.12. No caso de
cessação do uso de bens imóveis destinados a uso próprio, pode ser utilizado o modelo
Sisorf 8.2.10.13.

6. O Banco Central do Brasil, no curso da análise do processo, pode solicitar quaisquer


documentos e/ou informações adicionais que julgar necessários à adequada condução do
pleito.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 50. Exame do processo
Subseção: 10. Aspectos gerais

Principais elementos do exame do processo

1. No processo de prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso são
examinados:

a) o requerimento;
b) o atendimento aos aspectos legais e regulamentares.

Requerimento

2. O exame do requerimento consiste em verificar se:

a) consta a declaração de que os documentos comprobatórios acerca das providências


para a alienação do bem imóvel encontram-se arquivados na sede da instituição, à
disposição do Banco Central do Brasil;
b) contém todas as informações exigidas sobre o imóvel objeto do pleito;
c) os dados de qualificação da instituição conferem com os registros cadastrais
disponíveis no Unicad;
d) está assinado por administrador homologado e cuja representatividade seja
reconhecida pelo estatuto, pelo contrato social ou por documento equivalente da
instituição.

3. Para os imóveis recebidos em dação em pagamento, é verificado se foram informados:

a) a descrição e exata localização do imóvel;


b) o valor e forma de aquisição;
c) a data em que se efetivou a dação em pagamento, caracterizada pela liquidação do
crédito e registro do bem na contabilidade da instituição;
d) o montante dos débitos liquidados com o bem recebido em dação em pagamento;
e) o nome do devedor e eventuais ligações com a instituição e seus diretores;
f) eventual prorrogação já concedida;
g) as providências adotadas para a alienação.

4. Para os casos em que houver cessação do uso de bens imóveis até então destinados a uso
próprio, é verificado se foram informados:

a) a descrição e exata localização do imóvel;


b) o valor e forma de aquisição;

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 50. Exame do processo
Subseção: 10. Aspectos gerais

c) a data da descaracterização do uso e consequente transferência para a conta “Bens


Não de Uso Próprio” do Ativo Circulante;
d) eventual prorrogação já concedida;
e) as providências adotadas para a alienação.

Informações adicionais

5. Quando for necessário solicitar informações adicionais para subsidiar a decisão do pleito, é
encaminhado correio eletrônico (ou carta) à instituição concedendo prazo de trinta dias
para atendimento. Se necessário, esse prazo pode ser prorrogado por mais quinze dias.

Prazos legais e regulamentares

6. É verificado se não se encontra esgotado o prazo legal e regulamentar para alienação do


imóvel, considerando inclusive eventual interrupção de contagem em função de pendência
judicial.

7. No caso em que for constatado o esgotamento do prazo legal e regulamentar para


alienação do imóvel, o pleito é indeferido e a instituição deve ser comunicada, por meio de
correio eletrônico do BC Correio, ou por carta, da necessidade de promover leilão, no
prazo máximo de sessenta dias, e de efetuar provisão caso a venda nesse leilão não seja
efetivada.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 50. Exame do processo
Subseção: 20. Decisão do pleito

Decisão do pleito

1. Após verificar se todos os requisitos apontados nas fases de instrução e de exame do


processo foram analisados, o pleito é submetido à apreciação da instância competente que
decidirá sobre sua aprovação ou rejeição.

2. A competência para decidir sobre a prorrogação do prazo para alienação do bem imóvel
não de uso próprio é do chefe de subunidade, conforme contido no Sisorf 3.4.70.20
(tabela de competência por autoridade) e 3.4.70.30 (tabela de competência por assunto).

Recurso

3. Caso os interessados não concordem com a decisão proferida, podem interpor recurso,
conforme descrito no Sisorf 3.4.40.20.

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Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 60. Providências Finais do Deorf
Subseção: 10. Comunicação

Deferimento

1. Após a aprovação da prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
próprio, o Banco Central do Brasil encaminha correio eletrônico por meio do BC Correio ou
carta à instituição interessada comunicando a decisão.

Indeferimento

2. No caso de indeferimento do pleito, o Banco Central do Brasil encaminha correio eletrônico


por meio do BC Correio ou carta à instituição comunicando a decisão. São apontadas as
razões que levaram ao indeferimento, com base nas disposições legais e regulamentares.
Se não for possível enumerá-las, por motivo de complexidade ou por envolver
informações sigilosas, é mencionado que o indeferimento decorreu das razões contidas
nos autos.

Atualização Sisorf nº 81, de 28.8.2013. 1572


Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de imóveis não de uso próprio
Seção: 70. Base legal e regulamentar
Subseção: 10. Legislação básica

Lei

Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 – Dispõe sobre a política e as instituições


monetárias, bancárias e creditícias. Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras
providências.

Atualização Sisorf nº 81, de 28.8.2013. 1573


Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 70. Base legal e regulamentar
Subseção: 20. Normas

Resolução

Resolução nº 2.283, de 5 de junho de 1996 – Dispõe sobre a apuração, de forma


consolidada, de limites operacionais e estabelece limite de aplicação de recursos no Ativo
Permanente.

Resolução nº 2.284, de 5 de junho de 1996 – Dispõe sobre bens imóveis de instituições


financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Circular

Circular nº 909, de 11 de janeiro de 1985 – Dispõe sobre bens não de uso próprio.

Circular nº 1.273, de 29 de dezembro de 1987 – Institui o Plano Contábil das Instituições


do Sistema Financeiro Nacional – Cosif.

Carta Circular

Carta Circular nº 2.829, de 23 de dezembro de 1998 – Estabelece procedimentos a serem


observados na instrução de processos de prorrogação de prazo para alienação de imóveis não
destinados a uso próprio.

Atualização Sisorf nº 81, de 28.8.2013. 1574


Título: 5. Cooperativas de crédito
Capítulo: 16. Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de uso
Seção: 80. Modelos
Subseção:

Documentos de instrução de processo

8.2.10.12 Requerimento – Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de


uso recebidos em dação em pagamento
8.2.10.13 Requerimento – Prorrogação de prazo para alienação de bens imóveis não de
uso provenientes do ativo imobilizado

Atualização Sisorf nº 81, de 28.8.2013. 1575

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