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Assim, nos termos do artigo 35, CF/88, temos que o Estado não intervirá em seus
Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto
quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada; não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; não tiver sido aplicado o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
ações e serviços públicos de saúde; o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover
a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Assim, realizada uma abordagem ampassã sobre o tema, passemos à análise das
assertivas, a qual aborda especificamente o artigo 35, IV, CF/88.
c) CORRETA - Trata-se de hipótese de intervenção estadual, estipulada pelo artigo 35, IV,
CF/88.
É interessante lembrar que, nos termos da Súmula 637 do STF que “não cabe recurso
extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção
estadual em Município".
GABARITO: LETRA C
II. A intervenção dos Estados nos Municípios para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição Estadual depende de provimento, pelo Supremo Tribunal
Federal, de representação do Procurador-Geral de Justiça.
Sabe-se que os entes federativos são autônomos, isto é, não há uma subordinação
de um município em relação ao Estado e deste para com a União. Entende-se por
intervenção como sendo a supressão temporária da autonomia de um ente
federativo em função de uma anormalidade ou exceção, que deve ser interpretada
de maneira restritiva.
O item I está correto, pois se coaduna ao disposto no artigo 35, III, da Constituição
Federal, isto é, o Estado pode intervir no ente municipal se este deixar de aplicar o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde.
O item II está incorreto, pois nos termos do artigo 35, IV, da Constituição Federal, o
Estado intervirá no município quando o Tribunal de Justiça der provimento a
representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição
Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Logo, o
equívoco está em falar que o STF daria provimento, quando, em realidade, é o
Tribunal de Justiça. Frise-se que a representação será do Procurador-Geral de
Justiça (chefe do Ministério Público Estadual), adotando-se a simetria da
possibilidade de representação a ser feita pelo Procurador-Geral da República no
plano federal.
O item III está correto, pois se coaduna ao disposto no artigo 36, §1º, da
Constituição Federal, que dispõe justamente que o decreto de intervenção, que
especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber,
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da
Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. Somado a isso,
o §2º desse mesmo artigo aduz que se não estiver funcionando o Congresso
Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no
mesmo prazo de vinte e quatro horas.
I- Verdadeira. A dívida não ter sido paga sem motivo de força maior por 02 anos
consecutivos enseja a intervenção estadual (art. 35, I, CF)
“Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada; [...]”
II- Verdadeira. A ausência de prestação de contas devidas pode ensejar intervenção . (art.
35, II, CF)
“Art. 35. [...] II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;”
III- Verdadeira. A não aplicação do mínimo exigido da receita municipal nas ações e
serviços públicos de saúde pode ensejar intervenção (art. 35, III, CF).
“Art. 35. [...] III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; [...]”
IV- Verdadeira. É legítima a intervenção que ocorrer para efetivar execução de lei, ordem ou
decisão judicial, bem também é legítima quando existir representação no Tribunal de
Justiça para assegurar princípios indicados na Constituição Estadual. (art. 35, IV, CF)
“Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
d) Correta.
4. O Governo Federal decretou uma intervenção na área da segurança pública no Estado do Rio
de Janeiro que deverá vigorar até 31 de dezembro deste ano. Sobre a Intervenção Federal,
analise as alternativas e marque a CORRETA.
A) A União intervirá em seus municípios, quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior,
por dois anos consecutivos, a dívida fundada.
B) A Intervenção Federal será espontânea, quando o Presidente decretar intervenção para
assegurar o cumprimento dos “princípios constitucionais sensíveis”.
C) Cessada a intervenção, em nenhum caso as autoridades afastadas retornarão aos seus cargos.
Comentário: Inicialmente, é interessante que seja realizada uma abordagem geral sobre o
tema “Intervenção Federal".
No que concerne aos princípios que regem a Intervenção Federal, podemos citar:
Salienta-se que, segundo o art. 36, CF/88, os procedimentos para intervenção variam
de acordo com as hipóteses estabelecidas no art. 34, CF/88. Vejamos:
- Art. 34, I, II, III e V: será decretada ex officio pelo Presidente da República, dependendo
apenas da verificação de motivos pelo Presidente, que apenas consultará o Conselho da
República e o Conselho de Defesa, sendo consulta meramente opinativa.
- Art. 34, IV: dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido ou de requisição do Poder Judiciário coacto ou impedido via STF para o Presidente.
Aqui é interessante mencionar que, para a doutrina majoritária, há discricionariedade para
decretar a intervenção na solicitação realizada pelo Executivo/Legislativo e vinculação à
requisição realizada pelo Poder Judiciário via STF.
Assim, realizada uma abordagem sobre os pontos principais do tema, passemos à análise da
questão, que versa sobre a Intervenção Federal na área da segurança pública ocorrida no
Estado do Rio de Janeiro. Passemos à análise das assertivas.
d) ERRADO – O artigo 34, II, CF/88, estabelece que a União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação
em outra. Tal hipótese de intervenção será espontânea, somente dependerá de verificação
de motivos por parte do PR, que apenas consultará o Conselho da República e o Conselho
de Defesa, sendo consulta meramente opinativa.
e) CORRETO – O artigo 34, I, CF/88 estabelece que a União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para manter a integridade nacional. Tal hipótese de intervenção será
espontânea, somente dependerá de verificação de motivos por parte do PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, que apenas consultará o Conselho da República e o Conselho de Defesa, sendo
consulta meramente opinativa.
GABARITO: LETRA E
5 Um Estado brasileiro suspende o pagamento de sua dívida fundada por um período superior a
dois anos, sem uma justificativa plausível. Em uma situação como essa, fica permitido à União
O enunciado relata que o Estrado suspendeu o pagamento de sua dívida por um período
superior a dois anos e sem justificativa. Ora, vejamos o art. 34 da CF:
"Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior; "
Exatamente o que cobra a questão, então é possível sim realizar a intervenção federal a
fim de reorganizar as finanças do Estado, desde que tenha ocorrido a suspensão de
pagamento de dívida conforme trata o enunciado.
GABARITO LETRA A
B) Sendo a União omissa sobre normas gerais, o Estado do Amazonas poderá exercer a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Caso sobrevenha lei
federal no tocante as gerais, revogará a lei estadual no que lhe for contrário.
C) O Governador não poderá intervir no Município de Alvarães para garantir observância
de princípios estabelecidos na Constituição do Estado.
E) Poderá a União intervir nos Estados para assegurar a observância dos princípios
constitucionais direitos da pessoa humana.
b)Incorreta. O erro da assertiva está no fato de que se sobrevier uma lei federal que
verse sobre normas gerais, a lei estadual não será revogada e sim SUSPENSA no
que lhe for contrária. Para compreender o item é necessário ter conhecimento do
art. 24, § 3º e § 4º da CF/88.
CF, art. 24, § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A
superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
CF, art. 35, IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
e)Correta. CF, Art. 34, VII - assegurar a observância dos seguintes princípios
constitucionais: b) direitos da pessoa humana;
Gabarito da professora: E
B) O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto para manter a integridade nacional.
C) A intervenção da União nos Estados, visando garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação, independe de solicitação do Poder coacto ou
impedido.
D) A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para pôr termo
a grave comprometimento da ordem pública.
A– Incorreta - Não há hipótese de intervenção dos Estados em seus Municípios para repelir
invasão estrangeira, mas sim da União nos Estados. Art. 34, CRFB/88: "A União não intervirá
nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) II - repelir invasão estrangeira ou de
uma unidade da Federação em outra; (...)".
B- Incorreta - Não há hipótese de intervenção dos Estados em seus Municípios para manter
integridade nacional, mas sim da União nos Estados. Art. 34, CRFB/88: "A União não
intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional;
(...)".
C- Incorreta - A intervenção que busca garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes
depende da solicitação Poder coacto ou impedido. Art. 34, CRFB/88: "A União não intervirá
nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) IV - garantir o livre exercício de
qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (...)". Art. 36, CRFB/88: "A decretação da
intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do
Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a
coação for exercida contra o Poder Judiciário; (...)".
D- Correta - É o que dispõe a Constituição em seu art. 34: "A União não intervirá nos
Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) III - pôr termo a grave comprometimento
da ordem pública; (...)".
9. Certo Estado foi condenado por sentença judicial transitada em julgado, proferida por uma
das Varas da Justiça Estadual, a pagar diferenças salariais devidas aos servidores públicos
autores da demanda. Expedido o precatório contra o Estado, a dívida não foi paga no prazo
constitucional, injustificadamente. Essa situação enquadra-se, em tese, entre as hipóteses de
decretação de intervenção federal no Estado, uma vez que
1) Temos a hipótese configurada de intervenção para prover decisão judicial. Conforme art. 34.
A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: [...] VI - prover a
execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.
10. Em função do quanto disposto pela Constituição Federal, é correto afirmar sobre as
Intervenções Federal e Estadual que
A) os Estados poderão intervir nos Municípios quando o Superior Tribunal de Justiça der
provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
B) é admitida no Brasil a intervenção per saltum, tanto no âmbito federal como estadual,
quando se vislumbre manifesto interesse da segurança pública.
C) a União Federal poderá intervir nos Estados membros para assegurar, dentre outros,
o princípio constitucional da autonomia municipal.
D) a União poderá intervir nos Estados membros e no Distrito Federal para reorganizar as
finanças da Unidade da Federação que suspenda o pagamento da dívida fundada por mais
de 1 ano consecutivo, salvo motivo de força maior.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
c) autonomia municipal;
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando:
A) ERRADA. Os Estados poderão intervir nos Municípios quando o Tribunal de Justiça (e não
Superior Tribunal de Justiça), der provimento a representação para assegurar a observância
de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem
ou de decisão judicial, nos termos do art. 35, IV, da CF/88.
B) ERRADA. Não é admitida no Brasil a intervenção per saltum, uma vez que a União só pode
intervir nos Estados, nos termos do art. 34, caput, da CF/88, ou em Municípios localizados em
Território Federal, conforme art. 35, caput, da CF/88. Por sua vez, os Estados só podem intervir
nos seus Municípios, à luz do art. 35, caput, da CF/88.
C) CERTA. A União Federal poderá intervir nos Estados membros para assegurar, dentre
outros, o princípio constitucional da autonomia municipal, nos termos do art. 34, VII, c, da
CF/88.
D) ERRADA. A União poderá intervir nos Estados membros e no Distrito Federal para
reorganizar as finanças da Unidade da Federação que suspenda o pagamento da dívida
fundada por mais de dois anos consecutivos (e não 1 ano consecutivo), salvo motivo de força
maior, conforme art. 34, V, a, da CF/88.
Resposta: C.