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SUMÁRIO

BIOLOGIA ............................................................................................................... pág 01


Planejamento 1: Genética mendeliana ..................................................... pág 01
Planejamento 2: Variações mendelianas .................................................. pág 08
Planejamento 3: Biotecnologia ................................................................ pág 17

FÍSICA ................................................................................................... pág 22


Planejamento 1: Conservação de energia e de movimento ........................ pág 23
Planejamento 2: Hidrostática .................................................................. pág 32

QUÍMICA ............................................................................................... pág 48


Planejamento 1: Propriedades Coligativas ................................................ pág 48
Planejamento 2: Soluções ....................................................................... pág 56
Planejamento 3: Estequiometria .............................................................. pág 60

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano Ensino Médio 2023
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Biologia Ciências da Natureza e suas Tecnologias

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Genética Mendeliana. (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades expe-
rimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas noções de
probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das ciências.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de
conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias do DNA,
tratamentos com células tronco, neurotecnologias, produção de tecnologias
bélicas, estratégias de controle de pragas, entre outros), com base em
argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis, distinguindo diferentes
pontos de vista.
(EM13CNT305X) Investigar e discutir o uso indevido de conhecimentos das
Ciências da Natureza na justificativa de processos de discriminação, segregação e
privação de direitos individuais e coletivos, em diferentes contextos sociais e
históricos, para promover a equidade o respeito à diversidade levando em
consideração os impactos que perpassam no âmbito social, familiar, cultural,
econômico e político, ampliando a discussão e o desenvolvimento crítico e
argumentativo dos estudantes.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Genética mendeliana.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ ABERTURA:
Professor(a), este planejamento tem o objetivo principal de trabalhar as habilidades acima citadas. Nesse
conteúdo, o professor deve reforçar as habilidades trabalhadas na 1 a Lei de Mendel (no 9o ano), o estudante
deve reconhecer a diferença entre genótipo e fenótipo e os conceitos de dominância e recessividade dos
genes homólogos para depois ser trabalhada a 2a Lei de Mendel. Os cruzamentos e o quadro de Punnett
devem ser trabalhados nesse momento e o estudante deve aprender a interpretar as probabilidades
envolvidas nas gerações parentais e aplicar isso ao conceito de genótipo e fenótipo.

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B) DESENVOLVIMENTO
AULA 01: CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO - RETOMANDO OS CONCEITOS DA
GENÉTICA MENDELIANA
Sugerimos um planejamento a ser aplicado ao longo de várias aulas, adaptando-se ao tempo
disponível e ao nível de compreensão dos estudantes. É importante lembrar que essa é apenas uma
sugestão, e você pode ajustar e adaptar de acordo com as necessidades e recursos disponíveis na
sua sala de aula.
Para esta aula, professor(a), orientamos que trabalhe de maneira expositiva os conceitos básicos
relacionados à genética, tais como: fenótipo, genótipo, cromossomos homólogos, alelos, dentre
outros, é fundamental que os estudantes compreendam esses conceitos e, para tanto,
recomendamos o desenvolvimento de atividades investigativas
Nesta etapa é proposta uma discussão inicial com os estudantes, tendo como referência a
problemática. Inicie a aula fazendo perguntas aos estudantes sobre semelhanças entre membros da
mesma família. Exemplo: "Vocês já notaram que algumas características físicas são semelhantes
entre pais e filhos?".
Conduza uma breve discussão sobre hereditariedade, destacando que a Genética estuda a
transmissão de características de uma geração para outra.
Outra proposta é a utilização de jogos, abaixo segue uma proposta de fixação e revisão de
conhecimentos em genética.

Super dica!!! Imagem 1- (QR Code) – Genética,


revisando e fixando conceitos.
Professor(a), acesse o material disponibilizado pela
Sociedade Brasileira de Genética, disponível no QR
Code ao lado. O artigo traz uma proposta lúdica
pedagógica, fornecendo aos estudantes uma
associação mais ampla de vários tópicos da Genética,
como alternativa didática para compreensão e fixação
de conceitos de Genética. Fonte: (SBG Online, 2005)

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Sugestão de leitura
A primeira lei de Mendel, também conhecida como Lei da Segregação, é um dos princípios
fundamentais da genética e foi proposta por Gregor Mendel no século XIX. Essa lei descreve como
os alelos de um gene são segregados e distribuídos aleatoriamente para os gametas durante a
formação dos espermatozoides e óvulos.
De acordo com a Lei da Segregação, um organismo diploide (com dois conjuntos de
cromossomos) herda um alelo de cada gene de cada um dos seus pais. Durante a formação dos
gametas, esses alelos são separados em diferentes células germinativas de forma aleatória, de
modo que cada gameta recebe apenas um alelo de cada gene.
Por exemplo, se um organismo heterozigoto (com um alelo dominante e um alelo recessivo)
para um gene determinado cruza com outro heterozigoto para o mesmo gene, a probabilidade de
cada descendente receber o alelo dominante ou recessivo é de 50%. Assim, a proporção fenotípica
da prole esperada é de 3:1 (três indivíduos com a característica dominante e um com a
característica recessiva). Veja figura ao lado:
A primeira lei de Mendel é importante porque ela explica como as características genéticas são
transmitidas de uma geração para outra. Além disso, ela fornece uma base para outras leis da
genética, como a Lei da Segregação Independente, que descreve como alelos de diferentes genes
são segregados independentemente um do outro durante a formação dos gametas.
Por fim, é importante ressaltar que a avaliação da eficácia do método deve ser realizada de
forma contínua, observando o desempenho dos estudantes ao longo do processo de ensino e
aprendizagem.

Fonte: (REECE, 2015 p. 271)

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AULA 02: GRUPO DE DISCUSSÃO
Divida os estudantes em pequenos grupos. Distribua uma lista de características físicas e peça-os
para discutirem e escreverem as possíveis combinações genotípicas e fenotípicas para cada uma
delas. Incentive-os a compartilharem seus resultados e discussões com a turma. Realize uma
discussão em grupo, solicitando que compartilhem suas descobertas e observações. Estimule
perguntas e esclareça eventuais dúvidas que possam surgir. Recapitule os principais conceitos
abordados na aula, destacando a importância da Genética no estudo da hereditariedade. Estimule os
estudantes a explorarem e pesquisarem mais sobre o assunto, incentivando a curiosidade científica.
Se houver tempo disponível, proponha uma atividade de fixação, como a resolução de problemas
simples de genética ou a construção de uma árvore genealógica que represente a transmissão de
características em uma família.
Lembre-se de adaptar o plano de aula de acordo com a idade e o nível de conhecimento da turma,
bem como com os recursos disponíveis na sala de aula. Utilizar exemplos concretos e atividades
práticas ajudará a tornar os conceitos mais tangíveis e compreensíveis para os estudantes.

Aula 03: Aula prática sobre o di-hibridismo


O objetivo desta aula é realizar um experimento prático para compreender o di-hibridismo e a
distribuição independente de características em um cruzamento genético.

Materiais necessários:
− Grãos de feijão (ou outro tipo de semente) de duas cores diferentes
− Placas de Petri (ou copos descartáveis)
− Papel e lápis para registro dos resultados
− Acesso a um local adequado para armazenar as placas de Petri com as sementes

Procedimento:
− Recapitule brevemente os conceitos de genótipo, fenótipo, gene, alelo e cruzamento di-
híbrido. Explique que o objetivo do experimento é verificar se as características estão ligadas
ou segregam independentemente durante a formação dos gametas.

Preparação das placas de Petri:


a. Identifique as placas de Petri (ou copos) com as características que serão estudadas. Por
exemplo, cor da semente (amarela ou verde) e forma da semente (lisa ou rugosa).
b. Coloque alguns grãos de feijão amarelos e lisos em um lado da placa e grãos verdes e
rugosos no outro lado. Certifique-se de criar um número suficiente de combinações para que
haja variedade nos resultados.

Cruzamento dos grãos de feijão:


a. Peça aos estudantes que cruzem os grãos de feijão em diferentes combinações, transferindo
uma semente amarela e lisa para uma posição com uma semente verde e rugosa.
b. Certifique-se de que os estudantes registrem cuidadosamente as combinações feitas em cada
placa, criando uma tabela para facilitar o acompanhamento.

Armazenamento das placas de Petri:


a. Armazene as placas de Petri em um local adequado, garantindo que as características dos
grãos de feijão possam ser observadas ao longo do tempo.
b. O tempo necessário para o crescimento das plantas pode variar, dependendo da espécie de
feijão ou semente utilizada. Verifique as condições adequadas para o crescimento das plantas
e estabeleça um cronograma para acompanhar o experimento.

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Observação e registro dos resultados:
a. Após o crescimento das plantas, peça aos estudantes que observem e registrem os resultados
do experimento.
b. Eles devem contar o número de plantas com características específicas (exemplo: amarela e
lisa, verde e rugosa) e anotar os resultados em uma tabela.

Discussão em grupo:
a. Realize uma discussão em grupo para que os estudantes compartilhem e comparem seus
resultados.
b. Incentive-os a analisar os números obtidos e identificar padrões ou relações entre as
características estudadas e relacionar com os princípios da genética mendeliana.

Essa aula prática permite que observem diretamente a segregação e distribuição independente de
características em um cruzamento di-híbrido. Lembre-se de adaptar o experimento de acordo com os
recursos e o tempo disponíveis. É importante enfatizar a observação cuidadosa e o registro preciso
dos resultados para facilitar a análise posterior.

Super dica!!! Imagem 2 - (QR Code) – Bingo das


Professor(a), os jogos podem ser uma ferramenta muito ervilhas
útil para ajudar a entender a genética, tornando o
aprendizado mais lúdico e interativo. Existem vários
jogos educativos que podem ser utilizados para ensinar
conceitos de genética de forma divertida e interativa.
Disponibilizamos o QRCode ao lado para que acessem o
guia do jogo (aponte a câmera do celular para acessar). Fonte: (SEED-PR. Online, 2005)

RECURSOS:
Imagens, livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, quadro branco e
marcadores, projetor de multimídia e computador (opcional);

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual e contínua, abrangendo todas as atividades. As produções coletivas
e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita, relatório
das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as atividades,
também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
1 – Os termos abaixo fazem parte da nomenclatura básica em genética. Defina cada um deles.
a) Gene:
b) Alelos:
c) Genótipo:
d) Fenótipo:
e) Dominante e Recessivo:
f) Homozigoto e Heterozigoto:

2 – (Fuvest-SP) Um gato preto (A) foi cruzado com duas gatas (B e C) também pretas. O cruzamento
do gato A com a gata B produziu 8 filhotes, todos pretos; o cruzamento do gato A com a gata C
produziu 6 filhotes pretos e 2 amarelos. O que a análise desses resultados nos permite concluir?

3 – Com base em seus estudos, enuncie a primeira lei de Mendel.

4 – Explique o que é autofecundação, quais cuidados Mendel tomou para evitar esse fenômeno?

5 – Quais foram os resultados que o modelo de Mendel previa para F2?

6 – (FUC-MT) Cruzando-se ervilhas verdes vv com ervilhas amarelas Vv, os descendentes serão:
a) 100% vv, verdes.
b) 100% VV, amarelas.
c) 50% Vv, amarelas; 50% vv, verdes.
d) 25% Vv, amarelas; 50% vv, verdes; 25% VV, amarelas.

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
BINGO das ervilhas. SEED PR, [s. l.], 2023. Disponível em:
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/jogo_das_ervilhas.pdf. Acesso em: 26 jun. 2023.
GENÉTICA revisando e fixando conteúdo. SBG - Genética na escola [s. l.], 2023. Disponível em:
https://geneticanaescola.com.br/revista/article/view/22/17. Acesso em: 26 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 10 mai. 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 mai.
2023
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
THOMPSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do


Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres
vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Heredogramas. (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades


experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
Variações das Leis de noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos
Mendel. das ciências.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação
de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias
do DNA, tratamentos com células tronco, neurotecnologias, produção de
tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre outros), com
base em argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis,
distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT305X) Investigar e discutir o uso indevido de conhecimentos das
Ciências da Natureza na justificativa de processos de discriminação,
segregação e privação de direitos individuais e coletivos, em diferentes
contextos sociais e históricos, para promover a equidade o respeito à
diversidade levando em consideração os impactos que perpassam no âmbito
social, familiar, cultural, econômico e político, ampliando a discussão e o
desenvolvimento crítico e argumentativo dos estudantes.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Variações mendelianas.
DURAÇÃO: 04 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ ABERTURA:
Com os conceitos básicos de genética assimilados e as Leis de Mendel compreendidas, o estudante
deve conhecer as variações que ocorrem nesse contexto, sendo apresentado a questões relacionadas
a: alelos múltiplos, dominância incompleta, dominância, pleiotropia, alelos letais e herança ligada ao
sexo. Por fim, o professor deve trabalhar a epigenética e a diversidade de fenômenos biológicos
associados a ela na atualidade. O uso dos heredogramas deve ser o meio de abordar essas variações
das Leis de Mendel para que o estudante aplique as habilidades desenvolvidas na compreensão das
informações disponibilizadas neles. As variações nos tons de pele humano, olhos e cabelos podem ser
novamente abordados aqui para trabalhar a variabilidade de características humanas, trazendo
abordagem sobre herança quantitativa.

B) DESENVOLVIMENTO
AULA 01: CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE HEREDOGRAMA
O objetivo deste planejamento é compreender a representação e interpretação de heredogramas,
utilizando-os para analisar a transmissão de características genéticas em uma família. Com o auxílio da
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lousa e pincel liste os pontos principais, explicando o que é um heredograma, também conhecido como
árvore genealógica. Destaque a importância dos heredogramas no estudo da herança de características
genéticas em uma família. Apresente os símbolos e convenções utilizados em heredogramas, como
círculos para representar mulheres, quadrados para representar homens e linhas para indicar relações
familiares. Explique como indicar a presença de uma característica específica, seja ela dominante ou
recessiva, no heredograma.

Sugestão de leitura!

O modelo de Mendel forma o núcleo de nossa compreensão moderna da


hereditariedade. No entanto, desde que foi proposto pela primeira vez há cerca de 150 anos,
o modelo foi revisado e ampliado, e essas revisões são importantes para explicar os padrões
de hereditariedade que vemos ao nosso redor.
A variação mendeliana refere-se a padrões de herança genética que seguem as leis de
Mendel, propostas pelo monge austríaco Gregor Mendel no século XIX. Esses padrões de
herança envolvem a transmissão de traços hereditários de uma geração para outra, e são
determinados por genes localizados em cromossomos.
Os padrões de herança genética referem-se às maneiras pelas quais os traços
hereditários são transmitidos de uma geração para outra. Existem vários padrões de
herança, incluindo:
● Herança autossômica dominante: nesse padrão de herança, um alelo dominante em um dos
cromossomos autossômicos (não sexuais) é suficiente para causar o fenótipo dominante em
um indivíduo. Ou seja, um indivíduo afetado tem uma chance de 50% de transmitir a
mutação para cada filho. Exemplos incluem a doença de Huntington e a polidactilia (ter
dedos extras nas mãos ou nos pés).
● Herança autossômica recessiva: nesse padrão de herança, o fenótipo recessivo só é
expresso quando o indivíduo possui duas cópias do alelo recessivo, um herdado de cada pai.
Assim, indivíduos afetados geralmente têm pais que são portadores do alelo recessivo.
Exemplos incluem a fibrose cística e a anemia falciforme.
● Herança ligada ao sexo: nesse padrão de herança, um gene está localizado no cromossomo
X ou Y, e o padrão de transmissão varia entre homens e mulheres. Exemplos incluem o
daltonismo e a hemofilia.
● Herança mitocondrial: nesse padrão de herança, o DNA mitocondrial (mtDNA) é herdado da
mãe. Isso ocorre porque os espermatozóides não contribuem com mitocôndrias para o
zigoto em fertilização. Assim, todas as mitocôndrias presentes nas células somáticas de um
indivíduo são derivadas das mitocôndrias presentes no óvulo da mãe. Exemplos incluem
algumas doenças mitocondriais como a encefalomiopatia mitocondrial.
Na dominância incompleta, o alelo dominante não é totalmente dominante sobre o alelo
recessivo, e os indivíduos heterozigotos apresentam uma mistura dos traços dos dois alelos.
Um exemplo disso é a cor das flores em algumas plantas, onde a combinação de um alelo
para a cor vermelha com um alelo para a cor branca resulta em flores rosas.
Na codominância, ambos os alelos são expressos igualmente em um indivíduo
heterozigoto. Um exemplo disso é o grupo sanguíneo AB em humanos, onde os alelos A e B
são expressos igualmente, resultando em um indivíduo com o tipo sanguíneo AB.
O entendimento dos padrões de herança é importante para a genética clínica e para
aconselhamento genético, pois permite prever o risco de um indivíduo desenvolver uma
determinada doença hereditária e auxilia na tomada de decisões relacionadas à prevenção,

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diagnóstico e tratamento.
A variação mendeliana é importante para entender a herança de características genéticas
em uma população, bem como para a genética clínica e aconselhamento genético.
As variações envolvendo genes únicos e múltiplos referem-se a diferentes maneiras pelas
quais os genes podem afetar traços hereditários em uma população.
Variações envolvendo genes únicos são aquelas que são determinadas por um único
gene, e geralmente seguem padrões de herança mendeliana, como discutido na minha
resposta anterior. Nesses casos, uma única cópia alterada do gene pode causar uma
mudança significativa em um traço, como a cor dos olhos ou a presença de uma doença
hereditária.
Já as variações envolvendo múltiplos genes ocorrem quando a expressão de um traço é
afetada pela interação de vários genes. Nesses casos, a expressão do traço é influenciada
por múltiplas variantes genéticas em diferentes locais do genoma. Essas variantes podem
ser alelos diferentes do mesmo gene ou genes diferentes que interagem para afetar a
expressão do traço.
Exemplos de traços que são afetados por variações envolvendo genes múltiplos incluem
a altura, a inteligência e a suscetibilidade a doenças complexas, como diabetes e doenças
cardíacas. Esses traços são poligênicos, o que significa que eles são afetados por vários
genes que interagem de maneira complexa, bem como por fatores ambientais.

Figura 2: Exemplo de heredograma.

Fonte: (WIKIPEDIA [2021])

AULA 02: ANÁLISE E CONSTRUÇÃO DE HEREDOGRAMA


Para a análise dos heredogramas sugerimos que apresente alguns heredogramas aos estudantes, cada
um representando a transmissão de uma característica genética específica. Peça que analisem os
heredogramas e identifiquem padrões de transmissão da característica. Incentive a discussão em
grupo, permitindo que compartilhem suas observações e hipóteses sobre a herança da característica
representada.
Para construir os heredogramas divida os estudantes em pequenos grupos. Distribua características
genéticas diferentes para cada grupo e peça que eles construam heredogramas representando a
transmissão dessas características em uma família. Incentive os grupos a discutirem as relações

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familiares e a utilizarem os símbolos e convenções adequados. Para finalizar, peça que cada grupo
compartilhe seu heredograma com a turma, explicando as características representadas e os padrões
de herança identificados. Promova uma discussão em grupo, permitindo que os estudantes façam
perguntas e ofereçam insights sobre os heredogramas apresentados. Se houver tempo disponível,
proponha uma atividade em que os estudantes criem seus próprios heredogramas, representando a
transmissão de características genéticas em suas próprias famílias.
Adapte o plano de aula de acordo com a idade e o nível de conhecimento da turma, bem como com os
recursos disponíveis na sala de aula. Utilizar exemplos concretos, atividades práticas e discussões em
grupo ajudará a consolidar a compreensão sobre a construção e interpretação de heredogramas.

AULA 03: VARIAÇÕES MENDELIANAS


O objetivo desta aula é explorar e compreender as variações mendelianas, incluindo a dominância
incompleta, a codominância e a herança ligada ao sexo.
Inicie a aula revisando os princípios básicos da genética mendeliana, incluindo os conceitos de gene,
alelo, genótipo e fenótipo. Explique que as variações mendelianas são exceções às características
genéticas padrão e envolvem diferentes padrões de expressão fenotípica. Explique o conceito de
dominância incompleta, em que nenhum alelo é totalmente dominante sobre o outro. Utilize exemplos
práticos, como a cor das flores em plantas, para ilustrar a dominância incompleta. Desenhe um
diagrama para demonstrar a herança de características em cruzamentos envolvendo dominância
incompleta.
Introduza o conceito de codominância, em que ambos os alelos são expressos completamente no
fenótipo. Utilize exemplos, como o tipo sanguíneo humano (A, B, AB), para ilustrar a codominância.
Desenhe um diagrama para demonstrar a herança de características em cruzamentos envolvendo
codominância.
Explique o conceito de herança ligada ao sexo, em que genes estão localizados nos cromossomos
sexuais (X e Y) e apresentam padrões de herança específicos. Utilize exemplos, como a hemofilia e o
daltonismo. E para ilustrar esse tipo de herança, desenhe um diagrama para demonstrar a transmissão
dessas características genéticas nas famílias.

AULA 04: DISCUSSÃO EM GRUPO


Para concluir esse planejamento, sugerimos o jogo de tabuleiro, baseando-se nos conteúdos
abordados em aulas anteriores sobre variações mendelianas. O jogo utiliza cartões com perguntas e
cartões desafios com situações-problema, que levam à reflexão, problematização, assimilação e ao
aprendizado de conceitos fundamentais para a Genética.

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Fonte: ALVES-SOBRINHO, EVA., julho 2023.

Super dica!!! Imagem 3 (QR Code) – Caderno de


Propostas de aulas Herança Genética
Professor(a), sugerimos que leia o Caderno de
Proposta de aulas e fique à vontade para utilizar algum
plano de aula, todo o material possui licença Creative
Commons, sendo uma ferramenta muito útil para
ajudar a entender a genética, tornando o aprendizado
mais lúdico e interativo. Disponibilizamos o QRCode ao
lado para que acessem o material elaborado por Fonte: (LEC-UFPR. Online, 2005)
estudantes da Universidade Federal do Paraná (aponte
a câmera do celular para acessar).

RECURSOS:
Imagens, livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, quadro branco e
marcadores, projetor multimídia e computador (opcional);

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual e contínua, abrangendo todas as atividades. As produções coletivas
e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita, relatório
das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as atividades,
também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
1 – (UFRJ/2004) Alguns centros de pesquisa na Inglaterra estão realizando um programa de triagem
populacional para detectar a fibrose cística, uma doença autossômica recessiva grave particularmente
comum em caucasianos. Toda pessoa na qual o alelo recessivo é detectado recebe orientação a
respeito dos riscos de vir a ter um descendente com a anomalia. Um inglês heterozigoto para essa
característica é casado com uma mulher normal, filha de pais normais, mas cujo irmão morreu na
infância, vítima de fibrose cística. Calcule a probabilidade de que esse casal venha a ter uma criança
com fibrose cística. Justifique sua resposta.

2 – Em grupo, montem um heredograma de uma família fictícia, indicando o tipo sanguíneo em relação
aos sistemas ABO de todas as pessoas, comecem com um casal e adicionem outras pessoas aos
poucos.

3 – Um homem com determinada doença hereditária teve 4 filhos e 4 filhas com uma mulher saudável.
Todas as meninas nasceram com a doença, mas todos os meninos são saudáveis. Qual é o padrão de
herança dessa doença
a) Autossômica recessiva.
b) Autossômica dominante.
c) Ligada ao Y.
d) Dominante ligada ao X.

4 – (UEL PR/2011) Um menino tem o lobo da orelha preso e pertence a uma família na qual o pai, a
mãe e a irmã possuem o lobo da orelha solto. Esta diferença não o incomodava até começar a estudar
genética e aprender que o lobo da orelha solto é um caráter controlado por um gene com dominância
completa. Aprendeu também que os grupos sanguíneos, do sistema ABO, são determinados pelos
alelos I A, I B e i. Querendo saber se era ou não filho biológico deste casal, buscou informações acerca
dos tipos sanguíneos de cada um da família. Ele verificou que a mãe e a irmã pertencem ao grupo
sanguíneo O e o pai, ao grupo AB. Com base no enunciado é correto afirmar que:
a) a irmã é quem pode ser uma filha biológica, se o casal for heterozigoto para o caráter grupo
sanguíneo.
b) ambos os irmãos podem ser os filhos biológicos, se o casal for heterozigoto para os dois
caracteres.
c) o menino é quem pode ser um filho biológico, se o casal for heterozigoto para o caráter lobo da
orelha solta.
d) a mãe desta família pode ser a mãe biológica de ambos os filhos, se for homozigota para o
caráter lobo da orelha solta.

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
ALVES-SOBRINHO. Jogo de tabuleiro de genética. Acervo pessoal. 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
CADERNO de Propostas de aulas Herança Genética. LEC - UFPR [s. l.], 2023. Disponível em:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/71728/Caderno%20de%20Propostas%20de%20au
las_Heran%C3%A7a%20Gen%C3%A9tica_BG042_2021_ERE3.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso
em: 26 jun. 2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
THOMPSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.

16
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento


científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Biotecnologias. (EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a


aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Biotecnologia.
DURAÇÃO: 04 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá, Professor(a),
Elaboramos este material, para que você possa utilizá-lo em sala de aula. Neste instrumento,
oferecemos propostas pedagógicas para ser abordada as habilidades acima listadas. Sugerimos que
com o histórico da biotecnologia deve ser apresentado, trazendo a evolução desse campo da ciência
até os dias atuais. O professor deve apresentar noções básicas sobre as aplicações atuais como:
tratamento com células tronco, cultura de tecidos, anticorpos monoclonais, transgênicos, clonagem
testes de paternidade. Deve ser criada a possibilidade de debate sobre a biossegurança e a bioética no
uso dessas tecnologias.

B) DESENVOLVIMENTO
AULA 01: CONTEXTUALIZANDO A BIOTECNOLOGIA
O objetivo desta sequência de aula é apresentar aos estudantes noções básicas sobre as aplicações
atuais da biologia em diversas áreas, como medicina, biotecnologia e genética. Inicie a aula fazendo
perguntas aos estudantes para identificar o conhecimento prévio sobre as aplicações atuais da
biologia. Explique que a biologia possui diversas aplicações em áreas como medicina, biotecnologia e
genética, e que essas aplicações têm um impacto significativo em nossas vidas cotidianas. Explique o
conceito de células-tronco e sua capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de células do corpo.
Discuta as aplicações do tratamento com células-tronco em medicina, como a regeneração de tecidos e
o desenvolvimento de terapias para doenças degenerativas. Explane sobre o conceito de cultura de
tecidos, que envolve o crescimento e a manutenção de células ou tecidos em condições controladas
em laboratório. Discuta as aplicações da cultura de tecidos em medicina, como a produção de tecidos
para transplante e o estudo de doenças em modelos experimentais. Explique o conceito de anticorpos
monoclonais, que são produzidos em laboratório para se ligarem a alvos específicos no organismo.
Discuta as aplicações dos anticorpos monoclonais em medicina, como no tratamento de doenças
autoimunes e no diagnóstico de doenças.

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AULA 02: PESQUISA EM GRUPO
No 2º momento teremos o seminário que será desenvolvido em grupos, entretanto para o debate e
construção dos argumentos, faça uma pesquisa sobre os temas propostos abaixo, ou conforme escolha
do professor:
− Organismos transgênicos.
− Clonagem.
− Teste de paternidade.
− Células tronco.

AULA 03: APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO


Para aprofundamento do tema a sala deverá ser divida em grupos, de igual quantidade de estudantes.
Os grupos serão nomeados por letras (grupo A, grupo B...), cada integrante do grupo receberá um
número (um será 1, o outro será 2...). Ao final, no grupo A haverá o integrante 1, 2, 3..., no grupo B,
também haverá o 1, 2 3... Para cada grupo será entregue um texto sobre doenças virais, os
estudantes deverão discutir entre os membros do grupo e realizar anotações sobre as ideias do grupo.
Uma vez terminado esse debate da primeira formação grupal (A, B, C...), os estudantes serão
reorganizados por meio dos números recebidos, sendo formados o grupo 1 (todos integrantes que
receberam o número 1), grupo 2 (todos integrantes que receberam o número 2). Nesta nova formação
os integrantes deverão expor as ideias anotadas na formação anterior, debatê-las e elaborar uma
breve conclusão. Para finalizar, os grupos podem expor as conclusões finais para toda a turma.

AULA 04: PRÁTICA SOBRE CLONAGEM


Para concluir essa sequência sugerimos uma prática que consiste em compreender o processo de
clonagem e realizar um experimento prático para ilustrar os conceitos relacionados.

Materiais necessários:
− Copos plásticos transparentes.
− Água morna.
− Sabão.
− Palitos de madeira.
− Faca esterilizada.
− Papel toalha.
− Meio de cultura estéril (pode ser preparado previamente ou adquirido pronto).
− Garrafa com tampa esterilizada.
− Plantas ou vegetais de fácil propagação, como cactos, samambaias ou ervas.

Procedimento:
− Inicie a aula explicando o conceito de clonagem, que envolve a reprodução assexuada de um
organismo, resultando em indivíduos geneticamente idênticos. Discuta as aplicações da
clonagem em áreas como agricultura, medicina e pesquisa científica.
− Escolha uma planta ou vegetal de fácil propagação, como cactos, samambaias ou ervas.
− Realize uma demonstração de como realizar a clonagem vegetal:
o Corte uma pequena parte da planta escolhida usando uma faca esterilizada.
o Coloque o corte em um copo com água morna e sabão para remover resíduos.
o Em seguida, transfira o corte para um meio de cultura estéril.
o Tampe o copo com a garrafa esterilizada para criar um ambiente fechado.
o Aguarde algumas semanas para observar o desenvolvimento de novas raízes e brotos a
partir do corte.

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− Divida os estudantes em pequenos grupos. Forneça os materiais necessários para cada grupo,
incluindo plantas ou vegetais adequados para a clonagem. Explique o procedimento de
clonagem vegetal aos estudantes e peça que eles realizem o experimento em seus grupos.
Incentive-os a registrar os passos seguidos, observações feitas e resultados obtidos.
− Esta etapa envolve discussão em grupo, portanto reúna a turma e peça que cada grupo
compartilhe seus resultados e observações. Incentive a discussão sobre o processo de
clonagem, os desafios encontrados e a importância desse método em diferentes áreas.
− Para concluir, recapitule os conceitos de clonagem e sua relevância em áreas como agricultura,
medicina e pesquisa científica. Reforce a importância da pesquisa científica ética e
regulamentação adequada para o avanço da clonagem.
− Se houver tempo disponível, proponha uma atividade de pesquisa em que os estudantes
investiguem um estudo de caso de clonagem de um organismo específico, como a clonagem da
ovelha Dolly.

Adapte o plano de aula de acordo com a idade e o nível de conhecimento dos estudantes, bem como
com os recursos disponíveis na sala de aula. É importante enfatizar a importância da ética e dos
aspectos regulatórios na discussão sobre a clonagem. Incentive a participação ativa dos estudantes
durante a aula, estimulando perguntas e discussões para um melhor entendimento dos conceitos
relacionados à clonagem.

RECURSOS:
Imagens, livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, quadro branco e
marcadores, projetor de multimídia e computador (opcional).

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deverá ser processual e contínua, abrangendo todas as atividades. As produções coletivas
e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita, relatório
das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as atividades,
também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
1 − Explique por que o principal conjunto de métodos e técnicas da Engenharia genética é conhecido
como tecnologia do DNA recombinante.

2 − Relacione terapia gênica a criação de um OGM e apresente suas principais semelhanças e


diferenças.

3 − (ENEM 2014) Em um laboratório de genética experimental, observou-se que determinada bactéria


continha um gene que conferia resistência a pragas específicas de plantas. Em vista disso, os
pesquisadores procederam de acordo com a figura.

Do ponto de vista biotecnológico, como a planta representada na figura é classificada?


a) Clone.
b) Híbrida.
c) Mutante.
d) Adaptada.
e) Transgênica.

20
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
THOMSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.

21
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações
entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência Específica 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Conservação e trans- (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de


formação de Energia. aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas que
Conservação da quan- envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previ-
tidade de movimento. sões sobre seus comportamentos em situações cotidianas e em processos
produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos
recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus
diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e
os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros planetas, com ou
sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT207X) Identificar, analisar e discutir vulnerabilidades vinculadas às
vivências e aos desafios contemporâneos aos quais as juventudes estão expostas,
considerando os aspectos físico, psicoemocional e social, a fim de desenvolver e
divulgar ações de prevenção e de promoção da saúde e do bem-estar, sabendo
identificar informações inverídicas (fake news).
(EM13CNT301X) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicati-
vos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar con-
clusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resul-
tados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando
textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações,
por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.

22
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Conservação de energia e de movimento.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A energia é um agente físico muito importante na vida humana, e consequentemente, muito estudado
em diversas áreas, como física, química, biologia e até mesmo, na educação física. Alguns ramos da
física, como mecânica, termodinâmica e eletromagnetismo, o conceito é bastante abordado. Isso
significa que existem diversas formas de a energia se manifestar. Apesar de suas diversas formas,
ainda é um conceito bastante abstrato, principalmente para os estudantes do ensino médio, e muitas
vezes, o ensino sobre energia se foca em fórmulas.
O objetivo deste planejamento é desenvolver um conhecimento das diversas formas de energia, e
como elas podem se transformar, mantendo assim a sua conservação. O termo conservação se
estende para vários fenômenos na física, inclusive, quantidade de movimento. Ainda neste
planejamento, serão trabalhadas a conservação da quantidade de movimento e suas consequências no
cotidiano.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: CONSERVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA
− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Neste primeiro momento, é importante iniciar uma reflexão com os estudantes sobre os processos de
transformação de energia. Para isso, é necessário instigá-los a refletirem sobre uma determinada
situação que envolva tal processo. Como sugestão, considere a situação a seguir:
“Um estudante está, em dia de inverno, tomando um banho com água com temperatura agradável.
Essa água, por possuir temperatura, possui consigo energia térmica. Como foi possível essa água
adquirir essa energia térmica?”
Espera-se que os estudantes respondam que a energia térmica é resultado de uma transformação de
energia elétrica em térmica. Em seguida, eles podem continuar sendo instigados a pensar, nesse caso,
que a energia elétrica é resultado de uma transformação. Qual? E assim sucessivamente.
É importante valorizar seus conhecimentos prévios instigando-os a refletir sobre a principal fonte de
energia do planeta Terra, o Sol. É interessante que pesquisem quais as transformações de energia que
acontecem no astro e que chegam aqui na Terra.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Conceituação de energia e identificação dos tipos de energia (térmica, mecânica, elétrica,
sonora, luminosa, nuclear etc.).
− O Sol como principal fonte de energia da Terra.
− Princípio da conservação de energia.
− As transformações de energia que acontecem numa usina geradora de energia elétrica até a
residência.
− As transformações de energia que acontecem numa competição de salto com vara.
23
− As transformações de energia que acontecem desde seu plantio até sua ingestão.
− As transformações de energia que acontecem numa locomotiva a vapor ou em um carro movido
por etanol e/ou gasolina.
− Outros processos que envolvem transformações de energia, se o professor julgar necessário.
É importante aqui o professor detectar situações que combinem com a realidade dos estudantes para
que estes possam se identificar melhor com o objeto de estudo.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


A interação com o conteúdo é muito importante para que os estudantes possam fixar o conhecimento.
O vídeo a seguir, do canal “Manual do Mundo” ensina como fazer um minigerador eólico. O vídeo pode
ser acessado por meio do QR code a seguir ou do link:
https://www.youtube.com/watch?v=VKFpp1oljps.

MINIGERADOR EÓLICO - transforme vento em energia elétrica!

Após assistirem ao vídeo, discuta com a turma sobre os processos de transformação de energia
envolvidos no experimento realizado. Nesta etapa é possível fazer uma avaliação formativa verificando
a aprendizagem. Numa oportunidade, é interessante os estudantes montarem o projeto, mas nesse
caso, deve haver uma avaliação do professor sobre o tempo, estrutura e materiais disponíveis que
viabilizem a realização desta atividade prática.

AULA 2: CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO E SUAS APLICAÇÕES


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
De acordo com o plano de curso, a definição de quantidade de movimento já foi abordada
anteriormente em sala de aula. Neste caso, é importante iniciar a aula valorizando o conhecimento
prévio dos estudantes em relação ao tema e sua aplicabilidade no cotidiano. Peça aos estudantes que
reflitam sobre como a conservação da quantidade de movimento se aplica a um acidente de trânsito,
ou no esporte, ou em um simples jogo de boliche.
Após essas reflexões, provoque uma nova reflexão com o seguinte caso: possivelmente, os estudantes,
ou a maioria, nunca viu um tiro de canhão presencialmente, mas possivelmente, já devem ter visto em
desenhos animados ou filmes. No tiro de canhão, é possível perceber que quando a bala é lançada, o
canhão, muitas vezes, sofre um impacto no sentido contrário, que é caracterizado por um recuo da sua
posição inicial. Peça que tentem explicar isso. Questione também se é possível prever a velocidade
com que esse canhão é impulsionado para trás, e qual teoria física é usada para este cálculo.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Relembre com os estudantes a definição da terceira lei de Newton.
− Relembre também a definição de quantidade de movimento.
− O que é a conservação da quantidade de movimento.

24
− Aplicação da conservação da quantidade de movimento no cotidiano.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


A interação com o conteúdo por meio de atividade prática é muito importante para que o estudante
possa fixar melhor o conteúdo apresentado em sala de aula. Com o objetivo de tornar mais lúdico o
conhecimento sobre a conservação da quantidade de movimento e sua aplicação, sugere-se a
realização da atividade prática a seguir.

Roteiro: Canhão de borrachinha.


Objetivo: observar como a conservação da quantidade de movimento é aplicada em um sistema.
Materiais:
− um pedaço de papelão de 20x15 cm;
− quatro lápis;
− um pedaço de linha;
− uma liga para dinheiro (elástico amarelo de látex);
− três pregos;
− cola quente;
− um pedaço de vela;
− um isqueiro ou fósforo.
Metodologia: Em uma extremidade, fixe dois pregos, um em cada lado, e na outra extremidade, fixe
um prego de modo que esteja centralizado. Para isso, use a cola quente, e espere secar. Observe o
modelo a seguir:
Imagem 1: Modelo do canhão - pedaço de papelão com os pregos fixados com cola quente.

Fonte: (SANTOS, 2023)

Amarre um pedaço de linha no prego central. Fixe, a partir dos dois pregos dianteiros, a liga para
dinheiro, puxando para trás e amarrando com o pedaço de linha. Coloque a frente da liga um pedaço
de vela para fazer o papel da bala. veja o modelo a seguir:

Imagem 2: Modelo do canhão já com a linha e a liga presa e a vela disposta

Fonte: (SANTOS, 2023)


Para lançar a vela, coloque o canhão sobre 4 lápis. Acenda o isqueiro e queime o pedaço de linha.

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Observe o que acontece com a vela e com o canhão.
Peça aos estudantes para descreverem o que foi observado e peça-os que expliquem cientificamente o
fato observado. Ao final, ajude-os a produzirem um parágrafo sobre o experimento, registrando em
detalhes aquilo que foi observado, a sua justificativa científica e a conclusão final.

RECURSOS:
Lousa e caneta. Smartphones com acesso à internet, um pedaço de papelão de 20x15 cm, quatro
lápis, um pedaço de linha, uma liga para dinheiro (elástico amarelo de látex), três pregos, cola quente,
um pedaço de vela e um isqueiro ou fósforo.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação é entendida como instrumento para verificar se os estudantes compreenderam de fato os
conceitos e definições trabalhados. Durante as aulas, é importante aplicar a avaliação formativa.
Observe a participação dos estudantes na aula, os argumentos utilizados por eles nos debates e
reflexões em sala, e também nos momentos de interação com o conteúdo. Verifique também se o
estudante é capaz de identificar as transformações de energia que acontecem em um evento e
também a capacidade de associarem teorias científicas com os fatos observados na atividade prática.
Ao final das aulas, é importante desenvolver uma avaliação somativa, de modo a qualificar e
quantificar o conteúdo aprendido. Neste momento, é importante que o professor elabore um pequeno
teste a fim de se fazer essa verificação.

26
ATIVIDADES
1 – (FM-Petrópolis-RJ) No dia 15 de fevereiro de 2014, em Donetsk, na Ucrânia, o recorde mundial de
salto com vara foi quebrado por Renaud Lavillenie com a marca de 6,16 m. Nesse tipo de salto, o
atleta realiza uma corrida e utiliza uma vara para conseguir ultrapassar o “sarrafo” – termo utilizado
para referir-se à barra horizontal suspensa, que deve ser ultrapassada no salto. Considerando que ele
ultrapassou o sarrafo com uma velocidade horizontal da ordem de 1 cm/s, produto das transformações
de energia ocorridas durante a prova, tem-se que, após perder o contato com a vara, no ponto mais
alto de sua trajetória, a energia mecânica associada ao atleta era:
a) somente cinética.
b) somente potencial elástica.
c) somente potencial gravitacional.
d) cinética e potencial gravitacional.
e) cinética, potencial elástica e potencial gravitacional.

2 – Em última análise, a energia utilizada por alguém em uma corrida veio do Sol . Marque a alternativa
que justifica essa afirmação.

a) Essa frase claramente refere-se à fixação da vitamina D, impossível de ser obtida por meio de
suplemento ou alimentação.
b) A frase está incorreta, já que somente plantas executam o processo físico-químico da
fotossíntese.
c) A frase está correta. O corredor absorve a energia dos alimentos que ingeriu, e a energia dos
alimentos, por sua vez, foi obtida no processo natural da fotossíntese.
d) A afirmação está incorreta, pois contraria o princípio de Lavoisier.
e) Todas as afirmações anteriores estão incorretas.

3 – (ENEM) No nosso dia a dia deparamo-nos com muitas tarefas pequenas e problemas que
demandam pouca energia para serem resolvidos e, por isso, não consideramos a eficiência energética
de nossas ações. No global, isso significa desperdiçar muito calor que poderia ainda ser usado como
fonte de energia para outros processos. Em ambientes industriais, esse reaproveitamento é feito por
um processo chamado de cogeração. A figura a seguir ilustra um exemplo de cogeração na produção
de energia elétrica.

27
Em relação ao processo secundário de aproveitamento de energia ilustrado na figura, a perda global de
energia é reduzida por meio da transformação de energia
a) térmica em mecânica.
b) mecânica em térmica.
c) química em térmica.
d) química em mecânica.
e) elétrica em luminosa.

4 – Uma bolinha A, de massa m1 = 50 g, colide frontalmente com outra, de massa m2 = 20 g. Elas


possuem velocidades v1 = 3 m/s e v2 = 1 m/s, antes da colisão. Após a colisão, a bolinha A passa a ter
velocidade v’1 = 2 m/s. Qual será a velocidade v’2 da bolinha B após a colisão? Todas as velocidades
têm a mesma direção e sentido.

5 – (UESPI) Um filme mostra o Super-Homem, parado no ar, lançando ao espaço um asteroide, com
velocidade igual à de uma bala de fuzil (aproximadamente 800 m/s). O asteroide tem uma massa
aproximadamente igual a mil vezes a massa do Super-Homem. Após esse lançamento, o Super-
Homem permanece em repouso. Caso ele obedecesse às leis da Fı ́sica, ao invés de ficar parado,
deveria ter adquirido, após o lançamento, uma velocidade cujo módulo seria:
a) igual ao da velocidade do asteroide.
b) cem vezes maior que o da velocidade do asteroide.
c) mil vezes maior que o da velocidade do asteroide.
d) cem mil vezes maior que o da velocidade do asteroide.
e) mil vezes menor que o da velocidade do asteroide.

6 – Um garoto anda em seu carrinho, como mostra a figura ao lado. O menino e o carrinho têm juntos
uma massa de 60 kg. Em certo instante o menino resolve saltar do carrinho em repouso, com uma
velocidade horizontal de 2 m/s; então, o carrinho vai para trás com velocidade de 3 m/s.

Se quisermos saber a massa do menino somente, podemos dizer que é:


a) 36 Kg
b) 72 Kg
c) 20 Kg
d) 42 Kg

7 − Um peixe de 4 kg, nadando com velocidade de 1,0 m/s, no sentido indicado pela figura, engole um
peixe de 1 kg, que estava em repouso, e continua nadando no mesmo sentido.

28
A velocidade, em m/s, do peixe maior, imediatamente após a ingestão, é igual a:

a) 1,0;
b) 0,8;
c) 0,6;
d) 0,4.

29
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS, José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução,
Tempo e Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
JÚNIOR, Joab Silas da Silva. O que é energia? Brasil Escola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-energia.htm. Acesso em: 20 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MINIGERADOR eólico - transforme vento em energia elétrica! [s. l.: s. n.], 30 set. 2014. 1 vídeo (5,0
min). Publicado pelo canal Manual do Mundo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VKFpp1oljps. Acesso em: 05 jun. 2023.

30
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem
processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em
âmbito local, regional e/ou global.
Competência Específica 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres
vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Hidrostática, fluidos, (EM13CNT102XA) Identificar e interpretar sistemas térmicos que visem à


volume e densidade. sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos das variáveis
termodinâmicas sobre seu funcionamento.
Pressão.
(EM13CNT103X) Conhecer e analisar os tipos de radiação e suas origens,
Teorema de Stevin e os
para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em
vasos comunicantes.
equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria, na
Princípio de Pascal e os agricultura e na geração de energia.
elevadores hidráulicos.
(EM13CNT104X) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente,
Empuxo e o princípio de considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes
Arquimedes. materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles,
posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou
coletivas para seus usos e descartes responsáveis.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em
seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades
experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base
nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites
explicativos das ciências.
(EM13CNT303X) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como
em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a
aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células-tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de
equipamentos e recursos, bem como comportamentos de segurança,
visando à integridade física, individual e coletiva, e socioambiental,
podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos digitais que viabilizem a
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estruturação de simulações de tais riscos, conhecer as normas de
segurança, o tratamento de resíduos e reconhecer os equipamentos de
proteção individual e coletivo, inclusive a tecnologia aplicada nos mesmos.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas,
arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor soluções seguras e
sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.
(EM13CNT310X) Investigar e analisar os efeitos de programas de
infraestrutura e demais serviços básicos (saneamento, energia elétrica,
transporte, telecomunicações, cobertura vacinal, atendimento primário à
saúde e produção de alimentos, entre outros) e identificar necessidades
locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de avaliar e/ou
promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida no
âmbito social, familiar, cultural e econômico.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Hidrostática.
DURAÇÃO: 8 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os fluidos desempenham um papel muito importante na vida do ser humano em diversos aspectos e
contribuem para o funcionamento de diversos setores da sociedade. A sustentação da vida depende da
água, um tipo de fluido presente em aproximadamente 70% do nosso corpo e desempenha funções
vitais. Além disso, os alimentos também possuem fluidos em sua composição e a absorção de seus
nutrientes e digestão dependem desses fluidos. Uma boa rede de esgoto por exemplo precisa de tubos
conectados por onde eles escoam. Assim como no saneamento básico, a geração de energia também é
dependente deles. Nas hidrelétricas, a geração depende do escoamento da água que passa pela
turbina, na termelétrica, o vapor de água é o componente essencial, sendo usado para girar a turbina.
A medicina aqui também não pode ser esquecida. Como seria a administração de medicamentos sem
os fluidos? A vacina é aplicada graças a esse conhecimento.
O estudo da hidrostática é fundamental para o estudante, pois assim, poderá conhecer sua
aplicabilidade na compreensão de alguns fenômenos naturais. Por que um navio não afunda se ele é
tão pesado e um pedaço de uma pedrinha afunda? Além disso, poderá entender a sua importância na
engenharia, na medicina, na indústria, e até mesmo na economia. Pode-se dizer também que graças
ao conhecimento da hidrostática, é possível adquirir inovações tecnológicas em algumas áreas como
engenharia aeroespacial, engenharia de materiais, energia, entre outros.
Neste planejamento, será feito o estudo da hidrostática, ou seja, estudo dos fluidos em repouso sob a
ação da gravidade. Neste contexto, serão trabalhados conceitos básicos, suas aplicações e inclusive
aulas práticas. Será uma viagem para o estudante que aprenderá novos conceitos e poderá consolidá-
los com atividades de fixação e experimentos simples.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: DEFINIÇÃO DE FLUIDOS, VOLUME E DENSIDADE
− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Muitos estudantes têm a ideia de peso de um corpo associado ao seu volume, sendo estes grandezas
diferentes. Dois objetos podem ter o mesmo peso, mas com volumes diferentes. Daí surge o conceito
de densidade. Antes de formalizar o conteúdo, é interessante valorizar o conhecimento prévio do
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estudante de modo a debater as ideias e concepções que estes possuem sobre o tema. Introduza a
aula com o seguinte questionamento:
• “Quem é mais pesado? Um quilograma de chumbo ou um quilograma de algodão?
Muitos tendem a responder que um quilograma de chumbo é mais pesado que um quilograma de
algodão. Normalmente, essa ideia se deve ao fato de associar que para se ter o mesmo volume de
chumbo, sua massa seria muito maior e consequentemente o seu peso. Embora tenham a mesma
massa, sendo assim o mesmo peso, terão volumes diferentes. Caso os estudantes respondam então
que um quilograma de chumbo é mais pesado que um quilograma de algodão, peça-os para que
expliquem o raciocínio.
Após as conclusões, é importante frisar que os dois objetos possuem a mesma massa e, portanto, o
mesmo peso, embora ocupem volumes diferentes. Em seguida, instigue-os, pedindo que imaginem a
seguinte situação:
• “Uma pessoa tem à sua disposição 1 kg de água e 1 kg de óleo. Essa pessoa vai misturar esses
fluidos. Sabendo que são misturas heterogêneas, ou seja, não se misturam, é possível ver duas
fases, mas o óleo sempre fica por cima da água. Se possuem o mesmo peso, por que o óleo
sempre fica em cima e a água sempre em baixo?”
Após os debates sobre o último questionamento, é necessário indicar que isso será respondido durante
a formalização do conteúdo, principalmente após a definição de densidade. Conte a história de
Arquimedes e o mistério da coroa do Rei Hierão II.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de fluidos.
− Revisão das grandezas massa e volume e suas respectivas unidades e formas de
transformação.
− Definição de densidade.
− Expressão matemática que define velocidade e resolução de exemplos.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


A interação com o conteúdo é fundamental para a consolidação do conhecimento. Neste momento,
será realizada em um simulador virtual para observar a flutuação ou não de objetos. Será utilizado o
simulador virtual PHET, e nele, poderá ser observado que objetos de mesma massa podem flutuar ou
não, assim como materiais de mesmo volume.

Imagem 1: Página inicial do Simulador virtual PHET – Densidade.

Fonte: (PHET: 2023)


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É importante que os estudantes observem que materiais diferentes possuem densidades diferentes, e
por isso podem ou não afundar na água.
É possível também simular uma situação típica como a vivida por Arquimedes na história. Nesse caso,
será determinada a densidade do objeto em questão e comparada com a tabela de densidades, sendo
possível descobrir qual é o material.
A realização desta simulação pode ser feita por meio dos smartphones dos estudantes por meio do QR
code a seguir ou do link: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/density.

Simulador PHET – Densidade.

Os estudantes que não possuírem smartphone, podem sentar-se junto com o colega de sala. Dessa
forma, na aula serão trabalhados concomitantemente a empatia, solidariedade e afeto, que são
virtudes essenciais para uma boa convivência em sociedade.

AULA 2: AULA PRÁTICA - DENSIDADE


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
A densidade é uma propriedade do material, ou seja, cada material tem o seu valor próprio de
densidade. Este conceito deve estar bem consolidado entre os estudantes. Por isso, é importante
provocar uma reflexão com os estudantes. Como sugestão, pegue dois copos, com capacidades
diferentes, encha-os com água, e pergunte aos estudantes: “Em qual dos copos a densidade é maior?”
Espera-se que compreendam que nos dois casos o valor da densidade é o mesmo, e que, apesar de
volumes diferentes, a alteração da massa compensa a variação do volume, o que nos faz concluir que
massa e volume são grandezas diretamente proporcionais.

2º Momento: Realização da atividade prática.


A atividade prática é importante nos processos de ensino e de aprendizagem. A atividade prática a
seguir é uma sugestão para uma abordagem mais interativa sobre o objeto de conhecimento em
questão: densidade.

ATIVIDADE 1 - DENSIDADE
− Objetivo: Estudar a variação da densidade de fluidos mediante o acréscimo de diferentes
substâncias a eles.
− Materiais: Pedaço de parafina de vela sem pavio, água, álcool, ovo cru, copo de vidro
transparente, colher, sal, duas vasilhas, caderno para anotações.
− Procedimentos: Os estudantes devem seguir os seguintes procedimentos:
1. Colocar água em uma das vasilhas e álcool na outra.
2. Depositar parafina na vasilha com água e observar se a parafina flutua ou se afunda.
3. Colocar parafina na vasilha com álcool e observar se a parafina flutua ou se afunda.
4. Depositar cuidadosamente o ovo cru, com a casca, em um copo com água e observar o
que acontece.
5. Aos poucos, acrescentar sal à água com a colher, até perceberem o movimento do ovo no
líquido.
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6. Acrescentar mais um pouco de sal e observar se o ovo flutua ou se afunda após o
acréscimo de sal.

ATIVIDADE 2 - DENSIDADE
− Objetivo: Verificar a diferença de densidade entre latas de refrigerante.
− Materiais: Três latas fechadas de um mesmo tipo de refrigerante (tradicional, light e diet, por
exemplo), recipiente com água no qual possa acomodar as três latas juntas (balde por
exemplo), e caderno para anotações.
− Procedimentos: Os estudantes devem seguir os seguinte procedimentos:
1. Três estudantes devem segurar cada um uma lata;
2. Ao mesmo tempo, cada um dos três estudantes mergulha uma das latas de refrigerante na
água, depositando-as ao fundo do recipiente, na posição horizontal.
3. Os estudantes devem soltar as latas simultaneamente.

3º Momento: Interpretação dos resultados.


ATIVIDADE 1 - DENSIDADE
No caderno, deve-se responder aos seguintes questionamentos:
• Como se explicam os resultados da experiência com a parafina? Compare a densidade da água
e do álcool com base nessa experiência.
• Qual densidade é maior: a do ovo ou a da água? Como foi possível chegar a essa conclusão?
• O que acontece com a densidade da água ao se acrescentar sal a ela? E com a densidade do
ovo depois de acrescentar sal à água?

ATIVIDADE 2 - DENSIDADE
No caderno, deve-se responder aos seguintes questionamentos:
− Fazer uma tabela como mostrada abaixo, para marcar na coluna correspondente, qual lata
permaneceu no fundo do recipiente e qual flutuou.

Comportamento da lata tradicional light diet

Permaneceu no fundo

Flutuou

− Explicar o comportamento de cada lata, informando que substância pode ter causado as
possíveis diferenças observadas.

AULA 3: EMPUXO E O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
O princípio de Arquimedes é uma lei que descreve o comportamento dos corpos imersos em fluidos,
sejam eles líquidos ou gases. Esses corpos recebem uma força na vertical para cima igual ao peso do
volume de fluido deslocado. Esse conceito é fundamental para a compreensão de como navios e
demais embarcações conseguem flutuar.
Como sugestão para introduzir o conteúdo, inicie um debate com a turma com o seguinte
questionamento:
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• “Se você não andou de barco, teria coragem de andar?”
Peça aos estudantes que expliquem o porquê de terem ou não coragem de andar de barco. É
importante valorizar aqueles que não tem coragem, pois, possivelmente, têm medo de a embarcação
afundar. É importante evidenciar que, em casos excepcionais, acidentes podem acontecer, mas de
modo geral, a física garante a estabilidade das embarcações, que logo será trabalhada em sala. Antes
de formalizar o conteúdo, valorize o conhecimento prévio dos estudantes questionando-os:

• “Como é possível uma embarcação como um navio de cruzeiro não afundar?”

É importante o professor tentar instigar os estudantes a responderem que existe uma força que não o
deixa afundar. O vetor que representa essa força é vertical apontado para cima.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Relembre o conceito de densidade.
− Explique que as embarcações não afundam porque existe uma força na vertical para cima que
equilibra o peso na vertical para baixo.
− Explique que o nome dessa força é o empuxo.
− Explique que o empuxo é igual ao peso do volume de líquido que é deslocado.
− Desenvolva com os estudantes a equação para se calcular o empuxo.
− Resolva exemplos com os estudantes.

3º Momento: Interação com o conteúdo


A interação com o conteúdo é muito importante para a consolidação do conhecimento. Para este
momento, será novamente utilizado como recurso o simulador virtual PHET - Densidade.

Imagem 2: Página do Simulador virtual PHET – Densidade.

Fonte: (PHET: 2023)

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Neste simulador, é possível inserir objetos na água e verificar o quanto de volume de água é
deslocado. Calculando o quanto o volume é deslocado e considerando que a densidade da água é de
aproximadamente 1000 kg/m³, é possível calcular o empuxo que determinado objeto sofre. O
simulador permite ao usuário alterar a massa e o volume do objeto em questão, e ainda o tipo de
material. Peça aos estudantes que acessem de seus respectivos smartphones e meçam o volume de
água que é deslocado e calcule o valor do empuxo. É importante que se atentem às transformações de
unidades necessárias. A realização desta simulação pode ser feita por meio dos smartphones dos
estudantes usando o QR code a seguir ou por meio do link disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/density.

Simulador PHET – Densidade.

Os estudantes que não possuírem smartphone, podem sentar-se junto com o colega de sala. Dessa
forma, na aula serão trabalhados concomitantemente a empatia, solidariedade e afeto, que são
virtudes essenciais para uma boa convivência em sociedade.

AULA 4: APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES E A FLUTUAÇÃO DOS CORPOS


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Neste momento, os estudantes já entendem que o empuxo é uma força vertical apontada para cima,
provocada pelos fluidos em objetos submersos a ele. Na aula anterior foi tratado matematicamente o
empuxo, no entanto, é necessário que compreendam as aplicações desta definição no cotidiano. Para
iniciar a aula, instigue-os, valorizando os seus conhecimentos prévios. Para isso, promova um pequeno
debate questionando sobre a seguinte situação-problema.
• “Imagine duas pessoas brincando em um clube. Uma delas deseja segurar a outra nos braços,
sabendo que ao entrar na piscina cheia de água, irá conseguir carregá-la com mais facilidade.
Como é possível ser mais fácil carregar uma pessoa dentro da água do que fora da água? A
pessoa perdeu peso?”
Espera-se que os estudantes respondam que parte do peso da pessoa que é apontado para baixo, é
anulado pela força de empuxo, provocado pela água sobre a pessoa no sentido contrário ao peso,
dessa forma, para equilibrar a pessoa a ser carregada, será necessária uma força menor. Em seguida,
questione-os novamente com uma nova situações-problema:
• “Imagine que uma pessoa está nadando em uma piscina e deseja boiar sem o auxílio de boias
e qualquer outro objeto. O que essa pessoa deve fazer para boiar nessa piscina? E para
afundar?
Talvez, alguém já tenha vivenciado essa experiência, e neste caso, é necessário dar ênfase para que
estes respondam ao questionamento. Espera-se que respondam que para boiar, devem encher o
pulmão de ar, assim, aumenta-se o volume do corpo diminuindo a densidade. Já para flutuar, a pessoa
deve soltar todo o ar, pois assim, reduz o volume e, consequentemente, aumenta a densidade. Após
esse segundo momento de conversa, peça aos estudantes que tentem explicar como um submarino
sobe, desce ou mantém-se numa determinada profundidade do oceano.

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2º Momento: Formalização do conteúdo.
Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Reforce o conceito de empuxo qualitativamente e matematicamente.
− Definição de peso aparente (explicando porque uma pessoa aparentemente é mais leve
submersa na água).
− Condições para um corpo ficar em equilíbrio parcialmente ou totalmente submerso na água
(empuxo igual ao peso.
− Relação entre empuxo e peso, densidade do corpo e do fluido quando um corpo flutua na
superfície do fluido.
− Relação entre empuxo e peso, densidade do corpo e do fluido quando um corpo flutua
totalmente imerso.
− Relação entre empuxo e peso, densidade do corpo e do fluido quando um corpo afunda.
− Explique como é a estrutura de um navio e porque ele não afunda.
− Explique como é a estrutura de um submarino e como ele consegue subir e descer no mar.
− Funcionamento de balões de festas e dos balões de ar quente e as condições para que eles
subam pela atmosfera.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


É muito importante tornar os conteúdos da física mais lúdicos possíveis, pois isso facilita o
entendimento e compreensão por parte dos estudantes do objeto de conhecimento. Com o objetivo de
tornar o conteúdo de empuxo e flutuação mais lúdicos, sugere-se a exibição do vídeo “SUBMARINO no
FUNDO do MAR: CONSEGUIMOS!!!” O vídeo é um projeto do Manual do Mundo de um submarino.
Neste vídeo, um submarino é colocado e submerso no mar. O vídeo está disponível por meio do QR
code a seguir e no link: https://www.youtube.com/watch?v=qNTzx1p_MzQ.

SUBMARINO no FUNDO do MAR: CONSEGUIMOS!!!

AULA 5: PRESSÃO E O EXPERIMENTO DE TORRICELLI


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
O conceito de pressão é muito importante devido a sua aplicabilidade na física, na química, na
engenharia e até mesmo em contextos sociais. Seu conceito primitivo é definido como sendo a força
dividida pela área onde essa força é aplicada. Para começar este assunto, recomenda-se a discussão
da seguinte situação-problema: os estudantes devem sentar-se normalmente em suas cadeiras. Em
seguida, um estudante deve ser convidado a sentar-se em cima de um prego. Muito provavelmente ele
deve recusar o pedido. Instigue-os a responderem o motivo pelo qual o colega está recusando o
convite. Provavelmente, os estudantes irão justificar a recusa argumentando que devem sentir dor ao
sentar-se, ou que irão se machucar. Peça a eles que expliquem o porquê se machucariam ao sentar-
se sobre o prego. Em seguida, peça-os que apertem o lápis ou a caneta com os dedos, segurando por
suas extremidades. Provavelmente, sentirão mais dor no dedo que está encostado na extremidade

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pontiaguda. Peças aos estudantes que tentem explicar.
Para explorar mais o conhecimento prévio da turma, leve para a sala de aula uma garrafa PET, faça
três furos numa mesma reta vertical e encha completamente esta garrafa com água, mantendo-a
destampada. Os estudantes perceberão que a água que sai pelo furo inferior possui maior alcance e a
água que sai pelo furo superior possui menor alcance. Instigue-os a responderem porque essa
diferença nos alcances acontece.
Para finalizar o debate, questione-os porque quando uma pessoa viaja de avião ou se desloca entre
locais de grande diferença de altitude, como de regiões montanhosas para regiões ao nível do mar de
maneira rápida, por exemplo, essa pessoa sente uma pressão nos ouvidos, ou em alguns casos, dores
de cabeça, náuseas ou dificuldade de respirar.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição qualitativa e quantitativa de pressão.
− Situações-problema envolvendo o conceito de pressão (cama de pregos).
− Pressão atmosférica
− Experiência de Torricelli.
− Medida da pressão atmosférica (unidades de medida).
− Experiência dos hemisférios de Magdeburgo.
− Relação entre o corpo humano e a pressão atmosférica.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


A interação com o conteúdo é muito importante para a consolidação do conhecimento. É interessante
os estudantes visualizarem situações que envolvem o conceito estudado. O vídeo “Faça AGORA 5
experiências usando pressão atmosférica!”, disponível no QR code a seguir e no link:
https://www.youtube.com/watch?v=hEYkVbx7cmY, exibe cinco experimentos que envolvem o conceito
de pressão e pressão atmosférica.

Faça AGORA 5 experiências usando pressão atmosférica!

AULA 6: ATIVIDADE PRÁTICA: PRESSÃO


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
O entendimento da pressão atmosférica é importante devido a sua aplicabilidade em diversas áreas do
conhecimento, como meteorologia, engenharia, na própria física, e também na aviação. Questione os
estudantes como esse conceito pode ser aplicado nestas áreas do conhecimento.

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2º Momento: Realização da atividade prática.
ATIVIDADE – PRESSÃO
− Objetivo: Discutir a definição de pressão segundo a relação entre força aplicada e área de
aplicação.
− Materiais: Uma lata vazia (por exemplo lata de refrigerante ou de leite em pó), um prego
médio e martelo, água suficiente para encher a lata, pano para enxugar o chão, e caderno para
as anotações:
− Procedimentos: Os estudantes devem seguir os seguintes procedimentos:
1. Com muito cuidado e supervisão, o estudante deve usar o prego e o martelo para fazer um
furo na parte mais baixa da parede lateral da lata;
2. Um estudante deve tapar com o dedo o furo e outro encher a lata de água;
3. Ajudado pelo colega, o estudante que está tapando o buraco com o dedo continua
segurando a lata com o buraco tapado e sobe, cuidadosamente, na cadeira, erguendo a
lata para cima.
4. Em seguida, o furo é destapado, mas o estudante continua segurando a lata. Os
estudantes devem, por um instante, observar o filete de água que escorre da lata.
5. A lata é solta pelo estudante e os demais envolvidos observam o que acontece com o filete
durante a queda.

3º Momento: Interpretação dos resultados


ATIVIDADE 1 - PRESSÃO
No caderno, deve-se responder aos seguintes questionamentos:
1) Quando a lata é solta, qual é a direção do filete de água que sai do furo? Por que isso
acontece?
2) Elaborem hipóteses para o que ocorre com o filete de água quando a lata é solta da altura
correspondente a uma pessoa em pé sobre a cadeira. A hipótese deve relacionar os conceitos
de força e pressão.
3) Façam um esquema mostrando as forças que atuam em cada momento do experimento,
incluindo as forças envolvidas durante a queda da lata, desde que ela é solta até atingir o chão.
4) Finalize organizando o ambiente, limpando e enxugando a água derramada.

AULA 7: TEOREMA DE STEVIN E OS VASOS COMUNICANTES


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Os estudantes, neste momento, já estudaram sobre o conceito de pressão, de pressão atmosférica e
as aplicações no cotidiano. Agora será dado início aos estudos sobre a pressão hidrostática e o
teorema de Stevin. Pergunte aos estudantes se, ao mergulharem em uma piscina, sentiram um leve
incômodo nos ouvidos. Espera-se que a resposta seja sim. Instigue-os a tentarem explicar o motivo
pelo qual esse fenômeno acontece, de modo a valorizar seus conhecimentos prévios.
Na sequência, questione se existe uma relação entre o fenômeno observado ao se mergulhar na
piscina com o submarino que implodiu no fundo do oceano. Se for necessário, veja com os estudantes
o conteúdo “O que é uma 'implosão' e o que acontece quando um submarino implode?” criado pela
equipe de jornalismo do G1 sobre o tema, disponível por meio do QR code a seguir ou pelo link:
https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2023/06/22/o-que-e-implosao.ghtml.

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O que é uma 'implosão' e o que acontece quando um submarino implode?

Peça aos estudantes que acessem a matéria por meio de seus respectivos smartphones. Caso algum
deles não tenha, peça que se sentem em grupos de modo que compartilhem o conteúdo. Dessa forma,
serão trabalhados em sala os conceitos de empatia, cooperação e solidariedade. Após a leitura, discuta
com a turma a importância da física para prevenção de acidentes.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de pressão hidrostática.
− Teorema de Stevin.
− Consequência do teorema de Stevin (em um líquido, todos os pontos a uma mesma
profundidade estão sujeitos a uma mesma pressão).
− Vasos comunicantes.
− Aplicação dos vasos comunicantes no sistema hidráulico de uma residência.
− Nivelamento de parede usando mangueira com água.
− Princípio dos vasos comunicantes (variação da pressão).

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Para este momento, é fundamental uma interação lúdica com o conteúdo. Com o objetivo de ilustrar
os conceitos e definições sobre vasos comunicantes, sugere-se uma atividade interativa. Para isso, será
utilizada a plataforma PHET - Sob Pressão, disponível no QR code a seguir e no link:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/under-pressure. Os estudantes podem acessar pelos seus
smartphones, e se necessário, podem compartilhar as experiências.

PHET - Sob Pressão.

Durante a realização desta simulação virtual, os estudantes podem calcular a pressão em uma
determinada profundidade, e conferir com o medidor de pressão, conferir a pressão em dois pontos a
uma mesma altura nos vasos comunicantes, e ainda, calcular a densidade de um líquido desconhecido,
ou calcular a gravidade de um planeta desconhecido.

AULA 8: PRINCÍPIO DE PASCAL E SUAS APLICAÇÕES


− Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Um dos papéis fundamentais da ciência é trazer conforto e segurança para a humanidade. Os

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estudantes já devem ter visto um equipamento de massa muito grande, como um carro, sendo
levantado por um elevador hidráulico. Valorize seus conhecimentos prévios questionando-os como
esses elevadores funcionam. Usando a mesma ideia dos elevadores, peça-os para explicarem como é
possível um pedal tão pequeno conseguir frear um carro ou até mesmo um caminhão. Os freios
hidráulicos são uma das aplicações sobre o conhecimento da mecânica dos fluidos.
Esses conhecimentos são responsáveis por fornecer à humanidade conforto, como no caso dos
elevadores e segurança, como no caso dos freios. Essa discussão inicial é fundamental para que os
estudantes valorizem o objeto de conhecimento a ser estudado e o considerem importante devido a
sua aplicabilidade.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. Seguem algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Enunciado do princípio de Pascal.
− Expressão matemática que enuncia o princípio de Pascal.
− Aplicação do princípio de Pascal em elevadores hidráulicos e em sistema de freios.
− Resolução de exemplos.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


A interação com o conteúdo é muito importante para a consolidação do conhecimento. É interessante
os estudantes visualizarem situações que envolvem o conceito estudado. O vídeo “Tema 02 -
Hidrostática | Experimentos - Princípio de Pascal: elevador hidráulico”, disponível no QR code a seguir
ou no link: https://www.youtube.com/watch?v=vZLUzu6_xmc, ilustra o princípio de Pascal.

Tema 02 - Hidrostática | Experimentos - Princípio de Pascal: elevador hidráulico

Um outro vídeo que ilustra o teorema de Pascal é o “Como fazer um ROBÔ GUINDASTE hidráulico
passo a passo” disponível no QR code a seguir e no link:
https://www.youtube.com/watch?v=sft0OzAC8gw. O funcionamento do robô é baseado no objeto de
conhecimento estudado neste planejamento.

Como fazer um ROBÔ GUINDASTE hidráulico passo a passo.

Os estudantes podem acessar os vídeos de seus smartphones. Caso algum deles não possua, os
estudantes podem sentar juntos de modo a compartilhar o conteúdo. Dessa forma, serão trabalhados
ao mesmo tempo a empatia, solidariedade e cooperação.

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RECURSOS:
Para tornar eficaz o processo de aprendizagem, serão necessários, para a formalização dos conteúdos:
Lousa e caneta para registro dos conceitos trabalhados.
A interação com o conteúdo é o momento em que o estudante fixa o tema estudado de forma mais
lúdica e concreta. Para os momentos Interação com o conteúdo, serão necessários:
− smartphones com acesso à internet;
− pedaço de parafina de vela sem pavio;
− água;
− álcool;
− ovo cru;
− copo de vidro transparente;
− colher;
− sal;
− duas vasilhas;
− caderno para anotações;
− três latas fechadas de um mesmo tipo de refrigerante (tradicional, light e diet, por exemplo);
− recipiente com água no qual possa acomodar as três latas juntas (balde por exemplo);
− lata vazia;
− prego médio e martelo;
− pano para enxugar o chão.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação é entendida como instrumento para verificar se os estudantes compreenderam de fato os
conceitos e definições trabalhados. Durante as aulas, é importante aplicar a avaliação formativa.
Observe a participação dos estudantes na aula, os argumentos utilizados por eles nos debates e
reflexões em sala, e também nos momentos de interação com o conteúdo. Verifique também se o
estudante é capaz de identificar as aplicações dos objetos de conhecimento estudados com fatos e
situações-problema do cotidiano.
Ao final das aulas, é importante desenvolver uma avaliação somativa, de modo a qualificar e
quantificar o conteúdo aprendido. Neste momento, é importante que o professor elabore um pequeno
teste a fim de fazer essa verificação.

43
ATIVIDADES
1 − Durante uma tempestade de 20 minutos, 10 mm de chuva caíram sobre uma região cuja área total
é 100 km². Sendo que a densidade da água é de 1,0 g/cm3, qual a massa de água que caiu?

2 − (Uerj 2001) Um adestrador quer saber o peso de um elefante. Utilizando uma prensa hidráulica,
consegue equilibrar o elefante sobre um pistão de 2000 cm² de área, exercendo uma força vertical F
equivalente a 200N, de cima para baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área é igual a 25cm2.
Calcule o peso do elefante.

3 − (Ufpe 2005) É impossível para uma pessoa respirar se a diferença de pressão entre o meio externo
e o ar dentro dos pulmões for maior do que 0,05 atm. Calcule a profundidade máxima, h, dentro
d'água, em cm, na qual um mergulhador pode respirar por meio de um tubo, cuja extremidade
superior é mantida fora da água.

4 − (Ufpr 2006) Na reprodução da experiência de Torricelli em um determinado dia, em Curitiba, o


líquido manométrico utilizado foi o mercúrio, cuja densidade é 13,6 g/cm³, tendo-se obtido uma coluna
com altura igual a 70 cm, conforme a figura. Se tivesse sido utilizado como líquido manométrico um
óleo com densidade de 0,85 g/cm³, qual teria sido a altura da coluna de óleo? Justifique sua resposta.

5 − (Ufrj 2006)

44
No terceiro quadrinho, a irritação da mulher foi descrita, simbolicamente, por uma pressão de 1000
atm. Suponha a densidade da água igual a 1000kg/m², 1 atm = 10 5 N/m² e a aceleração da gravidade
g = 10m/s². Calcule a que profundidade, na água, o mergulhador sofreria essa pressão de 1000 atm.

6 − (Unesp 2004) O tubo aberto em forma de U da figura contém dois líquidos não miscíveis, A e B,
em equilíbrio. As alturas das colunas de A e B, medidas em relação à linha de separação dos dois
líquidos, valem 50 cm e 80 cm, respectivamente.
a) Sabendo que a massa específica de A é 2,0 x 10³ kg/m³, determine a massa específica do
líquido B.
b) Considerando g = 10 m/s² e a pressão atmosférica igual a 1,0 x 105 N/m², determine a pressão
no interior do tubo na altura da linha de separação dos dois líquidos.

7 − (Unesp 2006) Uma pessoa, com o objetivo de medir a pressão interna de um botijão de gás
contendo butano, conecta à válvula do botijão um manômetro em forma de U, contendo mercúrio. Ao
abrir o registro R, a pressão do gás provoca um desnível de mercúrio no tubo, como ilustrado na
figura. Considere a pressão atmosférica dada por 10 5 Pa, o desnível h = 104 cm de Hg e a secção do
tubo 2 cm². Adotando a massa específica do mercúrio igual a 13,6 g/cm³ e g = 10 m/s², calcule a
pressão do gás, em pascal.

8 − (Ufmg 2006) José aperta uma tachinha entre os dedos, como mostrado nesta figura: A cabeça da
tachinha está apoiada no polegar e a ponta, no indicador.

Sejam F(i) o módulo da força e p(i) a pressão que a tachinha faz sobre o dedo indicador de José.
Sobre o polegar, essas grandezas são, respectivamente, F(p) e p(p). Considerando-se essas
informações, é CORRETO afirmar que
a) F(i) > F(p) e p(i) = p(p).
b) F(i) = F(p) e p(i) = p(p).
c) F(i) > F(p) e p(i) > p(p).
d) F(i) = F(p) e p(i) > p(p).

45
9 − (Ufsm 2004) A figura representa um tubo em forma de U com água e petróleo, cujas densidades
são, respectivamente, 1.000 kg/m³ e 800 kg/m³.

Sabendo que h = 4 cm e que a aceleração da gravidade tem módulo 10 m/s², a pressão causada pelo
petróleo, na interface A, vale, em Pa,
a) 320
b) 400
c) 8.000
d) 1.000
e) 3.200

10 − (Pucpr 2006) Uma esfera é liberada em um recipiente contendo água e óleo (figura 1). Observa-
se que o repouso ocorre na posição em que metade de seu volume está em cada uma das substâncias
(figura 2).

Se a esfera fosse colocada em um recipiente que contivesse somente água ou somente óleo, a
situação de repouso seria: (Assinale a alternativa que contém a figura que corresponde à situação
correta)

a)

b)

c)

d)

e)

46
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS, José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
COMO fazer um ROBÔ GUINDASTE hidráulico passo a passo. [s. l.: s. n.], 06 ago. 2013. 1 vídeo (8
min). Publicado pelo canal Manual do Mundo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=sft0OzAC8gw. Acesso em: 29 jun. 2023.
Faça AGORA 5 experiências usando pressão atmosférica! [s. l.: s. n.], 15 out. 2019. 1 vídeo (13 min).
Publicado pelo canal Clube de Ciências. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=hEYkVbx7cmY. Acesso em: 26 jun. 2023.
FUKUI, Ana; MOLINA, Madson de Melo; VENÊ. Física: Ser protagonista, 1º ano: ensino médio. 3ª ed.
São Paulo: SM, 2016.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução,
Tempo e Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
MELO, Pâmella Raphaella. Como o navio flutua no mar? Brasil Escola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/como-o-navio-flutua-no-mar.htm. Acesso em: 23 jun. 2023.
MELO, Pâmella Raphaella. Submarino. Brasil Escola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/submarino.htm. Acesso em 23 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PHET Interactive Simulations | Densidade : Phet Colorado, 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/density. Acesso em: 20 jun. 2023.
PHET Interactive Simulations | Sob Pressão : Phet Colorado, 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/under-pressure. Acesso em: 27 jun. 2023.
PUTINI, Júlia. O que é uma 'implosão' e o que acontece quando um submarino implode?. G1, 22 jun.
2023. Ciência. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2023/06/22/o-que-e-
implosao.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2023.
SUBMARINO no no fundo do mar: conseguimos!!! [s. l.: s. n.], 22 out. 2021. 1 vídeo (16 min).
Publicado pelo canal Manual do Mundo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=qNTzx1p_MzQ. Acesso em: 23 jun. 2023.
TEMA 02 - Hidrostática | Experimentos - Princípio de Pascal: elevador hidráulico [s. l.: s. n.], 01 jun.
2016. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Física Universitária. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vZLUzu6_xmc. Acesso em: 29 jun. 2023.

47
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Propriedades Coligativas. (EM13CNT211MG) Analisar e discutir os processos que alteram as


propriedades coligativas em especial as que interferem no transporte por
membrana celular, na temperatura e pressão de líquidos e gases
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades
experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das
ciências.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Propriedades Coligativas.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Inicia-se agora a caminhada no estudo das propriedades coligativas. Dentro desse tema, sugerimos discutir
o assunto de forma mais qualitativa, dando ênfase às aplicações industriais dos fenômenos estudados.
Inicialmente, sugerimos na aula 01 realizar a discussão dos diagramas de fases, especificamente do
diagrama de fases da água. Nessa discussão, muitos conceitos importantes serão relembrados, tais como
pressão, temperatura de fusão e ebulição, estados de agregação da matéria e mudança de fases. Depois
dessa etapa, sugerimos a realização das atividades 1 a 3, pois elas ajudarão a desenvolver a assimilação
do assunto pelos estudantes. Nas aulas 2, 3 e 4, trataremos sobre a pressão de vapor e as propriedades
coligativas e atividades experimentais e alguns textos, pois consideramos importante discutir os conceitos
do ponto de vista das aplicações práticas dos fenômenos

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01: DIAGRAMA DE FASES DA ÁGUA
Para iniciar a discussão sobre diagramas de fases, sugerimos que, rapidamente, os conceitos de estado de
agregação da matéria (sólido, líquido ou gás), pressão, temperatura de fusão e ebulição sejam
relembrados. Em seguida, uma breve discussão conforme direcionado nas figuras abaixo.

48
Figura 01: Diagrama de fases. Quando se deseja compreender comportamentos ligados
a dados numéricos experimentalmente determinados
deve-se analisar o conjunto de dados obtidos visando
perceber algum comportamento padrão. Quando
estudamos as mudanças de estado físico da água em
diferentes condições de temperatura e pressão, podemos
observar diferentes estados físicos: sólido, líquido ou
gasoso. Se esses resultados forem organizados em um
gráfico de pressão versus temperatura, teremos um
gráfico como obtido na figura 01 ao lado.

Fonte: (PERUZZO e CANTO, 2003)

Figura 02: Diagrama de fases da água. Uma amostra qualquer de água tem um valor de pressão
e de temperatura que é determinado em um ponto do
diagrama de fases.
Se o ponto estiver na área rósea, a água estará no
estado sólido, se o ponto estiver na área azul, a água
estará no estado líquido. Se o ponto estiver na área
amarela, a água estará no estado gasoso.
As linhas que separam as áreas rósea, azul e amarela
indicam um ponto de pressão-temperatura de transição
de fases sólido-líquido (fusão ou solidificação), líquido-
vapor (condensação ou vaporização) e vapor-sólido
(sublimação).
O ponto no qual as três linhas se encontram é chamado
Fonte: (PERUZZO e CANTO, 2003)
ponto triplo. É a temperatura e pressão na qual as três
fases da substância coexistem em equilíbrio
termodinâmico.

Em seguida, pode-se discutir uma importante aplicação industrial advinda do conhecimento do


diagrama de fases da água, a liofilização. Nesta técnica, a água de diversos alimentos, tais como
frutas, é retirada por meio do congelamento e posterior sublimação.
A figura 03 ilustra o processo. Inicialmente a água presente no alimento está no estado líquido. O
alimento é cortado e congelado a temperaturas próximas de -35°C. A temperatura abaixa, sob pressão
constante, até que a água passe para o estado sólido (linha preta). Esse alimento congelado é
colocado em uma câmara na qual se pode diminuir a pressão até que a água, agora no estado sólido,
passe direto para o estado gasoso, sem passar pelo estado líquido, ou seja sofre sublimação (linha
vermelha).
Figura 03: Diagrama de fases. Figura 04: Alimentos Liofilizados.

Fonte: (Adaptado de PERUZZO e CANTO, 2003)


Fonte: (TERRONI, 2017)
49
RECURSOS:
Projetor multimídia, quadro, giz.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos fazer as atividades 01 a 03 como oportunidade de fixar os conceitos
discutidos até aqui.
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

AULA 02: PRESSÃO DE VAPOR DE UM LÍQUIDO


Nessa aula sugerimos a discussão do conceito de pressão de vapor de um líquido a partir da leitura do
texto a seguir sobre umidade relativa do ar.

Umidade Relativa do Ar
No ar atmosférico sempre há uma certa quantidade dissolvida de vapor de água — é o que se chama
de umidade do ar. Se a umidade aumenta e chega ao ponto de saturação (ponto de orvalho),
começam a se formar a neblina (no ar), as nuvens (na alta atmosfera) e o orvalho (sobre as plantas,
por exemplo). Você já deve ter reparado que nos boletins meteorológicos se divulga a umidade
relativa do ar. Esse valor é definido como “o quociente entre a pressão parcial do vapor de água
presente no ar e a pressão máxima do vapor de água, na mesma temperatura”. Esse quociente pode
ser expresso em porcentagem, sendo que umidades relativas entre 50% e 70% são consideradas
confortáveis pela maioria das pessoas.
Fonte: Ricardo Feltre.

Depois da leitura e discussão do texto, sugerimos realizar a atividade experimental 4 em grupos.

RECURSOS:
Projetor multimídia, quadro, giz. O restante dos materiais está descrito na atividade 04.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos realização da atividade 4 como oportunidade de fixar os conceitos discutidos
até aqui.
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

AULAS 03 E 04: TONOSCOPIA, EBULIOSCOPIA E CRIOSCOPIA


Nestas aulas sugerimos a discussão das propriedades coligativas propriamente ditas. Resumidamente,
uma propriedade coligativa depende apenas da quantidade de partículas em um meio, mas não da
natureza das partículas de soluto dissolvidas em um solvente. Sugerimos que o tema seja explorado de
forma qualitativa, abordando algumas aplicações industriais importantes. Propusemos alguns
experimentos bem simples e a leitura de textos sobre o assunto.

50
− Tonoscopia
A tonoscopia é um fenômeno que se observa quando há abaixamento da pressão de vapor de
um líquido pela adição de um soluto não eletrólito em um solvente não volátil.
Na atividade 5 está proposto um experimento muito simples que ajudará a observar esse
fenômeno. Sugerimos que seja feito em grupos para estimular a discussão entre os estudantes.

− Ebulioscopia
A ebulioscopia é um fenômeno em que se observa a elevação da temperatura de ebulição de
um líquido pela adição de um soluto não eletrólito em um solvente volátil.
Na atividade 6 está proposto um experimento muito simples que ajudará a observar esse
fenômeno. Sugerimos que seja feito em grupos para estimular a discussão entre os estudantes.

− Crioscopia
A crioscopia ou efeito crioscópico é um fenômeno observado quando há abaixamento da
temperatura de solidificação de um solvente não volátil em uma solução contendo um soluto
não eletrólito. Tal como as outras propriedades, depende apenas da quantidade de partículas
do soluto dissolvidas no solvente.
Aqui, propusemos a leitura de um texto em que se discute, entre outras coisas, a adição de sal
à neve como estratégia de derretimento do gelo, prática muito utilizada nos países que têm
essa característica climática.

Texto 01: O fenômeno criométrico


O fenômeno criométrico tem várias aplicações práticas:
As fábricas de sorvete adicionam sal comum à água para poder resfriá-la muito abaixo de 0°C, sem
que a água venha a se solidificar.
Em países frios, coloca-se sal comum, ou cloreto de cálcio, em pontos perigosos de rodovias, no
inverno, para evitar acúmulo de gelo.
Em locais muito frios, durante o inverno, colocam-se anticongelantes, tais como etilenoglicol, na
água dos radiadores dos automóveis para evitar que, durante a noite, com o carro estaciona, a
água venha a se congelar no motor, arrebentando o radiador ou outras partes do motor. Com uma
quantidade adequada de etilenoglicol, a água chega a congelar-se a 37°C abaixo de zero.

Fonte: Feltre, 2004.

Texto 02: Efeito Crioscópico: Experimentos Simples e Aspectos Atômico-Moleculares


Experimentos e discussões sobre aspectos atômico-moleculares envolvendo propriedades
coligativas, voltados para o ensino médio, são pouco comuns. Este artigo descreve experimentos
simples envolvendo o preparo de uma mistura refrigerante de gelo/NaCl e a construção de curvas
de resfriamento para soluções de água/NaCl. Alguns dos objetivos foram evidenciar o efeito da
relação entre as massas de NaCl e de gelo na diminuição da temperatura da mistura e verificar se
há um valor limite para essa relação. Com relação às curvas de resfriamento, o objetivo foi
investigar a correlação entre concentração e temperatura de congelação.
Fonte: Revista Química Nova na Escola. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/07-CCD-48-11.pdf .

51
RECURSOS:
Projetor multimídia, quadro, giz.
O restante dos materiais está descrito nas atividades 05 e 06.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos realização das atividades 5 e 6 como oportunidade de fixar os conceitos
discutidos até aqui.
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes

52
ATIVIDADES
1 – No alto da Serra da Mantiqueira, a água ferve a uma temperatura mais baixa que em Brasília. Em
Brasília, por sua vez, a água ferve a uma temperatura mais baixa que em Fortaleza. Utilize o diagrama
de fases da água para explicar essas observações experimentais.

2 – Os patins usados no gelo não têm rodas, mas sim uma lâmina metálica longitudinal. Uma
explicação sugerida para o fato de os patinadores conseguirem deslizar sobre o gelo é que a lâmina
dos patins exerce uma alta pressão sobre o gelo sólido, que provoca uma fusão sob a lâmina. O
deslizamento aconteceria graças à camada de água líquida que se formaria entre a lâmina e o gelo.
Observe o diagrama de fases abaixo e responda às perguntas:

a) Qual das setas do diagrama de fases corresponde a essa mudança de fase da água? Explique.
b) Qual das setas do diagrama de fases representa a ebulição de água numa panela aberta?
c) Qual das setas do diagrama de fases corresponde ao derretimento de um pedaço de gelo
deixado sobre a pia?

3 – Descreva a sequência de eventos que corresponde, no diagrama de fases da água mostrado


abaixo, à transição do ponto:
a) 1 ao ponto 2
b) 3 ao ponto 4

4 – Atividade experimental: Pressão de vapor.


− Materiais:
3 pedaços de algodão, água, álcool e acetona, folha de papel.
− O que fazer:
Embeber um pedaço de algodão em água, outro em álcool e o último em acetona. Pressionar
cada algodão em uma folha de papel. Observar a evaporação de cada um dos três líquidos.

53
− Discussão:
a) Você observou se houve diferença de taxa de evaporação entre os diferentes líquidos?
b) De acordo com o observado no experimento, coloque em ordem crescente a pressão de vapor
dos líquidos estudados.

5 – Atividade experimental: Tonoscopia.


− Materiais:
Açúcar, dois copos, água e tampas para os copos.
− O que fazer:
Colocar em um dos copos ¾ de água e marcar o volume. No outro copo, colocar ¾ de água,
adicionar 3 colheres de açúcar e misturar até completa dissolução. Tampar os dois copos e
aguardar até a próxima aula.
− Discussão:
a) Você observou se houve diferença de taxa de evaporação entre o copo com água e o copo com
água e açúcar?
b) De acordo com o observado no experimento, explique como a adição de açúcar à água pode
ter influenciado na taxa de evaporação da água.

6 – Atividade experimental: Ebulioscopia.


− Materiais:
Açúcar, béquer de 500 mL ou caneca para ferver água, água, ebulidor.
− O que fazer:
Colocar água no béquer e ligar o ebulidor até que a água comece a ferver. Adicionar à água
fervente 4 colheres de açúcar previamente medido.
− Discussão:
a) O que você observou quando da adição do açúcar à água que estava em processo de fervura
(ebulição)?
b) De acordo com o observado no experimento, explique como a adição de açúcar à água pode
ter influenciado na temperatura de ebulição da água.

54
REFERÊNCIAS
BARROS, H. L. C.; MAGALHÃES, W. F. Efeito Crioscópico: Experimentos Simples e Aspectos Atômico-
Moleculares. Química Nova na Escola, São Paulo, ano 2013, v. 35, ed. 1, fevereiro 2013.
FELTRE, Ricardo. Química 2: Físico Química. 6. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004. 432 p. v. 2.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Editora Moderna, 2003. 352 p. v. 2.
TERRONI. Alimentos liofilizados. [s. l.], 9 out. 2017. Disponível em:
https://www.terroni.com.br/entenda-os-processos-da-liofilizacao-de-alimentos/ Acesso em: 26 jun.
2023.

55
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 3: Analisar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento


científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Soluções. (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre


atividades experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos,
com base nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os
limites explicativos das ciências.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso
de equipamentos e recursos, bem como comportamentos de segurança,
visando à integridade física, individual e coletiva, e podendo fazer uso de
dispositivos e aplicativos estruturação de simulações de tais riscos,
conhecer as normas de segurança, o tratamento de resíduos e
reconhecer os equipamentos de proteção individual e coletivo, inclusive a
tecnologia aplicada nos mesmos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Soluções.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Iniciamos o estudo das soluções. Sugerimos aqui uma abordagem sobre os conceitos e cálculos mais
comuns de concentração de soluções. Para facilitar o entendimento do efeito da adição ou retirada de
soluto/solvente na concentração de uma solução, recomendamos o uso de um recurso tecnológico,
PHET, em substituição à experimentos com reagentes comumente executados em laboratório. Em
todas as aulas aconselhamos o uso de exercícios para fixação dos conteúdos.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01: SOLUÇÕES
Esta aula é dedicada à discussão dos conceitos importantes para a compreensão de uma solução tais
como solvente, soluto, solução saturada e soluções aquosas. Para isso, além dos recursos tradicionais,
como livro didático, sugerimos usar uma simulação disponível no site PHET como ferramenta
pedagógica. Em uma simulação, denominada “Molaridade”, disponível em
https://phet.colorado.edu/sims/html/molarity/latest/molarity_all.html?locale=pt_BR, pode-se estudar o
efeito da adição e retirada de soluto e solvente em um determinado experimento. Nesta simulação é
possível estudar solutos diferentes, como o cloreto e nitrato de cobalto, dicromato de potássio, cloreto
de ouro, cromato de potássio, cloreto de níquel, sulfato de cobre e permanganato de potássio. Além de
56
possibilitar a discussão sobre os conceitos básicos de soluções, também é possível aprender sobre as
diferentes solubilidades a capacidades de saturação das substâncias.

RECURSOS:
Projetor multimídia, livro didático.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

AULAS 02 E 03: CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÕES


Esta aula é dedicada à discussão das diferentes formas de expressar a concentração das soluções,
concentração comum, em gramas por litro, concentração em quantidade de matéria, mol/L,
concentração em porcentagem de massa e volume e concentração em partes por milhão. Para isso,
além dos recursos tradicionais, como livro didático, sugerimos usar uma simulação disponível no site
PHET como ferramenta pedagógica. Em uma simulação, denominada “Concentração”, disponível em
https://phet.colorado.edu/sims/html/concentration/latest/concentration_all.html?locale=pt_BR.
Nesta simulação, pode-se calcular a concentração em mol/L de soluções de diversos tipos de
substâncias. Recomendamos que o(a) professor(a) estimule os estudantes a expressar as
concentrações de uma determinada solução estudada na simulação em mais de uma forma, tal como
em gramas por litro, partes por milhão e porcentagem em massa para que se tenha a oportunidade de
visualizar as diferentes formas de expressar essas concentrações.

RECURSOS:
Projetor multimídia, livro didático.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos realização das atividades 1 a 5 como oportunidade de fixar os conceitos
discutidos até aqui.
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

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ATIVIDADES
1 – Uma solução de ácido clorídrico a 10% em massa tem densidade 1,05 g/mL. Qual a concentração
dessa solução em g/L?

2 – Em uma amostra de 1 kg de um lote de salsicha em lata os técnicos detectaram a presença de 300


mg de estanho. Levando em conta que é proibido comercializar alimentos contendo mais de 250 ppm
de estanho, em massa, conclua se esse produto pode ser comercializado. Justifique.

3 – Uma pessoa usou 3,42 g de sacarose (C12H22O11) para adoçar seu cafezinho. O volume de
cafezinho adoçado na xícara foi de 50 mL. Qual a concentração, em mol/L, de sacarose nesse
cafezinho?

4 – Calcule a massa de sal e sacarose necessária para produzir 10,0 litros de soro caseiro, sabendo-se
que na sua composição utiliza-se 11,0 g/L de sacarose e que a concentração de cloreto de sódio é 0,06
mol/L.

5 – A concentração é uma característica importante das soluções e um dado necessário para seu uso
no laboratório, na indústria e no cotidiano. Abaixo, estão desenhados recipientes com os respectivos
volumes de solução e massas de hidróxido de sódio. A solução cuja concentração molar é de 1 mol/L
está contida no recipiente:

a) I
b) II
c) III
d) IV

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REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Editora Moderna, 2003. 352 p. v. 2.
PHET Interactive Solutions. Molaridade. University of Colorado, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/molarity/latest/molarity_all.html?locale=pt_BR. Acesso em: 28
jun. 2023.
PHET Interactive Solutions. Concentração. University of Colorado, [s .l.], 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/concentration/latest/concentration_all.html?locale=pt_BR. Acesso
em: 28 jun. 2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem
processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em
âmbito local, regional e/ou global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Estequiometria. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos


e de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações
em sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de
movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em
situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o
desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a
preservação da vida em todas as suas formas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Estequiometria.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Iniciaremos o estudo da estequiometria. Para abordar esse tema de forma concisa, recomendamos que
sejam discutidos os conceitos iniciais. Se julgar necessário, retome alguns assuntos previamente
estudados, dentre os quais podemos citar as reações químicas. Em seguida, na aula 02, sugerimos a
realização de um experimento bastante simples para abordar o assunto de forma prática. Finalmente,
na aula 03 propomos alguns exercícios.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01: INTRODUÇÃO À ESTEQUIOMETRIA
Nesta aula trataremos sobre os principais conceitos de estequiometria. Sugerimos que nesta aula os
conceitos de estequiometria sejam discutidos com o auxílio do livro texto. Como material de apoio,
indicamos, além da utilização do livro texto adotado em sala de aula, vídeoaulas do Se Liga na
Educação ofertadas pela secretaria de educação. Os links a seguir contém vídeo aulas expositivas
sobre os assuntos discutidos até aqui.
→ Estequiometria I.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1ujM8_ARW-6xtul_h9HqKe2Qos60xnbfv/view.
→ Estequiometria II.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1umLl50-uKTuvqFAygRuZHt_6Osqmwcr-/view.

RECURSOS:
Quadro, giz, Projetor multimídia.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos realização das atividades 1 e 2 como oportunidade de fixar os conceitos
discutidos até aqui.

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Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

AULAS 02 E 03: UM EXPERIMENTO ENVOLVENDO ESTEQUIOMETRIA


O objetivo destas aulas é a realização de uma atividade experimental para sedimentar os conceitos
teóricos discutidos na aula anterior. Sugerimos a realização de um experimento bastante simples em
que se permite explorar o assunto estequiometria mesmo não dispondo de uma balança de alta
precisão. O roteiro original do experimento está disponível no periódico Química Nova na Escola e pode
ser acessado pelo link http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/exper3.pdf .
Na atividade 02 está descrito o que se deve fazer no experimento. Depois de finalizado, aconselhamos
fazer uma discussão dos resultados e proceder à resolução das atividades 3 a 5.

RECURSOS:
Quadro, giz e os materiais para experimentação estão descritos detalhadamente na atividade 03.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para essa aula, sugerimos realização da atividade experimental 3 como oportunidade de fixar os
conceitos discutidos até aqui.
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

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ATIVIDADES
1 – Determine a opção que indica quantos mols de HCl são produzidos na reação de 0,43 mol de
fosgênio (COCl2) com água, conforme a reação:
COCl2 + H2O → CO2 + 2HCl

2 – Na reação de óxido de alumínio com ácido sulfúrico forma-se sulfato de alumínio, Al2(SO4)3. Para se
obterem 3 mol desse sulfato, quantos mols de ácido são necessários?

3 – Atividade Experimental
− Materiais:
Um comprimido efervescente que contenha bicarbonato de sódio (NaHCO 3), mas não contenha
carbonato de sódio (Na2CO3), um copinho de café descartável, balança semi-analítica, água.
− O que fazer:
Coloque água no copinho até aproximadamente um pouco mais da metade da sua capacidade.
Pese o conjunto copinho, água e comprimido (ainda dentro do envelope) e anote essa massa,
que será posteriormente chamada de massa inicial (mi). Transfira o comprimido para o copinho
de café e certifique-se de que não restou nem mesmo uma pequena parte no envelope; em
seguida, rapidamente, cubra o copinho com o próprio envelope (isso evita perda de material
por espirramento). Aguarde o final da efervescência e pese novamente o conjunto, incluindo o
envelope vazio, e anote essa massa. Esta será posteriormente chamada de massa final (mf).
− Discussão:
a) De que maneira a perda de material poderia influenciar o resultado?
b) Por que o comprimido não pode conter carbonato de sódio (Na2CO3)?

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REFERÊNCIAS
CAZARRO, Flávio. Um experimento envolvendo estequiometria. Química Nova na Escola, São Paulo,
ed. 10, nov. 1999.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Estequiometria I. Se Liga na
Educação, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1ujM8_ARW-
6xtul_h9HqKe2Qos60xnbfv/view. Acesso em: 29 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Estequiometria II. Se Liga na
Educação, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1umLl50-
uKTuvqFAygRuZHt_6Osqmwcr-/view. Acesso em: 29 jun. 2023.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. 4.
ed. São Paulo: Editora Moderna, 2006. 408 p. v. 1.

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