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Conceito de Educação à Distância

Alcinda Cipriano - (Mestrando em Ciências de Educação)

Egla Cossa - (Mestrando em Ciências de Educação)

Luís Alberto Zavala - (Mestrando em Ciências de Educação)

Luís Bernardo - (Mestrando em Ciências de Educação)

Orientadora: Dra Lurdes Nakala - Módulo de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)

Introdução

A Educação a Distância possui uma relevância social muito importante, pois permite o acesso ao
sistema àqueles que vêm sendo excluídos do processo educacional por morarem longe das
instituições de ensino ou por indisponibilidade de tempo nos horários tradicionais de aula, uma
vez que a modalidade de Educação a Distância contribui para a formação de profissionais sem
deslocá-los das suas cidades, ou seja, é efectivada através do intenso uso de tecnologias de infor-
mação e comunicação, podendo ou não apresentar momentos presenciais (Moran, 2009).

Conceito de educação

Segundo Durkheim (2011:37), a educação é a “acção exercida pelas gerações adultas sobre as
que ainda não estão maduras para a vida social. Tem por objectivos suscitar e desenvolver na
criança certo número de estados físicos intelectuais e morais exigidos tanto pela sociedade
política em seu conjunto quanto pelo meio especial ao qual ela está particularmente destinada”.

Para Holmberg (1986) é um exercício de independência que envolve planeamento, organização


do tempo (timing) e desenvolvimento do estudo individual.

A educação é uma prática social, determinada pelos fatos, por seu entorno, que, contudo, acaba
também por afectá-los. Por isso, deve ser espaço de diálogo, aberto e comunicativo.

Educação - Em sua etimologia (de educare: criar, alimentar; ou de educere: conduzir para fora),
indica uma acção para fora da "forma", uma relação muito particular, muito íntima e afectiva
entre educador e educando, ambos se influenciando e se transformando.
Conceitos de educação a distância

No campo desta modalidade, também, emergem variadas terminologias para caracterizá-la e


explicá-la: estudo por correspondência (Reino Unido), estudo em casa (Estados Unidos),
estudos externos (Austrália), ensino a distância (Open University), télé-enseignement (França),
educación a distancia (Espanha), istruzione a distanza (Itália), teleducação (Portugal)

As conceituações de EaD se ampliaram à medida que foram incorporando os referenciais das


teorias construtivistas, da abordagem reflexiva, dialógica e da educação de adultos, o que nos
permite vislumbrar uma tendência de a tecnologia educacional evoluir para uma concepção mais
ampla de comunicação educacional (Belloni, 2001, p. 34).

Existem vários conceitos de Educação a Distância e todos apresentam alguns pontos em comum.
Entretanto, cada autor ressalta e/ou enfatiza alguma característica em especial na sua
conceitualização.

Conforme Coiçaud (2000) refere ainda que essa modalidade de ensino destaca-se por uma
característica muito importante, e a sua flexibilidade temporal e espacial, pois possibilita
implementar propostas educacionais organizadas e adequadas à realidade das pessoas que
desejam continuar estudando, possibilitando ao aluno administrar seu horário de estudo com
autonomia, beneficiando-se de planificação, direcção e instrução da organização do ensino.

Para Preti (2000) a distância física entre o professor – aluno, o que significa que a presença física
do professor ou do tutor, isto é, do interlocutor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar não
é necessária, não é indispensável para que se dê a aprendizagem. Ela se dá de outra maneira,
“virtualmente”. O estudo individualizado e independente: reconhece-se a capacidade do
estudante de construir seu caminho, seu conhecimento, de se tornar autodidacta, actor e autor de
suas práticas e reflexões.

Para Levine, (2005,p.7), a educação a distância “é o processo de ajudar pessoas a aprender


quando elas estão separadas espacial ou temporalmente dos ambientes mais típicos de
aprendizagem “ ao vivo”, nos quais a maioria de nós foi educada”.

Na mesma linha de pensamento, Keegan, (1996, p.55), ensina que a educação a distância é “um
processo industrializado de educação, uma vez que compartilha características próprias da
produção industrial de bens de consumo, tais como a racionalização e divisão do trabalho, a
mecanização, a produção em série e em massa e a padronização entre outros”.

O conceito de Educação a Distância no Brasil é definido oficialmente no Decreto nº 5.622 de 19


de Dezembro de 2005 (Brasil, 2005): Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a
Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didáctico-pedagógica
nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo actividades educativas
em lugares ou tempos diversos.

Para Litwin (2001), EAD é uma modalidade de ensino com características específicas que
“substitui a proposta de assistência regular à aula por uma nova proposta, na qual os docentes
ensinam e os alunos aprendem mediante situações não convencionais, ou seja, em espaços e
tempos que não compartilham” (p.13).

Segundo Costa (2016), EAD é uma modalidade de ensino cujo objectivo é fornecer uma
educação aberta e permanente através da superação das distâncias entre docentes e alunos via
situações não convencionais, ou seja, em espaços e tempos que não compartilham utilizando-se
de novas tecnologias que integrem, interajam e promovam a interactividade entre alunos e entre
estes e os professores. O diálogo e a reflexão são, portanto, de suma importância para que a EAD
se consubstancie como modalidade de ensino-aprendizagem eficaz.

Acrescentando, Fonseca & Fernande (2017) citando Moore e Kearsley (1996, apud Bosco (2001)
refere que existe 6 (seis) elementos essenciais para uma definição clara de EaD que são: 1-
Separação entre estudante e professor; 2-Influência de uma organização educacional,
especialmente na planificação e preparação dos materiais de aprendizado;3-Uso de meios
técnicos-mídia; 4-Providências para comunicação em duas vias; 5-Possibilidade de seminários
(presenciais) ocasionais; 6-Participação na forma mais industrial de educação.

Para Neder (2000) citado Preti (2009), ao analisar, igualmente, as diferentes definições mais em
uso na literatura especializada, pondera que a EaD é vista como: sistema de comunicação
bidireccional; recursos para proporcionar instrução; modalidade alternativa de ensino; sistema
tecnológico de comunicação para massas e bidireccional; modelo pedagógico; prática educativa
mediatizada; forma pedagógica; modalidade alternativa de educação; meio para o ensino; e
educação alternativa.

Assim, o grupo conceitua educação à distância como um modelo de aprendizagem mais


abrangente que incorpora a organização institucional, fontes de informação, e envolve meios
tecnológicos (ambiente de aprendizagem), que assegura a interacção dos intervenientes do
processo de ensino e aprendizagem, seja de forma síncrona ou assíncrona, rompendo desta forma
as barreiras geográficas.

Considerações Finais

A EAD precisa ter uma proposta didáctica muito mais bem elaborada e comprometida com o
processo ensino-aprendizagem que na educação convencional. Autonomia do ensino não
significa autodidactismo. Por fim, destaca que os desafios da EAD estão em criar propostas que
fomentem a solidariedade e a participação e não o isolamento do aluno.

A Educação a Distância consegue congregar pessoas com idade diferentes, tendo a possibilidade
de proporcionar a troca de experiências. Sua democratização é fundamental, promovendo a
universalização do ensino, levando conhecimento aos locais mais remotos deste país e a pessoas
com horários restritos.

Dos conceitos acima apresentados e apoiando-se no pensamento de Moore (1996), citado em


Preti (2009), o Ensino a Distância (EaD) é um conceito multifacético e em várias definições
apresentadas dá ênfase na estrutura organizacional do sistema e de seus subsistemas ou nos
meios tecnológicos e menos ênfase nos processos de ensino e aprendizagem
Avaliação de participação no trabalho do grupo com o tema: Avaliação em AVA
Resultado Significado Nome de Estudante
A Excelente contributo, Alcinda Cipriano
demostrou compreensão da
material e ajudou ao grupo.
A Excelente contributo, Egla Cossa
demostrou compreensão da
material e ajudou ao grupo.
A Excelente contributo, Luís Zavala
demostrou compreensão da
material e ajudou ao grupo.
A Excelente, demostrou Luís Bernardo
domínio e compreensão
profundas ajudou o grupo na
redacção resumo do trabalho.

Fonte: Adaptado de Santos (2005) trabalho Balula (2011)

Referências bibliográficas

Alves, L. (2011). Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista


Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância.

Bastos, D. H. (2016). Uma visão geral da educação a distância. Obtido em 20 de abril de 2022,
de m http://www.edumed.net/edu002: http://www.edumed.org.br/cursos/slides/aula2-
visao-geral/
Belloni, M. L. (2008). Educação a distância. Campinas: Autores Associados.
Chaves, E. O. (1999). Tecnologia na educação, ensino a distância e aprendizagem mediada pela
tecnologia: conceituação básica. Revista de Educação, 29-43.
Coiçaud, S. (2000). Educação a distância: A colaboração institucional na educação a distância. .
Em E. Litwin, Educação a distância:temas para o debate de uma nova agenda educativa
(pp. 53-72). São Paulo: Artmed.
Costa, I.Te. L.G. da. (2016). Metodologia do Ensino a Distância. Salvador: Universidade
Federal da Bahia.
Durkheim, E. (1972). Educação e Sociologia. São Paulo: Melhoramentos.
Fonseca, C., & Fernande, C. (2017). Educação Presencial versus EaD: Perspectivas dosAlunos
dos Cursos de Serviços Públicos e Administração.
Holmberg, Borje.(1986). A discipline of distance education. Journal of distance education/
Revue de l’enseignement à distance, Athabasca, V.1.1.
Keegan, D. (1996). Foundations of Distance Education. 3 Ed. London: Routledge.
Levine, S. J. (2005). Distance education: a shaed un derstanding. In: Making distance
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Litwin, E. (2001). Educação a Distância: Temas para debate de uma nova agenda educativa.
Porto Alegre: Artmed.
Moran, J. M. (2009). O que é Educação a Distância. Universidade de São Paulo. Disponível em:
<http:// www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>.
Pimenta, S. G. (1995). Saberes pedagógicos e ativiade docente. São Paulo: Cortez.
Preti, O. (2000). Educação á Distância: consttruindo significados. Cuiabá: Plano.
Preti, O. (2009). Educação a distância: fundamentos e políticas / Oreste Preti. - Cuiabá :
EdUFMT.

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