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UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CEHS DE TOCANTINÓPOLIS
CURSO DE PEDAGOGIA
Av. Nossa Senhora de Fátima, 1588, Centro| 77900-000 | Tocantinópolis/TO
(63) 3471-6019 | http://ufnt.edu.br/ | pedtoc@uft.edu.br

PROGRAMA DE DISCIPLINA
EDUCAÇÃO E CULTURA AFRO-BRASILEIRA – 2023.2

INFORMAÇÕES GERAIS
Código: CHU616 Créditos: 04 Carga Horária: 60 horas-aula Tipo: Obrigatória
Professor: Mauro Torres Siqueira Matrícula:
Email: torres.siqueira@uft.edu.br

1 EMENTA
Conhecimento e análise da complexidade que envolve o processo de construção da identidade negra no
Brasil e na região, a partir das relações sociais de conceitos e suas bases teóricas tais como: racismo,
discriminação, intolerância, preconceito, estereótipos, raça, etnia, cultura, classe social, diversidade,
diferenças etc. Compreender a importância das questões relacionadas à diversidade étnico-raciais, de
forma a lidar positivamente com elas e, sobretudo, criar estratégias pedagógicas que possam auxiliar a
reeducá-las e resignificá-las. A proposta contempla um tema mais amplo e subtemas afins.

2 OBJETIVOS
2.1 Geral:
Refletir sobre o processo de construção da história e da cultura negra no Brasil e na região considerando
as diversidades histórico-culturais e suas manifestações nas relações sociais e étnico-raciais, de forma a
contribuir com a ressignificação de valores, possibilitando novas propostas didático-pedagógicas.
2.2 Específicos:
- Construir estratégias para reflexão sobre a educação para as relações étnico-raciais;
- Aperfeiçoar conhecimentos e reflexões acerca do debate étnico racial nas diferentes perspectivas.
- Desnaturalizar formas preconceituosas de enquadre da realidade.

3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1ª Aula Apresentação do programa
16/09
2ª Aula O que é racismo
23/09 SANTOS, Joel Rufino. O que é Racismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
3ª Aula Racismo, preconceito e discriminação.
30/09 SIQUEIRA, Mauro Torres. Raça, racismo e preconceito. In: SIQUEIRA, Mauro
Torres. Pensamentos, sentimentos e preconceitos entre jovens da periferia de São
Paulo: um estudo a partir da teoria dos modelos organizadores do pensamento. Tese de
Doutorado. USP, 2015. pp. 27-59. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19112015-
131005/publico/MAURO_TORRES_SIQUEIRA_rev.pdf

4ª Aula Preparação dos Seminários – Entrega do fichamento do texto de seminário 06/10


02/10
5ª Aula História dos afro-brasileiros
07/10 S1 - MOURA, C. História do negro brasileiro. 2ªed. São Paulo, Editora Ática, 1992.
6ª Aula Mestiçagem no Brasil
14/10 S2 – MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional
versus identidade negra. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (cap.1 e 2)
S3 – idem (cap. 3, 4, 5 e conclusão)
7ª Aula Valorização e Reconhecimento –
21/10 GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de
estereótipos ou ressignificação cultural? In: Educação como exercício de diversidade.
Brasília: UNESCO; MEC; ANPEd, 2005. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/rbedu/n21/n21a03.pdf

8ª Aula História da África


28/10 S4 – A África Ocidental
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 1.ed. São Paulo:
Contexto, 2009. (p.15-43)

9ª Aula História da África


04/11 S5 - A África Oriental e centro-ocidental
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 1.ed. São Paulo:
Contexto, 2009. (p.44-60)

10ª Aula História dos Afro-brasileiros


11/11 S6- MUNANGA, K.; GOMES, N. L. O negro no brasil de hoje. São Paulo: Global,
2006. cap. 4 e 5

11ª Aula Lei 10639/2003 - Educação das Relações Étnico-raciais


18/11 S7 - BRASIL. Parecer CNE/CP, Nº 003/2004, de 10 de março de 2004 [Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana]. Brasília: CNE, 2004.

12ª Aula Filme: M8 - quando a morte socorre a vida


25/11
13ª Aula Relações raciais na educação infantil
02/12 S8 - CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Discriminação racial e pluralismo em escolas
públicas da cidade de São Paulo. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei
Federal nº 10.639/03. Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade, 2005.

14ª Aula Prova


09/12
15ª Aula Autoavaliação – Fechamento do curso
16/12

4 METODOLOGIA
1 Ensino:
As estratégias metodológicas têm como fundamentos a exposição dialogada, a problematização sobre os
conhecimentos a serem abordados, a leitura crítica de textos e realização de seminário, provas e outras
produções escritas. Como instrumentos de ação contamos com recursos tecnológicos tais como: google
meet, mentimeter e ilustrações em vídeo sobre a temática.
2 Avaliação:
- Relatório de filme (2,0)
- Fichamentos (2,0)
- Prova (5,0)
- Seminário (6,0)
- Portfólio (4,0)
- autoavaliação (1,0)
2
6 BIBLIOGRAFIA
5.1 Básica:
BRASIL. Parecer CNE/CP, Nº 003/2004, de 10 de março de 2004 [Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana]. Brasília: CNE, 2004.
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Discriminação racial e pluralismo em escolas públicas da cidade de
São Paulo. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília:
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou
ressignificação cultural? In: Educação como exercício de diversidade. Brasília: UNESCO; MEC; ANPEd,
2005.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 1.ed. São Paulo: Contexto, 2009.
MOURA, C. História do negro brasileiro. 2ªed. São Paulo, Editora Ática, 1992.
MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 3ª
ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
MUNANGA, K.; GOMES, N. L. O negro no brasil de hoje. São Paulo: Global, 2006. cap. 4 e 5
SANTOS, Joel Rufino. O que é Racismo. São Paulo: Brasiliense, 1980.
SIQUEIRA, Mauro Torres. Pensamentos, sentimentos e preconceitos entre jovens da periferia de São
Paulo: um estudo a partir da teoria dos modelos organizadores do pensamento. Tese de Doutorado. USP,
2015.
5.2 Complementar:
ABRAMOWICZ, Anete; BARSBOSA, Lucia M. de Assunção; SILVÉRIO, Valter Roberto. Educação
como prática da diferença. São Paulo: Autores Associados, 2006.
ALVES, Carmem Dolores. As interfaces da lei 10.639/03 e sua inclusão no projeto político pedagógico
nas escolas do recife: desafios e perspectivas. In: XXVI Simpósio Brasileiros de Políticas, Planos e
Gestão da Educação: democratização e qualidade social, 2013, Recife. XXVI Simpósio Brasileiros de
Políticas, Planos e Gestão da Educação: democratização e qualidade social, 2013. Disponível em:
http://www.anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/CarmemDoloresAlves-ComunicacaoOral-int.pdf
BERTULIO, Dora Lucia de Lima. Racismo, Violência e Direitos Humanos: Considerações sobre
a Discriminação de Raça e Gênero na sociedade Brasileira, 2001. Disponível em: <
http://sites.multiweb.ufsm.br/afirme/docs/Artigos/dora02.pdf > Acesso. 06 mar. 2018

BRASIL. MEC. História geral da África. Brasília: MEC; UNESCO, 2010. 8 Vol. Disponível em
www.mec.gov.br/dominiopublico
CAMPBELL, Lack (Org.). Construindo um futuro comum: educando para a integração na diversidade.
Brasília: UNESCO, 2002.
CANDAU, Vera (Org.). Educação Intercultural e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Letras, 2006.
FERNANDES, Florestan. O significado do protesto negro. São Paulo: Autores Associados, 1989.
HAMPATÉ-BÂ, Amadou. A tradição viva. In: Ki-Zerbo, J. (Ed.). História geral da África – vol.
I: Metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2a. ed. rev., 2010. pp.167-212.

3
KI-ZERBO, Joseph (2010). Introdução geral. In: Ki-Zerbo, J. (Ed.). História geral da África –
vol. I: Metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2a. ed. rev., pp. XXXI-LVII
MOREIRA, Antônio Flávio; CANDAU, Vera. Multiculturalismo: diferenças e práticas pedagógicas.
Petrópolis: Vozes, 2008.
FREIRE, Paulo; GUIMARÃES, Sérgio. A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
SANTOS, Marcos Ferreira dos. Ancestralidade e Convivência no Processo Identitário: A Dor do Espinho
e a Arte da Paixão Entre Karabá e Kiriku. In. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº
10.639/03. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SILVA, A. da C. e. A enxada e a lança: África antes dos portugueses. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2011.
SILVA, Tássia Fernanda de Oliveira. Lei 10.639/03: por uma educação antirracismo no brasil. In: Revista
Fórum Identidades, v. 12, p. 80-93, 2012.
SOUSA, Andréia Lisboa de. A Representação da Personagem Feminina Negra na Literatura Infanto-
Juvenil Brasileira. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília:
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

STRIEDER, Inácio. Democracia Racial – A partir de Gilberto Freyre. In: Perspectiva Filosófica –
Volume VIII – n° 15 – Jan.-Jun./2001. Disponível em:
<http://www.ufpe.br/ppgfilosofia/images/pdf/pf15_artigo10001.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2016.
VALENTE, Ana Lúcia. Os negros, a educação e as políticas de ação afirmativa. In: Educação como
exercício de diversidade. Brasília: UNESCO; MEC; ANPEd, 2005.
VALENTIM, Daniele Frida. A experiência das ações afirmativas na UERJ: problematizando a questão do
mérito. In: Educação Intercultural e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Letras, 2006.
ORIENTAÇÕES:

Portfólio é o nome que se dá a um conjunto de tarefas realizadas durante um período. O portfólio tem como
objetivo proporcionar ao aluno uma auto-reflexão sobre suas aprendizagens durante uma determinada experiência
acadêmica, bem como verificar tais aprendizagens. É um texto autoral, elaborado pelo próprio aluno, com seus
registros realizados aula a aula. As citações diretas devem ser referenciadas e dispostas segundo norma da ABNT
(recuo de 4cm da margem, letra tamanho 10, espaçamento simples), fora desse padrão será considerado plágio.
As vantagens de criar-se um portfólio destacam-se da seguinte forma:
-Levar o aluno a pensar sobre aquele determinado -Documento único;
assunto; -Tornar mais abrangentes o âmbito da cognição dos
-Despertar o interesse do aluno a buscar novas fontes alunos;
de conhecimento; - É uma forma de expressar seu conhecimento;
-Concretizar uma base dados; -O portfólio permite fazer, pensar sobre o que se fez e
-Aprimorar as habilidades intelectuais; refazer.
Pode-se concluir que a elaboração de um portfólio tem diversas características para o desenvolvimento de outras
áreas de conhecimento, como por exemplo, a crítica e argumentação sobre um tema ministrado em uma aula, bem
como a escrita. Deve ser elaborado contínuo durante a disciplina cursada. Os registros devem seguir as normas da
ABNT para textos acadêmicos.

COMO NOMEAR OS ARQUIVOS PARA ENVIO

4
As atividades solicitadas para envio devem ser nomeadas com o número da aula a que se refere a
atividade, seguido do nome do aluno. Exemplo: Aula2_Marcos ou Aula 3_Edna

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