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As macrófitas aquáticas possuem várias terminologias como, as hidrófitas, helófitas, euhidrófitas, limnófitas entre outros. O
termo mais utilizado nas literaturas e simplesmente como macrófitas, pois, apresentam uma grande capacidade de adaptação e
amplitude ecológica. De maneira geral como sendo plantas herbáceas que crescem na água, em solos cobertos por água ou em solos
saturados com água.
As plantas aquáticas encontram-se deste das margens dos rios, lagos e reservatórios, mas também em cachoeiras e
fitotelmos, nas regiões costeiras, em água doce, salgada e salobra (ESTEVES, 1998). Devido à heterogeneidade filogenética e
taxonômica dessas plantas, elas são classificadas por seu biótipo (o grau de adaptação das macrófitas ao meio aquático), conforme
demonstrado na Tabela 1.
Tabela 1: Biótipos de macrófitas aquáticas, segundo Esteves (1998) e Thomaz; Esteves (2011) e Irgang et al. (1984).
Tipos biológicos Definição
Emersas Plantas enraizadas no sedimento apresentando as folhas acima da lâmina de água
Com folhas flutuantes Plantas enraizadas desenvolvendo-se com folhas flutuando na lâmina de água
Capaz de viver bem tanto em área alagada como fora da água, geralmente modificando a morfologia da fase
Anfíbia ou semiaquática
aquática para a terrestre quando baixam as águas
Em relação as suas estruturas anatômicas tiveram profundas modificações, Como, a estrutura de transpiração das plantas
terrestres (cutícula e estômatos) que perderam a função na maioria das macrófitas. Onde na maioria das plantas aquáticas
apresentam cutículas finas e reduzidas, pois não necessitam conservar água e estão protegidas da radiação solar. Da mesma forma,
os estômatos que encontram se presentes/ausentes com pouca ou nenhuma funcionalidade, o que justifica se pelo fato dessas
plantas estiver em contato direto com a água, de onde obtêm carbono e proteção da desidratação.
Os tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima) sofreram uma redução nas macrófitas flutuantes, com folhas
flutuantes e submersas. Nas macrófitas submersas e com folhas flutuantes a sustentação é feita pela própria água e pelo
parênquima aerífero (tecido esponjoso) que são bem desenvolvidos nesses grupos. A presença de aerênquima aumenta o fluxo de
oxigênio do caule em direção à raiz, formando amplos canais de ar, o que facilita as trocas gasosas no interior da planta, esses
canais são preenchidos por gases produzidos pela própria planta. Além disso, permite a flutuabilidade, essencial na busca da
radiação solar e na propagação vegetativa.
Observa-se também a redução dos feixes vasculares como xilema, pois os cilindros vasculares são delimitados pelo periciclo.
Além disso, as plantas aquáticas obtém-se uma redução no grau de lignificação nas paredes das células nos diferentes órgãos, como
as adaptações mais importantes das macrófitas.
As células epidérmicas são alongadas e paralelas ao eixo mais longo da folha para conferir flexibilidade quando se dobram.
Na epiderme inferior de folhas flutuantes e submersas encontram-se grupos de células pequenas em volta de poros, estes sistemas
são chamados hidropoten e tem função de absorver grandes íons.
Em relação à morfologia das macrófitas aquáticas apresentam se folhas largas e finas de diferentes formatos, para melhor
eficiência na fixação do CO2. Os caules apresentam-se reduzidos e modificados ou rizomas e com numerosas raízes adventícias
fasciculadas. Aos órgãos reprodutores muitas das plantas aquáticas apresentam se inflorescência, e muitas espécies se desenvolvem
por meio de propagação vegetativa, onde a inundações são um dos principais meios de dispersão de plantas aquáticas. A eficiência
de dispersão depende da flutuação das sementes e da capacidade das plantas de voltarem a crescer a partir de fragmentos.
PLANTAS AQUÁTICAS/MACROFITAS AQUÁTICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POMPÊO, Marcelo. Monitoramento e manejo de macrófitas aquáticas em reservatórios tropicais brasileiros. Instituto de
biociências da USP, São Paulo, p. 138, 2017.
ESTEVES, F. A. Considerações sobre a aplicação da tipologia de lagos temperados e lagos tropicais. Acta Limnologica
Brasiliensia, v. 11, p. 3-28, 1988.
IRGANG, B. E.; PEDRALLI, G.; WAECHTER, J. I. Macrófitas aquáticas da Estação Ecológica do Taim. Roessleria, v. 6, p.
395-404, 1984.