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PLANTAS AQUÁTICAS/MACROFITAS AQUÁTICAS

Disciplina: Anatomia e Morfologia Vegetal


Docente: Stefanno ...
Discentes: Agatha, Enilson, Erika, Michelle, Leidiane, Romaelson e Samuel
RESUMO:

As macrófitas aquáticas possuem várias terminologias como, as hidrófitas, helófitas, euhidrófitas, limnófitas entre outros. O
termo mais utilizado nas literaturas e simplesmente como macrófitas, pois, apresentam uma grande capacidade de adaptação e
amplitude ecológica. De maneira geral como sendo plantas herbáceas que crescem na água, em solos cobertos por água ou em solos
saturados com água.

As plantas aquáticas encontram-se deste das margens dos rios, lagos e reservatórios, mas também em cachoeiras e
fitotelmos, nas regiões costeiras, em água doce, salgada e salobra (ESTEVES, 1998). Devido à heterogeneidade filogenética e
taxonômica dessas plantas, elas são classificadas por seu biótipo (o grau de adaptação das macrófitas ao meio aquático), conforme
demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1: Biótipos de macrófitas aquáticas, segundo Esteves (1998) e Thomaz; Esteves (2011) e Irgang et al. (1984).
Tipos biológicos Definição
Emersas Plantas enraizadas no sedimento apresentando as folhas acima da lâmina de água

Flutuantes livres Plantas que se desenvolvem flutuando livremente no espelho de água

Submersas enraizadas Plantas enraizadas crescendo submersas

Plantas que apresentam raízes pouco desenvolvidas, flutuando


Submersas livres Submersas em águas tranquilas, presas as estruturas de outras plantas
Aquáticas

Com folhas flutuantes Plantas enraizadas desenvolvendo-se com folhas flutuando na lâmina de água

Capaz de viver bem tanto em área alagada como fora da água, geralmente modificando a morfologia da fase
Anfíbia ou semiaquática
aquática para a terrestre quando baixam as águas

Epífita Que se instala sobre outras plantas aquáticas

Em relação as suas estruturas anatômicas tiveram profundas modificações, Como, a estrutura de transpiração das plantas
terrestres (cutícula e estômatos) que perderam a função na maioria das macrófitas. Onde na maioria das plantas aquáticas
apresentam cutículas finas e reduzidas, pois não necessitam conservar água e estão protegidas da radiação solar. Da mesma forma,
os estômatos que encontram se presentes/ausentes com pouca ou nenhuma funcionalidade, o que justifica se pelo fato dessas
plantas estiver em contato direto com a água, de onde obtêm carbono e proteção da desidratação.

Os tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima) sofreram uma redução nas macrófitas flutuantes, com folhas
flutuantes e submersas. Nas macrófitas submersas e com folhas flutuantes a sustentação é feita pela própria água e pelo
parênquima aerífero (tecido esponjoso) que são bem desenvolvidos nesses grupos. A presença de aerênquima aumenta o fluxo de
oxigênio do caule em direção à raiz, formando amplos canais de ar, o que facilita as trocas gasosas no interior da planta, esses
canais são preenchidos por gases produzidos pela própria planta. Além disso, permite a flutuabilidade, essencial na busca da
radiação solar e na propagação vegetativa.

Observa-se também a redução dos feixes vasculares como xilema, pois os cilindros vasculares são delimitados pelo periciclo.
Além disso, as plantas aquáticas obtém-se uma redução no grau de lignificação nas paredes das células nos diferentes órgãos, como
as adaptações mais importantes das macrófitas.

As células epidérmicas são alongadas e paralelas ao eixo mais longo da folha para conferir flexibilidade quando se dobram.
Na epiderme inferior de folhas flutuantes e submersas encontram-se grupos de células pequenas em volta de poros, estes sistemas
são chamados hidropoten e tem função de absorver grandes íons.

Em relação à morfologia das macrófitas aquáticas apresentam se folhas largas e finas de diferentes formatos, para melhor
eficiência na fixação do CO2. Os caules apresentam-se reduzidos e modificados ou rizomas e com numerosas raízes adventícias
fasciculadas. Aos órgãos reprodutores muitas das plantas aquáticas apresentam se inflorescência, e muitas espécies se desenvolvem
por meio de propagação vegetativa, onde a inundações são um dos principais meios de dispersão de plantas aquáticas. A eficiência
de dispersão depende da flutuação das sementes e da capacidade das plantas de voltarem a crescer a partir de fragmentos.
PLANTAS AQUÁTICAS/MACROFITAS AQUÁTICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

POMPÊO, Marcelo. Monitoramento e manejo de macrófitas aquáticas em reservatórios tropicais brasileiros. Instituto de
biociências da USP, São Paulo, p. 138, 2017.
ESTEVES, F. A. Considerações sobre a aplicação da tipologia de lagos temperados e lagos tropicais. Acta Limnologica
Brasiliensia, v. 11, p. 3-28, 1988.
IRGANG, B. E.; PEDRALLI, G.; WAECHTER, J. I. Macrófitas aquáticas da Estação Ecológica do Taim. Roessleria, v. 6, p.
395-404, 1984.

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