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GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - REGIMENTO INTERNO DO COLEGIADO

APRESENTAÇÃO

Quando da promulgação da Constituição do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA


em 1999, esta, no seu PREÂMBULO, incorporou e apresentou os LANDEMARKS; OS
PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM que foram apresentados no REGULAMENTO GERAL;
THE OLD CHARGES, os quais foram apresentados, retificados, no CÓDIGO DE
PROCEDIMENTOS. Neste último documento, omitiu-se O POEMA RÉGIUS, o qual é
apresentado neste REGIMENTO INTERNO DO COLEGIADO, com a finalidade de
subsidiar, de forma adjacente, toda e qualquer interpretação da Maçonaria em seu
nascedouro.

O Poema Régius, aqui apresentado, compõe-se de um manuscrito de 794 versos de


tradições remotas e uma série de lendas, dentre elas a da chegada da fraternidade -
Maçonaria Operativa - à Inglaterra nos tempos do Rei Athelstan. Do escrito em língua
medieval do sudoeste da Inglaterra, as citações foram apresentadas em latim eclesiástico.
Dada a exigüidade de papel, o Poema Régius foi manuscrito em pergaminho de pele de
cordeiro, em 33 folhas gravadas com letras góticas no ano de 1390 - século XIV -, lembra-
se que a Maçonaria Especulativa data do século XVIII - , sendo o mais autêntico
documento da Maçonaria Operativa.

O Poema Régius também é conhecido por Manuscritos de Halliwell, em homenagem ao


Maçom James Orchard Halliwell, que o descobriu na Real Biblioteca do Bristh Museum em
1839 e o dividiu em nove partes como: História lendária do ofício de Construtor, cujas
origens estariam na geometria de Euclides, o qual teria convocado uma Assembléia de
Mestres do Ofício, senhores e notáveis, com o objetivo de elaborar os estatutos da
Corporação que se dividiam em quinze artigos e estes em quinze pontos complementares
aos estatutos; Outras disposições referentes ao Ofício de Pedreiro e a decisão de reunir
regularmente numa Grande Assembléia os pedreiros, em outra designação, os arquitetos
da construção; a lenda do martírio dos Quatuor Coronati, santos patronos do ofício;
narrativa do episódio bíblico da Torre de Babel, segundo Gênesis 11,1-9 e da mesma
Bíblia as Antiguidades Judaicas 1,4; a exposição sobre as Sete Artes Liberais, definidas e
instituídas por Euclides para proporcionar aos futuros construtores uma instrução
completa; a exortação à assiduidade à missa e à estrita observância do culto religioso e
um tratado de boas maneiras a serem observadas em sociedade.

O que mais caracteriza o Manuscrito é a apresentação do Ofício de Construtor como uma


atividade nobre, ligada à realeza e à aristocracia, motivo pelo qual se atribui à Maçonaria o
título de Arte Real.

Segundo o pesquisador maçônico francês contemporâneo Patrick Négrier, vários temas


apresentados no Poema Régius se inspiram, entre outras fontes, na História do Rei da
Bretanha de Geoffroy e de Mommouth que faleceu em 1155, cujo propósito era justificar,
através de antecedentes nobiliárquicos inatacáveis, que todo conhecimento, legitimidade
história e política da arte de construir, pertencia aos Bretões, o que é, no todo,
inverdadeiro.

Essa preocupação com o enobrecimento da Arquitetura já se acha presente nos primeiros


versos do poema, como veremos a seguir:

Aquele que deseja boa leitura e que busca


conhecimento pode encontrar num velho livro escrito
sobre grandes senhores e gentis damas
que tinham muitos filhos sábios.
Mas não dispunham de renda para mantê-los,
nem na cidade, nem nos campos ou nos bosques.
Reuniram-se em conselho, por causa deles,
para decidir, em benefício de seus filhos.
Como eles poderiam melhor ganhar a vida
sem grande desconforto, cuidado ou angústia,
e sem contar a multidão de filhos
que viriam depois deles virarem cinzas.

Mandaram procurar grandes clérigos


que para isso lhes ensinassem bons ofícios e suplicaram:
Nós lhes rogamos, por amor a Nosso Senhor,
que nossos filhos façam bons trabalhos
de forma a bem poderem ganhar a vida,
com facilidade, e também com toda
a honestidade e segurança.

Nessa época, graças à boa geometria,


este honesto ofício da boa Maçonaria
foi organizado, elaborado em seu método
e concebido pelos clérigos reunidos.

Em virtude das súplicas conceberam a geometria,


dando-lhe o nome de Maçonaria,
para fazer o mais honesto dos ofícios.

Esses filhos dos senhores foram ao clérigo


para aprender o ofício da geometria
no qual ele se mostrou pleno de cuidado.

Por causa da súplica dos pais, bem como das mães,


ele os introduziu nesse ofício honesto.
Aquele que melhor aprendesse e se mostrasse honesto
E também suplantasse os companheiros em habilidade.

Caso nesse ofício ele se superasse,


teria mais direito à honra do que o derradeiro.

O nome desse grande clérigo era Euclides.


Seu nome se difundiu amplamente.
Além disso, esse grande clérigo ordenou ainda
que aquele que estivesse num grau mais elevado
deveria instruir os que menos soubessem.
Para os aperfeiçoarem nesse honesto ofício
Eles devem se instruírem mutuamente
e se amarem juntos como irmãos.

Além disso, ordenou ele ainda


que o mais adiantado fosse chamado de mestre
para que ele fosse o mais honrado,
deveria ele assim ser chamado.
Todavia, um Maçom jamais deveria
chamar um outro no, diante de todos os demais,
de servo ou servidor, mas sim de meu caro irmão.

Mesmo não sendo ele tão perfeito como um outro,


cada um por amor deveria chamar o outro de companheiro,
já que são nascidos de nobre estirpe.

O ofício da Maçonaria iniciou-se primeiro


quando o clérigo Euclides, em sua sabedoria, instituiu
esse ofício da geometria na terra do Egito.

No Egito com vigor ministrou seus ensinamentos


Difundindo-os em várias terras, por toda parte.

Já nesses versos iniciais do Poema Régius afloram numerosas indagações a desafiar a


argúcia do historiador, dos obreiros do Grande Oriente de Santa Catarina. Vamos abordar,
somente, tão somente, três das questões que julgamos importantes: a- o contexto sócio-
econômico do século XIV, apresentado no texto; b- apresentação de Euclides como pai da
Maçonaria; c- as origens egípcias da Arte Real. Vejamos:

a) Os elementos que constituem a base conjuntural da situação podem ser delineados


pelos versos iniciais do poema. Descrevem uma situação de crise econômico-social em
que a arquitetura teria se desenvolvido para proporcionar meios de subsistência a um
excedente populacional. Trata-se de um reflexo da crise européia do fim do séc. XIV e
início do séc. XV ligada à Guerra dos Cem Anos e à Peste Negra, as quais teriam
provocado o fechamento dos grandes canteiros de obras das catedrais e o desemprego de
muitos trabalhadores do setor. Por outro lado podemos ver nesses versos um reflexo da
situação sócio-econômica dos séculos XI e XII, em que o progresso das técnicas agrícolas
e a exploração de novas terras acarretaram o crescimento demográfico e uma corrida às
cidades dos excedentes da população rural em busca de colocação nos canteiros de obras.

Esse quadro social que vê nascer a Maçonaria Operativa, responsável pela construção
das grandes catedrais, está admiravelmente descrito nas linhas abaixo extraídas do
admirável trabalho do historiador e arquiteto Roland Bechmann Les Racines des
Cathédrales: A explosão demográfica, conseqüência de uma melhoria indiscutível da
condição rural, ligada ao mesmo tempo a uma cessação das invasões e dos conflitos mais
danosos aos camponeses, a um período climático favorável e a um progresso das práticas
rurais, colocava inúmeros problemas como o desbravamento das novas terras, que de
resto se defrontou rapidamente com fatores limitadores - terras muito difíceis de se
trabalhar e insuficientemente férteis e medidas de defesa do capital florestal - não era mais
suficiente. O excesso das populações dos campos deveria, portanto, encontrar outras
saídas.

Para fazer frente à superpopulação, ao desemprego e à miséria que são os seus


corolários, as soluções ou as diversões a que em diferentes épocas da história se buscou
recurso foram freqüentemente a guerra de conquista, o trabalho forçado ou as frentes de
trabalho. Podemos citar de forma notadamente desordenada: os templos e os grandes
trabalhos dos romanos e dos incas, as grandes invasões, as guerras napoleônicas, as
oficinas nacionais de 1848, os canteiros de obras e as guerras coloniais do século XIX, os
trabalhos de saneamento dos Pântanos Pontinos e as guerras coloniais sob o regime
fascista, as auto-estradas alemãs e a guerra de expansão pelo Labensraum dos nazistas.
E nessas cidades que às vezes dobravam sua população em menos de cem anos, a
construção de habitações, o artesanato e o comércio eram ativos.

Mas possivelmente isso não teria sido suficiente para todos esses trabalhadores em busca
de empregos se não tivessem sido abertos esses grandes canteiros públicos que foram as
catedrais.

O desenvolvimento das cidades e o impulso das trocas intimamente ligado ao mesmo


criaram para os trabalhadores das construções novos mercados.

Esses trabalhadores, nas grandes cidades, organizavam-se pouco a pouco em


agrupamento de defesa de seus interesses, privilégios e procedimentos - as corporações -
e em associações de solidariedade trabalhadora mais ou menos secreta, dando origem
aos francos-maçons e às associações de companheiros.

b)Euclides, como pai da Maçonaria, porque o era da geometria, é aqui apresentado


travestido de clérigo cristão, como o pai da Maçonaria Operativa.

Na medida em que a geometria era considerada uma das Sete Artes Liberais, constituiu-se
em disciplina vista como digna de ser estudada por nobres, ao passo que o ofício do
construtor era estigmatizado como um viril trabalho próprio das classes tidas como
inferiores. Trata-se, assim, de um artifício literário destinado a enobrecer a profissão de
arquiteto.

O fato de Euclides ter vivido em Alexandria, por sua vez, nos remete ao tema da origem
egípcia da Arquitetura.

Dos textos, a seguir, inferem-se princípios e tradições presentes na Maçonaria Moderna e


alguns Landmarks. Por sua importância histórico-filosófica do conhecimento do Período
Operativo, vejamos os versos 57 a 86 do Poema Régius, que se referem aos estatutos
formados por 15 artigos e mais os 15 pontos complementares a esses estatutos,
pertinentes à boa geometria.

1° - Seja o Mestre prestimoso, leal e verdadeiro. Mantenha-se com a retidão de um juiz.


Pague aos seus obreiros o justo e conforme as exigências da sua manutenção. Não ocupe
nenhum obreiro senão no que ele possa fazer e ser útil e jamais o utilize em seu benefício
próprio. Não aceite suborno de ninguém e ainda menos de patrão ou de companheiro.

2° - Todo Mestre deve comparecer à Assembléia Geral, desde que avisado com razoável
antecedência, salvo por motivo escusável, por doença impeditiva ou por falsa ou errada
informação.

3° - O Mestre não deve admitir aprendiz não disposto a preparar-se durante sete anos, a
fim de bem aprender o ofício e tornar-se hábil.

4° - O Mestre não deve admitir aprendiz sujeito à servidão, para que o seu senhor não
venha a reclamá-lo quando quiser. Deve o Mestre procurar aprendiz de boa, livre e
honrada estirpe, ou pertencente à nobreza.

5° - Que seja o aprendiz de legítima filiação, válido e hígido, por não convir ao ofício um
aleijado, um coxo, um mutilado ou um homem fisicamente imperfeito, diante de uma
profissão destinada a criaturas fortes.

6° - O Mestre não deve causar qualquer prejuízo ao senhor - proprietário da obra -, do qual
nada poderá tirar para o aprendiz, nem mesmo o que receber em nome dos
companheiros, visto que esses são de maior habilidade. Nem seria razoável que aprendiz
recebesse pagamento igual ao dos companheiros. Todavia pode o Mestre comunicar ao
aprendiz um aumento de salário conforme a melhoria de trabalho, até alcançar uma boa
diária.

7° - O Mestre é proibido auxiliar, por favor, ou por medo, a ladrões, assassinos e pessoas
de má reputação.

8° - Pode o Mestre substituir o obreiro menos habilitado por outro mais competente.

9° - Nunca se encarregue o Mestre de qualquer obra que não possa terminá-la e completá-
la a tempo, com solidez e fortaleza desde os alicerces, de modo a satisfazer ao
proprietário e à fraternidade.

10° - A nenhum Mestre é dado suplantar o outro, sob pena não inferior a dez libras, salvo
se o primeiro encarregado for culpado.

11° - O Mestre não deve trabalhar à noite, salvo para desenvolver o seu talento.

12° - É vedado ao Mestre desmerecer seu Irmão.

13° - Ensine o Mestre o seu aprendiz, bem e integralmente.

14° - O Mestre não deve admitir aprendiz, a não ser quando se empenhe em obras
diversas, sobre as quais deverá instruir o aprendiz.

15° - Nunca se permita ao aprendiz proferir ou sustentar mentiras, ou apoiá-las. A ninguém


é dado consentimento de mentir ou jurar falsamente.

Os 15 pontos complementares aos estatutos:

1º ponto - Todo o Mestre deve amar a Deus sobre tudo. A sua Igreja e aos seus
companheiros de trabalho.
2º ponto - Os pedreiros devem ser pagos em dia.
3° ponto - Os Aprendizes devem manter sigilo de tudo que assimilarem dos seus Mestres,
de tudo o que ouvem e vêem, em Loja.
4º ponto - O Aprendiz não deve causar nenhum transtorno para o serviço que executa ou
para a profissão, nem para o seu mestre, ou para seu companheiro sujeitos às mesmas
leis.
5º ponto - O pedreiro deve receber o salário de seu mestre, que deve dispensa-lo antes
do meio dia se não houver atribuição para ele.
6º ponto - As desavenças entre os pedreiros devem ser ajustadas de modo amigável,
após a jornada de trabalho ou em hora de folga.
7º ponto - Um pedreiro não deve se deitar com a mulher de um mestre, nem com a de um
companheiro.
8º ponto - Um Mestre pode nomear um companheiro a posto de responsabilidade
intermediária, entre a sua e a dos demais membros.
9º ponto - Os companheiros devem se servir à mesa, obter provisões e prestar contas de
suas despesas.
10º ponto - Os companheiros não devem dar apoio aos que persistem nas faltas sob pena
de serem convocados à assembléia e dispensados.
11º ponto - Um pedreiro deve corrigir com amabilidade trabalhos defeituosos.
12º ponto - Em Assembléia, os Mestres, os companheiros, os comanditários e dignitários
deverão estar de acordo para fazer respeitar as leis do trabalho.
13º ponto - O pedreiro não deve roubar ou ser cúmplice de um ladrão.
14º ponto - Um pedreiro deve jurar fidelidade ao seu Mestre e aos demais companheiros.
15º ponto - Os transgressores desses Estatutos serão convocados diante de uma
Assembléia. Se persistirem, na falta, serão impedidos de exercerem a profissão, postos
em prisão e verão seus bens confiscados.

TÍTULO ÚNICO
DO COLEGIADO DO GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA

CAPÍTULO I
SEDE E COMPOSIÇÃO

Art. 1° - O COLEGIADO do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC, com


sede em Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, é composto pelo Grão-
Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Veneráveis Mestres das Lojas Simbólicas Regulares da
Jurisdição.

Art. 2° - Os Veneráveis Mestres farão parte do COLEGIADO no mesmo período em que


exercerem as funções de Primeiro Malhete da Loja.

Art. 3° - A renovação do COLEGIADO ocorrerá, anualmente, coincidindo com a Sessão de


instalação dos Veneráveis Mestres, das respectivas Lojas Simbólicas, e tomarão posse, na
Reunião Ordinária do COLEGIADO na primeira quinzena do mês de dezembro, quando
serão proclamados eleitos.
§ 1º - A instalação do Venerável Mestre dar-se-á, juntamente ou após sua proclamação.
§ 2º - A Reunião Ordinária do COLEGIADO, no mês de dezembro, terá dois
segmentos:
I - Com os Veneráveis Mestres em exercício, quando se desenvolverá a primeira pauta
dos trabalhos;
II - Depois de diplomados, com os Veneráveis Mestres eleitos, para a segunda pauta dos
trabalhos.

Art. 4° - O COLEGIADO instalar-se-á com a segunda pauta, na Reunião Ordinária do mês


de dezembro, quando elegerá as Comissões Permanentes.
Parágrafo Único - Os Veneráveis Mestres, perante o Sereníssimo Grão-Mestre,
Presidente do COLEGIADO, prestarão o seguinte juramento:

Juro e prometo, por minha fé e honra, desempenhar fielmente o meu mandato, obedecer a
Constituição e as Leis do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, e promover, quanto
puder, o engrandecimento da Maçonaria em geral do GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA, em particular, e, singularmente, a Loja que, orgulhosamente, represento.

Art. 5° - O COLEGIADO é presidido pelo Grão-Mestre do GRANDE ORIENTE DE SANTA


CATARINA e, no seu impedimento pelo Grão-Mestre Adjunto e, na ausência de ambos,
pelo Venerável-Mestre que o COLEGIADO eleger para a ocasião.
Parágrafo Único - O cargo de Secretário será de livre escolha do Presidente do
COLEGIADO.

Art. 6° - O COLEGIADO reunir-se-á ordinariamente nos meses de março, junho, setembro


e dezembro, de acordo com o calendário elaborado pelo Grão-Mestre e publicado no
Boletim Oficial.
Parágrafo Único - A convocação extraordinária do COLEGIADO far-se-á:
I - Pelo Sereníssimo Grão-Mestre;
II - Por requerimento de 1/3 (um terço) de seus Veneráveis Mestres.

CAPÍTULO II
DA ELEIÇÃO E POSSE
DO PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DO COLEGIADO

Art. 7° - De três em três anos, na Reunião Ordinária do COLEGIADO no mês de junho,


esta será transformada em Sessão Magna de Posse, quando assumirão as funções e os
cargos de Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, os eleitos no mês de maio anterior e que,
no mesmo ato, assumirão as funções e os cargos de Presidente e Vice-Presidente do
COLEGIADO; anualmente, na Reunião Ordinária do COLEGIADO no mês de dezembro,
depois de diplomados, assumirão, como membros efetivos do COLEGIADO, os
Veneráveis Mestres das Lojas Simbólicas Regulares da Jurisdição.
§ 1º - A Sessão Magna de Posse será festiva, ritualística, pública e expressiva.
§ 2º - A Sessão Magna de Posse obedecerá a um Ritual próprio e específico, contudo o
cerimonial será presidido pelo Grão-Mestre que entrega o cargo e o primeiro a entrar no
recinto e que dará as ordens ao Venerável Irmão Mestre de Cerimônias para compor os
lugares, cargos e distribuir os irmãos, convidados e visitantes.
§ 3º - O Presidente do COLEGIADO, Sereníssimo Grão-Mestre, proclamará o Grão-Mestre
e Grão-Mestre Adjunto eleitos, entregará a estes o respectivo diploma, o qual é assinado
pelo Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto e pelos veneráveis mestres presidentes das
quatro comissões permanentes.
§ 4º - O Presidente do Colegiado, Sereníssimo Grão-Mestre, ordena a leitura da Ata de
Posse, colhe o Juramento do Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto eleitos, reveste-os com
suas insígnias e, solenemente, dá posse e transfere o Primeiro Malhete da Potência, atos
estes em que será auxiliado pelo Grão-Mestre Adjunto e pelos veneráveis mestres
presidentes das comissões permanentes.
§ 5º - A partir desse momento, assume a condução dos trabalhos, o Grão-Mestre
empossado.

Art. 8° - O processo de eleição das Comissões Permanentes do COLEGIADO, obedecerá


a seguinte seqüência:
I - Na abertura da Reunião Ordinária do COLEGIADO do mês de dezembro, ato do Grão-
Mestre, informará o nome das Lojas devidamente regulares, cujos Veneráveis Mestres
poderão votar e serem votados;
II - Os Veneráveis Mestres que desejem concorrer a uma das Comissões Permanentes,
preencherão, no primeiro dia da Reunião Ordinária do COLEGIADO, uma ficha individual,
na qual conste o nome completo do Venerável-Mestre, nome e número da Loja, Oriente e
qual a Comissão Permanente que deseja concorrer;
III - Fica vedado concorrer a mais de uma Comissão Permanente;
IV - No segundo-dia da Reunião Ordinária do COLEGIADO, a Secretaria publicará Ato do
Grão-Mestre informando sobre inscrições e em ato contínuo organizará a cédula de
eleição, cujos candidatos aparecerão por Comissão Permanente e dentro desta pela
ordem cronológica de antiguidade da Loja;
V - O Grão-Mestre, com um golpe de malhete, transforma a Reunião Ordinária em Sessão
de Eleição, designa um Presidente, um Secretário e dois escrutinadores, para proceder
aos atos de eleição;
VI - Os membros do COLEGIADO serão chamados por ordem cronológica ascendente do
número de sua Loja, assinarão a Lista de Chamada, receberão quatro cédulas e se
dirigirão à cabine indevassável, e de modo secreto votarão, no máximo, em oito nomes,
para cada Comissão Permanente;
VII - Concluída a votação com a chamada de todos os Veneráveis Mestres presentes, a
Comissão de Eleição confere o número de votantes e votos, e passa ao escrutínio;
VIII - Havendo divergência entre o número de votantes e o número de votos, proceder-se-á
nova eleição, somente para a Comissão Permanente que apresentou essa anomalia;
IX - Será nula a cédula que apresentar mais de oito votos e considerar-se-á em branco os
votos inferiores a oito;
X - Apurados os votos, os cincos Veneráveis Mestres mais votados serão considerados
Membros Efetivos e os três, cronologicamente menos votados, Membros Suplentes;
XI - Colocada a palavra sobre o ato e estando tudo justo e perfeito, o Grão-Mestre
proclama eleitos os Membros Efetivos e Suplentes das quatro Comissões Permanentes;
XII - Na hipótese de impugnação, deverá ser de imediato ouvida a Comissão de
Constituição e Legislação e, conforme o caso, a Comissão de Conciliação e Justiça, que
se reunirá imediatamente e dará, oralmente, o seu parecer, o qual será submetido à
deliberação do COLEGIADO;
XIII - A Comissão de Constituição e Legislação, neste específico caso, é a anterior, ou
seja, não a eleita naquela oportunidade;
XIV - Acatada a impugnação, não só o nome impugnado, mas toda a chapa da respectiva
Comissão será objeto de novo escrutínio;
XV - Estando tudo Justo e Perfeito, o Grão-Mestre proclama, em definitivo, sem qualquer
outra hipótese de recurso, os eleitos integrantes das quatro comissões que obtiveram o
maior número de votos;
XVI - A Sessão de Posse será presidida pelo Grão-Mestre e realizada, imediatamente,
após a proclamação dos eleitos;
XVII - Os Membros Efetivos eleitos das quatro Comissões Permanentes prestarão o
seguinte juramento:
Juro desempenhar fielmente o cargo para que fui eleito, cumprindo e fazendo cumprir a
Constituição do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, o Regulamento Geral, o
Código de Procedimentos, o Regimento Interno do COLEGIADO e as Leis do GRANDE
ORIENTE DE SANTA CATARINA.
XVIII - A Comissão de Eleição, procede à lavratura da Ata, a qual submetida ao plenário,
depois de aprovada é entregue ao Secretário do COLEGIADO e fará parte integral da ata
da Reunião Ordinária;
IXX - Na segunda quinzena do mês de janeiro subseqüente, o Grão-Mestre reunirá os
Membros Efetivos das quatro Comissões Permanentes, as quais ficarão sabendo de suas
singulares atribuições, os atos processuais e, pós, deliberarão sobre o nome do
Presidente, Relator e Secretário da Comissão Permanente, cuja composição, por ato do
Grão-Mestre, será publicada no Boletim Oficial do GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA.

Art. 9º - Substituirá o Presidente da Comissão o Relator e a este, o Secretário, em suas


ausências ou impedimentos.
Parágrafo Único - Em caso de vacância, definitiva ou transitória, de um Membro Efetivo,
assume a Comissão o Venerável Mestre suplente mais votado e assim sucessivamente.

Art. 10 - Nos casos de vacância, por renúncia ou outro qualquer motivo, de até três
membros efetivos ou suplentes, das Comissões, proceder-se-á a nova votação na primeira
Reunião Ordinária do COLEGIADO.

CAPÍTULO III
DOS CARGOS E SUAS ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I
DO COLEGIADO

Art. 11 - É responsabilidade do COLEGIADO, cumprir e fazer cumprir a Constituição do


GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, o Regulamento Geral, o Código de
Procedimentos, este Regimento Interno, as leis complementares da Potência, Os
Princípios Gerais da Ordem, The Old Charges e os Landmarks, estes três últimos
previstos no preâmbulo da Constituição.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO COLEGIADO,
SERENÍSSIMO GRÃO-MESTRE

Art. 12 - São atribuições do Presidente do COLEGIADO, além de outras estabelecidas na


Constituição do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, no Regulamento Geral, no
Código de Procedimentos e neste Regimento Interno:
I - Abrir, presidir, suspender e encerrar as reuniões, ordinárias e extraordinárias,
preservando a ordem e o respeito;
II - Dar posse aos Veneráveis Mestres membros do COLEGIADO e aos membros das
comissões;
III - Conceder a palavra aos Veneráveis Mestres, podendo interromper se o interlocutor se
desviar da questão em debate ou esgotar seu tempo regimental, advertindo-o e, em caso
de insistência ou descumprimento, cassar-lhe a palavra;
IV - Submeter à discussão, votação e proclamar o resultado dos assuntos apresentados,
inclusive as questões de ordem levantadas pelo plenário;
V - Dar seguimento aos requerimentos e moções apresentados em plenário;
VI - Esclarecer objetivamente os assuntos que serão colocados em votação, consultando
sempre os Veneráveis Mestres presentes quanto ao perfeito entendimento da matéria;
VII - Assinar todos os atos, resoluções e demais documentos do COLEGIADO;
VIII - Convocar todas as sessões ordinárias e extraordinárias, indicando sempre o local de
sua realização, data e hora, bem como informar a ordem do dia;
IX - Sancionar e fazer publicar as leis aprovadas pelo COLEGIADO;
X - Apresentar, trimestralmente, e, anualmente, ao COLEGIADO, a Prestação de Contas e
o Relatório Anual, respectivamente, do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
XI - Presidir a Sessão de Posse de seu sucessor e do Grão-Mestre Adjunto; diploma-los,
empossa-los e transmitir o GRÃO-MESTRADO.

SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO VENERÁVEL MESTRE SECRETÁRIO

Art. 13 - Compete ao Venerável Irmão Secretário:


I - Redigir e ler a ata da Reunião Ordinária ou Extraordinária, bem como os expedientes;
II - Ler a convocação da Reunião Ordinária ou Extraordinária do COLEGIADO;
III - Remeter todos os expedientes, atas, proposições e documentos relativos ao
COLEGIADO ao GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, para arquivamento e/ou
providências complementares;
IV - Assinar, depois de aprovadas, as atas e resoluções aprovadas pelo Plenário;
V - Transferir ao seu sucessor, todos os documentos sob sua guarda e responsabilidade;
VI - Prestar toda orientação ao seu sucessor de forma a que os trabalhos do COLEGIADO
não sofram solução de continuidade.

Art. 14 - Antecedendo toda a Reunião Ordinária ou Extraordinária, o Grão-Mestre,


Presidente do COLEGIADO, convida um Venerável Mestre para secretariar a respectiva
Reunião.
Parágrafo Único - O Venerável Mestre convidado não pode ser Membro Efetivo de
nenhuma Comissão Permanente.

CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
DAS COMISSÕES

Art. 15 - O COLEGIADO do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA é composto por


quatro comissões permanentes e poderá ter comissões especiais.

Art. 16 - As comissões permanentes são:


I - Comissão de Administração;
II - Comissão de Finanças;
III - Comissão de Constituição e Legislação;
IV - Comissão de Conciliação e Justiça.
§ 1° - As comissões permanentes, cada uma composta por cinco Veneráveis Mestres
como membros efetivos e mais três Veneráveis Mestres como membros suplentes, eleitos
e empossados conforme disciplina o Capítulo III deste Regimento Interno.
§ 2° - Cada Comissão Permanente definirá seu programa de trabalho, inclusive quanto ao
cronograma, datas e sistema de reuniões.

Art. 17 - Poderão ser criadas comissões especiais ou temporárias, que serão instituídas
por iniciativa do Grão-Mestre ou por proposição subscrita pelos Veneráveis Mestres,
segundo disciplina o Parágrafo Único do Artigo 12 do Regulamento Geral.
Parágrafo Único - O Ato do Grão-Mestre ou o requerimento firmado pelos Veneráveis
Mestres, deverão indicar e justificar substantivamente o motivo da criação, por tempo
determinado, da Comissão Especial.

Art. 18 - Cada Comissão manterá registro de suas reuniões e de seus pareceres.

SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA DAS COMISSÕES

Art. 19 - Compete à Comissão de Administração:


I - Analisar e emitir parecer sobre os atos decorrentes das decisões do Grão-Mestre e do
Grão Mestre Adjunto sobre assuntos não rotineiros,
II - Supervisionar os atos publicados no Boletim Oficial do GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA sobre assuntos não rotineiros;
III - Apoiar o Presidente do COLEGIADO na orientação formal e nos procedimentos de
matéria administrativa;
IV - Assessorar o Presidente do COLEGIADO e executar as ordens emanadas deste.
V - Analisar e emitir parecer, anual, sobre o quadro funcional do GRANDE ORIENTE DE
SANTA CATARINA;
VI - Emitir parecer quando da alienação, aquisição ou gravame dos bens imóveis do
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
Parágrafo Único - Entende-se por assuntos rotineiros, os atos de nomeação de auxiliares,
emissão de placets, diplomas, enfim todos os atos inerentes ao fluxo normal da burocracia
e administração do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
Art. 20 - Compete à Comissão de Finanças:
I - Analisar e emitir parecer sobre a Lei Orçamentária, a Lei de Execução Orçamentária e
os pedidos de Suplementação e/ou Transposição de itens orçamentários do GRANDE
ORIENTE DE SANTA CATARINA;
II - Emitir, trimestralmente, parecer sobre os balancetes do GRANDE ORIENTE DE
SANTA CATARINA, apresentando-o à deliberação do COLEGIADO;
IV - Emitir parecer quando da alienação, aquisição ou gravame dos bens imóveis do
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
§ 1º - A Comissão de Finanças verificará, única e exclusivamente, a legalidade das contas
do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, vedado entrar em questões de mérito.
§ 2º - As questões de mérito das contas do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA é
de exclusiva competência do Plenário.

Art. 21 - Compete à Comissão de Constituição e Legislação:


I - Analisar e emitir parecer sobre projetos-de-lei, atos, resoluções de iniciativa do Grão-
Mestre, do Grão-Mestre Adjunto, das Lojas Simbólicas e dos membros do COLEGIADO;
II - Interpretar matérias à luz da Constituição, das leis ordinárias, dos atos e resoluções,
emitindo parecer ao COLEGIADO;
III - Emitir parecer e interpretar matérias sobre o processo eleitoral, com base exclusiva no
Código Eleitoral Maçônico, como um todo, do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA;
IV - Emitir parecer sobre os casos de impedimentos e inelegibilidade dos candidatos a
Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto e candidatos às administrações das lojas simbólicas,
submetendo o parecer, por intermédio do Grão-Mestre, ao COLEGIADO.
§ 1º - A Comissão de Constituição e Legislação verificará, única e exclusivamente, a
legalidade dos atos referidos nos itens anteriores do GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA, vedado entrar em questões de mérito.
§ 2º - As questões de mérito dos atos do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA é de
exclusiva competência do Plenário.
§ 3º - Exclui-se da Comissão de Constituição e Justiça a emissão de parecer sobre
projetos-de-lei de natureza orçamentária e financeira do GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA.

Art. 22 - Compete à Comissão de Conciliação e Justiça:


I - Emitir parecer sobre representação contra o Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto,
Veneráveis Mestres, decisões de loja e conflitos inter lojas;
II - Emitir parecer sobre representação contra obreiros das Lojas Simbólicas, quando as
diferenças não forem dirimidas no Conselho de Família e forem encaminhadas pelo Grão-
Mestre;
III - Examinar e manifestar-se sobre as questões entre os demais órgãos que compõem o
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
§ 1º - A Comissão de Conciliação e Justiça verificará a legalidade e moralidade das
questões referidas nos itens acima e tentará, em segunda instância, a conciliação, se esta
for maçonicamente viável.
§ 2º - Não obtida a conciliação, o parecer será submetido ao Plenário do COLEGIADO que
deliberará sobre a questão.
§ 3º - A deliberação poderá ser secreta ou não, dependendo da deliberação do
COLEGIADO, para cada caso.

CAPÍTULO V
DOS VENERÁVEIS MESTRES

Art. 23 - Para ser empossado no cargo de Membro do COLEGIADO, deverá o obreiro


preencher as seguintes condições e observar os procedimentos abaixo:
I - Ser Mestre Maçom há mais de três anos e ter sido eleito, regularmente, Venerável
Mestre de sua Loja regular e Jurisdicionada ao GRANDE ORIENTE DE SANTA
CATARINA;
II - ser membro efetivo da Loja e eleito por esta em processo eleitoral regular;
III - Poderá ser membro filiado da Loja, desde que naquele Oriente não haja Loja
jurisdicionada ao GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA;
IV - Ter sido diplomado pelo GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.
Parágrafo Único - Justifica-se a condição expressa no item III supra, em função da
política de expansão do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.

Art. 24 - O Venerável Mestre perderá seu mandato junto ao COLEGIADO, por decreto do
Grão-Mestre, desde que apreciado e aprovado na primeira Reunião Ordinária do
COLEGIADO, ocorrendo qualquer uma das seguintes hipóteses:
I - Quando faltar, sem qualquer justificativa, a (02) duas reuniões ordinárias consecutivas,
durante o período anual e não será computada falta ao Venerável Mestre desde que o seu
Suplente compareça à Sessão;
II - Quando for julgado incapaz, por decisão judicial definitiva, ratificada por dois
terços dos Veneráveis Mestres presentes à Reunião do Colegiado, assegurada ampla
defesa;
III - Quando a Loja a que representar tiver abatido suas colunas ou estiver em situação de
irregularidade junto ao GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, e tendo este
expressamente comunicado ao COLEGIADO;
IV - Quando faltar com o respeito ou decoro a qualquer dos membros do COLEGIADO e
autoridades maçônicas, sendo que a decisão obedecerá ao quorum de dois terços de seus
membros;
V - Pela renúncia ou perda dos direitos maçônicos;
VI - Em virtude de condenação criminal, por crime doloso, em sentença transitada em
julgado e crime culposo a ser deliberado pelo COLEGIADO;
VII - Por decisão da Loja que representar;
VIII - Á pedido de afastamento, de iniciativa do próprio Venerável Mestre.
Parágrafo Único - Caso o Suplente não assuma a vaga no prazo de sessenta dias, depois
de declarada a vacância, o COLEGIADO apreciará Ato do Grão-Mestre decretando vago o
cargo e a Loja deverá proceder à nova eleição, no prazo de trinta dias.

Art. 25 - O Venerável Mestre poderá requerer ao Sereníssimo Grão-Mestre, licença de


suas atividades colegiadas, por um período máximo de noventa dias, devendo o mesmo
ser submetido à discussão do Plenário, que decidirá por maioria simples dos Veneráveis
Mestres presentes.

CAPÍTULO VI
DAS SESSÕES PLENÁRIAS

Art. 26 - As reuniões do COLEGIADO são:


I - Sessões Ordinárias realizadas em março, junho, setembro e dezembro;
II - Sessões Extraordinárias: são reuniões para tratar de assuntos não previstos e de
urgência;
III - Sessão Especial de Instalação: destinada ao início das atividades anuais do
COLEGIADO, diplomação dos Veneráveis Mestre e eleição das comissões permanentes,
que realizar-se-á na primeira quinzena de dezembro de cada ano;
IV - Sessão Magna de Posse que ocorrerá de três em três anos, na segunda quinzena do
mês de junho, quando serão diplomados e empossados, para o exercício seguinte, o Grão-
Mestre e o Grão-Mestre Adjunto;
V - Sessão Magna ou Especial: destinada a evento maçônico importante ou para
homenagens relacionadas ao mundo profano.

Art. 27 - A ordem dos trabalhos da Sessão Especial de Instalação e das Sessões Magnas
ou Especiais, obedecerá a seqüência de acordo com sua finalidade e poderão delas
participar todos os Maçons regulares, e, nas Sessões próprias, poderão ser convidados
profanos.

Art. 28 - Nas Sessões Extraordinárias não será permitida a discussão de matéria estranha
ao fim para o qual elas tenham sido convocadas, e delas participarão somente os
membros do COLEGIADO.

Art. 29 - Nas Reuniões Ordinárias os trabalhos obedecerão a seguinte ordem:


I - Abertura: pelo Sereníssimo Grão-Mestre que iniciará invocando:

À G.'. D.'. G.'. A.'. D.'. U.'. E SOB A SUA PROTEÇÃO DECLARO ABERTO OS
TRABALHOS DO COLEGIADO DO GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA;

II - Saudação do Veneráveis Irmãos, pelo Sereníssimo Grão-Mestre ou pelo Poderoso


Grão-Mestre Adjunto;
III - Informação do Sereníssimo Grão-Mestre sobre o Venerável Mestre que irá secretariar
a Reunião;
IV - Ata: leitura, discussão e votação da ata da sessão anterior;
V - Expediente: leitura e destino do expediente;
VI - Posse dos Veneráveis Mestres ou seus suplentes, quando for o caso;
VII - Pareceres das Comissões:
a) Comissão de Administração: leitura, discussão e votação de pareceres se for o caso;
b) Comissão de Finanças: leitura, discussão e votação dos pareceres se for o caso;
c) Comissão de Constituição e Legislação: leitura, discussão e votação dos pareceres se
for o caso;
d) Comissão de Conciliação e Justiça: leitura, discussão e votação dos pareceres se for o
caso;
VIII - Ordem do Dia: leitura, discussão e votação, se for o caso, de matéria constante da
pauta e que tenha sido objeto da convocação.
a) Cada Venerável Mestre disporá de até três minutos para uso da palavra a fim de expor
suas alegações, até o limite de três intervenções.
b) A critério do Venerável Mestre que estiver usando da palavra, poderá ele conceder
apartes a outros, não podendo, no entanto, dispor de maior tempo, limitando-se no total ao
seu tempo próprio.
c) Os Veneráveis Mestres disporão de até cinco minutos para apresentação das
propostas, requerimentos, etc.
d) Conclusão: saudações e agradecimentos, em nome do COLEGIADO, pelo Venerável
Mestre indicado pelo Sereníssimo Grão-Mestre;
IX -Encerramento: pelo Eminente Irmão Presidente observando-se o mesmo procedimento
da abertura.

Art. 30 - Em todas as reuniões do COLEGIADO será lavrado o respectivo balaústre,


contendo, resumidamente, os principais assuntos tratados e as decisões adotadas pelo
Plenário.
Parágrafo Único - Recomenda-se que todas as Reuniões do COLEGIADO sejam
gravadas por processo eletrônico.
Art. 31 - As Reuniões do COLEGIADO serão abertas com a presença mínima de um
quinto dos Veneráveis Mestres e as deliberações serão tomadas de acordo com o que
estabelece a Constituição do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, o Regulamento
Geral, o Código de Procedimentos e este Regimento Interno.

Art. 32 - Os Maçons visitantes somente poderão usar da palavra quando autorizados ou


convidados pelo Sereníssimo Grão-Mestre, se assim este achar necessário.

Art. 33 - O Sereníssimo Grão-Mestre poderá convidar Maçom ou qualquer autoridade não


maçônica, para num determinado momento da Reunião do COLEGIADO, proferir palestra,
apresentar projeto, sustentar parecer, encaminhar ação e propor metodologia à
consecução dos objetivos maiores da Instituição.
Parágrafo Único - É vedado ao Maçom ou ao visitante não maçom qualquer manifestação
acerca dos assuntos apresentados ou discutidos durante a Reunião.

CAPÍTULO VII
DAS PROPOSIÇÕES

Art. 34 - As proposições serão apresentadas pelos Veneráveis Mestres.

Art. 35 - As proposições serão classificadas como:


I - Projeto de Lei: destinado a regulamentar matéria à sanção do Sereníssimo Grão
Mestre. Deverá ser precedido de ementa indicando seu objeto e estar assinado por seus
autores;
II - Projeto de Resolução: destinado a regulamentar matéria interna e restrita ao
COLEGIADO;
III - Moção: destinada a sugestões quanto à manifestação do COLEGIADO sobre qualquer
assunto, exceto aqueles proibidos pelas leis maçônicas;
IV - Indicação: destinada a sugestões de medidas de caráter geral ou indicativa de
pessoas;
V - Requerimento: destinado à realização de pedido ao Grão-Mestre, verbal ou escrito,
sobre assunto do Expediente, ou da Ordem do Dia. O requerimento será despachado pelo
Sereníssimo Grão-Mestre, podendo submeter o assunto ao Plenário, se assim entender.

Art. 36 - Os Projetos de Lei ou de Resolução, poderão sofrer as seguintes emendas:


I - Emenda Supressiva: destinada a erradicar o todo ou parte do Projeto;
II - Emenda Substitutiva: destinada a eliminar o projeto, tomando-lhe o lugar;
III - Emenda Aditiva: destinada a acrescentar algo ao Projeto;
IV - Subemenda: destinada a alterar qualquer outra emenda.
V - Emenda Redacional: destinada a ajuste de redação, sem alteração do mérito ou de sua
substância;
Art. 37 - As emendas deverão ser apresentadas ao Sereníssimo Grão-Mestre, no prazo de
até dez dias, a contar da Reunião em que for apresentado o Projeto.
§ 1° - O Grão-Mestre encaminhará as Emendas às Comissões Permanentes em que
deverão tramitar.
§ 2° - Enquanto o projeto permanecer com a respectiva comissão, os Veneráveis Mestres
poderão apresentar emendas por escrito, encaminhando-as ao Grão-Mestre que as
remeterá imediatamente ao presidente da comissão.
§ 3° - Após análise das comissões, as emendas serão submetidas à apreciação do
Plenário, cujo quorum para decidir será de maioria simples dos Veneráveis Mestres
presentes.
Art. 38 - As proposições são passíveis de retirada pelos seus autores, até o momento de
sua votação.

Art. 39 - Ao COLEGIADO cabe a iniciativa das leis, encaminhadas ao GRÃO MESTRADO.


Parágrafo Único - As Leis que tiverem por objeto a criação ou extinção de empregos,
melhoria de salários, vencimentos ou ordenados, e, em geral as que acarretem aumento
de despesas, bem como a redução de emolumentos ou dívidas de Lojas, são de exclusiva
iniciativa do Sereníssimo Grão-Mestre, salvo em se tratando de despesas que devam ser
executadas em exercícios futuros, mediante inclusão em Lei.

CAPÍTULO VIII
DAS DISCUSSÕES E DELIBERAÇÕES

Art. 40 - Discussão é a etapa de trabalho realizada em Plenário, destinada ao debate e


análise das matérias submetidas à consideração dos Veneráveis Mestres.

Art. 41 - Os projetos de lei ou de resoluções do GRÃO-MESTRADO obedecerão a


seguinte tramitação:
§ 1° - Na primeira Reunião Ordinária o projeto é apresentado, dá-se conhecimento ao
Plenário, publica-se no Boletim Oficial e é conferido prazo às lojas para oferecer emendas
que julgarem necessárias.
§ 2º - Recebidas as emendas, estas serão pelo GRÃO-MESTRADO, sistematizadas e, na
Reunião Ordinária subseqüente, submetidas à discussão e votação, somente os artigos ou
parágrafos que receberam emendas.

Art. 42 - Projetos de Lei previstos da Constituição, Regulamento Geral e no Código de


Procedimentos, serão encaminhados às comissões pertinentes, estas emitirão o
respectivo parecer, o qual será lido, sustentado, discutido e deliberado pelo COLEGIADO
na primeira Reunião Ordinária subseqüente.

Art. 43 - As proposições identificadas como Moção, Indicação ou Requerimento, poderão


ser discutidas e votadas na própria Reunião Ordinária em que tenham sido apresentadas,
ressalvados os casos em que necessite de parecer da Comissão própria.
Parágrafo Único - A apresentação das matérias previstas no caput deste artigo,
obedecera à ordem de inscrição junto à presidência do COLEGIADO.

Art. 44 - Nenhum projeto de Lei, salvo as exceções previstas no artigo 41 que são:
Regulamento Geral, Código de Procedimentos, Regimento Interno do COLEGIADO,
Código Penal, Código Eleitoral, Manual de Indicação e Sindicância e a Ordem do Mérito
Maçônico, ou de resolução poderá ser apreciado e votado sem o prévio parecer da
competente Comissão Permanente. Aceitas ou não as emendas, virá o projeto com o
respectivo parecer à Reunião Ordinária seguinte, onde será lido, discutido e votado.

Art. 45 - Qualquer Venerável Mestre poderá requerer urgência para a votação de matéria
da Ordem do Dia.
§ 1° - É considerada sob regime de urgência a matéria que. examinada objetivamente,
evidencie necessidade premente e atual, de tal sorte que não sendo tratada desde logo,
resulte em grave prejuízo, perdendo a sua oportunidade ou aplicação.
§ 2° - A urgência pode ser requerida verbalmente ou por escrito e será submetida
incontinente à deliberação do Plenário. Aprovada a urgência, a matéria será discutida e
votada na mesma Reunião Ordinária ou Extraordinária.
§ 3° - Os projetos de lei ou de resolução, sob o regime de urgência, deverão obter o
parecer da Comissão Permanente competente, que poderá ser fornecido verbalmente
durante a própria Reunião.
§ 4° - Não poderão ser votadas em regime de urgência:
I - a Lei Orçamentária e a Lei de Execução Orçamentária;
lI - o Relatório Anual do Grão-Mestre;
III - as Emendas à Constituição do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA;
IV - as alterações no Regulamento Geral, do Código de Procedimentos, deste Regimento
Interno, do Código Penal e Eleitoral do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA;
§ 5° - Sobre o pedido de urgência poderá falar somente o Venerável Mestre que o
solicitou, ou o primeiro signatário do requerimento, e por tempo não superior a cinco
minutos.

Art. 46 - A palavra deverá ser pedida pelo Venerável Mestre diretamente ao Sereníssimo
Grão-Mestre.
§ 1° - O Venerável Mestre somente fará uso da palavra após devidamente autorizado.
§ 2° - Caso algum Venerável Mestre insista em falar sem estar autorizado, ou perturbe a
ordem, o Sereníssimo Grão-Mestre poderá convidá-lo a se retirar do Plenário.Caso o
pedido não seja atendido e haja continuidade na perturbação da ordem pelo Venerável
Mestre, deverá o Sereníssimo Grão-Mestre tomar as medidas que julgar necessárias.

Art. 47 - A solicitação da palavra Por Questão de Ordem, somente será concedida pelo
Sereníssimo Grão-Mestre após o Venerável Mestre declinar o assunto.

Art. 48 - O Venerável Mestre, ao falar, deverá anunciar o seu nome e a Loja Simbólica que
representa.

Art. 49 - Se algum Venerável Mestre desejar tratar de assunto que não seja da
competência do COLEGIADO, deverá solicitar por escrito autorização prévia ao
Sereníssimo Grão-Mestre. Em não assim fazendo, não lhe será concedida a palavra.

Art. 50 - O Venerável Mestre que estiver fazendo uso da palavra poderá, a seu juízo,
conceder apartes pelo tempo de até dois minutos.

Art. 51 - Não são permitidos protestos contra decisão do Plenário, sendo possível a
declaração de voto em separado ou aberto.

CAPÍTULO IX
DO PROCESSO DE VOTAÇÃO

Art. 52 - O processo de votação do COLEGIADO obedecerá, segundo a matéria, as


seguintes formas:
I - Votação simbólica ou pelo sinal de costume;
II - Votação nominal, pela identificação dos Veneráveis Mestres, conforme assinatura no
Livro de Presença;
III - Votação secreta, por meio de cédulas.
§ 1° - O Sereníssimo Grão-Mestre terá o voto de qualidade (desempate) nos processos de
votação simbólica e nos de votação nominal.
§ 2° - No processo de votação secreta, em caso de empate, dever-se-á repetir a votação
até duas vezes. Caso persista o resultado, a matéria deverá retornar à discussão pelo
Plenário, e submeter-se-á a nova votação, até definição do processo.

Art. 53 - As deliberações do Plenário do COLEGIADO serão tomadas por maioria de votos


dos Veneráveis Mestres presentes à Reunião, salvo disposições legais em contrário.

CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 54 - Este Regimento Interno poderá ser alterado por iniciativa do GRÂO-MESTRADO
ou Veneráveis Mestres, com aprovação do COLEGIADO, conforme determina a legislação
ordinária do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.

Art. 55 - Nos casos de omissão deste Regimento Interno, aplicar-se-á a Constituição do


GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, o Regulamento Geral, o Código de
Procedimentos ou, subsidiariamente, as Leis profanas.

Art. 56 - Este Regimento Interno entrará em vigor imediatamente, será publicado, no


Boletim Oficial do GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA, fará parte do glossário e
são revogadas as disposições em contrário.

Reunião Ordinária do COLEGIADO, ao Or.'. de Florianópolis (SC) aos 20 de março de


2004 ( E:. V:.)
Publicado em anexo ao Boletim Oficial do GOSC, n° 451, em 31/03/2004.

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