Você está na página 1de 9

Eliane Potiguara

escritora, poetisa, ativista e professora


indígena brasileira

Eliane Lima dos Santos (Rio de Janeiro,


29 de setembro de 1950), conhecida por
Eliane Potiguara, é uma professora,
escritora, ativista e empreendedora
indígena brasileira. Fundadora da Rede
Grumin de Mulheres Indígenas.[1] Foi
uma das 52 brasileiras indicadas para o
projeto internacional "Mil Mulheres para
o Prêmio Nobel da Paz".
Eliane Potiguara

Eliane Potiguara, Rio de Janeiro, 2022

Nome completo Eliane Lima dos


Santos

Pseudônimo(s) Eliane Potiguara

Nascimento 29 de setembro de
1950 (73 anos)
Rio de Janeiro, RJ

Nacionalidade brasileira

Etnia potiguara

Cônjuge Taiguara (c. 1978; div.


1985)
Filho(a)(s) 3

Alma mater Universidade Federal


do Rio de Janeiro

Ocupação professora ·
escritora · ativista ·
empreendedora

Prêmios Ordem do Mérito


Cultural (2014)
Doctor Honoris Causa
(2021)

Página oficial

www.elianepotiguara.org.br (http://www.elian
epotiguara.org.br/)
Biografia
Formada em Letras e Educação[2],
licenciou-se em Letras (Português e
Literatura) e Educação pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro e tem
Especialização em Educação Ambiental
pela UFOP.[3] Eliane Potiguara recebeu
em dezembro de 2021 o título de doutora
“honoris causa”, do Conselho
Universitário (Consuni), órgão máximo da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).[4]

Participou de vários seminários sobre


direitos indígenas na Organização das
Nações Unidas, em organizações
governamentais e não governamentais.[5]

Foi esposa do cantor e compositor


Taiguara de 1978 a 1985, pai dos seus
filhos.[6]

Primeira escritora indígena no Brasil.[7]

Foi nomeada uma das "Dez Mulheres do


Ano de 1988" pelo Conselho das
Mulheres do Brasil, por ter criado a
primeira organização de mulheres
indígenas no Brasil: o GRUMIN (Grupo
Mulher-Educação Indígena), e por ter
trabalhado pela educação e integração
da mulher indígena no processo social,
político e econômico no país e por ter
trabalhado na elaboração da
Constituição brasileira de 1988. O
GRUMIN foi o grupo pioneiro do
movimento de mulheres indígenas no
Brasil.[8]

Com uma bolsa que conquistou da


ASHOKA em 1989 (Empreendedores
Sociais)[9] e mais o seu salário de
professora e o apoio de Betinho/IBASE e
os recursos do Programa de Combate ao
Racismo, (o mesmo que apoiava Nelson
Mandela), pode prosseguir a sua luta,
além de sustentar e cuidar de seus três
filhos (Moína Lima, Tajira Kilima e
Samora Potiguara), hoje adultos.[10]
Em 1990, foi a primeira mulher indígena
a conseguir uma petição no 47º
Congresso dos Índios Norte-Americanos,
no Novo México, para ser apresentada às
Nações Unidas. Neste Congresso
reuniram-se mais de 1500 indígenas
americanos. Desse modo, participou
durante anos da elaboração da "Comitê
Inter-Tribal 500 Anos Declaração
Universal dos Direitos Indígenas", na
ONU, em Genebra. Por esse trabalho
recebeu em 1996, o título de "Cidadania
Internacional", concedido pela
organização filosófica Iraniana Baha'i,
que milita pela implantação da Paz
Mundial.[11]
É defensora dos Direitos Humanos,
tendo sido criadora do primeiro jornal
indígena, de boletins conscientizadores e
de uma cartilha de alfabetização
indígena dentro do método Paulo Freire
com o apoio da Unesco. Organizou em
Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em 1991
um encontro com a participação de mais
de 200 mulheres indígenas de várias
regiões, tendo como convidados
especiais a cantora Baby Consuelo e
vários líderes indígenas internacionais.
Organizou vários cursos referentes à
Saúde e Diretos Reprodutivos das
Mulheres Indígenas e foi consultora de
outros encontros sobre o tema.[12]
Em 1992 foi cofundadora/pensadora do
Comitê Inter-Tribal 500 Anos ("kari-oka"),
por ocasião da Conferência Mundial da
ONU sobre Meio-Ambiente, junto com
Marcos Terena, Idjarruri Karajá, Megaron
e Raoni e muitos outros líderes indígenas
do país, além de ter participado de
dezenas de assembleias indígenas em
todo o Brasil.[13]

Potiguara em 2014

Discutiu a questão dos direitos indígenas


em vários fóruns nacionais e

Você também pode gostar