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Podemos afirmar que o conforto térmico acontece quando se atinge o bem estar físico,

alcançando a estabilidade no balanço de temperaturas de um determinado ambiente. O oposto


disso é o desconforto, ou seja, excesso de frio ou calor.

A sensação de calor e frio se dá pelo fluxo de trocas térmicas entre o corpo humano e o
ambiente, fenômeno natural do nosso corpo, que utiliza de seus mecanismos
termorreguladores, para manter nossa temperatura estável e proteger nossos órgãos vitais.
Portanto, quanto maior a diferença de temperatura entre o corpo e o meio, maior será o fluxo
de troca de calor naquele ambiente e consequentemente, iremos perder ou absorver mais calor,
através das trocas secas e as trocas úmidas, como o suor excessivo por exemplo

Enquanto designers de interiores, existem estratégias que podemos adotar para evitar que os
usuários dos ambientes projetados necessitem utilizar de seus mecanismos termorreguladores
para se sentirem confortáveis.

Para projetar, consideramos algumas variáveis de conforto, sendo elas humanas e ambientais.
As humanas são a subjetividade, o tipo de vestimenta e o metabolismo do indivíduo. Além disso,
a idade, o sexo, a etnia, entre outros, também são fatores que podem influenciar em nossas
escolhas. As variáveis ambientais são a temperatura, a velocidade e a umidade do ar, que
através da adoção de algumas estratégias, podem ser controlados.

Através da carta bioclimática de Givoni, podemos estudar as variáveis climáticas e quais


estratégias devem ser adotada para cada ocasião. Por exemplo, em locais de baixa umidade e
alta temperatura podemos adotar a inercia térmica, utilizando materiais nas paredes que
absorvam o calor durante o dia, e liberando durante a noite, sem alterar a temperatura interior.

Ou quando a umidade relativa é muito baixa e a temperatura menos que 27°C, e adotamos a
umidificação do ambiente. Ainda se tem a estratégia do sombreamento, inserida nas
temperaturas a partir dos 20° e muito comum no Brasil.

Deve-se também considerar a escolha dos materiais e sua capacidade de resistência e


condutividade térmica, como por exemplo os tipos de vidro e o uso de protetores solares.

Ainda podemos pensar nos usos de ventilação natural e artificial, e na vegetação. As técnicas de
ventilação cruzada, ou ventilação vertical são métodos muito eficazes para a refrigeração e as
trocas de ar em um ambiente. E quando as temperaturas fogem do ideal, pode-se adotar
sistemas de ventilação artificial como ar condicionado e aquecedores, para resfriar ou aquecer
determinado ambiente.

As vegetações, por exemplo, podem ser usadas para sombrear uma abertura, direcionar ou
diminuir a intensidade do vento, e até mesmo atuar como filtro de ar, captando a poeira

Além dessas, ainda existes muitas estratégias que podem ser adotadas através do estudo das
variáveis ambientais. O mais importante é utilizá-las de forma assertiva, combinando o natural
e o artificial de forma a preservar a eficiência energética e garantir condições essenciais para o
conforto.

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