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Apostila

Genética

Desenvolvido por
Centro Educacional
Sete de Setembro
www.cessetembro.com.br
SUMÁRIO

O AVANÇO GENÉTICO
GENÉTICA MODERNA
CONCEITOS BÁSICOS

GREGOR MENDEL
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A genética é um campo da biologia que estuda a hereditariedade e a


variação nos organismos. Ela está preocupada com a transmissão de
características de uma geração para a próxima, incluindo os processos
pelos quais as informações genéticas são passadas de pais para filhos.
01
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CONCEITOS BÁSICOS
A genética é o ramo da biologia que estuda a
hereditariedade, ou seja, a transmissão de
características biológicas de uma geração para a
próxima. Ela engloba o estudo dos genes, que são
segmentos específicos de DNA que contêm
informações genéticas. Este campo da ciência surgiu a
cerca de 1 século e meio atrás, porém tem crescido

constantemente nos últimos anos, através do aumento da Biologia


Molecular e o avanço das tecnologias. Seus estudo tem se desenvolvidos
para mapear estruturas, localizar materiais genéticos e os mecanismos de
mutações, entender os processos de recombinação e transmissão do
material que da origem a semelhança e diferença dos descendentes. Tudo
isso coopera para a compreensão de compatibilidade e incompatibilidades
sanguíneas, e a transferências de distúrbios ou doenças hereditárias, o que
contribui para possíveis aconselhamentos genéticos.

Pode ser dividida em:

Genética Clássica descrita por Gregor Mendel 1856-1865 (pai


da genética), que explica a unidade fundamental da hereditariedade.

Genética Moderna descoberta por Watson e Crick 1953 –


descobre pedaços de DNA que codificam uma proteína.
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1.1 – Cromossomos Homólogos


Cromossomo homólogos são pares de cromossomos que possuem genes
para as mesmas características em locais correspondentes. Em organismos
diploides, como os seres humanos, cada célula possui dois conjuntos
completos de cromossomos, um herdado da mãe e outro do pai. Cada
cromossomo em um par homólogo contém genes que controlam as
mesmas características, mas podem ter variantes diferentes desses genes,
chamados alelos.
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Genes alelos

Cromossomas homólogos

Cromossomo paterno
Par de
Genes ALELOS Cromossomos
Homólogos

Cromossomo materno
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Os cromossomos homólogos são essenciais para a reprodução sexual e


desempenham um papel importante na variabilidade genética.

Durante a meiose, que é o processo de divisão celular que leva à formação


de células sexuais (gametas), os cromossomos homólogos se separam,
resultando em células filhas que têm apenas um conjunto de
cromossomos.

A combinação de alelos dos cromossomos homólogos contribui para a


diversidade genética entre os descendentes. Isso é importante para a
evolução das espécies, pois permite que características vantajosas sejam
transmitidas e se tornem mais prevalentes ao longo do tempo.

1.2 - Genótipo
O genótipo é a composição genética de um organismo, representando uma
combinação específica de alelos presentes em seus cromossomos. Ele é
uma base molecular que determina as características hereditárias de um
indivíduo, como cor dos olhos, tipo sanguíneo, resistência a certas
doenças, entre outras. O genótipo de um organismo é expresso por seus
genes, que são segmentos específicos de DNA localizados em
cromossomos. Cada gene pode ter diferentes variantes chamadas alelos,
que são herdados dos pais. Um organismo diploide, como os seres
humanos, herda um conjunto de cromossomos da mãe e outro do pai,
resultando em duas cópias científicas de cada gene.
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O genótipo é frequentemente representado por letras, onde uma letra


guarda representa um alelo dominante e uma letra minúscula representa
um alelo recessivo. Por exemplo, se um organismo tem um alelo
dominante (A) e um alelo recessivo (a) para um determinado gene, seu
genótipo pode ser representado como Aa. Se ambos os alelos forem
dominantes, o genótipo será AA, e se ambos forem recessivos, será aa.

É importante destacar que o genótipo não é determinado diretamente


como características observáveis de um organismo conhecido como
fenótipo. O fenótipo é influenciado pela interação complexa entre os
genes (genótipo) e o ambiente.
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1.3 – Fenótipo

O fenótipo é uma expressão observável das características de um


organismo, resultante da interação entre seu genótipo (composição
genética) e o ambiente em que se desenvolve. Em outras palavras, o
fenótipo é uma manifestação física, fisiológica e comportamental das
informações genéticas contidas no DNA de um organismo, moduladas
pelas condições ambientais.
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GENÓTIPO AMBIENTE FENÓTIPO

Diferentemente do genótipo, que representa a informação genética total


de um organismo, o fenótipo inclui todas as características visíveis ou
mensuráveis ​de um indivíduo, como cor dos olhos, altura, tipo sanguíneo,
comportamento, entre outros.

A relação entre genótipo e fenótipo é complexa. Além dos genes herdados,


os fatores ambientais desempenham um papel crucial na determinação do
fenótipo. Por exemplo, a exposição a certos estímulos ambientais, a
nutrição, o clima e outros fatores podem influenciar a expressão dos genes
e, portanto, afetam as características observáveis ​de um organismo.

Entender a relação entre genótipo e fenótipo é fundamental para


compreender a biologia e a genética.

1.4 – Homozigoto
Um organismo é considerado homozigoto para um gene específico quando
possui duas cópias idênticas do mesmo alelo desse gene. Os alelos são
variantes alternativas de um gene que ocupa o mesmo local em
cromossomos homólogos. Existem dois tipos principais de homozigotos:
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Homozigoto Recessivo (homozigoto para o alelo


recessivo): Nesse caso, ambos os alelos presentes
são recessivos (representados por letras
minúsculas). Por exemplo, se um organismo tem
dois alelos recessivos para um gene, seu genótipo
Homozigoto será representado por duas letras minúsculas, como
aa..
BB
(dominante)

Homozigoto Recessivo (homozigoto para o alelo


recessivo): Nesse caso, ambos os alelos presentes
são recessivos (representados por letras
minúsculas). Por exemplo, se um organismo tem
dois alelos recessivos para um gene, seu genótipo
Homozigoto será representado por duas letras minúsculas, como
bb aa..
(recessivo)

Em ambos os casos, os homozigotos apresentam uma expressão fenotípica


clara para uma característica determinada pelo gene em questão. No
entanto, é importante observar que, embora o termo "homozigoto" se
refira a um gene específico, um organismo pode ser homozigoto para
alguns genes e heterozigoto para outros, dependendo da herança genética
recebida dos pais.
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1.5 – Heterozigoto

Um organismo é considerado
heterozigoto para um determinado
gene quando possui duas variantes
diferentes (alelos) desse gene em seus
cromossomos homólogos. Essa
condição ocorre quando um alelo é
dominante e o outro é recessivo. Os
alelos são as diferentes formas de um
gene que ocupa o mesmo local em
cromossomos homólogos.

O genótipo de um heterozigoto é representado por uma combinação de


letras secretas e minúsculas, situada a presença de um alelo dominante e
um alelo recessivo. Por exemplo, se um organismo herda um alelo
dominante (A) de um dos pais e um alelo recessivo (a) do outro pai, seu
genótipo será representado por Aa.

HOMOZIGOTO HETEROZIGOTO
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Ao contrário dos homozigotos, em que ambas as cópias do gene são


idênticas (homozigoto dominante AA ou homozigoto recessivo aa), os
heterozigotos têm uma mistura de alelos e, portanto, podem exibir
características de ambos os alelos, sendo que a expressão fenotípica
muitas vezes será dominada pelo alelo dominante.

A heterozigose é fundamental para a variabilidade genética em ambiente,


pois permite que diferentes combinações de cervejas sejam transmitidas
às gerações subsequentes durante a reprodução sexual.

1.6 – Gene Recessivo e Dominante

Gene recessivo Gene dominante

Gene que só manifesta Gene que manifesta o mesmo


fenotipicamente o caráter em fenótipo. tanto em homozigose
(AA) como em heterozigose
homozigose ( dois alelos
(Aa)
iguais - aa ) quando estiver
presente em dose dupla (aa)
Inserir um subtítulo

Aa
-
-
-
-

-
--

A a
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DOMINANTE RECESSIVO

DOMINANTE
genes dominantes sempre manisfestarão
suas característica.

RECESSIVO
só manifestam suas características quando
combinados com outro gena recessivo

1.7 – Herança Genética

A herança genética refere-se à transmissão de características hereditárias


de uma geração para a próxima. Essas características são determinadas
pelos genes, que são segmentos de DNA localizados nos cromossomos. Os
princípios básicos da herança genética foram descobertos por Gregor
Mendel no século XIX, e suas leis mendelianas ainda são fundamentais
para entender como os traços genéticos são transmitidos.
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Herança Autossômica e Ligada ao Sexo: Genes localizados nos


cromossomos autossômicos (não sexuais) seguem padrões de herança
autossômica, enquanto genes localizados nos relacionamentos sexuais
seguem padrões de herança ligados ao sexo.

Herança Codominante e Incompleta Dominância: Em alguns casos, ambos


os alelos de um gene são expressos no fenótipo de um organismo
(codominância), ou a expressão fenotípica de um heterozigoto é
distribuída entre os homozigotos (incompleta dominância).

A herança genética é um campo complexo e dinâmico que continua a ser


explorado por cientistas para entender melhor como os traços são
transmitidos e como as informações genéticas influenciam o
desenvolvimento e a saúde dos organismos.

1.8 – Localização da Herança Genética

A herança genética está contida nos genes, que são unidades de


informação genética que não apresentam DNA. O DNA (ácido
desoxirribonucleico) é uma molécula grande e complexa que forma a
estrutura dos cromossomos, os quais são encontrados no núcleo das
células.
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Em organismos eucarióticos, como plantas, animais e fungos, o DNA é


organizado em cromossomos. Os genes, que são sequências específicas de
DNA, estão localizados em posições específicas nos cromossomos. Cada
organismo tem um número específico de cromossomos, e os genes nesses
cromossomos carregam as instruções para as vitaminas de proteínas e
desempenham papéis cruciais na determinação das características
hereditárias.

Chromosome

Gene

Nos seres humanos, por exemplo, o


DNA está organizado em 23 pares de
cromossomos, totalizando 46
cromossomos em cada célula
somática. Cada célula somática
(célula do corpo) contém uma cópia
de cada cromossomo proveniente do
pai e outra da mãe.
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A herança genética ocorre quando os organismos se reproduzem,


transmitindo informações genéticas para a próxima geração. Na
reprodução sexual, os gametas (células sexuais, como espermatozoides e
óvulos) são produzidos

1.9 - Como essa Herança é Transmitida


A transmissão da herança genética ocorre através da reprodução, que pode
ser sexuada ou assexuada. No caso da reprodução sexuada, que é mais
relevante para a transmissão genética em humanos e na maioria dos
organismos complexos, o processo envolve a formação de gametas
(células sexuais) e a fusão desses gametas durante a fecundação.

Principais passos desse processo

Produção de Gametas:

Meiose - As células reprodutivas,


chamadas de gametas, são produzidas
por meio de um tipo especial de divisão
celular chamado meiose. Durante a
meiose, o número de cromossomos é
reduzido pela metade, resultando em
células haploides. Em humanos, as
células germinativas (células que dão
origem aos gametas) são
espermatozoides nos homens e óvulos
nas mulheres.
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Fecundação:

Encontro dos Gametas - Durante a


reprodução sexuada, um espermatozoide
(gameta masculino) fertiliza um óvulo
(gameta feminino) através da fecundação.
Isso geralmente ocorre durante a relação
sexual.

Formação do Zigoto:

Cariogamia - A fusão dos núcleos dos gametas, conhecida como


cariogamia, resulta na formação de uma célula chamada zigoto. O
zigoto contém uma combinação única de material genético dos pais,
com um conjunto completo de cromossomos.

ZIGOTO
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Desenvolvimento:

Mitose - O zigoto passa por várias divisões celulares por mitose, formando
um embrião multicelular. Todas as células do corpo, exceto as células
germinativas, têm o mesmo conjunto completo de cromossomos.

Clivagens

Células
Internas

Herança Genética:

Alelos e Genes - Os cromossomos contêm genes, que são segmentos de


DNA que codificam informações genéticas. Cada gene pode ter diferentes
formas variantes chamadas alelos
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Combinação Genética - Durante a formação


dos gametas e a fecundação, os alelos dos
pais são combinados, resultando na
variabilidade genética entre os descendentes.

Expressão Gênica:

Ativação de Genes: A informação genética determina as características


hereditárias dos organismos. A expressão gênica regula como os genes são
ativados para produzir proteínas e desempenhar funções específicas no
desenvolvimento e funcionamento do organismo.

Assim, a transmissão da herança genética ocorre através da passagem de


material genético dos pais para a prole, garantindo a continuidade e
variabilidade genética dentro de uma população.
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GREGOR MENDEL
Gregor Mendel (1822-1884) foi um cientista
austríaco e frade agostiniano frequentemente
referido como o "pai da genética moderna". Ele
conduziu um trabalho pioneiro no campo da
herança, estudando os padrões de herança de
características em ervilhas. Os experimentos de
Mendel lançaram as bases para a compreensão da
genética e dos princípios da hereditariedade.

O trabalho mais famoso de Mendel foi publicado em 1866 em um artigo


intitulado "Experiments on Plant Hybridization". Neste artigo, Mendel
descreveu os resultados de seus experimentos com ervilhas, onde
observou a herança de características como cor da flor, textura da semente
e altura da planta. Através de experimentos de melhoramento cuidadosos
e sistemáticos, Mendel formulou dois princípios fundamentais que regem a
transmissão de características de uma geração para a seguinte:

Lei da Segregação.

Lei do Sortimento Independente


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O trabalho de Mendel, no entanto, não foi amplamente reconhecido


durante a sua vida, e foi apenas no início do século XX que os cientistas
redescobriram os seus princípios e reconheceram a sua importância na
compreensão da herança. Suas descobertas lançaram as bases para o
desenvolvimento do campo da genética, e suas leis ainda são
fundamentais para a nossa compreensão da hereditariedade hoje. Por
tudo isso ele foi considerado o “pai da genética”.

2.1 – Experimentos de Mendel com Ervilhas

Os experimentos de Mendel com ervilhas (Pisum sativum) foram cruciais


para o desenvolvimento da genética e para a compreensão das leis da
herança genética.

Experimento sobre a Herança da Cor das Flores:

Mendel cruzou plantas de ervilha com flores violetas com plantas de flores
brancas.

A primeira geração (F1) resultou apresentada apenas flores violetas.

Em seguida, ele cruzou as plantas da F1 entre si, produzindo a segunda


geração (F2).

Na F2, Mendel relatou que aproximadamente 75% das plantas tinham


flores violetas e 25% tinham flores brancas.

Esse experimento ajudou Mendel a desenvolver a Lei da Segregação, que


afirma que os alelos segregam-se durante a formação dos gametas.
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Autopolirização

Autopolirização
cruzada

Autopolirização
Autopolirização ou
polinização cruzada

GERAÇÃO P GERAÇÃO F1 GERAÇÃO F2

Experimento sobre a Herança da Textura das Sementes:

Mendel cruzou plantas de ervilhas com sementes lisas com plantas de


sementes rugosas.

A F1 resultante teve apenas sensações lisas.

Ao cruzar as plantas da F1, a F2 apresentou uma proporção de cerca de 3:1


de sementes lisas para sementes rugosas.

Esse experimento contribuiu para a compreensão da Lei da Segregação e


também demonstrou a independência dos caracteres hereditários.
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Experimento sobre a Herança da Cor da Semente:

Mendel cruzou plantas de ervilhas com sementes amarelas com plantas de


sementes verdes.

Na F1, todas as plantas tinham sementes amarelas.

Na F2, a proporção foi de aproximadamente 3:1 de sementes amarelas


para verdes.

Esse experimento ajudou Mendel a formular a Lei da Segregação e


também a Lei da Independência da Sortimento, que afirma que diferentes
pares de alelos segregam-se independentemente uns dos outros durante a
formação dos gametas.
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Experimento sobre a Herança da Cor da Semente:

Mendel cruzou plantas de ervilhas com sementes amarelas com plantas de


sementes verdes.

Na F1, todas as plantas tinham sementes amarelas.

Na F2, a proporção foi de aproximadamente 3:1 de sementes amarelas


para verdes.

Esse experimento ajudou Mendel a formular a Lei da Segregação e


também a Lei da Independência da Sortimento, que afirma que diferentes
pares de alelos segregam-se independentemente uns dos outros durante a
formação dos gametas.
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Geração

2.1 – Primeira Lei de Mendel

A primeira lei de Mendel é conhecida como "Lei da Segregação" ou "Lei da


Pureza dos Gametas". Essa lei foi derivada dos experimentos de Mendel
com classificações de plantas de ervilha e foi formulada da seguinte
maneira:

Lei da Segregação: "Durante a formação dos gametas, os alelos de um par


segregam-se (separam-se) e são distribuídos de forma independente nos
gametas resultantes."
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Essa lei é baseada no conceito de que os organismos herdam um conjunto


de fatores genéticos (alelos) de cada progenitor, mas apenas um alelo de
cada par é transmitido a cada descendente. Os alelos segregam-se durante
a formação dos gametas, garantindo a variabilidade genética nas gerações
subsequentes.

Mendel desenvolveu essa lei observando os resultados de seus índices de


ervilhas. Por exemplo, ao cruzar plantas de ervilhas com sementes lisas
(AA) com plantas de sementes rugosas (aa), a geração primeira (F1)
resultando todas as plantas com sementes lisas heterozigotas (Aa). Na
segunda geração (F2), ao cruzar as plantas da F1 entre si, Mendel
observou que a proporção de plantas com sementes lisas (AA ou Aa)
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2.2 – Segunda Lei de Mendel

A segunda lei de Mendel é conhecida como "Lei da Independência dos


Fatores" ou "Lei da Independência da Assortação". Esta lei foi derivada dos
experimentos de Mendel com classificações de dois ou mais pares de
genes sendo formulada da seguinte maneira:

Lei da Independência dos Fatores: "Os fatores que determinam


diferentes características hereditárias segregam-se (separam-se)
independentemente uns dos outros durante a formação dos gametas.

Em outras palavras, a segregação de um par de alelos para um traço


específico é independente da segregação de outros pares de alelos para
traços diferentes. Isso significa que a herança de uma característica não
influencia a herança de outra característica.
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Mendel formulou essa lei observando simultaneamente dois ou mais


traços em seus experimentos com ervilhas. Por exemplo, ao considerar a
cor da semente (amarela ou verde) e a textura da semente (lisa ou rugosa),
Mendel cruzou plantas heterozigotas para ambos os traços e observou a
herança independente dessas características. A proporção esperada de
fenótipos na descendência resultante foi mantida de acordo com a
combinação das leis de segregação e independência dos fatores.

A Lei da Independência dos Fatores destaca a forma como diferentes


características são transmitidas de maneira independente, permitindo uma
variedade ainda maior de codificação genética na descendência. Essa lei é
fundamental para entender a diversidade genética resultante dos
cruzamentos e é uma contribuição importante para a compreensão da
genética herdada.
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GENÉTICA MODERNA
Os avanços na genética têm sido fundamentais para uma série de
realizações e descobertas em diversas áreas da ciência e da medicina.

3.1 – Descoberta do DNA


A descoberta do DNA (ácido desoxirribonucleico) é um marco significativo
na história da biologia e da ciência em geral. A estrutura do DNA foi
descoberta em 1953 por James Watson e Francis Crick, com contribuições
cruciais da fotografia de difração de raios X realizada por Rosalind
Franklin.
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A história começa com uma pesquisa


de várias décadas sobre a
hereditariedade e a natureza dos
genes. No início do século XX, os
cientistas já haviam descoberto que
os genes eram responsáveis ​pela
transmissão de características de uma
geração para a próxima, mas a
natureza exata dos genes ainda era
desconhecida

Em 1953, Watson e Crick publicaram um artigo histórico na revista Nature


descrevendo a estrutura do DNA. Eles propuseram que o DNA era uma
dupla hélice, uma forma elegante de molécula em espiral composta por
duas cadeias de nucleotídeos complementares, conectadas por pontes de
hidrogênio entre pares específicos de bases nitrogenadas: adenina (A) com
timina (T) e citosina (C ) com guanina (G).
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A descoberta da estrutura do DNA teve implicações profundas para a


compreensão da hereditariedade e abriu caminho para avanços inovadores
na biologia molecular, genética e medicina. O entendimento da estrutura
do DNA permitiu o desenvolvimento de técnicas como a recombinação de
DNA, a clonagem e a sequenciação do genoma, desencadeando uma
revolução na pesquisa biológica e médica. O Prêmio Nobel de Fisiologia
ou Medicina em 1962 foi concedido a James Watson, Francis Crick e
Maurice Wilkins pela descoberta da estrutura do DNA.

3.2 – DNA

O DNA (ácido desoxirribonucleico) é


uma molécula fundamental para a
herança genética e a transmissão de
informações genéticas em organismos
vivos.

Estrutura do DNA:

O DNA tem uma estrutura de dupla hélice, que consiste em duas


cadeias polinucleotídicas complementares.

Cada cadeia é composta por unidades chamadas nucleotídeos, que


consistem em um grupo fosfato, um açúcar (desoxirribose, no caso do
DNA) e uma base nitrogenada.

As bases nitrogenadas são adenina (A), timina (T), citosina (C) e


guanina (G). A complementaridade das bases permite a formação de
pares específicos: adenina se liga à timina, e citosina se liga à guanina.
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Localização do DNA:

No núcleo das células eucarióticas, o DNA está organizado em estruturas


chamadas cromossomos.

Os genes, que são unidades de informação genética, estão localizados em


segmentos específicos do DNA.
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Função do DNA:

O DNA contém as instruções genéticas necessárias para o


desenvolvimento, funcionamento e manutenção de organismos vivos.

A informação genética é codificada na sequência específica de bases


ao longo das cadeias de DNA.

Os genes são segmentos específicos de DNA que codificam a síntese


de proteínas ou têm outras funções regulatórias.

Replicação do DNA:

Antes da divisão celular, o DNA precisa ser replicado para garantir que
cada célula filha tenha uma cópia completa do material genético.

A replicação do DNA ocorre no processo de síntese semi-conservativa,


onde cada cadeia de DNA existente serve como molde para a síntese
de uma nova cadeia complementar.
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Expressão Gênica:

A expressão gênica é o processo pelo qual a informação genética é


utilizada para sintetizar proteínas ou realizar outras funções celulares
.
Envolve transcrição, onde uma molécula de RNA mensageiro (mRNA) é
produzida a partir de uma sequência de DNA específica, e tradução,
onde o mRNA é usado para sintetizar proteínas.

Mutação Genética:

As mutações genéticas são alterações na sequência de DNA. Elas


podem ocorrer naturalmente ou serem induzidas por fatores
ambientais.

Algumas mutações podem ter efeitos significativos na função das


proteínas ou em outros processos celulares.

O DNA desempenha um papel crucial na herança genética, transmitindo


informações genéticas de uma geração para a seguinte e sendo essencial
para a diversidade e adaptação das espécies ao longo do tempo.
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3.3 – RNA

O RNA (ácido ribonucleico) é uma


molécula essencial para a expressão
gênica e desempenha vários papéis
importantes no funcionamento celular.

Estrutura do RNA:

Assim como o DNA, o RNA é uma molécula composta por


nucleotídeos. No entanto, o RNA possui uma única cadeia, em
contraste com a dupla hélice do DNA.

Os nucleotídeos do RNA consistem em um grupo fosfato, um açúcar


(ribose, diferente da desoxirribose do DNA) e uma base nitrogenada.
As bases nitrogenadas no RNA são adenina (A), uracila (U), citosina (C)
e guanina (G).
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Tipos de RNA:

RNA Mensageiro (mRNA): Carrega a informação genética do DNA para


os ribossomos, onde ocorre a síntese de proteínas.

RNA Transportador (tRNA): Transporta aminoácidos para os


ribossomos durante a síntese de proteínas.

RNA Ribossômico (rRNA): Faz parte da estrutura dos ribossomos, onde


ocorre a síntese de proteínas
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Transcrição:

A transcrição é o processo pelo qual a informação genética do DNA é


copiada para formar moléculas de RNA.

Durante a transcrição, a enzima RNA polimerase liga-se ao DNA e


sintetiza uma molécula de RNA complementar, seguindo as regras de
pareamento de bases (A-U e C-G).

Processamento do RNA:

Antes de sair do núcleo para realizar sua função, o RNA precursor


(pré-mRNA) sofre processamento. Isso inclui a remoção de íntrons
(regiões não codificantes) e a união de éxons (regiões codificantes).

Tradução:

A tradução é o processo pelo qual a informação contida no mRNA é


utilizada para sintetizar uma sequência específica de aminoácidos,
formando uma proteína.

Os ribossomos, compostos por rRNA e proteínas, são os locais onde


ocorre a tradução.
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Regulação Gênica:

O RNA desempenha um papel crucial na regulação da expressão


gênica. Moléculas de RNA não codificantes, como microRNAs
(miRNAs), podem modular a atividade gênica, afetando a estabilidade
e a tradução do mRNA.

Vírus de RNA:

Alguns vírus, como o vírus da gripe,


possuem material genético
constituído por RNA em vez de DNA.
Esses vírus utilizam o RNA para se
replicar e produzir novos vírus.

Em resumo, o RNA desempenha um papel central na síntese de proteínas


e na regulação gênica, conectando as informações genéticas contidas no
DNA às atividades celulares essenciais.
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O AVANÇO GENÉTICO
O termo "avanço genético" pode se referir a várias conquistas e
desenvolvimentos na área da genética ao longo do tempo como:
Diagnóstico e Tratamento de Doenças
Genéticas: A identificação de genes
associados a doenças genéticas permitiu o
desenvolvimento genéticos para
diagnóstico precoce e rastreamento de
condições genéticas. Isso, por sua vez,
possibilita intervenções médicas precose e
o desenvolvimento de terapias específicas
para determinadas condições

Medicina Personalizada: Compreender a


variabilidade genética entre indivíduos
autorizados o desenvolvimento da medicina
personalizada, onde os tratamentos podem
ser adaptados com base no perfil genético
de cada paciente. Isso é particularmente
relevante em áreas como oncologia, onde
terapias direcionadas podem ser mais
eficazes com base nas caracter´sticas
genéticas do tumor
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Agricultura e Biotecnologia: A
manipulação genética tem desempenhado
um papel significativo na melhoria das
culturas agrícolas, tornando-as mais
resistentes a convenientes, mais nutritivas
ou capazes de resistir a condições
ambientais adversas. Isso tem implicações
importantes na segurança alimentar e na
produção agrícola.

Terapia Gênica: A pesquisa em terapia


gênica visa tratar ou curar doenças por
meio da introdução, correção ou
modificação de material genético. Embora
ainda esteja em estágios iniciais, alguns
sucessos já foram realizados, e essa
abordagem tem o potencial de
revolucionar o tratamento de certas
doenças genéticas

Entendimento da Evolução Humana: A


genética forneceu insights valiosos sobre
a evolução humana. O sequenciamento do
genoma humano e o estudo de variações
genéticas entre populações ajudaram os
cientistas a entender história evolutiva da
espécie humana
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CRISPR-Cas9 e Edição Genética: O


desenvolvimento da técnica CRISPR-
Cas9 permitiu a edição precisa do DNA.
Essa ferramenta revolucionou a
genética, possibilitando a modificação
direcionada de genes em organismos,
incluindo seres humanos. Isso tem
implicações profundas em terapia
genética, pesquisa e até mesmo em
questões éticas.

GIBÃO HUMANO CHIMPAZÉ GORILA ORANGUTÁNGO

Avanços em Pesquisa Biomédica: A genética desempenha um papel


crucial na pesquisa biomédica, desde a compreensão dos mecanismos
subjacentes a doenças complexas até a identificação de alvos
terapêuticos potenciais. Isso impulsionou o desenvolvimento de novos
medicamentos e terapias.
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Testes de Ancestralidade e Genealogia: Os avanços na genética


também permitiram o desenvolvimento de testes de ancestralidade e
genealogia. As pessoas podem agora explorar suas origens genéticas e
traçar suas linhagens familiares por meio da análise de seu DNA.

GIBÃO HUMANO CHIMPAZÉ GORILA ORANGUTÁNGO

O avanço da Genética tornou possível:

Mapear genes de várias espécies;

Realizar exames de paternidade com altíssimo grau de precisão;

Solucionar autoria de crimes;

Clonar animais;

Produzir plantas e alimentos transgênicos;

Orientar Transplantes;

Produzir em microrganismos várias proteínas de interesse como a


insulina
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Referências Bibliográficas
ARAÚJO, M. dos S.; LEITE, A. de S. “O caminho das ervilhas”: recurso didático no ensino da genética
mendeliana. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 11, n. 6, p. 514–529, 2020. DOI:
10.26843/rencima.v11i6.1878. Disponível em:
https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/1878. Acesso em: 24 nov. 2023

WOSKI, Stephen A.; SCHMIDT, Francis J. DNA e RNA: Composição e estrutura. Manual de Bioquímica: com
correlações clínicas, p. 29, 2021.

MRP Bueno – O Projeto Genoma Humano- Revista Bioética, 1997 - revistabioetica.cfm.org.br

Primon, Cátia Sueli Fernandes, and Daisy de Brito Rezende. "Conhecimento de graduandos do último semestre
de cursos de licenciatura em Ciências Biológicas sobre DNA e RNA." VII ENPEC-Encontro Nacional de Pesquisa
em Educação em Ciências–2009, Florianópolis (2014).

WS Klug, MR Cummings, CA Spencer, MA Palladino – Coneitos de Genética. 2009

Referências de Imagens
Google Imagens - Acesso em: 22 e 23 de nov. 2023.

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